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MANUAL DE APOIO AO PROFESSOR DO LIVRO AS GIRAFAS METIDAS DA MONTANHA

MANUAL DE APOIO AO PROFESSOR DO LIVRO · números regressivos representados por dez girafas, nove araras, oito coelhos, sete macacos, seis ... e diferenças, expressando-se livremente

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MANUAL DE APOIO AO PROFESSOR DO LIVRO

AS GIRAFAS METIDAS DA MONTANHA

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Material de apoio

Sumário

1. Contextualização de autor e da obra ..........................................................................3 1.1 O autor e ilustrador Bill Borges e a obra ....................................................................3 1.2 A obra – As girafas metidas da montanha .................................................................3 2. Motivação para leitura/escuta ........................................................................................33. Justificativadapertençadaobraaosseusrespectivos tema(s), categoria e gênero literário ............................................................................4 4. Subsídios, orientações e propostas de atividades para a abordagem da obra literária com os estudantes ......................................45. Refletindosobreopapeldaleitura ..............................................................................6 5.1 Planejando o uso do tempo e o ambiente adequado ..........................................7 5.2 Os momentos de partilhar experiências .....................................................................7 5.3 A leitura individual ..............................................................................................................7 5.4 A leitura feita pelo professor ..........................................................................................8 5.5 As habilidades de leitura e de escrita das crianças ................................................9 5.6 A construção da leitura independente ........................................................................9 5.7 Atividades associadas à leitura ................................................................................... 10

AS GIRAFAS METIDASDA MONTANHA

Bill Borges

Categoria 3 (Pré-escola: crianças de 4 anos a 5 anos e 11 meses)

Informações paratextuais

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1. Contextualização de autor e obra

1.1 O autor e ilustrador Bill Borges e a obra

Bill Borges, autor e ilustrador desta obra, nasceu em uma pequena cidade do interior paulista, Penápolis. É ilustrador e autor, formado em Design. Cria histórias e desenha praticamente todos os dias. Ilustrou muitos livros de literatura e didáticos. Tem mais de 40 títulos publicados com diversos escritores. Atualmente mora em São Paulo e, vislumbrando a paisagem do alto do seu apartamento, escreveu e ilustrou As girafas metidas da montanha.

1.2 A obra ‒ As girafas metidas da montanha

Ao alto daquela montanha dez girafas sobem toda tardezinha... Toda tardezinha! O que será que tem no alto daquela montanha? Esta curiosa e intrigante história recomendada para crianças entre quatro e cinco anos e onze meses, estudantes da pré-escola, nos leva a perce-ber que nem tudo é o que parece ser... Divertido e instrutivo, este conto acumulativo fala de autodescobertas, de famílias, de amigos, do mundo natural e social e outras tantas coisas que só lendo mesmo a história para descobrir. Além de estimular a imaginação da criança, fator essencial para seu desenvolvimento nessa etapa da vida, o livro ensina valores como amizade, união, afeto, gentileza e cuidado com o outro, bem como respeito a outros pontos de vista. Este é um fator importante, sobretudo quando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defende uma perspectiva que vincula o educar ao cuidar e o brincar ao interagir.

2. Motivação para leitura/escuta

As girafas metidas da montanha, pela candura com que aborda os temas citados, típicos des-sa etapa do desenvolvimento, seduz amorosamente a criança para mergulhar no mundo mágico do livro e da leitura. Esta história desperta na criança possibilidades de inúmeras releituras, pois ela dará asas a sua imaginação e a seu processo criador. Ela se sentirá desafiada para inferir por que na montanha mais alta daquele lugar dez girafas subiam toda tardezinha... É uma obra que tem lugar especial para leitura na escola e também na família, pois, além do que expusemos, é uma fábula incrível, repleta dos animais mais simpáticos do planeta. A leitura ainda ajuda a aprender números regressivos representados por dez girafas, nove araras, oito coelhos, sete macacos, seis flamingos, cinco jacarés, quatro abelhas, três rinocerontes, dois sapos e um papagaio.

Quer a sugestão de uma atividade bem legal para motivar ainda mais os estudantes para a leitura? Apresente o livro chamando a atenção para as ilustrações da capa, perguntando que animais estão lá e quantos são, mostrando onde estão e lendo com eles o nome do livro, do autor e da editora, dizendo que nesse caso o autor é também o ilustrador. Vá abrindo com eles página por página e pedindo que apreciem cuidadosamente as ilustrações e aproveitem para dizer quantos e quais bichos aparecem e o que eles acham que estão fazendo. Faça isto até o final da história. Só então você voltará e lerá a história pela primeira vez.

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3. Justificativa da pertença da obra aos seus respectivos

tema(s), categoria e gênero literário

As girafas metidas da montanha é recomendado para crianças em idade de pré-escola (quatro a cinco anos e onze meses de idade), pois nessa etapa de desenvolvimento elas já manifestam pre-ferências, tomam decisões, externam opiniões sobre fatos que as cercam, situações que implicam fortemente na construção da sua personalidade. Cada página deste livro provoca especulações e tomadas de decisão diferentes, relativamente ao porquê de aquelas girafas subirem toda tardezinha ao alto da montanha. Nessa rica fase, na qual as crianças são fortemente motivadas às descobertas e curiosidades do mundo natural e social, As girafas metidas da montanha tem muito a fazer por elas.

No tocante aos temas, a história dessas dez girafas, nas suas diferentes relações com os outros animais, fala de experiências interpessoais e sociais com as quais as crianças se identificarão. Explora sentimentos, permite a construção de percepções e trata do encontro com as diversidades, aflorando questionamentos sobre si e sobre o outro. O mundo natural e social é contemplado, de um lado, por ter o meio ambiente como cenário (paisagens naturais, aquáticas, plantas, animais); de outro, por destacar com força o respeito ao outro e o reco-nhecimento das diferenças.

Quanto ao gênero, As girafas metidas da montanha é um conto infantil, no formato de fá-bula e, como tal, de curta extensão. Com um projeto gráfico que reserva pouco texto por página, valoriza a imagem e, por isso, adequa-se a esse público tão criterioso. Como a fábula, narra fatos extraordinários que acionam facilmente a imaginação das crianças nessa etapa, além de divertir e ensinar, o que favorece as práticas escolares.

4. Subsídios, orientações e propostas de atividades

para a abordagem da obra literária com os estudantes

Prezado professor, prezada professora:

Guiados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trazemos algumas sugestões para explorar esta história com crianças da pré-escola. Cada sugestão faz referência a um código da habilidade utilizado na BNCC, a fim de que você possa se localizar nela e acompanhá-la melhor.

Você pode, contudo, ampliar esse repertório de forma fantástica. Consulte na BNCC o capítulo dedicado à Educação Infantil e explore várias possibilidades criativas para trabalhar com seus estudantes As girafas metidas da montanha. O link é: http://basenacionalco-mum.mec.gov.br/a-base/

Na BNCC, dentre os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento do aluno estão conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se. Assim, aqui vão algumas sugestões de como aproveitar a obra para atingir esses objetivos.

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• (EI03EO01): para trabalhar a empatia pelos outros, levando a perceber que todos têm senti-mentos, necessidades e maneiras de pensar e agir diferentes. No primeiro contato com o livro leia a história com capricho na interpretação. Ao final, promova uma tempestade de ideias (brainstorming) com as crianças utilizando perguntas do tipo: O que acharam da história? Do que mais gostaram? Do que menos gostaram? De qual personagem mais gostou? De qual per-sonagem menos gostou? Qual a parte da história mais engraçada? O que poderia ser diferente na história? Por que os outros animais achavam as giratas metidas? O que fez eles mudarem de ideia? As respostas das crianças podem ser retrucadas com um “Por quê?” seu. Dessa forma você também estará favorecendo o pensar sobre as relações interpessoais, sobre atitudes de participação e cooperação (EI03EO03).

• (EI03EF03): com cada criança tendo seu livro, brinque de folheá-los, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas.

• (EI03EO02 / EI03EF06): leia e releia a história várias vezes e em diferentes momentos para a turma, sempre variando a forma de fazê-lo: narrando-a convencionalmente, dramatizando-a e assumindo um dado personagem, usando de preferência acessórios que lembrem o animal. Em momentos posteriores inclua crianças nos papéis de outros animais; em outro momento conte a história com fantoches, dedoches, teatro de sombras e também inclua crianças nas representações. Após algum tempo elas já conhecerão a história a ponto de assumir as dra-matizações, substituir os textos originais com suas próprias falas.

• (EI03TS02): em outro momento, desafie-as a desenhar a história, fazendo a releitura das ilus-trações; outro grupo pode construir os cenários com pequenas caixas, cola, tintas etc. Depois faça uma linda exposição desses trabalhos.

• (EI03CG03 / EI03EO03): experimente dramatizar com eles esta história de floresta montan-do um cenário de bosque, por exemplo. Convide outro(a) colega professor(a) para produzir um trabalho coletivo, juntando as turmas, possibilitando o convívio com diferentes parceiros. Proponha à(ao) colega que também componha o elenco. Você pode também brincar com as crianças e criar um final diferente para a história.

• (EI03ET05): para explorar o campo de “experiências, espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, brinque com as crianças de comparar os vários animais da história, obser-vando suas características. Ajude-os a classificar os animais de acordo com suas semelhanças e diferenças, expressando-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

• (EI03CG03): nas encenações, leve-os a perceber seus corpinhos no espaço (sentidos, mo-vimentos e gestos), explorando formas, necessidades, limites e habilidades, promovendo a descoberta de si e do outro.

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• (EI03EO04 / EI03EF01): sempre ao final de cada número estimule as crianças para que fa-lem das suas emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas e questionamentos em geral. Faça isso variando os meios: a linguagem oral, o desenho, a pintura etc.

• (EI03TS01): na encenação estimule-os a imitar os sons produzidos pelos animais e sugira também o uso de objetos e instrumentos musicais para produção sonora da dramatização. Filme as apresentações que fizerem e depois faça uma sessão de cinema com eles, com direito à pipoca. É importante que eles se vejam protagonizando tais produções.

5. Refletindo sobre o papel da leitura

Para assegurar o sucesso no trabalho com a leitura, há algumas condições preliminares que são essenciais para a formação do leitor:

• convívio contínuo com histórias, livros e leitores. O contato com o livro literário não pode ser eventual ou esporádico. A leitura deve estar todos os dias na sala de aula.

• valorização social da leitura pelo grupo. É necessário que toda a escola desenvolva projetos de leitura e crie momentos de celebração coletiva para que as crianças sintam a leitura como uma atividade importante e valorizada por todos.

• disponibilidade de acervo de qualidade, adequado aos horizontes de desejo e aos diferentes estágios de leitura das crianças. Os leitores devem ter acesso a bons livros, adequados ao seu nível de competência leitora e aos seus interesses.

• tempo para ler, sem interrupções; espaço físico agradável e estimulante. Deve fazer parte da rotina escolar um tempo reservado para a leitura. Outros espaços, além da sala de aula, devem ser preparados para que a criança tenha prazer na leitura: pátio, jardins, biblioteca, sala de leitura.

• ambiente de segurança psicológica e de tolerância dos educadores em relação ao percurso individual de superação de dificuldades. As crianças não podem se sentir ameaçadas ou pres-sionadas para vencer a leitura em um ritmo diferente do seu.

• oportunidades para expressar, registrar e compartilhar interpretações e emoções vividas nas experiências de leitura. Atividades de compartilhamento das emoções provocadas pela leitura são muito importantes para desenvolver a organização dos pensamentos e sentimen-tos, a expressão oral individual e a expressão escrita.

• acesso à orientação qualificada sobre por que ler, o que ler, como ler e quando ler. Esse é o papel do professor comprometido com o objetivo de formar leitores.

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5.1 Planejando o uso do tempo e o ambiente adequado

Você deve considerar que a leitura de textos lúdicos e literários é parte essencial do pro-grama de ensino e não uma mera forma de passatempo. Nesse sentido, é importante planejar momentos de leitura livre, em ambiente tranquilo, como parte integrante e importante das ati-vidades escolares.

5.2 Os momentos de partilhar experiências

Quando passamos por uma boa experiência emocional ou intelectual, temos vontade de partilhar com as outras pessoas, não é? Assim acontece com a experiência estética: quando assistimos a um bom filme, ouvimos uma boa música ou lemos um bom livro, queremos con-tar para os amigos e dividir com eles nossas impressões. As crianças gostam de falar sobre os desafios vencidos e sobre os livros lidos. Portanto, é importante reservar um tempo para a troca de experiências sobre a leitura. Nesses momentos as crianças devem falar livremente, sem cobranças ou ameaças. Garantir a segurança emocional tanto no momento da leitura como do comentário é importante para que a criança não sinta que está correndo risco de ser reprimida, advertida quando participa das conversas e debates na classe. Os comentários das crianças podem despertar em outros colegas o desejo de ler aquele livro.

5.3 A leitura individual

A sua orientação como professor deve ser limitada no momento da leitura livre. Interfira apenas quando for solicitado. Durante a leitura, você pode estar disponível para ajudar a supe-rar dificuldades com palavras desconhecidas ou informações necessárias para a compreensão. Após a leitura, no momento de discussão, seu papel é de coordenador, levantando questões e propondo reflexões, sem caráter de cobrança.

É importante que você tenha esse leque de possibilidades bem claro para que possa planejar de forma variada e interessante as atividades com a leitura de literatura.

As atividades com os livros envolvem iniciativas de várias naturezas. Vamos listar algumas:

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• jogral;• declamação;• relato de experiência de leitura;• propaganda oral (ou escrita e ilustrada) do livro lido;• exposição ilustrada de versos;• trabalhos artísticos sobre a leitura: desenho, pintura, colagem, gravura, modelagem,escultura;

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5.4 A leitura feita pelo professor

Mesmo que as crianças ainda não saibam ler fluentemente, quando você conta histórias, lendo o texto escrito em voz alta, os alunos têm oportunidade de desenvolver diversas noções a respeito da língua escrita que vão contribuir para o desenvolvimento do processo de alfabeti-zação e letramento.

Contar histórias oralmente (enquanto a criança acompanha com o livro aberto) promove essa curiosidade e permite que a criança comece a construir suas noções sobre a língua escrita. Antecipando noções mais específicas, nessa atividade ela começa a compreender que a escrita:

• representa a fala;

• vai da esquerda para a direita e de cima para baixo;

• é permanente, duradoura, não se altera a cada leitura;

• é diferente dos desenhos;

• apresenta narrativas que têm começo, meio, fim e permitem a criação de personagens;

• pode trabalhar com um mundo imaginário, diferente do mundo real;

• foi composta por um autor e um ilustrador, o livro foi produzido por uma editora/gráfica.

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Continue essa lista de situações de leitura de textos literários.

• elaboração de resenhas;

• dramatização;

• festivais;

• concursos literários;

• elaboração de livro;

• pesquisa acerca de escritores;

• conversa com escritores;

• vídeos acerca de escritores;

• leitura pelo professor;

• leitura ou manuseio pelo aluno livremente;

• leitura ou manuseio pelo aluno individualmente com orientação prévia;

• leitura em grupo com orientação prévia;

• leitura coletiva de um mesmo texto para estudo;

• leitura em voz alta de um aluno para a classe;

• leitura de vários alunos sequencialmente para a classe.

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O convívio com a modalidade escrita revela as diferenças entre o oral e o escrito. Tanto que, quando as crianças são chamadas a recontar uma história, muitas tentam falar de um modo mais aproximado às estruturas próprias da escrita. Revela também a diversidade de gêne-ros, pois a criança tem contato com diversos tipos de texto e vai internalizando suas diferentes estruturas: verso, rima, prosa, descrição, narração, diálogos, discurso indireto, exposição de ideias etc. E apresenta conceitos como livro, literatura, autor, ilustrador, edição, editora, capa, contracapa e coleção, tão necessários no mundo do letramento.

Além disso, como as histórias provocam atividade mental intensa, a criança ouve de for-ma ativa, imagina, visualiza, interage com o narrador e os personagens e reage fazendo anteci-pações, hipóteses e inferências. Essa atividade mental forma habilidades importantes para a compreensão de textos mais complexos. Quando você permite interferências e participação durante a leitura de histórias, estimula o desenvolvimento dessas habilidades.

5.5 As habilidades de leitura e de escrita das crianças

Além de lidas com o livro nas mãos, as histórias podem ser contadas de forma espontânea, memorizadas ou dramatizadas com o uso de fantoches, slides ou filmes. Os livros sem texto verbal são especialmente apreciados pelas crianças. Eles servem a atividades de ordenação da narrativa e de criação de histórias orais ou escritas.

Na conversa introdutória, fale a respeito do ilustrador. Explique que a história é contada sem palavras, mas o enredo pode ser compreendido por meio das figuras.

Chame um voluntário para “ler” as imagens e narrar a história em voz alta para os colegas. Peça que ele comente os detalhes da ilustração. Dê oportunidade a todos os voluntários.

Depois da atividade, deixe que os outros alunos manuseiem individualmente o livro.É importante variar as estratégias para provocar sempre um interesse renovado, pois

todos os dias você deve trabalhar com a literatura.O trabalho com versos também é muito importante, pois, de forma lúdica e prazerosa,

promove uma percepção mais intensa dos sons da língua. Ao memorizar versos, trovas, quadri-nhas, trava-línguas, poemas e cantigas, a criança pequena pode realizar atividades de identifi-cação no texto escrito daquelas palavras conhecidas oralmente.

5.6 A construção da leitura independente

A construção da leitura independente exige oportunidades em que a criança lê sozinha.Textos atrativos, curtos e simples, com vocabulário familiar ao universo da criança e ilus-

trações atraentes facilitam a inserção do novo leitor ao mundo da leitura. Há muitos textos em prosa e em verso criados especialmente para que os alunos em processo de alfabetização ten-tem ler individualmente, principalmente depois de conhecer o texto pela voz do professor.

A criança deve ter a liberdade de se arriscar a ler textos maiores de acordo com o seu nível de competência em leitura. A alegria de ler um livro do começo ao fim é indescritível.

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Todos nós nos lembramos dessa experiência quando ela foi cercada de segurança emocio-nal, de estímulo, de apoio...

5.7 Atividades associadas à leitura

Além de atividades orais a partir das leituras, a produção de textos articulada à expe-riência com histórias e poemas é uma das oportunidades mais enriquecedoras do processo de alfabetização. De acordo com o nível de desenvolvimento da criança, o professor pode sugerir:

• a identificação de palavras no texto;

• a escrita de palavras relacionadas à história;

• lista de personagens;

• descrição do lugar onde se passa a história;

• frases opinativas com a apreciação da história;

• frases que resumem o tema da história;

• frases de propaganda da leitura do livro;

• carta/bilhete ao escritor;

• pequenos textos que, depois de comentados e reformulados, podem fazer parte de livros arte-sanais, de painéis, de jornal mural ou impresso.

As crianças podem ir compondo um acervo de impressões a respeito da história, que são registradas em um livro de crítica.

O importante é que o trabalho com a leitura de textos literários seja prazeroso e contínuo. Assim, a leitura passa efetivamente a fazer parte da vida da criança, o que é uma fonte inesgo-tável de alegria e felicidade.

Prezado professor, prezada professora: Este material que você tem em mãos foi preparado com muito zelo para que se constitua no seu

parceiro inseparável para a plena exploração deste livro, incluindo desde suas ricas possibilidades de deguste às amplas potencialidades pedagógicas. Estamos certos de que sua participação ativa no uso do livro, conjugado com este manual de apoio, permitirá a seus estudantes vivenciarem experiências significativas e transformadoras nas suas vidas. Além disso, estarão abastecidos de literatura de qualidade durante o ano letivo. Bom trabalho e divirtam-se!

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Organização: Elisabete Pigola- Editora, formada em Administração de empresas, atua no ramo

editorial com literatura infantojuvenil há mais de 20 anos.

Colaboradores: Lucília Garcez- Escritora- Professora aposentada do Instituto de Letras

da Universidade de Brasília (UnB)- Formada em Letras,- Mestre em Teoria Literária pela UnB,- Doutora em Linguística Aplicada ao Ensino

de Língua Materna pela PUC de São Paulo.

Regina Maria Braga - Escritora- Professora de Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira, com

grande vivência em sala de aula. Tem experiência na formação de profissionais de Educação na área de leitura, tanto na rede privada quanto na pública,

- Formada em Letras e Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira – PUC de São Paulo.

Simão de Miranda - Escritor e palestrante, - Professor atuante na formação continuada de professores

no Distrito Federal, - Mestre em Educação na área Formação e Trabalho Pedagógico (UnB), - Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (UnB), - Pós-Doutor em Educação (UnB).

Preparação: Roksyvan PaivaRevisão: Gabriel Maretti / Tatiana Tanaka / Roksyvan Paiva Edição de Arte: Mauricio Rindeika Seolin

EDITORA CANGURU LTDARua Maria Curupaiti, 441 – Sala 2020Vila Ester - CEP: 02452-001 – São Paulo – SPFone: 11 3857-0740e-mail: [email protected]. editoracanguru.com.br