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ISBN 978-85-89461-04-7
Manual de Armazenamento e Transporte de
Embalagens de Agrotóxicos e Produtos
de Uso Veterinário
Dra. Roberta Mara Züge
Coordenadoria e Edição
João Carlos da Rosa Sobrinho
Edição
Dra. Carmen Cortada
Revisão
Diego Cabral
Ilustrações
Curitiba – PR
2009
Apoio:
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE EMBALAGENS DE AGROTOXICOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO
É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 2
Manual de Armazenamento e Transporte de
Embalagens de Agrotóxicos e Produtos
de Uso Veterinário
Dra. Roberta Mara Züge: Médica Veterinária, Mestre e Doutora pela
USP, coordenadora de projetos do Instituto de Tecnologia do Paraná,
coordenadora do projeto de elaboração da norma de certificação de leite no
Brasil. Contato: [email protected]
João Carlos da Rosa Sobrinho: Graduando em Tecnologia em Química
Ambiental, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e Química -
Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Federal do Paraná. Bolsista do
Instituto de Tecnologia do Paraná.
Contato: [email protected] / [email protected]
Dra. Carmen Cortada: Médica Veterinária, Mestre e Doutora pela USP,
Pesquisadora de projetos do Instituto de Tecnologia do Paraná, coordenadora
do projeto de elaboração da norma de certificação de carne suína no Brasil.
Contato: [email protected]
Diego Cabral: Graduando em Design – projeto visual, pela Universidade
Positivo. Bolsista do Instituto de Tecnologia do Paraná.
Contato: [email protected]/[email protected]
Portfólio: dioszc.daportfolio.com
Manual de armazenamento e transporte de embalagens de agrotóxicos e
M294 produtos de uso veterinário / [coordenador], Roberta Mara Züge... [et al.]. -
2009 Curitiba : TECPAR, 2009.
17 f : il. ; 14 x 21,6 cm
ISBN 978-85-89461-04-7
Inclui bibliografia
1. Pesticida - Transportes. 2. Pesticidas – Armazenagem. 3. Pesticidas -
Rotulagem. 4. Brasil. Lei n. 9.974, de 6 de junho de 2000. I. Züge, Roberta
Mara. II. TECPAR. III. Título.
CDD 20. ed. – 632.95
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE EMBALAGENS DE AGROTOXICOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO
É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 3
Manual de Armazenamento e Transporte de Embalagens de
Agrotóxicos e Produtos de Uso Veterinário
Sumário
1 Objetivo ........................................................................................ 4
2 Definições ..................................................................................... 4
3 Medidas Aplicáveis e Responsabilidades ........................................ 5
3. 1 Medidas aplicáveis aos fabricantes ............................................ 5
3.2 Medidas aplicáveis aos Revendedores/Comerciantes ................ 5
3.3 Medidas aplicáveis aos usuários ................................................ 5
4 Procedimentos para Armazenamento e Transporte ........................ 6
4.1 Transporte após aquisição .......................................................... 6
4.2 Recomendações para o armazenamento.................................... 7
4.2.1 Embalagens cheias ............................................................... 7
4.2.2 Embalagens vazias ............................................................... 8
4.2.3 Preparo da embalagem ....................................................... 10
4.2.4 Transporte das embalagens ao posto de recebimento ......... 12
5 Diretrizes específicas para Produtos Veterinários ........................ 13
6 Referências ................................................................................. 16
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE EMBALAGENS DE AGROTOXICOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO
É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 4
1 Objetivo
O Manual de Armazenamento e Transporte de Embalagens de Agrotóxicos e
Produtos Veterinários tem como objetivo orientar produtores e cooperativas
quanto ao correto armazenamento e transporte de embalagens dos
agrotóxicos e produtos de ordem veterinária que possuam pesticidas em seu
princípio ativo, de acordo com a legislação vigente.
A Lei Federal n.º 9.974 de 06/06/00 e o Decreto n.º 4.074 de 08/01/02
estabelecem exigências para o armazenamento e destinação segura de
embalagens de agrotóxicos. Tendo em vista a recente aprovação do Projeto de
Lei 134 de 2007 pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, que
responsabiliza os fabricantes e importadores pela destruição ou reciclagem das embalagens de produtos veterinários que possuem pesticidas em seu princípio
ativo, faz-se necessário uma nova ênfase aos produtores e cooperativas
quanto aos procedimentos mínimos necessários aplicados no destino dessas
embalagens, desde o armazenamento na própria propriedade até o transporte
aos pontos de coleta.
Seguindo as recomendações apresentadas no manual, os usuários dos
produtos supracitados estarão contribuindo com a preservação do meio
ambiente e da saúde humana. A destinação final correta das embalagens
possibilita a economia de produto resultante da lavagem e, se lavadas
adequadamente, as embalagens vazias podem ser recicladas, contribuindo
para o Desenvolvimento Sustentável.
2 Definições
- Agrotóxicos e afins: produtos e agentes de processos físicos,
químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas de
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a
composição da flora ou fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres
vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados
como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
- Armazenamento: guarda, manuseio e conservação segura de
produtos farmacêuticos.
- Embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer forma de
acondicionamento, removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar,
proteger ou manter especificamente ou não os produtos.
- Pesticidas: substâncias químicas, de origem natural ou sintética,
usadas para prevenção, controle ou combate de pragas, sejam elas insetos,
fungos, ervas daninhas, ácaros, bactérias, nematóides, roedores, entre outras
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE EMBALAGENS DE AGROTOXICOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO
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formas de vida animal ou vegetal, indesejáveis ou prejudiciais à agricultura e à
pecuária (FEPA – Food and Environmenal Protection Act).
- Prazo validade do produto: data limite para utilização de um
produto.
- Produtos de uso veterinário: todos os preparados de fórmula
simples ou complexa, de natureza química, farmacêutica, biológica ou mista,
com propriedades definidas e destinados a prevenir, diagnosticar ou curar
doenças dos animais, ou que possam contribuir para a manutenção da higiene
animal.
- Sanitização: conjunto de procedimentos que visam à manutenção das condições de higiene. Inclue desratização e desinsetização.
- Receita: prescrição escrita de medicamento, contendo orientação
de uso, efetuada por profissional legalmente habilitado.
3 Medidas Aplicáveis e Responsabilidades
3. 1 Medidas aplicáveis aos fabricantes
Os fabricantes devem providenciar o recolhimento e destruir ou reciclar
adequadamente as embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento.
Nos modelos de rótulos e bulas devem constar informações sobre os
procedimentos de lavagem, armazenamento, transporte, devolução e
destinação final das embalagens vazias.
É de responsabilidade do fabricante a implementação de programas
educativos e mecanismos de controle e estímulo à lavagem e à devolução das
embalagens vazias por usuários.
3.2 Medidas aplicáveis aos Revendedores/Comerciantes
As partes envolvidas no sistema de comercialização, como revendedores
e comerciantes, têm a responsabilidade de informar aos usuários sobre os
procedimentos de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte e
devolução das embalagens vazias no ato da venda do produto.
Também devem informar o endereço da sua unidade de recebimento de
embalagens vazias para o usuário, fazendo constar esta informação no corpo da Nota Fiscal de venda do produto.
3.3 Medidas aplicáveis aos usuários
Os usuários devem fazer uso correto do produto, seguir as normas de
armazenamento e transporte, preparar as embalagens vazias para devolvê-las
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nas unidades de recebimento e armazenar na propriedade, em local
apropriado, as embalagens vazias até a sua devolução.
Também devem transportar e devolver as embalagens vazias, com suas
respectivas tampas e rótulos, para a unidade de recebimento indicada na Nota
Fiscal emitida pelos revendedores/comerciantes, no prazo de até um ano,
contado da data de sua compra. Se, após esse prazo, remanescer produto na
embalagem, é facultado sua devolução em até seis meses após o término do
prazo de validade.
É importante que o usuário mantenha os comprovantes de entrega das
embalagens, a receita agronômica ou veterinária e a nota fiscal de compra do
produto para fins de fiscalização e rastreabilidade.
4 Procedimentos para Armazenamento e Transporte
Os cuidados necessários para o uso correto e seguro do fitossanitário ou
produto veterinário se iniciam no momento da aquisição do produto:
Não adquira produtos que não possuam receita agronômica,
veterinária ou de um profissional habilitado;
Faça a exigência da nota fiscal, pois ela é uma garantia perante o
código de defesa do consumidor;
Evite a compra de produto em excesso;
Adquira os EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) necessários
para o manuseio do produto;
Observe se as embalagens dos produtos estão em bom estado de conservação e com rótulo e bula em condições legíveis;
Certifique-se de que o local de devolução das embalagens foi
devidamente informado pelo comerciante.
Os procedimentos para armazenamento e transporte serão especificados
a seguir.
4.1 Transporte após aquisição
Previna os riscos de acidentes e cumpra a legislação de transporte de
produtos perigosos quando necessário.
Verifique as condições do veículo (freios, pneus, luzes, amortecedores,
extintores, etc.). É recomendado o transporte em veículo do tipo
“camionete”, em perfeitas condições de uso.
Organize as embalagens de forma segura no veículo. Cubra a carroceria
com uma lona impermeável, lembrando que esta deve estar bem presa à
carroceria.
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É proibido o transporte de produtos fitossanitários/veterinários dentro
das cabines ou na carroceria, quando esta transportar pessoas, animais,
alimentos, rações ou medicamentos.
O transporte de produtos fitossanitários/veterinários deve ser feito
sempre com a nota fiscal do produto e o envelope de transporte.
Para o transporte de produtos perigosos (ficha de emergência com tarja
vermelha), a nota fiscal deve ter informações como o número da ONU,
nome próprio para embarque, classe ou sub-classe do produto, além do
grupo de embalagens.
Dependendo da classificação, cada grupo de embalagem pode apresentar uma quantidade isenta (limite de isenção) para o transporte, de acordo
com o quadro abaixo:
Quadro: Grupos de embalagens e limites de isenção.
Adaptado de ANDEF
O transporte de produtos perigosos em quantidades acima dos limites de
isenção requer algumas exigências como: motorista com habilitação
especial, veículo com rótulos de riscos e painéis de segurança, kit de
emergência contendo EPI, cones e placas de sinalização, lanterna, pá, ferramentas, etc.
4.2 Recomendações para o armazenamento
4.2.1 Embalagens cheias
O estabelecimento de depósito deve ficar em local livre de inundações e
separado de residências e instalações para os animais.
As instalações elétricas devem estar em bom estado de conservação.
O piso deve ser cimentado e o telhado deve estar isento de goteiras para permitir que o local permaneça sempre seco.
Os produtos devem estar armazenados de forma organizada, separados
de alimentos, rações animais e sementes.
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O acesso ao local deve ser restrito, evitando a entrada de pessoas não
autorizadas, animais e crianças.
Mantenha sempre os produtos ou restos em suas embalagens de origem.
Nunca armazene restos de produtos cujas embalagens apresentarem
vazamentos ou não estiverem com tampa.
Sinalize o depósito com placas que evidenciem os riscos, por exemplo:
“CUIDADO VENENO”.
4.2.2 Embalagens vazias
O preparo das embalagens está diretamente ligado aos diversos tipos
existentes. Para feito de classificação e preparo, as embalagens podem ser
divididas em não laváveis e laváveis.
Laváveis: embalagens rígidas (plásticas, metálicas e de vidro) que
acondicionam formulações líquidas de agrotóxicos para serem diluídas em
água (de acordo com a norma técnica NBR-13.968).
Embalagem lavável
Adaptado de ANDEF
Não laváveis: todas as embalagens flexíveis e embalagens rígidas que não utilizam água como veículo de pulverização/aplicação. Incluem-se as
embalagens secundárias não contaminadas rígidas ou flexíveis.
- flexíveis: Sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizadas, mistos
ou de outro material flexível.
Embalagens flexíveis
Adaptado de ANDEF
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- rígidas que não utilizam água como veículo de aplicação do
produto: embalagens de produtos de formulações oleosas e afins.
- secundárias: embalagens rígidas ou flexíveis que acondicionam
embalagens primárias, aquelas que não entram em contato direto com as
formulações de fitossanitários, sendo consideradas embalagens não
contaminadas e não perigosas, tais como caixas coletivas de papelão,
cartuchos de cartolina e fibrolatas, entre outras.
Embalagens secundárias
Adaptado de ANDEF
Imediatamente após o uso, as embalagens devem ser preparadas para a
devolução de acordo com o seu tipo: não lavável ou lavável. Todos os
tipos de embalagens devem ser devolvidos, inclusive o papelão.
Observar o item 4.2.3 abaixo.
As embalagens devem ser armazenadas com suas respectivas tampas,
rótulos e de preferência na caixa de papelão original ou em embalagens
de resgate.
Embalagens flexíveis primárias (que entram em contato direto com o
produto), como sacos ou saquinhos plásticos, de papel, metalizados ou mistos, devem ser acondicionadas em embalagens padronizadas (sacos
plásticos transparentes) todas devidamente fechadas e identificadas.
Estes podem ser adquiridos no local de comercialização de agrotóxicos.
Embalagens flexíveis secundárias, não contaminadas, como caixas
coletivas de papelão, cartuchos de cartolina e fibrolatas, devem ser
armazenados separadamente das embalagens contaminadas e podem
ser utilizados para o acondicionamento das embalagens lavadas que
serão encaminhadas para as unidades de recebimento.
As embalagens rígidas primárias (cujos produtos não utilizam água
como veículo de pulverização) devem ser acondicionadas em caixas coletivas de papelão, devidamente fechadas e identificadas. Precisam
estar completamente esgotadas, adequadamente tampadas e sem sinais
visíveis de contaminação externa.
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O local de depósito deve estar coberto e trancado, ao abrigo de chuva e
com boa ventilação, podendo ser o próprio depósito das embalagens
cheias.
As embalagens vazias podem permanecer armazenadas
temporariamente na propriedade até que haja uma quantidade
suficiente para o transporte a uma unidade de recebimento.
As embalagens laváveis devem estar devidamente lavadas e com o
fundo perfurado, evitando assim a sua reutilização.
4.2.3 Preparo da embalagem
Embalagens flexíveis: devem ser esvaziadas completamente na ocasião
do uso e guardadas dentro de uma embalagem de resgate fechada, adquirida
no revendedor, e identificada. Embalagens rígidas: devem ser tampadas e acondicionadas de
preferência na própria caixa de embarque. Este tipo de embalagem (não-
lavável) não deve ser perfurada.
Embalagens secundárias: devem ser armazenadas separadamente das
embalagens contaminadas e podem ser utilizadas para acondicionar as
embalagens rígidas.
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Acondicionamento das embalagens não laváveis.
Adaptado de INPEV
Embalagens rígidas laváveis: realizar a lavagem, seguindo as operações
de tríplice lavagem ou lavagem sob pressão na ocasião do preparo de calda,
imediatamente após o esvaziamento da embalagem, para evitar que o produto
resseque e fique aderido à parede interna da embalagem, dificultando assim a
sua remoção. O procedimento para a tríplice lavagem e a lavagem sob pressão
está descrito a seguir.
- Tríplice Lavagem
Esvaziar completamente o conteúdo da embalagem no tanque do
pulverizador/aplicador.
Adicionar água limpa à embalagem até ¼ do seu volume.
Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos.
Despejar a água de lavagem no tanque do pulverizador/aplicador.
Fazer esta operação 3 vezes.
Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Armazenar segundo item 4.2.2.
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Demonstrativo da tríplice lavagem.
Adaptado de ANDEF
- Lavagem sob pressão
O procedimento somente pode ser realizado em pulverizadores com
acessórios adaptados para esta finalidade.
Encaixar a embalagem vazia no local apropriado do funil, instalado no
pulverizador.
Acionar o mecanismo para liberar o jato de água.
Direcionar o jato de água para todas as paredes internas da embalagem,
por 30 segundos.
A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do
pulverizador.
Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Demonstrativo da lavagem sob pressão
Adaptado de ANDEF
4.2.4 Transporte das embalagens ao posto de recebimento
Os usuários devem tentar acumular (observando sempre o prazo máximo de um ano da data da compra para a devolução ou de seis meses após o
vencimento) uma quantidade de embalagens que justifique seu transporte
(carga de 01 veículo) à unidade de recebimento, verificando anteriormente os
horários de funcionamento da unidade. Em caso de dúvida, o usuário pode
entrar em contato com o distribuidor.
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Não transporte as embalagens junto com pessoas, animais, alimentos,
medicamentos ou ração animal. Também não se deve transportar embalagens
dentro das cabines dos veículos automotores.
Embalagens vazias lavadas estão isentas das exigências legais e técnicas
para o transporte de produtos perigosos. O veículo recomendado é do tipo
caminhonete, onde as embalagens devem estar preferencialmente, presas à
carroceria do veículo e cobertas.
As embalagens de vidro deverão ser acondicionadas, preferencialmente,
nas caixas de papelão originais, evitando-se assim, eventuais acidentes
durante o transporte e descarga do material. Embalagens vazias não lavadas
devem ser transportadas em separado obedecendo às normas da legislação de
transporte de produtos perigosos.
5 Diretrizes específicas para Produtos Veterinários
(Adaptado da RDC - ANVISA n°306/04, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde)
Um local adequado para o armazenamento deve possuir:
- A área interna e externa em boas condições físico-estruturais.
- O acesso ao estabelecimento restrito, impedido de comunicação com
residências e acesso de pessoas não autorizadas, crianças e animais.
- Superfícies (piso, paredes e teto) lisas e impermeáveis, sem rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. Estes
também devem se apresentar em boas condições de conservação e higiene.
- As instalações elétricas devem se apresentar em bom estado de
conservação, segurança e uso.
- Os produtos devem ser armazenados protegidos da ação direta de luz
solar, umidade e temperatura.
- Proteção contra entrada de insetos e roedores.
- Equipamentos de combate a incêndio em quantidade suficiente,
conforme legislação específica. Deve haver livre acesso a extintores e mangueiras.
Quanto ao armazenamento do produto cheio:
- Armazenar em armário resistente e/ou sala própria fechada com chave.
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É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 14
- Recomenda-se um programa de sanitização, com registro de sua
execução.
- Para o estoque de embalagem cheia, deve-se manter uma distância
mínima de 1 (um) metro das paredes para facilitar a limpeza e a circulação de
pessoas.
- Materiais passíveis de quebra (frascos, ampolas) devem ser guardados
em local menos exposto a acidentes, preferencialmente em armário fechado.
- Não armazenar juntamente com produtos de outra natureza (por
exemplo, material de limpeza).
- No caso de produtos veterinários que exijam refrigeração, deverão
possuir equipamentos adequados para sua correta conservação e aferição da
temperatura.
- Os produtos com prazo de validade expirados devem ser devolvidos em
até 6 (seis) meses ao posto de recolhimento.
Ilustração: Diego Cabral
Armazenamento dos resíduos sólidos
- Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de
material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, respeitando os
limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou
reaproveitamento. Agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente
com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou
proceder a sua retirada manualmente.
Ilustração: Diego Cabral
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É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 15
- Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável,
resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de
abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistente ao
tombamento. Também se deve identificar o saco com rótulo de fundo branco,
desenho e contornos pretos conforme a figura abaixo:
Ilustração: Diego Cabral
- Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microorganismos
vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas e
seringas também devem ser armazenados em saco branco leitoso, este deve
ser substituído quando atingir 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1(uma)
vez a cada 24 horas e identificados como “infectante”conforme demonstrado
acima.
Ilustração: Diego Cabral
- As embalagens laváveis devem passar pela tríplice lavagem ou lavagem sob pressão e estocadas separadamente das não laváveis. Na impossibilidade
de lavagem, acondicionar em saco constituído de material resistente a ruptura
e vazamento e impermeável.
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Ilustração: Diego Cabral
6 Referências
ANDEF. Manual de Transporte de Produtos Fitossanitários. São Paulo,
1999.
ANDEF. Manual de Uso Correto e Seguro de Produtos
Fitossanitários/Agrotóxicos. Disponível em:
< http://www.andef.com.br/uso_seguro/ > Acesso em: 23 de outubro de
2009.
BRASIL. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº134 DE 2007. Altera o Decreto-
Lei nº467, de 13 de fevereiro de 1969, que dispõe sobre a fiscalização de
produtos de uso veterinário, dos estabelecimentos que os fabricam e dá outras
providências.
BRASIL. LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989. Dispõe sobre a pesquisa,
a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, e dá outras providências.
BRASIL. DECRETO Nº 4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002. Regulamenta a
Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, e dá outras providências.
BRASIL. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe
sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde.
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É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL, DESDE QUE CITADA A FONTE 17
INPEV. Apresentação Educativa (Armazenamento, transporte, tríplice
lavagem e lavagem sob pressão). Brasil, 2009. Disponível em:
<http://www.inpev.org.br/educacao/material_apoio/material_apoio.asp>
Acesso em: 24 de outubro de 2009.
RIBEIRO, M. L. et al. Pesticidas: Usos e Riscos Para o Meio Ambiente.
HOLOS Environment, v.8 n.1, pág. 53, 2008. Disponível em: <
http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/holos/article/viewFile/2539/2236>
Acesso em: 27 de outubro de 2009.