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O que é a Lei Geral Municipal | Anotações Pequenos Negócios e o Desenvolvimento Sustentável Manual Associativismo, Acesso ao Crédito e Apoio à Inovação Série Políticas Públicas Volume 2

Manual de Associativismo

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PequenosNegócioseoDesenvolvimentoSustentável

Manual Associativismo, Acesso ao Crédito e Apoio à Inovação

SériePolíticasPúblicas

Volume2

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PequenosNegócioseoDesenvolvimentoSustentável

Manual Associativismo, Acesso ao Crédito e Apoio à Inovação

SériePolíticasPúblicas

Volume2

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Caminho para mudanças

ALeiComplementarn°123representaumaconquistaparaospe-quenosnegócios.Aprovadaem14dedezembrode2006,aLeiGe-ralestabelecenormasrelativasaotratamentodiferenciadoaserdispensadoàsmicroepequenasempresas.

A nova lei simplificou o pagamento de impostos e trouxe uma sé-riedebenefíciosquevãoalémdostributários.Comapropostademostraralgumasdessasconquistaseapontarcaminhosparaqueosadministradorespúblicoseempresáriospossamimplementá-las,oSebrae-MGlançaomanual“Associativismo,AcessoaoCrédi-toeApoioàInovação”.

OcapítuloVIIIdaLeiGeralestabelecequeasmicroempresasouasempresasdepequenoporteoptantespeloSimplesNacionalpode-rãorealizarnegóciosdecompraevenda,debenseserviços,paraosmercadosnacionaleinternacional,pormeiodeconsórciosimples.Esteéumimportanteincentivoàuniãoentreempreendedores.

Mas,independentedalei,oassociativismorepresentaumaformade superar dificuldades em mercados competitivos e fortalecer um segmento ou grupo econômico. Nesta publicação, são mos-tradasasváriasformasdeassociativismoedecomoconstituiras-sociaçõescomerciais,sindicatospatronais,câmarasdedirigenteslojistas,consórciosecooperativas.

OutropontodedestaquedaLeiGeralestánocapítuloIX.Sãome-didasparamelhoraroacessodeMPEsaosmercadosdecréditoede capitais. Apesar de existirem muitas linhas de crédito, os em-presáriosdemicroepequenasempresasfreqüentementeutilizamlinhasmaiscarase,muitasvezes,inapropriadasparaseunegócio.

Neste manual são mostradas diversas opções, como microcré-dito,cooperativismodecrédito,sistemadegarantiadecrédito,suasvantagensparaasMPEsecomomontarumacooperativadecrédito.

Emambientesdecompetiçãocadavezmaisintensa,acapacidadedesediferenciarnomercadopassaaserumfatorchaveparaasempresas obterem sucesso nos negócios. A Lei Geral prevê quenomínimo20%doorçamentopúblicodestinadoainvestimentosemtecnologiasejamrevertidosparaaçõesdeapoioaosmicroepequenosnegócios.

Mais que angariar recursos, é preciso mostrar às MPEs as prin-cipaisinstituiçõesdefomentoàpesquisaesuaslinhasdeapoioparaqueopoderpúblico,asentidadesdeclasseeosempresáriossaibamumpoucomaissobrecomoobterrecursosparainovação.

Apontarcaminhosemostrarcomofazer.Comestaproposta,espe-ramoscontribuirparatodasasmicroepequenasempresasquequerem crescer apoiadas no associativismo, na inovação e comlinhasdecréditoadequadasàsuarealidade.

Afonso Maria Rocha

DiretorSuperintendente

Sebrae-MG

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Ficha Técnica

2008 Sebrae/MGTodososdireitosreservados.Épermitidaareproduçãototalouparcial,dequalquerformaoupor

qualquermeio,desdequedivulgadasasfontes.

Sebrae-MGROBERTOSIMÕES

PresidentedoConselhoDeliberativo

AFONSOMARIAROCHADiretorSuperintendente

LUIZMÁRCIOHADDADPEREIRASANTOSDiretorTécnico

MATHEUSCOTTADECARVALHODiretordeOperações

Políticas Públicas e Articulação Institucional Sebrae-MGNAIRAPARECIDADEANDRADE

Gerente

JEFFERSONNEYAMARALTécnico

Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia Sebrae-MGANIZIODUTRAVIANNA

Gerente

Unidade de Acesso à Serviços Financeiros Sebrae-MGALESSANDROFLAVIOBARBOSACHAVES

Gerente

Unidade de Educação, Empreendedorismo e Cooperativismo Sebrae-MGRICARDOLUIZALVESPEREIRA

Gerente

AutoresANTÔNIOAUGUSTODECASTRO

LUIZHUMBERTODECASTRO

Gestão EditorialMargem3ComunicaçãoEstratégica

EdiçãoBrenoLobato

Revisão de textoPolianaNapoleãoWagnerConcha

Edição gráficaSandraFujii

C3551 Associativismo,AcessoaoCréditoeApoioàInovação./AntônioAugustodeCastro,LuizHumbertodeCastro.–BeloHorizonte:SEBRAE-MG,2008.92p.

1.LeiGeraldasMicroePequenasEmpresas2.Simples(Imposto)I.Castro,LuizHumbertodeII.ServiçodeApoioàsMicroePequenasEmpresasdeMinasGerais. CDD:621.3828

Índice

� Associativismo...............................................................................9

�.� Introdução.............................................................................9

�.2 AssociaçõesComerciaiseEmpresariais(ACEs)................11

�.3 CâmaradeDirigentesLojistas(CDL)................................15

�.4 Sindicatospatronais............................................................18

�.5 Consórciodeempresas.......................................................22

�.6 Cooperativismo...................................................................24

2 Acessoaocrédito........................................................................33

2.� Introdução...........................................................................33

2.2 Microcrédito........................................................................36

2.3 Ocooperativismodecrédito..............................................40

2.4 Bancos oficiais.....................................................................45

2.5 Fundos de garantia de financiamentos.............................54

2.6 FundosGarantidoresdeCrédito........................................55

3 Apoioàinovação.........................................................................60

3.� Introdução...........................................................................60

3.2 Leisdeinovação:federaleestadual...................................63

3.3 Açõesestratégicas...............................................................66

3.4 Fontes de financiamento....................................................68

4 Anexos..........................................................................................76

5 LocalizeoSebraemaispertodevocê.......................................83

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Associativismo

�.� IntroduçãoOassociativismoparaaajudamútuaéinerenteaossereshu-manossemprequenecessitamdecooperaçãoparaasoluçãodeproblemas.Cooperarétrabalharemconjunto,buscandoarealizaçãodeaçõesquedificilmenteseriampossíveisatuandoindividualmente. A cooperação pressupõe a existência de pro-blemascomunsdodia-a-dia(compra,venda,acessoacréditoetecnologia,defesacontraconcorrentespredadoresetc.),quedependemdeumesforçoconjuntoparasuaeliminação.

Ainiciativadeseassociarpodeserformalouinformal.Indivíduosouempresasreúnemesforços,vontadeserecursosnatentativadesuperar dificuldades, resolver problemas e gerar benefícios mútuos.

Quandoamelhorformadeatingirosobjetivoséaformaliza-ção,aspessoasouempresasseorganizamemumaassociação,formajurídicaquepermiteaconstruçãodecondiçõesparaarealizaçãodotrabalhoconjuntoebuscademelhoriasparato-dososparticipantes.

Uma associação pode ter finalidades ou interesses econômicos, sociais, filantrópicos, científicos, políticos, ambientais ou culturais. Entre os vários exemplos de associativismo com finalidades ou interesseseconômicos,destacam-seascooperativas(comseus13ramosetiposdeatividades),asAssociaçõesComerciaiseEmpre-sariais,asCâmarasdeDirigentesLojistaseossindicatospatronais.Nosúltimosanos,foramdesenvolvidasidéiassobrenovasformasdeassociativismoempresarial,comasmodalidadesdeconsórciosdeempresas,condomíniosempresariais,centraisdecomprasetc.

Aimportânciadaintegraçãodoempresáriodemicrooupequenaempresaaumaassociaçãoestárelacionadaàsuasobrevivência,nummercadoemqueeleéquasesempreapartemaisfraca.

Apesardessaimportância,édifícilaglutinarosempresáriosecon-vencê-losa integraralgumaformadeassociaçãocomomeiodesuperação de dificuldades e geração de renda e benefícios. Muitas vezes,issoacontecedevidoaodesconhecimentodoqueestáàsuadisposiçãonomunicípio.

A própria Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPEs)(Lei Complementar 123 de 14/12/2006), em seu capítulo VIII,

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incentivaoassociativismoviaconsórciosimples.Emquepeseapoucareferênciaaoassuntonessa lei,a importânciadoas-sociativismojáéumconsensonasociedadeorganizadaenasinstituiçõesvocacionadasao fortalecimentodasMPEse seusempresários.

�.2 Associações Comerciais e Empresariais (ACEs)

Essas instituições, comumente denominadas de ACEs, são umadasmaneirasmaisantigasdeassociativismonoBrasil.Aprimei-ra ACE surgiu na Bahia em 1811. São entidades privadas, inde-pendentes, sem fins lucrativos e regidas pelo Código Civil (Lei 10.406/02,CapítuloII)

AsACEscongregampessoasjurídicasefísicasdetodosossetoresdaatividadeeconômica(agriculturaepecuária,comércio,indús-tria, prestação de serviços e o profissional liberal). Seus maiores objetivossãoadefesadosinteressesdosassociadoseaprestaçãodeserviçosparaasuamanutençãoeodesenvolvimentodasem-presas filiadas.

Possuemliberdadeparareivindicaroatendimentoàsnecessidadesdosassociados,elaborarpropostasecobrarprovidências.Emboratenhamatuaçãopolíticaaolutarempelodesenvolvimentosocialeeconômicodesuaregiãoedeparticiparemdosdebatesparaafixação dos programas de governo nas áreas municipal, estadual efederal,nãopossuemvinculaçãopolítico-partidária,ouseja,nãoadotam princípios partidários, possuindo seu próprio estatuto emetasdetrabalho.

Seus recursos financeiros advêm da contribuição espontânea dos associados,dosserviçosprestadosedasparceriasmunicipais,esta-duais ou federais. Em Minas, as ACEs são filiadas à Federação das AssociaçõesComerciaiseEmpresariaisdoEstadodeMinasGerais(Federaminas)que,porsuavez,vincula-seàConfederaçãodasAs-sociaçõesComerciaiseEmpresariaisdoBrasil(CACB).

Porserumaentidadeapolítica,aACEé importanteparaospe-quenosempreendedores.Elaatuabasicamentenapromoção,or-ganização,mobilizaçãoeintegraçãodosempresáriosdequalquersetordeatividadeeconômica.Essarepresentatividadetambémédefinida como “lobby”, ou seja, a capacidade de usar a força da coletividadeparagarantirqueosinteressesdomeioempresarialsejamouvidoserespeitadospelosórgãosdogoverno,outrasinsti-tuiçõeseasociedadecomoumtodo.

Infelizmente, os micro e pequenos empreendedores passam aolargodasAssociaçõesComerciaiseEmpresariaisdesuascidades.Certamente,pelodesconhecimentodosserviçosqueelaspodemprestar, o que gera uma natural desconfiança de contribuir para suamanutenção.EstatísticasdaFederaminasindicamqueosas-sociadosrepresentammenosde10%dopotencialdeadesão.Ve-

CAPÍTULO VIII

DO ASSOCIATIVISMO

Seção Única

Do Consórcio Simples

Art.56.Asmicroempresasouasempresasdepeque-no porte optantes pelo Simples Nacional poderãorealizarnegóciosdecompraevenda,debenseser-viços,paraosmercadosnacionaleinternacional,pormeiodeconsórcio,porprazoindeterminado,noster-mos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal.

§1ºOconsórciodequetrataocaputdesteartigoserácomposto exclusivamente por microempresas e em-presasdepequenoporteoptantespeloSimplesNa-cional.

§2ºOconsórcioreferidonocaputdesteartigodesti-nar-se-áaoaumentodecompetitividadeeasuainser-ção em novos mercados internos e externos, por meio deganhosdeescala,reduçãodecustos,gestãoestra-tégica,maiorcapacitação,acessoacréditoeanovastecnologias.

IndependentedaLei,aprimeirapartedestemanualprocura-rá explicar as várias formas de associativismo, facilitando aos entespolíticoseformadoresdeopinião(prefeitos,vereadores,presidentesdeentidadesdeclasse)eaosprópriosmicroepe-quenosempresáriosaescolhadamaneiraadequadadeconju-garesforços.

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srifica-se a ocorrência de um círculo vicioso: as ACEs são fracas por não terem suficientes associados mantenedores e os empresários nãoasprocuramporasconsideraremfracas.

AFederaminasofereceprogramasdetreinamentoededesenvol-vimentoparadirigentesdasACEs,visandoaoaumentodasrecei-taspormeiodaprestaçãodeserviços.Entreosprogramas,podemser citados os denominados CAPACITAR (da Câmara de Artes eOfícios de Essen, Alemanha), englobando os treinamentos“Ga-nhandoPrestandoServiços”,“Eagora,Presidente?”eo“Empreen-der”(originalmenteconcebidopeloSebrae).

COMO CONSTITUIR UMA ACE

CasoomunicípionãodisponhadeumaAssociaçãoComercialeEmpresarial,contarácomoapoiodaFederaminasparaconstituirumacomrelativafacilidade.Emlinhasgerais,devemserobserva-dososseguintespassos:

A.Asliderançasempresariaisoupolíticasdevem,primeiramente,marcarumareuniãoparaaqualserãoconvidadaspessoasdaclasseempresarial.Éaconselhávelutilizarumlivroparaoregis-trodepresençaseaelaboraçãodeumaatadereunião.

B. A finalidade da reunião deve ser exposta aos presentes. Também devesereleitaumacomissãoparaaelaboraçãodoprojetodoestatutoeacriaçãodaassociação.Umsegundoencontrodeveser agendado poucos dias depois, para que a associação sejadefinitivamente fundada e outras providências sejam tomadas.

C.Para esse encontro, denominado reunião da fundação, é convi-dadoomaiornúmeropossíveldepessoas,oquerequerumaampladivulgaçãoemcirculares, jornaisetc.Aspresenças sãoregistradasemlivropróprio.Deve-se,ainda,discutireaprovaro estatuto e eleger os primeiros dirigentes, de acordo com oestatutorecém-aprovado.

D.Finalmente,énecessáriorespeitarasseguintesprovidências bá-sicas da formação e registrodaentidade:

• InstalarasededaACEeprovidenciaroAlvarádeFunciona-mento;

• Registraraassociação(oestatutoeaatadaassembléiageraldeconstituição)noCartóriodeRegistrodePessoasJurídicas,dando-lhepersonalidadejurídica;

• Providenciar o CNPJ da entidade na Receita Federal doBrasil;

• Solicitar a filiação à Federaminas.

OdesenvolvimentodeumaACEestáligadoàsuacapacidadedeaumentaronúmerodeassociados,oque,porsuavez,dependerádaqualidadedosserviçosqueforemofertados.Odiagramaase-guirilustraessecírculovirtuoso:

O DESENVOLVIMENTO DE UMA ACE�

� Gráfico da Fundação Empreender, Santa Catarina, disponível na apostila “E agora, Presi-dente?”,daFederaminas.

LObby COMUnITáRIO E EMPRESARIAL

Junto a grupos da sociedade

SERVIçOSSCPC

AssessoriaCapacitação

Acesso ao crédito

MAIS ATRATIVIDADE PARA O EMPRESáRIO

Mais empresários pagam mensalidade

Mais recursos para se desenvolver melhores serviços

LEIS DOS GRAnDES núMEROSMuitos associados

MAIS EMPRESáRIOS SE ASSOCIAM

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esUm dos serviços mais interessantes que as ACEs oferecem aos

associadoséodetreinamentoecapacitaçãoempresarial.Geral-mente,sãocentralizadospelaFederação,comganhosdeescalaeeconomia para todos, como no exemplo abaixo.

Saiba mais:

FEDERAMInASAvenidaAfonsoPena,726-15ºandar–CentroCEP30130-003–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3078-7000Email:[email protected]

�.3 Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Tão importante quanto a filiação a uma ACE é a participação do em-presáriodosetor lojistanaCâmaradeDirigentesLojistas(CDL)desuacidade.Cercade200cidadesmineirasdispõemdesseimportanteinstrumentodeaglutinaçãodecomerciantesemdefesadeseusin-teressesedeganhosdeescalanaspromoçõeseserviços.ACDLéarepresentante do movimento lojista no seu município e tem por fina-lidadeamparar,defender,orientarerepresentar,noâmbitoterritorialdasuaatuação,oslegítimosinteressesdaentidadeedeseusassocia-doslojistasjuntoaospoderespúblicos,inclusiveperanteoPoderJudi-ciário,naqualidadedesubstitutoprocessualnaformadosdispositivosconstitucionais. Veja, como exemplo, os objetivos da CDL BH:

Federaminas capacita empresários do interior do Estado

A capacitação de empresários de micro e pequenasempresas,queformamamaioriadonúcleorepresen-tadopelasAssociaçõesComerciaismineiras,éumdosprojetosprioritáriosdanovaadministraçãodaFede-raçãodasAssociaçõesComerciaiseEmpresariaisdoEstadodeMinasGerais(Federaminas).Paraopresi-dente Wander Luis Silva, em um contexto de acirrada concorrêncianomundodosnegócios,fazem-seindis-pensáveis a atualização e a otimização de conheci-mentos do empresariado acerca de técnicas moder-nasdegerenciamento,novastecnologiasetc.

Com o objetivo de suprir as necessidades de aproxima-damente400AssociaçõesComerciaisqueconstituemoSistemaFederaminasemtodasasregiõesdoestado,aentidadecriouaEscoladeTalentos.Trata-sedeumbanco de palestrantes de comprovada experiência e queirãopromover,nosdiversosmunicípios,otreina-mentodeempresáriose funcionáriosdasempresas,pormeiodepalestras,cursosesemináriossobre te-masrelacionadosaodia-a-diadasempresas.

boa receptividade

Já é expressiva a programação de eventos que abran-getemasdemaior interesseindicadospelosempre-sáriosemdiversosmunicípiosmineiros.Oprogramafoi aberto em março pelo administrador de empre-sasJ.R.Cajaíbacomaspalestras“Osucessodanossaequipeéonossosucesso”e“Oserrosquenóscome-temosenossosclientesodeiam”, realizadasem ItaúdeMinasePiumhi.Agora,seráavezdecontemplar

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empresáriosdeAlvinópolis, Sabará,PedroLeopoldo,Rio Piracicaba, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Do-mingosdoPrata,MartinhoCampos,MonteAlegredeMinas, Lagoa da Prata, Carmo Paranaíba, Paracatu,Sacramento,Prata,TupaciguaraeBambuí.

Interessadosemtemasfocalizandoaáreadevendas,empresários de Timóteo, Ipatinga, Guanhães e SãoGotardo recebem neste mês capacitação através doespecialistapotiguarJussierRamalho,comapalestra“Vocêéasuamelhormarca”.“Combateàinadimplên-cia”éotemaprioritárioparaempresáriosnoValedoJequitinhonha. Para capacitá-los, o economista Moa-cir Muzzi visita, durante os próximos dois meses, os municípiosdePedraAzul,Medina, Joaíma, Itaobim,Jequitinhonha, Lagoa da Prata, Araçuaí, Turmalina,MinasNovas,Capelinha,AngelândiaeItamarandiba.Fonte:www.cacb.org.br,em20deabrilde2008.

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sOsserviçosoferecidospelaCDLsãovitaisparaodia-a-diadoslojis-tas,porseremrelacionadoscomocontroledainadimplênciadosfregueseseaoaumentodevendas.OprincipalserviçodecontrolededevedoresproblemaéamanutençãodoServiçodeProteçãoaoCrédito(SPC),que“negativa”osinadimplentesatéqueliquidemouescalonemseusdébitos.

Quantoàspromoçõesvisandoaoaumentodevendas,sãodesta-quesasrealizadasemdatasfestivas(Natal,Páscoa,DiadasMães,DiadosPais,DiadasCriançasetc.)ouemépocasdemarasmo,comoformadeincentivaromovimentonaslojas.

A CDL promove constantemente treinamentos aos empregadosdos lojistas,envolvendoarranjosdevitrines, técnicasdevendas,controles de caixa, estoques e carteira de cobrança etc.

AFederaçãodasCDLsincentivaosassociadosausaracriatividadenapromoçãodosnegóciospormeiodepremiaçãoanual,comoseobserva na notícia abaixo extraída no seu site.

Casos de Sucesso 2008

Todososanoséentregueoprêmio“Casedoano”du-ranteoEncontrodasCDLsMineiras.Acadaanoonú-merodecasosinscritosaumentae,dandocontinuidadeaessesucesso,nesteanoforaminscritos12casos:CDLARAXÁ-6ªCopaCDLdeFutsal,CDLPATOSDEMINAS- CDL Odonto, CDL IBIRITÉ - Aprendiz do Comércio,CDL JUIZ DE FORA - Semana do Comércio, CDL PA-TROCÍNIO - Campanha de Valorização do ComércioLocal,CDLPATROCÍNIO -OFuturoestánaPontadoLápis,CDLITUIUTABA-Noelzão2007,CDLSETELA-GOAS-ProjetoCaminhadaEcológicaCDL–Conquis-teestetesouro,CDLITAJUBÁ-AlmoçoSolidário2007,CDLARAGUARI-CampanhadeNatal,CDLARAGUARI- Projeto Curupira e CDL SANTA BÁRBARA - Exposição MultissetorialdoMédioPiracicaba.

Oscritériosavaliadosparaesseprêmiosãoaplicabilidade,criatividade e resultados (institucional, social e financeiro).Fonte:www.fcdlmg.com.br,visitadoem30deabrilde2008.

Associativismo |�7

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte

(CDLBH)éamaisantigadoestado,tendosidocriada

em28dejunhode1960.Temcomoseusobjetivos:

- promover a aproximação entre dirigentes das em-

presaslojistasvisandoestreitarocompanheirismoe

acolaboraçãorecíproca;

-criarclimapropícioàtrocadeinformaçõeseidéias

noplanocomumdosproblemasquelhesãopecu-

liares;

-promover a divulgação e conscientização junto à

comunidadedosserviçosprestadospelasempresas

lojistas;

-cooperarcomasautoridades,associaçõeseentida-

desdeclasse,emtudoqueinteressa,diretaeindire-

tamenteàcomunidade;

-promoverentreoscomponentesdaCDLamelhoria

deconhecimentostécnicosespecializados;

-manterserviçosdeutilidadeparaempresaslojistase

associados, mediante recursos específicos;

-acompanhar e promover as iniciativas legislativas,

estimulandoasquepossamcontribuirparaodesen-

volvimentodocomérciolojistaecombatendoasque

feremosinteressesdaclasse;

-divulgaridéias,produtos,técnicaseserviços,apresen-

tando inovações nos processos de comercialização

por meio de feiras, exposições, seminários, encontros

eoutroseventos;defenderoprincípiodaliberdade,

nocampopolítico,sobaformadedemocracia,eno

campoeconômico.

Fonte:www.cdlbh.com.br,visitadoem20deabrilde2008.

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sCOMO CRIAR UMA CDL

AcriaçãodeumaCDLémuitoparecidacomadeumaACE.Énecessáriosensibilizaroslojistasdaimportânciadeseunirememproldodesenvolvimentodocomérciolocal.ACDLseencarregarádepromoverváriascampanhas,taiscomodiadasMães,Natal,DiadasCrianças,entreoutras.

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais(FCDLMG) presta assessoria aos interessados bastando um contatocomoSr.ManoelIgnácio,notelefone(31)[email protected],comoinformadonositedaFCDLMG.

Saiba mais:

FederaçãodasCâmarasdeDirigentesLojistasdeMinasGerais(FCDLMG)AvenidaAugustodeLima,655-Sala805–CentroCEP30190-000-BeloHorizonte(MG)Telefone: (3�)3279-��00 / Fax: (3�)3279-��04 E-mail:[email protected]

�.4. Sindicatos patronaisOestímuloaospequenosempreendedoresparaseassociaremaum sindicato patronal pode significar, muitas vezes, uma garan-tiamaioraosseusnegócios,oatendimentodesuaslegítimasrei-vindicações juntoaosórgãospúblicoseadefesadesuapolíticasalarial.Comosesabe,osindicatopatronalépartelegítimapararepresentar os empresários nos dissídios coletivos abertos pelossindicatosdeempregados.

Obomconhecimentodopapeldeumsindicatopatronalmoder-noecomoelefuncionaincentivaaadesãodenovasempresas.Amaioriadospequenosempresáriosdesconheceoqueosindicatofazoupoderiafazeremseufavor.

Assim,éimportantequeasliderançaspatronaismotivemoassociati-vismosindical,lembrandoqueéprerrogativadossindicatosrepresen-tar,peranteasautoridadesadministrativasejudiciárias,osinteressesgeraisdacategoria2ecelebrarconvençõescoletivasdetrabalho.

2Conformeoartigo513daConsolidaçãodasLeisTrabalhistas(CLT)instituídapelopresi-denteGetúlioVargas,peloDec.Lei5452,em1°demaiode1943.

Art. 5��. É lícita a associação para fins de estudo, de-fesa e coordenação dos seus interesses econômicosou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomosou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profis-sões similares ou conexas.

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Comolegítimosrepresentantesdoempresariado,ossindicatospatronaisprecisamdemonstrartantaagilidadeecompetênciaquantoseusassociados,alémdemudaroperfileaformadeatuação. Só assim exercerão o papel de articuladores e presta-doresdeserviçosparaasempresas.

Ossindicatosdecategoriassemelhantes(comércio, indústria,serviços, rurais) constituem federações estaduais, e estas seorganizamnasConfederaçõesNacionais(daIndústria,doCo-mércio,daAgricultura),quetêmsedeemBrasília.

VANTAGENS PARA AS MPEs

Participardeumsindicatopatronaltrazmaissegurançaàspe-quenasempresasdadoopoderdenegociaçãoqueelepossui.Nos dissídios trabalhistas, o sindicato representa legalmentetodasasempresasassociadas,evitandooenfraquecimentona-turaldequemnegociasozinho.

Mesmoqueemsua cidadenãohajao sindicatode sua cate-goria, é possível associar-se a um sindicato regional, com osmesmosbenefícios.

COMO CRIAR UM SINDICATO

Aconstituiçãodeumsindicatopatronalrequerespecialaten-çãoaosartigosdaConstituiçãodaRepúblicaedaConsolidaçãodas Leis Trabalhistas (CLT). Esta, por sua vez, traz um títulointeirosobreaorganizaçãosindicalondedestacasuasfunções,comonosartigosseguintes:

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§1ºA solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitui o vínculo social básico que se de-nomina categoria econômica.

......

Art. 5�3.Sãoprerrogativasdossindicatos:a)represen-tar,peranteasautoridadesadministrativase judiciá-riasosinteressesgeraisdarespectivacategoriaoupro-fissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida; b) celebrar contratoscoletivosdetrabalho;c)elegeroudesignaros representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;d)colaborarcomoEstado,comoórgãostécni-coseconsultivos,noestudoesoluçãodosproblemasqueserelacionamcomarespectivacategoriaoupro-fissão liberal; e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profis-sionais ou das profissões liberais representadas.

Parágrafo único.Ossindicatosdeempregadosterão,outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agên-ciasdecolocação.

...

Art. 5�4. Sãodeveresdossindicatos:a)colaborarcomospoderespúblicosnodesenvolvimentodasolidarie-dadesocial;b)manterserviçosdeassistênciajudiciá-riaparaosassociados;c)promoveraconciliaçãonosdissídiosdetrabalho.

EmMinas,aFederaçãodasIndústriasdoEstadodeMinasGerais(FIEMG)prestaassessoriaàformaçãodesindicatosligadosàin-dústriae,posteriormente,ao seudesenvolvimento.AAssessoriadeRelaçõesSindicais(ARS)temcomoobjetivopromoverodesen-volvimentodossindicatos,comfoconoaumentoefortalecimentodoassociativismo,oferecendo:

• Consultoriaeassessoriaespecializadas;

• Assessoriaemprocessoseleitorais,reformadeestatutoseregu-lamentos.

• Capacitação e desenvolvimento de lideranças e colaboradoresdosSindicatos;

• Coordenaçãoeapoioaprojetosdedesenvolvimentosindical.

Os trabalhos desenvolvidos pela ARS buscam o fortalecimentodo associativismo e dos sindicatos filiados à FIEMG e, conseqüen-temente, dos setores produtivos que representam, envolvendotambém a qualificação dos colaboradores daquelas entidades.

Saiba mais:

FederaçãodasIndústriasdoEstadodeMinasGerais(FIEMG)RuaBernardoGuimarães,63–FuncionáriosCEP:30140-080-BeloHorizonte(MG)Telefones:(31)3282-7460/3282-7451Site: www.fiemg.org.br

TambémaFederaçãodoComérciodoEstadodeMinasGerais(Fe-comércio-MG)prestaassessorianaformaçãodesindicatosligadosaocomércioeàprestaçãodeserviços.

Saiba mais:

FederaçãodoComérciodoEstadodeMinasGerais(Fecomércio-MG)RuaCuritiba,561–CentroCEP–BeloHorizonte-MG

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sTelefone:(31)3270-3300Site:www.fecomerciomg.org.br

somenteseobrigamnascondiçõesprevistasnorespectivocontra-to, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunçãodesolidariedade.A falênciadeumaconsorciadanãoseestendeàsdemais,subsistindooconsórciocomasoutrascontratantes.Oscréditosqueporventurativerafalidaserãoapuradosepagosnaformaprevistanocontratodeconsórcio.

COMO FAZER UM CONSÓRCIO

Deacordocomoartigo279daLeinº6.404/76,umconsórciodeveserconstituídomediantecontratoaprovadopeloórgãodasocie-dadecompetenteparaautorizaraalienaçãodebensdoativoper-manente,doqualconstarão:

• Adesignaçãodoconsórcio,sehouver;

• Oempreendimentoqueconstituaoobjetodoconsórcio;

• Aduração,endereçoeforo;

• A definição das obrigações e responsabilidades de cada socieda-de consorciada e das prestações específicas;

• Normassobreorecebimentodereceitasepartilhaderesultados;

• Normassobreadministraçãodoconsórcio,contabilização,repre-sentação das sociedades consorciadas e taxa de administração, sehouver;

• Formadedeliberaçãosobreassuntosdeinteressecomum,comonúmerodevotosquecabeacadaconsorciado;

• Contribuiçãodecadaconsorciadoparaasdespesascomuns,sehouver.

Acontabilidadedoconsórciofoideterminada,antesdaaprovaçãodaLeiGeraldasMPEs,peloConselhoFederaldeContabilidade,sobadenominaçãodeNTBC 10.20 - Consórcio de Empresas.Segundoanormatécnica,acontabilidadepodesermantidaemapartado,mas,ao final, vai integrar a contabilidade de cada uma das organizações consorciadasnoquedisserrespeitoàsuaparticipaçãonocontratodeconsórcio.Comofoidito,afalênciaouinsolvênciadealgumadasconsorciadasnãoseestendeàsoutras,mantendo-seoconsórcio.

VANTAGENS PARA AS MPEs

AprincipalvantageméapossibilidadedelevarasMPEsaau-

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�.5 Consórcio de Empresas A Lei Geral das MPEs dedicou um capítulo pequeno, mas exclusi-vo,àpossibilidadedeaspequenasempresasseassociaremsobaformadeconsórcio.Apermissãoserefereanegóciosdecompraevendadebenseserviços, tantoparaomercado internocomopara exportações. A condição sine qua nonéquetodasasparceirassejamoptantespeloSimplesNacional.

SegundooSebrae-MG,aidéiabásicadoconsórciodeempresaséa própria filosofia do associativismo, na qual a empresa pequena nãoprecisalutarparasetornargrandee,muitasvezes,falirpornão possuir o suporte tecnológico das grandes, por exemplo. No consórcio,elapodecontinuarpequena,mas,comumagrandeca-pacidadecompetitiva.

A legislação brasileira já previa a figura do consórcio, usado pe-lasgrandesempresasparaobrastambémdeportesuperioràsuacapacidade individual, comousinashidrelétricas,aeroportos, ro-doviasetc.Segundoalegislação(Leinº6.404/76),oconsórciodeempresasconsistenaassociaçãodecompanhiasouqualquerou-trasociedade,sobomesmocontroleounão,quenãoperderãosuapersonalidade jurídica para obter finalidade comum ou determi-nadoempreendimento,geralmentedegrandevultooudecustomuito elevado, exigindo para sua execução conhecimento técnico especializadoeinstrumentaltécnicodealtopadrão.

Estáestabelecidonos§§1ºe2ºdoartigo278daLeinº6.404/76queoconsórcionãotempersonalidadejurídica,easconsorciadas

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smentar a participação no mercado interno e externo, aberta peloartigo56daLeiGeral,queestabelecequeoprazodocon-sórcio entre as empresas optantes pelo Simples pode ser ili-mitado. Pelo fato de todas deverem ser optantes do SimplesNacional, haverá facilidade de controle dos tributos a seremrateados, evitando que empresas médias e grandes usem osbenefíciosdaspequenasparafinsdesonegaçãoeconcorrên-ciadesleal.

Saiba mais:Sebrae-MG–CulturadaCooperaçãoSite:www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao

Ocooperativismoemtodoomundoéregidopelosmesmosprincípios,quesão:

Da livre e aberta adesão dos sócios:Ascooperativassãoorganizaçõesvoluntárias,abertasatodasaspes-soasinteressadasemutilizarseusserviçosedispostasaaceitarasresponsabilidadesdasociedade,semdis-criminação social, racial, política, religiosa e sexual.

Gestão e controle democrático dos sócios:Ascoo-perativassãoorganizaçõesdemocráticascontroladaspor seus associados, que participam ativamente nafixação de suas políticas e nas tomadas de decisões.

Participação econômica do sócio: Os associadoscontribuemeqüitativamenteecontrolamdemocrati-camenteocapitaldesuacooperativa.Aomenospartedessecapitalé,geralmente,depropriedadecomumda cooperativa. Os associados geralmente recebembenefícios limitados pelo capital subscrito, quandohouver,comocondiçãodeassociação.Ossóciosdesti-nam as sobras para algumas das seguintes finalidades: desenvolversuacooperativa,possibilitandoaforma-çãodereservas,ondeaomenospartedasquaissejamindivisíveis; beneficiar os associados na proporção de suastransaçõescomacooperativa;esustentaroutrasatividadesaprovadaspelasociedade(associação).

Autonomia e independência: Ascooperativassãoautônomas, organizações de auto-ajuda, contro-ladasporseusmembros.Nasrelaçõescomoutrasorganizações,inclusivegovernos,ouquandoobtêmcapital de fontes externas, o fazem de modo que ga-rantamocontroledemocráticopelosseusassocia-dosemantenhamaautonomiadacooperativa.

Educação, treinamento e informação: Ascoopera-tivas fornecemeducaçãoe treinamentoaseussó-cios,aosrepresentanteseleitos,aosadministradoreseempregados,paraqueelespossamcontribuirefe-tivamenteaodesenvolvimentodesuacooperativa.

Cooperação entre as cooperativas: As coopera-

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�.6 Cooperativismo

COOPERATIVA

Éumaassociaçãodepessoascominteressescomuns,organizadaeconomicamenteedeformademocrática,comaparticipaçãoli-vredetodososquetêmidênticasnecessidadeseinteresses,comigualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer ati-vidades,operaçõesouserviços.

AscooperativassãoregidaspelaLei5.764/71,queestabeleceonúmeromínimode20associadosparasuaformação,massemlimite para adesões. Entre as principais características, estãoodireitounipessoalaovoto(cadaassociadotemdireitoaumúnicovoto),gestãodemocrática,obrigatoriedadedeconstituire renovar seusconselhos fiscaledeadministração, liberdadeparaescolhadosramosetipos,eainacessibilidadedascotasaterceirosestranhosàsociedade.

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ArepresentaçãodocooperativismonoBrasilsedáemdoisní-veis:nofederal,competeàOrganizaçãodasCooperativasBra-sileiras (OCB), criada em 1969, com sede na Capital Federal.ALei 5.764/71 estabeleceu a representação e declaroua OCBórgãotécnico-consultivodogoverno,dando-lheoutrasincum-bências, como a de congregar as organizações estaduais decooperativas, as OCEs. Em Minas, o órgão administrativo é oSindicatoeOrganizaçãodasCooperativasdoEstadodeMinasGerais(OCEMG).

OServiçoNacionaldeAprendizagemdoCooperativismo(Ses-coop)é responsávelpeloensino, formaçãoprofissional,orga-nizaçãoepromoçãosocialdostrabalhadores,associadosefun-cionáriosdascooperativasbrasileiras.MaisnovainstituiçãodoSistema“S”,oSescoopinvestecontinuamentenoscooperados,dirigenteseempregados,ajudandoaprofissionalizaragestãodascooperativas.OSescoopdesempenhaparaascooperativasomesmopapelqueoSebraedesempenhaparaasempresas.

Cadaumadas27unidadesestaduaisdoSescooppossuiautono-mia para definir seu orçamento, dentro das diretrizes emanadas doConselhoNacional.Esteéformadoporrepresentantesdogo-verno,dascooperativasedosempregadosemcooperativas.AUni-dadeNacionaldoSescoopaprovaemonitoraosplanosestaduaiseavaliaseusresultados.

O Sescoop tem ainda o objetivo de assessorar o governo fede-ral em assuntos de formação profissional e gestão cooperativista e decontribuirparaaformulaçãodepolíticasadequadasàcriaçãodepostosde trabalhoegeraçãoderenda.A receitadoSescoop

provémdacontribuiçãocompulsóriade2,5%sobreafolhadesa-láriosdascooperativas.

Além disso, Minas Gerais dispõe de legislação específica de apoio ao cooperativismo, representada pela Lei 15.075/04 e o Decreto44.009/05.

ALTERNATIVAS PARA AS MPEs

Osmicroepequenosempresáriospodemcriarouseassociaraco-operativasdeváriosramosdeatividade,sendoosmaisadequadososseguintes:

• Agropecuário: constituído por cooperativas cujos associados(pessoas físicase/ou jurídicas)desenvolvemqualqueratividadeagropecuária; na cidade, podem se associar estabelecimentosdestinados à venda de produtos agropecuários. A cooperativapodeterindústriasouentrepostosparaagregarvaloresaospro-dutosdosassociados.AsgrandesindústriasdelaticíniosemMi-nassãodecooperativascentraisagropecuárias,comoItambéeCemil. Também é comum a cooperativa estabelecer armazénsparaauto-abastecimentodosassociados.

• Consumo: constituídopor cooperativasdeabastecimento, cujasatividades consistem em formar estoques de bens de consumo(alimentos,roupas,medicamentoseoutrosartigos)paradistribui-çãonoseuquadrosocial,emcondiçõesmaisvantajosasdepreço.

• Mineração:éconstituídaporcooperativasqueabrigamempre-sários de atividades específicas de mineração (garimpo, extração, manufatura e comercialização), permitindo a seus associadosumaalternativadetrabalhoautônomo.

• Produção:constituídoporcooperativasemqueosmeiosdepro-dução, explorados pelos associados, pertencem à cooperativa.

• Saúde: relacionados a profissionais e empresários da área de saú-de, como médicos, dentistas, psicólogos e atividades afins, que prestamatendimentoàpopulaçãoapreçosmaisacessíveis.

• Trabalho:constituídoporcooperativascujoquadrosocialéformadopor diversos tipos de profissionais que prestam serviços a terceiros.

• Turismo e lazer: constituídoporcooperativascujosempresáriosassociadosatuamnosetordeturismoelazer.

• Transporte de cargas e passageiros:constituídoporcooperati-vasdeempresáriosqueprestamserviçosdetransporte.

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tivas servem seus associados mais efetivamente efortalecemomovimentocooperativista,trabalhan-do juntaspormeiodeestruturas locais, regionais,nacionaiseinternacionais.

Interesse pela comunidade: Ascooperativastraba-lhamparaodesenvolvimento sustentávelde suascomunidadespormeiodepolíticasaprovadasporseusassociados.

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SãoRoquedeMinaséumacidadezinhamineirade2.000 Km², com uma população (censo de 2000) depouco mais de 6.000 habitantes, dos quais 4.000 sededicamaatividadesagropecuárias.É localizadanocontrafortedaSerradaCanastra,nocentro-oestemi-neiro,abrigandoanascentedorioSãoFrancisco.

Até1991,aeconomialocalbaseava-senapecuárialeitei-ra,comdestaqueparaaproduçãodequeijosartesanaistipoCanastraenaagriculturadesubsistência,comdesta-queparaaproduçãodemilho,feijãoearroz.Aproduçãodecaféestavaseiniciando,sendoque,em1992,foramproduzidaspoucomaisde3.000sacasdoproduto(Fonte:IBGE–ProduçãoAgrícolaMunicipal-PAM).

Aeconomiadacidadevinhaseesvaziandoeapopu-lação diminuindo, devido à falta de empregos, saúdeeeducação.Parapiorar tudo,em1991SãoRoquedeMinas deixou de ter acesso aos serviços financeiros com ofechamentodesuaúnicaagênciabancária,aMINAS-CAIXA,quefoiliquidadapeloBancoCentraldoBrasil.Todo o movimento financeiro da cidade passou a ser feitoemcidadesmaiores,amaisde60km,comenor-mestranstornosparaaposentados,funcionáriosmuni-cipais, comerciantes, enfim, para toda a comunidade.

Aconstituiçãodeumacooperativadecréditofoiapon-tadacomoumasaídaparaevitara“morte”dacidade.Em junho de 1991, foi constituída a Cooperativa de

CréditoRuraldeSãoRoquedeMinasLtda.(Saromcre-di),com22sóciosfundadores.

Idealizadapeloatualpresidente,JoãoCarlosLeite,quevenceutodaaresistênciadeseusconterrâneos,objetiva-va,inicialmente,apenasaprestaçãodeserviçosbancá-riose,comisso,aumentaraauto-estimadosmoradoreslocais.Asprincipaismetaseramfazeropagamentoaoscercade800aposentadosqueláviviametrazerasmo-vimentações dos“queijeiros” (como são chamados osintermediáriosnacompraevendadosqueijoslocais)devoltaaomunicípio,fazendocomqueelesrealizassemopagamentodosprodutoresdequeijopelacooperativa.

Acooperativadecréditofacilitouavidadosaposenta-dos,garantindo,também,apermanêncianomunicí-piodeseussalárioseaumentandosuasaplicaçõesnainstituição,poismuitosdeleseramprodutoresruraisassociadosàcooperativa.

ApartirdaíaSaromcredi começouaobterumasé-rie de resultados bastante significativos, participando não só como instituição financeira, mas também por meiodeoutrasinstituiçõeseprojetosporelacriados,destacando-se,entreoutros,aFundação Saromcredi,oInstituto Ellos de Educação,oProjeto Pró-TouroeoProje-to Queijo Canastra.

Em1993,acooperativadecréditoutilizourecursosdesuas reservas legais – Fundo de Assistência Técnica,EducacionaleSocial(FATES)–paracriaraFundação Saromcredicomoobjetivodecomprar,produziredis-tribuirmudasdecaféparaseusassociadose,dessafor-ma,ajudarocrescimentoeconômicodomunicípio.

Comoresultadodestadistribuição,aproduçãodecaféaumentoude3.000sacasem1992para45.000sacasem2002.Alémdisso,aFundaçãotemlevadoumasé-rie de cursos de qualificação para os produtores rurais associados.Comisto,segundoJoãoCarlosLeite,maisde 50 produtores rurais já fazem inseminação artifi-

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• Crédito:sãoaquelasconstituídaspormicroepequenosempresáriosemicroempreendedoresquereúnemsuaspoupançasparabenefíciodelesmesmos,realizandoempréstimosmútuosajurosmaisadequa-dosqueospraticadospelosbancoscomcarteiracomercial.

A história da Saromcred é um exemplo de como o cooperativismo decréditofoiumaalternativanodesenvolvimentodospequenosnegóciosdacidadedeSãoRoquedeMinas(MG)edecomopodetransformaravidadepessoasesociedadesinteiras,quandotraba-lhadocorretamente.

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cialemsuasvacas,sendoque,em1995,somenteumprodutorfaziausodestatécnica.

AindacomrecursosdaFundação SaromcredifoicriadaumacooperativaeducacionalquemantémoInstituto Ellos de Educação, que tem como filosofia: “E” de ética, “L”deliderança,“L”deliberdade,“O”deorganizaçãoe“S”desolidariedade,semseesquecerdeensinarocooperativismoàscriançasdomunicípiodemodoaprepararasnovasgeraçõesdeassociadosededirigen-tesdaSaromcredi.Atualmente,aescolapossuimaisde 100 alunos e turmas do maternal à quinta sériedoensinofundamental,eseuscustossãosubsidiadospelaCooperativa.

UmoutroprojetoimportantequevemsendorealizadoéoProjeto Pró-Touro que financia a aquisição de touros de alta linhagem genética aos associados a uma taxa de ju-rosde6%aoanoecom24mesesparapagar.Aumentan-do-searendadoassociado,aumentamosdepósitosnaSaromcredi,garantindo,assimocrescimentoeconômicodomunicípioedaprópriacooperativadecrédito.

Está também em desenvolvimento o Projeto “Queijo Canastra”. Foi firmado um convênio com a Secretaria deAgricultura,PecuáriaeAbastecimentodoEstadode Minas Gerais e com a FERT, uma ONG francesa,com o objetivo de qualificar os queijos da Serra da Ca-nastra e adequá-los às exigências sanitárias.

Atualmente,aáreadeatuaçãodacooperativaabrangeosmunicípiosdeSãoRoquedeMinas(sede),Bambuí,Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, Sacramento, Tapira, Vargem Bonita, São João Batista do Glória, Passos ePratinha,todosnaSerradaCanastra.

Possuiquase4milassociadosequatroPostosdeAten-dimentoCooperativos(PACs)nosvilarejosvizinhos.Ovolume total de seus ativos em junho de 2003 era próxi-modeR$11,8milhões,oPatrimônioLíquidoAjustado(PLA)deR$2,2milhõeseovalortotaldasoperações

EntreasmontanhasdeMinas,apequenaSãoRoquemostraumgrande exemplo de cooperativismo.

COMO CRIAR UMA COOPERATIVA

Acriaçãodeumacooperativa,assimcomodedemaisassociações,passaporváriasfasesquepodem,deformageral,serresumidasem:

• FASE DE SEnSIbILIZAçÃO:Oprimeiropassoéumapalestrade sensibilização do empresariado local sobre as vantagensebenefíciosdeumacooperativaparaodesenvolvimentodeseusnegócios.Essapalestrapodeserdeiniciativadaprefeitu-ramunicipal,daACE,daCDLoudoprópriotécnicodoSebraeque atende a comunidade. Deve-se considerar que, para aconstituiçãodeumacooperativa,sãonecessáriasnomínimo20pessoas.Assim,éimportantequetodossecomprometama levar o maior número de pessoas para discutir o assunto.Senecessário,deverãoserrealizadasoutraspalestras.Nessafase,deveráserdesignada,oficialmente,umacomissãoparaestudaraviabilidadeeconômicaefinanceiradacooperativa,podendocontarcomaajudadaOCEMG.

• FASE COnSTITUTIVA:Trata-sedeumaetapaessencial,poisdevemserseguidosospreceitosdaLei5.764/71.Nessa fase,é realizada a Assembléia de Constituição, que é uma etapa

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decréditodeR$8,6milhões,comumainadimplênciadeapenas1,68%.

Oturismotambémcomeçaasedestacarcomoativida-deeconômicadacidade,situadanoParqueNacionaldaSerradaCanastra.Onúmerodevisitantessaltoude2mil/ano,em1994,paraatuais30mil/ano.Emnovem-brode2004,aSaromcredisetransformouemcoopera-tiva de livre admissão de associados,easpossibilidadesde crescimento foram potencializadas. Segundo JoãoCarlos,“todacooperativaprecisabuscarsuafunçãonasociedade,eaSaromcrediéamaiorinstituiçãodeSãoRoque,estandoenvolvidaemtodososseguimentos”.

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sAcesso ao crédito

2.� IntroduçãoOacessoaocréditosemprefoipré-condiçãoparaodesenvolvimen-todemicroepequenasempresas.Entretanto,entreosinúmerosmotivosalegadospelaredebancáriaparanãoconcederocréditoaospequenosempresários,estãoaassimetriade informações,adeficiência de garantias reais, a falta de um histórico comporta-mentaldostomadoresdecrédito,dentreoutros.

Porisso,umdospontosdedestaquedaLeiGeralfoiadetermina-çãoaoGovernoFederal (entenda-seConselhoMonetárioNacio-nal)demelhoraroacessodasMPEsaosmercadosdecréditoedecapitais. Embora existam muitas linhas de crédito apropriadas às diversas formas de investimento (fixo, giro ou misto), grande parte dosempresáriosdemicroepequenasempresasfreqüentementeutilizaaslinhasmaiscaraseinapropriadasànaturezadospeque-nosnegócios,tantosnosbancospúblicoscomonaredeprivada.

Assim,aoestabelecer,noartigo58,queosbancospúblicosfede-rais e a Caixa criem e disponibilizem linhas de crédito às Micro e PequenasEmpresa(MPEs),essasituaçãopodeserrevertida.Alia-das aos mecanismos oficiais de prestação de garantias – Fundo de GarantiaparaaPromoçãodaCompetitividade(FGPC),FundodeAvalparaGeraçãodeEmpregoeRenda(FUNPROGER)eFundodeAvalàsMicroePequenasEmpresas(FAMPE),doSebrae–,ocréditotendeasermaisacessívelaospequenosempresáriosquedependem de financiamentos para a expansão de seus negócios.

2

CAPÍTULO IX

DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAçÃO

Seção I

Disposições Gerais

Art. 57. O Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário,medidasnosentidodemelhoraroacesso

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formaldoprocessodelegalização.Naassembléia,oestatutoéaprovadoesãoeleitososconselhosdeadministraçãoefis-cal.Dentreosconselheirosdeadministraçãoseráescolhidaadiretoriadacooperativa.Deve-seenviarasminutasdaataedoestatutoparaanáliseeparecerdaOCEMG.Alémdisso,aataeoestatutoassinadosdevemserregistradosnaJuntaCo-mercial.Éprecisoressaltarque,quandoforumacooperativade crédito, é exigida uma autorização prévia do Banco Central doBrasilparaasuaconstituição.

• FASE PRÉ OPERACIOnAL:Éafasedaestruturaçãofísicadaco-operativa, quando ocorrem a definição da localização, aquisição de móveis e equipamentos e demais providências necessáriasparacomeçarsuaoperação.

• FASE OPERACIOnAL:ÉoinícioefetivodasatividadesdaCoope-rativa,quando,então,elaestáinseridanomercadocompetitivo.

Saiba mais:Sebrae-MG–CulturadaCooperaçãoSite:www.sebraemg.com.br/culturadacooperacaoOCEMGSite:www.ocemg.org.br

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dasmicroempresaseempresasdepequenoporteaosmercados de crédito e de capitais, objetivando a re-dução do custo de transação, a elevação da eficiência alocativa,o incentivoaoambienteconcorrencialeaqualidadedoconjunto informacional,emespecialoacessoeportabilidadedasinformaçõescadastraisre-lativasaocrédito.

Art. 58.Os bancos comerciais públicos e os ban-cos múltiplos públicos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal manterão linhas de cré-dito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte,devendoomontantedisponível e suas condições de acesso ser expressos nosrespectivosorçamentoseamplamentedivulga-dos.(grifonosso)

Parágrafo único.Asinstituiçõesmencionadasnoca-putdesteartigodeverãopublicar,juntamentecomosrespectivosbalanços,relatóriocircunstanciadodosre-cursosalocadosàslinhasdecréditoreferidasnocaputdesteartigoeaquelesefetivamenteutilizados,consig-nando, obrigatoriamente, as justificativas do desem-penhoalcançado.

Art. 59.Asinstituiçõesreferidasnocaputdoartigo58desta Lei Complementar devem se articular com asrespectivas entidades de apoio e representação dasmicroempresaseempresasdepequenoporte,nosen-tidodeproporcionaredesenvolverprogramasdetrei-namento, desenvolvimento gerencial e capacitaçãotecnológica.

Art. 60.(VETADO).

Art. 60-A. Poderá ser instituído Sistema Nacionalde Garantias de Crédito pelo Poder Executivo, com oobjetivodefacilitaroacessodasmicroempresaseempresasdepequenoporteacréditoedemaisser-viçosdasinstituiçõesfinanceiras,oqual,naformade regulamento, proporcionará a elas tratamento

diferenciado,favorecidoesimplificado,sempreju-ízodeatendimentoaoutropúblico-alvo.(IncluídopelaLeiComplementarnº.127,de2007).

Parágrafo único.OSistemaNacionaldeGarantiasdeCréditointegraráoSistemaFinanceiroNacional.(In-cluídopelaLeiComplementarnº.127,de2007).

Art. 6�.Parafinsdeapoiocreditícioàsoperaçõesdecomércio exterior das microempresas e das empre-sasdepequenoporte,serãoutilizadososparâme-trosdeenquadramentoououtrosinstrumentosdealtasignificânciaparaasmicroempresas,empresasde pequeno porte exportadoras segundo o porte de empresas,aprovadospeloMercadoComumdoSul-MERCOSUL.

Seção II

Das Responsabilidades do Banco Central do Brasil

Art. 62.OBancoCentraldoBrasilpoderádisponibi-lizar dados e informações para as instituições finan-ceiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional,inclusive por meio do Sistema de Informações deCrédito-SCR,visandoaampliaroacessoaocréditoparamicroempresaseempresasdepequenoporteefomentaracompetiçãobancária.

§ �oOdispostonocaputdesteartigoalcançaadisponi-bilização de dados e informações específicas relativas aohistóricoderelacionamentobancárioecreditíciodasmicroempresasedasempresasdepequenoporte,apenasaosprópriostitulares.

§ 2o O Banco Central do Brasil poderá garantir oacesso simplificado, favorecido e diferenciado dosdados e informações constantes no § 1o deste ar-tigo aos seus respectivos interessados, podendo ainstituiçãooptarporrealizá-lopormeiodas insti-tuiçõesfinanceiras,comasquaisopróprioclientetenharelacionamento.

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2.2 MicrocréditoALeiGeralproporcionaumambientefavorávelàcriaçãoeàforma-lizaçãodemicroempresas.Porém,nemtodasasempresasnascemdo“diaparaanoite”,apartirdeumadecisãopontualdoempresá-rio. Existem muitas pessoas que se encontram na fase “pré-empre-sário”eque,comapoio,serãopotenciaisempresáriosdeMPEs.Emmuitos casos, são pessoas de baixa renda que exercem uma ativi-dadeeconômicaautônomaemdiversossegmentoseque,porfaltadeacessoaomercadoformaldetrabalhoouporteremsidodeleexcluídas, constituíram um negócio próprio.

Emgeral,oempreendedordemicroepequenonegócioaprendeuoofícionoseiofamiliar,seguindoumatradição,oucomotraba-lhadordeoutroempreendimentoformalouinformal.Noentanto,gerencia seus negócios intuitivamente, faltando-lhe a formaçãoempresarialparatransformaraatividadeeconômicaemumaem-presamaisorganizadaecompetitiva.

Omicrocréditoéumametodologiaquevisaconcederemprésti-moparapessoasqueestãoàmargemdosistematradicionaldecrédito.Ovolumededinheiroemprestadoésempre focadonasnecessidadesdocliente.

A filosofia do microcrédito é de um instrumento que auxilia no combate à pobreza, pois incentiva as pessoas a desenvolverem

seus potenciais na busca do auto-emprego e geração de rendaprópria,visandoàmelhoriadaqualidadedevida.Atuatambémnamelhoriacontínuadospequenosempreendimentos,deformaasetornaremsustentáveiseindependentes.

Omicrocréditoconstitui-se,portanto,emestratégiapolíticaparaodesenvolvimento,sendodirigidoasetoresempobrecidosdapo-pulação,masperfeitamentecapazesdeproduziregerarriquezasedecumprirsuasobrigaçõescomocidadãosemgozodeseusdi-reitosedeveres,conformepreceitoconstitucional.

Utilizando metodologias que incentivem a responsabilidade, aauto-estima e a auto-suficiência financeira, o microcrédito tor-na-seumaferramentaimportanteparaoprogressosocialeeco-nômicosustentável,sendoutilizadoparaminimizarapobrezaeestimular a atividade econômica das populações excluídas.

As instituições de Microfinanças (IMF), como são conhecidas, são na sua maioria instituições financeiras como bancos ou cooperativas de crédito,quepodemserorganizaçõesnãogovernamentais(ONG).NoBrasil,asIMFtêmotítulodeSociedadedeCréditoaoMicroem-preendedor(SCM)ouOrganizaçãodaSociedadeCivildeInteressePúblico(OSCIP).AlgunsbancospúblicosbrasileirosoperamlinhasdemicrocréditocomooCrediamigo,doBancodoNordeste.

Normalmente,osclientesdasIMFsãoempresáriosurbanos,emparticular de microempresas formais ou informais provedoresde pequenos serviços (cabeleireiros, manicuro, artesãos) e pe-quenosprodutoresemgeralquetêmnessasatividadesumafon-teestáveldeempregoerenda.Asprincipaiscaracterísticasdasoperações de microfinanças são: pequenos empréstimos, capital de giro, possibilidade dos clientes constituírem poupança, nãoexigência de constituição jurídica por parte do cliente, acesso a novosempréstimoscom limitecadavezmaiorbaseadonode-sempenhodepagamentoeusodecolaterais(garantias)substi-tutos como garantia solidária ou poupança compulsória e a figu-ra do agente financeiro.

O QUE PODE SER FEITO

Omicrocréditopodeseroperadopororganizaçõesnão-governamen-tais(ONGs),SociedadesdeCréditoaoMicroempreendedor(SCMs),OrganizaçõesdeSociedadeCivildeinteressePúblico(OSCIPs),coope-rativas de crédito e bancos comerciais que criem setores específicos.

Constituirumainstituiçãodemicrofinançasrequermobiliza-

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Seção III

Das Condições de Acesso aos Depósitos Especiais do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT

Art. 63. O CODEFAT poderá disponibilizar recursos fi-nanceiros por meio da criação de programa específico paraascooperativasdecréditodecujosquadrosdecooperados participem microempreendedores, em-preendedoresdemicroempresaeempresadepeque-noportebemcomosuasempresas.

Parágrafo único. Osrecursosreferidosnocaputdesteartigo deverão ser destinados exclusivamente às mi-croempresaseempresasdepequenoporte.

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(www.bnb.gov.br)edoMinistériodaJustiça(www.mj.gov.br).

NositedoSebrae-MGwww.sebraemg.com.brháumarelaçãodeinstituições de microfinanças por município.

ção, liderança, capacidade de interação com a comunidade-alvo, várias questões legais e burocráticas e, obviamente, re-cursosfinanceiros.

Aparticipaçãodopoderpúblicooudasentidadesdeclassepodesedarpormeiodoapoiomaterial(cessãodeinstalaçõesadequa-das,pessoaletc.)e,principalmente,dadoaçãoderecursosatítulode“contribuiçãosocial”.OpoderpúblicopodetambémincentivarapoioàONGdemicrocréditopormeiodedecretomunicipal.Nomodelo de lei municipal que está na seção Anexos, há uma refe-rênciasobreofomentoàsinstituiçõesdemicrocrédito.

Porém,aprincípio,omaispráticoébuscarumaparceriacomumainstituiçãoquejáestejaoperandoomicrocréditoparaabrirumpostodeatendimento.MinasGeraispossuialgumasinstituiçõesdemicro-finanças (IMF) que poderão ser consultadas sobre os desafios, opor-tunidadeseresultadosdaoperaçãodessamodalidadedecrédito.

Saiba maisLegislaçãobásica:• Lei10.194,de14defevereirode2001• MedidaProvisória2.172-32,de23deagostode2001• Resolução2.874,de26dejulhode2001• Lei9.790,de23demarçode1999• CircularBacen2915de5/8/99Outrasinformações:• Microfinanças: papel do Banco Central e a importância das coo-perativasdecrédito

Mais informações podem ser obtidas nos sites do BNDES(www.bndes.gov.br),doBDMG(www.bdmg.mg.gov.br),doBNB

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s2.3 O cooperativismo de créditoA cooperativa de crédito é uma instituição financeira democráti-ca, de ajuda mútua, sem fins lucrativos, integrante do Sistema Fi-nanceiroNacional,depropriedadedeseussócioseadministradapor eles, com a finalidade de prestar assistência creditícia e outros serviçosnosmoldesbancáriosaosseusassociados,bemcomolhespropiciar educação e orientação financeira.

Aconstituiçãodeumacooperativadecréditovoltadaaosinteres-sesdosempresáriosdemicroepequenaempresadependedere-grasrígidasdoBancoCentraldoBrasil,conformeestabeleceaLei4.595/64,quereformouoSistemaFinanceiroNacional.

Omaispráticoéprocurarcooperativasjáemfuncionamentoemsuaci-dadeouregiãoesolicitaraadmissãocomoassociado.Minastemmaisde260cooperativasdecrédito,commaisde800pontosdeatendimentoespalhadosporgrandepartedosmunicípiosmineiros.Ascooperativasmineirassãoorganizadasemsistemas,predominandooSicoob,comduasgrandescooperativascentrais:Crediminas,com101cooperativase393postosdeatendimentocooperativo(PACs)eCecremge,com96cooperativas e 87 PACs. Os profissionais do ramo saúde dispõem da CentralUnicred,quereúne24cooperativase64PACs.

No entanto, as cooperativas de crédito que interessam aos em-presáriosparasuasatividadesnegociaissãosomenteaquelasquepodem,legalmente,admiti-loscomoassociados.

Nesse aspecto, O Sicoob Central Cecremge possui 38 cooperati-vas filiadas formadas por empresários profissionais do comércio, indústriaeprestaçãodeserviços.ACrediminascontacom57coo-perativasdelivreadmissãodeassociados,trêsdeMPEseumadeempresáriosligadosdiretaouindiretamenteàFiemg.Todaselaspodematenderaosempresáriosdemicroepequenasempresas.As41cooperativasdaCrediminasquesemantêmcomodecréditoruralpodematenderaosempresáriosdesdequetenhamalgumaatividadevoltadaaomeiorural.AscooperativasdosistemaUni-credemgeralaceitamempresárioseempresasligadosàáreadasaúde(laboratórios,clínicas,hospitaisetc.).

Háregrasparaadmissãoemumacooperativa,principalmentenadecrédito.Oempresáriodeveatenderàscondiçõesdeassociaçãoprevistasnoestatutosocialdacooperativaeaderirformalmenteaelenoprocessodeadmissão.Oestatutosocialéoinstrumentomaisimportanteemumacooperativa,poismanifestaodesejoeosinteressesdosdonos,quesãoosprópriosassociados.

Emmuitosmunicípios,aAssociaçãoComercialeEmpresarial(ACE)eaCâmaradeDirigentesLojistas(CDL)foramasincentivadorasdascooperativasdecrédito.Paramaioresinformações,oempresáriopodesolicitarajudadiretamentenascentraisdascooperativas(Cecremge,CrediminaseUnicred).

ComrelaçãoàLeiGeral,éimportanteressaltarapossibilidadedeascooperativasdecréditoreceberemrecursosdoFundodeAm-paroaoTrabalhador(FAT)paraoperaçõescommicroempresaseempresasdepequenoporte.Noentanto,issodependedemobili-zaçãodasentidadesjuntoaoConselhoDeliberativodoFundodeAmparoaoTrabalhador(Codefat).

VANTAGENS PARA AS MPEs URBANAS E RURAIS

Ocooperativismodecréditoéconsideradoumimportanteins-trumentododesenvolvimentodasociedade,porseconstituiremumeficazmecanismoparaademocratizaçãodocréditoeadesconcentraçãodarenda.Éoúnicoquepermiteaosdiversossegmentosorganizadosdasociedadegerarinstituiçõesfinan-ceirasporiniciativaprópria,semoapoioformaldogovernooudainiciativaprivadaconvencional.

Asinstituiçõesassimcriadassãodepropriedadecoletiva,emquecadaassociadoparticipa,aomesmotempo,comoproprietárioecliente.Essemecanismogerainstituiçõesaltamentevocacionadasaoatendimentobancáriodosegmentoqueascriou.

O sistema cooperativista de crédito vem ganhando força noBrasilnosúltimosanos,principalmenteapósacriaçãodosban-coscooperativos,jánofinaldécadade1990.Asconfederaçõeseascentraiscooperativas,bemcomoosbancoscooperativos,sãoresponsáveispelanovaorganizaçãodosetor.

Assim, o empresário de micro e pequena empresa, ao se fi-liaraumacooperativadecrédito,asseguraráoacessoaocré-ditoemcondiçõesdiferenciadasdasqueencontrarianaredebancária. Na qualidade de cliente e dono ao mesmo tempo,poderáparticipardasdecisõessobreosrumosdacooperativaao comparecer às assembléias. Poderá, inclusive, exercer um cargo de direção ou de fiscalização caso seus pares o elejamnasassembléias.

Oresultadopositivoobtidopeladiferençaentrereceitas(jurosetarifas)ecustos,despesase fundosobrigatórioséchamado

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sdesobras.Oresultadonegativosechamaperdasouprejuízo.Assobrasouperdassãorateadasentreosassociadosnapro-porçãodesuasoperaçõescomacooperativa,salvodeliberaçãoemcontráriodaAssembléiaGeralOrdinária(AGE).

COMO CRIAR UMA COOPERATIVA DE CRÉDITO

Opassoapassodacriaçãodeumacooperativajáfoidescritono item cooperativismo, no capítulo sobre associativismo. Éimportantereafirmarque,nocasodascooperativasdecrédito,por serem instituições financeiras, também estão sujeitas àsnormasdoSistemaFinanceiroNacional(SFN)definidaspeloConselhoMonetárioNacional(CMN)efiscalizadaspeloBancoCentraldoBrasil(Bacen).

Antes de ser aprovada a constituição e o funcionamento deumacooperativadecrédito,énecessáriaasensibilizaçãoemo-bilização da comunidade, além da elaboração de um projetodeviabilidadeeconômico-financeira,quedeveráseraprovadopeloBacen.

Asregrasatuaisdeconstituiçãoefuncionamentodeumacoope-rativadecréditoestãocontidasnaResolução3.442/07doConselhoMonetárioNacional.

O QUE PODE SER FEITO

Um dos principais desafios do cooperativismo é a expansão do sis-tema com solidez e credibilidade, o que pode ser apoiado pelopoderpúblicoepelasentidadesdeclasse.

Dianteda faltade instituições financeirasoficiaisemmuitosmunicípios mineiros, várias prefeituras municipais passaramaoperarseumovimentofinanceiroemcooperativaspormeiodecontacorrenteeaplicações.Asprefeituraseórgãosmuni-cipaispodempromoverodesenvolvimentolocal,fortalecendoacooperativadecréditodacidadeoudaregiãotambémpormeiodeconvêniospararecebimentodetributos.

Dependendodaformadeconstituição,osfuncionáriosdosórgãospúblicosmunicipaispodemtercontacorrenteparaorecebimentode salários (vencimentos, soldos,proventosetc.)na cooperativa,comváriasvantagensparatodos.Ofuncionáriocooperado,comsuamovimentação,fortaleceacooperativaquepoderáatenderaváriosoutros segmentosda sociedade local, entreeles asmicro

epequenasempresaseos seus respectivosempresários.Ganhaaindaaeconomialocal,umavezqueosrecursosaplicadosnaco-operativaretornamsobaformadecréditonaprópriaregiãoaocontráriodosbancosquerecebemaplicaçõesemumalocalidadeeaplicamemoutra,semomenorvínculo.

A Cooperativa é de grande importância para a sociedade, namedidaemquepromoveaaplicaçãoderecursosprivadoseas-sumeoscorrespondentesriscosemfavordaprópriacomunida-deondesedesenvolve.Porrepresentariniciativadospróprioscidadãos,contribuideformarelevanteparaodesenvolvimentolocal sustentável,especialmentenosaspectosde formaçãodepoupança e de financiamento da iniciativa empresarial que tra-zembenefíciosevidentesemtermosdegeraçãodeempregosedistribuiçãoderenda.

Veja abaixo o exemplo de um artigo de Lei Municipal que dispõe sobreosconvênioscomascooperativasdecrédito,retiradodomo-delo de lei que se encontra na integra na seção Anexos.

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Art.23–AAdministraçãoPúblicaMunicipalpoderá

firmar convênios operacionais com cooperativas de

crédito,legalmenteconstituídas,paraaprestaçãode

serviços,especialmentequantoàarrecadaçãodetri-

butoseaopagamentodevencimentos,soldoseoutros

proventosdosservidorespúblicosmunicipais,ativose

inativos,edospensionistasdaadministraçãodiretae

indireta,poropçãodestes.

Saiba mais:

Sebrae-MG–UnidadedeAcessoaServiçosFinanceiros(UASF)AvenidaBarbacena288–BarroPretoCEP30190-130–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3295-4415Sites:www.uasf.sebrae.com.brewww.sebraeminas.com.br

SICOOBCENTRALCREDIMINASAvenidaAmazonas,298-5ºandar

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CEP30180-000–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3270.7600Site:www.crediminas.com.br

SICOOBCENTRALCECREMGEAvenidadoContorno,9.424-3ºandarCEP30110-130–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)2104.8700Site:www.cecremge.org.br

UNICREDCENTRALMGRuaPadreMarinho,37–11ºandarCEP30140-000–BeloHorizonte(MG)

Telefone:(31)3516.1400Site:www.unicredmg.com.br

BancoCentraldoBrasil–RegionalBeloHorizonteAvenidaÁlvaresCabral,1.605-SantoAgostinhoCEP:30.170-001–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3253-7000Site:www.bacen.gov.br

2.4 Bancos OficiaisALeiGeral,emseuartigo58,determinaqueosbancoscomerciaise múltiplos públicos deverão ter linhas de crédito específicas para as MPEs. Nesse sentido, existem várias linhas tanto para o capital de giro quanto para investimentos (fixo ou misto) e financiamentos de médio e longo prazos. O empresário deve ficar atento às exigências bancárias, tais como alvarás, certidões fiscais, licenças ambientais,

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sgarantida,descontosdeduplicatasetc.,concentrando-senaatividadede análise e financiamento de investimentos. Mesmo assim, possui al-gumas possibilidades de financiar capital de giro para as empresas por meioderepassesdoProgramadeApoioaoFortalecimentodaCapaci-dadedeGeraçãodeEmpregoeRenda(Progeren)edoGeraminas.

OGeraminasédestinadoàsempresasoptantespeloSimplesNacional,conformeenquadramentodeacordocomaLeiGeral.Financiadeformaágilesimplificadaasnecessidadesdecapi-taldegiroeinvestimentosdasMPEs.Opedidopodeserfeitopela internet,mediantepreenchimentodedadosemprogra-mapróprioeposteriorenviodadocumentaçãocomplementar.Além de juros baixos e prazos longos, o programa ainda possui metodologia simplificada de exigência de garantias.

OutralinhainteressantedoBDMGéaEmpresaMineiraCompetitiva,que financia aquisição de máquinas e equipamentos importados (no-voseusados),planosdemarketing,propaganda,participaçãoemfei-raseeventos,programasdequalidadeeadequaçãoambiental–en-fim, usos que outras linhas tradicionais geralmente não financiam.

O que pode ser feito

OBDMGpossuiconvênioscomváriasentidades(associaçõescomerciais, CDL, centrais de cooperativas de crédito, Fiemgetc.) no sentido de facilitar o encaminhamento de propostasparasolicitaçãoderecursos,emespecialoGeraminas.

Asentidades,apósocredenciamentonoBDMG,podemajudaroem-presariadoaelaborarospedidos,organizaradocumentaçãoeenca-minhá-losaobanco,agilizandooprocessodeanáliseeconcessãodocrédito.Paraarealizaçãodocredenciamento,deve-seprocuraroDe-partamentodeMicroePequenasEmpresasparamaisinformações.

Alémdisso,oBDMGpossuiequipetécnicaquerealizaotrabalhodedivulgaçãoinstitucionaldobancoedesuaslinhasparaconhe-cimentodosempresários.Geralmente,aspalestrasdeapresenta-çãoatraemasprincipaisliderançasempresariaisdaregiãoepo-tencializamarealizaçãodenovosinvestimentos.

Saiba mais

BancodeDesenvolvimentodeMinasGeraisS.A.(BDMG)RuadaBahia,1.600–Lourdes

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declarações,elaboraçãodeprojetos,informaçõescontábeis,cadas-trais,garantias,custodaoperaçãoetc.

Mesmo assim, os bancos oficiais são grandes financiadores das MPEs, emboraaparticipaçãodosbancosprivadosvenhaaumentandosig-nificativamente. É importante observar que alguns bancos privados possuem áreas e metodologia específicas para operar com MPEs.

As entidades de apoio e as instituições financeiras, entre outros, deverãocriarestratégiasparamelhoraras informaçõesaosem-presários, com relação às exigências e dificuldades para o acesso aocrédito,às linhasdisponíveisesuasvantagenseàanálisedamelhor opção para sua necessidade de recursos financeiros.

A Lei Geral, no artigo 59, orienta que os bancos oficiais devem searticular comasentidadesdeapoioàsMPEsparapromoverprogramasdetreinamentoedesenvolvimentogerencial,alémdecapacitaçãotecnológicaparaajudaroempresárioatermelhorescondiçõescompetitivas.

Paraqueosagentespúblicos,entidadesdeclasseeosprópriosem-presáriospossamsearticularnosentidodepromoveroacessoaocrédito, é importante conhecer as principais instituições financei-rasesuaslinhasdeatuação,conformeseráapresentadoaseguir.

bAnCO DE DESEnVOLVIMEnTO DE MInAS GERAIS S.A. (bDMG)

O BDMG é o principal agente executivo de programas e projetos prioritáriosdogovernoestadual,principalmenteosdelongopra-zo. Sua trajetória, marcada pela eficiência e dedicação à causa do desenvolvimentomineiro, inclui intensaparticipaçãonoesforçoqueviabilizoualgunsdosempreendimentosdemaiorimpactoes-truturantenaeconomiaestadual.

Opera com recursos próprios, do orçamento do Estado e de re-passesdeórgãosfederaiseinternacionais.Atendeaempresasdequalquer porte, embora possua departamento próprio para asMPEs,observandocritériosadotadospelosfundosrepassadoreseprogramas específicos.

Principais linhas para as MPEs

OBDMGéumbancodedesenvolvimentoenãooperaacarteiraco-mercial.Por isso,nãopossuicontacorrente,chequeespecial,conta

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sCEP30160-90–BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3219-8564e3219-8457E-mail:[email protected]:www.bdmg.mg.gov.br

bAnCO nACIOnAL DE DESEnVOLVIMEnTO ECOnÔMICO E SOCIAL (bnDES)

OBNDESéumaempresapúblicafederalfundadaem1952,loca-lizadanoRiodeJaneiroevinculadaaoMinistériodoDesenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior. Tem por objetivo financiar empreendimentosdequalquerportequecontribuamparaode-senvolvimentodopaís,notadamenteosindustriaisedeinfra-es-trutura.

Operandocomrecursospróprios,decaptação,doOrçamentoGe-raldaUniãoe,principalmente,repassandorecursosdoFundodeAmparo ao Trabalhador (FAT), o BNDES é também o grande finan-ciador,emnívelnacional,dasmicro,pequenasemédiasempresasemsuasdiversaslinhas.

Principais linhas para as MPEs

Éimportanteesclarecerque,atualmente,oBNDESpossuiumcri-tério diferenciado para enquadramento do porte das empresas.Isso deve ser analisado com atenção na hora de classificar a em-presaesuavinculaçãoàsdiversaslinhas,umavezqueoscritériosdiferemdaquelesadotadospelaLeiGeral.

A maioria das operações de financiamento para as MPEs é reali-zada por intermédio das instituições financeiras credenciadas. As principais linhas de financiamento para as empresas em geral são oBNDESAutomáticoeoFiname.Asmicroepequenasempresastêmcondiçõesmaisvantajosasnessaslinhasemrelaçãoàsmédiase grandes no que se refere ao limite de participação e à taxa de juros.

• bnDES Automático – Destinado à implantação, expansão,modernização ou relocalização de empreendimentos quevisem ao fortalecimento da competitividade das empresas.Apresenta como vantagens o prazo de carência para o iníciodos pagamentos do principal, taxas de juros baixas e prazos adequadosdeamortizaçãodeacordocomoretornodoinves-timento.Alémdisso,umpercentualdovalorinvestidopoderá

ser acrescentado ao financiamento sob a forma de capital de giroassociadoparacobrirasnecessidadesderecursosduranteoiníciodasoperações.

• Finame – é a grande linha financiadora de máquinas e equipa-mentosnacionaisparatodososportesdeempresas.Possuime-todologia simplificada de liberação e prazos adequados de longo prazo, incluindo carência e juros baixos.

• Progeren – financiamento de capital de giro puro em função do faturamento da empresa. Possui como vantagens a taxa de juro baixa e carência para início da amortização. É importante esclarecer que o programa não financia as empresas indistinta-mente.Énecessárioqueaempresa seenquadrenos critérios,municípiosesetoresatendidos,conformelistaàdisposiçãonositedoBNDES.

• Cartão bnDES–Trata-sedeumprodutorecenteequetemtidograndeaceitaçãoesucessonosseusobjetivos.Apóscadastroeconcessão de limite pelas instituições financeiras autorizadas, ocliente recebeumcartãoe faz comprasnormalmentecomose fosse um cartão de crédito comum. As taxas são reduzidas (próximo a �% ao mês) e o prazo de até 36 meses para pagar. Porém,nãosãotodososprodutoseestabelecimentosqueestãocadastradosparaaceitarocartão.Essalistatambémdeveráserverificada no site do BNDES.

UmdetalheimportanteparaasprincipaislinhasdoBNDESéque,nocasodemicroepequenas(emédias)empresas,asoperaçõespoderãosergarantidaspeloFundodeGarantiaparaPromoçãodaCompetitividade (FGPC),que seráapresentadomaisadiantenotópicoSistemasdeGarantias.

O que pode ser feito

ComooBNDESnãopossuiredeprópriadeagências,asoperaçõespara as MPEs dependem de instituições financeiras repassadoras credenciadas.OcorrequeaindahánoBrasileemMinasmuitasci-dadesquenãocontamcomagênciasbancáriasoucooperativasdecrédito,ouosfuncionáriosnãoestãocapacitadospararepassarin-formaçõessobreosprodutosdoBNDES,principalmenteoBNDESAutomático.Porisso,éimportantearealizaçãodepalestrasereu-niões com os representantes das instituições financeiras que atuam nacidade(ouregião)paradiscutiradisponibilidade,aviabilidadeeadivulgaçãodaslinhasdecréditodobancodefomento.

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sNocasoda linhaFiname,énecessáriocadastrarosprodutos(máquinas e equipamentos) junto ao BNDES para que elessejampassíveisde financiamento.Nesse sentido,poderá serfeitoummutirãodecadastramentoparaasempresas indus-triaisda região,oquepoderácontribuirparaoaumentodaprodução.

Com relação ao Progeren, há uma atuação complexa, que preci-saserembasadaporcritériostécnicoseestatísticos:opedidodeinclusão na lista de cidades ou setores passíveis de obter financia-mentonestalinha.

Porúltimo,poderátambémserfeitoummutirãoparaocadastramen-todeestabelecimentoseprodutosnoâmbitodoCartãoBNDES.

Saiba mais

BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconômicoeSocial(BNDES)AvenidaRepúblicadoChile,100CEP20031-917-RiodeJaneiro(RJ)Telefone:(21)2277-7000Site:www.bndes.gov.br

bAnCO DO bRASIL S.A. (bb)

OBancodoBrasil(BB)oferecesoluçõesparatodasasnecessida-des de empréstimos ou financiamento de empresas de qualquer porte. Aplica recursos próprios e de captação, atuando tambémcomoagenterepassadordoBNDES.

Possui uma grande rede de agências e postos de atendimentobancárionopaís,emboraestejadiretamentepresenteem340ci-dadesdeMinasGerais.

Principais linhas para as MPEs

OBBapresentaumavariedadedeprodutosnacarteiracomercial,tais como cheque especial, conta garantida, desconto de recebí-veis,capitaldegiroetc.

Éumdos repassadoresdoProgramadeGeraçãodeEmpregoeRenda(Proger),instituídopeloMinistériodoTrabalhoevoltadopara o financiamento de planos de negócios de micro e pequenas empresas,inclusiveagroindústrias,cooperativaseassociaçõesde

produção,visandoàgeraçãodeempregoerenda,comousoderecursosdoFundodeAmparoaoTrabalhador(FAT).

As características do Proger, tais como taxa de juros, limites, ca-rência, prazos e garantias podem ser consultadas na página doBBnainternet(www.bb.com.br).AsoperaçõesdeProgerpodemreceber a fiança do Funproger, que será detalhado adiante no item sobregarantias.

O que pode ser feito

AsentidadesdeclasseeosempresáriosdevemsearticularcomoBancodoBrasilparapropiciarodispostonoartigo58daLeiGeral,no que se refere à oferta de linhas de crédito específicas para as MPEs,quedevemseramplamentedivulgadas.Alémdisso,devemcobrardoBBasestatísticassobresuaatuaçãoemfavordasMPEs,conformeestabelecidoparágrafoúnicodoartigo58dareferidalei.

Casoa cidadenãodisponhadeumaagênciadoBB,as lideran-çaslocaispodemconcentraresforçosnosentidodeconseguirdobancoocredenciamentodeumouváriosestabelecimentocomo“correspondentesbancários”.

Saiba mais

BancodoBrasilS.A-RegionalBeloHorizonteRuaRiodeJaneiro,750-CentroCEP30160-041-BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3217-3000BB-Responde:0800-0785678Site:www.bb.com.br

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sCAIXA ECOnÔMICA FEDERAL (CEF)

“Criadaem1861,aCAIXAéoprincipalagentedaspolíticaspúbli-casdoGovernoFederale,deumaformaoudeoutra,estápresen-tenavidademilhõesdebrasileiros.IssoporqueaCAIXA–umaempresa100%pública–atendenãosóosseusclientesbancários,mastodosostrabalhadoresformaisdoBrasil,estespormeiodopagamento de FGTS, PIS e seguro-desemprego; beneficiários de programassociaiseapostadoresdasLoterias.

Alémdisso,aopriorizarsetorescomohabitação,saneamentobá-sico, infra-estrutura e prestação de serviços, a CAIXA exerce um papelfundamentalnapromoçãododesenvolvimentourbanoedajustiçasocialnopaís,contribuindoparamelhoraraqualidadedevida da população, especialmente a de baixa renda.”1

A Caixa Econômica Federal (CEF) possui mais de �7 mil pontos de atendimentodistribuidosentreagências,casaslotéricasecorres-pondentes denominados “Caixa Aqui”.

Principais linhas para as MPEs

ACEFpossuiumaamplagamadeprodutosna carteira comer-cial, como por exemplo o Giro Caixa, e é uma das repassadoras do Proger.ElatambémpodeaceitaroFunprogercomogarantiaparaessaoperação.

Na carteira de financiamento imobiliário, possui linhas para constru-çãoereformadeimóveisresidenciaisecomerciais,comdestaqueparaoConstrucard.Trata-sedeumcartãodecomprasaceitoemestabeleci-mentosconveniadosparaaquisiçãodematerialdeconstrução,acaba-mento e instalações em imóveis. Possui prazos e taxas especiais.

O que pode ser feito

Da mesma forma que o exposto no item do BB, as entidades de classeeosempresáriosdevemarticularcomadaCEFodispostonoartigo58daLeiGeral,noqueserefereàofertadelinhasdecrédito específicas para as MPEs, que devem ser amplamente di-vulgadas.Alémdisso,devemcobrardaCEFasestatísticas sobresuaatuaçãoemfavordasMPEs,conformeestabelecidoparágrafoúnicodoartigo58dareferidalei.

� Extraído do Extraído do sitewww.cef.gov.br

CasoacidadenãodisponhadeumaagênciadaCEF,asliderançaslocaispodemconcentraresforçosnosentidodeconseguirdoban-coocredenciamentodeumoudeváriosestabelecimentoscomo“correspondentesbancários”.

Saiba mais

Caixa Econômica Federal (CEF)EscritóriodeNegóciosemBeloHorizonteAvenidadoContorno,8.256-2ºandar–GutierrezCEP30110-120-BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3217-2035Site:www.cef.gov.br

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bAnCO DO nORDESTE S.A. (bnb)

O Banco do Nordeste é um dos maiores bancos de desenvolvi-mentoregionaldaAméricaLatinaediferencia-sedasdemaisins-tituições financeiras pela missão que tem a cumprir: promover o desenvolvimentosustentáveldoNordestedoBrasil,NortedoEs-píritoSantoedoNortedeMinas,pormeiodacapacitaçãotécnicae financeira dos agentes produtivos regionais.

Omercadoprincipaldobancosãoosagentesprodutivos,aquelesquepraticamoupossamvirapraticaratividadeseconômicascon-sideradasprioritáriasparaalavancarodesenvolvimentodaregião,impulsionandoageraçãodeemprego,renda,impostoseinfra-es-trutura. Os programas de financiamento, produtos e serviços são voltadosparaasustentabilidadedessasatividades.

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sFinanceiroNacionalequedepende,agora,deregulamentaçãodo Poder Executivo.

Independentemente desse novo sistema nacional ser regula-mentado, já existem mecanismos de garantias de crédito que, noentanto,nãoatendemàtotalidadedademandadasMPEs.Aseguirsãolistadososprincipaisinstrumentosdealternativaàs garantias normalmente exigidas das MPEs.

2.6 Fundos Garantidores de Crédito

FUnDO DE AVAL ÀS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUEnO PORTE (FAMPE)

OFundodeAvalàsMicroePequenasEmpresas(FAMPE),ad-ministradopeloSebrae,disponibilizarecursosfinanceirosparalastrearaconcessãodeavaloufiançapelaentidadeemopera-çõesdecréditocontratadaspelasmicroepequenasempresasjuntoainstituiçõesfinanceirasconveniadas.Podemseravali-zadasoperaçõespara:

• Investimento fixo;

• Operação mista - investimento fixo com capital de giro asso-ciado;

• Capital de giro puro, com prazo fixo de amortização;

• Produçãoecomercializaçãodebensdestinadosaomercadoexterno, na fase pré-embarque;

• Investimentosemdesenvolvimentotecnológicoeinovação.

Enquadram-senoFAMPEasmicroepequenasempresasdossetoresindustrial(inclusiveagroindustrial),comercialedeser-viços.

O prazo máximo de garantia não poderá ser superior ao do contratogarantido.

Há a cobrança de Taxa de Concessão do Aval, calculada pelo agentefinanceiro.

Atualmente,oúnicooperadordoFAMPEemMinasGeraiséoBancodoBrasil,aoqualcabeadecisãosobreautilizaçãoounãodosrecursosdofundoparaasoperaçõesdecrédito.

Principais linhas para as MPEs

OBancodoNordestedispõe,hoje,deumavariedadedelinhasde crédito, distribuídas nos principais setores do mercado:agroindustrial, industrial, rural, comercial/prestação de servi-çoseturismo.Cadaumcontacomprogramasdefinanciamen-toespecíficosparasuaatividade.Porém,odestaqueéoFundoConstitucional para o Nordeste (FNE), que possui condições,prazos e taxas excepcionais para o desenvolvimento da região.

O que pode ser feito

No caso do Banco do Nordeste, podem ser feitas as mesmasações descritas para a Caixa e o BB, lembrando que sua área deatuaçãoérestritaàsregiõesNortedeMinas,ValedoJequi-tinhonhaeValedoMucuri.

Saiba mais

BancodoNordesteS.A.-RegionalMontesClarosRuaAltinodeFreitas–327–CentroCEP39400-023-MontesClaros(MG)Telefone:(38)3229-7500Fax: (38) 3229-7539Site:www.bnb.gov.brE-mail:[email protected]

2.5 Fundos de Garantia de FinanciamentosUm dos maiores desafios relativos ao acesso ao crédito é aquestãodasgarantias.Asinstituiçõesfinanceiras,porsuaóticae às vezes por exigências legais, devem minimizar seus riscos pormeiodegarantias (colaterais).Asempresas,por suavez,e em especial as MPEs incipientes, perdem grandes oportu-nidadesdeinvestimentosembonsprojetosporfaltadeapoiofinanceirodevidoàfaltadegarantias.

A questão não é simples de se resolver. Mas, com criatividade,foramsurgindoalternativasque,poucoapouco,vêmimpondooseupapelnacolaboraçãocomodesenvolvimentoeconômico.

ALeiGeral,emseuartigo60,prevêainstituiçãodeumSiste-ma Nacional de Garantias de Crédito, integrante do Sistema

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sSaiba mais

Sebrae–UnidadedeAcessoaServiçosFinanceiros(UASF)Site:www.uasf.sebrae.com.br/uasfareas/uasfgarantias/uasffampeResolução do Conselho Nacional Deliberativo do Sebrae nº.159/2007

liaranecessidadedeinclusãodoFGPCnosfinanciamentosdoBNDES.

Saiba mais

BancoNacionaldeDesenvolvimentoEconômicoeSocial-BNDESAvenidaRepúblicadoChile,100CEP20031-917-RiodeJaneiro(RJ)Telefone:(21)2277-7000Site:www.bndes.gov.br/produtos/instituicoes/fgpc2.asp

Acessoaocrédito |57

FUnDO DE GARAnTIA PARA PROMOçÃO DA COMPETITIVIDADE (FGPC)

OFGPCfoi instituídopela lei9.531/97.Trata-sedeumfundocriadocomrecursosdoTesouroNacional, administradopeloBNDES. Tem por finalidade complementar garantias exigidas pelos bancos nos repasses de recursos do BNDES às micro epequenasempresas,assumindoaté80%doriscodaoperaçãofinanceira. As operações são realizadas exclusivamente com os agentesfinanceirosdoBNDES.

OsprojetospassíveisdegarantiapeloFGPCsãoosdeimplan-tação, expansão, modernização ou relocalização de empresas quevisemaofortalecimentodacompetitividadeeàproduçãopara exportação. O FGPC garante até 80% do valor a ser finan-ciado.

Háumacomissãodegarantia,calculadapeloagentefinancei-roparaautilizaçãodoFundo.

AconstituiçãodegarantiasreaispodeserdispensadaparaasmicroepequenasempresasnasoperaçõescomcoberturadoFGPCdeatéR$500mil.Competeàinstituiçãofinanceiraava-

FUnDO DE AVAL PARA A GERAçÃO DE EMPREGO E REnDA (FUnPROGER)

O Funproger foi criado pela Lei 9.872/99. Trata-se de um fundoconstituídocomrecursosdoFundodeAmparoaoTrabalhadoregerido pelo Banco do Brasil. Tem por finalidade garantir parte do risco dos financiamentos concedidos pelas instituições financeiras oficiais federais no âmbito do Programa de Geração de Emprego eRenda(Proger).

O limite de garantia é de 80% do valor financiado, com no máximo R$ �60 mil. As taxas de concessão do aval são de 0,�% calculados sobre o valor garantido, multiplicado pelo prazo do financiamento emmeses.

Saiba mais

BancodoBrasil

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Site:www.bancodobrasil.com.br/appbb/portal/gov/ep/srv/fed/Ad-mRecFUNPROGER.jspResolução409/04doConselhoDeliberativodoFAT

SOCIEDADES DE GARAnTIA DE CRÉDITO (SGC)

São sociedades formadas por empresários, entidades públicas edemaisapoiadoras,emformatomutualista,destinadasàpromo-çãodacompetitividadeedesenvolvimentoempresarialdasasso-ciadas, por meio da cooperação financeira para facilitar o acesso aocrédito.

AsSociedadesdeGarantiadeCréditoconstituem-seeminstitui-çõesdestinadasàprestaçãodegarantiascomplementaresaosseusassociados, conforme exigência dos agentes financeiros. Possuem tambémoobjetivodeprestaçãodeavais técnicose comerciais,além de disponibilizarem serviços correlatos ao assessoramento fi-nanceirodossóciosparaaobtençãodecrédito,contribuindoparaa melhoria das informações junto às instituições financeiras.

Aogerenciarrecursosprivadosepúblicos,aprópriaSGCrealizaosserviçosdeanáliseedeconcessãodasgarantiaspleiteadaspelosassociados, assumindo eventuais inadimplências das operaçõeseencarregando-sediretamentedaatividadederecuperaçãodasperdas.Como formadeampliarasalternativasdecrédito,a so-ciedade realiza diversos convênios com as instituições financeiras atuantesnaregiãoemqueseestabelece.

Aocontratarumaoperaçãodecréditoapósterintegralizadosuascotas na sociedade, o empresário poderá contar com o comple-mento das garantias exigidas, desde que o seu projeto apresente condiçõesdepagamentodoempréstimo.

O que pode ser feito

As instituições financeiras deverão divulgar de forma mais clara asinformaçõessobremecanismosgovernamentaisparasuprirafalta ou a insuficiência de garantias, uma vez que o empresaria-do,emgeral,osdesconhece.EssesmecanismosforaminstituídospeloGovernoFederaldesde1997paraviabilizarasoperaçõescomrecursos oficiais, principalmente via BNDES, BB e CEF. Além do GovernoFederal,opróprioSebraedisponibilizaàsMPEsumfun-doparaconcessãodegarantias(FAMPE),quandoaoperaçãoforrealizadajuntoaoBancodoBrasilemMinasGerais.

Competeàs liderançasempresariaispromoverpalestrasparadi-vulgarapossibilidadedeseremusados fundosdeaval, tantodoGoverno Federal quanto do Sebrae, para viabilizar o acesso dasMPEs aos financiamentos. Para essas palestras, é importante que sejamconvidadososrepresentantesdasinstituiçõesgestorasdes-sesfundosparaesclarecimentosdedetalhesoperacionais,limites,condições e disponibilidade. Isso pode auxiliar o empresário a de-cidirsevailevaradianteounãoumbomprojetoquedependedefinanciamento.

Outrofocodeatuaçãodopoderpúblico,dasentidadesdeclasseedosempresáriosemgeraléacompanharodesenvolvimentodasSociedadesGarantidorasdeCrédito.ElasaindasãorarasnoBrasil,mas com vários casos de sucesso no exterior.

Saiba mais

Sebrae-UnidadedeAcessoaServiçosFinanceiros(UASF)Site:www.uasf.sebrae.com.br

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CAPÍTULO X

DO ESTÍMULO À InOVAçÃO

Seção I

Disposições Gerais

Art. 64.ParaosefeitosdestaLeiComplementarcon-sidera-se:

I – inovação: a concepção de um novo produto ouprocessodefabricação,bemcomoaagregaçãodeno-vas funcionalidadesoucaracterísticasaoprodutoouprocessoqueimpliquemelhoriasincrementaiseefe-tivoganhodequalidadeouprodutividade,resultandoemmaiorcompetitividadenomercado;

II - agência de fomento:órgãoouinstituiçãodenatu-rezapúblicaouprivadaquetenhaentreosseusobje-tivos o financiamento de ações que visem a estimular epromoverodesenvolvimentodaciência,datecnolo-giaedainovação;

III - Instituição Científica e Tecnológica - ICT:órgãoouentidadedaadministraçãopúblicaquetenhapormissão institucional, dentre outras, executar ativida-des de pesquisa básica ou aplicada de caráter científi-cooutecnológico;

IV - núcleo de inovação tecnológica:núcleoouórgãoconstituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerirsuapolíticadeinovação;

V - instituição de apoio: instituições criadas sob oamparodaLeinº.8.958,de20dedezembrode1994,com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico.

Seção II

Do Apoio à Inovação

Art. 65. AUnião,osEstados,oDistritoFederaleos

Apoioàinovação |6�

Apoio à inovação

3.� IntroduçãoUmdospontosdedestaquedaLeiGeralrefere-seaoapoioàinovação.NocasoespecíficodaLeiGeral,háadeterminaçãode se manter programas específicos de incentivo à inovaçãoparaasmicroempresaseempresasdepequenoporte,definin-do,inclusive,umpercentualderecursosqueaelasdevemserdestinadosparaessefim.

Naprática,hánotíciasdequenosúltimosanososrecursosdeapoioàinovação,sejamreembolsáveisounãoreembolsáveis,nãoestãosendoutilizadosemsuatotalidade.Issosedeve,emparte,àdesinformaçãoporpartedasempresassobreasentida-desdefomentoeapoioàpesquisaeaodesenvolvimentotec-nológico,bemcomosuasrespectivaslinhasdefinanciamentooudeapoiocomrecursosnãoreembolsáveis.

Comoambientedecompetiçãocadavezmaisintenso,osas-pectos inerentes à capacidade de se diferenciar no mercadopassamaserumfator-chaveparaasempresasobteremsuces-sonosnegócios.Nabuscadadiferenciação,ainovaçãosurgeem duas linhas de atuação. A primeira se trata da inovaçãoentendida no seu sentido mais amplo, abrangendo aspectosrelacionadosàqualidadeeprodutividadeinternadaempresa,melhorandoosprocessosprodutivos,agestão,alogística,adis-tribuiçãoeosposicionamentosmercadológicos,alémdeade-quarseusprodutosaospadrõesmundiais.Asegundalinhadeatuaçãoémaisperceptívelaosclientes:trata-sedageraçãodenovosprodutoseserviçosparaomercado,alémdamelhoriaedaevoluçãodessesprodutoseserviços.Emambososcasos,abuscaconstanteda inovaçãoé fatornorteadordaevoluçãoempreendimento.

Por isso, neste capítulo serão apresentados os artigos da LeiGeralreferentesàinovação,àsprincipaisinstituiçõesdeapoioàpesquisaesuasprincipaislinhasdeapoioparaqueopoderpúblico,asentidadesdeclasseeosempresáriossaibammaissobrecomoobterrecursosparainovação.

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3.2 Leis de Inovação: Federal e Estadual

LEI FEDERAL nº. ��.�96/05

O conceito de Inovação Tecnológica, segundo a Associação Na-cionaldePesquisa,DesenvolvimentoeEngenhariadasEmpresasInovadoras(ANPEI),éaconcepçãodenovosprodutosouproces-sosdefabricação,comaagregaçãodenovasfuncionalidadesoucaracterísticasaoprodutoouaoprocesso.Essasmelhoriasincre-mentais implicam ganhos efetivos de qualidade e/ou produtivi-dade,resultandonoaumentodacompetitividadedemercado.O

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Municípios,easrespectivasagênciasdefomento,asICT,osnúcleosdeinovaçãotecnológicaeasinstitui-ções de apoio manterão programas específicos para as microempresaseparaasempresasdepequenoporte,inclusivequandoestasserevestiremsobaformadeincubadoras,observando-seoseguinte:

I –ascondiçõesdeacessoserãodiferenciadas,favore-cidas e simplificadas;

II –omontantedisponívelesuascondiçõesdeacessodeverão ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamentedivulgados.

§ �º. Asinstituiçõesdeverãopublicar,juntamentecom as respectivas prestações de contas, relatóriocircunstanciado das estratégias para maximização da participação do segmento, assim como dos re-cursos alocados às ações referidas no caput desteartigo e aqueles efetivamente utilizados, consig-nando, obrigatoriamente, as justificativas do de-sempenhoalcançadonoperíodo.

§ 2º. Aspessoas jurídicasreferidasnocaputdesteartigo terão por meta a aplicação de, no mínimo,20% (vinte por cento) dos recursos destinados àinovação para o desenvolvimento de tal atividadenas microempresas ou nas empresas de pequenoporte.

§ 3º. Os órgãos e entidades integrantes da admi-nistração pública federal atuantes em pesquisa,desenvolvimentooucapacitaçãotecnológicaterãopor meta efetivar suas aplicações, no percentualmínimo fixado no § 2º. deste artigo, em programas eprojetosdeapoioàsmicroempresasouàsempre-sas de pequeno porte, transmitindo ao MinistériodaCiênciaeTecnologia,noprimeirotrimestredecadaano,informaçãorelativaaosvaloresalocadosearespectivarelaçãopercentualemrelaçãoaoto-taldosrecursosdestinadosparaessefim.

§ 4º. Fica o Ministério da Fazenda autorizado a re-duzir a zero a alíquota do IPI, da Cofins e da Contri-buição para o PIS/Pasep incidentes na aquisição deequipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos,acessóriossobressalenteseferramentasqueosacom-panhem,adquiridospormicroempresasouempresasde pequeno porte que atuem no setor de inovaçãotecnológica, na forma definida em regulamento.

Art. 66.Noprimeirotrimestredoanosubseqüente,osórgãoseentidadesaquealudeoartigo67destaLeiCom-plementartransmitirãoaoMinistériodaCiênciaeTec-nologiarelatóriocircunstanciadodosprojetosrealizados,compreendendoaanálisedodesempenhoalcançado.

Art. 67.OsórgãoscongêneresaoMinistériodaCiên-ciaeTecnologiaestaduaisemunicipaisdeverãoela-boraredivulgarrelatórioanualindicandoovalordosrecursosrecebidos,inclusiveportransferênciadeter-ceiros,queforamaplicadosdiretamenteoupororga-nizaçõesvinculadas,porFundosSetoriaiseoutros,nosegmentodasmicroempresaseempresasdepequenoporte,retratandoeavaliandoosresultadosobtidoseindicandoasprevisõesdeaçõesemetasparaamplia-ção de sua participação no exercício seguinte.

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sprocessoserefereaprodutose/ouprocessosnovos(ouaprimora-dos),nãosendo,necessariamente,novoparaomercadoousetordeatuação,maspodendotersidodesenvolvidopelaempresaouporoutrasempresasouinstituições.

ALeinº.11.196de21denovembrode2005,conhecidacomo“LeidoBem”(CapítuloIII,artigos17a26,eregulamentadapeloDe-cretonº.5.798,de7de junhode2006; capítuloeditadoporde-terminaçãodaLeinº.10.973/2004,achamadaLeida Inovação),consolidou os incentivos fiscais para as pessoas jurídicas de forma automática,desdequerealizempesquisasedesenvolvimentoseminovaçõesnaáreatecnológica.

O objetivo da lei foi apoiar, por meio de incentivos fiscais, o desen-volvimentodasempresasbrasileirasque investemem inovaçãotecnológica,aperfeiçoamentodeprodutoseganhosdeprodutivi-dadeequalidade.

Essesincentivossãocaracterizadospor:

• DeduçõesdeImpostodeRendaedaContribuiçãosobreoLucroLíquido (CSLL)dedispêndiosefetuadosematividadesdepes-quisaedesenvolvimento(P&D);

• Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nacomprademáquinaseequipamentosparaP&D;

• Depreciaçãoaceleradadessesbens;

• Amortizaçãoaceleradadebensintangíveis;

• Reduçãodo impostode renda retidona fonte incidente sobreremessas ao exterior, resultantes de contratos de transferências detecnologia;

• Isençãodoimpostoderendaretidonafontenasremessasefe-tuadas para o exterior destinadas ao registro e à manutenção de marcas,patentesecultivares.

Alémdisso,sãoconcedidassubvençõeseconômicasemvirtudedecontrataçõesdepesquisadores,tituladoscomomestresoudouto-res,empregadosemempresaspararealizaratividadesdepesquisa,desenvolvimentoeinovaçãotecnológica(PortariaMCTnº.557).

Deve-se ressaltar, no entanto, que a Lei 11.196/05 é voltadabasicamente para grandes empresas, na medida em que osbeneficiários deverão apresentar a apuração do Imposto de Renda pelolucroreal.Porém,segundooartigo18destalei,asempresaspoderão deduzir como despesas operacionais os recursos

transferidosàsMPEsparagastoscompesquisaedesenvolvimentode inovação tecnológica. Esse fato caracteriza um benefícioindireto para as MPEs que atuam nesse segmento, juntamentecomgrandesempresas.

LEI ESTADUAL DE InOVAçÃO - LEI nº. �7.348/08

ALeideInovaçãodoEstadodeMinasGeraistemoobjetivodeincentivar a pesquisa científica e tecnológica nas atividades pro-dutivasegerarautonomiatecnológica,capacitaçãoecompetiti-vidadenoprocessodedesenvolvimentoindustrialdeMinas.Paraisso, dentre outras ações relacionadas às instituições científicas e tecnológicas,pode-secitarosincentivoseparceriasdepesquisacomempresase instituiçõesdeensinoepesquisa(públicasouprivadas)quevisamàobtençãodeinovação,geração,desenvol-vimentoefabricaçãodeprodutosesistemas.Alémdisso,buscamaformalizaçãodeinstrumentosjurídicosparaodesenvolvimen-todeprojetosdepesquisaeinovaçãotecnológica,emparceriacomsegmentosprodutivosdirecionadosparaainovaçãoeaoti-mizaçãodeprocessosempresariais.

AleimineiradeinovaçãoprevêacriaçãodoFundoEstadualdeIncentivoàInovação(FIIT),quecomfundosdoTesouroEstadualproverárecursosnãoreembolsáveisparaapoiarainovaçãonose-torprodutivodoEstado.

AestratégiadoGovernoemalçarainovaçãocomoumdosseg-mentosestruturadoresdesuapolíticadedesenvolvimentoapóiaacriaçãodeparquestecnológicoseincubadorasdeempresasdebasetecnológica,apoioaosarranjosprodutivoslocais(APLs)in-tensivosemtecnologiaepólostecnológicos.Essasaçõesbaseiam-senarealizaçãodeinvestimentosemformaçãodemão-de-obradirecionadaàsdemandasdomercado,pesquisa,desenvolvimen-toenaapropriaçãodenovastecnologiasfavoráveisaosnegócioseviabilizadorasdecompetitividadeeconômica.Busca-seoferecersuporte financeiro a projetos de criação e desenvolvimento de produtos e processos inovadores nas empresas de base tecno-lógica (EBTs) e nas instituições científicas e tecnológicas (ICT) privadas.Alémdisso,procuramestimularasaliançasestratégicaseodesenvolvimentodeprojetosdecooperaçãoemempresaseinstituições públicas e de direito privado sem fins lucrativos, volta-dasparaasatividadesdepesquisa,desenvolvimento,geraçãodeprodutoseprocessosinovadores.

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s3.3 Ações Estratégicas

HAbITATS DE InOVAçÃO

Asincubadorassãoinstrumentosdedesenvolvimentodeempre-sasnascenteseosprincipaisbenefíciossão:

• Aumento da taxa de sobrevivência das pequenas empresas;

• Contribuiçãoparaodesenvolvimentolocal;

• Ampliaçãodainteraçãoentreosetorempresarialeaáreaaca-dêmica;

• Desenvolvimentolocaleregional;

• Geraçãoderenda;

• Reduçãodoriscodosempresários.

Minas Gerais possui, atualmente, 25 incubadoras e três par-quesem16cidadesmineiras.Essasempresasgeram2.578pos-tos de trabalho, com faturamento bruto de aproximadamente R$134.989.957,00(Sebrae,2008).

Asincubadoraseosparquestecnológicoscriamumambientefa-vorávelaosurgimentodenovasidéiaseaodesenvolvimentosus-tentadodosnovosempreendimentosnosmaisdiferentessetoresdaeconomia.Umaempresanumaincubadoracrescemaisrápidoesobrevivemaistempo.

UmfatorquecomprovaaqualidadedotrabalhodesenvolvidoemMinas Gerais é a premiação pelo sexto ano consecutivo (2002 a 2007)deumaincubadoramineirapelaAssociaçãoNacionaldeEn-tidadesPromotorasdeEmpreendimentosInovadores(Anprotec)comoamelhorincubadoradebasetecnológicadopaís.

As incubadoras representamum instrumento impulsionadordedesenvolvimento,umavezqueasempresasnelasnascidaseosparquespromovemageraçãodeempregoerenda,consequente-mente gerando impostos, desenvolvimento do empreendedoris-mo,transferênciadeconhecimentoenovastecnologias.

As empresas nascidas em incubadoras apresentam uma taxa de mortalidadeinferiora15%atéoterceiroanodevida.Oprocessodedesenvolvimentosocialeeconômicodeumaregiãoéumdesa-fio de grande complexidade e exige visão de longo prazo. Investir em tecnologia significa dar condições para que a empresa possa

estaratualizadafrenteàsinovaçõestecnológicasqueomercadoexige. Vivemos na sociedade do conhecimento, onde a competiti-vidadedasempresasedospaísesdependedacapacidadedegerarinovaçõestecnológicas.

Osbenefíciosqueumaincubadoraproporcionaaoempreendedoreàcomunidadesão:

• Aumento da taxa de sobrevivência das empresas de pequeno porte, garantindo a capacidade gerencial dos empresários e aincorporaçãodetecnologiaaosprodutoseprocessosdasempre-sas;

• Contribuiçãoparaodesenvolvimentolocaleregionalegeraçãodeempregoerenda;

• Otimizaçãoderecursosalocadospelasinstituiçõesdeapoio;

• Aumentodainteraçãoentreosetorempresarialeasinstituiçõesaacadêmicas;

• Retorno para os agentes que aportam recursos financeiros.

PROGRAMA DE InCEnTIVO À InOVAçÃO EM MInAS GERAIS

OProgramadeIncentivoàInovaçãoemMinasGeraissurgiuemfunçãodanecessidadedetransformaçãodoconhecimentoemva-loreconômicoedoaumentodaintegraçãoentreaacademiaeosetorempresarial.Oprogramaviabilizaasparcerias,pormeiodoSebrae-MGedaSecretariadeEstadodaCiência,TecnologiaeEn-sinoSuperior(SECTES),juntamentecominstituiçõesdeensinoepesquisaegovernosmunicipais,empresaseempreendedores.

Trata-se da transformação de projetos de pesquisa aplicada eminovaçõestecnológicascomofoconamelhoriadaculturainovati-vanasuniversidades.Oobjetivoéageraçãodepatentesecontra-tosdetransferênciadetecnologia,investimentosnacapacitaçãode profissionais e a criação de empresas de base tecnológica em Minas.Oprojeto-pilotofoirealizadoemLavras,empreendidopelaUniversidadeFederaldeLavras(UFLA)comaparticipaçãodoSe-brae-MG,daSECTESedaprefeituralocal.

Apartirda seleçãopúblicadosprojetosdepesquisade institui-ções,doestudodeviabilidadetécnica,econômicaecomercial,dodesenvolvimentodeprotótiposcomerciaisdosprodutosgeradosedaapresentaçãoparaosinvestidores,osprojetosviáveissetor-

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snarãoinovaçõestecnológicas.Essainiciativarepresentaoimpulsopara que as pesquisas científicas possam contribuir para o desen-volvimentoeageraçãodemaisrendaeempregoemMinasGe-rais.AiniciativajáestáemimplantaçãonaUniversidadeFederalde Itajubá (UNIFEI) e na Universidade Federal de Juiz de Fora(UFJF).

3.4 Fontes de Financiamento

FInAnCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS (FInEP)

AFINEPéumaempresapúblicavinculadaaoMinistériodaCiên-ciaeTecnologia,criadaem1967peloDecretonº.61.056comoob-jetivo de fomentar técnica e financeiramente estudos, pesquisas, programas e projetos econômicos, sociais, científicos e tecnológi-cos do país, de acordo com as metas e prioridades setoriais fixadas peloGovernoFederal.Apóiatodasasetapasdoprocessoinovador,dapesquisabásicaàcomercializaçãopioneiradeprodutosepro-cessos.Dispõedediferentesmodalidadesdeapoioàsempresaseinstituiçõesdepesquisasbrasileiras,quepodemserutilizadasdeformaisoladaoucombinada.

Financiamento não-reembolsável

Trata-se de apoio financeiro concedido exclusivamente a institui-ções públicas ou organizações privadas sem fins lucrativos.

Financiamento reembolsável

Créditoconcedidoaempresasprivadaseinstituiçõesquedemons-tremcapacidadedepagamentoecondiçõesparadesenvolverpro-jetosdepesquisa,desenvolvimentoeinformação.Osprazosdeca-rência e amortização, assim como os encargos financeiros, variam de acordo com as características, da modalidade de financiamento, doprojetoedainstituiçãotomadoradocrédito,quepodemser:

• Financiamento com encargos reduzidos: constitui-se de finan-ciamentocomencargosreduzidosparaarealizaçãodeprojetosdepesquisa,desenvolvimentoe inovaçãodebens, serviçosouparacapacitação tecnológicadeempresasbrasileira.Asopera-

çõesdecréditonestamodalidadesãopraticadascomencargosfinanceiros que dependem das características dos projetos.

• Financiamento reembolsável padrão: operações de créditoparaprojetoscomfoconainovaçãodeprodutooudeprocesso,que contribuam para a melhoria da competitividade da orga-nização, mas que não estejam enquadradas nas condições doProgramaPró-Inovação.Taisoperaçõessãopraticadascomen-cargos financeiros formados pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP),acrescidosdemargem(spread)de5%aoano.AFINEPfinancia até 80% do valor total do projeto nesta modalidade.

• Financiamento com juro real zero:constitui-seemmodalidadede financiamento para apoio a projetos desenvolvidos por micro e/oupequenasempresasinovadoras,querepresentemumaino-vaçãoemseusetordeatuação,sejanosaspectoscomerciais,deprocessooudeprodutos/serviços.

Comofunciona:deveserenviadaàFINEPumaconsultaprévia,em modelo disponível na internet ou nos bancos oficiais creden-ciados como agentes financeiros (BDMG, por exemplo).

Asetapasdeumprojetosão:análisedaconsultaprévia,análisedasolicitação de financiamento, contratação, liberação dos recursos eprestaçãodecontas.

As garantias são negociadas entre a FINEP ou o agente financeiro e a empresa, sendo usuais a alienação fiduciária, o penhor, a hi-poteca, a caução de recebíveis, o aval e/ou fiança dos sócios ou de terceirosetc.

Chamadas públicas

OsFundosSetoriaisdeCiênciaeTecnologia,criadosapartirde�999, são instrumentos de financiamento de projetos de pesqui-sa,desenvolvimentoeinovaçãonopaís.Há16FundosSetoriais,sendo �4 relativos a setores específicos, como por exemplo o CT Biotec,CTAgro,CTMineraleCTPetro.

AcriaçãodosFundosSetoriaisrepresentaoestabelecimentodeumnovo padrão de financiamento para o setor, sendo um mecanismo inovador de estímulo ao fortalecimento do sistema de ciência etecnologia(C&T)nacional.Oobjetivoégarantiraestabilidadederecursosparaaáreaecriarumnovomodelodegestão,comaparti-cipaçãodeváriossegmentossociais,alémdepromovermaiorsiner-giaentreasuniversidades,centrosdepesquisaeosetorprodutivo.

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sOsrecursosdosFundosSetoriais,emgeral,sãoaplicadosempro-jetosselecionadospormeiodechamadaspúblicas,cujoseditaissão publicados nos portais da FINEP e do CNPq. Veja abaixo um exemplo do cabeçalho de uma chamada pública destinada especi-ficamente a fundos voltados ao desenvolvimento de MPEs:

Cadachamadapúblicapossuirecursoslimitadose,porisso,osem-presários devem ficar atentos ao lançamento e às condições de apoioparanãoperderemboasoportunidadesdeapoioaosseusprojetosdeinovação.

Telefone:(21)2555-0555E-mail:[email protected]:www.finep.gov.br

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FUnDAçÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE MInAS GERAIS (FAPEMIG)

A FAPEMIG é a única agência de fomento ao desenvolvimentocientífico e tecnológico de Minas Gerais. É uma fundação do Go-vernoEstadual,vinculadaàSecretariadeEstadodeCiência,Tec-nologia e Ensino Superior. Os recursos financeiros são assegurados pelaConstituiçãodoEstado.

Temcomomissãoéinduzirefomentarapesquisaeainovaçãocientífica e tecnológica para o desenvolvimento do Estado de Mi-nasGerais.

Atua, basicamente, financiando projetos de pesquisa científica e tecnológica,alémdeincentivaracapacitaçãoderecursoshuma-nosparaciênciaetecnologia,pormeiodebolsasemdiversosní-veisdeformação.

As operações são realizadas quase que exclusivamente com ins-titutosdepesquisas tecnológicas,universidadesepesquisadoresautônomos.Entretanto,háumalinhaquealcançaasMPEsqueéoProjetoInventiva.

Saiba mais

FundaçãodeAmparoàPesquisadoEstadodeMinasGerais(FA-PEMIG)

FInAnCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS – FInEP

PROGRAMA FInEP InOVAR SEMEnTE

3ª CHAMADA PARA CAPITALIZAçÃO DE FUnDOS DE CAPITAL SEMEnTE

�. ObJETO

A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e oFundo Multilateral de Investimentos do Banco Inte-ramericano de Desenvolvimento (FUMIN/BID) con-vidamadministradoresepotenciaisadministradoresdeFundosde Investimento (FUNDO)emmicroem-presas e empresas de pequeno porte inovadoras,dequalquersetor,paraapresentaçãodepropostasdecapitalização

.....

Fonte: www.finep.gov.br consultado em 30 de abril de 2008.

Saiba mais

FinanciadoradeEstudoseProjetos(FINEP)PraiadoFlamengo,200/1ºao3º,5º,9º,13ºe24ºandaresFlamengoCEP22210-030-RiodeJaneiro(RJ)

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sRuaRaulPompéia101-SãoPedroCEP30330-080-BeloHorizonte(MG)Telefone:(31)3280-2100Site:www.fapemig.br

• Custos: IPCA+jurosvariáveisde:

• até3%aoanoparaempresasdemicro,pequenooumédioporte,instaladasemparquestecnológicos;

• até 4% ao ano para as demais empresas de micro e pequenoporte;

• até5%aoanoparaempresasdemédioporte.

• Taxa de Abertura de Crédito: �% sobre o valor do financiamento, aserdescontadanaprimeiraliberação;comcustodolaudodeavaliaçãoquandoutilizadasgarantiasreais.

• Garantias:avalougarantiasreaisquecubram1/3dovalor,isola-dasoucumulativas,acritériodoBDMG.

Inovação

Paraempresasinovadorasqueprecisamderecursosparadesen-volvimentoetransferênciadetecnologia,oBDMGofereceopçõesde financiamentos de longo prazo para induzir a criação de novos produtos,processosouserviçoseparainvestimentoseminfra-es-trutura, pesquisa e desenvolvimento. O BDMG financia, também, aaquisiçãodesoftwareseserviçoscorrelatosparaempresasdossetores afins, além de projetos para diversificação da matriz ener-géticanacional.

• Coberturadeaté80%docustodoprojeto;

• Taxa de juros inferiores a �2,5% ano;

• Prazosdeaté60meses,incluídacarênciadeaté12meses.

Saiba mais

BancodeDesenvolvimentodeMinasGeraisS.A.(BDMG)RuadaBahia,1.600–LourdesCEP30160-907–BeloHorizonte(MG)Telefones:(31)3219-8564e3219-8457E-mail:[email protected]:www.bdmg.mg.gov.br

bnDES

OBNDESpossuibasicamentedoisfundosvoltadosaoapoioàino-vaçãoeà tecnologia.É importante lembrarquemuitasdesuas

Apoioàinovação |73

RevistaPassoaPasso–Sebrae-MGEd.127.Setembro-Dezembrode2007.

bDMG

Base Tecnológica

Trata-se de uma linha de financiamento do Governo de Minas, admi-nistrada pelo BDMG, para a implantação, expansão ou modernização dasempresasdebasetecnológica.Osrecursossãovoltadosparaem-presas que aplicam conhecimento científico e tecnológico em biotec-nologia,ciênciadacomputação,mecânicadeprecisão,microeletrô-nica, novos materiais, química fina, entre outras ciências e áreas afins, paraodesenvolvimentodenovosprodutos,processosouserviços.

As condições gerais dos financiamentos são:

• Valor:deR$10milaR$200mil(microepequenasempresas);

• Limite:80%doinvestimentototalarealizar,ecapitaldegiroas-sociado limitado a 70% do investimento fixo total. Para empresas instaladasemparquestecnológicos,até90%doinvestimentoto-talecapitaldegiroassociadolimitadoa90%doinvestimento.

• Prazos:até48meses,carênciadeaté12meses.

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snológicoscapazesdeassegurarnolongoprazoposiçãodedesta-queoumesmoliderançaparaopaísnaárea;

• Meioambiente,voltadosasoluçõesparaocontroledeemissõespoluentesdeveículosedeindústrias;

• Saúde, especificamente princípios ativos e medicamentos para doenças negligenciadas, fármacos que utilizem a técnica deDNArecombinanteeoapoioàconstruçãodeinfra-estruturadeinovaçãoemsaúde,envolvendobiotérios,pesquisapré-clínicaepesquisaclínica.

AsoperaçõesnoâmbitodoFUNTECserãorealizadasnaformadeapoiodireto,namodalidadenãoreembolsávele limitadoa90%dovalortotaldoprojeto.

Saiba mais:

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES)AvenidaRepúblicadoChile,100CEP20031-917-RiodeJaneiro(RJ)Telefone:(21)2277-7000Site:www.bndes.gov.br

linhas tradicionais também financiam itens isolados voltados para asinovações.

CRIATEC

Emjaneirode2007,oBNDEScriouoProgramaCRIATEC,comumorçamentodeR$80milhõesvoltadoparaaparticipaçãoemfundodestinadoacapitalizarasmicroepequenasempresasino-vadorasdecapital sementeecomoobjetivode lhesproverumadequadoapoiogerencial.OfundoterácomobaselegalaInstru-çãoCVMnº.209.

Ofundoégeridosobaformadeventure capital,naqualaadmi-nistradora entra como sócia na empresa e recebe parte dos re-sultadosemtrocadoapoioconcedidoinicialmente.Poderãoserapoiadas empresas com faturamento líquido de, no máximo, R$ 6 milhões,noanoimediatamenteanterioràcapitalizaçãodoFundo,sendoque:

• O focodoFundoéde investimentosemempresas inovadorasqueatuemnossetoresdetecnologiadeinformação,biotecnolo-gia,novosmateriais,nanotecnologia,agronegócioseoutros;

• Nomínimo25%dopatrimôniodoFundodeveráser investidoemempresascomfaturamentodeatéR$1,5milhão;

• No máximo 25% do patrimônio do fundo deverá ser investido emempresascomfaturamentoentreR$4,5milhõeseR$6mi-lhões;

• PoderáhaverumasegundacapitalizaçãopeloFundoemalgu-masdasempresasinvestidas;

• O valor máximo de investimento por empresa será de R$ �,5 milhão.

FUNTEC

O Fundo Tecnológico (FUNTEC) destina-se a apoiar financeira-menteprojetosqueobjetivamestimularodesenvolvimentotec-nológico e a inovação de interesse estratégico para o país, emconformidadecomosProgramasePolíticasPúblicasdoGovernoFederal. São passíveis de apoio os projetos de desenvolvimentotecnológicoedeinovaçãodirecionadospara:

• Energias renováveis,particularmenteosdesenvolvimentos tec-

Apoioàinovação |75

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sAnexos

Exemplos de artigos que podem ser adaptados à Lei Municipal para as MPEs

Capítulo XX

Do Associativismo

Art. XX -AAdministraçãoPúblicaMunicipalestimularáaorgani-zaçãodeempreendedoresfomentandooassociativismo,ocoope-rativismoeosconsórcios,embuscadacompetitividadeecontri-buindoparaodesenvolvimentolocalintegradoesustentável.

§ �° -Oassociativismo,cooperativismoeconsórcioreferidosnocaputdesteartigodestinar-se-ãoaoaumentodecompetitividadeeà sua inserção em novos mercados internos e externos, por meio deganhosdeescala,reduçãodecustos,gestãoestratégica,maiorcapacitação,acessoaocréditoeanovastecnologias.

§ 2° -Éconsideradasociedadecooperativa,paraefeitosdestalei,aquela devidamente registrada nos órgãos públicos e entidadesprevistasnalegislaçãofederal.

Art. XX - A Administração Pública Municipal deverá identificar a vocaçãoeconômicadoMunicípioeincentivarofortalecimentodasprincipaisatividadesempresariaisrelacionadasaela,pormeiodeassociaçõesecooperativas.

Art. XX - O Poder Executivo adotará mecanismos de incentivo às cooperativaseassociações,paraviabilizaracriação,amanuten-çãoeodesenvolvimentodosistemaassociativoecooperativonoMunicípiopormeiodo(a):

I – estímulo à inclusão do estudo do cooperativismo e associa-tivismo nas escolas do Município, visando ao fortalecimento daculturaempreendedoracomoformadeorganizaçãodeprodução,doconsumoedotrabalho;

II –estímuloàformacooperativadeorganizaçãosocial,econômi-caeculturalnosdiversosramosdeatuação,combasenosprincí-piosgeraisdoassociativismoenalegislaçãovigente;

III – estabelecimento de mecanismos de triagem e qualificação dainformalidade,paraimplementaçãodeassociaçõesesocieda-descooperativasdetrabalho,visandoàinclusãodapopulaçãodo

4 Municípionomercadoprodutivoefomentandoalternativasparaageraçãodetrabalhoerenda;

IV – criação de instrumentos específicos de estímulo à atividade associativa e cooperativa destinadas à exportação;

V –apoioaosfuncionáriospúblicoseaosempresárioslocaisparaorganizarem-seemcooperativasdecréditoeconsumo;

VI –cessãodebenseimóveisdoMunicípio;

VII –isençãodopagamentodeImpostoSobrePropriedadeTer-ritorial Urbana, sob a condição de que cumpram as exigências le-gaisdalegislaçãotributáriadoMunicípio.

Art. XX - A Administração Pública Municipal poderá firmar con-vênios operacionais com cooperativas de crédito, legalmenteconstituídas,paraaprestaçãodeserviços,especialmentequantoà arrecadação de tributos e ao pagamento de vencimentos, sol-doseoutrosproventosdosservidorespúblicosmunicipais,ativoseinativos,edospensionistasdaadministraçãodiretaeindireta,poropçãodestes.

Art. XX -AAdministraçãoPúblicaMunicipalpoderáaportar re-cursos complementares em igual valor aos recursos financeiros do FUNDI–xxxxxxxxxx,disponibilizadospormeiodacriaçãodepro-grama específico para as cooperativas de crédito de cujos quadros decooperadosparticipemmicroempreendedor,empreendedoresdemicroempresaeempresadepequenoporte,bemcomosuasempresas.

Capítulo XX

Do Estímulo ao Crédito e Capitalização

Art. XX - A Administração Pública Municipal, para estímulo aocréditoeàcapitalizaçãodosempreendedoresedasempresasdemicroepequenoporte, reservaráemseuorçamentoanualper-centualaserutilizadoparaapoiarprogramasdecréditoe/ouga-rantias,isoladosousuplementarmenteaosprogramasinstituídospeloEstadooupelaUnião,deacordocomregulamentaçãodoPo-der Executivo.

Art. XX -AAdministraçãoPúblicaMunicipalfomentaráeapoiaráacriaçãoeofuncionamentodelinhasdemicrocréditooperacio-nalizadaspormeiodeinstituiçõestaiscomocooperativasdecré-dito,sociedadesdecréditoaoempreendedoreOrganizaçõesda

Anexos |77

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sSociedadeCivildeInteressePúblico–OSCIPdedicadasaomicro-créditocomatuaçãonoâmbitodoMunicípioouregião.

Art. XX -AAdministraçãoPúblicaMunicipalfomentaráeapoiaráacriaçãoeofuncionamentodeestruturaslegaisfocadasnagaran-tiadecréditocomatuaçãonoâmbitodoMunicípioouregião.

Art. XX -AAdministraçãoPúblicaMunicipalfomentaráeapoiaráa instalação e a manutenção, no Município, de cooperativas decrédito e outras instituições financeiras, público e privadas, que tenham como principal finalidade a realização de operações de créditocommicroempresaseempresasdepequenoporte.

Capítulo XX

Do Estímulo à Inovação

SEçÃO I - Disposições Gerais

Art. XX -ParaosefeitosdestaLeiconsidera-se:

I - inovação: a concepção de um novo produto ou processo defabricação,bemcomoaagregaçãodenovas funcionalidadesoucaracterísticasaoprodutoouprocessoqueimpliquemelhoriasin-crementaiseefetivoganhodequalidadeouprodutividade,resul-tandoemmaiorcompetitividadenomercado;

II -agênciadefomento:órgãoouinstituiçãodenaturezapúblicaou privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de açõesquevisemaestimularepromoverodesenvolvimentodaciência,datecnologiaedainovação;

III - instituição científica e tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administraçãopúblicaquetenhapormissãoinstitucional,dentreoutras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de cará-ter científico ou tecnológico;

IV -núcleodeinovaçãotecnológica:núcleoouórgãoconstituídopor uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política de inovação;

V -instituiçãodeapoio:instituiçõescriadassoboamparodaLein.º 8.958, de 20 de dezembro de �994, com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvi-mento institucional, científico e tecnológico.

VI –incubadoradeempresas:ambientedestinadoaabrigarmi-croempresaseempresasdepequenoporte,cooperativaseasso-

ciaçõesnascentesemcarátertemporário,dotadodeespaçofísicodelimitadoeinfra-estrutura,equeofereceapoioparaconsolida-çãodessasempresas.

VII –parquetecnológico:empreendimentoimplementadonafor-madeprojetourbanoeimobiliário,comdelimitaçãodeáreaparaalocalizaçãodeempresas,instituiçõesdepesquisaeserviçosdeapoio,parapromoverpesquisae inovação tecnológicaedarsu-porteaodesenvolvimentodeatividadesempresariais intensivasemconhecimento.

VIII – condomínios empresarias: a edificação ou conjunto de edi-ficações destinadas à atividade industrial ou de prestação de servi-çosoucomercial,naformadalei.

Subseção I – Do Ambiente de Apoio à Inovação

Art. XX –OPoderPúblicoMunicipalmanteráprogramadede-senvolvimentoempresarial, inclusive instituindoincubadorasdeempresas, com a finalidade de desenvolver microempresas e em-presasdepequenoportedeváriossetoresdeatividade.

§ �º -APrefeituraMunicipalseráresponsávelpelaimplementaçãodoprogramadedesenvolvimentoempresarial referidono caputdesteartigo,porsiouemparceriacomentidadesdepesquisaeapoioamicroempresaseaempresasdepequenoporte,órgãosgovernamentais, agências de fomento, instituições científicas e tecnológicas, núcleos de inovação tecnológica e instituições deapoio.

§ 2º - As ações vinculadas à operação de incubadoras serão exe-cutadas em local especificamente destinado para tal fim, ficando acargodamunicipalidadeasdespesascomaluguel,manutençãodoprédio, fornecimentodeáguaedemaisdespesasde infra-es-trutura.

§ 3º -APrefeituraMunicipalmanterá,porsioucomentidadeges-toraquedesignar,epormeiodepessoaldeseusquadrosoume-dianteconvênios,órgãodestinadoàprestaçãodeassessoriaeava-liaçãotécnicaamicroempresaseaempresasdepequenoporte.

§ 4º - O prazo máximo de permanência no programa é de dois anos para que as empresas atinjam suficiente capacitação técnica, independênciaeconômicaecomercial,podendoserprorrogadopor prazo não superior a dois anos mediante avaliação técnica.Findoesteprazo,asempresasparticipantes se transferirãopara

Anexos |79

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sáreadeseudomínioouquevieraserdestinadapeloPoderPúbli-coMunicipalaocupaçãopreferencialporempresasegressasdeincubadorasdoMunicípio.

Art. XX -OPoderPúblicoMunicipalpoderácriarmini-distritosindustriais,emlocalaserestabelecidoporlei,quetambémindi-caráosrequisitosparainstalaçãodasindústrias,condiçõesparaalienaçãodoslotesaseremocupados,valor,formaereajustedascontraprestações,obrigaçõesgeradaspelaaprovaçãodosproje-tosde instalação,critériosdeocupaçãoedemaiscondiçõesdeoperação.

§ �º -Asindústriasqueseinstalaremnosmini-distritosdoMuni-cípioterãodireitoàisençãopor(...)anosdoImpostoSobrePro-priedade Territorial Urbana, assim como das taxas de licença para a execução de obras pelo mesmo prazo.

§ 2° -As indústriasquese instalaremnosmini-distritosdoMu-nicípio serão beneficiadas pela execução, no todo ou em parte, de serviços de terraplanagem e infra-estrutura do terreno, queconstarãodeeditalaserpublicadopelaSecretariaMunicipaldeDesenvolvimento Econômico (se existir) autorizando o início das obraseestabelecendoasrespectivascondições.

Art. XX –Osincentivosparaaconstituiçãodecondomíniosem-presariaiseempresasdebasetecnológicaestabelecidasindividu-almente,bemcomoparaasempresasestabelecidasemincubado-ras,constituem-sede;

I –IsençãodeImpostosobreaPropriedadeTerritorialeUrbana(IPTU)peloprazodeXXanos incidentes sobrea construçãoouacréscimorealizadosnoimóvel,inclusivequandosetratardeimó-veislocados,desdequeestejaprevistonocontratodelocaçãoqueorecolhimentodoreferidoimpostoéônusdolocatário;eoprédioservir,nocasodeincubadoras,àsespéciesempresariaisreferidasnocapítuloXX,enquantoasempresasseencontraremincubadas.

II –reduçãodaalíquotadoImpostoSobreServiçosdeQualquerNatureza(ISSQN)incidentessobreovalordamão-de-obracontra-tada para execução das obras de construção, acréscimos ou refor-marealizadosnoimóvelpara2%;

III – isenção da taxa de licença para estabelecimento;

IV – isenção da Taxa de Vigilância Sanitária, por �5 (quinze) anos, para empresas que exerçam atividades sujeitas ao seu pagamento.

V – isenção de Taxas e licenças para execução de obras, taxa de vistoria parcial ou final das obras, incidentes sobre a construção ou acréscimosrealizadosnoimóvelobjetodoempreendimento.

§ �° - Entende-se por empresa incubada aquela estabelecida fisi-camenteemincubadoradeempresascomconstituiçãojurídicaefiscal própria.

Art. XX -OPoderPúblicoMunicipalapoiaráecoordenaráiniciati-vasdecriaçãoeimplementaçãodeparquestecnológicos,inclusivemedianteaquisiçãooudesapropriaçãodeáreadeterrenodoMu-nicípio para essa finalidade.

§ �º -Paraaconsecuçãodosobjetivosdequetrataopresentear-tigo, a Prefeitura Municipal celebrará os instrumentos jurídicosapropriados, inclusiveconvênioseoutros instrumentos jurídicosespecíficos, com órgãos da administração direta ou indireta, fede-raloumunicipal,bemcomocomorganismosinternacionais,ins-tituiçõesdepesquisa,universidades, instituiçõesdefomento, in-vestimento ou financiamento, buscando promover a cooperação entreosagentesenvolvidosedestescomempresascujasativida-desestejambaseadasemconhecimentoeinovaçãotecnológica.

§ 2º -Parareceberosbenefíciosreferidosnocaputdesteartigo,oparquetecnológicodeveráatenderaosseguintescritérios,obser-vadaalegislaçãopertinente:

I – ter personalidade jurídica própria e objeto social específico compatível com as finalidades previstas no parágrafo �º;

II –possuirmodelodegestãocompatívelcomarealizaçãodeseusobjetivos,oqualdeverápreverórgãotécnicoquezelepelocum-primentodoobjetosocialdoParqueTecnológico;

III –apresentarprojetourbanístico-imobiliárioparaainstalaçãodeempresasinovadorasouintensivasemconhecimento,institui-çõesdepesquisaeprestadorasdeserviçosoudesuporteàinova-çãotecnológica;

IV – apresentar projeto de planejamento que defina e avalie o perfil das atividades do Parque, de acordo com as competências científicas e tecnológicas das entidades locais e as vocações eco-nômicasregionais;

V – demonstrar a viabilidade econômica e financeira do empre-endimento,incluindo,senecessário,projetosassociados,comple-mentaresemrelaçãoàsatividadesprincipaisdoParque;

Anexos |8�

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sVI –demonstrarquedispõe,paradesenvolversuasatividades,derecursosprópriosouoriundosdeinstituiçõesdefomento,institui-ções financeiras ou de outras instituições de apoio às atividades empresariais.

§ 3º -OPoderPúblicoMunicipalindicaráSecretariaMunicipalaquemcompetirá:

I - zelar pela eficiência dos integrantes do Parque Tecnológico, me-dianteaçõesquefacilitemsuaaçãoconjuntaeaavaliaçãodesuasatividadesefuncionamento;

II - fiscalizar o cumprimento de acordos que venham a ser celebra-doscomoPoderPúblico.

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RuaDoutorJoséGonçalves,37–CEP35600-000TEL.:(37)3522-2875

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LocalizeoSebraemaispertodevocê |83

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sCaratinga

PraçaCoronelRafaeldaSilvaAraújo,70–BairroSalatielCEP35300-255/TEL.:(33)3321-6829

Cataguases

RuaOféliaResende,101–CEP36770-000TEL.:(32)9974-6640

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PraçaCentraldoBrasil,198–Centro–CEP35790-000TEL.:(38)3721-9190

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RuadaGlória,394–CEP39100-000TEL.:(38)3531-6167

Divinópolis

RuaRiodeJaneiro–341–Centro–CEP35500-009TEL.:(37)3213-2085/(37)3213-2084

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RuaJOÃOPEDROSA,215–BairroQuinzinho–CEP35570-000TEL.:(37)3322-2551

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PraçaDr.França,39–Centro–CEP38200-000TEL.:(34)9988-0149/(34)3421-9133

Governador Valadares

AvenidaBrasil,4000-Loja05–CEP35010-070TEL.:(33)3276-8770/(33)9989-1047

Guanhães

RuaOdilonBeakrens,205–Centro–CEP39740-000TEL.:(33)9983-6008

Ipatinga

RuaUberlândia,331–Centro–CEP35160-024TEL.:(31)3822-4699/(31)9632-0121

Itabira

RuaÁguaSanta,450–Centro–CEP35900-009TEL.:(31)3831-2120/(31)9962-6078

Itajubá

AvenidaCoronelCarneiroJúnior,192–Centro–CEP37500-018TEL.:(35)3622-2277/(35)9986-0119

Itaúna

RuaLiliaAntunes,99–BairroSto.Antônio–CEP35000680-270TEL.:(37)3242-2473/(37)9982-0588

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Rua22,385–Centro–CEP38300-076TEL.:(34)9988-1150/(34)3261-1459

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AvenidadoComércio,26–CEP39440-000TEL.:(38)3821-3000/(38)9988-0450

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TravessaHumaitá,94–Centro–CEP39480-000TEL.:(38)3621-3444/(38)9989-0171

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RuaFloresta,100–BairroCarneirinho–CEP35930-235TEL.:(31)3851-6130/(31)9963-0756

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AvenidaOlegárioMaciel,436-BairroSantaHelena-CEP36005-350TEL.:(32)9986-0262/0655

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RuaFranciscoSales,666-2ºandar–CEP37002-020TEL.:(35)9979-1184

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Praça5deNovembro,355–2ºandar–CEP36900-000TEL.:(33)3331-4833/(33)9969-0036

Montes Claros

AvenidaAfonsoPena,175–CEP39400-098TEL.:(38)9985-2092/(38)3690-5900

LocalizeoSebraemaispertodevocê |85

Page 44: Manual de Associativismo

86 |ManualAssociativismo,AcessoaoCréditoeApoioàInovação

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sMuriaé

RuaDoutorAlvesPequeno,237-Sala36–CEP36880-000TEL.:(32)3721-9722/(32)9945-0647

Oliveira

PraçaXVdeNovembro,20-Sala104–CEP35540-000TEL.:(37)3331-3880

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RuaSalgadoFilho,615–CEP38600-000TEL.:(38)3672-3511/(38)9962-0905

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RuaSantoAntônio,55–CEP37900-082TEL.:(35)9981-1247

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RuaOlegárioMaciel,12–CEP38700-122TEL.:(34)9988-0129/(34)3821-4900

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RuaMatoGrosso,410–CEP39270-000TEL.:(38)3741-3390/(38)9982-0166

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RUAPrefeitoChagas,459–4ºandar–Centro–CEP37701-010TEL.:(35)3722-3352/(35)3722-3304/(35)9974-0047

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PraçaGetúlioVargas,19–CEP35430-002TEL.:(31)3881-2889/(31)9989-0542

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RuaHerculanoCobra,145–CEP37550-000TEL.:(35)3449-7204/(35)9968-0292

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RuaJoãoRibeiro,67–CEP39560-000TEL.:(38)9974-2272

Santa Rita do Sapucaí

AlamedaJoseCletoDuarte,nº.10–Centro–CEP37550-000TEL.:(35)9959-0193

São João del Rei

RuaMariaTereza,20–CEP36307-312TEL.:(32)3372-3833

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RuaDoutorPériclesdeMendonça,95–CEP36680-000TEL.:(32)3261-7420/(32)9963-4025

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AvenidaOliveiraResende,1350–2ºPiso–BairroBrazCEP37950-000/TEL.:(35)3531-2014/(35)9975-0535

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RuaVárzeaDaPalma,281–Centro–CEP39205-000TEL.:(34)3754-3668/(38)9984-0253

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AvenidaLauroMachado,12-A–CEP39660-000TEL.:(38)9971-7800/(38)9197-0680/(38)3527-2544

Ubá

AvenidaRaulSoares,36–Loja1–Centro–ED.InterCenterCEP36500-000/TEL.:(32)3531-5166/(32)9985-1034

Uberaba

AvenidaLeopoldinodeOliveira,3433–Centro–CEP38010-000TEL.:(34)3318-1800/(34)9988-0165

Uberlândia

Rua Duque de Caxias, �85 – Centro – CEP 38408-382TEL.:(34)9988-0177/(34)3237-2224

LocalizeoSebraemaispertodevocê |87

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RuaNossaSenhoradoCarmo,224–Sala9A–Ed.Unaí–CentroCEP38610-000/TEL.:(38)3676-7036/(38)9961-2500

Varginha

RuaDonaZica,46–Centro–CEP37010-570TEL.:(35)3222-5450/(35)9988-3274

Viçosa

RuaDoutorMiltonBandeira,215–CEP36570-000TEL.:(31)3891-4759

UnIDADES REGIOnAIS

belo Horizonte

AvenidaBarbacena,288–CEP30190-130TEL.:(31)3262-2323/(31)9957-9470

Pouso Alegre

RuaHerculanoCobra,145–CEP37550-000TEL.:(35)3449-7214/(35)9982-0566

Uberaba

AvenidaLeopoldinodeOliveira,3433–Centro–CEP38010-000TEL.:(34)3318-1800/(34)9988-0137

Montes Claros

AvenidaAfonsoPena,175–CEP39400-098TEL.:(38)3690-5908/(38)3690-5900/(38)9986-2797

Juiz de Fora

AvenidaOlegárioMaciel,436-BairroSantaHelena-CEP36015-350/TEL.:(32)3239-5306/(32)9987-1239

SEDE (belo Horizonte)

AvenidaBarãoHomemdeMelo,329–NovaSuíça-CEP30460-090/TEL.:08005700800

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