Manual de Baterias Automotiva Bosh

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    Manual de Baterias Bosch

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    ndice

    1. Introduo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.1 Avisos e Normas de Segurana . . . . . . . . . . . . . . . . .41.2 Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4

    2. ABateria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.1 Finalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72.2 Parmetros e Desempenho de uma Bateria . . . . . . .72.2.1 Voltagem da Clula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.2.2 Voltagem Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.2.3 Voltagem de Circuito Aberto (OCV) . . . . . . . . . . . . .72.2.4 Capacidade Disponvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82.2.5 Capacidade Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.2.6 Desempenho de Partida a Frio . . . . . . . . . . . . . . . . .82.2.7 Taxa de Capacidade de Reserva . . . . . . . . . . . . . . . .82.2.8 Autodescarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82.3 Identificao das Baterias Bosch S4, S5 e S6 . . . . .92.4 Componentes da Bateria Chumbo-cido . . . . . . . . .92.4.1 A Caixa da Bateria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.4.2 Tampa e Indicador de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92.4.3 Blocos de Clulas, Placas e Grades . . . . . . . . . . . .102.4.4 Separadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112.4.5 Eletrlito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112.4.6 Conexes de Clulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122.4.7 Plos Terminais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122.5 Baterias 100% Livres de Manuteno . . . . . . . . . . .12

    . ProcedimentosdeRecargadeBaterias. . . 13.1 Cuidados no Preparo do Circuito de Carga . . . . . .133.1.1 Recarga com Corrente Constante . . . . . . . . . . . . . .133.1.2 Recarga com Tenso Constante . . . . . . . . . . . . . . .133.3 Aes Durante e Aps a Recarga . . . . . . . . . . . . . .13

    4. OVeculoeseuSistemaEltrico . . . . . . . . 144.1 Motor de Partida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144.2 Alternador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154.3 Regulador de Voltagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154.4 Equilbrio Eltrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154.5 Fuga de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164.6 Ajuda de Partida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164.7 Instalao e Remoo da Bateria . . . . . . . . . . . . . .174.8 Retirar o Veculo da Operao . . . . . . . . . . . . . . . .174.9 Informaes Tcnicas Sobre

    Problemas de Bateria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174.9.1 Defeitos de Fabricao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .174.9.2 Erros que No Podem Ser Atribudos Produo .17

    5. Inspeo,ArmazenamentoeEmpilhamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    5.1 Inspeo de Entrada de Mercadoria . . . . . . . . . . . .205.2 Armazenamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205.3 Empilhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    6. Garantia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    PerguntaseRespostas. . . . . . . . . . . . . . . . 21

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    1. Introduo

    Este manual fornece informaes completas sobrefuncionamento, caractersticas, concepo, manu-seio e teste de baterias chumbo-cido e tem comoobjetivo informar o procedimento correto para uti-

    lizao, estoque, manuteno de baterias automo-tivas, bem como os principais cuidados visando segurana de quem trabalha com baterias Bosch,a maior durabilidade de nossos produtos e a satis-fao de nossos clientes.

    1.1 AvisoseNormasdeSegurana

    Siga as instrues da bateria, do manualde operao da bateria e do manual deoperao do veculo.

    Use culos de proteo como medida deprecauo ao trabalhar na bateria.

    Mantenha as baterias fora do alcance das

    crianas. Mantenha a bateria afastada decrianas ao trabalhar nela.

    Fogo,fascas,chamasefumarsoproibidos:

    Evite provocar fascas ao manipularcabos e equipamentos eltricos, bemcomo aquelas causadas por descargaeletrosttica.

    Evite curtos-circuitos.

    Limpe a bateria apenas com um panomido e use roupas apropriadas. Ospanos de limpeza seca podem carregar-se eletricamente e causar fascas.

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    Perigodeexploso: gases explosivospodem causar cegueira ou ferimentos.

    Perigodecorroso:O cido da bateria extremamentecorrosivo. Ele pode causar queimadurase cegueira. Em condies normais deoperao, no deve haver nenhumcontato com o eletrlito (cido sulfricodiludo). No destrua ou danifique acaixa de uma bateria com eletrlito fixoou lquido.

    Use luvas e culos de proteo.

    No incline a bateria para evitar ovazamento do cido pelos orifcios deventilao.

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    Primeirossocorros:Respingos de cido que entram emcontato com os olhos devem serlavados durante vrios minutos comgua limpa. Em seguida, procureassistncia mdica imediatamente.

    Respingos de cido sobre a peleou roupas devem ser neutralizados

    imediatamente com um neutralizadorde cido ou uma soluo de sabo eenxaguados com muita gua.

    Se o cido for ingerido, beba muitagua e procure assistncia mdicaimediatamente.

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    Aviso:A caixa se torna quebradia com odecorrer do tempo. Portanto, noexponha a bateria irradiao solardireta.

    Nunca conecte o terminal positivo aoterminal negativo, isso causa um curto-circuito. O curto-circuito pode causarqueimaduras, incndios ou a explosoda bateria.

    perigoso usar ferramentas, comomartelos, nos terminais da bateria aoconectar os cabos.

    Nunca use um pano seco para limpara caixa da bateria. Isso pode provocarfascas causadas por descargaseletrostticas e resultar na exploso dabateria.

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    Descarte:Devolva as baterias usadas no local decompra.

    Nunca descarte as baterias velhas juntocom o lixo domstico.

    Nunca deixe o eletrlito vazar nosistema de esgotos, no solo ou noslenis freticos.

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    1.2 Glossrio

    Acumulador Dispositivo eletroqumico que transfor-ma energia eltrica em energia qumicaarmazenada. Esta novamente libera-da atravs da inverso do processo.

    Ampere(A) A unidade de medida da quantidade decarga eltrica que passa por um pon-to de um circuito em um determinadotempo.

    Ampere-hora(Ah)

    A quantidade de eletricidade forneci-da durante uma hora por uma corren-te cuja fora mdia de um ampere.O ampere-hora tambm usado paraquantificar a capacidade de armazena-mento de uma bateria atravs da multi-plicao da corrente em amperes pelo

    tempo de descarga em horas. (Exem-plo: uma bateria que fornece 5 am-peres durante 20 horas: 5 A x 20 h =capacidade de 100 Ah).

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    Autodescarga Descreve o fato de que toda bateriase descarrega, mesmo sem que hajanenhum consumidor ligado nela. De-pendendo da tecnologia da bateria, aautodescarga varia de velocidade (porexemplo, baterias com uma tecnologia

    de clcio-prata passam por um proces-so de autodescarga mais lento do quebaterias de antimnio).

    Blocodeelementos/clulas

    Conjunto de placas positivas e nega-tivas montadas com separadores en-tre elas. Um elemento de uma bateriachumbo-cido possui uma voltagem de2,1 V. Portanto, uma bateria padropossui normalmente seis elementos, oque resulta em uma voltagem total de12,6 V.

    Caixadepolipropileno Essas caixas contm as placas, as co-nexes e o eletrlito e so divididas em3 ou 6 sees, ou clulas, para bateriasde 6 ou 12 volts, respectivamente.

    Clcio-prata Bateria livre de manuteno, de altatecnologia, com grades de liga chum-bo-clcio-prata, que proporcionam lon-ga vida til e baixo consumo de gua.

    Capacidade A quantidade disponvel de eletricida-de de uma bateria ou clula medida emampere-hora. A capacidade dependeda temperatura da bateria e da corren-te de descarga. Por isso, importantemencionar no apenas a capacidade,mas tambm a corrente de descarga ea temperatura.

    Clula A menor unidade de uma bateria. composta por um eletrodo positivo eum eletrodo negativo, um separadore o eletrlito. Ela armazena a energiaeltrica e o elemento bsico da ba-teria quando colocada em uma caixa eequipada com conectores eltricos. Acapacidade de uma clula depende do

    seu tamanho. A voltagem da clula, po-rm, depende do sistema eletroqumi-co do elemento.

    Conectoresdeclula

    Eles conectam os diferentes elementosem srie. As conexes das clulas indi-viduais so ligadas pelo caminho maiscurto, ou seja, diretamente pela divis-ria da clula. Isso reduz a resistnciainterna e o peso da bateria.

    Conexoemsrie

    Circuito cujas partes esto conectadasde modo serial. H apenas uma trajet-ria para o fluxo de corrente. As bateriasmontadas em srie so conectadas daseguinte forma: o plo negativo da pri-meira bateria com o plo positivo da

    segunda bateria, o plo negativo dasegunda bateria com o plo positivoda terceira bateria etc. Se duas bate-rias de 12 V e com uma capacidade de50 Ah so conectadas em srie, a vol-tagem total do circuito igual somadas voltagens de cada bateria, o quecorresponde a 24 V no exemplo acima.A capacidade de ampere-hora da com-binao de 50 ampere-hora.

    Conexoparalela

    Circuito fechado no qual o fluxo da cor-rente se divide em dois ou mais cami-

    nhos antes de se reencontrar para fecharo circuito. Na conexo paralela de bate-rias (normalmente, as baterias possuema mesma voltagem e capacidade), todosos terminais positivos so conectados aum condutor e todos os terminais nega-tivos so ligados a um outro condutor.Se duas baterias de 12 V e 50 Ah sousadas em uma conexo paralela, a vol-tagem do circuito de 12 V e a capaci-dade da combinao de 100 Ah.

    Correntecontnua(DC)

    Corrente eltrica que flui somente emuma direo. Uma bateria fornece cor-rente contnua e deve ser recarregadacom corrente contnua.

    Correntedepartida

    A corrente que uma bateria nova e to-talmente carregada consegue forne-cer em uma determinada temperaturadurante um determinado perodo detempo at que uma voltagem terminalespecfica seja alcanada.

    Curto-circuitoexterno

    Contato eltrico de baixa impednciaentre os plos da bateria. O curto-cir-cuito externo resulta em temperaturas

    muito altas no condutor eltrico e nabateria. A bateria pode ser destrudaou explodir.

    Curto-circuitointerno

    As clulas podem sofrer um curto-cir-cuito interno, no caso de curtos-circui-tos finos. Normalmente, isso resulta emuma alta autodescarga e se reflete emuma reduo aguda da capacidade.

    Deformaodegrade

    Deformao da estrutura de placas degrades positivas que resultam da cor-roso do chumbo das grades.

    Descargaprofunda

    Estado em que uma clula esteja total-mente descarregada e a sua voltagemcaia abaixo da voltagem de descargafinal.

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    Desgasificao Liberao dos gases de carga atravsdas aberturas das clulas.

    Eletrlito Em uma bateria chumbo-cido, o ele-trlito uma soluo de cido sulf-rico diludo com gua destilada. um

    condutor que fornece ons reaoeletroqumica.

    Estadodecarga Capacidade remanescente (em %) emrelao capacidade nominal. O es-tado de carga pode ser determinadoatravs da medio da fora de gravi-dade especfica do eletrlito ou da vol-tagem do circuito aberto.

    Formao Carregamento eltrico inicial para con-verter as massas ativas em estado car-regado. O processo de formao

    executado na fbrica.

    Gsdeoxi-hidrognio

    Mistura gasosa de hidrognio e oxig-nio. Extremamente inflamvel dentrode uma ampla faixa de composio. Ogs de oxi-hidrognio gerado durantea sobrecarga da bateria chumbo-cido.

    Gasificao O desenvolvimento de gs de hidrog-nio e oxignio. Ocorre ao sobrecarre-gar a bateria chumbo-cido.

    Grades Estruturas de liga de chumbo que car-regam a massa ativa de uma placa debateria e que conduzem a corrente.

    Hidrmetro Instrumento de medio usado paradeterminar a densidade do eletrlitoda bateria (a concentrao do cidosulfrico no eletrlito). Pode ser usadopara determinar o estado de carga dabateria. Quanto mais alta a densidade,maior a concentrao de cido sulf-rico no eletrlito e mais alto o estadode carga.

    Interruptordechamas

    Permite que os gases escapem de den-

    tro da bateria, mas tambm protege abateria de fascas de ignio prematu-ra ou chamas e impede, assim, que abateria exploda.

    OCV Abreviao de Voltagem de CircuitoAberto (Open Circuit Voltage).

    Pasta Mistura de vrios componentes (porexemplo, xido de chumbo, gua, ci-do sulfrico) que colocada comopasta nas grades positivas e negati-vas. feita a distino entre as pastaspositivas e negativas, dependendo da

    receita. Em seguida, essas pastas sotransformadas em massas curadas po-sitivas e negativas. Veja massa ativa.

    Placas Componentes achatados, normalmenteretangulares, que contm a massa ati-va e uma grade. Elas exercem uma fun-o eltrica, transportando os eltronspara e da massa ativa. As placas so oupositivas ou negativas, dependendo damassa ativa que elas contm.

    Ploterminal Parte da bateria qual o circuito eltri-

    co externo conectado.

    Poros As cavidades encontradas na massaativa da bateria.

    Resistnciainterna

    Resistncia hmica da bateria. A resis-tncia interna a resistncia que podeser medida contra o fluxo da correntena bateria. Ela expressa como quedada voltagem da bateria proporcional corrente de descarga. O valor depen-de do tipo de construo, do estadode carga, da temperatura e da idade dabateria.

    Separador Dispositivo usado para a separao f-sica e a isolao eltrica dos eletrodoscom polaridades opostas. Em geral, oseparador fabricado de uma folha PP/PE porosa. Em determinados casos, oseparador pode tambm ser usado pa-ra absoro do eletrlito. Nesse caso,trata-se de uma manta de microfibrade vidro absorvente (AGM).

    Sobrecarga Recarga acima do estado de carga to-tal. Pode resultar em danos permanen-

    tes bateria (por exemplo, perda deeletrlito, corroso e danos gradeetc.).

    Sulfatagem Formao de sulfato de chumbo noseletrodos do acumulador de chumboatravs de um processo de recristaliza-o, que ocorre quando a bateria per-manece por muito tempo fora de usoem um estado de descarga profunda.Um sulfato de chumbo de gros gros-sos produzido, que pode apenas serrecarregado com dificuldade.

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    Tampa Feita de polipropileno. A tampa encai-xada e selada na caixa da bateria apso trmino de sua produo. A tampaimpede o vazamento do eletrlito e apenetrao de corpos estranhos.

    Vidadeservio A durao do desempenho satisfat-rio medida em anos ou ciclos de car-ga/descarga.

    Volt(V) Unidade do sistema internacional demedida de potencial eltrico e foraeletromotriz.

    Voltagemdecircuitoaberto

    A voltagem medida de uma bateria li-vre de consumidores.

    Watt(W) Unidade do sistema internacional demedida de potncia eltrica. 1 W = 1

    A x 1 V.

    2. ABateria

    Uma bateria um dispositivo eletroqumico quetransforma energia qumica em energia eltricae vice-versa. Uma bateria armazena energia el-trica para o uso quando necessrio. O processode transformao reversvel, o que significa quea bateria pode ser carregada e descarregada porvrias centenas de vezes.

    2.1 FinalidadeEm um veculo, a bateria desempenha o papel deuma unidade de armazenamento qumico para aenergia eltrica gerada pelo alternador quando oveculo est em funcionamento. Essa energia deveestar disponvel para dar partida no motor depoisque este tenha sido desligado. Por esse motivo, abateria tambm chamada de bateria de partida.

    Por um lado, quando o motor estiver parado (e,portanto, o alternador tambm), a bateria deveser capaz de fornecer uma alta corrente por um

    tempo limitado para dar partida no motor, o que especialmente crtico em baixas temperaturas.Por outro lado, quando o motor estiver funcionan-do sem marcha, desligado ou quando o alternadorno produz energia suficiente para cobrir a neces-sidade de todos os consumidores, a bateria deveconseguir fornecer uma parte da energia eltricaaos outros componentes importantes do sistemaeltrico do veculo.

    A bateria tambm absorve os picos de voltagemdo sistema eltrico do veculo para que eles nodanifiquem os componentes eletrnicos sens-

    veis.

    2.2 ParmetroseDesempenhodeumaBateria

    2.2.1 VoltagemdeClulaA voltagem de clula a diferena entre os po-tenciais que so gerados entre as placas positivase negativas no eletrlito. Esses potenciais depen-dem dos materiais das placas, do eletrlito e desua concentrao. A voltagem de clula no umvalor constante, mas depende do estado da car-ga (densidade do eletrlito) e da temperatura doeletrlito.

    2.2.2 VoltagemNominalNo caso das baterias chumbo-cido, a voltagem(terica) nominal de uma nica clula definidaem 2 volts.

    A voltagem nominal da bateria como um todo re-sulta da multiplicao das voltagens das clulas

    individuais pelo nmero de clulas conectadas emsrie. A voltagem nominal das baterias de partida de 12 V. Os 24 V necessrios para os sistemaseltricos dos caminhes so fornecidos atravs daconexo em srie de duas baterias de 12 V.

    2.2. VoltagemdeCircuitoAberto(OCV)A voltagem de circuito aberto (ou tenso fora decarga, tenso sem carga) a voltagem da bateriasem carga. A OCV muda aps o trmino dos pro-cessos de carga ou descarga devido polarizaoe efeitos de difuso. Aps um determinado tem-po, quando a OCV atinge um valor estvel, pode-semedir a chamada OCV de estado estvel.

    A voltagem obtida atravs da adio dos valoresdas voltagens especficas de cada clula. Para seisclulas, o seguinte se aplica:

    Figura1 Voltagem das clulas e a OCV

    Como no caso da voltagem das clulas, a OCV de-pende do estado de carga da bateria e da tempe-ratura do eletrlito. Se uma OCV for medida poucotempo depois do processo de carga ou descarga,no ser possvel obter o verdadeiro estado decarga. A bateria precisa repousar s vezes at 24horas, at que um estado estvel tenha sido atin-gido. mais recomendado medir a densidade doeletrlito para determinar o estado de carga, mas

    isso apenas pode ser feito em modelos de bateriasmais antigos, que possuem tampas de roscar.

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    2.2.4 CapacidadeDisponvelA capacidade a quantidade de potncia eltricaque a bateria consegue fornecer em determinadascondies. Ela o produto da corrente e do tempo(ampere-hora, Ah).

    Porm, a capacidade no um parmetro fixo. Ela

    depende dos seguintes fatores, entre outros:

    Nvel da corrente de descarga.

    Densidade e temperatura do eletrlito.

    Processo de descarga em funo do tempo (a ca-pacidade maior quando feita uma pausa du-rante a descarga do que quando o processo dedescarga estiver contnuo).

    Idade da bateria (devido perda do material ativodas placas, a capacidade Ah diminui quando a ba-teria se aproxima do fim de sua vida til).

    Se a bateria for movimentada durante o uso, ou

    se ela permanecer estacionria (estratificao doeletrlito).

    A corrente de descarga desempenha um papel es-pecialmente importante. Quanto maior a correntede descarga, menor a capacidade disponvel.

    2.2.5 CapacidadeNominalPara poder comparar as baterias de partida entresi, suas capacidades nominais so definidas da se-guinte forma:

    A capacidade nominal uma medida para a ener-gia que pode ser armazenada por uma nova bate-

    ria. Essa capacidade depende da quantidade domaterial ativo usado na bateria e da densidade doeletrlito.

    2.2.6 DesempenhodePartidaaFrioPara uma bateria que fornece energia eltrica aomotor de partida, a capacidade de partida em tem-peraturas baixas muito importante. A correntede partida a frio ou os amperes de partida a frioso a medida da sua capacidade de partida, umavez que eles representam uma drenagem de cor-rente em temperaturas baixas.

    Ao selecionar a bateria de partida correta para umcarro, a capacidade e o desempenho de partidaa frio devem estar corretos, o que significa que abateria no deve ser pequena demais. Caso con-trrio, se a bateria tiver o tamanho errado, h umrisco de que ela no tenha energia suficiente paradar partida no motor.

    O desempenho de partida a frio indicado em am-peres. Ele depende muito da rea de superfcie totaldo material ativo (nmero de placas, rea de superf-cie das placas), pois quanto maior for a rea de con-tato entre o material de chumbo e o eletrlito, maisalta ser a corrente que pode ser fornecida por umcurto perodo. O espaamento entre as placas e omaterial do separador so duas variveis que afetama velocidade do processo qumico do eletrlito e quetambm determinam os amperes da partida a frio.

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    2.2.7 TaxadeCapacidadedeReservaA taxa de capacidade de reserva o perodo detempo em minutos durante o qual uma bateria no-va e totalmente carregada consegue fornecer 25 Aem 27 C, mantendo uma voltagem de terminal de1,75 V ou maior por clula (10,5 V para uma ba-teria de 12 V). Essa taxa representa o perodo detempo durante o qual a bateria consegue operaracessrios essenciais se o alternador do veculofalhar.

    2.2. AutodescargaTodas as baterias com cido se autodescarregam,estejam elas usadas ou armazenadas. Mesmo quenenhum consumidor esteja ligado bateria, asreaes qumicas continuam a ocorrer, como emum circuito eltrico interno fechado. A autodescar-ga causada por impurezas. O antimnio, usadocomo liga para endurecer as grades de chumbo,

    uma dessas impurezas metlicas que causa aautodescarga. Nas baterias que utilizam esta tec-nologia, uma quantidade relativamente alta de an-timnio usada, o que resulta em uma alta taxade autodescarga. Nas baterias de partida mais mo-dernas, o contedo de antimnio bem menor,pois ele foi substitudo por outras ligas como, porexemplo, clcio. Conseqentemente, a taxa de au-todescarga das baterias mais modernas inferiora 0,1 % da capacidade da bateria por dia.

    Alm do contedo de antimnio (a tecnologia dabateria), a taxa de autodescarga depende princi-palmente dos seguintes fatores:

    TemperaturaUma temperatura mais alta acelera os processosqumicos na bateria chumbo-cido, o que aumen-ta a taxa de autodescarga.

    IdadedabateriaQuanto mais velha for a bateria, maior ser a taxade autodescarga.

    UmidadeUma alta umidade resulta em uma taxa de auto-descarga maior.

    Os dois fatores mais importantes de autodescargaso a temperatura mdia de armazenamento e atecnologia de grades.

    Durante o processo de autodescarga, bem comodurante a descarga normal, sulfato de chumbo formado nas placas positivas e negativas e dis-tribudo de maneira fina nelas. Mas, quanto maistempo a bateria for deixada no estado descarre-gado, mais os finos cristais de sulfato de chum-bo iro se desenvolver em cristais maiores e estesdificilmente podero ser transformados de voltaem dixido de chumbo ou chumbo puro. Esse fe-nmeno chamado de sulfatagem e ele influen-cia negativamente no desempenho e na vida tilda bateria.

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    2. IdentificaodasBateriasBoschS4,S5eS6Cdigosimplificado

    Para que o cliente possa encontrar a bateria cor-reta mais facilmente, foi criado um cdigo abre-viado. Ele muito mais fcil de ser lembrado e,portanto, mais conveniente para os clientes. Ex.:

    S5 45D

    Linha deproduto(S4, S5ou S6)

    Capacidade de carga(de 36 a 200 Ah)

    Posio do plopositivo (D direita,E esquerda)

    2.4 ComponentesdaBateriaChumbo-cidoUma bateria de partida de 12 V contm seis clu-

    las individualmente separadas e conectadas, emsrie, em uma caixa de polipropileno (figura 2).Cada clula contm um elemento (bloco de clu-las) que composto por um bloco de placas posi-tivas e negativas. Por sua vez, o bloco compostopor placas de chumbo (grade de chumbo e massaativa) e material microporoso de isolao (sepa-radores) entre as placas de polaridade oposta. Oeletrlito cido sulfrico diludo que permeia osporos das placas e separadores e que enche os es-paos livres das clulas. Os terminais, as conexesdas clulas e das placas so feitas de chumbo. Asaberturas das conexes das clulas nas divis-

    rias so seladas. Um processo de vedao em altatemperatura usado para selar a tampa perma-nentemente caixa da bateria, o que resulta naselagem superior da bateria. Nas baterias conven-cionais, cada clula possui seu prprio bujo deenchimento. Ele usado para o enchimento inicialda bateria e a sada de gs oxi-hidrognio duran-te o processo de recarga. Em muitas vezes, as ba-terias sem manuteno parecem estar totalmenteseladas, mas elas tambm possuem furos de venti-lao e, s vezes, tampas roscadas, mas estas nopodem ser acessadas.

    Figura2Construo da bateria (100% sem manuteno)

    2.4.1 ACaixadaBateriaA caixa da bateria feita de material de isolaoresistente a cido (polipropileno). Normalmente,ela possui trilhos na parte inferior externa, que sousados para a sua montagem.

    As paredes de separao dividem a caixa da bate-

    ria em clulas, que representam o elemento bsicode uma bateria. Elas contm os blocos de clulas,com as placas positivas e negativas e seus sepa-radores. As clulas so conectadas em srie pormeio de conexes de clulas, que estabelecem aconexo atravs dos orifcios encontrados nas pa-redes de diviso. As caixas das baterias de partidamodernas no so mais equipadas com nervuras.

    Dependendo do espao disponvel e do layout doequipamento no veculo, baterias com diferen-tes dimenses e configuraes de terminais soexigidas. Esses requisitos podem ser cumpridos

    atravs do arranjo apropriado das clulas (insta-lao longitudinal ou transversal) e de suas inter-conexes. A figura 3 fornece uma viso geral dosplanos de conexo mais comuns. Conseqente-mente, o desenho tcnico da caixa da bateria variade modo correspondente.

    FiguraPlanos de conexo das clulas da bateria

    2.4.2 TampaeIndicadordeCargaTodas as clulas so cobertas e seladas por uma

    tampa. Essa tampa selada de forma permanente caixa atravs de um processo de vedao reali-zado em alta temperatura. Ela equipada com ori-fcios acima de cada clula para o preenchimentoinicial do eletrlito.

    H um canal central de desgasificao (especial-mente para as baterias sem manuteno). Todasas clulas so conectadas a esse canal central degs e as cargas gasosas escapam por um orifciocentral de ventilao. A bateria possui dois orif-cios de ventilao, o que permite uma instalaomais flexvel nos diferentes veculos. Um orifciode ventilao fechado com uma pequena tampa,o outro ligado a um tubo de ventilao. Isso per-mite que a bateria seja instalada dentro do vecu-lo, pois os gases nocivos so conduzidos para forado veculo pelo tubo de ventilao.

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    Nas baterias 100% livres de manuteno, as tam-pas roscadas no so acessveis. Nesse caso, elasso ou seladas por uma etiqueta ou embutidas ecobertas por um outro tipo tampa.

    As baterias modernas 100% livres de manutenoso equipadas com uma tampa labirinto. Nesse

    caso, a tampa composta por duas partes. A se-gunda e menor parte contm o canal central dedesgasificao e cobre, com seu mecanismo de la-birinto, os furos das clulas.

    As tampas que possuem um canal central de des-gasificao podem ser equipadas com interrupto-res de chamas. Primeiro, eles retm o eletrlitoquando a bateria inclinada ou virada de cabe-a para baixo. Segundo, as fascas e chamas soimpedidas de retornar e de espalhar-se na parteinterna da bateria.

    Alm disso, um sistema de controle de carga pode

    ser instalado em algum lugar na tampa. O indica-dor de carga tem a funo de indicar o estado decarga em que a bateria se encontra.

    Indicador

    verde preto branco

    Estadodecarga

    Acima de65%

    Abaixo de65%

    Nvel baixode eletrlito

    Ao Ok para testeVerificar acarga

    Carregar

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    Semcondiode uso

    Verifique oveculo

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    2.4. BlocosdeClulas,PlacaseGradesOs blocos das clulas (elementos) contm placaspositivas e negativas, e os separadores que as se-param. A quantidade e rea de superfcie dessasplacas so o fator essencial que define a capacida-de Ah da clula. A espessura das placas dependedo campo de aplicao da bateria.

    Figura4 Bloco de clulas

    As placas, chamadas de placas de grades, socompostas por grades de chumbo (o suporte damassa ativa) e pela prpria massa ativa que colocada nelas. A massa ativa, que sujeita aprocessos qumicos quando a corrente passa porela, porosa e fornece, portanto, uma grande reade superfcie efetiva.

    No bloco de clulas, todas as placas positivasso soldadas a uma conexo de placas. O mesmoocorre com as placas negativas. Essas conexesde chumbo seguram as placas individuais de ma-neira mecnica nas suas posies. Normalmente,cada segmento possui uma placa negativa a maisdo que o total de placas positivas.

    Ligasdasgrades

    As grades so feitas de chumbo ligado a dife-rentes elementos qumicos para obter deter-minadas caractersticas. As ligas das grades

    se classificam em: chumbo-antimnio (PbSb),chumbo-clcio (PbCa) e chumbo-clcio-prata(PbCaAg). Esta ltima freqentemente cha-mada de clcio-prata. Alm dessas ligas princi-pais e caractersticas, todas as grades contmtambm substncias adicionais que no so ex-plicitamente mencionadas quando se fala nas di-ferentes tecnologias de grades.

    Liga de chumbo-clcio-prata (PbCaAg)

    Baterias Bosch S4, S5 e S6

    A maior fora dos modernos motores de carro,

    aliada a uma carroaria mais compacta e aerodin-mica, resultou em uma temperatura mdia maiordo compartimento do motor. Essas mudanastambm afetaram a concepo da bateria de parti-da. Uma das mudanas mais recentes foi o uso deuma liga de chumbo melhorada para as grades dabateria das placas positivas. As grades no somen-te contm menos clcio e mais estanho, mas tam-bm contm o elemento prata.

    Essa liga, em combinao com uma estrutura maisfina da grade, resultou em alta durabilidade atem temperaturas mais altas que, normalmente,

    aceleram a corroso. Isso tambm se aplica aoscasos em que a bateria est sobrecarregada e comuma alta densidade de cido, bem como quando abateria est em repouso com uma baixa densida-de de cido. A geometria otimizada da grade e acondutividade eltrica otimizada permitem o usomelhorado da massa ativa, o que ainda amplia es-se efeito.

    Concepodasgrades

    A geometria das grades varia, dependendo do pro-cesso de produo adotado pelo fabricante.

    As seguintes ilustraes mostram as diferentes ge-ometrias de uma grade expandida ( direita) e deuma grade fundida:

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    Figura5Grades fundida e expandida

    Cada grade possui um grampo atravs do qual ela ligada conexo da clula. Se o grampo for po-sicionado mais prximo do centro da placa, ele

    chamado de grampo central (veja figura 6). Ogrampo central permite uma fixao mais equili-brada das placas de grade dentro da caixa da ba-teria. Essa fixao permite o uso de placas maisfinas (aproximadamente 30% mais finas em com-parao com um grampo no-centralizado) e maisfortes, o que permite usar uma quantidade maiorde placas. Isso, por sua vez, resulta em um melhordesempenho de partida a frio, sem perda de qua-lidade. As baterias Bosch S4, S5 e S6 utilizam gra-des expandidas e grampos centrais.

    Figura6Grades com grampo no-centralizado e com grampocentralizado

    Massaativa

    A massa ativa a parte da placa da bateria que se al-tera quimicamente quando a corrente flui durante osprocessos de carga e descarga. A massa porosa e,por isso, possui uma grande rea de superfcie.

    2.4.4 SeparadoresUma vez que as consideraes acerca do peso e daeconomia do espao so importantes para o de-senvolvimento das baterias de automvel, as pla-cas positivas e negativas so posicionadas muitoprximo umas das outras. Elas no podem encos-tar umas nas outras, nem quando so dobradas enem quando partculas se desprendem de suas su-perfcies. Caso contrrio, a bateria imediatamen-te destruda pelo curto-circuito resultante.

    Divisrias (separadores) so instaladas entre asplacas individuais dos elementos para garantir que

    h espao suficiente entre as placas da polaridadeoposta e que elas permanecem eletricamente iso-ladas umas das outras. Porm, esses separadoresno devem impedir a migrao dos ons, devemser resistentes ao cido e serem feitos de materialporoso pelo qual o eletrlito possa circular livre-mente. Esse tipo de estrutura microporosa impe-de que as fibras de chumbo muito finas penetremnos separadores e causem curtos-circuitos.

    Hoje, uma folha de polietileno que no oxida e queresiste ao cido usada como material separador.Ela vem em forma de bolso e envolve (e separa)as placas negativas e positivas (figura 7). Ela impe-de que o material ativo se desprenda das placas eimpede os curtos-circuitos na parte inferior e nasbordas laterais das placas. O dimetro mdio dosporos 10 vezes menor do que aquele dos separa-dores convencionais, o que uma medida eficientepara impedir curtos-circuitos atravs do separador,reduzindo tambm a resistncia eltrica.

    Figura7 Placa em um separador de bolso

    2.4.5 EletrlitoO eletrlito permeia os poros das placas e dos se-paradores e preenche os espaos vazios das clu-

    las. Portanto, o xido e as partculas de chumboda massa ativa esto sempre em contato com oeletrlito.

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    Quando o cido sulfrico diludo em gua, asmolculas do cido se dividem em ons de hidro-gnio carregados positivamente (H+) e em ons deresto de cido carregados negativamente (SO42-).Essa diviso necessria para tornar o eletrli-to condutivo e para possibilitar a reao qumicadurante o processo de carga e descarga.

    2.4.6 ConexesdeClulasTm a funo de interligar as placas de mesmapolaridade dentro de um mesmo bloco e interli-gar cada bloco com o seu subseqente, em srie.Isso permite que a tenso gerada em cada bloco(aprox. 2 volts por bloco) seja somada com a dobloco seguinte at que completem 12 V (6 blocos).As conexes que ligam um bloco ao outro tm onome de straps. As baterias Bosch S4, S5 e S6possuem conexes centrais que evitam o curto-cir-cuito devido ao eventual deslocamento da placaoposta, principal motivo da morte de baterias

    construdas com conexes laterais.

    2.4.7 PlosTerminaisA conexo de placa das placas positivas da pri-meira clula conectada ao plo terminal positi-vo, e aquela das placas negativas da ltima clulaao plo terminal negativo. Os plos terminais sofabricados de uma liga de chumbo e formados co-nicamente para causar uma baixa resistncia decontato com as conexes dos cabos. Entre essesdois plos terminais, existe uma voltagem terminalde aproximadamente 12 V.

    Os cabos da bateria so fixados aos plos termi-nais atravs de terminais especiais de cabos. Pa-ra evitar confundir o plo positivo com o negativo,eles esto marcados com a sua polaridade. Almdisso, o plo terminal positivo possui um dimetroexterior maior do que o terminal negativo.

    2.5 Baterias100%LivresdeManutenoBoschS4,S5eS6As baterias totalmente livres de manuteno soum desenvolvimento posterior das baterias hbri-das. As grades so compostas por uma liga de

    chumbo-clcio-prata. A liga de prata confere gra-de uma alta resistncia contra corroso at mes-mo em altas temperaturas, o que resulta em umavida til maior e uma resistncia melhor contrasobrecargas. Portanto, as baterias clcio/clcio eclcio/prata so livres de antimnio. O consumode gua reduzido e, conseqentemente, o ele-trlito no precisa ser reposto durante toda a suavida til.

    As baterias Bosch 100% livres de manuteno pos-suem uma geometria de grades otimizada. Gradesexpandidas, com uma borda circundante, uma con-cepo de linhas de grade melhorada e um gram-

    po central resultam em grades mais finas e maisestveis. A quantidade de placas pode ser aumen-tada, o que melhora o desempenho da partida afrio.

    Nas baterias 100% livres de manuteno, a tampamuitas vezes possui um labirinto, uma ventilaocentral de gs e um interruptor de chamas. Issominimiza o consumo de gua, impede o vazamentodo eletrlito caso a bateria seja inclinada por ummomento breve e previne a ignio prematura emcaso de fascas.

    Uma bateria de partida 100% livre de manuten-o com tecnologia chumbo-clcio-prata possuiuma potncia de partida maior (aproximadamen-te 30 % maior) do que a bateria convencional. Ba-sicamente, isso se deve ao desenho industrial deplacas mais finas e mais fortes, que permite a ins-talao de um maior nmero de placas, e maiorsuperfcie das placas, uma vez que as cmaras desedimentao foram eliminadas.

    Alm disso, devido liga chumbo-clcio-prata usa-da para as grades das placas, a potncia de partidadas baterias 100% livres de manuteno permanecepraticamente inalterada durante anos e apenas caiabaixo do valor nominal das novas baterias quandoela se aproxima do fim de sua vida til. Enquantoas baterias 100% livres de manuteno ainda se en-contram acima do valor nominal aps 75% de suavida til, as bateria convencionais caem abaixo des-se valor bem antes (aps aproximadamente 40 %de sua vida til). Na prtica, uma bateria de partidaconvencional j perdeu um tero da sua potnciade partida aps 75% de sua vida til.

    As baterias chumbo-clcio possuem uma vida til1,4 vez maior e as baterias chumbo-clcio-prata,

    uma vida til 3 vezes maior do que as baterias con-vencionais.

    Resumindo, a bateria 100% livre de manutenopode ser caracterizada da seguinte maneira:

    Livre de manuteno durante toda a sua vida til.

    Os valores de desempenho e as caractersticas derecarga permanecem o mais constante possveldurante toda a sua vida til.

    Aps uma descarga profunda e um subseqenteperodo de repouso, a bateria pode ser recarrega-

    da atravs da conexo ao sistema eltrico normaldo veculo.

    No caso de uma utilizao sazonal sem recarga in-termediria (mas com o fio terra desconectado),sua vida til no diminuda quando comparada utilizao regular durante todo o ano.

    A voltagem de recarga apenas ultrapassa a volta-gem de gasificao em altas temperaturas. Issosignifica que a gasificao (consumo de gua) ra-ramente ocorre e, assim, no necessrio reporgua destilada durante praticamente toda a sua vi-da til.

    Elimina-se o problema de esquecer a reposio degua destilada, de usar gua contaminada ou de usaros chamados agentes melhoradores de bateria.

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    Ferimentos e o risco de danos causados atravsdo contato com cido sulfrico so reduzidos.

    Os custos de manuteno e dos reparos so re-duzidos.

    Resistncia maior no caso de trajetos de curta du-

    rao.Instalao em posies de acesso difcil.

    Atualmente, as baterias 100% livres de manuten-o Bosch S4, S5 e S6 possuem o mais alto nveltecnolgico.

    . ProcedimentosdeRecargadeBaterias

    .1 CuidadosnoPreparodoCircuitodeCargaPosicionar as baterias para que haja um espaa-mento entre elas de, no mnimo, 20 mm.

    Colocar no mesmo circuito somente baterias demesma capacidade e mesmo estado de carga. Issoevita que as baterias pouco descarregadas soframsobrecarga quando ligadas no mesmo circuito deuma bateria que necessite maior tempo de recarga.

    As baterias devem sempre ser ligadas em srie, ouseja, o plo positivo de uma bateria deve estar li-gado ao plo negativo da bateria vizinha, ficando,portanto, sempre aberto o plo positivo da primei-

    ra e o plo negativo da ltima bateria.

    Todas as baterias para recarga devero ter a sua den-sidade e/ou tenso em aberto checadas, de modoque seja possvel classificar as baterias em grupo(estado de carga), para que estas sejam colocadasem um mesmo circuito no processo de recarga.

    Ateno: nunca conecte o plo positivo com o p-lo negativo de uma mesma bateria ou da mesmasrie, pois isso ocasionar curto-circuito.

    Verificar se as conexes (cachimbos) esto combom contato, aplicando uma pequena toro nas

    mesmas, pressionando-as contra o plo.

    .1.1 RecargacomCorrenteConstanteAo recarregar a bateria com uma corrente constan-te, a voltagem aumenta lentamente durante a re-carga. No final, a voltagem aumenta rapidamentee o processo deve ser interrompido no valor-limitede voltagem.

    Exemplo: Bateria de 45 Ah.

    Corrente de Recarga: 45 x 0,1 = 4,5 A (10% da ca-pacidade nominal da bateria).

    O tempo de recarga varia entre 6 e 15 horas depen-dendo do estado de carga da bateria. Bateria le-vemente descarregada necessita de menor tempode recarga, enquanto uma bateria profundamente

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    descarregada necessita de um tempo maior.

    A tabela a seguir contm o tempo necessrio de re-carga, com corrente constante a 10% da capacida-de nominal:

    Tensodabateriaemvazio

    (volts)

    Tempoderecarga(horas)

    12,00 a 12,20 4,5

    11,80 a 11,99 7,0

    11,50 a 11,79 9,0

    11,00 a 11,49 11,0

    Baterias profundamentedescarregadas

    15,0

    Ateno: a temperatura durante o processo derecarga no dever ultrapassar 50 C.

    Nota:Colocar sempre a quantidade de carga necess-ria para a bateria. Tempos prolongados de carga,principalmente com corrente constante, podem le-var a bateria a um estado de sobrecarga, ocasio-nando perda de gua desnecessria no processo.

    Evitar cargas rpidas sem controle de temperatu-ra, corrente e tempo.

    .1.2 RecargacomTensoConstanteNeste mtodo de carga, a corrente inicial impos-ta bateria deve ser limitada a 25 A e a tenso a14,4 V.

    O tempo de carga da bateria varia de acordo como estado de carga da bateria, conforme a tabelaabaixo:

    Tensodabateriaemvazio(volts)

    Tempoderecarga(horas)

    12,00 a 12,20 6 a 12

    11,80 a 11,99 10 a 16

    11,50 a 11,79 16 a 20

    11,00 a 11,49 20 a 24

    Baterias profundamentedescarregadas

    24 a 30

    Ateno: a temperatura da bateria durante o pro-cesso de recarga no dever ultrapassar 50 C.

    .2 AesDuranteeApsaRecargaDurante o processo de recarga, verifique constan-temente os seguintes pontos:

    Temperatura do eletrlito, se possvel. Caso con-

    trrio, a temperatura da caixa da bateria deve serverificada e ela no pode ultrapassar 50 C. O pro-cesso de recarga deve ser interrompido se essatemperatura for ultrapassada. Quando todas as

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    baterias do circuito de recarga atingirem um va-lor de 45 C, o processo de recarga pode ser re-tomado.

    Tempoderecarga

    Recomenda-se esperar aproximadamente 20 minu-

    tos para que os gases se dissipem antes de retiraros fios das baterias, porque alguns recarregado-res permanecem carregados e podem produzir fa-scas.

    Coloque as tampas de ventilao ou tubos de gsde volta aos seus lugares se eles forem removidos.Lave a bateria com gua quente e seque-a.

    4. OVeculoeseuSistemaEltrico

    Esse captulo explica brevemente os diferentes

    componentes do sistema eltrico do veculo. Aoprocessar um caso de garantia de bateria, pode-setornar necessrio verificar, alm da bateria, outraspeas do sistema eltrico do veculo, como, porexemplo, o motor de arranque, o alternador ou oregulador de voltagem. A verificao desses dis-positivos deve ser feita apenas por profissionaisqualificados. Caso contrrio, podem ocorrer feri-mentos fsicos graves ao operador e danos irrepa-rveis ao veculo e a seus instrumentos.

    Basicamente, o sistema eltrico do veculo com-posto de um dispositivo de armazenamento de

    energia (a bateria), um dispositivo de transforma-o de energia (o alternador) e vrios consumido-res de energia (equipamentos eltricos).

    Com a ajuda da energia fornecida pela bateria, omotor de partida (consumidor eltrico) d partidano motor. Quando o motor estiver funcionando, oalternador transforma energia mecnica em ener-gia eltrica e, dependendo do rpm do alternadore do nmero de consumidores em funcionamento,h, no melhor dos casos, energia suficiente paraalimentar todos os consumidores e carregar a ba-teria. Se a carga eltrica dos consumidores estivermaior do que a corrente fornecida pelo alternador,

    a voltagem do sistema eltrico do veculo cai abai-xo da voltagem da bateria e a bateria ser descar-regada.

    4.1 MotordePartidaO motor de partida um motor eltrico potente,com uma pequena engrenagem (pinho) montadana sua extremidade. Ao ativ-lo, o pinho acopla-do a uma engrenagem maior (anel), que conecta-da ao motor. Em seguida, o motor de partida gira omotor para que o pisto possa aspirar uma misturade combustvel/ar, a qual queimada em seguidapara dar partida no motor. Quando o motor comeaa girar mais rapidamente do que o motor de parti-da, um dispositivo chamado de roda livre automa-ticamente desengata a engrenagem do motor departida da engrenagem do motor do veculo.

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    FiguraFoto de um motor de partida Bosch

    Se o motor de partida estiver com defeito, ele exi-gir fora eltrica extra-alta da bateria. Nesse ca-

    so, a bateria fortemente descarregada ou, nopior caso, ela no consegue dar partida no motore danos irreversveis bateria podem ocorrer.

    Testedomotordepartida

    Para fazer uma medio correta da corrente departida solicitada pelo motor de partida, deve-seter certeza de que a bateria esteja boa e carrega-da. Deve-se ter um ampermetro capaz de medirat 300 A para veculos de passeio com motor deciclo Otto ou um ampermetro capaz de medir at1100 A para caminhes ou veculos com motor deciclo Diesel.

    Para proceder medio, deve-se dar partida semdeixar que o motor pegue, para isso, nos motoresde ciclo Otto deve-se retirar o fio central da bobi-na e aterr-lo. Nos motores mais modernos deve-se desligar o fio do sensor de rotao.

    Inserir o ampermetro no circuito e dar a partidaalgumas vezes. Em nenhuma das vezes a correntedeve ultrapassar os valores relacionados na tabe-la abaixo:

    Capacidadevolumtricadomotor

    Correntemxima

    1000 cc a 1600 cc 130 A

    1600 cc a 2000 cc 150 A

    2000 cc a 4500 cc 180 A

    As possveis causas de um alto consumo de ener-gia do motor de partida incluem:

    Os rolamentos ou as buchas do motor de partidaesto em ms condies.

    O rotor tem soldas com maus contatos ou espirascom curto-circuito.

    A automtica do motor de partida ou o Bendix noesto em boas condies.

    Os cabos e terminais esto com maus contatos.

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    4.2 AlternadorO alternador um dispositivo que transforma aenergia mecnica em energia eltrica. Portanto,ele fornece energia eltrica ao sistema eltricodo veculo e recarrega a bateria quando o motorfunciona em alta velocidade de rotao e quando

    mais energia gerada do que os consumidores ne-cessitam.

    FiguraFoto de um alternador Bosch

    Se o alternador no estiver funcionando correta-mente, ele no abastecer todos os consumidorescom uma quantidade suficiente de energia. Conse-qentemente, a bateria descarregada e ela podesofrer danos irreversveis.

    Testedoalternador

    O processo para efetuar o teste do alternador oseguinte:

    Instalar um ampermetro na sada do gerador e li-gar o motor do veculo.

    Acelerar moderadamente, fazendo uma descargaprogressiva na bateria, observando sempre e vol-tmetro.

    Parar a descarga quando o voltmetro chegar a 12,6 V.

    Durante a descarga, anotar o maior valor de cor-rente indicado pelo ampermetro.

    Este valor deve ser anotado para ser comparadoposteriormente com o consumo eltrico do vecu-lo e seus acessrios.

    Pode-se, neste momento comparar a corrente me-dida com os dados na placa do alternador.

    A diferena entre o especificado e o realmente ge-rado no deve ultrapassar 10% para menos. Se oalternador gerar acima do especificado, no h ne-nhum problema.

    Possveis problemas relacionados ao alternadorso:

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    A correia que liga o motor ao alternador frouxademais.

    As escovas esto gastas.

    Os rolamentos ou buchas esto gastos.

    Os diodos de retificao e excitao esto em mscondies.

    Conexo ruim entre os cabos e o alternador.Conexo ruim entre a bateria e os cabos.

    4. ReguladordeVoltagemO regulador de voltagem responsvel por alimen-tar a bateria e o sistema eltrico do veculo com avoltagem correta. A voltagem estabilizada entre13,5 V e 14,5 V para os veculos com um sistemaeltrico de 12 V. Para aqueles com um sistema devoltagem de 24 V, os valores-limites de voltagemesto entre 27 V e 29 V. Valores inferiores ou su-periores no so aceitveis.

    Se a sada de voltagem do regulador estiver baixademais, a bateria no ser carregada o suficien-te, o que resulta em danos permanentes bate-ria. Se o regulador fornece uma voltagem maiordo que aquela mencionada acima, a bateria sersobrecarregada e sua vida til ser consideravel-mente reduzida.

    Testedoregulador

    Verificar se a bateria do veculo est boa e carrega-da. Se no, troque-a antes de iniciar o teste.

    Instalar um ampermetro entre o cabo negativo e oplo negativo da bateria.

    Instalar um voltmetro de boa preciso (mnimo0,5%) com escala que consiga ler dcimos de voltsem paralelo com a bateria.

    Ligar o motor do veculo em rotao mdia e ob-servar o ampermetro. Quando este estiver mar-cando uma corrente de 5 A ou menos, ento sepode ler o voltmetro. Neste momento ele deve es-tar marcando entre 13,5 a 14,5 volts para veculoscom sistemas 12 volts, ou de 27 a 29 volts para

    sistemas 24 volts. Se a voltagem estiver fora destafaixa, o regulador deve ser substitudo por um no-vo e de boa qualidade.

    4.4 EquilbrioEltricoO alternador deve ser capaz de abastecer todosos consumidores eltricos do veculo. O fabrican-te do equipamento original do veculo escolhe umalternador apropriado para os consumidores el-tricos originais. No caso de uma instalao pos-terior de equipamentos adicionais, por exemplo,sistema de navegao, som, abridor eltrico de ja-nelas, aquecimento de assento etc., o alternador

    original pode no conseguir gerar energia suficien-te e talvez seja necessrio instalar um alternadormais potente. Alm disso, recomenda-se tambminstalar uma bateria com uma capacidade maior.

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    Um alternador com dimenses erradas pode car-regar a bateria de modo insuficiente, o que poderesultar em danos irreversveis.

    Para verificar se o veculo est com a parte eltricaequilibrada, deve-se:

    Desligar (preferencialmente) o plo negativo dabateria e inserir um ampermetro entre o plo e ocabo correspondente.

    Deixar o motor em marcha lenta.

    Ligar todos os equipamentos e acessrios do ve-culo, menos as luzes direcionais (pisca-pisca) ou opisca alerta e o limpador de pra-brisas.

    Nestas condies a corrente poder ser positivaou zero, ou seja, a bateria dever estar sendo car-regada ou nenhuma corrente deve estar circulan-do. Nessas condies a bateria no dever estar

    sendo descarregada, isso quer dizer que a corren-te no dever ser negativa.

    Caso isso ocorra, verifique primeiro se a rotaoda marcha lenta do veculo est correta. Verifiquetambm se a correia est frouxa ou se existe algummau contato nos cabos. Caso nenhum desses pro-blemas esteja ocorrendo, o veculo est com umaquantidade de equipamentos acima do que o sis-tema pode suprir.

    4.5 FugadeCorrenteA corrente em vazio o consumo de energia eltri-

    ca que sobra quando todos os acessrios do carroesto desligados. Se a corrente em vazio estiver al-ta demais, a bateria permanecer freqentementeem um estado de carga baixo ou se tornar profun-damente descarregada. Ambos os estados afeta-ro negativamente a vida til da bateria.

    Para medir a corrente em vazio, use um amperme-tro com uma escala miliampere (1/1000 A = 0,001A=1 mA).

    Para medir a corrente em vazio, execute os seguin-tes passos:

    Desligue o veculo e todos os equipamentos el-tricos.

    Retire a chave do contato.

    Feche todas as portas para que as luzes de corte-sia no fiquem acesas.

    Todos os contatos (capota, guarda-malas, portas,porta-luvas) devem estar fechados.

    Tranque o veculo.

    Coloque o miliampermetro ligado em srie com ocabo negativo e o plo negativo da bateria.

    O miliampermetro deve estar em sua escala maisalta. Baixa-se a escala at que se possa efetuar a

    medio.A fuga de corrente no deve exceder a 0,05% dacapacidade da bateria. Por exemplo:

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    Paraumabateriade40Ahx0,0005=0,02Aou20mA

    Se neste caso a fuga for maior que 20 mA, deve-se:

    Retirar um a um os fusveis do veculo com o cui-dado de marcar a capacidade e o lugar corres-

    pondente a cada um deles, at que a fuga caia avalores compatveis. Desta maneira consegue-selocalizar o circuito responsvel pelo consumo exa-gerado.

    Como referncia, a seguinte tabela mostra as cor-rentes em vazio tpicas dos diferentes consumido-res:

    Consumidor Correnteemvaziomxima(mA)

    Computador de bordo 5

    Alarme 10

    Mecanismos de abertura de janela 5

    Sistema de ignio 5

    Sistema de injeo 5

    Relgio digital 3

    Rdio com sistema de cdigos 3

    Relgio analgico 7

    Tabela1 Correntes em vazio mximas dos diferentes consu-midores

    Os valores acima se referem ao consumo mximopor equipamento individual. Se o veculo possuirum sistema eltrico de abertura de janela em cadaporta de um veculo com quatro portas, a corren-te em vazio resultante de todo o sistema de aber-tura de janela igual a 4 x 5 mA = 20 mA. Se oveculo tiver um relgio digital integrado no rdiocom um sistema de cdigos, ento haver a cargade 3 mA do relgio + 3 mA do sistema de cdigo= 6 mA etc.

    4.6 AjudadePartidaAo executar a ajuda de partida com cabos de liga-

    o direta, picos de alta voltagem de centenas devolts podem ocorrer ao conectar os cabos. Se osistema eltrico do veculo no estiver protegidocontra esses picos, eles podem danificar os com-ponentes eletrnicos sensveis, como o ABS, asunidades de controle dos airbags etc.

    Portanto,sigaasinstruesoperacionaisdofa-bricantedoveculo!

    Use apenas cabos de ligao direta de baterias pa-dronizadas. Apenas conecte baterias com a mes-ma voltagem nominal.

    Antes de executar a ajuda de partida, tente desco-brir a causa da falha da bateria. Se a causa for uma

    E

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    falha no sistema eltrico do sistema, no realize aajuda de partida. A bateria ou o sistema eltricodo veculo que concede a ajuda de partida podeser danificado.

    + +

    Importante:longe da bateria

    12 V 12 V

    (1) Bateria vazia(2) Bateria carregada

    (4)

    (3)

    Figura10 Ajuda de partida

    Desligue os motores dos veculos.

    Conecte os dois terminais positivos, (1) com o (2),e, em seguida, conecte o terminal negativo (3) dabateria carregada a um ponto metlico (4) desco-berto longe da bateria do veculo que precisa deassistncia.

    D partida no motor do veculo que fornece a aju-da e, em seguida, no motor do veculo que precisade ajuda durante 15 segundos, no mximo.

    Desconecte os cabos na ordem inversa (4-3-2-1).

    4.7 InstalaoeRemoodaBateriaOs veculos modernos so equipados com siste-mas eltricos sensveis como controladores deairbag, ABS, controladores de estabilizao e tra-o, computadores de bordo etc. Para alguns ve-culos, torna-se necessrio seguir determinadosprocedimentos para instalar ou remover a bateriada operao. Por exemplo, os componentes eltri-cos podem exigir a reinicializao aps terem sidodesligados.

    Portanto, siga as instrues operacionais dofabricantedoveculo!

    Desligue o motor e todos os consumidores de ener-gia eltrica antes de instalar ou remover a bateria.

    Instale apenas baterias totalmente carregadas eno-danificadas.

    Instale o tipo de bateria recomendado para o ve-culo em questo.

    Evite curtos-circuitos causados por ferramentas

    ou cabos. Depois de ter instalado a bateria no ve-culo, remova as tampas dos plos terminais ape-nas antes de conectar os cabos nos terminais.

    1.

    2.

    3.

    4.

    Para a remoo, desconecte o terminal negativo(-) primeiro e depois o terminal positivo (+). An-tes de instalar a bateria, limpe a rea da superf-cie dentro do veculo. Prenda a bateria de modoseguro. Se a bateria no for instalada com segu-rana, ela ser sujeita a maiores vibraes, o quepode reduzir sua vida til. A frico entre a caixa

    da bateria e a rea de apoio pode causar estragose desgaste caixa. Alm disso, a caixa pode que-brar e o eletrlito vazar.

    Limpe os terminais da bateria e seus grampos.Lubrifique-os levemente com uma graxa livre decido. Para a instalao, conecte o terminal posi-tivo (+) primeiro, depois o terminal negativo (-).Verifique se os grampos dos terminais esto bemmontados. Use os acessrios da bateria anterior,como conexes de mangueira, suportes de termi-nais ou tampas de terminais. Use os bujes de en-chimento fornecidos.

    No mnimo um orifcio de ventilao deve perma-necer aberto para evitar o risco de exploso.

    4. RetiraroVeculodaOperaoQuando o veculo retirado da operao (porexemplo, se ele for usado apenas sazonalmente),carregue a bateria e armazene-a em um local fres-co. Se a bateria precisa permanecer no veculo,desconecte o terminal negativo. Verifique a OCVda bateria a cada dois meses. Se a OCV estiverabaixo de 12,4 V, recarregue a bateria.

    4. InformaesTcnicassobreProblemasdeBateria

    4..1 DefeitosdeFabricao

    Curtocircuito/clulamorta

    Se uma bateria tiver uma vida til inferior a 12meses, normalmente o problema causado poruma clula morta, ou seja, uma das clulas possuium valor de densidade muito inferior s outras. Aclula afetada ferve visivelmente durante o testede descarga elevada. Para avaliar a densidade de-ve-se executar o teste de descarga elevada. Em al-

    guns casos, a clula morta pode se tornar visvelna forma de clula sulfatada.

    Quebrainterna

    A bateria mostra bons valores de densidade, masa voltagem dos terminais no pode ser medida.

    4..2 ErrosqueNoPodemSerAtribudosProduoOs seguintes problemas tcnicos so causadospelo manuseio errado da bateria. A reivindicaode garantia ser rejeitada nesses casos.

    5.

    6.

    7.

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    Baixoestadodecarga

    Um baixo estado de carga o estado preliminarda descarga profunda. Em um baixo estado decarga, a massa ativa ainda no foi danificada. Abateria ainda pode ser carregada com um carre-gador padro.

    As causas do baixo estado de carga so:

    Um alternador defeituoso.

    Uma baixa sada de voltagem do regulador.

    Altas resistncias de contato causadas por cone-xes de cabos soltas ou sujeira nos terminais doscabos.

    Correias de acionamento soltas.

    Tempo de operao do motor insuficiente devidoa viagens de curta durao.

    Consumidores instalados posteriormente.

    Descargaprofunda

    Uma bateria sofre uma descarga profunda quan-do sua capacidade estiver totalmente usada.Quanto maior o perodo em que a bateria perma-nece nesse estado, maiores sero tambm os da-nos massa ativa. As placas comeam a sulfatare o recarregamento se torna impossvel. Esse da-no irreversvel.

    Possveis causas da descarga profunda so:

    Veja as causas do baixa estado de carga.

    Os faris ou outros consumidores no foram apa-gados.

    Uma bateria em um bom estado de carga normal-mente possui uma voltagem sem carga de >12,6V. Portanto, a voltagem sem carga de cada clula de aproximadamente 2,1 V. Se houver um cur-to-circuito de uma nica clula, isso resulta emuma reduo de cerca 2,1 V da voltagem terminal,a qual cai para uma voltagem de curto-circuitotpica de 10,5 V. A probabilidade de duas clulasde uma mesma bateria terem um curto-circuito muito baixa. No caso de duas clulas com cur-

    tos-circuitos, a OCV cai em 4,2 V para um valorde 8,4 V. Para excluir a influncia dos longos pe-rodos de transporte e de armazenamento sobrea voltagem terminal, bem como a possibilidadede duas clulas com curto-circuito etc., apenasas baterias com uma voltagem sem carga inferiora 8 volts so reconhecidas como profundamentedescarregadas e a reivindicao de garantia serrejeitada.

    Sulfatagem

    Se uma bateria for deixada em estado descarre-gado por um perodo excessivo de tempo, ocor-

    rer uma reao qumica chamada de sulfatagem,a qual pode definitivamente comprometer o seudesempenho. Durante o processo de descarga,sulfato de chumbo gerado nas placas positivas

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    E

    e negativas e distribudo regularmente entre elas.Quanto mais tempo a bateria deixada em esta-do descarregado, mais os finos cristais de sulfatose desenvolvem em cristais maiores e estes di-ficilmente podem ser transformados novamenteem dixido de chumbo. A sulfatagem pode se tor-nar visvel na forma de uma camada branca/cinza

    nas placas. Na maioria dos casos, isso represen-ta um dano irreversvel e a bateria no poder serutilizada.

    Figura11Foto de uma bateria com descarga profunda comsulfatagem

    Esse dano pode ocorrer ou durante o armazena-mento, ou se a bateria for instalada em um ve-culo (ou equipamento) que no foi usado por umperodo maior de tempo, por exemplo, um trator,uma moto, ou um barco. Nos veculos, a bateria permanentemente drenada pelo relgio, alarme

    etc., o que resulta na diminuio do nvel de car-ga da bateria e, aps um determinado perodo detempo, a sulfatagem ocorre nas placas. Porm,mesmo uma bateria desconectada passa por umprocesso de sulfatagem devido autodescarga.

    As causas da sulfatagem podem ser resumidas daseguinte forma:

    H um intervalo excessivo de tempo entre uma re-carga e outra.

    Uma bateria de partida de motor usada para ci-clos profundos. Esse tipo de bateria no resiste

    a descargas profundas.

    O subcarregamento de uma bateria causa a sul-fatagem. O subcarregamento pode tambm sercausado por nveis e ajustes de carregamento in-corretos.

    Baixo nvel de eletrlito a placa de uma bateriaexposta ao ar sulfata imediatamente.

    A sulfatagem (sulfato de chumbo) impede a rea-o qumica entre o cido (eletrlito) e a massaativa (composto de chumbo) nas placas e impedea operao normal da bateria. Mesmo depois da

    recarga, a voltagem ser baixa (

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    Estratificaodocido

    A estratificao do cido uma causa comum dafalha da bateria. Em uma bateria estratificada, oeletrlito se concentra no fundo e a metade supe-rior da clula fica com pouco cido. A estratifica-o ocorre quando a bateria mantida em carga

    baixa (abaixo de 80%) e nunca plenamente re-carregada. Os percursos de curta distncia queincluem o uso dos limpadores de pra-brisa e dosaquecedores eltricos contribuem para esse fe-nmeno. A estratificao de cido reduz o desem-penho geral da bateria.

    A figura 12 ilustra uma bateria normal na qual ocido distribudo igualmente de cima para bai-xo. Essa bateria possui um bom desempenho por-que a concentrao correta de cido distribudade modo igual pelas placas. A figura 13 mostrauma bateria estratificada na qual a concentraodo cido leve na parte superior e pesada nofundo. Um cido leve limita a ativao da placa,promove a corroso e reduz o desempenho. Poroutro lado, a alta concentrao de cido no fun-do aumenta artificialmente a voltagem do circuitoaberto. A bateria parece estar totalmente carre-gada, mas fornece uma potncia de partida bai-xa. A alta concentrao de cido tambm resultana sulfatagem e reduz mais ainda a condutividadeque j est baixa. Se essa condio no for detec-tada, ela finalmente resulta na falha da bateria.

    Figura12 Sem estratificao de cido

    Figura1 Com estratificao de cido

    Recarregar totalmente a bateria ou sacudi-la ten-de a corrigir o problema.

    Sobrecarga

    A sobrecarga freqentemente relacionada a umaalta temperatura inapropriada no compartimentodo motor. Alm disso, um regulador de voltagem

    defeituoso muitas vezes uma outra causa da so-brecarga. A alta corroso das grades, a massa ati-va positiva solta, a massa ativa danificada e o alto

    consumo de gua so as caractersticas da sobre-carga. Ao examinar uma bateria sobrecarregada,um baixo nvel de eletrlito e uma camada pre-ta nos bujes de enchimento so freqentementeencontrados. O consumo excessivo de gua acar-reta o aumento da densidade do eletrlito. Almdisso, a alta temperatura resulta em uma resis-

    tncia interna mais baixa da bateria, o que pro-porciona o aumento da corrente de carga e o queaumenta o efeito da sobrecarga.

    Danosfsicos

    Se a bateria for instalada e presa de maneira in-correta, se os fios de conexo so marteladospara dentro dos terminais ou se os fios no socorretamente conectados, a caixa e os terminaisda bateria sofrero danos bvios. Alm disso, p-los terminais derretidos podem indicar que a ba-teria sofreu um curto-circuito.

    Figura14Foto de um terminal de bateria derretido

    Aplicaoincorreta

    As baterias recomendadas pela Bosch devem cor-responder ou exceder as especificaes OE. Aescolha de uma bateria com uma capacidade oupotncia menor resultar em uma vida til maiscurta e na falha precoce da bateria. Normalmen-te, o resultado um baixo nvel de carga acompa-

    nhado pelos efeitos acima descritos.Desgaste

    Durante o ciclo de carga e descarga, o materialdas placas da bateria (massa ativa) est em mo-vimento devido aos processos eletroqumicos.A cada vez que a bateria passa por um ciclo decarga ou descarga, uma pequena quantidade demassa ativa se desprende das placas. Esse pro-cesso de envelhecimento normal causado pelosciclos de carga e descarga resulta na perda da ca-pacidade da bateria e, finalmente, a bateria per-der a capacidade de dar partida no veculo ou

    no equipamento.

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    Uma bateria possui um nmero finito de ciclospelos quais ela passa antes de perder a sua capa-cidade. Veculos que efetuam uma alta quantida-de de percursos de curta distncia, como txis,minitxis, caminhes e nibus atingem a quanti-dade mxima de ciclos em menos tempo do quecarros com percursos de longa distncia. Conse-

    quentemente, as baterias nesse tipo de veculopodem exibir os sintomas acima descritos preco-cemente.

    5 Inspeo,ArmazenamentoeEmpilhamento

    5.1 InspeodeEntradadeMercadoriaAntes de descarregar as mercadorias do cami-nho, assegure-se de que os dados na nota fiscal

    correspondem s mercadorias no caminho e aosdados do seu pedido.

    Verifique:

    O tipo de bateria.

    As quantidades.

    Baterias danificadas, baterias que no foram trans-portadas na posio horizontal ou aquelas comvazamento de eletrlito, devem ser rejeitadas e re-enviadas para o fornecedor, a custo da transpor-tadora.

    Aps o descarregamento, antes de estocar as ba-

    terias, verifique:

    A idade da bateria, contando-a a partir da data defabricao.

    A voltagem do circuito aberto.

    Faa uma inspeo visual (caixa, tampa, terminais,indicador de carga, cores, etiquetas).

    5.2 ArmazenamentoAs baterias devem ser armazenadas em paletes ouracks de madeira na posio horizontal (elas nodevem ser deitadas ou inclinadas). No as coloquediretamente no cho, porque as pedrinhas ou pon-tas agudas do cho de concreto podem danificar acaixa da bateria e causar vazamentos.

    A bateria deve ser armazenada em um lugar seco eno deve ser exposta luz solar direta. A temperatu-ra de armazenamento deve estar entre 10 C e 35C. Temperaturas de armazenamento mais altas re-sultam em consumo de gua, corroso e autodes-carga maiores. A temperatura de armazenamentono deve exceder 35 C. Os perodos mximos dearmazenamento diminuem quando as baterias soarmazenadas em altas temperaturas.

    5. EmpilhamentoNo armazene as baterias desembaladas uma emcima da outra para evitar ranhuras e para evitar orasgo das etiquetas.

    E

    E

    E

    E

    E

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    Respeite sempre as condies de empilhamentodas baterias. Baterias de at 75 Ah podem ser em-pilhadas em at 5 camadas, baterias acima de 90Ah em at 3 camadas e em baterias acima de 150Ah o empilhamento mximo de 2 camadas. Noretire o plstico termorretrtil. Use cartolina ouisopor como camada adicional entre as baterias.

    No empilhe baterias com plos terminais sobres-salentes sem tomar medidas especiais de prote-o dos terminais e criar as condies para obteruma pilha estvel.

    A maior causa do armazenamento excessivo ono-cumprimento do princpio FiFo!

    6. Garantia

    A linha de baterias Bosch S4,S5 e S6 segue o se-guinte perodo de garantia:

    S4 12 meses, ou seja, 3 meses pelo prazo legala contar da data de venda do produto ao consu-midor e adicionalmente 9 meses de garantia con-tratual.

    S5 12 meses, ou seja, 3 meses pelo prazo legala contar da data de venda do produto ao consu-midor e adicionalmente 9 meses de garantia con-tratual.

    S6at75Ah 18 meses, ou seja, 3 meses peloprazo legal a contar da data de venda do produtoao consumidor e adicionalmente 15 meses de ga-rantia contratual.

    S6acimade75Ah 12 meses, ou seja, 3 mesespelo prazo legal a contar da data de venda do pro-duto ao consumidor e adicionalmente 9 meses degarantia contratual.

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    E

    E

    E

    Aplique rigorosamente o procedimentoprimeiro a entrar, primeiro a sair (First inFirstoutFiFo).FiFosignificaqueaprimeirabateriaquearmazenadanoestoquetambmaprimeiraquedevesair.

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    PerguntaseRespostas

    1 Qualadiferenaentreumaclulaeumabateria?

    A menor unidade eletroqumica de uma bateria cha-mada clula. A clula ainda no possui uma caixa com-

    pleta ou contatos prontos para uso e normalmenteconectada com as clulas vizinhas bateria atravsde contatos soldados.

    Ao contrrio da clula, fcil reconhecer a bateriapor sua caixa completa equipada com os contatosprontos para uso. Alm disso, a caixa marcada ex-plicitamente com o nome do fabricante, o nome do ti-po, a voltagem da bateria etc.

    2 Comoabateriaconstruda?

    Uma bateria de partida de 12 V contm seis clulas

    separadas individualmente e conectadas em srie emuma caixa de polipropileno. Cada clula contm oelemento (pacote de clula) que composto por umconjunto positivo e negativo de placas. Por sua vez,esses conjuntos so compostos por placas de chum-bo (grade de chumbo e massa ativa) e o material deisolao microporoso (separadores) entre as placascom polaridade oposta. O eletrlito o cido sulfri-co diludo. Ele permeia os poros das placas e dos se-paradores e preenche o espao livre nas clulas. Osterminais, os conectores das clulas e as conexesdas placas so feitos de chumbo. Um processo de ve-dao a quente usado para ligar permanentementea tampa da bateria com a sua caixa, o que resulta naselagem superior da bateria.

    Oqueoeletrlito?

    O eletrlito cido sulfrico diludo que permeia osporos das placas e dos separadores. Ele preenche osespaos vazios das clulas. O componente de cidosulfrico responsvel por tornar a gua pura condu-tora, para que ela possa ser usada como eletrlito.

    4 Oqueacontecequandoumabateriaestdescarre-gada?

    Se um dispositivo (por exemplo, uma lmpada) es-tiver conectado nos terminais de uma bateria dechumbo-cido, a diferena da potncia entre os plosresulta em um fluxo de eltrons que sai do plo nega-tivo e passa pelo dispositivo para o plo positivo.

    Esse fluxo de eltrons transforma o dixido de chum-bo na placa positiva e o chumbo esponjoso da placanegativa em sulfato de chumbo. O processo qumicoconsome o cido sulfrico e cria gua. Assim, a gra-vidade especfica do eletrlito diminui e por issoque o estado de carga da bateria pode ser determi-nado atravs da medio da gravidade especfica do

    eletrlito.

    5 Oqueacontecequandoumabateriaestcarregada?

    Ao carregar uma bateria, o fluxo de eltrons e os pro-cessos qumicos que acontecem durante a descarga

    so revertidos. O resultado do processo de carrega-mento que o sulfato de chumbo que se forma duran-te o processo de descarga novamente transformadoem dixido de chumbo, chumbo e cido sulfrico, oque restaura a energia qumica necessria e que serconvertida em energia eltrica durante o uso futuro.

    Uma voltagem de carga otimizada importante parao carregamento da bateria. Se a voltagem for alta de-mais, a gua ser eletrolisada. Isso reduz o nvel doeletrlito no decorrer do tempo. Se a voltagem forbaixa demais, a bateria no poder ser carregada ade-quadamente, o que tambm reduz o seu tempo de vi-

    da til.

    6 Quaisasconseqnciasdeumcurtocircuitodeumabateria?

    Um curto-circuito externo pode ocorrer se os termi-nais da bateria so ligados por qualquer tipo de ma-terial condutor. Dependendo do sistema da bateria,um curto-circuito pode acarretar conseqncias s-rias. As baterias de chumbo-cido so muito potentese um curto-circuito pode causar queimaduras, incn-dios ou a exploso da bateria.

    Nunca ligue o plo positivo da bateria ao seu plo ne-

    gativo. Ao instalar a bateria, ou ao conectar os fios deconexo aos plos da bateria, tome todas as medidasnecessrias para evitar curtos-circuitos causados porferramentas ou outros materiais condutores.

    7 OquesignificaasiglaOCVequaissoasinforma-esqueelamefornecesobreabateria?

    OCV significa tenso em circuito aberto (Open Cir-cuit Voltage). Outros termos comuns so tenso forade carga ou tenso sem carga. Como o nome j diz, aOCV a tenso medida entre ambos os plos da ba-teria quando a bateria est sem carga (sem consumo

    de corrente).A OCV muda depois do trmino do processo de cargaou descarga, por causa dos efeitos de polarizao edifuso. A bateria deve ser deixada de lado, em esta-do de repouso, s vezes durante dias, at ela atingirum estado estvel. Se a OCV medida pouco tem-po aps um processo de carga ou descarga, no serpossvel obter um valor correto do estado de carga.

    Oqueacapacidadedabateria?

    A capacidade a quantidade de fora eltrica queuma bateria consegue fornecer em condies espe-

    cficas. Ela o produto da corrente e do tempo (am-pere-hora, Ah).

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    PerguntaseRespostas

    A capacidade no um parmetro fixo, mas depende,entre outras coisas, dos seguintes fatores:

    Nvel da corrente de descarga (quan-to maior a corrente de descarga, menor acapacidade que pode ser utilizada).

    Processo de descarga em funo do tempo (a ca-pacidade ser maior se for feita uma pausa du-rante a descarga do que quando o processo dedescarga for contnuo).

    Idade da bateria (devido perda de material ativodas placas, a capacidade Ah diminui quando a ba-teria se aproxima do fim de sua vida til).

    Oquesignificadesempenhodepartidaafrio?

    Para uma bateria de carro, que deve fornecer ener-gia eltrica para o motor de partida, a capacidade departida em temperaturas baixas normalmente maisimportante do que a capacidade Ah. O desempenhode partida a frio definido de acordo com as diferen-tes normas dos diferentes pases. Seu valor indica-do em amperes.

    Por exemplo, segundo a Norma SAE J537, o desempe-nho de partida a frio a quantidade mxima de cor-rente que uma bateria consegue produzir durante 30segundos a -18 C sem cair abaixo de maior ou iguala 7,2 V.

    10 Oquesignificaautodescarga?

    Mesmo se nenhum dispositivo de consumo estiver li-gado bateria, ela se esvazia eletricamente apsum determinado perodo de tempo, uma vez que osprocessos eletroqumicos no podem ser interrompi-dos ou evitados. Eles so parte de qualquer tecnolo-gia de bateria. Portanto, no um fenmeno que serestringe apenas bateria chumbo-cido.

    A taxa de autodescarga aumenta em temperaturasmais altas. Por isso, as baterias devem ser armazena-

    das em lugares de baixa temperatura.Por causa desse efeito de autodescarga, o estadoda bateria deve ser verificado regularmente duran-te o seu perodo de armazenamento (por exemplo,se voc decide no usar seu veculo durante uma de-terminada estao do ano) e a bateria precisa ser re-carregada, se necessrio.

    11 Qualainflunciadatemperaturasobreodesem-penhodabateriaemgeral?

    De todos os fatores ambientais, a temperatura exerceo maior efeito sobre a carga da bateria e seu compor-

    tamento de descarga. O motivo est nas reaes ele-troqumicas que dependem das temperaturas e queocorrem na interface eletrodo/eletrlito, a qual podeser considerada o corao da bateria. Se a tempera-

    E

    E

    E

    tura baixar, o valor da reao do eletrodo tambm di-minui. Se a tenso da bateria permanecer constante,mas a corrente de descarga cair, ento a potncia de

    sada de energia da bateria tambm diminui. O efeitooposto ocorre se a temperatura aumentar, ou seja, apotncia de sada de energia da bateria aumenta.

    A temperatura tambm afeta a velocidade do proces-so de transporte dentro do eletrlito e seus eletro-dos porosos. Um aumento de temperatura acelera osprocessos de transporte e a queda de temperatura osdesacelera. O desempenho de carga/descarga da ba-teria tambm pode vir a ser afetado.

    A temperatura exerce uma forte influncia sobre a ta-xa de autodescarga da bateria. Quanto maior a tem-peratura, maior tambm ser a taxa de autodescarga

    e vice-versa.

    O efeito da umidade relativa depende do sistema dabateria. Ele desempenha um papel-chave em sistemasde baterias abertos (ao contrrio dos sistemas debateria fechados).

    12 Queefeitoocalortemsobreabateria?

    O calor extremo causa a evaporao da gua do ele-trlito da bateria. Alm disso, o calor acelera a cor-roso das grades positivas da bateria. A longo prazo,essas condies prejudicam a vida til da bateria. Evi-

    te usar e armazenar a bateria em temperaturas altas.

    1 Possousarabateriadepartidaparaoutrasfinalida-des?

    Cada bateria somente deve ser utilizada de acordocom as recomendaes para garantir seu desempe-nho otimizado. H muitos tipos de bateria, inclusivebaterias de partida para automveis ou caminhes,baterias para motos, baterias de semitrao etc.

    Elas diferem entre si no apenas pela aparncia ex-terna, mas tambm pela tecnologia interna. Por exem-plo, o arranjo das grades positivas e negativas pode

    estar diferente (mais espessas/finas, estrutura de gra-de mais forte/mais fraca), diferentes ligas de chumboso utilizadas para as grades positivas e negativas, di-ferentes materiais de separao podem ser usados.Portanto, cada bateria otimizada para uma determi-nada aplicao e no vai atingir seu desempenho seela for utilizada para uma outra finalidade.

    14 Porquenosedeveusarumabateriadepartidacomofontedeenergiaporperodosmaioresdetempo?

    A primeira tarefa de uma bateria de partida de for-necer uma alta potncia de sada de energia eltrica

    por um curto perodo de tempo, o que necessriopara dar partida em um motor de combusto. Parafornecer essas altas sadas de corrente eltrica, sonecessrias grandes reas de superfcies de eletro-dos. Isso se consegue atravs do uso de um grande

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    nmero de eletrodos finos ligados em paralelo.

    A execuo permanente do ciclo, ou seja, a carga e

    descarga de 60% a 80% da capacidade nominal emcorrentes mdias durante um longo perodo de tem-po pode acarretar foras mecnicas fortes dentro dasplacas finas da bateria. Essas foras podem provocara separao da massa ativa da grade do eletrodo e re-sultar no desgaste prematuro da bateria.

    Portanto, para uma descarga de 60% a 80% da capa-cidade nominal da bateria, use baterias especiais queforam desenvolvidas para esse tipo de aplicao.

    15 Oqueosistemaeltricodoveculo?

    Basicamente, o sistema eltrico do veculo com-

    posto por um dispositivo de armazenamento de ener-gia (a bateria), um dispositivo de transformao deenergia (o gerador) e vrios consumidores de energia(equipamentos eltricos).

    O motor de partida (consumidor eltrico) d partidano motor usando a energia eltrica fornecida pela ba-teria. Quando o motor est funcionando, o geradortransforma a energia mecnica em energia eltricae, dependendo do rpm do gerador e da quantidadede consumidores ligados, haver, no melhor dos ca-sos, energia suficiente para alimentar todos os consu-midores e carregar a bateria. Se a carga eltrica dos

    consumidores for maior que a corrente fornecida pelogerador, a voltagem do sistema eltrico do veculo caiabaixo da tenso da bateria e esta se descarrega.

    16 Comofuncionaosistemadecargadeumcarro?

    O sistema de carga de um veculo moderno compos-to por 2 componentes:

    Alternador: dispositivo mecnico acionado pelacorreia secundria do motor. Ele fornece a volta-gem contnua para recarregar a bateria enquanto omotor estiver em funcionamento.

    Reguladordevoltagem: monitora o estado de car-ga da bateria e ajusta a atividade do alternadorconforme a necessidade para carregar a bateriado veculo e fornecer a energia necessria para ofuncionamento dos acessrios.

    17 Como fao para instalar ou removera bateriadoveculo?

    Os veculos modernos so equipados com sistemaseltricos sensveis, como controladores de airbag,ABS, sistemas de controle de estabilizao e trao,computadores de bordo etc. No caso de alguns vecu-los, necessrio seguir determinados procedimentosao instalar ou retirar a bateria. Portanto, siga rigoro-

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    samente as instrues do fabricante do veculo!

    Os seguintes passos so necessrios:

    Desligue o motor e todos os outros consumidoresde energia antes de instalar ou remover a bateria.

    Instale apenas baterias totalmente carregadas eno-danificadas.

    Instale o tipo de bateria recomendado para o ve-culo.

    Evite causar curtos-circuitos atravs de ferramen-tas ou cabos.

    Ao remover a bateria, desconecte o terminal nega-tivo (-) primeiro e, em seguida, o terminal positivo

    (+). Antes de instalar a bateria, limpe a superfcieda rea de sua instalao.

    Prenda a bateria de maneira firme. Se ela no forpresa com segurana, ser exposta a altas vibra-es, o que pode reduzir sua vida til. A fricoentre a caixa da bateria e sua rea de apoio podecausar desgaste na caixa, ela pode quebrar e o ele-trlito vazar.

    Limpe os terminais da bateria e as conexes dosterminais. Lubrifique-os levemente com uma graxano-cida para evitar a oxidao.

    Ao instalar a bateria, conecte o terminal positivo(+) primeiro, depois o terminal negativo (-). Asse-gure-se de que as conexes dos terminais estobem montadas, mas no as aperte demais.

    Use os acessrios da bateria antiga, como cone-xo da mangueira, suporte de terminais ou tam-pas de terminais. Use as tampas de enchimentofornecidas.

    1 Comofaoparadarpartidanocarroquandoabateriaestiverdescarregada?

    um dos piores medos de todo motorista voc giraa chave de ignio e o carro no d partida! Chegou ahora dos cabos de ligao direta! Mas espere antesde parar um outro motorista para tentar uma partidapor ligao direta, verifique os seguintes pontos e nose esquea das seguintes medidas de segurana:

    Use apenas baterias com a mesma voltagem no-minal.

    Para as baterias, use apenas cabos de ligao di-reta padronizados.

    Antes de dar assistncia de partida, tente desco-

    brir o motivo da falha da bateria. Se o motivo dafalha se encontra no sistema eltrico do veculo,no d assistncia de partida. A bateria ou o siste-ma eltrico do veculo que fornecer a assistnciade partida podem ser danificados.

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    Siga os seguintes passos para dar partida por liga-o direta:

    Desligue ambos os motores e todos os dispositi-vos eltricos (exceto as luzes de aviso de emergn-cia do carro do doador);

    Primeiro, ligue o fio vermelho do cabo de ligaodireta ao terminal positivo da bateria vazia (1) e,em seguida, ligue o conector da outra extremidadedo fio bateria do doador (2).

    A seguir, ligue o fio preto no terminal negativo doveculo do doador (3) antes de prender a outra ex-tremidade livre do cabo a uma parte metlica docarro com a bateria vazia, mas afastada dela (4).Recomenda-se usar o bloco do motor (veja as ins-trues do fabricante do veculo).

    Assegure-se de que os cabos no penetrem narea do exaustor ou da correia de acionamento.

    Ligue o motor do veculo doador e, a seguir, ligueo motor do carro com a bateria vazia (no mximodurante 15 segundos) e deixe-o funcionar.

    Remova os cabos na ordem inversa.

    + +

    Importante:longe da bateria

    12 V 12 V

    (1) Bateria fraca(2) Bateria doadora

    (4)

    (3)

    Observao:consulteomanualdeoperaodoseu

    veculo!

    1 Dicasparaaumentaradurabilidadedabateria

    A superfcie da bateria deve ser mantida limpa eseca. Caso contrrio, podem ocorrer correntes defuga causando uma perda adicional de carga. Pa-ra limpar a bateria, use apenas um pano antiest-tico mido. Verifique periodicamente se a bateriae os terminais esto bem ajustados. Aperte-os, senecessrio, mas no exera fora demais para nodanificar a bateria ou as conexes dos terminais.

    As baterias devem sempre ser guardadas com a

    maior carga possvel para prevenir a formao degrandes cristais de sulfato de chumbo. Nunca ar-mazene as baterias em um estado descarregado(ou parcialmente descarregado)!

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    Verifique regularmente as baterias carregadas ar-mazenadas e recarregue-as quando a densidadedo cido cair abaixo de 1,20 kg/l ou se a voltagem

    do circuito aberto (OCV) cair abaixo de 12,4 V.

    20 Devoadicionarcidobateria?

    As baterias Bosch S4, S5 e S6, 100% sem manuten-o, no precisam de reposio de gua durante todaa sua vida til (o que tambm no possvel, uma vezque elas so totalmente seladas).

    21 Comquefreqnciadevoreporaminhabateria?

    A vida til de uma bateria varia de veculo para ve-culo e depende de muitos fatores. Se o desempenhodo sistema de partida do veculo for insatisfatrio, ouse um mau funcionamento for indicado no painel dosinstrumentos, leve o veculo at uma oficina para re-alizar a verificao dos sistemas eltricos/de partida.

    Se voc instalar consumidores adicionais no seu ve-culo, como amplificadores, sistemas de navegao,abridores eltricos de janela etc., instale uma bate-ria com uma capacidade maior tambm. O tamanhooriginal da bateria sugerido pelo fabricante do auto-mvel corresponde ao equipamento original do carro.Consumidores adicionais vo gastar mais energia dasua bateria, o que resulta em um estado permanentede baixa carga se voc no instalar uma bateria maior.

    Um estado permanente de baixa carga resultar na re-duo da vida til de sua bateria.

    22 Parecequenoconsigorecarregarabateriadescar-regada.

    Se uma bateria armazenada por um perodo maiorem um estado de baixa carga, as grades passam porum processo de sulfatagem, em que o material ativo transformado em cido sulfrico branco (um estadoirreversvel). Quanto mais o tempo passa, mais difcilse torna o processo de recarregamento de uma ba-teria nesse estado. Portanto, recarregue as baterias

    descarregadas o mais rapidamente possvel.Uma bateria com descarga profunda deve ser carre-gada com 1/20 da capacidade da bateria. Se ela nose recarregar nessas condies, voc precisar subs-titu-la.

    Qualquer tentativa de carreg-la com uma correntemaior vai provavelmente danific-la e resultar na suadescarga completa. Recarregar uma bateria com des-carga