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Manual de Biologia Volume 1

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Apostila práticas laboratoriais

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Page 1: Manual de Biologia Volume 1
Page 2: Manual de Biologia Volume 1

SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................................................................................... 3

Estrutura de um relatório para as atividades práticas ................................................................................. 4

Normas Básicas para o Trabalho em Laboratório de Biologia .................................................................... 6

Roteiro das Aulas Experimentais para o 1º Ano do Ensino Médio

Prática 01: Pesquisando Água nos Alimentos ................................................................................................ 7

Prática 02: Aprendendo com as Observações ................................................................................................ 9

Prática 03: Investigando a Ação da Catalase ............................................................................................... 12

Prática 04: Diversidade Celular .................................................................................................................... 14

Prática 05: Investigando a Ação da Catalase ............................................................................................... 16

Prática 06: Plasmólise Macroscópica ............................................................................................................ 18

Prática 07: Identificação do Amido .............................................................................................................. 20

Prática 08: Vida e Diabetes – Teste para Glicose ........................................................................................ 22

Prática 09: Identificação e Digestão do Amido ............................................................................................ 23

Prática 10: Pesquisa de Vitamina C .............................................................................................................. 25

Prática 11: Demonstrando a Osmose em Ovos de Codorna ....................................................................... 27

Prática 12: Observação de Células do Epitélio Bucal ................................................................................. 29

Prática 13: Condições Necessárias para a Fotossíntese ............................................................................... 31

Prática 14: A Importância da Luz Solar para a Síntese de Clorofila ........................................................ 32

Prática 15: Osmômetro – Construção e Uso ................................................................................................ 33

Prática 16: Identificação de Proteínas .......................................................................................................... 35

Prática 17: Observando Fungos .................................................................................................................... 37

Prática 18: Identificação de Lípideos ............................................................................................................ 38

Prática 19: Verificação do Crescimento Microbiano .................................................................................. 39

Prática 20: Sistema Locomotor, Estrutura e Movimento ........................................................................... 41

Page 3: Manual de Biologia Volume 1

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APRESENTAÇÃO

O presente manual foi elaborado a partir de uma coletânea de atividades práticas, instrumentais

disponibilizados à disciplina de Biologia, com base em diversas bibliografias, nas propostas curriculares

do Plano de Ação do docente e dentro da realidade do Laboratório Interdisciplinar de Ciências da Escola

Estadual de Educação Profissional Adriano Nobre.

Os experimentos propostos possuem um nível didático, com o objetivo de facilitar a compreensão

da parte teórica na referida disciplina, aprimorando o conhecimento e, consequentemente, melhorando o

aprendizado, tornando-o mais significativo.

Além do vínculo pedagógico, também acentuamos a importância da vivência no ambiente

laboratorial para a aquisição de novos saberes, já que os avanços das ciências são colocados à nossa

disposição.

Enfim, é através da interação com esse ambiente de aprendizagem e a partir da fundamentação

básica, que se pode despertar para o mundo da pesquisa científica. Portanto, este manual dará suporte

pedagógico, orientando o docente na complementação de sua prática e no cumprimento da carga horária

exigida pelo Sistema Estadual de Educação.

Page 4: Manual de Biologia Volume 1

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ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO PARA AS ATIVIDADES PRÁTICAS

1- CAPA

2- FOLHA DE ROSTO (opcional)

3- SUMÁRIO OU ÍNDICE (opcional)

4- INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

5- OBJETIVOS

6- MATERIAIS UTILIZADOS

7- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

8- RESULTADOS E DISCUSSÃO

9- CONCLUSÃO

10- ANEXOS (opcional)

11- BIBLIOGRAFIA

ITENS NECESSÁRIOS

1- CAPA

É a identificação do relatório e do(s) autores. Deve conter: Nome da escola; disciplina; série; turma; turno;

nome/equipe; título; local; data. Deve ser padronizado e formal.

Escola

Disciplina

Professor

Turma e Turno

TÍTULO DA PRÁTICA

Nome/Equipe

ITAPAJÉ

MARÇO-2012

2. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

É a síntese do conteúdo pesquisado e da prática realizada, de forma ampla e objetiva. É o convite a leitura

do relatório.

Page 5: Manual de Biologia Volume 1

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3. OBJETIVO(S)

É o motivo/intuito da realização da prática que pode ser fornecido ou não para os alunos. Pode servir de

feed-back ao professor que deseja saber se os alunos captaram os objetivos da prática.

4. MATERIAIS UTILIZADOS

É a listagem de todos os equipamentos, vidrarias, reagentes, materiais etc. utilizados durante a realização

da prática. É muito importante para que o aluno saiba identificar e associar a função dos materiais utilizados.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Devem ser fornecidos pelo professor para a realização da prática, de forma objetiva e clara, com intuito de

facilitar o entendimento e ação dos alunos durante a realização da prática. No relatório, é cobrado o procedimento

fornecido pelo professor acrescido de um embasamento teórico (pesquisa) para reforçar o experimento realizado, os

métodos e técnicas usadas no trabalho experimental.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

É uma das partes mais importantes do relatório, pois é onde o aluno expõe os resultados obtidos da prática

realizada, questiona o experimento e relata as facilidades e dificuldades enfrentadas. É onde o professor detecta as

expectativas dos resultados versus resultados adquiridos.

7. CONCLUSÃO

As conclusões são feitas com base nos resultados obtidos; são deduções originadas da discussão destes. São

afirmativas que envolvem a ideia principal do trabalho.

8. ANEXOS

É a parte onde estão anexados: questionário proposto, esquemas, gravuras, tabelas, gráficos, fotocópias,

recortes de jornais, revistas etc. É onde se colocam aditivos que enriquecem o relatório, mas que não são essenciais.

9. BIBLIOGRAFIA

A bibliografia consultada deve ser citada. A citação dos livros ou trabalhos consultados deve conter nome

do autor, título da obra, número da edição, local da publicação, editora, ano da publicação e as páginas: Autor.

Título e subtítulo; Edição (número); local: Editora. Data. Página.

Exemplo: GONDIM, Maria Eunice R.; GOMES, Rickardo Léo Ramos. Práticas de Biologia; Fortaleza: Edições

Demócrito Rocha. 2004.1-122p.

REGRAS BÁSICAS PARA FORMATAÇÃO

Papel A4 branco, impresso em preto (exceto as ilustrações);

Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12;

Espaçamento entrelinhas duplo;

Alinhamento justificado;

Margens superior e esquerda de 3 cm;

Margens inferior e direita de 2 cm;

Numeração das páginas a partir da introdução.

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Habitualmente os trabalhos realizados em laboratório são efetuados em equipe. Para que o trabalho seja

satisfatório, é necessário que estejamos aptos a utilizar com técnica e correção todo equipamento e material de

laboratório, que todos conheçam normas de funcionamento que visam a facilitar as atividades e prevenção de

acidentes.

No laboratório devemos estar sempre trajados de bata, pois a mesma nos protege de acidentes mais graves.

Não retire frascos de reagentes do lugar onde se encontram. Leve seu recipiente ao lugar dos reativos e

retire o que precisar.

Manter o ambiente limpo, colocar resíduos sólidos e papéis na lixeira e líquidos na pia; no caso de líquidos

corrosivos, como ácidos ou bases e de corantes, manter a torneira aberta por algum tempo para evitar danos

na pia.

Manter cada equipamento ou vidraria no lugar adequado e todo frasco de reagente etiquetado.

Só usar um equipamento quando realmente souber manejá-lo corretamente.

Verificar se o equipamento a ser usado está em perfeita ordem.

Ter cuidado com as tomadas e interruptores; estes não devem ficar

expostos à umidade.

Estar atento para não colocar as mãos nos olhos ou na boca, enquanto

estiver trabalhando, e lavá-las antes de sair.

Porções de reativos não utilizados, não devem voltar ao frasco

original.

Aprender nomes e a utilização da vidraria.

Ler sempre o rótulo de cada frasco antes de usar.

Não usar vidraria suja, nem pipetas de um frasco de reagente para

outro.

Lavar o material usado com detergente e água da torneira, enxaguar com água destilada (se possível) e

deixar sobre a bancada para secar (de preferência sobre o suporte plástico).

Lavar lâminas e lamínulas com detergente e água, e guardá-las imersas em álcool em frascos separados.

Não desmontar lâminas ou descartar culturas sem perguntar antes ao instrutor.

Nunca usar substâncias inflamáveis, como álcool, éter, acetona, etc., para aquecer em chama, estas

substâncias podem ser aquecidas com cuidado em chapas aquecedoras.

Anotar sempre os dados principais do procedimento da prática, bem como os resultados precisos. Quando

realizar observação microscópica (ou no monitor acoplado ao microscópio), desenhar as estruturas e anotar

ao aumento da objetiva.

Não expor estudantes a agentes patogênicos, como esporos de fungos, água contaminada com protozoários,

etc.

Manter fechados os frascos de culturas e terrários em ambiente com ar condicionado.

Qualquer dúvida pergunte ao professor.

NORMAS BÁSICAS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA

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INTRODUÇÃO A substância em maior quantidade nos seres vivos é a água, ela é tão essencial para o corpo humano que

constitui cerca de 70% do nosso peso. Até os nossos ossos têm água, e tudo aquilo que comemos, dos animais aos

vegetais. Verduras e legumes são ricos em água e sais minerais. Na água, encontramos alguns sais minerais, que

também são encontrados em uma série de alimentos, desde carnes até vegetais. Os sais minerais são necessários para

o funcionamento de nossas células, e participam ativamente do nosso metabolismo.

OBJETIVOS

Perceber a importância da água e dos sais minerais na nossa alimentação;

Determinar a porcentagem de água presente em diferentes alimentos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A água e os sais minerais formam os componentes inorgânicos da célula e devem estar em quantidades

balanceadas para manter o equilíbrio do organismo. A água atua como solvente dos íons minerais e de substâncias

orgânicas celulares, funciona como meio onde ocorrem as reações química (respiração, digestão e excreção, entre

outros), é indispensável à realização da fotossíntese, é considerado o solvente universal, exerce o papel de

lubrificante nas articulações ósseas, diminuindo as áreas de atritos, participa como reagente químico, decompondo

macromoléculas em moléculas menores (reações de hidrólise), mantém a temperatura dos animais homeotérmicos

(aves e mamíferos); Os sais minerais são denominados substâncias reguladoras do metabolismo celular. São necessários para a

formação da hemoglobina, apresentam um papel relevante na ativação da glândula tireóide, participam do tecido

ósseo, conjuntivo e na formação da molécula de clorofila. Possuem ativa participação na transmissão dos impulsos

nervosos através dos neurônios, atuam na contração das fibras musculares, no mecanismo de coagulação sanguínea

e integram as moléculas de ácidos nucléicos.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Alimentos (batata, chuchu, tomate, cenoura,

maçã...)

Tubo de ensaio Pinça de madeira

Balança Rolha para tubo de ensaio

Bico de Bunsen Vidro de relógio

Suporte com garra

PROCEDIMENTO

Pese o tubo de ensaio vazio e anote a massa na tabela abaixo.

Pese um pedaço de batata, e anote a massa. Em seguida, coloque-o no tubo de ensaio pesado anteriormente.

Prenda o tubo, contendo a batata, na garra de um suporte.

Aqueça o tubo, segurando um vidro de relógio a 5 mm da boca do tubo.

Continue aquecendo o tubo até eliminar do tubo todo o vapor de água produzido.

Feche o tubo com uma rolha e deixe esfriar. Tire a rolha, pese o conjunto novamente e anote a massa.

Repita o mesmo procedimento para o chuchu.

PRÁTICA 01: PESQUISANDO ÁGUA NOS ALIMENTOS

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PÓS-LABORATÓRIO

Complete a tabela com os fatos observados:

ALIMENTO Tubo vazio (g) Massa alimento (g) Tubo com resíduo após

aquecimento (g) Massa de água (g)

BATATA

CHUCHU

Ia

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INTRODUÇÃO Os olhos humanos, assim como muitos instrumentos ópticos construídos pelo ser humano, têm seu

funcionamento relacionado às propriedades das lentes. Portanto, uma lente humana ou artificial é usada para projetar

ou visualizar imagens de objetos, pois tanto a imagem projetada quanto a imagem visualizada podem ser maiores ou

menores do que o objeto.

OBJETIVOS

Constatar que uma lente pode ser usada para projetar e visualizar imagens ampliadas ou reduzidas, direitas

ou invertidas;

Construir uma lente e investigar seu poder de ampliação de imagens.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em nosso campo de visão sempre existirão objetos que se encontram a diferentes distâncias de nossos

olhos. A associação conveniente de lentes a um olho de visão normal ou corrigida pode permitir que vejamos

detalhes que a olho nu não seria possível, por esses objetos estarem muito distantes ou por serem muito pequenos. Assim, pode-se citar como exemplo de lentes: 1. O olho humano: atua como se fosse instrumento óptico. Se fosse fazer uma analogia o seu funcionamento

poderia ser comparado ao da máquina fotográfica onde a luz entra por um pequeno orifício, a pupila, e projeta uma

imagem na parte de trás do olho, chamado retina. Na parte dianteira do olho, existe um conjunto formado pela

córnea e pelo cristalino, que atua como uma lente e "focaliza" a imagem na retina. 2. O microscópio simples (lupa): é usado para observar objetos próximos, pois fornece uma imagem ampliada

desse objeto. 3. O microscópio óptico: podem-se encontrar vários tipos de microscópio óptico com diferentes capacidades de

ampliação. Essas capacidades podem variar de cem a duas mil vezes. 4. O microscópio eletrônico comum: utiliza feixe de elétrons que, acelerados por uma diferença de potencial de

60.000 volts, tem um comprimento de ondas de 0,005 nm, passam por uma primeira lente magnética (chamada de

condensador que dirige os elétrons em feixe uniforme na direção do objeto). Após atravessar o objeto, onde muitos

elétrons são desviados (esses não contribuem para formação de imagem), o feixe de elétrons passa pela segunda

lente magnética, que corresponde à objetiva do microscópio óptico. Por fim, esse feixe de elétron passa por uma

terceira lente magnética que o projeta. 5. O microscópio eletrônico de varredura: também usa feixe de elétrons. No entanto, no microscópio de

varredura, o trajeto do feixe de elétrons ao atingir o objeto examinado causa diversos efeitos, entre os quais a

emissão de elétrons pelo próprio objeto examinado. Este feixe de elétrons é colhido por um coletor e passa por uma

ampliação e é transformada em pontos de maior ou menor luminosidade, numa tela semelhante a um televisor. Esse

coletor provocará os movimentos do feixe de elétrons sobre o objeto examinado permitindo assim, a formação da

imagem através da coleta de elétrons do objeto examinado, no exato momento em que esses elétrons são produzidos. Em relação às micrografias, são obtidas pela fotografia da imagem na tela e não pela ação dos próprios elétrons

sobre o filme fotográfico, como acontece no microscópio eletrônico comum. 6. A luneta astronômica: é um instrumento óptico usado para ampliar corpos celestes. O seu princípio de

funcionamento é o mesmo do microscópio óptico. Porém, ao contrário dele, o objeto observado não está perto da

objetiva, mas bastante distante. Por isso, as lentes usadas na construção das lunetas astronômicas são apropriadas

para fornecer uma imagem nítida de objetos observados distantes da objetiva. No entanto, a luneta astronômica

fornece uma imagem invertida do objeto observado. Isso não representa problema quando se observa corpos celestes

distantes que aparecem como pontinhos luminosos, mas quando se observa corpo terrestre, não se deve enxergá-los

invertidos, pois atrapalharia bastante. 7. A luneta terrestre e o binóculo: são utilizados para visualizar objetos terrestres, são adaptações da luneta

astronômicas. Esses instrumentos são construídos de modo que forneçam uma imagem não invertida dos objetos. 8. O telescópio: assim como a luneta terrestre e o binóculo é aprimoramento da luneta astronômica, no qual se

utiliza também um espelho especial, que auxilia na obtenção de uma imagem melhor dos corpos celestes.

PRÁTICA 02: APRENDENDO COM AS OBSERVAÇÕES

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9. A máquina fotográfica e a filmadora de cinema: o interior da máquina fotográfica é totalmente preto e fechado,

onde fica protegido o filme contra a claridade. O filme fotográfico é feito de um metal sensível à luz. Apenas no

instante de fotografar é que um pequeno orifício se abre e deixa a luz entrar por uma fração de segundos. Nesse

momento, uma lente, ou um conjunto de lentes, projeta uma imagem da cena observada sobre o filme fotográfico.

Essa imagem fica registrada no filme. Somente quando ele é revelado, tal registro se torna visível, formando o que

se chama de negativo fotográfico. Esse negativo pode ser usado para fazer cópias da cena fotografa em um papel

especial, o papel fotográfico. A filmadora de cinema se baseia no mesmo princípio da máquina fotográfica, só que em vez de obter uma

única foto de uma cena, obtém um número bem significante de fotografias a cada segundo. A projeção dessa

sequência de fotos dá ao olho humano a sensação de que há movimento na cena. 10. O projetor de slides e projetor de cinema: um slide é uma fotografia feita em material plástico transparente. A

imagem contida em slide pode ser projetada sobre uma tela ou parede com auxílio do projetor de slides. Dentro do

projetor de slides, existe uma lâmpada bem forte e uma lente ou um conjunto de lentes. A luz da lâmpada passa pelo

slide e pelas lentes e chega até a superfície onde a imagem aparece projetada. O projetor de cinema usa o mesmo princípio do projetor de slides, só que ele projeta 24 imagens, como se

fossem 24 slides, a cada segundo. Cada uma das imagens é um pouco diferente da anterior e, para o olho humano,

isso dá ilusão de movimento.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Água

Microscópio Lâmina e lamínula Jornal ou revista

Tesoura Régua milimetrada transparente

Pinça Lupa

Fita métrica Pipeta

Papel toalha Garrafa plástica de refrigerante com tampa

PROCEDIMENTO PARTE I – Preparação de material para exame ao microscópio

Recorte um pedaço de jornal contendo algumas letras minúsculas e, de preferência com o verso em branco.

Coloque o pedaço de jornal sobre uma lâmina de vidro e pingue sobre ele três gotas de água.

Ponha uma lamínula por cima do material (papel) a ser observado.

Coloque a lâmina preparada na mesa ou platina do microscópio, fixando-a pelas presilhas ou charriot e

mantendo o papel sobre a abertura de luz.

Gire o revólver colocando a objetiva de menor aumento em posição de uso.

Olhando por fora, gire o parafuso macrométrico e abaixe o canhão até quase tocar a lamínula.

Olhando pela ocular, gire o parafuso macrométrico e levante o canhão até observar alguma imagem.

Gire o parafuso micrométrico para obter uma imagem bem nítida.

Desloque a lâmina para encontrar um grupo de letras para serem observadas.

PARTE II – Cuidados com o microscópio

Ao terminar as observações, retire a preparação, limpe a platina e vire o revólver, encaixando a objetiva de

menor aumento.

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Levante o tubo para que a extremidade da objetiva fique aproximadamente 1cm acima da platina, desligue

a luz e cubra-o com capa protetora.

PARTE III – Exame de material com outros tipos de lentes

Encha completamente a garrafa com água. Feche bem e enxugue-a com a toalha.

Coloque a garrafa deitada sobre a folha de jornal. Se houver bolhas de ar, é porque você não encheu a

garrafa completamente. Nesse caso, repita o item 1.

Coloque o jornal sobre a mesa e a lupa sobre ele. Feche um dos olhos. Posicione o olho aberto 30

centímetros acima da lupa. Levante-a devagar e depois a abaixe devagar.

A seguir, peça a alguém do grupo que segure o jornal na sua frente, a 2 metros. Segure a lupa e estenda o

braço. Feche um dos olhos e olhe o jornal através da lupa. Se a imagem não estiver nítida, estique o braço

até que fique nítida.

PÓS-LABORATÓRIO 1. Após algum treinamento, você pode se familiarizar com o manuseio de um relógio, de uma calculadora, de um

system, CD player, etc. Será que adquirir prática de microscopia exige mais coordenação e preparo para o seu

manuseio? Justifique sua resposta. 2. Compare as letras do jornal quando vistas diretamente a olho nu ou quando vistas através da garrafa com água. 3. Em qual das duas situações a imagem das palavras do jornal fica maior? Em qual delas as palavras parecem estar

de cabeça para baixo? 4. Uma lente pode ser usada para projetar e visualizar imagens ampliadas ou reduzidas, direitas ou invertidas?

Justifique. 5. É possível construir uma lente e investigar seu poder de ampliação de imagens? Justifique.

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INTRODUÇÃO

Para progredir cada vez mais na investigação da natureza, o homem construiu instrumentos capazes de

estender os limites impostos por seus órgãos sensoriais. Assim como o telescópio abriu as portas do infinitamente

grande, o microscópio permitiu a realização de estudos e análise de estruturas com dimensões ínfimas, como a

célula, base da vida, e até átomos.

OBJETIVOS

Conhecer as técnicas básicas para utilização e para elaboração da função de cada parte do microscópio

óptico e os cuidados requeridos para o seu uso;

Treinar a focalização com lâminas preparadas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O microscópio é um aparelho destinado a ampliar a imagem das microestruturas observadas, utilizando

para isso, a luz. Em geral, os microscópios são constituídos basicamente de duas partes: uma parte mecânica, que

serve de suporte e uma parte óptica. A parte mecânica é constituída por: tubo com oculares, revólver com objetivas,

dispositivo micrométrico e macrométrico, charriot, mesa ou platina, base ou pé e estativa ou braço. Ocular,

objetivas, condensador, lentes colimadoras com lâmpada embutida e controlador lateral de luminosidade constituem

a parte óptica.

PARTES DO MICROSCÓPIO

BASE ou ESTATIVA: suporte basal, que sustenta o microscópio e permite manter a estabilidade do aparelho. CORPO ou BRAÇO: parte do microscópio unida á base, que sustenta o sistema de lentes. MESA ou PLATINA: plataforma horizontal, unida à parte inferior do braço,

com um orifício no centro. A lâmina a ser observada deve ser colocada sobre a

platina, e o centro da preparação deve coincidir com o centro do orifício da

platina ou mesa. CHARRIOT: sistema de dois parafusos, que permitem a movimentação da

lâmina no sentido horizontal e vertical. PARAFUSO MACROMÉTRICO ou MACRÔMETRO: disco móvel

maior, que serve para ajuste grosseiro do foco (grandes mudanças de foco). PARAFUSO MICROMÉTRICO ou MICRÔMETRO: o disco móvel

menor, que serve para ajuste fino do foco (pequenas mudanças de foco). OCULARES: sistema de lentes superior, próximo ao olho do observador. CANHÃO ou TUBO: tubo através do qual a luz passa da estrutura observada

até as oculares. OBJETIVAS: sistema de lentes, próximo da lâmina examinada, de aumentos

diferentes (4x, 10x, 40x e 100x). A menor objetiva é a de menor aumento, e a

maior, a que amplia mais a imagem. Esta objetiva (100x) só deve ser usada

com óleo de imersão. REVÓLVER: peça móvel, que sustenta as objetivas, e permite mudar por rotação a posição destas em relação ao

orifício da platina. FONTE DE LUZ: lâmpada, situada na base do microscópio; fonte de feixe luminoso que atravessará a preparação. CONDENSADOR: sistema de lentes, entre a fonte de luz e a platina, que condensa o feixe luminoso. Pode ser

movimentado para cima e para baixo, por um parafuso (do lado direito do condensador), regulando a intensidade de

luz. DIAFRAGMA ou ÍRIS: dispositivo unido ao condensador, usado para regular o feixe luminoso que atravessa a

lâmina. Funciona movido por uma pequena haste, que controla a abertura de passagem da luz.

PRÁTICA 03: CONHECENDO A ESTRUTURA BÁSICA DE UM MICROSCÓPIO

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MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Água

Microscópio Lâminas prontas

Lâmina e lamínula Jornal ou revista

Tesoura Pipeta

Papel toalha

PROCEDIMENTO

1. Ligue o estabilizador de voltagem (se houver)

2. Ligue o interruptor da fonte na base do microscópio.

3. Ajuste a intensidade de luz no regulador de luminosidade (também na base do microscópio) 4. Coloque a lâmina na platina, com a preparação no centro do orifício. Mova o Charriot se for necessário, para

centralizar a preparação. 5. Abaixe a objetiva de menor aumento (4x) com o parafuso macrométrico, aproximando-o ao máximo da lâmina. 6. Olhe pelas oculares e ajuste a distância entre estas. Esta distância varia de observador para observador.

7. Regule a intensidade de luz mais cômoda à vista. Podem ser usados o regulador de luminosidade, o condensador

ou o diagrama.

8. Olhando pelas oculares gire lentamente o parafuso macrométrico no sentido contrário (afastando a objetiva da

lâmina), até que seja obtida uma focalização grosseira. 9. Em seguida gire o parafuso micrométrico para ajustar o foco fino. 10. Após a focalização na objetiva menor, faça um movimento de rotação no revólver (movimento de acordo com a

direção dos ponteiros de um relógio) até certificar-se de que encaixou a objetiva seguinte (10%).

11. Ajuste a centralização da estrutura e corrija o foco fino com o parafuso micrométrico. 12. O mesmo procedimento (item 10 e 11) deve ser seguido quando transferir para a objetiva seguinte (40x),

geralmente um pequeno movimento no parafuso micrométrico e ajuste na iluminação é suficiente. Não use a

objetiva de 100x para qualquer preparação, porque para esta faz-se necessário a utilização de óleo de imersão. 13. Coloque duas gotas d’água numa lâmina limpa e uma letra recortada de um jornal. Cubra com lamínula e

observe ao microscópio.

PÓS-LABORATÓRIO 1. Como as letras lhe parecem, vistas através do microscópio? Por que isso acontece? 2. Qual a função de cada peça do microscópio? 3. Esquematize as lâminas visualizadas. Atente para as sensíveis diferenças de detalhes.

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INTRODUÇÃO A diversidade celular é de fundamental importância para a constituição, manutenção e regulação de todo

organismo, sejam por vias metabólicas diferenciadas, estruturas celulares distintas ou localizações específicas, a

verdade é uma só: sem tal diversificação, as espécies de vida não seriam como a que conhecemos hoje. As células, apesar de muito pequenas, são extremamente complexas e essenciais para o desenvolvimento da

ciência e da saúde, já que proporcionam ambientes biológicos completamente diferenciados para pesquisas e

estudos. No interior do corpo humano, encontramos uma diversidade de micro-organismos vivos, uni e

pluricelulares, em simbiose com o organismo. Um bom exemplo está na flora intestinal, as bactérias que

naturalmente habitam o intestino do homem, auxiliam na digestão e controlam o crescimento de outros micro-

organismos patógenos.

OBJETIVOS

Entender sobre o significado dos termos como células procariotas e eucariotas;

Diferenciar células animais e vegetais;

Promover uma visão global sobre a grande diversidade celular que constitui o mundo vivo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os antigos filósofos e naturalistas chegaram à conclusão de que "todos os animais e vegetais, por mais

complicados que fossem, eram constituídos por uns poucos elementos que se repetiam em cada um deles".

Referiam-se às estruturas macroscópicas de um organismo, tais como as raízes, os caules ou os segmentos de órgãos

que se repetem no mundo animal. Muitos séculos mais tarde, graças ao invento e posterior aperfeiçoamento dos

microscópios, foi descoberto que por detrás desta estrutura macroscópica, existe também um mundo de dimensões

microscópicas. As células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. Apesar da grande diversidade existente

entre os seres vivos consideram-se apenas dois tipos celulares básicos: as células procariotas e as eucariotas. As

células procariotas apresentam menores dimensões e caracterizam-se por não possuírem um sistema de membranas

que divida a célula em compartimentos funcionais. Nestas o genoma está em contato direto com a porção

plasmática.

As células eucariotas apresentam-se divididas em compartimentos funcionais graças à presença de um

complexo sistema de membranas. Os principais componentes destas células são o núcleo, o invólucro nuclear, o

retículo endoplasmático, o aparelho de Golgi, os lisossomas, as mitocôndrias e, nas células vegetais, os cloroplastos.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Azul de metileno

Iogurte

Infusão de palha

Água Caule

Cebola

Microscópio Lâmina e lamínula

Pinça Bisturi Pipeta

Vareta de vidro Papel toalha

Bico de Bunsen Óleo de imersão

PRÁTICA 04: DIVERSIDADE CELULAR

Page 15: Manual de Biologia Volume 1

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PROCEDIMENTO PARTE I - Observação de células da epiderme do bulbo da cebola (Allium cepa L.) 1. Retire com uma pinça, uma porção da epiderme interna de uma escama do bulbo da cebola.

2. Coloque-a sobre uma lâmina com uma gota de água.

3. Cubra com lamínula.

4. Observe ao microscópio e registre.

5. Deite uma ou duas gotas de azul de metileno ao longo de uma das bordas da lamínula. Com papel de filtro, aspire

na margem oposta até à infiltração do corante.

6. Observe ao microscópio e registre.

PARTE II - Observação de células da epiderme do caule de Tradescantia sp.

1. Corte um fragmento de caule com cerca de 3 cm. 2. Com a ajuda de uma pinça retire uma porção da película epidérmica. 3. Coloque-a sobre uma lâmina com cuidado para não dobrar. 4. Adicione uma gota de água. 5. Coloque a lamínula. 6. Observe e registre.

PARTE III - Observação de células do epitélio bucal 1. Desinfete o dedo indicador com álcool.

2. Raspe a parte interna da bochecha com a ponta do dedo.

3. Esfregue a ponta do dedo numa lâmina e cubra-a com a lamínula.

4. Observe ao microscópio.

5. Deite uma ou duas gotas de azul de metileno ao longo de uma das bordas da lamínula. Com papel de filtro, aspire

na margem oposta até à infiltração do corante.

6. Observe ao microscópio e registe.

PARTE IV - Observação de bactérias do iogurte 1. Coloque um pouco de iogurte sobre uma lâmina com o auxílio de uma vareta de vidro.

2. Passe a lâmina três ou quatro vezes sobre a chama da lamparina. Deixe arrefecer.

3. Deite uma ou duas gotas de azul de metileno e deixe atuar durante alguns minutos.

4. Lave a lâmina com água destilada e deixe secar.

5. Coloque uma gota de óleo de imersão e cubra com lamínula.

6. Observe e registe (utilize a objetiva de imersão - 100 X - colocando uma gota de óleo de imersão sobre a

lamínula).

PÓS-LABORATÓRIO 1. Esquematize as imagens observadas, informando semelhanças e diferenças entre elas.

2. Relacione as características existentes em células procarióticas e eucarióticas.

Page 16: Manual de Biologia Volume 1

16

INTRODUÇÃO A catalase é uma enzima produzida pelos animais e vegetais, portanto de ocorrência geral, que degrada o

peróxido de hidrogênio. A ação dessa enzima é extremamente rápida. Uma molécula de catalase é capaz de degradar

até 42.000 moléculas de peróxido de hidrogênio por segundo, dependendo da concentração do peróxido. É produzida no retículo endoplasmático dos seres vivos e sua importância também reside no fato de seu

mau funcionamento ou falta estar ligada a doenças como o vitiligo, onde a baixa atividade da catalase e o acúmulo

de peróxido hidrogenado na pele dos pacientes resultam no acúmulo de radicais livres tóxicos que danificam os

melanócitos, uma vez danificados, os melanócitos não sintetizam mais a melanina, causando as manchas

características do vitiligo.

OBJETIVOS

Observar o efeito da enzima catalase sobre o peróxido do hidrogênio;

Conhecer a função dos peroxissomos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A catalase é largamente distribuída na natureza, estando presente em tecidos animais, vegetais e em

bactérias. A concentração é alta no fígado de mamíferos, nesse órgão a catalase está confinada aos peroxissomos e,

secundariamente, nas mitocôndrias. Os peroxissomos são organelas citoplasmáticas que foram observadas em rins e fígado de roedores, no

início da década de 1950, quando a microscopia eletrônica estava no seu início. No interior dos peroxissomos

encontramos várias enzimas que produzem peróxido de hidrogênio (H2O2 = água oxigenada), como uratoxidase, por

exemplo. Sintetizam também a catalase que decompõem o H2O2. O peróxido de hidrogênio é uma molécula altamente reativa, capaz de danificar componentes celulares. O papel

da catalase é transformar o H2O2 em O2 e H2O.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental Água oxigenada

Batata crua e cozida Folha de alface

Pedacinhos de carne crua

Tubo de ensaio Estante para tubo de ensaio Pincel marcador de vidro

PROCEDIMENTO

Com o pincel identifique os tubos de ensaio.

Coloque os diferentes materiais (batata crua, cozida, folha de alface, carne crua) um tipo de cada, dentro

dos tubos de ensaio.

Adicione água oxigenada até cobrir cada amostra. Observe.

Complete a tabela com os resultados obtidos.

MATERIAL REAÇÃO COM GÁS REAÇÃO SEM GÁS BATATA CRUA

BATATA COZIDA

FOLHA DE ALFACE

CARNE CRUA

PRÁTICA 05: INVESTIGANDO A AÇÃO DA CATALASE

Page 17: Manual de Biologia Volume 1

17

PÓS-LABORATÓRIO

1. Baseado nos resultados, o que podemos dizer a respeito da produção da catalase pelos materiais experimentados? 2. Como você interpreta o resultado obtido com a batata cozida?

3. Qual a relação entre o experimento e a reação da água oxigenada usada num ferimento?

4. Faça a reação da decomposição da água oxigenada na presença da catalase.

5. Qual a causa do fenômeno da decomposição da água oxigenada colocada na presença de tecido animal cru?

6. Por que não houve reação com o alimento cozido?

Page 18: Manual de Biologia Volume 1

18

INTRODUÇÃO Um dos primeiros indícios da existência da membrana celular decorreu da observação de que as células se

comportam com pequenos osmômetros, modificando seu volume de acordo com a concentração das soluções em

que são colocadas. A membrana plasmática é seletivamente permeável. Essa característica é muito importante, pois permite à

célula manter uma determinada composição interna, independente do meio em que se encontre. Se colocarmos duas

soluções de concentrações diferentes em duas partes de um recipiente separadas por uma membrana permeável, isto

é, através da qual as moléculas de soluto e de solvente passam livremente, observamos o fenômeno da Difusão. Se colocarmos duas soluções de concentrações diferentes em duas partes de um recipiente separadas por

uma membrana semipermeável, isto é, uma membrana permeável ao solvente e impermeável ao soluto, observamos

o fenômeno da Osmose.

OBJETIVO

Observar o fenômeno da plasmólise.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A plasmólise é a retração do volume das células por perda de água. Este fenômeno se dá quando a célula é

colocada em meio hipertônico, ou seja, quando o meio exterior é mais concentrado que o citoplasma e a célula perde

água por osmose. A saída da água contida no seu vacúolo provoca uma diminuição do volume celular e,

consequentemente, o afastamento da membrana plasmática.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Batata Cloreto de sódio

Açúcar Glicerina

Prego Placa de Petri

Tubo de ensaio Suporte para tubo de ensaio

Régua Gilete

Caneta marcadora

PROCEDIMENTO

Prepare 6 cubos de batata de 2 cm de lado.

Coloque três cubos em cada placa de Petri.

Identifique com caneta marcadora as placas A e B.

Na placa A, cubra os cubos com NaCl e na placa B, com açúcar.

Após 15 minutos, retire os cubos e registre suas medidas.

Corte um cilindro de batata medindo 4 cm de altura e diâmetro menor que o do tubo de ensaio. No centro,

introduza um prego.

Coloque o conjunto em um tubo de ensaio.

Adicione glicerina e marque seu nível no tubo.

Após 15 minutos, retire o tablete do tubo d ensaio e force a saída do prego.

PRÁTICA 06: PLAMÓLISE MACROSCÓPICA

Page 19: Manual de Biologia Volume 1

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PÓS-LABORATÓRIO 1. O que ocorreu com os cubos e o cilindro de batata? 2. Saiu alguma substância da célula? Qual a evidência que confirma a sua conclusão? 3. Qual o sentido do deslocamento do solvente? 4. Existe alguma diferença entre o resultado obtido com cloreto de sódio, açúcar e glicerina? 5. Como esses resultados podem ser utilizados para orientar a aplicação de fertilizantes na agricultura, jardins ou em

vasos com planta? 6. Como você relaciona esse fato com a produção de frutas cristalizadas? Procure saber como se realiza esse

processo.

Page 20: Manual de Biologia Volume 1

20

INTRODUÇÃO Os polissacarídeos são carboidratos formados pela reunião de muitos monossacarídeos, que assumem as

formas lineares ou ramificadas como os glicogênios, o amido, a celulose, a quitina e a heparina. O glicogênio

acumula-se no citoplasma das células do fígado e dos músculos, funcionando como reserva energética nos animais.

Quando a taxa de glicose diminui no sangue, o glicogênio hepático é desdobrado em muitas moléculas de glicose

que, liberadas, corrigem a deficiência de glicose sanguínea. O amido é a reserva energética das plantas que resulta

da associação de muitas moléculas de glicose obtidas durante a fotossíntese. A celulose é o mais importante

polissacarídeo estrutural dos vegetais, formando a parede celular das plantas e das algas. Por causa da maneira como

as moléculas de glicose estão associadas para formar a celulose, este polissacarídeo não é digerido no organismo

humano, que carece de enzima celulase. A quitina, outro polissacarídeo estrutural, forma o exoesqueleto dos

artrópodes, que é substituído durante a metamorfose. A quitina compõe também a parede celular dos fungos. A

heparina é um polissacarídeo de importância biológica que funciona como poderoso inibidor da coagulação

sanguínea.

OBJETIVOS

Identificação do amido e do amiloplastos na célula de batata inglesa;

Conhecer as principais características estruturais e químicas das substâncias orgânicas, atribuir-lhes as

respectivas funções desempenhadas nos seres vivos e perceber a sua importância.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Amido ou amilo é encontrado no interior do caule, mas se concentra principalmente em raízes e tubérculos

(batata, mandioca etc.), cereais (arroz, milho, trigo etc.) e sementes. Sua fórmula é (C6H10O5)n e tem massa

molecular ente 60.000 u e 1.000.000 u. O amido é a principal fonte de energia em nossa alimentação, sua digestão é

feita pela enzima amilase, resultando em moléculas de maltose, que, depois, são quebradas em glicose. Em contato com o iodo, o amido produz uma coloração violeta-escura e por isso é usado como indicador do

iodo.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Farinha de trigo

Amido de milho

Solução de iodo ou lugol

Batata

Clara de ovo

Leite

Água

Microscópio

Lâminas e lamínulas

Estilete

Vidro de relógio

Tubos de ensaio

Estante para tubos de ensaio

Pipeta

Béquer

PROCEDIMENTO

Quebre o ovo cuidadosamente, coloque a clara no béquer e acrescente um pouco de água.

Misture bem. Transfira 1 mL dessa mistura para um dos tubos de ensaio. Nos outros tubos coloque o leite,

o amido de milho, a farinha de trigo, todos dissolvidos em água, um pedaço de batata crua e outro cozido

em um vidro de relógio.

Em cada uma das amostras adicione 3 gotas de lugol. Anote todos os resultados na tabela abaixo.

Colocar em uma lâmina uma fatia delgada de batata, corando-a com iodo.

Observar ao microscópio os grãos de amido (amiloplastos) corado de azul nas células de batata.

PRÁTICA 07: IDENTIFICAÇÃO DO AMIDO

Page 21: Manual de Biologia Volume 1

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ALIMENTO LEITE CLARA DE

OVO

FARINHA DE

TRIGO

BATATA CRUA BATATA

COZIDA

AMIDO

COLORAÇÃO

PÓS-LABORATÓRIO

1. Que substância existe nos alimentos que ao reagir com a solução de iodo obteve o resultado que você observou? 2. Essa substância pode ser facilmente identificada? A qual classificação ela pertence?

3. Para identificá-la e fazer sua classificação que procedimentos devem ser realizados? Por quê?

Page 22: Manual de Biologia Volume 1

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INTRODUÇÃO O diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a

sintomas agudos e a complicações crônicas características. O distúrbio envolve metabolismo da glicose, das

gorduras e das proteínas e tem graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala

lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a

doença, principalmente no Brasil.

OBJETIVO

Comprovar a presença de açúcar na urina.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina, o qual regula o nível de

glicose no sangue. Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o processo de respiração

aeróbia, é necessário que a glicose esteja presente na célula. Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagônico à insulina,

denominado glucagon. Assim, quando a glicemia cai, uma maior quantidade de glucagon é secretada visando

reestabelecer o nível de glicose na circulação.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Amostras de urina

Água

Reagente de Benedict

Solução de glicose

Tubos de ensaio

Suporte para tubos de ensaio

Pipeta

Caneta marcadora

Pinça de madeira

Bico de Bunsen

PROCEDIMENTO

PARTE I - TESTE CONTROLE

Separe dois tubos de ensaio e a cada um adicione 1 mL do reagente de Benedict.

A um dos tubos acrescente 1 mL de água e ao outro tubo 1 mL da solução de glicose. Leve a chama para

aquecer. Observe e registre o ocorrido.

PARTE II - ATIVIDADE PRÁTICA

Registre nos dois tubos restantes marcações para diferenciar as amostras de urina, essas amostras devem

estar filtradas. Ex: amostra 1 (A1), amostra 2 (A2).

A cada um desses tubos de ensaio, adicione 1 mL do reagente de Benedict.

Agora, acrescente 1mL das amostras de urina. Aqueça e observe.

Deixe esfriar e verifique a coloração final da amostra. A reação é negativa quando a amostra permanece

azul. A reação é positiva quando a cor da amostra fica verde, verde-amarelado, amarelo alaranjado ou

vermelho-tijolo (mais de 1g de glicose), dependendo da quantidade de glicose presente na urina.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Como você faria para determinar a relação entre as diferenças de cores resultantes e a concentração de glicose? 2. Que outro processo é utilizado atualmente para determinar rapidamente a presença de glicose na urina?

3. Pesquise sobre os tipos de diabetes, os tratamentos utilizados e os meios para evitá-la.

4. Identifique os hormônios envolvidos no controle do açúcar do sangue, explicando suas funções.

5. Quais os fatores de risco para o Diabetes Mellitus?

PRÁTICA 08: VIDA E DIABETES – TESTE PARA GLICOSE

Page 23: Manual de Biologia Volume 1

23

INTRODUÇÃO Não é difícil nos darmos conta da importância do amido, entre outros carboidratos, na alimentação do ser

humano. O amido é uma substância com alto teor energético, o que a torna fundamental para realizar as diversas

atividades de nosso dia a dia. Quando cozinhamos uma batata, evidenciam-se as diferenças entre a amilose e a

amilopectina. A amilose é extraída durante a fervura, dando aspecto esbranquiçado à água, enquanto a amilopectina

permanece na raiz, servindo de alimento para nós.

OBJETIVOS

Identificar alimentos constituídos por amido;

Verificar a ação da amilase na digestão do amido.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O amido é um polissacarídeo de fórmula (C6H10O5)n, sendo considerado uma macromolécula. Pouco

solúvel e de elevado peso molecular que se forma nos cloroplastos das plantas como amido de assimilação, nos

leucoplastos como amido de reserva e sob a forma de pequenos grânulos redondos ou ovais em raízes, tubérculos,

sementes e frutos. A molécula de amido pode ser descrita como uma grande cadeia de moléculas de glicose interligadas, por

isso é considerada um polissacarídeo. Há dois tipos de amido: a amilose e a amilopectina. Esse dois polissacarídeos

distinguem-se pelo tipo de ligação que ocorre entre as moléculas de glicose.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Cloreto de sódio

Amido de trigo ou pão desfeito em água

Solução de lugol

Álcool

Alimentos (açúcar, pão, arroz cozido, frutas,

sebo)

Maisena

Placa de Petri

Suporte para tubos de ensaio

Pipeta

Caneta marcadora

Pinça de madeira

Bico de Bunsen

Béquer

Bastão de vidro

Colher de plástico

PROCEDIMENTO

PARTE I: IDENTIFICANDO A PRESENÇA DO AMIDO

Coloque amido em duas extremidades da placa de Petri e nas outras duas, coloque sal.

Pingue uma gota da solução de lugol sobre uma amostra com amido e uma sobre a amostra com sal.

Faça a mesma coisa com o álcool para as outras amostras da placa.

Observe se ocorreu a formação de alguma cor diferente e preencha os dados na tabela.

SUBSTÂNCIA ADICIONADA COR COM AMIDO COR COM SAL

IODO

ÁLCOOL

PARTE II: IDENTIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE AMIDO EM DIVERSAS SUBSTÂNCIAS

Disponha nas placas de Petri amostras de alimentos.

Teste cada amostra com uma gota de lugol.

PRÁTICA 09: IDENTIFICAÇÃO E DIGESTÃO DO AMIDO

Page 24: Manual de Biologia Volume 1

24

PARTE III: DIGESTÃO DO AMIDO

Em meio béquer com água, misture meia colher de maisena e mexa com o bastão até formar uma suspensão

de amido.

Use como medida a colher e coloque uma porção da suspensão de amido em duas placas de Petri.

Ao conteúdo de uma das placas adicione uma colher de saliva e misture.

Ao conteúdo da outra placa, acrescente igual quantidade de água. Misture com o bastão limpo.

Após meia hora, coloque algumas gotas de tintura de iodo em cada placa e mexa.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Qual a coloração assumida quando o amido é misturado ao lugol? 2. De acordo com os resultados dos testes da Parte II, o lugol pode ser usado para identificar a presença de açúcares

e gorduras nos alimentos?

3. Como você explica os resultados obtidos na Parte III?

4. Qual a enzima presente na saliva?

5. Planeje um experimento para verificar se essa enzima é degradada com o calor.

6. Quais alimentos que você ingere diariamente e que apresenta amido na sua constituição?

7. Amido em excesso pode engordar?

Page 25: Manual de Biologia Volume 1

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INTRODUÇÃO A vitamina C ajuda as células do organismo, incluindo os ossos, os dentes, as gengivas os ligamentos e os

vasos sanguíneos, a crescer e permanecer sadias. Também ajuda o organismo a responder à infecção e ao estresse,

além de auxiliar a utilização eficiente de ferro. Se o seu organismo não receber quantidades diárias suficientes de

vitamina C, você ficará mais propenso a apresentar esquimoses na pele, sangramento nas gengivas, má cicatrização

das feridas, perda de dentes, dores nas articulações e infecções. Algumas pessoas tomam grandes quantidades de suplementos vitamínicos porque acreditam que podem

evitar algumas doenças, como resfriados. Entretanto, essas suposições não foram comprovadas. Ingerir quantidades

excessivas de vitamina C (mais do que 100mg por dia, aproximadamente) pode causar náuseas, cólicas estomacais,

diarréia e, possivelmente, cálculos renais.

OBJETIVOS

Identificar qualitativamente a presença de vitamina C nos alimentos;

Identificar alimentos ricos e pobres em vitaminas; Orientar a importância de uma alimentação balanceada.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ácido ascórbico (Vitamina C) é um sólido cristalino, de cor branca,

hidrossolúvel. O ácido ascórbico presente em frutas e legumes é destruído por

temperaturas altas por um período prolongado. Também, sofre oxidação

irreversível, perdendo a sua atividade biológica, em alimentos frescos

guardados por longos períodos. A carência desta vitamina provoca a

avitaminose designada por escorbuto. É importante observar que a vitamina C (ácido ascórbico) é

extremamente instável. Ela reage com o oxigênio do ar, com a luz e até mesmo

com a água. Assim que é exposta têm-se início reações químicas que a

destroem, daí o surgimento do gosto ruim no suco pronto. Estima-se que, em

uma hora, quase que a totalidade do conteúdo vitamínico já reagiu e

desapareceu, por isso é importante consumir as frutas ou o suco fresco feito na

hora, deste modo, temos certeza que o teor de vitaminas está garantido.

É também usado na síntese de algumas moléculas que servem como hormônios ou neurotransmissores. Em

gêneros alimentícios é referido pelo número INS 300.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Fontes de vitamina C: sucos de frutas ou

comprimidos efervescentes.

Lugol ou solução de iodo

Água destilada

Farinha de trigo

Tubos de ensaio

Suporte para tubos de ensaio

Pipeta

Béquer

Colher (medida de café)

PROCEDIMENTO

Dissolva uma colher de farinha de trigo em cerca de 15 mL de água destilada. Se necessário aqueça um

pouco a mistura para facilitar a dissolução. Não deixe ferver.

Acrescente à mistura três gotas de lugol. Você deverá obter uma coloração escura que é característica da

reação de amido-lugol.

Adicione dez gotas da mistura em tubos de ensaio distintos.

Acrescente a esses tubos de ensaio dez gotas das amostras a serem testadas. A descoloração da mistura

indica a presença de vitamina C.

Este teste pode ser feito com outros alimentos para que possam ser comparados os resultados obtidos.

PRÁTICA 10: PESQUISA DE VITAMINA C

Page 26: Manual de Biologia Volume 1

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PÓS-LABORATÓRIO

1. Qual a importância da vitamina C na alimentação?

2. As avitaminoses mais frequentes na carência de vitamina C?

3. Quais são os alimentos ricos em vitamina C?

4. Como a vitamina C pode evitar os radicais livres?

Page 27: Manual de Biologia Volume 1

27

INTRODUÇÃO O processo de Osmose pode ser observada em nosso cotidiano em diversas situações como quando, por

exemplo, temperamos uma salada com sal. Neste caso, é adicionado ao meio extracelular, ou seja, fora das células

que compõem os vegetais, uma quantidade de soluto, o sal, o que o torna o meio hipertônico. Com isso, o meio intracelular se torna hipotônico com relação ao meio extracelular e a água encontrada

dentro das células dos vegetais atravessa a membrana plasmática para tornar o meio extracelular isotônico ao meio

intracelular. É por isso que após um tempo do preparo da salada notamos que há o acúmulo de água no recipiente e

que os vegetais ficam murchos.

OBJETIVOS

Identificar o processo e o conceito de osmose;

Reconhecer que a osmose é aplicada para equilibrar a concentração entre os meios.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Osmose é o nome dado ao movimento do solvente entre meios com concentrações diferentes de solutos,

separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico importante na sobrevivência das

células. A osmose pode ser vista como um tipo especial de difusão em seres vivos. O solvente movimenta-se sempre de um meio hipotônico (menos concentrado em soluto) para um meio

hipertônico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de se atingir a mesma concentração em ambos os meios

(isotônicos) através de uma membrana semipermeável, ou seja, uma membrana cujos poros permitem a passagem de

moléculas de água, mas impedem a passagem de soluto.

Este tipo de transporte não apresenta gastos de energia por parte da célula, por isso é considerado um tipo

de transporte passivo. Esse processo está relacionado com a pressão de vapor dos líquidos envolvidos que é regulada

pela quantidade de soluto no solvente. Assim, a osmose pode ajudar a controlar o gradiente de concentração de sais

nas células.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

4 ovos de codorna

Água filtrada

Vinagre branco

Sacarose (açúcar)

Recipiente médio

Recipientes de vidro

Etiquetas

PROCEDIMENTO

Coloque o vinagre no recipiente e mergulhe os ovos, de modo a cobri-los completamente. Deixe-os assim

por cerca de 24 horas ou até a total remoção da casca calcária. Lave-os bem sob água corrente.

Coloque água em dois recipientes de vidro, até cerca da metade da capacidade. Em um deles dissolva a

máxima quantidade possível de açúcar (5 ou 6 colheres de sopa), preparando uma solução altamente

concentrada, viscosa como calda de doce. O outro copo ficará apenas com água. Etiquete os copos,

identificando as soluções que eles contêm.

Coloque dois ovos com a casca calcária removida em cada solução. Observe a forma e a consistência deles

a cada 2 horas. Anote os resultados.

Depois de observar o que ocorre nessa demonstração de osmose, é interessante transferir um dos ovos

murchos da solução de açúcar para o copo de água filtrada, e um dos ovos inchados da água filtrada para a

solução açucarada. Esse procedimento confirma os resultados.

PRÁTICA 11: DEMONSTRANDO A OSMOSE EM OVOS DE CODORNA

Page 28: Manual de Biologia Volume 1

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PÓS-LABORATÓRIO

1. Com relação ao aspecto físico, qual a diferença de um milho verde cozido em água com sal de outro cozido

somente em água? Justifique.

2. Como você pode usar o fenômeno da osmose para a conservação de alimentos?

3. Você acha que peixe de água doce sobrevive em água do mar e vice-versa? Justifique.

4. Do ponto de vista biológico, por que a membrana do ovo tem que ser permeável?

5. Você observou que o ovo sem casca ficou submerso na solução de vinagre e flutuou na solução saturada de

açúcar. Explique o porquê.

6. Informe a reação química para a remoção da casca calcária presente nos ovos de codorna.

Page 29: Manual de Biologia Volume 1

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INTRODUÇÃO É possível que você já tenha ouvido falar que a célula é a unidade fundamental da vida. Isso significa dizer

que para um "ser vivo" possuir vida, no mínimo, ele deverá ser formado por uma célula. No corpo humano há

diferentes tipos de células, e cada tipo, desempenha uma função específica visando a manutenção da vida no

organismo. Quase todas as células possuem características comuns em relação a sua forma, tais como: membrana

plasmática, citoplasma e núcleo. Vale lembrar que estas características estão presentes tanto na célula animal quanto

na vegetal. As células são geralmente muito pequenas e, dificilmente visualizadas a olho nu. Por isso, a observação de

uma célula só foi possível depois da invenção do microscópio.

OBJETIVOS

Observar e classificar as células do epitélio animal;

Identificar as estruturas constituintes da célula animal.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A observação de células vivas, que permite a observação dos movimentos celulares, só é possível ao

microscópio óptico. Para obter boa visualização das pequenas estruturas celulares, é necessário tratar a célula com

corantes (coloração), porém nem todas as estruturas são coradas pelos mesmos corantes, é preciso que haja uma

afinidade. Apenas alguns corantes como o azul de metileno não matam a célula (corantes vitais). Na maioria dos

casos, porém, trabalha-se com células mortas. Para evitar que a célula tenha suas estruturas alteradas quando mortas,

promove-se sua Fixação. Os fixadores matam a célula rapidamente, estabilizando suas estruturas. Para tal, usam-se

agentes químicos como álcool, formol e ácido acético. O material a ser observado deve ser suficientemente fino para

que seja atravessado pela luz ou pelo elétron. Um tecido compacto, como se apresenta o material depois de fixado,

deve ser colocado em parafina (ou outra resina) e fatiado em um aparelho chamado de micrótomo. Logo após,

preparado em lâmina de vidro para microscopia. O estudo da organização celular permite que as células sejam

classificadas em dois tipos reconhecíveis: procarióticas e eucarióticas. Somente as bactérias e algas cianofíceas são

células procarióticas, enquanto todos os demais reinos estão formados por organismos compostos por células

eucarióticas. A principal diferença entre ambos os tipos celulares é que as células procarióticas (do grego karyon,

núcleo) não possuem envoltório nuclear, através do qual ocorrem os intercâmbios nucleocitoplasmáticos.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Azul de metileno Água

Microscópio Lâmina

Lamínula Espátula de madeira

PROCEDIMENTO

Com a espátula de madeira, raspe a parte interna da bochecha.

Esfregue o material colhido no centro da lâmina. Pingue uma gota de água sobre o material.

Cubra o material com uma lamínula e coloque a lâmina no microscópio.

Observe primeiro o material com a objetiva de menor aumento, regulando o foco com o botão do

macrométrico e o botão do micrométrico. Para observar em maior aumento, muda para a objetiva de

aumento subsequentemente maior e ajuste o foco apenas com o botão do micrométrico. Anote os

resultados.

Repita o mesmo procedimento substituindo a água por azul de metileno.

PRÁTICA 12: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS DO EPITÉLIO BUCAL

Page 30: Manual de Biologia Volume 1

30

Desenhe as células observadas e identifique suas partes.

PÓS-LABORATÓRIO 1. Existe diferença na facilidade de observação da célula com corante? Explique. 2. De acordo com sua observação, você classifica a sua célula como eucarionte ou procarionte? Explique. 3. Por que não conseguimos observar todos os componentes celulares? 4. Qual a razão do núcleo ficar mais corado que o citoplasma? 5. È possível observar a membrana citoplasmática? Justifique sua resposta. 6. Qual a importância prática de estudamos as características celulares?

Page 31: Manual de Biologia Volume 1

31

INTRODUÇÃO A água e os sais minerais são indispensáveis à vida da planta. A clorofila é essencial, pois é responsável por

captar energia luminosa, sem a qual a fotossíntese não ocorreria. Mas existe ainda um outro fator necessário à

realização da fotossíntese - o dióxido de carbono. A fotossíntese das plantas é dividida em etapas, uma vez que estamos falando de um processo bastante

complexo, e durante essas etapas existem condições que interferem, prejudicando ou potencializando o processo

fotossintetizante.

OBJETIVOS

Compreender porque as plantas precisam de água e luz do sol para viver;

Conhecer os fatores necessários para que as plantas fabriquem seus alimentos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fotossíntese é basicamente um processo celular pelo qual a maioria dos seres autótrofos produz seu

próprio alimento (substâncias orgânicas) a partir de elementos inorgânicos. A energia para a realização desse

processo vem da luz, tendo como principal fonte o próprio Sol. A energia luminosa solar fica armazenada nas

moléculas de glicídios, e passa a ser utilizada como reserva de nutrientes, fonte de alimento, de energia e de matéria-

prima para a formação de novas estruturas e compostos.

Para se realizar a fotossíntese, a maioria dos seres autótrofos, como as plantas, utilizam como reagente o

gás carbônico, a água na presença de uma substância de cor verde conhecida como clorofila, que tem a capacidade

de absorver a energia luminosa presente na luz solar produzindo oxigênio e glicídios.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Azul de bromotimol Três plantas verdes aquáticas (agrião)

Cogumelos (reino dos fungos, sem clorofila) Água fervida

Água gaseificada Azeite

Tubos de ensaio Suporte para tubos de ensaio

Caixa de papelão

PROCEDIMENTO

Identifique os tubos de ensaio por A, B, C e D.

Coloque no tubo A uma planta e água fervida; no tubo B e D uma planta e água gaseificada e no tubo C os

cogumelos e água gaseificada, sempre de modo a que a água cubra totalmente as plantas e os cogumelos.

Adicione aos quatros tubos 5 gotas de bromotimol e cubra cada um deles com um pouco de azeite, para

isolar o conteúdo dos tubos do ar.

Coloque os tubos A, C e D à luz e o tubo B às escuras, dentro da caixa de papelão.

Aguarde 48 horas e compare os resultados entre as diferentes montagens.

PÓS-LABORATÓRIO 1. O que aconteceu quando foi adicionado as gotas de bromotimol a todas os experimentos? 2. Que conclusões é possível relatar sobre o experimento em cada tubo de ensaio? 3. Por que apenas no tubo D houve alteração de cor? 4. Quais os fatores necessários para que uma planta possa realizar fotossíntese?

PRÁTICA 13: CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A FOTOSSÍNTESE

Page 32: Manual de Biologia Volume 1

32

INTRODUÇÃO Toda vida na Terra é mantida por um fluxo de energia proveniente do sol e que passa pela biosfera. Por

meio do processo fotossintético, a energia radiante é fixada em energia química potencial, utilizada por todos os

componentes da cadeia alimentar para realizar os processos vitais. A radiação é também a fonte primária de energia

para a reposição da matéria orgânica consumida na cadeia alimentar, regulando o balanço hídrico e o balanço de

energia na Terra favorável para a vida dos organismos.

OBJETIVO

Provar a relação da presença de luz e a formação de cloroplastos em organismos vegetais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os cloroplastos são estruturas celulares presentes apenas nos vegetais e responsáveis pela realização da

fotossíntese. Nas células vegetais existem dois tipos de plastídeos: amiloplastos e cromoplastos.

Os amiloplastos são responsáveis pela reserva de amido fabricados pela planta e os cromoplastos são

responsáveis pela coloração nos vegetais como folhas, flores e frutos. Os cloroplastos originam-se de estruturas

denominadas proplastídeos. Essas, para se diferenciarem e se manterem ativas, necessitam da presença de luz. Na

falta desta a síntese de clorofila fica prejudicada e as folhas se tornam pálidas e esbranquiçadas.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Vaso com gerânio Cartolina preta ou papel alumínio

Fita adesiva Tesoura

PROCEDIMENTO

Com a tesoura, corte oito quadrados de cartolina maiores que as folhas de gerânio.

Recorte uma figura no centro de um dos papéis. Por exemplo, um coração.

Coloque o papel cortado com a figura no lado superior da folha e no lado de baixo, o outro papel, deixando

a folha no meio dos dois.

Prenda as bordas dos papéis com fita adesiva.

Repita o procedimento para as outras três folhas.

Coloque a planta em área ensolarada.

Após sete dias, remova com cuidado os papéis, sem danificar as folhas.

Compare a área da folha que ficou coberta com papel com a outra, não coberta.

PÓS-LABORATÓRIO 1. Explique o que você observou. 2. Qual resultado você espera obter se fizer o teste do amido nestas folhas? 3. Estabeleça uma hipótese considerando que o mesmo teste fosse realizado na presença de uma lâmpada? 4. Todas as plantas necessitam da mesma quantidade de luz para sobreviver?

PRÁTICA 14: A IMPORTÂNCIA DA LUZ SOLAR PARA A SÍNTESE DE CLOROFILA

Page 33: Manual de Biologia Volume 1

33

INTRODUÇÃO A osmose ocorre em vários sistemas da natureza. Os seres vivos depararam-se com a osmose desde sua

origem, uma vez que tudo indica que eles surgiram em meio aquoso como sistemas isolados do ambiente por uma

membrana semipermeável. Durante o processo evolutivo os seres vivos desenvolveram não só maneiras de evitar

problemas causados pela osmose (inchação ou dessecamento), como também processos que aproveitam a dinâmica

osmótica nos fenômenos biológicos. Nas células do corpo humano, a osmose é um processo de extrema importância.

A concentração de sais nas células, por exemplo, é controlada pelo sistema de osmose. Como não ocorre gasto de

energia, a osmose é considerada um tipo de transporte passivo.

OBJETIVOS

Entender o mecanismo de transporte de substâncias;

Construir um osmômetro caseiro e realizar avaliações quantitativas sobre a osmose.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Denomina-se osmose à passagem de solvente através de uma membrana semipermeável de uma solução

mais concentrada para uma de menor concentração ou de um solvente puro para uma solução. A osmose ocorre,

portanto a favor do gradiente de concentração do solvente, isto é, do compartimento no qual o solvente está em

maior concentração para aquela em que a concentração do mesmo é menor. Por outro lado, em relação ao soluto, a osmose ocorre do meio menos para o meio mais concentrado, ou

seja, contra o gradiente de concentração do soluto. Se colocarmos uma solução em um recipiente constituído por

uma membrana semipermeável, submergindo-a em um outro recipiente que contem solvente puro, cuidando para

que as superfícies dos líquidos estejam no mesmo nível, ocorre uma passagem do solvente para o interior da

solução, chamado fluxo osmótico.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Açúcar Azul de metileno

Água

Papel celofane Pipeta de 10 mL

Elástico Béquer de 250 mL

Tesoura Suporte universal

Garra

PROCEDIMENTO

Umedeça o papel celofane por 30 minutos.

Arrume-o em forma de saquinho e coloque água, açúcar e algumas gotas de azul de metileno

Amarre a boca do saquinho à pipeta com o elástico.

Coloque o sistema verticalmente, mergulhando o saquinho dentro do béquer com água.

Prenda a pipeta na garra do suporte.

Observe o nível da solução na pipeta no início e a cada 5 minutos.

Anote os valores na tabela.

PRÁTICA 15: OSMÔMETRO – CONSTRUÇÃO E USO.

Page 34: Manual de Biologia Volume 1

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TEMPO NÍVEL

Inicial

Após 5 min

Após 10 min

Após 15 min

Após 20 min

Após 25 min

Após 30 min

PÓS-LABORATÓRIO 1. Que alterações ocorreram no nível do líquido da pipeta durante a experiência? 2. À medida que ocorre o experimento, o que acontece com a pressão osmótica? 3. O que aconteceria ao nível do líquido da pipeta se a solução estivesse no béquer e a água no saquinho? 4. Por que depois de um certo tempo não se observa mais alteração do experimento? 5. Esse mecanismo serve para explicar o transporte de água nos vegetais?

Page 35: Manual de Biologia Volume 1

35

INTRODUÇÃO

No nosso dia a dia ouvimos falar com frequência em algumas classes de proteínas. É o caso das enzimas

que aceleram determinadas reações químicas, dos anticorpos aos quais cabe a tarefa de identificar e eliminar os

agentes invasores (vírus e bactérias) e ainda das hormonais que asseguram a transmissão de informação entre

células.

As proteínas desempenham papel na manutenção, no reparo e no crescimento dos tecidos corporais,

podendo inclusive ser fonte de energia alimentar. Quando as reservas de glicogênio estão reduzidas, a produção de

glicose começa a ser realizada a partir da proteína. Isto acontece muito no exercício prolongado e de resistência.

Consequentemente há uma redução temporária nas "reservas" corporais de proteína muscular e em condições

extremas, pode causar uma redução significativa no tecido magro (perda de massa muscular).

OBJETIVOS

Identificar qualitativamente a quantidade de proteína nos alimentos;

Identificar alimentos ricos e pobres em proteínas;

Orientar a importância de uma alimentação balanceada;

Comparar a identificação de proteínas nas células.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As proteínas são estruturas compostas pela união de diversas moléculas de aminoácidos através de ligações

peptídicas. Todas as proteínas iniciam sua existência no ribossomo como uma sequência linear de resíduos de

aminoácidos. Esse polipeptídeo deve enovelar-se durante e em seguida à síntese, à fim de atingir a sua conformação

nativa. Pequenas alterações no meio em que se localiza a proteína podem resultar em alterações estruturais, que

poderá levar à uma deficiência no seu funcionamento. As proteínas podem ter quatro tipos de estrutura dependendo do tipo de aminoácidos que possui, do

tamanho da cadeia e da configuração espacial da cadeia polipeptídica.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Clara de ovo Solução de hidróxido de sódio

Solução de sulfato de cobre a 10% Água Leite

Amido de milho Farinha de trigo

Tubo de ensaio Suporte para tubo de ensaio

Béquer Pipeta

Bastão de vidro

PROCEDIMENTO

Quebre o ovo cuidadosamente, coloque a clara no béquer e acrescente um pouco de água. Misture bem.

Transfira 1mL dessa mistura para um dos tubos de ensaio. No outro tubo coloque o leite, o amido de milho,

a farinha de trigo dissolvidos em água;

Em cada um dos tubos adicione algumas gotas de hidróxido de sódio e misture. Em seguida, coloque

algumas gotas de sulfato de cobre, misturando novamente;

Se o alimento contiver proteína vai ocorrer uma reação que PIGMENTA a solução de lilás (pouca proteína)

a roxo (muita proteína). Esta reação entre proteína + hidróxido de sódio + sulfato de cobre é chamada

BIURETO.

PRÁTICA 16: IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS

Page 36: Manual de Biologia Volume 1

36

ALIMENTO OCORREU REAÇÃO COLORAÇÃO

LEITE

AMIDO DE MILHO

FARINHA DE TRIGO

CLARA DE OVO

PÓS-LABORATÓRIO

1. O que é um aminoácido?

2. As funções das proteínas?

3. O que é uma ligação peptídica? Como ocorre?

4. Importância das proteínas na alimentação?

5. Cite alguns alimentos ricos em proteínas.

Page 37: Manual de Biologia Volume 1

37

INTRODUÇÃO Proteja-se das micoses! Pois é, quem ainda não sofreu com aquela coceirinha oportunista que surge na pele, nas unhas e até nos

cabelos, causando infecções incômodas e resistentes? Pode parecer estranho, mas esses seres vivos muito comuns e

ao mesmo tempo desconhecidos, apresentam diferenças fundamentais para a ecologia do planeta. Há aqueles que

são extremamente prejudicais para a saúde do homem, provocando inúmeras doenças, existem os que parasitam

vegetais e animais mortos, os que servem para alimento e até aqueles dos quais se pode extrair medicamentos

importantes para o homem, como a penicilina.

OBJETIVOS

Reconhecer as diferentes estruturas corporais de um fungo, bem como sua importância na alimentação, na

produção de medicamentos e os que causam doenças.

Observar a presença de fungos, em alimentos mantidos em ambientes quentes.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Também conhecidos como bolores, mofos, leveduras, cogumelos, os fungos contribuem para o ciclo nos

ecossistemas. São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta (fungos saprofíticos), ou viva (fungos

parasitários). Podem ser unicelulares ou pluricelulares. Alguns são causadores de doenças, venenosos, outros são

comestíveis e utilizados na indústria de alimentos. Alguns vivem em associações de mutualismo. Não sintetizam

clorofila, sua parede celular é formada por quitina.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Fermento biológico

Exemplares de fungos (mofos)

Água com açúcar

Fatia de pão

Laranja

Microscópio

Lupa

Lâminas e Lamínulas

Saco plástico transparente

Pipeta

Papel absorvente

Bastão de vidro

PROCEDIMENTO

PARTE I – PREPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES

Solução de água com açúcar (100 g de açúcar + 1 L de água)

Prepare o fermento biológico (50 g) em água com açúcar (um dia antes), para que os fungos possam se

desenvolver.

PARTE II – PARTE EXPERIMENTAL

Prepare lâminas com amostras do fermento biológico preparado e observe ao microscópio.

Prepare lâminas com os fungos presentes na laranja e no pão (ponha a laranja dentro do saco plástico e

lacre. Umedeça a fatia de pão, coloque-a no saco plástico e amarre-o). Observe as modificações ocorridas.

Com um bastão de vidro colha um pouco de mofo desses materiais e espalhe sobre lâminas de vidro.

Pingue uma gota de água sobre a amostra e cubra-a com uma lamínula. Observe-a ao microscópio.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Para cada material, desenhe o que você viu e tente identificar as partes do mofo.

2. Desenhe o que observou na lâmina do fermento e identifique se o fungo é unicelular ou pluricelular.

PRÁTICA 17: OBSERVANDO FUNGOS

Page 38: Manual de Biologia Volume 1

38

INTRODUÇÃO Os óleos e gorduras fazem parte de um grupo amplo de nutrientes chamado lipídeos. Como os lipídeos

estão presentes em alimentos geralmente mais calóricos, eles devem aparecer em menor quantidade na alimentação,

especialmente na dos que buscam o emagrecimento. O consumo excessivo desses nutrientes é um dos fatores que

contribuem para o desenvolvimento de várias doenças crônicas, inclusive a obesidade. No entanto, quando

consumidos na quantidade certa, os lipídeos não trazem prejuízos e ainda auxiliam no bom funcionamento do

organismo.

São facilmente armazenados e dificilmente consumidos. Isso significa que, quando ingeridos, os lipídeos

são absorvidos e, se não houver gasto energético, são armazenados no tecido adiposo contribuindo para a formação

dos famosos "pneuzinhos" nas regiões da cintura e do quadril. Para complicar a situação, durante a atividade física,

os lipídeos são os últimos a serem utilizados como fonte energética.

OBJETIVO

Identificar a presença de lipídeos (gorduras) nos alimentos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os lipídeos são compostos com estrutura molecular variada, formados por ácidos graxos combinados ao

glicerol. Servem de reserva energética (fonte de energia para os animais hibernantes), atuam como isolante térmico

(mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das células, por exemplo: glicerídeos

(glicerol ligado a ácidos graxos), correspondendo aos óleos vegetais e gorduras animais; cerídeos (álcool de longa

cadeia com ácido graxos); fosfolipídeos (possuem ácido fosfórico e uma molécula nitrogenada, além de glicerol e

ácido graxo); esteróides (álcool com várias cadeias fechadas). São substâncias cuja característica principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em

solventes orgânicos (apolares), apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água. Os lipídios

podem ser classificados em óleos (substâncias insaturadas) e gorduras (substâncias saturadas), encontrados nos

alimentos, tanto de origem vegetal quanto animal.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Alimentos (toucinho, margarina, miolo de

pão, leite desnatado, leite integral, chocolate,

alface, arroz cozido)

Espátula

Pipeta

Papel absorvente

Lápis

Régua

PROCEDIMENTO

Usando a régua e o lápis, quadricule a folha de papel sulfite em oito quadrados iguais.

Anote o nome de cada alimento a ser usado na parte superior de cada um dos quadrados.

Esfregue, em cada quadrado, um dos alimentos pedidos. No caso do leite, pingue 5 gotas.

Deixe o papel ao sol ou próximo de uma lâmpada acesa, para secar.

Observe as manchas deixadas pelos vários tipos de alimentos, mesmo depois de secas.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Como você identificaria a presença de lipídios (gorduras) nos alimentos utilizados neste experimento? Em quais

deles a presença foi observada?

2. Qual é a principal diferença entre o leite integral e o desnatado?

PRÁTICA 18: IDENTIFICAÇÃO DOS LÍPIDEOS

Page 39: Manual de Biologia Volume 1

39

INTRODUÇÃO As bactérias estão entre os menores e mais simples organismos e são, provavelmente, os mais abundantes

do planeta, sendo encontradas em praticamente todos os meios: na terra, na água e no ar, na superfície ou no interior

de organismos, em objetos e nos materiais em decomposição.

Na correria do dia a dia, você nem se dá conta de que está em contato direto com esses organismos, no

trabalho, na escola, no ônibus e até mesmo em casa. Algumas delas são inofensivas, porém, outras podem causar

gripes, diarreias ou doenças mais graves. “Alguns cuidados de higiene podem evitar o problema”.

OBJETIVOS

Reconhecer a morfologia bacteriana;

Coletar bactérias de diferentes locais;

Inocular em meio de cultura e observar o subsequente crescimento das colônias bacterianas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As bactérias são organismos muito pequenos, visíveis somente ao microscópico, medindo em média cerca

de 1µm de diâmetro; são unicelulares apresentando as seguintes formas: Cocos (bactérias que tem a forma redonda),

bacilos (bactérias que tem a forma alongadas), espirilos (bactérias que tem a forma espiraladas) e vibriões (bactérias

que tem a forma parecendo com vírgulas).

Os cocos e mais raramente os bacilos podem formar colônias, o que não acontece com os espirilos e os

vibriões. As colônias de cocos formam arranjos típicos para espécies particulares de bactérias. Esses arranjos podem

ser: Diplococo (dois cocos juntos), Estreptococo (vários cocos dispostos em fileiras), Estafilococos (vários cocos

dispostos em arranjos semelhantes a cachos de uvas), Tétrade (quatro cocos formando um quadro) e Sarcina (vários

cocos dispostos em arranjos cúbicos). Os bacilos são células isoladas, mas raramente em alguns casos podem

ocorrer aos pares, formando diplobacilos (dois bacilos juntos) e Estreptobacilos (bacilos formando cadeias). Nas células bacterianas pode haver externamente à parede celular, uma cápsula formada por substâncias

viscosas produzidas pela própria célula. Essa cápsula atua como envoltório protetor, além de aumentar o poder

infectante nas espécies patogênicas.

No citoplasma das bactérias estão presentes as seguintes organelas: os ribossomos e uma estrutura

membranosa chamada mesossomo, que corresponde simplesmente a uma invaginação da membrana plasmática. Os

mesossomos aumentam a superfície da membrana plasmática e atuam como locais de concentração de enzimas,

principalmente daquelas relacionadas com respiração; além disso, o DNA está, em geral, ligado ao mesossomo.

O DNA bacteriano é uma molécula circular e corresponde ao cromossomo; não existindo carioteca. Além

do DNA principal, há plasmídeos, que podem ser transferidos por conjugação para outras bactérias. A maioria das

bactérias são heterótrofas, obtendo seus alimentos por absorção. Existem, no entanto, bactérias autótrofas, que

produzem seus próprios alimentos por fotossíntese (cianobactérias) ou por quimiossíntese (bactérias nitrosas e

nítricas). Quanto à respiração, podem ser aeróbias ou anaeróbias (obrigatórias ou facultativas). As cianobactérias

possuem clorofila e outros pigmentos responsáveis pela fotossíntese. A reprodução é assexuada, ocorrendo também

conjugação. Em algumas bactérias a formação de esporos ajuda a sobrevivência em condições adversas.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reagentes e Soluções Vidraria e Instrumental

Tablete de caldo de carne

Gelatina incolor

Água

Detergente

Água clorada

Placa de Petri

Etiqueta e Cotonete

Bastão de vidro

Béquer

Luva e Papel toalha

Microscópio

PRÁTICA 19: VERIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO

Page 40: Manual de Biologia Volume 1

40

PROCEDIMENTO

Dissolva a gelatina incolor com água e depois leve ao fogo para dissolver todos os grânulos.

Em seguida misture o conteúdo da gelatina com o caldo de carne dissolvido em três colheres de sopa de

água.

Despeje o conteúdo na placa de Petri até ocupar todo o espaço do fundo.

Passe o cotonete no material contaminado (material de bochecha e de tampa da bacia sanitária) de forma

zigue-zague na placa de Petri etiquetando-a.

Coloque o material preparado na estufa com uma temperatura de 37ºC durante 24 horas e depois observar a

morfologia das colônias.

PÓS-LABORATÓRIO

1. Explique por que as bactérias podem ser cultivadas em meios de cultura (líquidos ou pastas com material

nutritivo) e os vírus não?

2. Se o caldo nutritivo que você usou para fazer a análise demonstrou conter bactérias, significa que você teria

ficado doente se o tivesse ingerido? Explique.

3. Desenhe a morfologia identificando as bactérias observadas.

4. Pesquise e descreva o ciclo reprodutivo das bactérias.

5. Pesquise a forma de preservação de alimentos e os aditivos químicos utilizados para a conservação.

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INTRODUÇÃO

Você já se imaginou com alguma limitação, incapaz de andar ou usar suas mãos? Uma dessas

consequências pode estar associada a problemas nos sistema locomotor. Esse aparelho é formado pelos ossos,

articulações e músculos e é o responsável pela nossa mobilidade. O sistema esquelético é formado por um conjunto de ossos que podem ser de vários tipos (longos, chatos,

curtos e irregulares). Além da sustentação do corpo, os ossos também produzem células do sangue e servem como

reserva de cálcio. Ligados aos músculos por meio de tendões realizam movimentos responsáveis pela nossa

locomoção.

Na união dos ossos existem cartilagens, que são responsáveis por não deixarem que ocorra atrito e eventual

desgaste ósseo. Do esqueleto fazem parte também os ligamentos. Eles são encontrados nas articulações e se

prendem firmemente nos tecidos ósseos. Às vezes pode ocorrer ruptura desses ligamentos, em casos mais graves a

intervenção cirúrgica pode ser necessária.

OBJETIVOS

Compreender a importância do esqueleto humano na sustentação do corpo e proteção dos órgãos;

Identificar a organização do esqueleto humano.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a

fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas

articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.

O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. 2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica,

formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou

posteriores).

MATERIAL NECESSÁRIO

Instrumental

Modelo anatômico do esqueleto humano

Lâmina histológica contendo corte do tecido ósseo

Microscópio

PROCEDIMENTO

Observe a organização do esqueleto humano

PRÁTICA 20: SISTEMA LOCOMOTOR, ESTRUTURA E MOVIMENTO –

O ESQUELETO

Page 42: Manual de Biologia Volume 1

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PÓS-LABORATÓRIO

1. Identifique na figura acima, os principais ossos do esqueleto humano.

Page 43: Manual de Biologia Volume 1

43

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Coordenação da Coleção

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