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Manual de Biossegurança LABS PATOLOGIA CLÍNICA 1999 1

Manual de Biossegurança

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Page 1: Manual de Biossegurança

Manual de Biossegurança

LABS PATOLOGIA CLÍNICA

1999

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Page 2: Manual de Biossegurança

ÍNDICE

1. Objetivos do documento2. Responsabilidades

2.1 Descrição das responsabilidades 3. Vestimenta e equipamentos

3.1 Vestimenta obrigatória para os funcionários da área técnica3.2 Equipamentos de proteção individual

3.3 Equipamentos de proteção coletiva 3.4 Recipientes para descarte de material não contaminado, contaminado ou esterilização de material 3.5 Apoio à biossegurança 3.6 Mapa de risco (segundo a NR5)4. Armazenamento de substâncias5. Disponibilidade, montagem e uso dos Equipamentos de proteção

5.1 Placas indicativas5.2 Jalecos5.3 Luvas5.4 Máscaras e óculos de proteção5.5 Lava-olhos 5.6 Escudo de proteção contra respingos5.7 Kit de primeiros socorros5.8 Kit de desinfeção5.9 Ducha de segurança5.10 Capelas de exaustão e câmaras de fluxo laminar

6 POP de biossegurança: Instruções de trabalho6.1 Controle ambiental

6.1.1 Descontaminação de áreas após derramamento de material biológico ou culturas de microrganismos6.1.2 Descontaminação de pequenas áreas

6.2 Esterilização e descontaminação6.2.1 Procedimentos gerais de descontaminação

6.3 Autoclavação6.3.1 Controle do processo6.3.2 Critérios de aceitabilidade6.3.3 Registro

6.4 Forno Pasteur6.5 Desinfetantes

6.5.1 Desinfetantes líquidos6.6 Segurança biológica de centrífugas

7.0 Manejo do lixo7.1 Tipos de lixo

8 Rotulagem de resíduos do laboratório8.1 Principais resíduos químicos do laboratório

9 Recolhimento e desativação de resíduos do laboratório10 Manipulação de produtos químicos11 Armazenamento e transporte de produtos químicos12 Preparo de soluções12.1 Procedimentos em caso de acidentes com soluções

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13 Incêndios13.1 Equipamentos para controle de incêndios

14 Telefones úteis15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS16– Documentos anexos e legenda dos símbolos

1. Objetivos deste documentoEste documento objetiva garantir a segurança dos trabalhadores, descrevendo as

rotinas de trabalho com um mínimo de risco, esclarecendo os princípios básicos de biossegurança, bem como o correto uso dos Equipamentos de proteção individual (EPIs), além de medidas que evitem os acidentes mais comuns no laboratório clínico.

2. Responsabilidades

Os chefes dos setores, juntamente com a comissão de biossegurança são os responsáveis pela

segurança biológica do laboratório, cabendo a cada funcionários executar as rotinas de acordo

com as normas descritas neste manual, uma vez que segurança é uma responsabilidade de

cada indivíduo.

2.1-Descrição das responsabilidades em biossegurança:

A. Comissão de Biossegurança:1. Preparar o manual de biossegurança, dentro das legislação vigente e suas

revisões quando necessário. 2. Distribuir a todos os setores do laboratório que estejam envolvidos direta ou

indiretamente com rotina que envolva o contato com material clínico. Isto envolve os setores burocráticos uma vez que as visitas aos setores técnicos constitui uma atividade de rotina.

3. Investigar os acidentes e suas causas buscando soluções que minimizem a repetição do mesmo .

4. Coordenar a coleta e descarte de rejeitos. 5. Garantir o treinamento em biossegurança dos funcionários 6. Garantir a realização do programa de biossegurança e o registro de todas as

atividades ligadas à biossegurança.B. Chefe de setor:

1. Verificar e relata à comissão de biossegurança os riscos decorrentes das atividades do seu setor.

2. Assegurar a realização das atividades de biossegurança 3. Treinar o pessoal do seu setor em biossegurança

C. Coordenador de segurança do setor: 1. Cooperar com o chefe do setor na garantia das atividades de biossegurança ,

incluindo treinamento. D. Criação e manutenção da CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE

(ACIDENTES) composta por funcionários de todos os níveis, que deve atender às exigências legais vigentes.

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E. Implantação e manutenção do SESMT - (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho). Sob responsabilidade de um médico do trabalho.F. Implantação e manutenção do PCMSO - (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Sob responsabilidade de um médico do trabalho

F. Implantação e manutenção do PPRA - (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)Sob responsabilidade direta da Comissão de biossegurança.

3. Vestimenta e equipamentos

3.1-Vestimenta obrigatória para funcionários da área técnica: Calça comprida confeccionada em tecido resistente. Calças até os tornozelos, ou acima,

não são admitidas. calçado fechado (sapato ou tênis) blusa com manga curta ou comprida , As bijuterias como brincos, em tamanho e número discretos, podem ser utilizadas durante

o trabalho técnico, entretanto os anéis, pulseiras e relógio devem ser evitados. Maquiagem pode ser utilizada, porém de forma discreta (ex. batom), uma vez que podem

interferir com o resultado de alguns exames (ex. bases, e outras em forma de pó) Cabelos compridos devem estar presos ao manusear equipamentos rotativos ou

manipulação e coleta de material biológico. Homens com barba deverão seguir as mesmas precauções que indicadas para cabelos

compridos.

3.2-Equipamentos de proteção individual (EPIs): Jaleco branco, de manga comprida e com a logomarca da empresa Luvas de látex Luvas plásticas para manipulação de equipamentos não contaminados durante a rotina Luvas em tecidos resistentes para trabalhos em altas temperatura Óculos de proteção Máscara de proteção Protetor de ouvidos Toca para os cabelos Escudo de proteção contra respingos

3.3-Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) Lava olhos Chuveiro Kit de primeiros socorros Extintores de incêndio Capelas de exaustão Câmara de fluxo laminar

3.4-Material para descarte de material não contaminado, contaminado ou esterilização de material Recipiente de lixo plástico Pá plástica

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Lata de lixo de metal com acionamento por pedal Carrinho para transporte de sacos de lixo Frascos contendo solução germicida (germekil ou hipoclorito 2%) Saco plástico autoclavável Saco plástico branco para material contaminado Lâmpadas ultravioleta Autoclaves Forno Pasteur Reservatórios para produtos químicos Frascos para pipetas e ponteiras contaminadas

3.5-Apoio à biossegurança Os setores que apresentarem alguma particularidade nos procedimentos de limpeza devem

apresentar um programa de treinamento aos funcionários da limpeza.

A superfície das bancadas e piso deve ser de material impermeável à água, ácidos, bases,

solventes orgânicos e no mínimo moderadamente termoresistente.

Todos os setores devem apresentar um conjunto de toalhas descartáveis, além de solução

germicida e sabão líquido.

Adesivos associados à Biossegurança, segundo as normas da ABNT.

3.6-Mapa de risco (segundo a NR5)

Um mapa constando das diferentes áreas do laboratório onde deverão estar sinalizados e

potencializados os riscos, tais como: Físico, Químico, Biológico, Mecânico e Ergonômico. 

As áreas deverão ser indicadas com círculos de diferentes cores para um entendimento mais

fácil, conforme indicado abaixo:

 

VERDE: FísicoVERMELHO: QuímicoMARROM: BiológicoAZUL: MecânicoAMARELO: Ergonômico 

1. Agentes Físicos: são representados no ambiente de trabalho através de ruídos,

vibrações, temperaturas anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes,

iluminação e umidade.

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2. Agentes Químicos: por agentes químicos em Higiene do Trabalho, entendem-se

aqueles que quando penetram no organismo podem afetar vários órgãos, causando

alterações em sua estrutura e/ou funcionamento.

3. gentes Biológicos: são microorganismos causadores de doenças com os quais pode o

trabalhador entrar em contato no exercício de diversas atividades profissionais. Como

por exemplo: bactérias, fungos, helmintos, protozoários, vírus, etc.

4. Agentes Mecânicos: o agente mecânico é toda situação de risco que pode gerar

acidentes imediatos.

5. Agentes Ergonômicos: são aqueles relacionados com fatores fisiológicos e

psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Estes fatores podem produzir

alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua

saúde, segurança e produtividade.

Principais fatores: trabalho físico pesado, postura incorreta de trabalho e de

levantamento de peso, posição incômoda, ritmo excessivo, monotonia, trabalho de turnos,

jornadas prolongadas, ansiedade, responsabilidade, desconforto, ocasionando danos à

saúde que podem se manifestar por: hipertensão arterial, úlceras digestivas, doenças

nervosas, além de alteração no sono, problemas de coluna, taquicardia, tensão, ansiedade,

medo, etc. Para evitar que estes agentes afetem as atividades do trabalhador, faz-se

necessário o ajustamento mútuo do homem ao trabalho, que se obtém através da

modernização e higienização dos ambientes de trabalho, da modificação de processos, do

projeto de máquinas e de ferramentas perfeitamente adaptadas e da adoção de ritmos e

posições adequadas ao trabalho e racionalização de trabalho.

 

 4. Armazenamento de substâncias

4.1-combustíveis

Os cilindros de gás devem ser armazenados em local externo, amplo, coberto, naturalmente

ventilado e devidamente protegido.

Os reagentes inflamáveis e combustíveis deverão ser armazenados em local arejado e ao

abrigo da luz. A área de armazenagem deve conter adesivos informando a presença de

substâncias combustíveis.

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4.2-substâncias químicasTodas as substâncias consideradas nocivas deverão ser armazenadas em ambiente

devidamente sinalizado com a simbologia que represente risco. Estas devem estar em

ambientes ventilados e mantidas preferencialmente próximas ao solo para evitar acidentes de

queda sobre o manipulador ao tentar apanhá-la.

5. Disponibilidade, montagem e uso dos Equipamentos de proteção:

O laboratórios deve se responsabilizar pelo fornecimento de EPIs para os funcionários,

bem como garantir a limpeza e/ ou descarte dos mesmos, evitando que não sejam levados para

a casa dos funcionários ou descartados em locais impróprios, o que representa um risco de

difusão de patógenos à comunidade.

5.1-Placas indicativas: Representam a principal ferramenta de educação dos funcionários

e devem estar em todas as partes do laboratório onde uma informação sobre biossegurança

tiver que ser passada.

5.2-Jaleco: Deve ser de uso individual e utilizado em todas as áreas do laboratório que

desenvolvam atividades técnicas, inclusive corredores de acesso a estas áreas. Este deve ser

retirado apenas nas áreas de transição entre os setores técnicos e de apoio.

É proibida a circulação de funcionários com EPIs nos setores não técnicos, bem como

o de funcionários sem jaleco nos corredores e setores técnicos.

O laboratório deve garantir a disponibilidade de jalecos para os visitantes e

funcionários de setores não técnicos que necessitem entrar nos setores técnicos.

5.3-Luvas:

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Page 8: Manual de Biossegurança

* As diferentes luvas disponíveis para os funcionários devem conferir proteção contra

risco biológico, agentes químicos específicos, temperaturas extremas e injúria traumática.

* Quando utilizadas com material biológico ou químico devem ser descartadas em

container para descarte de lixo biológico. As mãos devem ser lavadas após a remoção das

luvas.

* Devem ser retiradas ou uma Segunda luva de proteção deve ser colocada para trabalho

com material não contaminado, como atender o telefone ou utilizar o terminal de computador.

* Ser descontaminada após cada uso e estocada em uma área limpa no caso das luvas

não descartáveis.

TODO MATERIAL BIOLÓGICO, deve ser manipulado com o uso de luvas de

borracha. Isto se aplica mesmo aqueles em recipientes APARENTEMENTE LIMPOS

E SECOS.

5.4-Máscara e óculos de proteção: Devem ser utilizados em todas as atividades que

envolvam a formação de aerossol ou suspensão de partículas ( ex.: pipetagem, centrifugação,

execução de raspados epidérmicos, semeadura de material clínico, etc.).

As mãos deverão ser lavadas freqüentemente durante o dia. Lavá-las sempre que retirar as

luvas, antes de sair do laboratório, antes e após o contato com pacientes , come ou fumar, ou

contato acidental com material biológico.

5.5- Lava-olhos: Devem estar localizados dentro do laboratório e os funcionários treinados

para o uso. Deve ser verificado semanalmente para o correto funcionamento.

Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por no

mínimo 15 minutos.

5.6-Escudo de proteção contra respingos: Devem ser fornecidos para qualquer

funcionário que esteja envolvido em atividades geradoras de aerossol como a abertura de

tubos de sangue.

5.7-Kit de primeiros socorros: Deve estar disponível em todos os setores e constar de

material necessário para tratamentos, como pequenos ferimentos na pele ocorridos na área de

trabalho. Os funcionários devem ser treinados para o uso.

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Page 9: Manual de Biossegurança

5.8-Kit de desinfeção: Deve estar disponível em todos os setores para contenção e

descontaminação em caso de acidentes com material biológico no laboratório. Os

funcionários devem ser treinados para seu uso.

5.9-Ducha de segurança: Deve estar montada dentro da área do laboratório em local de

fácil acesso por todos os setores. O acionamento deve ser fácil para que funcionários mesmo

com os olhos fechados possam acioná-la. Devem ser checadas mensalmente para seu correto

funcionamento.

5.10-Capelas de exaustão e câmaras de fluxo laminar: Devem ser utilizadas para

proteção contra material volátil ou proteção microbiológica respectivamente. As câmaras de

fluxo laminar podem ser utilizadas na proteção do operador ou do material no seu interior

dependendo da rotina efetuada.

6. Quadro de níveis de riscos biológicos

Labs Patologia - Distinção dos níveis de risco biológico associado à rotina de trabalhoNível do

Risco Biológico

(NRB)

NRB-1 NRB-2 NRB-3 NRB-4

A. NÍVEL DE RISCO

GRAU DE RISCO

Baixo: Serviços

burocráticos Cadastro de

exames Preparo de

reagentes não tóxicos

Transporte de material entre os postos

Liberação de resultados

Atendimento

Baixo a moderado: Transporte de

material para análise em bandejas

Autoclavação Técnicas de

coloração Microscopia Calibração de

equipamentos sem cultura de microrganismos

Moderado a alto: Coleta de

espécimes clínicos. Processamento de

espécimes para exames (urinálise, parasitologia, anat. Patol., etc).

Preparo de lâminas para colorações ou microscopia direta, etc)

Centrifugação de sangue, urina, ou outros líquidos biológicos.

preparo de lâminas. Semeadura de

material clínico para cultura

Manipulação de microrganismos ou

Alto risco: Preparo de

soluções corrosivas Manipulação de

culturas de Mycobacterium tuberculosis e demais espécies de Mycobacterias patogênicas

Material sabidamente contaminado com HIV ou HBV

Extração e manipulação de material genético (RNA ou DNA)

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Page 10: Manual de Biossegurança

culturas potencialmente contaminadas

B. PRÁTICAS DE SEGURANÇA1. Acesso de pessoal não Técnico

permitido Não recomendado proibido Proibido

2. Acesso de pessoal de outros setores

permitido Permitido restrito Proibido

3. Sinalização

Alertas de atividades de risco para o setor (proibido fumar, proibido alimentos , proibido uso de EPIs na área não técnica, etc.)Placas indicativas: Saída de

emergência Chuveiro e

lava olhos Delimitação

entre setores técnicos e burocráticos

Área de alimentação

Extintores Lista e

interpretação dos sinais encontrados nas instalações do laboratório

Alertas de risco para o executante (risco biológico, uso de EPIs, material contaminado, etc)Alerta de atividades de risco para o setor (proibido fumar, proibido alimentos , lavar as mão, utilizar EPIs, etc.)

Alertas de risco para o executante (risco biológico, uso de EPIs, material contaminado, etc)Alerta de atividades de risco para o setor (proibido fumar, proibido alimentos, lavar as mão, utilizar EPIs, etc.)

Alertas de risco para o executante (risco biológico, uso de EPIs, material contaminado, etc)Alerta de atividades de risco para o setor (proibido fumar, proibido alimentos, lavar as mão, utilizar EPIs, etc.)

3. origem do risco

Cruzada: mãos e equipamentos contaminados por pessoal dos setores técnicos ou visita a estes setoresAcidentes em geral: Queimaduras, choque elétrico, corte

Frascos e equipamentos contaminados com patógenos de espécimes clínicosAcidentes em geral: Queimaduras, choque elétrico, corte

Frascos, aerossol, perfurações com material biológico ou equipamentos contaminados Acidentes em geral: Queimaduras, choque elétrico, corte

Queimaduras Contaminação Acidentes em geral: Queimaduras, choque elétrico, corte

4. Riscos dos rejeitos

nenhum As bandejas devem ser descontaminadas com solução de hipoclorito de sódio Lâminas usadas devem ser descartadas em solução germicidaAs toalhas de papel ou qualquer lixo resultante desta atividade devem ser autoclavados

Todo o material utilizado deve ser esterilizado por flambagem ou autoclavação ou descartado em solução germicidaOs perfuro-cortantes devem ser descartados na caixa rígida para material conataminado

Todo o material utilizado deve ser esterilizado por flambagem ou autoclavação ou descartado em solução germicidaOs perfuro-cortantes devem ser descartados na caixa rígida para material conataminado

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Page 11: Manual de Biossegurança

Os resíduos químicos devem ser estocados em recipientes fechados e coletados por uma empresa especializada

5. Transporte de lixo biológico

Não realizada

Sacos plásticos para autoclavação dentro de baldes com indicação de material contaminado Jaleco, luvas

Sacos plásticos para autoclavação dentro de baldes com indicação de material contaminado Jaleco, luvas

Sacos plásticos para autoclavação dentro de baldes com indicação de material contaminado Jaleco, luvas

6. pipitarem Não realizadaAuxiliada por equipamento

Auxiliada por equipamento

Auxiliada por equipamento

7. Alimentação ou aplicação de cosméticos

proibida Proibida proibida proibida

8. Minimização de aerossóis

Não necessária Não necessária

Bico de bunsen Câmara de fluxo laminarexaustão

Câmara de fluxo laminarexaustão

C. EPIs NECESSÁRIOS PARA AS ATIVIDADES1. JALECO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO

2. LUVAS Não necessário

Termoresistentes para autoclavação

látex para outras atividades

De látex De látex

3. MÁSCARA Não necessário Não necessário

Somente em atividades com formação de aerossol :semeadura de espécimes para cultura. Preparo de lâminas para coloração pelo Ziehl Nielsen.Processamento de material para exames Manipulação de culturas Centrifugação, etc.

Não necessárioObs: o trabalho será realizado apenas em câmara de fluxo laminar ou capela de exaustão

4. ÓCULOS Não necessário Não necessário

Somente em atividades com formação de aerossol :semeadura de espécimes para cultura. Preparo de lâminas para coloração pelo Ziehl Nielsen.Processamento de material para exames Manipulação de culturas Centrifugação, etc.

Não necessárioObs: o trabalho será realizado apenas em câmara de fluxo laminar ou capela de exaustão

5. Protetor de ouvidos

Não necessário Não necessário Somente no preparo de espécimes onde a centrifugação é

Não necessário

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Page 12: Manual de Biossegurança

empregada D. EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO

1. Bico de bunsen

Não necessário Não necessário

Obrigatório, podendo ser substituído pela câmara de fluxo laminar

Não necessário

2. câmara de fluxo laminar

Não necessário Não necessário Pode ser utilizado, NÃO OBRIGATÓRIO

OBRIGATÓRIO

3. LÂMPADAS ULTRAVIOLETA

Não necessário Não necessárioUSO obrigatório AO FINAL DO DIA - 30 minutos

USO obrigatório AO FINAL DO trabalho - 30 minutos (somente para material contaminado)

5. DESCONTAMINAÇÃO QUÍMICA DA ÁREA

Limpeza diária de rotina

Descontaminação de superfícies após qualquer contato com espécimes clínicos ou culturas com hipoclorito 2%

Limpeza diária com hipoclorito 2% nas bancadas e pisos

Descontaminação após qualquer contato com espécime clínico (equipamentos e superfícies)

Limpeza diária com hipoclorito 2% nas bancadas e pisos

Descontaminação após qualquer contato com espécime clínico (equipamentos e superfícies)

Limpeza diária com hipoclorito 2% nas bancadas e pisos

E. OUTRAS NECESSIDADES

1. TREINAMENTO

Necessário, com registro das atividades

Programa semestral ou após a entrada de um novo funcionário. Com registro das atividades

Programa semestral ou após a entrada de um novo funcionário. Com registro das atividades

Programa semestral ou após a entrada de um novo funcionário. Com registro das atividades

2. vigilância médica

Necessário quando apropriado

Necessário quando apropriado

Necessário quando apropriado

Necessário quando apropriado

3. vacinação (hepatite)

obrigatória obrigatória obrigatória obrigatória

4. acidentes

Comunicar imediatamente ao diretor do laboratório ou médico responsável no momento.Realizar registro do acidente e medida tomada

Comunicar imediatamente ao diretor do laboratório ou médico responsável no momento.Realizar registro do acidente e medida tomada

Comunicar imediatamente ao diretor do laboratório ou médico responsável no momento.Realizar registro do acidente e medida tomada

Comunicar imediatamente ao diretor do laboratório ou médico responsável no momento.Realizar registro do acidente e medida tomada

6.1- Controle ambiental

6.1.1-Descontaminação de área após derramamento de material biológico ou cultura de microrganismos

1. Notifique imediatamente aos demais funcionários do setor.

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Page 13: Manual de Biossegurança

2. Se houver algum risco biológico associado com a liberação do aerossol todos os funcionários devem deixar imediatamente o setor. No setor de microbiologia a área deve ser irradiada por 30 minutos com ultravioleta.

3. Os indivíduos envolvidos no acidente devem verificar suas vestimentas quanto a contaminação com o material. Caso tenha ocorrido, as medidas de descontaminação da roupa devem ser tomadas.

6.1.2-Descontaminação de pequenas áreas

(INSTRUÇÃO PARA DESCONTAMINAÇÃO)

4. Colocar os EPIs necessários.

5. Identificar a área que necessita de descontaminação.

6. Preparar os sacos para descarte de material contaminado

7. Mover-se lenta e cuidadosamente durante o tratamento da área com o descontaminante

próprio (álcool iodado, hipoclorito, glutaraldeído, álcool 70%, germekil, etc.) evitando a

formação de novos aerossóis.

8. Cobrir a área inteira com uma toalha absorvente e deixar o germicida agir por 30

minutos antes de recolher com os fragmentos grosseiros.

9. Colocar o material absorvente nos sacos para descarte e os perfuro cortantes nas caixas

rígidas.

11. Remover as luvas cuidadosamente e descarta-las juntamente com o material

contaminado.

12. Lavar as mãos com água e sabão e solução anti-séptica.

13. Registrar o acidente.

Kit de limpeza Instrução para descontaminação por escrito e em local de fácil visualização EPIs Pá plástica Desinfetantes apropriados (dentro da validade) Toalha de papel absorvente Saco plástico para descarte de material contaminado e caixas rígidas para perfuro

cortantes Documentação

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Page 14: Manual de Biossegurança

6.2 - Esterilização e descontaminação

6.2.1-Procedimentos gerais de descontaminação

Estes procedimentos devem ser seguidos para o descarte de rejeitos:

1. Todo material infeccioso ou equipamento utilizados na rotina do laboratório devem ser

desinfetados antes da lavagem ou de ser jogados no lixo. A autoclavação deve ser o

método de escolha , exceto para todo e qualquer material reaproveitável termolábil ou

produtos oxidantes ou que liberem subprodutos tóxicos quando aquecidos.

2. O material a ser autoclavado deve ser estocado em sacos brancos fechados, com

indicação de MATERIAL CONTAMINADO PARA SER AUTOCLAVADO,

dentro de baldes fechados caso não sejam autoclavados no mesmo dia.

3. Material oxidante como hipoclorito ou outro oxidante forte

não deve ser autoclavado com material orgânico como papel

ou óleo. A combinação destes compostos pode produzir uma

explosão.

4. O material para ser lavado após a autoclavação deve ser estocado em baldes com

tampa com a indicação MATERIAL NÃO INFECCIOSO (PARA SER LAVADO).

6.3-AUTOCLAVAÇÃO

O termo esterilização refere-se à completa eliminação de patógenos, agente biológico

com capacidade de reprodução ou potencial infeccioso. A esterilização é o melhor método de

eliminação do risco biológico. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições

de saúde e pesquisa, assegurando a completa destruição de microrganismos. Este processo

geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob pressão gerando vapor sob uma

pressão de 15 psi, o que ocorre em temperatura de cerca de 121° C por no mínimo 15

minutos. O tempo é medido após a temperatura do material envolvido atingir 121° C.

O fator crítico nesta fase é a garantia que não fique ar preso no interior do autoclave, o

que pode impedir que a temperatura no interior do aparelho atinja os 121 o C . para isto deve

haver um monitoramento da temperatura com um termômetro-manômentro, bem como

controle do processo com uso de um indicador químico ou biológico.

Caso ocorra interrupção no processo de aquecimento durante a marcação do tempo, TODO O PROCESSO deve ser repetido.

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Page 15: Manual de Biossegurança

6.3.1-Controle do processo

O melhor controle para esterilização é o uso de esporos de Bacillus stearothermophilus, que

são incluídos com o material a ser esterilizado dentro do autoclave. Esta cultura pode ser

adquirida comercialmente sendo a apresentação em ampolas com meio de cultivo e indicador

de pH. Após a esterilização as ampolas são incubadas na temperatura adequada e verificadas

para a viragem do indicador, o que indica que houve crescimento microbiano e falha no

processo de autoclavação. Em uma perfeita esterilização não haverá crescimento microbiano

ou viragem do pH.

Os indicadores químicos também podem ser empregados no controle de esterilização

por autoclavação. A fita de autoclave é um exemplo deste indicador. Neste caso o indicador

na fita branca muda para uma cor negra ou cinza, indicando que houve uma autoclavação

eficiente.

Material necessário para a validação do processo.

Um dos processos deve ser utilizado

FITA INDICADORA ou INDICADOR BIOLÓGICO- Para este ultimo ainda são

necessários os seguintes complementos:

1. Ampolas contendo esporos de Bacillus stearothermophilus

2. Incubadora para a cultura

Teste atividade121o C

Sobrevive por Morre em

B. stearothermophilus autoclavação 5 min. 13 min.

Fita indicadora autoclavação

Não muda de cor Em relação

tempo/ temperatura ineficientes

Torna-se escura Em relação

tempo/ temperatura eficientes

121o C /15 minutos

6.3.2-Critérios de aceitabilidade A fita indicadora deve mudar de cor Os esporos não devem crescer após incubação da ampola

6.3.3-Registro Registrar o resultado em uma planilha de controle de esterilização.

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Page 16: Manual de Biossegurança

6.4-Forno Pasteur O uso de esterilização seca (Forno Pasteur) é menos eficiente que a esterilização

pelo vapor do autoclave. A esterilização pelo calor seco é eficiente quando realizada à 160°-

180° C por períodos de 2 à 4 horas. Neste processo o ponto crítico é a composição química de

material que está sendo esterilizado, bem como o arranjo do material no forno. Material

termolábil não deve ser utilizado no processo.

6.5-Descontaminação (Desinfecção)Pode ser definida como a redução da maioria ou eliminação dos microrganismos patogênicos

em uma superfície ou objeto, tornando este objeto incapaz de transmitir doenças.

Fatores que determinam a efetividade de um desinfetante

a) concentração do princípio ativo

b) quantidade de material orgânico no material a ser descontaminado

c) tempo necessário para a ação

d) temperatura e pH

e) nível de contaminação

f) tipo de contaminação envolvida

g) características físicas do material a ser descontaminado

 

6.5.1- Desinfetantes líquidosEstes devem ser estocados nos frascos originais em um ambiente de uso exclusivo do pessoal

de limpeza. Apenas pequenas quantidades devem ser estocadas no ambiente nos setores para

uso rotineiro. As soluções diluídas de acordo com as especificações para uso devem ser

estocadas por um pequeno período, no máximo 48 horas para evitar perda de atividade do

produto. Estes frascos devem conter as especificações do produto, bem como o grau de

toxicidade que este apresenta, além da data de preparo e validade.

1) Álcool etílico 80% Eficiente desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não

é corrosivo.

Evapora rapidamente e é bastante inflamável.

Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico) ou na antisepsia da pele, durante

a coleta de material para análise. Não utilizar em região de mucosas.

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Page 17: Manual de Biossegurança

2) Álcool etílico iodado (álcool etílico 80% + 2% de iodo cristal dissolvido)

Mais eficiente que o álcool etílico puro devido ao efeito halogêneo do iodo. Eficiente

desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não é

corrosivo.

Evapora rapidamente e é bastante inflamável.

Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico). Seu uso deve ser evitado na anti-

sepsia durante a coleta devido à alergia ao iodo apresentada por alguns pacientes.

3) Formaldeido e glutaraldeído

O uso do Formaldeído na descontaminação é ideal a 5% de concentração do gás na água.

Atividades de descontaminação sob refrigeração utilizando formaldeído devem ser evitadas,

pois este ultimo em baixas temperaturas perde atividade. Uma desvantagem do seu uso é o

odor irritante liberado, podendo causar hipersensibilidade. O glutaraldeído é preferível por ser

menos irritante.

EPIs especiais principalmente com proteção para os olhos e aparelho respiratório devem ser

utilizados.

Uso: Descontaminação de pequenos equipamentos, ou superfícies com alto grau de

contaminação. Principalmente em equipamentos metálicos por ser menos corrosivo.

4) Componentes fenólicos

Com odor desagradável e altamente corrosivo, deve ser evitado no laboratório.

Uso: latas de lixo (creolina)

5) Quaternários de amônio

Excelentes desinfetantes, com baixa toxicidade e resíduos corados, bem como liberação de

odores. Apresentam em grande espectro de ação, inclusive contra os bacilos da tuberculose,

esporos bacterianos e fungos

Descontaminação de tubos, lâminas, pipetas e ponteiras, bem como superfícies. Ex.

GERMEKIL

6) Componentes clorados

Amplamente utilizados , apresentam um grande espectro de ação. Pouco ativo em presença

de grandes quantidades de material orgânico. Altamente oxidante e extremamente corrosivo

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Page 18: Manual de Biossegurança

em metais. As soluções diluídas perdem atividade rápido principalmente quando expostas à

luz. Desta forma, os frascos devem ser escuros e as soluções trocadas a cada 24 horas. A água

sanitária, 25 hipoclorito de sódio, é a mais utilizada entre as preparações comerciais.

Uso: Superfícies e chão para a limpeza de rotina. Deve ser utilizada proteção especiais

para os olhos e aparelho respiratório durante a aplicação.

7) Compostos iodados

Utilizados geralmente associados com outros compostos (detergentes, álcool, etc). Deve haver

um cuidado especial com os indivíduos alérgicos.

Uso: Equipamentos e superfícies contaminadas ou na anti-sepsia da pele em pacientes

não alérgicos.

Ex. iodine

6.6 - SEGURANÇA BIOLÓGICA DAS CENTRÍFUGASDevido ao alto índice de acidentes neste aparelho, principalmente a quebra de tubos com espécimes clínicos e conseqüente formação de aerossol que pode expor vários funcionários à agentes infeciosos, as centrífugas merecem uma atenção especial em relação à segurança biológica.

As centrífugas devem ser instaladas em um compartimento isolado, bem ventilado, que deve ser evacuado durante o processo. Caso ocorra um acidente, quebra de tubos, o equipamento deve ser descontaminado com glutaraldeído ou mesmo hipoclorito de sódio.

O que fazer em caso de ACIDENTES NA CENTRÍFUGA:

1- Deixe o aerossol baixar durante 30 minutos.

2- Coloque seus EPIs , luvas, máscara e óculos de proteção.

3- Descontamine o suporte da centrífuga com glutaraldeído ou

hipoclorito (água sanitária), álcool iodado ou lizoforme por no mínimo 15minutos.

4- Retire os demais tubos da centrífuga e descontamine a parte interna do

equipamento com uma gaze embebida em uma das soluções germicidas descritas

acima.

5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para perfuro-cortantes.

6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que seja providenciada uma

nova amostra.

7.0 – Manejo do lixo O lixo do laboratório é dividido em: Não contaminado, contaminado e lixo químico.

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Page 19: Manual de Biossegurança

Todo o lixo contaminado gerado pelo laboratório deve ser esterilizado antes do descarte. A

coleta deverá ser efetuada por uma empresa especializada em lixo hospitalar que possua

contrato de serviço com o laboratório (Koleta –Serviços Técnicos LTDA. Processo em

anexo).

7.1 -Tipos de Lixo:

1. Lixo patológico- Tecidos humanos ou partes do corpo removidas durante cirurgias

incluindo material de obstetrícia, autópsias e de procedimentos laboratoriais. Este tipo de lixo

deve ser incinerado ou autoclavado e enviado para uma área de descarte de lixo hospitalar

regulamentada.

2. Lixo Biológico – Sangue e produtos sangüíneos, exsudatos, secreções, aspirados , fezes e

outros fluidos corporais que NÃO devem ser descartados diretamente no sistema de

esgoto. Este tipo de lixo DEVE ser tratado de forma que se transforme em um lixo que não

ofereça risco ambiental. O principal tratamento é a AUTOCLAVAÇÃO 121 oC/ 35 min.

3. Culturas e estoque de agentes infecciosos – Culturas microbianas, equipamentos

utilizados para manipulação de culturas (ponteiras, alças, agulhas, etc.). Estes devem ser

colocados em sacos plásticos branco com a indicação de lixo biológico com o símbolo de

RISCO BIOLÓGICO e autoclavados antes do descarte.

4. Pérfuro-cortantes (contaminados ou não) – Qualquer material capaz de causar

perfurações ou cortes na pele. Entre estes incluem-se agulhas de seringas, pipetase tubos

quebrados. Estes deverão ser descartados em uma caixa rígida AMARELA que devera ser

autoclavada antes do descarte, (em caso de material contaminado).

5. Equipamentos e aparelhos utilizados nos exames- Estes só poderão deixar o laboratório

após sofrerem uma rígida descontaminação a fim de minimizar os riscos de contaminação do

pessoal de transporte e manutenção.

6. Resíduos líquidos combustíveis contaminados- Estes devem ser mantidos em um

reservatório fechado e recolhido por uma empresa especializada.

8.0- ROTULAGEM DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIO: Material contaminado- Devem ser coletados, entre eles: os resíduos sólidos, luvas contaminadas, papéis, etc, em sacos plásticos brancos com O SÍMBOLO DE RISCO BIOLÓGICO, que indica material contaminado. Em caso de necessidade de estocagem antes da autoclavação, estes devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação de lixo contaminado não autoclavado.

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Page 20: Manual de Biossegurança

Material não contaminado- Coletar em sacos plásticos de cor preta e depositar em latas de lixo, com a indicação de LIXO COMUM.

Material pérfuro-cortante contaminado - Coletar os resíduos utilizando os EPIs necessários e depositar caixas rígidas (cor amarela) própria para este tipo de material. Esta deve ser autoclavada e enviada para descarte por uma empresa especializada.

Líquidos - devem conter a descrição da natureza de solutos e solventes e concentrações. Também descrever a quantidade de água presente. Procure ser o mais exato possível nas descrições.

INDICAÇÃO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS: todos devem ser devidamente indicados com sinais de acordo com as normas da ABNT.

1. Resíduo COM POTENCIAL fonte de igniçãoUm líquido que tenha o ponto de fulgor de menos que 140ºC. Um sólido capaz de causar fogo por fricção ou absorção de umidade ou que sofre mudanças químicas espontâneas que resultem em queima vigorosa e persistente.

2. Resíduos corrosivosSoluções aquosas de pH menor ou igual a 2 ou maior ou igual a 12,5

3. Resíduos reativosSoluções aquosas de materiais instáveis que sofram mudanças químicas violentas sem detonação, possam reagir violentamente com água formando misturas potencialmente explosivas ou que possam gerar gases perigosos ou possivelmente letais.

4. Resíduo tóxicoResíduo que contém um dos seus componentes em concentrações iguais ou maiores que os valores das tabelas de concentração máxima de resíduos tóxicos.

5. Resíduos de processosUtilizado para aqueles resíduos que em virtude de algum uso, processo ou procedimento, não atende as especificações originais do fabricante. Ex.: produtos diluídos, misturas reacionais.

Observações importantesUm produto comercial (nunca processado) deve ser descartado no frasco original. Ex.: pequenos frascos de reagentes antigos nunca utilizados ou com a validade vencida.

8.1-Principais resíduos químicos no laboratório

1. Soluções de formol ou formaldeído:Soluções diluídas devem ser estocadas em recipentes fechados para posterior coleta para uma empresa especializada. O formaldeído é um agente suspeito de provocar câncer com baixos índices de exposição permitida e poucos sintomas de advertência.

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Page 21: Manual de Biossegurança

2. Soluções de brometo de etídioSoluções muito diluídas podem ser descartadas nas linha de esgoto especiais. A concentração máxima para a execução destes procedimentos é de 5 ppm. Não dilua soluções propositadamente para atingir este valor. Estas soluções são mutagênicas em altas concentrações.

3. Líquidos que sejam fontes de ignição e solventes orgânicosManter separados solventes halogenados de solvente não-halogenados se possível. Separe os solventes orgânicos de soluções aquosas quando possível.Mantenha os solventes acidificados separados de outros solventes e resíduos ácidos.

4. Ácidos, bases e soluções aquosasNão misturar ácidos inorgânicos fortes ou oxidantes com compostos orgânicos. Manter ácidos, bases e soluções aquosas contendo metais pesados separados de outros resíduos.Evite misturar ácidos e bases concentradas num mesmo recipiente.

5. Soluções contendo mercúrioMantenha estes resíduos separados de todos os outros

6. Materiais corrosivosO piso dos locais de manipulação de produtos corrosivos deve ser conservado o mais seco

possível.

Quando diluir ácidos com água, este deverá ser adicionado à água, lentamente, agitando

continuamente a mistura; a água nunca deverá ser adicionada ao ácido.

O derrame ou escape de líquidos corrosivos não deve ser absorvido por meio de serragem,

estopas, pedaços de pano ou outro material orgânico. Deve-se neutralizar com cal ou absorvê-

lo com granulado absorvente.

Em caso de contato físico, deve-se lavar abundantemente com água corrente e procurar

imediatamente socorro médico.

 

7. Peróxidos

O uso de peróxidos deve ser limitado à quantidade mínima necessária. Qualquer respingo

deve ser imediatamente limpo. Espátulas de metal não devem ser usadas para manusear

peróxidos; e sim, de madeira ou cerâmica. Evitar fontes de calor. Soluções de peróxidos

devem ser armazenadas em frascos de polietileno com tampa esmerilhadas, jamais frascos de

vidro. Evitar qualquer tipo de impacto tais como, moagem, fricção, etc..

Para minimizar a decomposição, os peróxidos devem ser estocados em temperaturas baixas,

de acordo com a sua solubilidade e ponto de congelamento.

  

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Page 22: Manual de Biossegurança

9.0-RECOLHIMENTO E DESATIVAÇÃO DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIOA finalidade destas indicações é transformar produtos químicos ativados em derivados

inócuos para permitir o recolhimento e eliminação segura.

Todos os trabalhos devem ser executados por pessoal habilitado com o uso EPIs adequados

para cada finalidade. Esta inativação deve ser feita em escala reduzida.

Métodos de eliminação e desativação

Soluções aquosas de ácidos orgânicos: São neutralizadas cuidadosamente com bicarbonato

de sódio ou hidróxido de sódio

Ácidos inorgânicos: São diluídos em processo normal ou em alguns casos sob agitação em

capela adicionando-se água. A seguir neutraliza-se com solução de hidróxido de sódio. Bases

inorgânicas: São diluídas como ácidos e neutralizadas com ácido sulfúrico.

     

10.0-MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOSRotulagemTodos os frascos, originais do produto ou não, devem conter um rótulo com as seguintes informações:

Nome do produtoQuem preparou Concentração Cuidados Data do preparo Data da validadeCondições de estocagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTESA) Ao reutilizar um frasco vazio certifique-se de que a etiqueta original foi complemente

retirada antes de colocar a nova etiqueta. B) Quando encontrar uma embalagem sem rótulo de identificação, descarte o produto. 

11- Armazenamento

Ao armazenar substâncias químicas, considerar:

Incompatibilidades entre os materiais armazenados, principalmente nos almoxarifados. Sistema de ventilação. Sinalização correta. Disponibilidade de EPIS e EPCs. Área administrativa separada da área técnica e da armazenagem.

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Page 23: Manual de Biossegurança

Produtos Químicos Incompatíveis

Substâncias Estocagem Incompatível com:Acetileno Cloro, bromo, flúor, cobre, prata, mercúrio

Ácido AcéticoÓxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido perclórico, peróxidos, permanganato, ácido acético, anilina, líquidos e gases combustíveis.

Ácido Nítrico Ácido acético, anilina, líquido e gases combustíveisÁcido Oxálico Prata, sais de mercúrio

Ácido PerclóricoAnidrido acético, álcoois, papel, madeira, clorato de potássio, perclorato de potássio

Amoníaco Mercúrio, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo

Amônio NitratoÁcidos, metais em pó, substâncias orgânicas ou combustíveis finamente divididos

Anilina Ácido nítrico, peróxido de hidrogênioCarvão Ativo Hipoclorito de cálcio, oxidantesCianetos ÁcidosCloratos Sais de amônio, ácidos, metais em pó, enxofreCobre Acetileno, peróxido de hidrogênioCromo IV Óxido Ácido acético, naftaleno, glicerina, líquidos combustíveis.Hidrocarbonetos Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódioHidrogênio Peróxido Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias combustíveis

Líquidos inflamáveisNitrato de amônio, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio, halogêneos

Mercúrio Acetileno, amoníacoMetais Alcalinos Água, tetracloreto de carbono, halogêneosPermanganato de Potássio

Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico

11.1 - TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

É proibido o transporte de material de risco (inflamáveis, explosivos, tóxicos, irritantes

e corrosivos), em motocicletas. O transporte destes produtos deverá ser efetuada apenas em

carros de carroceiria fechada estando o produto devidamente acondicionado e claramente

identificado quanto ao risco que representa (vide informação no rótulo do produto).

Alguns produtos incluídos nesta categoria e freqüentemente transportados por nossos

funcionários:

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Page 24: Manual de Biossegurança

Álcool (etanol, metanol)

Ácidos (clorídrico, acético, sulfúrico, etc.)

Formaldeído

Gás combustível (comercial)

Hipoclorito

Xilol

Solventes orgânicos

Frascos para coleta de urina de 24 horas com conservante

Nos casos em que o risco da substância não for identificado , favor contactar o setor

de Qualidade- Biossegurança da Patologia (ramal 2121 - Marco Miguel, Márcio, Nilson,

Valéria Lessa ou Pedro Ventura).

12-Preparo de Soluções Fazer uma leitura prévia das características da substância que está manuseando. Utilizar sempre, EPI específico. A vidraria utilizada no preparo de soluções deve ser de boa qualidade, de preferência de

vidro boro-silicato. Usar sempre, bastão com proteção de borracha, teflon ou plástico, para evitar trincar o

vidro. Não usar vidraria que esteja trincada, lascada ou corroída. Nunca pipetar substâncias químicas com a boca Usar peras de borracha ou pipetadores automáticos.

 

2.1-Procedimentos em caso de acidente com soluções: Como as substâncias apresentam diferentes propriedades, a metodologia de primeiros

socorros e descontaminação da área deverão ser realizadas de acordo com a substância

envolvida e as instruções do fabricante contidas no rótulo.

13-INCÊNDIOS

Como evitá-los:

uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas na "normas básicas

para uso de equipamento elétrico".

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Page 25: Manual de Biossegurança

bujões de gás devem ser armazenados em local bem ventilado na área externa do prédio.

Atenção com substâncias potencialmente inflamáveis na hora de utilizar o fogo.

Estocar substâncias potencialmente inflamáveis longe de fontes de calor ou tomadas.

anutenção do bom estado da parte elétrica do prédio.

Manutenção de funcionários que garantam a segurança do prédio, vigias, durante os fins de

semana e feriados.

13.1-EQUIPAMENTO PARA CONTROLAR INCÊNDIO

Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade

(extintores a gás CO2) e para papéis (extintores de água comprimida) devem estar

disponíveis. Em Ambientes que utilizam muito equipamento elétrico deve-se ter maior

número de extintores para eletricidade enquanto aqueles em que o número de produtos

químicos for muito grande devem conter extintores PQS em número suficiente. Os dois

podem ser utilizado em ambos os casos mas com meno do extintor devem ser guardados

em local livre e não distantes mais do que a 1 metro do piso e devidamente sinalizados.

Os extintores devem estar com a carga válida e devem estar a disposição em local acessível a

todos. Recomenda-se em locais com maior periculosidade que haja uma extintor a cada 10m.

Também é recomendável dentro de laboratórios que contenham muitos solventes ou eqos

elétricos.

Deve existir no laboratório uma dio treinada por órgão oficial.

Utilizesempre o extintor de incêndio adequado:

Pressão de água papel

CO2 - eletricidade ( pode ser utilizado c/ menor eficiência para material químico).

PQS - material inflamável (pode ser utilizado c/menor eficiência p/eletricidade).

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Page 26: Manual de Biossegurança

OUTRAS ATIVIDADES QUE DEVEM SER REALIZADAS:

Fechar e remover o bujão de gás, quando possível.

Remover todos os produtos inflamáveis, quando possível.

Fechar janelas e portas, quando possível.

Incêndio de pequeno porte- Seguir corretamente as instruções de uso do extintor que devem ser alocados em

local livre e não distantes mais do que a 1 metro do piso e devidamente sinalizados.

- Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para recarregamento.

Precauções em caso de incêndio de grande porte- Manter a calma e dar o alarme.

- Desligar imediatamente a capela e fechar as saídas de gás.

- Fazer a evacuação com calma.

- Em caso de fumaça, ande o mais rente possível do piso.

14. Telefones úteis

Internos - setores de: Telefone

Diretoria:

Médicos de plantão:

Roger Levy

Maria Clara Porto

Marcos Birro

Vera Cuoco

Coordenação da Biossegurança

Marco Antônio Lemos Miguel: 9124-6719

Manutenção Ramal 2156

Ramal 2157

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Page 27: Manual de Biossegurança

Externos

Bombeiros 193

Polícia 190

Defesa Civil 199

Hospitais próximos:

(Zona Sul) H. M. Miguel Couto - Botafogo

(Centro) H. M. Souza Aguiar - Centro

(Norte) H. E. Getúlio Vargas - Penha

(Norte) H. M. Salgado Filho - Meier

(Oeste) H. E. Carlos Chagas - Mal. Hermes

274-6050

296-4114

270-7772

201-9112

390-0123

Ministério da Saúde - Instituto Nacional de Controle de Qualidade

em Saúde - INCQS

290-0392

280-1590

Informações sobre AIDS - Hospital Evando Chagas 260-9749

Centro de controle de intoxicações 290-3344

Luz e Força

Lig-Light

CEDAE

CEG (gás)

196

120

195

197

15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- M. M. de Souza. 1998. Biossegurança no laboratório clínica. Ed. Eventos2- CDC/NIH- Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories3- Manuais de Legislação Atlas; 39a edição. 1998. Volume 16: Segurança e Medicina do

Trabalho. 4- WHO-Laboratory Biosafety Manual. Geneve, 1994.5- International Organization for Standartization ISO/TC 212/WG

1, Quality management in the Clinical Laboratory

16 – Documentos anexos e legenda dos símbolos

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