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  Inventário Florestal Nacional  Br asil Manual de Campo Procedimentos para coleta de dados biofísicos e socioambientais Brasília-DF maio/2012

Manual de Campo

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O presente manual foi redigido para servir como referência para as equipes de campo durante a coleta de dados biofísicos e socioambientais. Ele foi organizado para possibilitar uma visão geral e abrangente, mas também detalhada dos diferentes aspectos e etapas dos trabalhos em campo. Além de ter sido idealizado para ter formato de fácil manuseio e transporte, a sua organização levou em conta a facilidade de acesso rápido às informações em diferentes níveis, e a facilidade na organização dos trabalhos de campo.

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  • Inventrio Florestal Nacional Brasil

    Manual de Campo

    Procedimentos para coleta de dados biofsicos e socioambientais

    Braslia-DF

    maio/2012

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    Contato:

    Servio Florestal Brasileiro - Gerncia Executiva de Informaes Florestais

    SCEN, AV, L4, Trecho 2, Bloco H,

    Braslia-DF, CEP 70818-900

    www.florestal.gov.br

    [email protected]

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    Sumrio

    1 VISO GERAL SOBRE A COLETA DE DADOS EM CAMPO ............................................... 6

    1.1 INTRODUO ............................................................................................................................ 6

    1.2 SOBRE O MANUAL .................................................................................................................... 6

    1.3 SISTEMA DE AMOSTRAGEM DO IFN ........................................................................................... 6

    1.4 ASPECTOS IMPORTANTES PARA A COMPREENSO DOS TRABALHOS DE COLETAS DE CAMPO ......... 8

    1.4.1 Pontos de Referncia Para Atividades de Campo ....................................................... 8

    1.4.2 Formulrios de Campo.................................................................................................. 9

    2 ETAPAS PREPARATRIAS PARA INSTALAO DA UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO ........................................................................................................................................11

    2.1 INTRODUO .......................................................................................................................... 11

    2.2 COMPOSIO DA EQUIPE, FUNES E ATRIBUIES DE SEUS MEMBROS ................................. 11

    2.3 INFORMAES POPULAO E S AUTORIDADES REGIONAIS .................................................. 14

    2.4 AUTORIZAO PRVIA PARA ACESSAR A UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO ............................ 14

    2.5 ANOTAES GERAIS .............................................................................................................. 14

    2.6 AVALIAO DO PONTO DE ORIGEM .......................................................................................... 15

    2.7 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS .................................................................................................. 15

    2.8 PLANEJAMENTO PARA O ACESSO A UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO .................................... 16

    2.9 DESLOCAMENTO DO PONTO DE ORIGEM AT A UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO .................... 17

    2.9.1 Croqui de Acesso ao Ponto Central da Unidade Amostral de Registro ..................... 17

    3 COLETA DE DADOS .............................................................................................................17

    3.1 INTRODUO .......................................................................................................................... 17

    3.2 PROCEDIMENTOS GERAIS ....................................................................................................... 18

    3.3 AVALIAO DO LOCAL QUANTO POSSIBILIDADE DE INSTALAO DA UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO ..................................................................................................................................... 18

    3.4 DETERMINAO GERAL DA CLASSE DE COBERTURA/USO DA TERRA ......................................... 19

    3.4.1 Unidade Amostral de Registro localizada total ou parcialmente em rea com floresta ou em rea sem floresta, mas com rvores fora da floresta ............................................... 19

    3.4.2 Unidade Amostral de Registro localizada totalmente em rea sem floresta (agricultura, pastagem, reflorestamento, vegetao natural rasteira) ................................. 20

    3.5 INSTALAO DA CRUZETA E DA BARRA DE METAL NO PONTO CENTRAL DA UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO ..................................................................................................................................... 20

    3.5.1 Impossibilidade de fixar a Barra Central no Local das Coordenadas Indicadas ........ 21

    3.6 AVALIAO DA COBERTURA DE COPAS .................................................................................... 21

    3.7 POSIO FISIOGRFICA .......................................................................................................... 21

    3.8 AVALIAO DA NECROMASSA E SERRAPILHEIRA....................................................................... 21

    3.8.1 Coleta de Dados da Necromassa ............................................................................... 22

    3.8.2 Coleta de Dados de Serrapilheira ............................................................................... 23

    3.9 COLETA DE AMOSTRAS DE SOLO ............................................................................................. 23

    3.9.1 Coleta de Solos com Trado (trado de 20 cm e 3 polegadas) ..................................... 23

    3.9.2 Coleta de Solos Via Abertura de Micro-perfis ............................................................. 24

    3.10 AVALIAO DA REA POTENCIAL PARA DELIMITAO DA SUBUNIDADE ............................. 26

    3.10.1 Subunidade em rea Com Floresta.......................................................................... 26

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    3.10.2 Subunidade em rea Sem Floresta .......................................................................... 26

    3.11 PROCEDIMENTOS PARA DELIMITAO DAS SUBUNIDADES E SUB PARCELAS .................... 27

    3.11.1 Correo da declividade longitudinal da subunidade ............................................... 27

    3.11.2 Instalao das sub parcelas 10m x 10m, 5m x 5m e 1m x 5m ................................. 29

    3.12 DETERMINAO DE CLASSE DE COBERTURA/USO DA TERRA DENTRO DAS SUBUNIDADES 30

    3.12.1 Cobertura vegetal nativa da subunidade ................................................................. 30

    3.12.2 Uso do solo da parcela de 10 x 10m ........................................................................ 31

    3.13 PROCEDIMENTOS PARA A MEDIO E IDENTIFICAO DOS INDIVDUOS NAS SUBUNIDADES32

    3.13.1 Procedimentos Gerais............................................................................................... 32

    3.13.2 Procedimentos Quanto a Medio de rvores nos Limites das Subunidades e das Sub Parcelas ........................................................................................................................ 33

    3.13.3 Procedimentos Para Determinao do Nmero de Fustes ...................................... 34

    3.13.4 Procedimentos Para Medio de Dimetro a Altura do Peito (DAP) ....................... 34

    3.13.5 Procedimentos Para Determinao da Sanidade do Fuste ..................................... 35

    3.13.6 Procedimentos Para Determinao da Qualidade do Fuste .................................... 35

    3.13.7 Procedimentos Para Determinao da Posio Sociolgica ................................... 35

    3.13.8 Procedimentos Para Levantamento de rvores Fora-da-Floresta (AFF) ................. 36

    3.13.9 Procedimentos Para Medio de Alturas ................................................................. 36

    3.13.10 Procedimentos Para Determinao da Presena de Lianas .................................. 42

    3.13.11 Procedimentos Para Determinao de rvores Mortas ......................................... 42

    3.13.12 Procedimentos Para Determinao da Quantidade de Tocos Recm Cortados ... 42

    3.13.13 Procedimentos Para Levantamento de Palmeiras ................................................. 42

    3.13.14 Procedimento para levantamento de Epfitas ......................................................... 42

    3.13.15 Procedimentos Para Levantamento de Bambus .................................................... 43

    3.13.16 Levantamento de Bromeliaceae e Cactaceae ........................................................ 43

    3.13.17 Procedimentos Para Avaliao da Regenerao Natural ...................................... 44

    3.13.18 Procedimentos Para Levantamento de Herbceas ................................................ 44

    3.14 AVALIAO GERAL DA UAR ........................................................................................... 44

    3.15 COLETAS, HERBORIZAO E IDENTIFICAO DAS ESPCIES ............................................ 45

    3.15.1 Procedimentos Gerais............................................................................................... 45

    3.15.2 Como Coletar ............................................................................................................ 45

    3.15.3 Procedimentos de Coleta e Registro de Material Botnico Arbreo ........................ 46

    3.15.4 Procedimentos Para Coleta de Bambu..................................................................... 46

    3.15.5 Procedimentos Para Coleta de Amostras de Regenerao Natural ........................ 46

    3.15.6 Procedimentos Para Coleta de Amostras de Herbceas ......................................... 47

    3.15.7 Procedimentos de Herborizao ............................................................................... 47

    3.15.8 Procedimentos Para Envio ao Herbrio.................................................................... 48

    4 COLETA DE DADOS SOCIOAMBIENTAIS ..........................................................................48

    4.1 INTRODUO .......................................................................................................................... 48

    4.2 PROCEDIMENTOS GERAIS ....................................................................................................... 48

    4.3 RECOMENDAES .................................................................................................................. 50

    5 CDIGO DE CONDUTA DO TRABALHADOR FLORESTAL ..............................................51

    6 SEGURANA, MEIO AMBIENTE E SADE NO TRABALHO .............................................51

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    6.1 SEGURANA, MEIO AMBIENTE E SADE ................................................................................... 51

    6.1.1 Segurana no Trabalho de Campo ............................................................................. 51

    6.1.2 Segurana nos rios ..................................................................................................... 52

    6.1.3 Segurana nas estradas ............................................................................................. 53

    6.1.4 Equipamentos de Proteo Individual (EPI) ............................................................... 56

    6.1.5 Equipamentos de Identificao Individual................................................................... 57

    6.1.6 Preveno de doenas ............................................................................................... 57

    6.1.7 Preveno de danos ao Meio Ambiente ..................................................................... 58

    6.2 PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................................................... 58

    6.2.1 Como Fazer a Avaliao Inicial .................................................................................. 59

    6.2.2 Kit Primeiros Socorros ................................................................................................ 62

    6.3 REGISTROS FOTOGRFICOS .................................................................................................... 62

    6.3.1 Fotografias obrigatrias .............................................................................................. 62

    6.3.2 Configuraes da mquina ......................................................................................... 63

    6.3.3 Renomear as imagens ................................................................................................ 63

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    1 VISO GERAL SOBRE A COLETA DE DADOS EM CAMPO

    1.1 Introduo

    A coleta de dados em campo a fase mais importante do Inventrio Florestal Nacional, pois onde se despende o maior volume de recursos financeiros e humanos e de tempo, e quando ser constituda a base para a gerao de todas as informaes que sero produzidas. Sendo um projeto em nvel nacional, a adoo de uma metodologia nica para a coleta dos dados em todo o Pas fundamental para permitir a produo de estatsticas nacionais.

    Portanto, as equipes de campo devem estar muito bem preparadas para os trabalhos que iro desenvolver, pois cada dado coletado deve seguir rigorosamente a metodologia pr-estabelecida para a sua coleta. Por essa razo, foi produzido este Manual de Campo, que visa dar subsdios s equipes de campo para que executem o trabalho com qualidade e eficincia.

    1.2 Sobre o Manual

    O presente manual foi redigido para servir como referncia para as equipes de campo durante a coleta de dados biofsicos e socioambientais. Ele foi organizado para possibilitar uma viso geral e abrangente, mas tambm detalhada dos diferentes aspectos e etapas dos trabalhos em campo. Alm de ter sido idealizado para ter formato de fcil manuseio e transporte, a sua organizao levou em conta a facilidade de acesso rpido s informaes em diferentes nveis, e a facilidade na organizao dos trabalhos de campo.

    O manual est organizado em sees que abrangem instrues para o planejamento e preparao das equipes; informaes sobre a coleta de dados organizados de forma compatvel com a execuo das tarefas; descrio detalhada dos procedimentos mais complexos e especficos e; tambm um conjunto de informaes auxiliares para consulta pelos membros da equipe.

    A leitura e consulta regular do manual por todos os membros da equipe de campo essencial para o conhecimento e o domnio da metodologia. responsabilidade de cada componente da equipe executar as tarefas de campo em conformidade plena com este manual, para que a qualidade dos trabalhos possa ser comprovada.

    1.3 Sistema de Amostragem do IFN

    O processo de amostragem do IFN para a coleta de dados em campo leva em conta a abordagem temporal, com repetio total da medio nas Unidades Amostrais de Registro em cada ocasio em um ciclo proposto de cinco anos, com distribuio sistemtica das Unidades Amostrais de Registro (UAR), segundo uma grade nacional estabelecida pelo Servio Florestal Brasileiro. A intensidade de amostragem do inventrio definida pela distncia entre os pontos da Grade Nacional de Pontos Amostrais (GNPA) do IFN sobre um determinado territrio, o que determina o nmero de UARs a serem visitados, podendo variar segundo os objetivos de aplicao do IFN. A GNPA do Inventrio Florestal Nacional consiste de pontos equidistantes em 20 km (Figura 1) entre si, denominada grade 20 Km x 20 Km. O adensamento da grade pode ser necessrio para aplicaes especiais, visando

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    representatividade das diferentes fitofisionomias conforme o interesse e estratgias regionais, podendo ser utilizadas grades de 10 km x 10 km, 5 km x 5 km ou 2,5 Km x 2,5 Km. Cada UAR deve ser localizada e materializada conforme os procedimentos descritos neste manual

    Figura 1: Representao esquemtica da Grade Nacional de Pontos Amostrais (GNPA) ilustrando a distribuio das Unidades Amostrais de Registro para coleta de dados biofsicos do IFN.

    O mtodo de amostragem o de rea Fixa, utilizando conglomerados compostos por quatro subunidades perpendiculares em relao ao ponto central do conglomerado, constituindo uma Unidade Amostral de Registro (UAR). A configurao detalhada da UAR apresentada na Figura 2.

    As unidades amostrais so definidas em forma de cruz de malta, constituda de quatro subunidades retangulares. Nos Biomas Mata Atlntica, Pampa, Caatinga, Cerrado e Pantanal adotou-se a UAR com subunidades de dimenses 20 m x 50 m, enquanto que no Bioma Amaznia as subunidades tero dimenses de 20 m x 100 m.

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    Figura 2: Configurao de uma Unidade Amostral de Registro (UAR)

    1.4 Aspectos importantes para a compreenso dos trabalhos de coletas de campo

    A coleta dos dados em campo deve ser executada por equipes treinadas, em regies previamente definidas nos biomas de atuao, e na indicao exata das coordenadas UTM da UAR. Para melhor entendimento do processo de coleta de dados, importante compreender as fases e os locais de referncia, os nveis de coleta e as escalas de abordagem associados s atividades, e os formulrios que sero utilizados para o registro de informaes.

    1.4.1 Pontos de Referncia Para Atividades de Campo

    Os pontos de referncia, esquematicamente representados na Figura 3, so locais que serviro de orientao para as equipes de campo que, em cada um deles, tero tarefas especficas a serem executadas. Estes pontos tambm sero teis no processamento e na anlise dos dados.

    Figura 3: Pontos de referncias para a coleta de dados em campo.

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    - Escritrio: Representa a fonte inicial de dados e informaes que subsidiam os trabalhos de campo das equipes. As principais informaes so provenientes da Coordenao Nacional em Braslia.

    -Ponto de Origem (PO): Local de onde as equipes partem em direo a UAR. Usualmente o local do pernoite (alojamento de campo, hotel, etc.). Tarefas como a organizao dos equipamentos, planejamento de deslocamento e acondicionamento do material botnico coletado so tpicas deste ponto de referncia.

    - Ponto de Acesso (PA): Local onde fica estacionado o carro (via terrestre) ou ancorado o barco (quando o acesso a UAR for por rio). Este ponto deve ser o mais prximo possvel do ponto central da UAR.

    - Ponto Central da Unidade Amostral de Registro (PC): Ponto que demarca a localizao da Unidade Amostral de Registro no campo. Cada ponto central possui coordenadas UTM especficas, definidas pela GNPA.

    - Unidade Amostral de Registro (UAR): Composta por quatro subunidades e um ponto central, representa o local de medies de campo das variveis biofsicas.

    - Subunidade: Parte constituinte da UAR, sendo que uma UAR possui quatro subunidades. Nas subunidades coletada a maior parte das informaes do IFN. Subordinadas s subunidades esto as sub parcelas de 10 x 10m, 5 x 5m e 1 x 5m, descritas em detalhes na sequncia.

    1.4.2 Formulrios de Campo

    Os dados coletados em campo sero registrados em formulrios, descritos no Quadro 1, organizados em nveis de coleta e anlise de dados, em uma sequncia coerente com a execuo das tarefas de instalao da UAR. Com isso, busca-se otimizar o trabalho das equipes de campo, bem como daqueles que iro processar esses dados e posteriormente daqueles que o analisaro.

    A quantidade de formulrios necessria para o registro de dados proporcional enorme gama de informaes que o IFN ir produzir. Portanto, todo zelo na manipulao desse material, bem como na sua guarda de forma organizada at o envio para o escritrio muito importante para que no venha a ocorrer perda dos trabalhos realizados.

    Somente por meio do esmero no preenchimento dos formulrios se poder aferir a qualidade dos trabalhos de campo e produzir as informaes a que o IFN se destina. O seu preenchimento e guarda ser responsabilidade do Lder.

    Quadro 1: Formulrios do IFN

    Identificao Nome do Formulrio Descrio/aplicao

    F1 Folha de Rosto (FR) Espao destinado a qualquer anotao, que no possua campo

    especfico em outros formulrios, referente UAR.

    F2 Ponto de Origem (PO) Destina-se ao registro das informaes gerais sobre o ponto de

    origem. Utilizado para avaliar a localizao e infra-estrutura do PO.

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    Identificao Nome do Formulrio Descrio/aplicao

    F3 Croqui de Acesso Definido para registrar as informaes de acesso a UAR. Facilita o

    retorno ao mesmo ponto nos ciclos subseqentes do IFN.

    F4

    Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto

    Central da UAR

    Estabelecido para conter as principais informaes que devem ser coletadas na rea central da UAR, exceo das informaes sobre

    necromassa e serrapilheira que devero ser registradas em formulrio especfico.

    F5 Medio de Necromassa e Serrapilheira e Coleta de

    Solos

    Especfico para registrar as medidas de troncos e galhos mortos referentes a necromassa, e as alturas da serrapilheira.

    F6 Delimitaes e Avaliaes

    nas Sub Unidades Contm campos para registro de informaes gerais da subunidade e

    das sub parcelas relacionadas.

    F7 Medies nas Sub Unidades

    Elaborado para registrar as medies realizadas no nvel das sub parcelas de 10 x 10m (DAP 10 cm em todas sub parcelas da

    subunidade e 5 cm DAP < 10 cm na ltima sub parcela da subunidade com cobertura florestal). Grande parte dos dados

    biofsicos coletados est contemplada neste formulrio.

    F8 Levantamento de Epfitas

    Destina-se ao registro das epfitas, conforme a metodologia de amostragem definida para o IFN. Deve ser acionado sempre que

    houver a presenas de epfitas na primeira e/ou na ltima rvore de cada subunidade. As quatro subunidades de uma UAR devero ter

    seus dados sobre epfitas registradas em apenas um formulrio.

    F9 Levantamento de Bambus

    Preparado para registrar as avaliaes e medies realizadas em touceiras de bambu que estivem localizadas no interior das

    subunidades. Todas as touceiras de bambu encontradas no interior das subunidades devero ter seus dados registrados em um mesmo

    formulrio para cada UAR.

    F10

    Levantamento de Bromeliaceae e Cactaceae

    (exclusivo para o Bioma Caatinga)

    Elaborado apenas para uso no Bioma Caatinga, visa registrar a abundncia de bromeliceas e cactceas dentro dos limites das

    subunidades. Os registros correspondentes a todas as subunidades devem ser feitos em apenas um formulrio.

    F11

    Avaliao da Regenerao Natural (Sub Parcela 5m x

    5m, sendo h 1,0 m e DAP < 5 cm)

    Contm campos para o registro das quantidades de indivduos jovens, por espcie, identificados na sub parcela de 5m x 5m de cada

    subunidade, delimitada especificamente para esse fim.

    F12 Levantamento de Herbceas

    (Sub Parcela 1m x 5m)

    Visa registrar a abundncia de espcie herbceas encontradas na sub parcela de 1m x 5m de cada subunidade, delimitada

    especificamente para esse fim.

    F13 Avaliao Geral da UAR Organizado para o registro de caractersticas gerais da UAR. Deve

    ter o seu preenchimento finalizado ao final das medies e avaliaes na UAR.

    F14 Registro do material botnico

    Preparado para acolher os dados em campo e no herbrio, sobre o material botnico coletado, e para o controle das exsicatas recebidas

    pelo herbrio. Est dividido em trs partes: a primeira a ser preenchida pelo coletor, e a segunda e terceira partes pelo

    responsvel pelo recebimento e identificao do material no herbrio depositrio.

  • 11

    Identificao Nome do Formulrio Descrio/aplicao

    F15 Registro de envio e

    recebimento do material botnico

    Elaborado para controle das amostras enviadas pela equipe de campo ao herbrio e controle de recebimento pelo herbrio.

    F16 Ficha do coletor Elaborado para acompanhar cada amostra botnica coletada.

    F17 Levantamento socioambiental Utilizado para registrar as informaes sobre o uso local e a

    percepo sobre os recursos florestais por moradores do entorno de UARs.

    2 ETAPAS PREPARATRIAS PARA INSTALAO DA UNIDADE AMOSTRAL DE REGISTRO

    2.1 Introduo

    Este captulo apresenta informaes sobre atividades que antecedem a coleta de dados propriamente dita, tais como a composio da equipe e as funes de seus componentes, as informaes a serem transmitidas comunidade local e suas formas de transmisso, o planejamento para se chegar a UAR, a verificao dos materiais e equipamentos que sero utilizados no dia, as aes que devero ocorrer durante o deslocamento da equipe at a UAR, entre outras. So aes que ocorrem no escritrio, no(s) municpio(s) de influncia da regio onde dever ser instalada a UAR e tambm no ponto de origem at a chegada a unidade amostral.

    A realizao destas atividades interfere diretamente na eficincia e na qualidade dos trabalhos, sendo fundamental para se evitar o desperdcio de recursos financeiros e de tempo. Quando bem executadas, facilitam o acesso a unidade amostral e a coleta de dados, evitando surpresas indesejveis no campo.

    2.2 Composio da Equipe, Funes e Atribuies de Seus Membros

    Para se atingir os objetivos esperados com o menor tempo e custo, os componentes da equipe devem estar cientes de suas aes a desempenhar, bem como das funes dos outros membros da equipe. Estas funes devem ser lembradas pelo lder equipe antes da sada a campo e sempre que julgar necessrio. Tambm indispensvel que cada pessoa da equipe esteja habilitada para a atividade que ir desempenhar e que tenha recebido o devido treinamento antes do incio dos trabalhos, alm, obviamente, de estar imbudo da responsabilidade que suas funes exigem.

    O IFN depende essencialmente do bom trabalho da equipe de campo, por conseguinte de cada um de seus componentes, para produzir resultados confiveis. A equipe responsvel pela coleta de dados nas unidades amostrais e pelo levantamento socioambiental (LSA), composta por 5 (cinco) pessoas, com as atribuies de cada uma descritas no Quadro 2.

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    Quadro 2: Composio das equipes de campo, com a indicao da funo e das atribuies de cada componente.

    Funo Atribuies

    Lder da Equipe

    (Engenheiro Florestal)

    1. Motorista;

    2. Comando da equipe durante todo o perodo dos trabalhos, inclusive os que antecedem a ida a campo;

    3. Contratao de guia local (quando necessrio);

    4. Comando do planejamento das operaes de campo;

    5. Certificao do uso adequado dos equipamentos de segurana pelos componentes da equipe, em cada etapa da execuo dos trabalhos;

    6. Anotao dos dados biofsicos coletados e das informaes auxiliares que envolvam a coleta;

    7. Avaliao de cobertura de copa;

    8. Indicao da classe de uso do solo e da tipologia vegetacional;

    9. Coordenao da coleta do material botnico;

    10. Coordenao da coleta das amostras de solo;

    11. Determinao da hora da sada dos componentes da equipe para a realizao do levantamento socioambiental e da estratgia a ser usada;

    12. Responsabilidade pelos formulrios de campo com as informaes coletadas at o envio s bases;

    13. Indicao das trs rvores que tero as alturas medidas;

    Auxiliar Tcnico I

    (Engenheiro Florestal)

    1. Operao do GPS;

    2. Operao do rastreador por satlite;

    3. Navegao com a bssola;

    4. Elaborao do croqui de acesso UAR;

    5. Controle da coleta das amostras de solo;

    6. Realizao das entrevistas socioambientais;

    7. Realizao dos registros fotogrficos de interesse, relacionados aos dados socioambientais;

    8. Representao da equipe, quando no for possvel ao lder executar esta tarefa.

    Auxiliar Tcnico II

    (Tcnico ou Engenheiro Florestal)

    1. Balizamento;

    2. Controle da instalao das subunidades e das sub parcelas;

    3. Medio da altura das rvores;

    4. Estimativa da altura das rvores;

    5. Acompanhamento da coleta dos dados biofsicos;

    6. Identificao das espcies em campo, quando possvel;

    7. Controle da coleta do material botnico;

    8. Identificao da sanidade das rvores;

    9. Registro fotogrfico das espcies;

    10. Demais registros fotogrficos de interesse, relacionados aos dados biofsicos;

  • 13

    Auxiliar de Campo I

    1. Transporte dos materiais e equipamentos;

    2. Abertura de picadas;

    3. Instalao das subunidades e sub parcelas;

    4. Realizao das medies nos indivduos arbreos, com exceo da altura.

    5. Instalao dos transectos para medio da necromassa;

    6. Medio do dimetro dos ramos e galhos mortos referentes necromassa;

    7. Medio da serrapilheira;

    8. Acompanhamento do Auxiliar Tcnico I, na coleta de dados socioambientais.

    Auxiliar de Campo II

    1. Transporte dos materiais e equipamentos;

    2. Abertura de picadas;

    3. Instalao das subunidades e sub parcelas;

    4. Realizao das medies nos indivduos arbreos, com exceo da altura.

    5. Instalao dos transectos para medio da necromassa;

    6. Medio do dimetro dos ramos e galhos mortos referentes necromassa;

    7. Medio da serrapilheira.

    Guia Local

    1. Fornecimento de informaes sobre a regio;

    2. Promoo de contatos com a comunidade local;

    3. Abertura de picadas.

    4. Transporte dos materiais e equipamentos.

    Haver tambm uma equipe de superviso, composta de duas pessoas, para dar apoio equipe de medio, com as seguintes atribuies:

    1. Orientaes s equipes quanto melhoria dos trabalhos;

    2. Assistncia a trs ou mais equipes de campo;

    3. Transmisso de informaes sobre o IFN s autoridades locais, conforme explicitado adiante;

    4. Viabilizao da transmisso das informaes sobre o IFN s comunidades da regio, conforme explicitado adiante.

    5. Identificao dos proprietrios rurais, no caso da instalao da UAR ocorrer em propriedades privadas, e acordar com os mesmos as condies para a entrada da equipe na propriedade;

    6. Obteno de informaes sobre como chegar s unidades amostrais;

    7. Transmisso de informaes entre o escritrio e o lder da equipe;

    8. Transporte e/ou envio dos registros das informaes e dos materiais coletados.

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    2.3 Informaes Populao e s Autoridades Regionais

    Esta atividade essencial para o bom desenvolvimento dos trabalhos na regio e deve ser iniciada ainda no escritrio, com a identificao das autoridades locais e, se possvel, com um contato prvio. Isto tambm vlido para os meios de comunicao local (rdios, jornais, televiso).

    Na regio, devem ser procuradas as autoridades previamente identificadas, com carta de apresentao do SFB, para informar sobre as atividades que sero desenvolvidas e da sua importncia para o Pas e para a regio, deixando bem claro o papel do SFB no contexto do IFN. No sendo possvel entrar em contato direto com as autoridades identificadas, contatar com os seus assessores e/ou substitutos. Tambm devero ser localizados os veculos de comunicao previamente identificados, e no caso de j ter sido feito um acordo para a veiculao das informaes diretamente com a base do IFN, certificar-se que os anncios esto conforme o combinado. No tendo sido possvel esta formalizao prvia, identificar as possveis formas de veiculao dos anncios pela mdia local e providenciar para que transmitam informaes sobre o IFN.

    Tambm deve ser explicado aos lderes de comunidades, como presidentes de associaes, religiosos, professores, entre outros, de forma simples e objetiva, os trabalhos que sero desenvolvidos e a sua importncia para o Pas e para a regio, esclarecendo o papel do SFB no contexto do IFN. Devero tambm ser distribudos em pontos estratgicos, tais como algumas lojas, rgos pblicos e escolas, os materiais impressos de divulgao do IFN.

    2.4 Autorizao Prvia Para Acessar a Unidade Amostral de Registro

    Antes da equipe se dirigir ao local para instalao da UAR, necessrio saber se o acesso ao local livre ou se exige algum tipo de autorizao. Para isso, o primeiro passo identificar o domnio da rea, se pblica ou particular. Sendo pblica, todo o processo para a entrada da equipe na rea j dever ter sido efetuada no escritrio, e, sendo necessrias autorizaes, estas j devero ter sido repassadas ao lder da equipe.

    Em caso de rea particular, o primeiro passo identificar o proprietrio e iniciar contato com o mesmo, ou com algum que o represente. Devero ser repassadas as informaes sobre o objetivo do IFN e os benefcios que traro ao Pas, e tambm como ser desenvolvido o trabalho na propriedade. Este contato dever ser feito pela equipe de superviso e antes da chegada da equipe de medio. Nos casos excepcionais, onde este contato prvio no for realizado, o lder da equipe de medio ficar responsvel por essa tarefa.

    Tendo sido autorizada a entrada da equipe, dar-se- prosseguimento aos trabalhos. Havendo resistncia do proprietrio ou da pessoa que o represente em autorizar a entrada da equipe, o nome da pessoa e/ou do proprietrio dever ser anotado e repassado ao escritrio, suspendendo a instalao da UAR na propriedade at o recebimento de informaes do escritrio sobre como proceder.

    2.5 Anotaes Gerais

    Toda e qualquer informaes que for considerada importante pelo lder de equipe, com relao aos trabalhos em uma determina UAR, devero ser anotadas. Quando a

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    informao no possuir um campo especfico em algum dos formulrios de registro, estas informaes devero ser anotadas na Folha de Rosto de maneira legvel e com texto objetivo. A Folha de Rosto dever ser utilizada em qualquer tempo para registrar as informaes consideradas relevantes pelo lder da equipe.

    2.6 Avaliao do Ponto de Origem

    Ao iniciar os trabalhos no PO, o lder da equipe dever fazer uma breve avaliao do local, registrando as informaes no Formulrio F2 Ponto de Origem. Se o lder julgar que o local no possui condies de abrigar as atividades que devero ser realizadas pela equipe de campo, com possibilidade de prejudicar o andamento dos trabalhos, principalmente na preparao e no armazenamento do material botnico, dever se buscar outro local para servir de PO para a equipe de medio. Se no for possvel encontrar outro local para servir de PO, os motivos que possam vir a prejudicar os trabalhos devero ser detalhados nos espao para observaes no Formulrio F2 Ponto de Origem e/ou no Formulrio F1 - Folha de Rosto.

    2.7 Materiais e Equipamentos

    Para que a equipe realize a coleta de dados conforme a metodologia do IFN, muito importante que os materiais e equipamentos a serem utilizados para esse fim estejam rigorosamente de acordo com a indicao do SFB. O improviso de materiais e equipamentos pode trazer srios comprometimentos aos resultados do IFN, pois a padronizao na forma de coleta de dados, que inclui a padronizao dos equipamentos, requisito essencial para a obteno de informaes confiveis e para futuras comparaes dos resultados. Portanto, um equipamento jamais deve ser substitudo por materiais encontrados no local de instalao da UAR ou por equipamentos no apropriados para o trabalho a ser realizado.

    Para garantir que os materiais a serem utilizados no sejam esquecidos no PO, foi preparado um formulrio, em forma de check list, no qual esto enumerados todos os equipamentos e materiais, separados por grupo de aplicao, como apresentado no Quadro 3.

    Quadro 3: Equipamentos de campo por equipe

    Proteo e Segurana GPS de navegao com pilhas 02

    Canivete 05 Pilhas recarregveis (extras) pra GPS (jogo) 02

    Cantil 05 Rgua para medir serrapilheira 03

    Capa de chuva 05 Suta de 50 cm 01

    Capacete 05 Trena de 10 m 02

    Carregador de pilhas 02 Trena de 30 m 02

    Coturno (pares) 05 Trena de 50 m 02

    Garrafa de gua de 5 litros 02

    Vara telescpica para medio de altura de rvores

    01

    Kit primeiros socorros 01 Materiais Para Coleta

    Lanterna a pilhas 05 lcool 96% (litro) 01

    Pilhas (extras) para lanternas (jogo) 02 Baliza (jogo) 12

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    Luvas de algodo macias (par) 05 Binculos 01

    Perneira (par) 05 Borrifador de gua 01

    Rdio de comunicao (par) 01 Caneta nanquim 03

    Rastreador por satlite (habilitado) 01 Cordo para amarrar as prensas (rolo de 50m) 02

    Pilhas de Litiun (extras) para rastreador (jogo) 01 Caixa de papelo para envio do material botnico 20

    Identificao Individual Cruzeta para orientao na unidade amostral 01

    Bon 10 Envelope de papel 20

    Camiseta manga longa 15 Trado ou picareta ou cadeira boca de lobo 01

    Colete 03 Faco 05

    Crach 05 Folha de papel jornal 500

    Mochila 05 Folha de papelo 50

    Anotao/Apoio Prensa para material botnico 05

    Caderneta de campo 02 Mquina fotogrfica 01

    Carta-imagem (por UAR) 01 Pano para armazenamento de flores delicadas 05

    Barras de alumnio (por UAR) 05 Lima para afiao de equipamentos 02

    Kit fichas de campo (jogo por UAR) 01 Podo 01

    Lpis com borracha 05 Recipiente (pote) de vidro ou plstico 10

    Lapiseira 02 Fita plstica rolo de 200 m 01

    Pincel atmico permanente 02 Saco de algodo ou saco plstico (50 litros) 300

    Prancheta 02 Saco resistente para coleta de solos 100

    Rolo de fita crepe 05 Tesoura de poda 02

    Medio e Orientao Macaco hidrulico porttil 01

    Bssola 02 Adaptador para tomadas 02

    Clinmetro 01 Fita diamtrica (150 cm de comprimento) 02

    Densimetro esfrico convexo 02

    Kit para amostragem da densidade aparente do solo

    01

    2.8 Planejamento Para o Acesso a Unidade Amostral de Registro

    O planejamento para se alcanar a UAR deve ser cuidadosamente elaborado, a fim de se evitar situaes indesejadas que podero inviabilizar, dentro de um tempo possvel e desejvel, o acesso rea de coleta dos dados biofsicos e socioambientais. A falta de planejamento para se chegar a uma determinada UAR pode comprometer todo o trabalho subseqente da equipe, durante sua estada em campo.

    O lder deve ser o responsvel por esse planejamento, que deve ser realizado no PO, preferencialmente no dia anterior sada para localizao da UAR, utilizando-se de todos os meios possveis e disponveis no momento, tais como cartas topogrficas, mapas rodovirios, e contatos pessoais na regio com agentes de extenso rural, agentes de sade ou quem mais puder e quiser fornecer informaes confiveis.

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    2.9 Deslocamento do Ponto de Origem at a Unidade Amostral de Registro

    Aps ter realizado todos os preparativos necessrios, a equipe dever partir para a localizao da UAR. Esta etapa compreende a sada da equipe do PO e o seu deslocamento at o local de instalao da unidade amostral. O trajeto deve ser definido na etapa de planejamento, inclusive com a insero das coordenadas UTM no aparelho de localizao por satlite (GPS). Com o GPS ligado e no modo navegao deve-se iniciar o deslocamento, com todos os materiais que podero ser necessrios para a localizao da equipe preparados de forma a facilitar a consulta, atentando especialmente para a coordenada do Ponto Central da UAR (PC), inseridas previamente no aparelho. Ao longo do deslocamento devero ser marcados no GPS todos os pontos relevantes que facilitem o retorno UAR. O aparelho GPS deve estar definido para registrar a rota, a qual dever receber um cdigo ou nome, conforme definido durante o curso de capacitao, o qual dever ser anotado no Formulrio F2 Ponto de Origem.

    2.9.1 Croqui de Acesso ao Ponto Central da Unidade Amostral de Registro

    Durante o trajeto dever ser confeccionado o croqui de acesso UAR, no espao apropriado do Formulrio F3 Croqui de Acesso. Trata-se de um desenho esquemtico, demonstrando o caminho percorrido desde o PO at a unidade amostral, baseado nas observaes feitas pelo caminho e com eventuais transcries de algumas coordenadas UTM associadas a pontos de fcil identificao no terreno, como igrejas, cancelas ou porteiras, rios, passagens molhadas, casas-sede de fazendas, currais, mata-burros, cercas, escolas, audes, etc. Tambm importante que sejam transcritas para o croqui, as coordenadas UTM do PO, do PA e do Ponto Central da UAR (PC). Para as situaes mais corriqueiras deve-se utilizar os smbolos do Quadro 4. No havendo um smbolo convencionado, deve-se escrever o nome da referncia em letra de forma legvel e em tamanho compatvel com o desenho. Tambm devem constar informaes sobre o trajeto propriamente dito, como a indicao de bifurcaes com a direo que se deve seguir, quilometragem entre pontos de fcil identificao, e outras que a equipe julgar importantes.

    Quadro 4 Smbolos a serem usados para a confeco do croqui de acesso a UAR.

    _____ Estrada Pavimentada Ponto de Origem (PO)

    ------- Estrada No Pavimentada Ponto de Acesso (PA)

    ##### Ponte + Unidade Amostral de Registro (UAR)

    3 COLETA DE DADOS

    3.1 Introduo

    Sendo o Inventrio Florestal Nacional um processo investigativo com a finalidade de produzir informaes sobre os recursos florestais do Brasil, extremamente importante que os dados que sero coletados em campo sejam de qualidade para atingir os objetivos esperados. Este conjunto de dados coletados em campo constitui o que chamamos de variveis primrias do IFN. A escolha dessas variveis dependeu da facilidade para a sua obteno e, obviamente, das informaes que elas podero fornecer de forma direta, quando o prprio dado coletado j se traduz em uma informao de interesse, ou de forma

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    indireta, quando por meio de transformaes e anlises matemticas, poderemos obter outras variveis de interesse.

    Assim, devido enorme gama de informaes que se pretende coletar por meio do IFN, as variveis podem ser classificadas de forma a facilitar o seu entendimento, como por exemplo, as biofsicas, que no caso de inventrios florestais correspondem s informaes mais diretamente ligadas aos recursos florestais e por isso so consideradas de fundamental importncia nos levantamentos de campo. Dentre estas variveis podemos citar os dimetros dos troncos, as alturas das rvores, a cobertura do dossel da floresta, os tipos de solo, o relevo, entre outros, as quais podero servir de base para a obteno de informaes mais complexas. A fim de se obter informaes sobre estoque de carbono e de biomassa, ainda necessrio coletar dados sobre as matrias mortas da floresta, como serrapilheira (restos de vegetao e de animais em diferentes estgios de decomposio, que recobrem o solo, e que so fundamentais para a sua manuteno), galhos e troncos mortos, entre outros, e que tambm so consideradas variveis biofsicas.

    Ainda, por se tratar de um inventrio nacional, de extrema importncia para as tomadas das decises de Governo quanto relao floresta/cidado, torna-se necessria a obteno de variveis socioambientais, para que possamos entender a forma como a populao do campo percebe a importncia das florestas. E, para monitorar o desenvolvimento dos trabalhos e promover ajustes de estratgia na captao das informaes, tambm necessria a coleta de variveis administrativas, as quais podem estar relacionadas aos recursos humanos utilizados na coleta dos dados, a localizao, ao tempo gasto para a execuo das aes previstas, entre outros temas que auxiliaro no planejamento e melhoramento contnuo das prticas do IFN. Outras variveis podem ser incorporadas ao IFN, conforme a necessidade de novas informaes ou mesmo na melhoria de coleta e gerao das informaes atuais.

    3.2 Procedimentos Gerais

    A coleta de dados consiste no registro das informaes obtidas em campo, em formulrios especficos conforme apresentados no Quadro 1. Estes registros devem ocorrer de forma seqencial de acordo com o desenvolvimento dos trabalhos em campo referentes a uma determinada UAR. Nenhum formulrio deve ser utilizado para registrar dados de mais de uma unidade amostral.

    3.3 Avaliao do Local Quanto Possibilidade de Instalao da Unidade Amostral de Registro

    Identificado o local do ponto central da UAR no terreno, o lder dever verificar se h algum impedimento para a instalao da UAR, tais como: 1) presena de animais perigosos; 2) conflitos antrpicos que coloquem em risco os componentes da equipe; 3) localizao de pontos amostrais em corpos dgua, brejos ou afloramentos rochosos; ou 4) as quatro subunidades da UAR esto com indicao de instalao em lugar inacessvel.

    Nos dois primeiros casos, o impedimento dever ser fartamente documentado com fotografias, e um relatrio detalhado sobre este impedimento, expondo-se o que definiu a tomada de deciso, dever ser redigido e enviado ao escritrio. Em se tratando de conflitos antrpicos, possveis notcias impressas que circulem na regio devero ser anexadas ao relatrio. O motivo do impedimento deve ser registrado no Formulrio Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR.

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    Na terceira e na quarta condies, as subunidades que no puderem ser instaladas total ou parcialmente, devero ser fotografadas e suas caractersticas registradas.

    A constatao pela equipe de controle de qualidade de que os motivos expostos para a no instalao da UAR no so consistentes obrigar a instituio que est executando as medies a retornar ao local para instalao e aplicar punio ou mesmo desligar o lder da equipe dos trabalhos do IFN.

    Havendo qualquer obstculo que impossibilite ou coloque em risco a integridade fsica de qualquer pessoa da equipe de campo ou de terceiros, no local de instalao da UAR, ou mesmo antes de se alcanar o local, a operao dever ser interrompida e o motivo dever ser anotado no campo especfico para este fim, no Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR. Neste caso, tambm dever ser elaborado um relatrio, com fotografias quando possvel, expondo o que definiu a tomada de deciso, devendo este relatrio ser enviado ao escritrio.

    3.4 Determinao Geral da Classe de Cobertura/Uso da Terra

    Ao chegar ao local de instalao da UAR, a equipe encontrar diferentes situaes que podero influenciar a tomada de decises com relao aos procedimentos a serem adotados. Neste momento o lder da equipe dever avaliar a localizao do ponto central da UAR e se cada subunidade, ou parte dela, ser delimitada em rea com floresta ou em rea sem floresta, conforme a Figura 4:

    Figura 4: Classes de cobertura/uso da terra onde as unidades amostrais sero instaladas.

    3.4.1 Unidade Amostral de Registro localizada total ou parcialmente em rea com floresta ou

    em rea sem floresta, mas com rvores fora da floresta

    Estando a UAR prevista para ser delimitada parcial ou totalmente em rea com floresta, deve-se materializar o Ponto Central da UAR, e todas as informaes devem ser coletadas.

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    3.4.2 Unidade Amostral de Registro localizada totalmente em rea sem floresta (agricultura,

    pastagem, reflorestamento, vegetao natural rasteira)

    Caso o lder da equipe constate que o local onde deveria ser delimitada a UAR uma rea de plantio, a barra de metal no deve ser instalada no local. Apenas as coordenadas UTM e o fuso do local onde seria o Ponto Central da UAR devem se registrados e as atividades relativas UAR encerradas.

    A situao constatada deve ser registrada no Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR.

    3.5 Instalao da Cruzeta e da Barra de Metal no Ponto Central da Unidade Amostral de Registro

    Uma vez encontrado o Ponto Central da UAR e avaliadas as condies quanto classe de cobertura da terra, instalar a cruzeta orientando uma das ranhuras do quadrado em direo ao Norte Magntico com auxlio da bssola que deve estar apoiada sobre o quadrado da cruzeta (Figura 5) em nvel (utilizar a bolha de nvel da bssola). Paralelamente executar o balizamento para a determinao do ponto inicial da primeira subunidade. A cruzeta poder ser substituda por uma baliza temporria, caso a mesma venha a ser usada como meio auxiliar para a instalao das subunidades da UAR. De qualquer forma, como atividade final para demarcao do Ponto Central da UAR, dever ser retirada a cruzeta e no lugar, deve ser enterrada uma barra de alumnio (Figura 6). Registrar as informaes no Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR.

    Figura 5 - Bssola apoiada sobre a cruzeta instalada no ponto central da UAR.

    Figura 6 Barras de metal (alumnio) padro a serem enterradas no ponto central das unidades amostrais e no incio de cada subunidade.

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    3.5.1 Impossibilidade de fixar a Barra Central no Local das Coordenadas Indicadas

    Poder haver um obstculo fsico, tal como um agrupamento rochoso, rios ou brejos, entre outros, que dificulte ou impea a fixao da barra de metal no ponto central da UAR, conforme indicao das coordenadas UTM. Nesse caso, o lder da equipe deve avaliar a possibilidade de colocar a barra de metal em um raio de at 50 m, com o intuito de viabilizar a delimitao da UAR. Assim, a barra de alumnio ser deslocada para um local de possvel fixao e a novas coordenadas devero ser anotadas no campo indicado do Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR.

    Uma vez definido o local de fixao da barra de metal, marcar temporariamente o ponto utilizando a baliza ou outro material e ali tomar novamente suas coordenadas UTM, mantendo o GPS parado at se atingir a preciso de 5 m. Fotografar as coordenadas UTM do ponto indicadas no visor do GPS, e anot-las nos campos apropriados do Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR.

    Salienta-se que neste caso, a instalao das subunidades da UAR deve ser iniciada a partir das coordenadas UTM do PC e no do local onde a barra de metal foi enterrada.

    Se, ainda com o deslocamento em um raio de 50 m, no for possvel demarcar o ponto central da unidade amostral com a fixao da barra de alumnio, a UAR deve ser descartada da amostragem. As observaes que justifiquem esse procedimento devero ser registradas no Formulrio F1 Folha de Rosto, com o devido registro fotogrfico.

    3.6 Avaliao da Cobertura de Copas

    Ainda como informao a ser obtida no ponto central da UAR, a estimativa do percentual de cobertura de copas deve ser feita utilizando o densimetro esfrico convexo. Deve se tomar quatro medies, girando o corpo no ponto central da UAR, correspondentes as direes das subunidades (norte sul, leste, oeste), conforme instrues de uso do densimetro.

    3.7 Posio Fisiogrfica

    Deve-se observar a posio fisiogrfica da UAR, verificando se o seu ponto central est localizado em uma plancie ou em uma encosta. No caso de encosta, anotar se o ponto central da UAR est localizado do tero superior ou no topo de morro, no tero mdio, ou no tero inferior da encosta ou p de serra. No caso de se encontrar em uma plancie, verificar se trata de plancie continental, marinha, fluvial ou lacustre. Registrar no Formulrio F4 Ponderaes Sobre o Acesso, Avaliaes e Demarcao do Ponto Central da UAR, a opo mais adequada.

    3.8 Avaliao da Necromassa e Serrapilheira

    O IFN tambm prev a avaliao da matria morta sobre o solo nas diversas formaes vegetais do Pas, com o objetivo de fazer inseres exploratrias sobre os estoques de carbono existentes nessas reas. Para isso usa de duas tcnicas de medio de matria morta apresentadas a seguir.

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    3.8.1 Coleta de Dados da Necromassa

    Para fins do IFN, considera-se necromassa todos os galhos e troncos mortos em estado varivel de decomposio. A avaliao da necromassa ser importante, junto a outros dados, nas estimativas de biomassa e reteno de carbono.

    Para a coleta de dados sobre a necromassa ser adotada a metodologia que consiste na instalao de dois transectos (Figura 7). Para a instalao desses transectos dever ser identificada, com o auxlio da bssola, duas linhas no solo, nos sentido sudoeste/nordeste e sudeste/noroeste, correspondente a 45 em relao s linhas que definem os locais de instalao das subunidades. Sobre estas linhas, dois segmentos de retas de 10 m cada devero ser demarcados estendendo-se a trena, que permanecer no solo at o trmino da coleta de dados sobre serrapilheira, explicada na sequncia. Estes segmentos de retas, aqui chamados transectos, sero numerados (1 e 2) e devero se cruzar em seus pontos centrais, os quais devero ser coincidentes com o ponto central da UAR. Assim, todos os galhos e troncos maiores que 2,5 cm de dimetro que cruzarem estes transectos ou a sua projeo vertical (galhos e troncos suspensos) devero ter seus dimetros medidos com rgua comum, exatamente do ponto do cruzamento, e registrados no Formulrio F5 Medio de Necromassa e Serrapilheira e Coleta de Solos. Tambm ser anotado o nvel de decomposio de cada galho ou tronco, conforme alternativas apresentadas no Formulrio F5 - Medio de Necromassa e Serrapilheira e Coleta de Solos. No necessria a medio do comprimento desses galhos ou troncos.

    Figura 7 Indicao do local de instalao dos transectos para coleta de dados de necromassa.

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    3.8.2 Coleta de Dados de Serrapilheira

    Ao final da medio de necromassa ser delimitada uma rea circular com 1 m de raio em relao ao ponto central da UAR, onde, a critrio da equipe, ser feita a primeira coleta da profundidade da serrapilheira, utilizando uma rgua plstica. Mais quatro medidas sero tomadas, sendo uma em cada ponta dos transectos de necromassa (Figura 8). Assim, ao final sero 5 medies de serrapilheira, em ngulo de 90 graus em relao ao nvel do solo. Esses dados sero anotados no Formulrio F5 - Medio de Necromassa e Serrapilheira e Coleta de Solos.

    Figura 8: Esquema para coleta de informaes sobre necromassa e serrapilheira

    3.9 Coleta de Amostras de Solo

    A coleta de solos poder ser efetuada, em um raio de at 2m do ponto central da UAR, segundo dois procedimentos diferenciados. O primeiro deles refere-se s situaes em que possvel inserir um trado de coleta de solos, no caso de solos menos pedregosos. O segundo mtodo foi definido para situaes em que a coleta de solos com trado absolutamente impossvel, em funo das caractersticas do solo. Caso o local escolhido apresente pedras que inviabilizem a coleta, poder ento ser escolhido outro ponto de coleta prximo ao ponto central da UAR, numa distncia mxima de 50 metros de raio. O procedimento utilizado e a colorao do solo devem ser registrados nos campos apropriados do Formulrio F5 - Medio de Necromassa e Serrapilheira e Coleta de Solos.

    As amostras do solo devero ser acondicionadas em sacos plsticos reforados, contendo a identificao da UAR, do horizonte do solo em que foi retirada a amostra e do mtodo utilizado para a coleta. Na sequncia, devem ser enviadas ao laboratrio que far a anlise.

    3.9.1 Coleta de Solos com Trado (trado de 20 cm e 3 polegadas)

    Deve-se proceder coleta de solos para a obteno de amostras em duas profundidades, adotando-se os procedimentos conforme Figura 9.

    Amostragem de 0 20cm (no denominado Horizonte Superficial):

    a) inserir o trado e gir-lo at alcanar 20cm;

    Uma medida ao final de cada transecto

    4

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    b) retirar o trado e eliminar as contaminaes, representadas por resduos de vegetao;

    c) armazenar a amostra no saco plstico previamente reservado para a coleta de amostra no horizonte superficial.

    Aps a coleta da primeira amostra, tradar novamente at atingir 30cm e eliminar toda a amostra

    Amostragem de 30 50cm (no denominado Horizonte de Subsuperfcie):

    a) inserir novamente o trado no mesmo orifcio de coleta do horizonte de superfcie e tradar at atingir 40cm;

    b) descartar a parte superior do copinho do trado ; c) armazenar a outra metade no saco plstico previamente reservado para a coleta de

    amostra no horizonte de subsuperfcie; d) inserir novamente o trado no mesmo orifcio de coleta do horizonte de superfcie e

    tradar at atingir 50cm; e) descartar a parte superior do copinho do trado; f) armazenar a outra metade no saco plstico previamente reservado para a coleta de

    amostra no horizonte de subsuperfcie.

    Figura 9: Sequncia de procedimentos para a amostragem de solos no ponto central da UAR.

    3.9.2 Coleta de Solos Via Abertura de Micro-perfis

    Deve-se adotar os seguintes procedimentos:

    Abrir o microperfil com o enxadeco (Figura 10), que deve ter comprimento aproximado de 80 cm, em ngulo de 90 graus em relao superfcie do solo;

    Amostragem de 0 20 cm, no denominado Horizonte Superficial:

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    a) estender uma fita mtrica em ngulo reto, no sentido vertical, at atingir 50 cm de profundidade (Figura 10b);

    b) usando a marcao da fita mtrica, efetuar movimentos de raspagem com uma faca ou esptula, no sentido vertical, obtendo raspas uniformes de solo, na extenso de 0 - 20 cm (Figura 10c);

    c) armazenar as raspas no saco plstico previamente reservado para a coleta de amostra no horizonte superficial;

    Amostragem de 30 50 cm, no denominado Horizonte de Subsuperfcie:

    a) usando a fita mtrica como referncia, novamente proceder coleta de raspas de solo, desta vez na extenso de 30 50 cm (Figura 10d);

    b) armazenar esta segunda parte da amostra no saco plstico previamente reservado para a coleta de amostra no horizonte de subsuperfcie;

    Em todas as amostras de reas continentais (com caractersticas de reas mais secas), aguardar por 2 minutos o surgimento de alguma umidade, para determinar se a rea livre de gua. Tal procedimento deve ser feito com a anotao da profundidade (usando-se rgua comum) em que a lmina de gua se encontra.

    (a) (b)

    (c) (d)

    Figura 10: Sequncia de procedimentos para a amostragem de solos no ponto central da UAR, com a metodologia de microperfis. (a) rea a ser amostrada e o enxadeco; (b) imagem do microperfil j aberto;

    (c) amostra de 0 20 cm; (d) amostra de 30-50 cm)

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    Amostragem atravs do mtodo do anel volumtrico a 10 cm de profundidade, no denominado Horizonte Superficial:

    a) usando um anel de ao de bordas cortantes e volume interno de 50 cm3 (anel de Kopecky), enterrar o anel completamente de forma a no danificar a estrutura do solo;

    b) retirar o contedo do anel com muito cuidado e depositar o torro dentro de recipiente;

    c) o recipiente (lata, pote ou saco plstico) deve ser lacrado para evitar ao mximo a perda de umidade da amostra; e

    d) verificar, aps a retirada da amostra do anel volumtrico, se existe a presena de enrugamento na periferia da amostra, presena de razes e rochas no interior da amostra, ou qualquer outro problema que possa comprometer a qualidade da amostra. A amostragem dever ser refeita caso sejam registrados problemas na amostra.

    3.10 Avaliao da rea Potencial para Delimitao da Subunidade

    Aps o encerramento das atividades a serem desenvolvidas no ponto central da UAR, deve se passar s delimitaes e medies nas subunidades, conforme descrito no item 3.11 Procedimentos Para Delimitao das Subunidades e Sub Parcelas. Antes de iniciar a instalao de cada subunidade, porm, h que se distinguir entre as seguintes situaes possveis, a fim de orientar as aes seguintes.

    3.10.1 Subunidade em rea Com Floresta

    Se a rea a ser delimitada como subunidade estiver parcial ou totalmente localizada em rea com floresta, deve-se proceder instalao da mesma, e todas as informaes devem ser coletadas.

    3.10.2 Subunidade em rea Sem Floresta

    Constatado que o local onde ser delimitada a subunidade uma rea no-floresta, definir entre as duas situaes seguintes, qual mais adequada:

    1) A subunidade ser delimitada sobre uma rea no-floresta, com um ou mais tipos de cobertura/uso da terra e/ou vegetao natural:

    a) Fazer a instalao do ponto inicial de subunidade e coletar a coordenada UTM;

    b) Determinar a classe de cobertura/uso da terra, conforme Procedimentos de Determinao de Classes de Cobertura/Uso da Terra; e

    c) No incio de cada subunidade deve-se tomar uma fotografia no sentido longitudinal e encerrar as atividades relativas subunidade;

    2) A subunidade ser delimitada sobre reas de no-floresta, mas com presena de rvores fora-da-floresta (AFF), tambm denominadas rvores isoladas, neste caso:

    a) Delimitar normalmente a subunidade, procedendo s respectivas medies; b) Determinar a cobertura/uso da terra; e c) No marco inicial da subunidade, tomar uma fotografia no sentido longitudinal

    e encerrar as atividades relativas subunidade.

  • 27

    3.11 Procedimentos Para Delimitao das Subunidades e Sub Parcelas

    Cada UAR constituda por quatro subunidades, com dimenses que variam de acordo com o bioma onde ser instalado. Cada subunidade ter 20 x 50 m, exceto no bioma Amaznico (20 x 100m), subdivididas em quadrados de 10 x 10 m. As subunidades so dispostas na direo dos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), com os pontos iniciais distantes 50 m do ponto central da UAR. A numerao das subunidades (1, 2, 3, 4) segue em sentido horrio, a partir do Norte.

    Deve-se comear a marcao (subunidade 1) pelo Norte (magntico), usando a ranhura da cruzeta como mira para o balizamento. Com a trena, medir a distncia do ponto central da UAR at o ponto inicial para delimitao da subunidade propriamente dita, utilizando balizamento a cada 10 metros (distncia de 50m).

    Uma vez identificado o ponto inicial para a demarcao da subunidade, o lder da equipe deve tomar as coordenadas UTM e a altitude com o GPS, e anotar no Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade. Nesse ponto dever ser enterrada uma barra de alumnio.

    O auxiliar tcnico passar a orientar a abertura das picadas de cada subunidade pelos auxiliares de campo. Importante: alm da barra de metal central da UAR, enterrar uma barra de metal em cada incio de subunidade, perfazendo um total de cinco barras de alumnio (quatro barras nas subunidades e uma barra no ponto central) quando a UAR possuir todas as suas subunidades instaladas.

    3.11.1 Correo da declividade longitudinal da subunidade

    As marcaes das distncias das subunidades da UAR devem ser feitas no plano horizontal. Visando realizar a marcao das subunidades de forma fcil e precisa, a medio das distncias deve ser feita com a trena estendida sobre o solo. Se o terreno for plano (at 2% de declividade), a distncia delimitada no terreno ser igual distncia horizontal.

    Se a declividade do terreno for maior do que 2% (Figura 11) a distncia a ser marcada no terreno (com a trena estendida sobre o solo) tem que ser ajustada pelo fator de correo expresso no Quadro 5 e registrada no campo apropriado no Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade.

  • 28

    Figura 11 Correo da distncia em terreno inclinado

    Desse modo, os seguintes procedimentos devem ser seguidos para a correta instalao das subunidades:

    - Medir, com clinmetro, o ngulo de inclinao do terreno no sentido longitudinal da UAR a ser delimitada;

    - Verificar o fator de correo para o ngulo medido na tabela abaixo;

    - Multiplicar a distncia a ser marcada pelo fator de correo da tabela;

    - Marcar a distncia corrigida com a trena sobre o solo.

    Exemplo: considerando a marcao do comprimento da UAR (50 m) e a distncia entre a linha central longitudinal da UAR e as linhas laterais (distncia de 10 m) em um terreno com ngulo de inclinao de 8 nos dois sentidos (longitudinal e transversal da subunidade), medido com clinmetro e com a trena estendida sobre o solo na linha central longitudinal da subunidade (50 m). A distncia corrigida que dever ser marcada com a trena sobre o solo ser:

    D corrigida = D requerida x fator de correo

    - para 50 m

    D corrigida = 50 m x 1,010 = 50,5 m

    - para 10 m

    D corrigida = 10 m x 1,010 = 10,1

    X Distncia a ser marcada em funo

    da declividade ( )

    Distncia que seria medida se o terreno fosse plano

  • 29

    Quadro 5 Correo da distncia em terreno inclinado

    Declividade Graus Declividade Percentual (%)

    Fator de

    Correo

    Declividade Graus Declividade Percentual (%)

    Fator de

    Correo

    0 0 1,000 23 42 1,086

    1 2 1,000 24 45 1,095

    2 3 1,001 25 47 1,103

    3 5 1,001 26 49 1,113

    4 7 1,002 27 51 1,122

    5 9 1,004 28 53 1,133

    6 11 1,006 29 55 1,143

    7 12 1,008 30 58 1,155

    8 14 1,010 31 60 1,167

    9 16 1,012 32 62 1,179

    10 18 1,015 33 65 1,192

    11 19 1,019 34 67 1,206

    12 21 1,022 35 70 1,221

    13 23 1,026 36 73 1,236

    14 25 1,031 37 75 1,252

    15 27 1,035 38 78 1,269

    16 29 1,040 39 81 1,287

    17 31 1,046 40 84 1,305

    18 32 1,051 41 87 1,325

    19 34 1,058 42 90 1,346

    20 36 1,064 43 93 1,367

    21 38 1,071 44 97 1,390

    22 40 1,079 45 100 1,414

    3.11.2 Instalao das sub parcelas 10m x 10m, 5m x 5m e 1m x 5m

    As subunidades sero divididas em sub parcelas de 10 x 10 m, conforme Figura 12, para fins de controle dos indivduos medidos, para mapeamento da cobertura/uso da terra (quando sob regime de cultivo agrcola) nas subunidades e das reas de preservao permanente e para a determinao da sub parcela que conter outras sub parcelas, a serem utilizadas para a avaliao da regenerao natural e levantamento de herbceas. Assim, durante a delimitao das subunidades 10m x 10m, dever ser registrado no Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade, sobre um desenho semelhante ao da Figura 12, o cdigo da cobertura/uso da terra na sub parcela, conforme apresentado no prximo item deste manual, e especificar, em outro desenho semelhante

  • 30

    ao da Figura 12, quando a sub parcela 10m x 10m est localizada em rea de preservao permanente.

    Ateno: no se deve sub dividir uma sub parcela de 10m x 10m para registrar mais de um tipo de cobertura/uso da terra ou para indicar que parte da sub parcela esta em rea de preservao permanente e que outra parte no se encontra sob esse regime. O correto registrar apenas o cdigo de cobertura/uso da terra ou se est sob rea de preservao permanente ou no, da situao que for predominante em cada sub parcela 10m x 10m.

    Figura 12: Esquema de subdiviso em quadrados de 10 x 10m na subunidade

    Dentro dos limites das subunidades, alm das sub parcelas de 10m x 10m, sero demarcadas, no interior da ltima sub parcela de 10m x 10m que se encontrar totalmente sob cobertura vegetal nativa (se esta situao existir), uma sub parcela de 5m x 5m e uma sub parcela de 1m x 5m, conforme Figura 2, onde sero avaliadas a regenerao natural e presena de plantas herbceas, respectivamente nas duas sub parcelas.

    3.12 Determinao de Classe de Cobertura/Uso da Terra Dentro das Subunidades

    O Inventrio Florestal Nacional, como instrumento de monitoramento, tambm tem com funo identificar a cobertura vegetal nas unidas amostrais, mesmo que estas unidades amostrais no se encontrem com a cobertura vegetal nativa, pois nos prximos ciclos do IFN, estas situaes podem se modificar. Desta forma, temos duas situaes como segue:

    3.12.1 Cobertura vegetal nativa da subunidade

    Quando a delimitao da subunidade for previamente identificada no escritrio como prevista em uma rea com cobertura vegetal nativa, em cada ponto inicial da subunidade dever ser feita a avaliao da cobertura de copas, igualmente como feito para o ponto central da UAR, e j descrito no item Avaliao de Cobertura de Copas. Registrar o percentual de cobertura de copas no campo apropriado do Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade.

    Quanto s caractersticas como tipo de vegetao, formao e sub formao, estas j estaro preenchidas no Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade, cabendo ao lder da equipe registrar se concorda ou no com as informaes fornecidas. No havendo concordncia com a informao repassada, o lder dever registra por extenso, qual a informao correta, quando souber, ou no sabendo, apenas assinalar a impossibilidade de identificao pela equipe.

  • 31

    3.12.2 Uso do solo da parcela de 10 x 10m

    Quando as unidades amostrais forem delimitadas em solo que no detenha mais parte ou totalmente a sua vegetao nativa, estas sero mapeadas de acordo com as classes de cobertura/uso da terra. Se correr dentro de uma subunidade mais de um tipo de uso: dunas, pastagem, agricultura, etc, estes devero ser mapeados nas sub parcelas de 10 x 10 m. Para cada sub parcela 10 x 10 m, o lder da equipe dever considerar a classe de uso da terra predominante (Quadro 6).

    Para a avaliao da tipologia vegetacional, ser considerada aquela que predominar em cada subunidade da UAR, conforme o bioma em que se encontra. A tipologia predominante dever ser indicada no Formulrio F6 Delimitaes e Avaliaes na Sub Unidade.

    Quadro 6: Classes de cobertura/uso da terra em reas sem-floresta e respectivos cdigos.

    Classes de cobertura/uso Legenda

    Natural Floresta madura Fm

    Antrpica

    Vegetao Secundria - Vs

    Pioneiro/Inicial

    Sem palmeiras - s Vss1

    Com palmeiras - p Vsp1

    S palmeiras - b Vsb1

    Mdio/Avanado

    Sem palmeiras - s Vss2

    Com palmeiras - p Vsp2

    S palmeiras - b Vsb2

    Agropecuria - Ag Agricultura - Ac

    Culturas permanentes - p Acp

    Culturas cclicas - c Acc

    Pecuria Ap Ap

    Florestamento/

    Reflorestamento - R

    Eucalipto Re

    Pinus Rp

    Araucria Rr

    Accia Ra

    Algaroba Rg

    Seringueira Rs

    Outros gneros Ou

    Com mais de um gnero (misto) Rm

    Recomposio com nativas Rn

    Urbana e Influncia Urbana Iu

    Degradadas por minerao Im

    rea Indiscriminada (solo exposto) Ai

    Outras

    Dunas Dun

    Afloramentos rochosos Afr

    Superfcie com gua (rios perenes e intermitentes, lagos, represas, reas alagadas)

    Agu

  • 32

    Caso mais de um tipo de cobertura/uso da terra ou tipologia ocorra numa mesma sub parcela 10 x 10 m dever ser considerado aquele que ocorra em maior extenso na sub parcela.

    No exemplo da Figura 13 cada sub parcela de 10 X 10 m foi classificada com classes de uso da terra (polgonos de cores diferentes), aqui representadas pelos cdigos Acc (Agricultura de cultura cclica), Vss2 (Vegetao secundria sem palmeira) e Re (Florestamento/Reflorestamento com eucalipto), respectivamente.

    Figura 13: Croqui com a delimitao de diferentes classes de cobertura/uso da terra na subunidade.

    3.13 Procedimentos Para a Medio e Identificao dos Indivduos Nas Subunidades

    As medies no interior das subunidades constituem a essncia do Inventrio Florestal Nacional, o que significa que esses so os dados que iro traduzir os valores dos estoques florestais nas diversas regies do Pas. Embora todos os demais procedimentos sejam fundamentais para garantir um bom levantamento de campo, as medies e identificaes dos indivduos vegetais devem ser realizadas com a mxima ateno para no se incorrer em erros sistemticos ocasionados por vcios adquiridos em outros tipos de levantamentos ou por sub julgar a importncia de alguns detalhes nas medies de cada indivduo.

    3.13.1 Procedimentos Gerais

    A fim de organizar a coleta de informaes sobre a vegetao no interior das subunidades e posteriores avaliaes dessas medies, tais informaes foram distribudas em nveis, conforme os objetivos a que se destinam. Esses nveis so apresentados na Tabela 1, com exceo para o Bioma Amaznico que apresentado na Tabela 2, pois para esse Bioma, o tamanho das subunidades e os limites de incluso dos indivduos a serem medidos so diferentes.

    Tabela 1: Dimenses das subunidades e sub parcelas da UAR para os Biomas Mata Atlntica, Caatinga, Cerrado e Pantanal.

    NVEL DIMENSO(m) REA(m2) LIMITES DE INCLUSO

    I 1 x 5 5 Plantas herbceas

    II 5 x 5 25 h 1,0 m e DAP < 5 cm

    III 10 x 10 100 5 cm DAP < 10 cm

    IV 20 x 50 1000 DAP 10 cm

  • 33

    Tabela 2: Dimenses das subunidades e sub parcelas da UAR para o Bioma Amaznia.

    NVEL DIMENSO(m) REA(m2) LIMITES DE INCLUSO

    I 1 x 5 5 Plantas herbceas

    II 5 x 5 25 h 1,0 m e DAP < 5 cm

    III 10 x 10 100 5 cm DAP < 10 cm

    IV 20 x 50 1000 DAP 10 cm

    V 20 x 100 2.000 DAP 40 cm

    Todas as rvores inseridas dentro da rea da subunidade, independente da sub parcela em que se encontre, devero ter o dimetro altura do peito (DAP) medido e registrado, obedecendo-se os respectivos limites de incluso, conforme apresentado nas Tabelas 1 e 2. Tambm ser medida a altura de ao menos trs rvores e estimadas as alturas das demais.

    Quando possvel a identificao da espcie em campo, dever ser registrado o nome cientfico no campo apropriado do Formulrio F7 Medies nas Sub Unidades. No sendo possvel a identificao no local, uma amostra botnica dever ser coletada e enviada ao herbrio conforme descrito adiante. Havendo material botnico frtil, mesmo que a espcie j tenha sido identificada em campo, o material dever ser coletado (de apenas um indivduo da espcie por equipe) e enviado ao herbrio conforme procedimentos descritos adiante neste manual. Tambm dever ser registrado no Formulrio F7 Medies nas Sub Unidades quando for coletado material botnico do indivduo. A espcie tambm receber um cdigo de identificao no F7 Medies nas Sub Unidades, mas este dever ser preenchido posteriormente, pela equipe do Servio Florestal Brasileiro.

    Tambm devero ser identificados e medidos os indivduos dentro das sub parcelas de 10 x 10m (5 cm DAP < 10 cm) e anotados ao final do Formulrio F7, bem como os indivduos da sub parcela de 5 x 5m, para fins de avaliao da regenerao natural, registrando as informaes no Formulrio 11 Avaliao da Regenerao Natural (sub parcela de 5m x 5m e DAP < 5 cm), conforme os limites de incluso apresentados nas Tabelas 1 e 2, e na sub parcela de 1 x 5m, devero ser identificados e contados o nmeros de indivduos herbceos por espcie e registrado no Formulrio F12 Levantamento de Herbceas.

    3.13.2 Procedimentos Quanto a Medio de rvores nos Limites das Subunidades e das Sub Parcelas

    So consideradas como rvores duvidosas quanto necessidade de sua avaliao, aquelas que se encontram muito prximas ou sobre a linha que delimita a subunidade e/ou as sub parcelas de 10 x 10 m. Os critrios para a tomada dessa deciso so os que seguem:

    - rvores cuja base do tronco esteja dentro da rea delimitada para a medio, mesmo que o fuste e a copa estejam fora, devem ter suas informaes coletadas;

  • 34

    - rvores localizadas exatamente no limite direito da rea em que est se tomando as medies sero includas enquanto aquelas localizadas no limite esquerdo sero excludas.

    3.13.3 Procedimentos Para Determinao do Nmero de Fustes

    Quando o indivduo arbreo bifurcar antes do ponto de medida do dimetro (0,30 cm de altura quando na base, e 1,30 m quando na altura do peito), dever se tomar as medidas de todos os troncos (fustes) que tiverem o dimetro incluso no limite de medio do bioma, conforme apresentado nas Tabelas 1 e 2. Para cada fuste medido dever ser utilizado uma linha do Formulrio F7 Medies nas Sub Unidades, registrando o nmero correspondente ao fuste, e repetindo o nmero da rvore.

    3.13.4 Procedimentos Para Medio de Dimetro a Altura do Peito (DAP)

    O DAP dever ser medido com fita diamtrica ou suta, dependendo do dimetro da rvore, posicionados em paralelo ao solo e a uma altura de 1,30 m em relao ao solo. Quando utilizado a suta, devero ser realizadas duas medidas de dimetro na mesma altura, formando um ngulo reto entre as duas tomadas. As duas medidas devero ser registradas no Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades. Os casos especiais esto esquematicamente demonstrados nas Figuras 14 e 15. Algumas possveis situaes que sero encontradas para coleta esto demonstradas na Figura 15.

    Figura 14: Medio de rvore em terreno inclinado, com sapopemas e medio de rvores inclinadas e bifurcadas.

    Figura 15: Medio de DB e DAP

  • 35

    3.13.5 Procedimentos Para Determinao da Sanidade do Fuste

    Os fustes includos no limite de medio para dimetro devero tambm ser avaliados quanto a sua sanidade. Para minimizar a subjetividade desta avaliao, dever ser utilizada a conveno a seguir, registrando no campo apropriado do Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades o cdigo numrico correspondente a situao sanitria do indivduo arbreo.

    1 Sadio sem defeitos aparentes

    2 Presena de cupim ou podrides

    3 Presena simultnea de cupins ou podrides e/ocos visveis

    4 rvore morta em p

    3.13.6 Procedimentos Para Determinao da Qualidade do Fuste

    A qualidade do fuste est relacionada forma anatmica dos troncos dos indivduos arbreos comparada com a conveno abaixo especificada:

    1 Fuste reto, cilndrico e desprovido de ramificaes considerveis;

    2 Fuste ligeiramente torto, porm cilndrico e desprovido de ramificaes e com aproveitamento;

    3 Fuste com forte tortuosidade;

    4 Fustes quebrados, rachados.

    O cdigo correspondente a aparncia do fuste dever se registrado no Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades.

    3.13.7 Procedimentos Para Determinao da Posio Sociolgica

    Avalia a posio que o indivduo arbreo se encontra em relao aos estratos apresentados pela vegetao na subunidade. Pela conveno adotada pelo IFN, cinco opes so possveis, conforme abaixo:

    1 Emergente (estrato acima do superior);

    2 Dominante (estrato superior);

    3 Co dominante (estrato mdio);

    4 Dominado (estrato inferior);

    5 Sem definio de estratos.

    A opo cinco deve ser escolhida quando no for possvel definir estratos na formao florestal inventariada. O cdigo correspondente a cada posio individual dever ser registrado no Formulrio F 7 - Medies nas Sub Unidades.

  • 36

    3.13.8 Procedimentos Para Levantamento de rvores Fora-da-Floresta (AFF)

    rvores fora-da-floresta so aquelas que se encontram isoladas, que esto localizadas em reas definidas como no-floresta. Ocorrem espalhadas em campos e pastagens, reas agrcolas, ao longo de estradas, ferrovias, rios, crregos ou canais.

    Quando estas rvores estiverem localizadas dentro das subunidades da UAR, elas devero ser medidas e, como as demais rvores, terem suas informaes registradas no Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades, assinalando com um X o campo apropriado para esta informao.

    3.13.9 Procedimentos Para Medio de Alturas

    Procedimentos gerais

    Em cada subunidade ao menos trs indivduos tero suas alturas avaliadas utilizando o clinmetro ou a rgua graduada (dependendo da situao) (Figura 17), com caractersticas definidas pelo SFB, dependendo da situao. Os indivduos que tiverem suas alturas avaliadas com instrumentos devero receber uma identificao com um X no campo apropriado do Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades. A escolha das rvores a terem suas alturas avaliadas com um desses equipamentos deve ser feita pelo lder da equipe. Sero medidas a altura total (HT) e a altura do fuste (Hf) (Figura 16). As demais rvores da subunidade tero suas alturas estimadas com base naquelas em foram utilizados equipamentos para esse fim. A Figura 16 demonstra esquematicamente os pontos que definem a altura total e altura do fuste de uma rvore.

    Figura 16: Medio de altura

    A altura total (HT) a distncia vertical tomada desde o nvel do solo at o pice da rvore.

    A altura do fuste (Hf) a distncia vertical tomada desde o nvel do solo at a base da copa da rvore.

  • 37

    Figura 17: Aparelhos para medio de alturas: A -Clinmetro Haglof, B - Clinmetro Suunto e C - rgua graduada

    Medio com Clinmetro

    A medio da altura do fuste, com clinmetro, fundamentada no princpio trigonomtrico e resulta da soluo das tangentes dos ngulos () e () no tringulo formado pela realizao de duas leituras: uma na base da rvore (A) e a outra na base da copa (B), e a distncia horizontal desde o observador at a rvore (D), como mostra a Figura 18.

    Figura 18: Medio de altura com clinmetro

    Hf = D (tan + tang )

    As leituras dos ngulos () e () no clinmetro podem ser feitas em duas escalas: graus ou percentagem. As escalas ticas so graduadas em quadrantes:

  • 38

    - Graus: -0 a +90 e 0 a -90

    - Percentagem: -0% a +150% e 0% a -150%

    Exemplo: O observador se posiciona a 15 m de distancia da rvore, faz a leitura da base (A) na escala em graus do clinmetro obtendo -15,5 e a leitura da base da copa (B) obtendo 6,5. Para determinao da altura do fuste, faz-se:

    Hf = D (tan + tang )

    Hf = 15 m (tan -15,5 + tan 6,5

    Hf = 15 m (0,211014 + 0,220277)

    Hf = 6,47 m

    Se o observador tiver feito as leituras na escala graduada em percentagem, os valores obtidos sero: = 21,1014% e = 22,0277%, resultantes da multiplicao das respectivas tangentes por 100.

    Neste caso, o clculo da altura do fuste, com as leituras em percentagem, feito dividindo-se a distncia por 100, ou seja:

    Hf = (tan + tang )

    Hf = (21,1014% + 22,0277%)

    Hf = 0,15 m (43,1291)

    Hf = 6,47 m

    Vale observar que as leituras dos ngulos () e () podero estar situadas em um mesmo quadrante da escala tica, ou em quadrantes distintos, como o exemplo acima.

    Quando as leituras estiverem situadas em quadrantes distintos, elas devem ser somadas, e quando estiverem situadas em um mesmo quadrante, subtrai-se a leitura menor da leitura maior. Esquematicamente, a regra aplicvel a cada caso est demonstrada no Quadro 7.

    Quadro 7: Regra esquemtica para obteno das alturas com clinmetro, quanto aos ngulos e

    ngulo ngulo Clculo da altura

    - + H = D (tan + tan )

    - - H = D (tan - tan )

    + + H = D (tan - tan )

  • 39

    Medio com Clinmetro Haglof

    O Clinmetro Haglof um instrumento eletrnico de medio de inclinaes e alturas.

    Figura 19: A Clinmetro Haglof, B Visor do Clinmetro Haglof

    A partir de uma distncia previamente medida e dois ngulos medidos pelo clinmetro, ele calcula e apresenta a altura do objeto diretamente no visor. Como todos os dados so processados pelo instrumento elimina-se qualquer risco de erro de clculo. Todas as funes do aparelho so operadas em um nico boto. A operao recomendvel do Clinmetro Haglof para medio de alturas deve seguir os seguintes passos:

    1 - Medio da distncia entre o observador e a rvore:

    A distncia ideal entre o observador e a rvore equivalente a altura da rvore.

    Figura 20: Etapa 1 da medio de altura com Clinmetro Haglof

  • 40

    2 - Registrar a distncia medida no aparelho:

    Um clique curto no boto de ligar o aparelho far surgir no visor a abreviatura DIST. Mantenha o boto pressionado e mova o clinmetro para cima ou para baixo at coincidir com a distncia medida e, aps, solte o boto para registrar esta distncia.

    Figura 21: Etapa 2 da medio de altura com Clinmetro Haglof

    3 - Leitura da base:

    Selecionar a escala tica - modo percentagem (%) ou graus (DEG) por meio de um clique curto no boto de controle. Visar base da rvore e dar um clique longo no boto de controle para registrar a leitura do ngulo da base.

    Figura 22: Etapa 3 da medio de altura com Clinmetro Haglof

  • 41

    4 - Leitura do ponto superior:

    Visar o ponto superior de interesse (altura total ou do fuste) e dar um clique longo no boto de controle para registrar o ngulo do ponto superior.

    Figura 23: Etapa 4 da medio de altura com Clinmetro Haglof

    5 - Clculo da altura:

    Aps o registro da leitura do ponto superior, o aparelho calcula a altura desejada e mostra o resultado na tela do aparelho automaticamente. O valor apresentado deve ser registrado no Formulrio F7 Medies nas Sub Unidades.

    Figura 24: Etapa 5 da medio de altura com Clinmetro Haglof

  • 42

    Medio com Vara Graduada

    A medio da altura com vara graduada, pode ser feita com rguas telescpicas produzidas especialmente para este fim, ou utilizar varas telescpicas de pesca graduadas de 50 em 50 cm.

    3.13.10 Procedimentos Para Determinao da Presena de Lianas

    Todo indivduo arbreo que tiver as suas informaes registradas, tambm dever ser analisado quanto a presena de lianas em seus galhos. Esta observao deve ser feita pelo lder da equipe, e se constatado a presena de lianas sobre a rvore medida, um X dever ser marcado no campo apropriado correspondente ao indivduo, no Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades.

    3.13.11 Procedimentos Para Determinao de rvores Mortas

    Quando identificado pelo lder da equipe que um determinado indivduo arbreo est morto e permanece em p, todas as informaes possveis sobre este indivduo devem ser tomadas como nas demais rvores, registrando com um X no campo apropriado que a rvore em referncia j est morta.

    3.13.12 Procedimentos Para Determinao da Quantidade de Tocos Recm Cortados

    Durante o caminhamento pela subunidade quando em vegetao nativa, seja na instalao da subunidade ou na medio dos indivduos, o lder deve ficar atento presena de tocos de rvores derrubadas. Cada toco percebido dever ser registrado com um pequeno trao no campo apropriado do Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades.

    3.13.13 Procedimentos Para Levantamento de Palmeiras

    Nas subunidades tambm sero consideradas as palmeiras, que devem ser medidas como os outros indivduos de porte arbreo (Formulrio F7 - Medies nas Sub Unidades), observando-se os seguintes critrios:

    - Para estipe que no alcanar 1,30 m de altura, ser registrada apenas a presena;

    - Na ocorrncia de grupos de estipe, registrar apenas a presena como uma unidade.

    Quando identificada em campo o nome cientfico da palmeira, este deve ser registrado normalmente, como para os outros indivduos. Porm, no se conhecendo o nome cientfico, deve ser registrado no campo para o nome da espcie apenas que se trata de palmeira. A coleta de material botnico segue os mesmos critrios para a coleta de amostras de outros indivduos arbreos.

    3.13.14 Procedimento para levantamento de Epfitas

    Esse levantamento visa estimar a quantidade e diversidade de epfitas. Sero amostradas duas rvores por subunidade da seguinte forma:

    a) Ser feita observao sistemtica da primeira e da ltima rvore de cada subunidade concomitantemente medio dos indivduos da subunidade;

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    b) No Formulrio F8 Levantamento de Epfitas sero registradas os nomes das espcies arbreas da primeira e da ltima rvore.

    c) Em cada rvore dever ser estimada a classe de abundncia de indivduos para as famlias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae e do grupo Pteridophytas. As demais epfitas sero registradas como outras.

    d) A classe correspondente a cada famlia ou grupo dever ser assinalada com X no Formulrio F8 Levantamento de Epfitas.

    3.13.15 Procedimentos Para Levantamento de Bambus

    As touceiras de bambu inseridas dentro da rea das subunidades devero ter a circunferncia medida, utilizando a trena. Sero coletados dados sobre a quantidade aproximada de colmos e medido o CAP de 3 colmos, em cada touceira. Essas informaes devero ser registradas no Formulrio F9 Levantamento de Bambus. Tambm ser estimada a altura total e avaliada a sanidade das touceiras, segundo os seguintes critrios:

    a) Sadio sem defeitos aparentes; b) Presena de cupim ou podrido; c) Presena simultnea de cupins ou podrido e furos ou danos visveis; d) Colmo morto em p.

    3.13.16 Levantamento de Bromeliaceae e Cactaceae

    Este levantamento ser realizado apenas no Bioma Caatinga e visa estimar de forma simplificada a quantidade das bromeliceas popularmente conhecidas como macambiras e como caros, ambos de importante interesse econmico para o sertanejo nordestino. As quantidades de cactceas devem ser estimadas quanto aos hbitos de crescimento arbreo, arbustivo ou rasteiro-herbceo. Os critrio para o enquadramento nas classe de abundncia so os seguintes:

    Po - Pouco: Menos de 20% de cobertura do solo

    Me - Mdio: Entre 20 e 60% de cobertura do solo

    Mu - Muito: Mais de 60% de cobertura do solo

    O identificador botnico far a identificao dos grupos e a estimativa de presena e abundncia para cada subunidade de 20 x 50m. O registro ser realizado no Formulrio F10 Levantamento de Bromeliaceae e Cactaceae. Portanto, cinco grupos de levantamentos devem ser analisados, como segue:

    Bromeliaceae

    Sero levantados 2 grupos de espcies:

    macambiras (independente da espcie) caro

    Cactaceae

    O levantamento especificar 3 grupos de hbito:

    hbito arbreo hbito arbustivo

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    hbito rasteiro-herbceo

    3.13.17 Procedimentos Para Avaliao da Regenerao Natural

    Esta avaliao ser feita em uma sub parcela de 5m x 5m a ser delimitada na ltima sub parcela de 10m x 10m da subunidade, que estiver inteiramente recoberta por vegetao natural, conforme representao da Figura 2. No Formulrio F11 Avaliao da Regenerao Natural (sub parcela de 5m x 5m, sendo h 1,0 m e DAP [ou dB] < 5 cm) ser feito o registro da quantidade de indivduos por espcie, sinalizando no campo adequado quando for coletado material botnico da espcie.

    Para ser contabilizado, o indivduo deve estar incluso nos limites apresentados nas Tabelas 1 e 2, conforme o Bioma inventariado.