Manual de Convenios 2010

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    MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOMESecretaria Nacional de Assistncia Social

    MANUAL DE CONVNIOS/2010

    Orientaes Tcnicas

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    AAPPRREESSEENNTTAAOO

    O Sistema nico da Assistncia Social SUAS reorganiza e consolida as baseselementares de execuo da Poltica Nacional de Assistncia Social PNAS, medida que

    permite a normatizao e institucionalizao de padres nos servios, a qualificao doatendimento, o estabelecimento de indicadores de avaliao e resultado, nomenclatura dosservios e da rede socioassistencial e, ainda, o enfoque nos eixos estruturantes: matricialidadesociofamiliar, descentralizao poltico-administrativa e territorializao nas trs esferas degoverno, sendo estes eixos novas bases na relao entre Estado e sociedade civil, ofinanciamento, o controle social e para o desafio da participao popular/cidado () usurio (a).

    Em consolidao ao Sistema nico de Assistncia Social e Sistemtica deFinanciamento, o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS, por meio daSecretaria Nacional de Assistncia Social SNAS, no uso de suas atribuies de gestor federalda Poltica de Assistncia Social, apresenta o Manual de Convnios. No que se refere aosprogramas e projetos, o co-financiamento da Unio ser operado mediante a celebrao de

    convnios ou instrumentos congneres, cujo repasse do MDS ocorre entre os entes federados.Os procedimentos e fluxos necessrios formalizao de convnios buscam assegurar

    maior agilidade, visibilidade e transparncia no processo de tramitao.

    Convm destacar que a forma de cooperao tcnica e financeira por intermdio deconvnios e instrumentos congneres obedece legislao, notadamente o Decretolei n 200, de25 de fevereiro de 1967, art. 116 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei Complementar n101, de 04 de maio de 2000, Decreto n 6.170, de 25 de julho de 2007 e Portaria InterministerialMPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008 e aos procedimentos indicados neste Manual. Deacordo com o art. 7 do Decreto n 1.605, de 25 de agosto de 1995 que regulamenta o FundoNacional de Assistncia Social, observa-se que O repasse de recursos para as entidades e

    organizaes de assistncia social, devidamente registradas no Conselho Nacional de AssistnciaSocial (CNAS), ser efetivado por intermdio dos Fundos Estaduais, Municipais e do DistritoFederal, de acordo com os critrios estabelecidos pelos respectivos Conselhos.

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    CAPTULO I

    DEFINIO DE TERMOS E DIRETRIZES PARA ELABORAO DEPROGRAMAS E PROJETOS NO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL

    1.1 Orientaes Gerais para Elaborao de Programas e Projetos no SUAS -Sistema nico de Assistncia Social (Justificativa das Propostas)

    A Assistncia Social experimenta grandes inovaes desde o ano de 2004, quando daaprovao da Poltica Nacional de Assistncia Social, que instituiu o Sistema nico deAssistncia Social.

    Alm dos saltos qualitativos quanto s aes realizadas pela PNAS, possvel observarmuitos avanos no que concerne ao financiamento dos programas e projetos, que tambmcompem a rede de servios de proteo social instituda pela Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS (Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993).

    A Norma Operacional Bsica - NOB/SUAS cita em seu item 5.4 que:

    (...)tambm so objetos de novas regulaes e nova sistemtica os repasses efetuados

    para apoio financeiro a projetos e programas no continuados, para os quais permanece o

    mecanismo de convnio, mediante a instituio de sistemtica prpria.

    Essa iniciativa baseia-se no fato de que a Assistncia Social conta com prerrogativaslegais que permitem simplificar sobremaneira o grau de exigncias documentais para processosem seu mbito.

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    1.2 CONCEITOS BSICOS

    Para melhor entendimento dos conceitos utilizados neste manual e seus efeitos quandoda proposio de projetos, consideram-se:

    1.2.1 Atividades/Aes: conjunto de operaes para alcanar objetivos de projetosdesenvolvidos com a populao usuria da Poltica Nacional de Assistncia Social.

    1.2.2 Cadastramento: consiste na entrega aos rgos ou entidades concedentes ou nasunidades cadastradoras do SICONV dos documentos e informaes indicados no art. 17 daPortaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008 referentes aorepresentante legal do rgo ou da entidade pblica e no art. 19 da Portaria InterministerialMPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008 quanto aos rgos e entidades pblicas dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    1.2.3 Categoria Econmica: forma de classificao da despesa pblica sob o critrio dapermanncia ou durabilidade do investimento ou inverso, seja com a produo ou aquisio debens, seja com o gasto com manuteno ou recuperao.

    a) O dgito 03: designa despesa corrente (custeio), o gasto com manuteno ourecuperao que no contribui diretamente para a formao, aquisio ou aumento de bem decapital. So despesas correntes: o custeio da manuteno administrativa, reformas/recuperaesde unidades, aquisio de materiais de consumo (higiene, limpeza, didtico-pedaggicos, dentreoutros) alimentao; servios de terceiros (pessoa fsica ou jurdica).

    b) O dgito 04: designa despesa de capital (investimento), aquelas que contribuem paraa criao de bens a serem incorporados ao patrimnio pblico. So exemplos de despesas decapital: a aquisio de equipamentos, veculos, materiais permanentes, construo nova,ampliao de unidades; concluso de obras; etc.

    1.2.4 Cdigo da Funcional-Programtica: cdigo identificador da classificao dadespesa por funo, sub-funo, programa, ao, que permite relacionar as dotaesoramentrias aos objetivos do governo, o que, no caso da Assistncia Social, deve corresponders diretrizes e aos objetivos da Lei Orgnica da Assistncia Social - LOAS, da Poltica Nacionalde Assistncia Social PNAS (que instituiu o Sistema nico de Assistncia Social - SUAS), daNorma Operacional Bsica do SUAS NOB/SUAS e regulaes complementares.

    1.2.5 Cdigo da Modalidade de Aplicao: as modalidades de aplicao utilizadaspara repasse so identificadas pelos cdigos: 40 (transferncias para Municpios) e 30(transferncias para Estados e DF).

    1.2.6 Cdigo por Grupo de Natureza da Despesa - GND: cdigo que agregaelementos da classificao da despesa com as mesmas caractersticas quanto ao objeto do gasto.

    1.2.7 Concedente: A Unio, por intermdio do Ministrio do Desenvolvimento Social eCombate Fome MDS, responsvel pela transferncia dos recursos financeiros ou pela

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    descentralizao dos crditos oramentrios destinados execuo do objeto do convnio.1.2.8 Contrapartida: recursos financeiros prprios do convenente a serem alocados no

    projeto.

    1.2.9 Convenente: Estados, Municpios ou Distrito Federal, com o qual o concedentepactua a execuo de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebrao de convnio.

    1.2.10 Convnio: acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline atransferncia de recursos financeiros de dotaes consignadas nos Oramentos Fiscal e daSeguridade Social da Unio e tenha como partcipe de um lado, rgo da administrao pblicafederal direta, e de outro lado, rgo ou entidade da administrao pblica estadual, distrital oumunicipal direta, visando execuo de programa de governo, envolvendo a realizao deprojeto, atividade, servio, aquisio de bens ou evento de interesse recproco, em regime demtua cooperao.

    1.2.11 Credenciamento: consiste na insero diretamente no SICONV das informaesindicadas nos incisos I e II do art. 14 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29de maio de 2008.

    1.2.12 Cronograma de desembolso: previso de transferncia de recursos financeiros,em conformidade com a proposta de execuo das metas e etapas do Plano de Trabalho e com adisponibilidade financeira. Neste tambm devero ser previstos os recursos referentes contrapartida com a indicao do ms e ano de seu desembolso.

    1.2.13 Cronograma de execuo: ordenao das metas, especificadas e quantificadas,em cada etapa, segundo a unidade de medida pertinente, com previso de incio e fim.

    1.2.14 Etapa: diviso existente na execuo de uma meta.

    1.2.15 Emenda Parlamentar: o instrumento utilizado pelo Poder Legislativo paraincluir no Projeto de Lei Oramentria Anual autorizao para posterior transferncia de recursosdo Oramento da Unio.

    1.2.16 Meta: parcela quantificvel do objeto descrita no plano de trabalho.

    1.2.17 Objeto do convnio: descrio detalhada, clara, objetiva e precisa do que sepretende atingir ao final da execuo do instrumento celebrado, dos resultados a seremalcanados e dos beneficirios atendidos, observadas a ao do programa de trabalho e suasespecificidades.

    1.2.18 Pagamento de Servios de Terceiros: (Despesas Custeio) referem-se aosservios eventuais executados por pessoa jurdica e/ou fsica, tais como instrutores e monitores,contratados exclusivamente para o convnio sem caracterizar vnculo empregatcio com oConcedente e/ou Convenente e, no caso de pessoa fsica, que no seja servidor pblico dequalquer esfera de governo. O MDS somente financia servios de terceiros que se caracterizemcomo de Assistncia Social, no podendo os recursos serem aplicados em servios de outras

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    polticas, como por exemplo, Sade, Educao, Esporte e outros de competncia de outrosMinistrios.

    1.2.19 Plano de Trabalho: o instrumento programtico integrante do convnio a sercelebrado, que evidencia o detalhamento das responsabilidades assumidas pelos partcipes(convenente, concedente), identificando objeto, justificativa, objetivo, programao fsica efinanceira, cronogramas de execuo (meta, etapa e fase) e de desembolso, plano de aplicaodos recursos e outras informaes necessrias ao bom desempenho do convnio, conforme art.21, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    1.2.20 Perodo de Execuo: perodo definido para a realizao das atividades econsecuo das metas propostas no Plano de Trabalho.

    1.2.21 Proponente: Estados, Municpios e Distrito Federal, devidamente credenciadosno SICONV, que manifestem, por meio de proposta de trabalho, interesse em firmar instrumentoregulado pela Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    1.2.22 Saldo de convnio: disponibilidade financeira em conta bancria especfica doconvnio, relativa aos recursos repassados pelo Concedente aos Convenentes, com respectivosrendimentos, que foram destinados execuo do objeto pactuado e que no foram utilizados nosexerccio previsto, includo os valores da contrapartida.

    1.2.23 Termo Aditivo: instrumento que tenha por objetivo a modificao do convnioj celebrado, vedada a alterao do objeto aprovado.

    1.2.24 Termo de Convnio: o instrumento no qual so pactuadas as responsabilidadesdos partcipes visando formalizao do convnio e que conter obrigatoriamente as clusulasespecificadas no art. 30 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de2008, no que couber.

    1.2.25 Termo de Referncia: documento apresentado quando o objeto do convnioenvolver aquisio de bens ou prestao de servios, que dever conter elementos capazes depropiciar a avaliao do custo pelo MDS, diante de oramento detalhado, considerando os preospraticados no mercado, a definio dos mtodos e o prazo de execuo do objeto.

    1.2.26 Unidade Gestora: unidade oramentria ou administrativa que realiza ato degesto oramentria financeira e/ou patrimonial, cujo titular est sujeito a Tomada de ContasAnual, conforme disposto nos artigos 81 e 82, do Decreto-Lei n 200/67.

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    1.3 DIRETRIZES, OBJETIVOS, PBLICO-ALVO E CRITRIOS:

    1.3.1 DIRETRIZES:

    A Poltica Pblica de Assistncia Social realiza-se de forma integrada s polticassetoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, garantiados mnimos sociais, ao provimento de condies para atender contingncias sociais e universalizao dos direitos sociais.

    Como forma de garantir a consonncia das proposies apresentadas com a LOAS, aPNAS, a NOB e demais normativas da Poltica de Assistncia Social, as propostas e a anlise doMDS devero se pautar nas diretrizes especificadas a seguir:

    a) a descentralizao poltico-administrativa cabe coordenao e as normas gerais esfera federal. A coordenao e execuo dos respectivos programas/projetos cabem s esferasestadual, municipal e o Distrito Federal, garantindo o comando nico das aes em cada esfera degoverno, respeitando as diferenas e as caractersticas scio-territoriais locais;

    b) participao da populao, por meio de organizaes representativas, na formulaodas polticas e no controle das aes em todos os nveis;

    c) primazia da responsabilidade do Estado na conduo da Poltica Nacional deAssistncia Social em cada esfera de governo;

    d) centralidade na famlia para concepo e implementao dos benefcios, servios,programas e projetos.

    1.3.2 OBJETIVOS

    a) Contribuir no processo de elaborao de solicitaes para aplicao de recursosfinanceiros no mbito do Sistema nico de Assistncia Social SUAS;

    b) Compatibilizar a aplicao de recursos financeiros com as prioridades definidas emconjunto pelas trs esferas de governo (federal, estadual e municipal), na Comisso IntergestoresTripartite CIT e no Conselho Nacional de Assistncia Social CNAS;

    c) Avanar na estruturao qualificada da rede de servios de Proteo Social do SUAS;

    d) Prover servios, programas, projetos e benefcios de proteo social bsica e/ouespecial para famlias, indivduos e grupos que deles necessitarem;

    e) Contribuir com a incluso e a equidade dos usurios e grupos especficos, ampliandoo acesso aos bens e servios socioassistenciais bsicos e especiais, em reas urbana e rural;

    f) Assegurar que as aes no mbito da assistncia social tenham centralidade na famliae que garantam a convivncia familiar e comunitria.

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    1.3.3 PBLICO-ALVO:

    Os projetos devem ser voltados aos usurios da Poltica Nacional de Assistncia Social

    PNAS/2004 tendo por base os nveis de proteo social, a saber: Proteo Social Bsica: populao que vive em situao de vulnerabilidade social

    decorrente da pobreza, privao (ausncia de renda, precrio ou nulo acesso aos serviospblicos, dentre outros) e/ou fragilizao de vnculos afetivos relacionais e depertencimento social (discriminaes etrias, tnicas, de gnero ou por deficincias,dentre outras).

    Proteo Social Especial: pessoas com deficincia, crianas e adolescentes, jovens,adultos, idosos e pessoas em situao de rua com direitos violados e/ou ameaados,inclusive no ambiente familiar, e vnculos familiares fragilizados ou rompidos. As aes

    da Proteo Social Especial tm como objetivo potencializar a autonomia e os recursos deindivduos e famlias para o enfrentamento de situaes adversas, contribuir para o resgatede direitos ameaados e/ou violados e fortalecer a re-construo de vnculos afetivos erelacionais.

    1.3.4 CRITRIOS:

    Os principais critrios a serem utilizados na anlise dos projetos sero:

    a) conformidade com as diretrizes e objetivos da PNAS e da NOB/SUAS;

    b) caracterizao dos usurios em situaes que demandem aes de proteo social;c) papel estratgico para a implementao do SUAS;

    d) consonncia com as diretrizes, objetivos, metas, prioridades, prazos, oramentos doseditais/portarias de seleo dos projetos, emendas parlamentares, se for o caso, e demaisregulaes propostas pela Secretaria Nacional de Assistncia Social MDS;

    e) qualidade tcnica da proposta (consistncia, pertinncia, relevncia e viabilidade deexecuo);

    f) racionalidade do investimento e clareza na durabilidade da execuo da proposta quejustifica o convnio;

    g) custo-efetividade do projeto;

    h) recursos humanos adequados;

    i) apresentao de indicadores para acompanhamento e avaliao;

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    j) capacidade de gesto do projeto.

    Visando ampliar e aprimorar os parmetros de atuao na aplicao de recursosfinanceiros e o impacto das aes na qualidade de vida da populao, cada projeto dever estar

    ligado s diretrizes pertinentes, ater-se aos objetivos definidos e, no caso das propostas queatendam a editais e/ou portarias especficas, devem ainda submeter-se aos critrios de prioridadee atender s condies definidas especificamente.

    1.4 CHAMAMENTO PBLICO

    A celebrao de convnios cujos recursos no sejam oriundos de emendas parlamentarespoder ser precedida de chamamento pblico, que conter, no mnimo, a descrio dos programasa serem executados de forma descentralizada e os critrios objetivos para a seleo doconvenente ou contratado, com base nas diretrizes e nos objetivos dos respectivos programas.

    1.5 EMENDAS PARLAMENTARES

    Os membros do Congresso Nacional podem apresentar emendas ao projeto de lei dooramento anual, conforme prerrogativa prevista no artigo 166 2 da Constituio Federal de1988, mediante a consignao de programaes destinadas a projetos a serem executados emlocalidades determinadas.

    No mbito do Fundo Nacional de Assistncia Social FNAS, a transferncia advinda deemendas parlamentares segue as definies da Lei Orgnica da Assistncia Social, da PolticaNacional de Assistncia Social e da legislao complementar, sendo efetuada mediante aapresentao de propostas.

    O parlamentar titular da emenda dever encaminhar Ofcio a este Ministrio indicando oEstado, o Distrito Federal ou Municpio beneficirio de sua emenda e solicitar que o proponente,no momento da insero da proposta no sistema, digitalize tal ofcio, anexando-o junto abaANEXO da proposta para que a solicitao seja identificada como oriunda de emendaparlamentar.

    As eventuais diligncias relativas s emendas parlamentares sero enviadas aoproponente, com cpia para a Assessoria Parlamentar deste Ministrio, com vistas a cientificar oautor da emenda.

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    CAPTULO II

    COOPERAO FINANCEIRA NO MBITO DO SISTEMA NICO DEASSISTNCIA SOCIAL

    O co-financiamento da Unio s demais esferas de governo no campo da assistnciasocial realizado por meio de cooperao financeira, de modo que seja realizada transferncia derecursos financeiros do Fundo Nacional de Assistncia Social para os Fundos Estaduais,Municipais e do Distrito Federal.

    2.1 CONVNIOS:

    Esta forma de cooperao financeira utilizada pela SNAS/MDS quando se trata de co-financiamento de programas e projetos de assistncia social realizados com os entes da federaointeressados em financiamentos de programa e projetos na rea da assistncia social, na formaestabelecida pelo Decreto n 6.170, de 2007 e Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127,de 29 de maio de 2008, e que disponham de condies tcnicas para a execuo do objeto doconvnio.

    Ressalta-se que a Secretaria Nacional de Assistncia Social/MDS no transfere recursosa entidades, sendo os repasses de recursos do Fundo Nacional de Assistncia Social feitos aosentes da federao, quais sejam, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    A no transferncia de recursos diretamente a entidades visa atender diretriz dadescentralizao poltico-administrativa prevista no art. 204 da Constituio Federal na Lei n8.742, de 7 de dezembro de 1993; autonomia dos Estados, Municpios e Distrito Federal, aquem compete a execuo dos programas e projetos, em suas respectivas esferas.

    Os atos e os procedimentos relativos celebrao, liberao de recursos, aoacompanhamento da execuo, prestao de contas e informaes acerca de tomada de contasespecial dos convnios, contratos de repasse e termos de parceria sero registrados no SICONV,que ser aberto ao pblico, via rede mundial de computadores - Internet, por meio de pginaespecfica denominada Portal dos Convnios.

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    CAPTULO III

    OPERACIONALIZAO

    3.1 DISPOSIES GERAISO procedimento de solicitao de apoio tcnico e financeiro divide-se em quatro fases:

    Proposio, Celebrao/Formalizao, Execuo e Prestao de Contas.

    3.1.1 PROPOSIO: o procedimento por meio do qual os entes da federaoapresentam propostas para o financiamento de projetos para aplicao em Estados, Municpios eDistrito Federal, com base nas necessidades existentes na comunidade. O ente interessado nacelebrao de convnios com o Fundo Nacional de Assistncia Social dever apresentar propostade trabalho no SICONV, em conformidade com os programas disponveis no sistema. Para que oente da federao insira sua proposio no SICONV, necessrio que esteja devidamentecredenciado e cadastrado no sistema, conforme abaixo:

    3.1.1.1 CREDENCIAMENTO: Dever ser realizado junto ao portal de convnios, porintermdio do stio: www.convenios.gov.br.

    O credenciamento dever ser realizado diretamente no SICONV e consiste na inserodos dados cadastrais do rgo proponente e dos dados do responsvel pela insero da proposta,sendo realizada uma nica vez e gerando para o proponente um login e uma senha para acesso aosistema, conforme prev o art. 14, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 demaio de 2008, in verbis:

    art. 14. O credenciamento ser realizado diretamente no SICONV e conter, no

    mnimo, as seguintes informaes:

    I - nome, endereo da sede, endereo eletrnico e nmero de inscrio no Cadastro

    Nacional de Pessoas Jurdicas - CNPJ, bem como endereo residencial do responsvelque assinar o instrumento, quando se tratar de instituies pblicas; e

    Alerta-se para o que informa o artigo Art. 13 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGUn 127, de 29 de maio de 2008: As informaes prestadas no credenciamento e nocadastramento devem ser atualizadas pelo convenente ou contratado at que sejam exauridas

    todas as obrigaes referentes ao convnio ou contrato de repasse.

    3.1.1.2 CADASTRAMENTO

    A fase de cadastramento inicia-se logo aps o credenciamento e consiste naapresentao aos rgos concedentes ou nas unidades cadastradoras do SICAF (listagemdisponvel em www.convenios.gov.br/portal/ajuda.html) dos documentos e informaesindicados no 2 do art. 17, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maiode 2008, quais sejam:

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    a) cpia autenticada dos documentos pessoais do representante, em especial, Carteira deIdentidade e CPF;

    b) cpia autenticada do diploma eleitoral, acompanhada da publicao da portaria de

    nomeao ou outro instrumento equivalente, que delegue competncia para representar o ente,rgo ou entidade pblica, quando for o caso.

    Ressalta-se que somente sero aceitas propostas de entes da federao que tenhamconcludo a fase de cadastramento.

    3.1.1.3 PROPOSTA DE TRABALHO

    As Propostas de Trabalho devero ser inseridas no SICONV - Sistema de Gesto deConvnios e Contrato de Repasse, no stio www.convenios.gov.br, cabendo ao proponenteseguir as etapas previstas no sistema.

    A Proposta de Trabalho dever conter, no mnimo: a descrio do objeto a ser executado;a justificativa contendo os objetivos gerais e especficos do convnio, o pblico alvo, a estratgiaadotada e o relatrio de acompanhamento e avaliao; cronograma fsico; cronograma dedesembolso; bens e servios (custeio/corrente e/ou capital/investimento) e plano de aplicao,conforme detalhado no prximo item.

    Alerta-se que para apresentar proposta de trabalho o interessado dever estar credenciadono SICONV, conforme determina o art.12, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127,de 29 de maio de 2008, sendo exigido ainda o prvio cadastramento, conforme autoriza opargrafo nico, do art. 15, do mesmo normativo.

    3.2 ELABORAO E APRESENTAO DA PROPOSTA DE TRABALHO

    Com a utilizao do Sistema de Gesto de Convnios e Contrato de Repasse SICONV,a proposta de trabalho tem fundamental importncia, uma vez que sua apresentao possibilitara anlise e qualificao do projeto pelo MDS.

    No caso das propostas de trabalho cadastradas como concorrentes a recursos a serempartilhados com base em critrios definidos em editais e/ou portarias, estas devero obedecerrigorosamente tambm os prazos estipulados nos referidos instrumentos legais.

    No preenchimento da proposta de trabalho, o proponente dever selecionar o programaespecfico com base no nvel de proteo, conforme estabelecido no item 1.3.3, apresentando asseguintes informaes:

    3.2.1 Objeto do convnio: descrio detalhada, clara, objetiva e precisa do que sepretende atingir ao final da execuo do instrumento celebrado, dos resultados a seremalcanados e dos beneficirios atendidos, observadas a ao do programa de trabalho e suas

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    especificidades.

    3.2.2 Justificativa: Apresentao clara e sucinta dos motivos que levaram apresentaoda proposta, contexto scio-histrico-cultural no qual ser realizado o projeto, com dados de

    vulnerabilidade do municpio; a caracterizao dos (as) os usurios (as) que sero beneficiados ea comunidade na qual esto inseridos; informando a modalidade de atendimento que seroferecida, o impacto que se pretende alcanar, a caracterizao de interesses recprocos, a relaoentre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do Programa Federal, alm de outroselementos que justifiquem a relevncia da proposta. Apresentao de informaes relativas aositens abaixo relacionados, conforme segue:

    a) Objetivo Geral: informar o que pretende com a consecuo do objeto, o produto doconvnio, observados o programa de trabalho e as suas finalidades articuladas aos resultados emeta que se pretende alcanar, indicando o nmero e a caracterstica principal das etapas a seremdesenvolvidas para o alcance dos objetivos.

    b) Objetivo Especfico: informar qual o impacto que a consecuo do objetivo geralprovocar no pblico alvo.

    c) Pblico: caracterizao exata dos (as) usurios (as) definida pela Lei Orgnica daAssistncia Social - LOAS, Poltica Nacional de Assistncia Social - PNAS e Norma OperacionalBsica NOB/SUAS, tendo por base os nveis de proteo social, conforme estabelecido no item1.3.3.

    d) Metas: indicar o nmero e a caracterstica principal das etapas a serem desenvolvidaspara o alcance dos objetivos.

    d) Estratgia: apresentar, de maneira clara, as estratgias a serem adotadas para arealizao do projeto apresentado. Este item deve conter:

    d.1) caracterizao do(s) servio(s) prestado(s);

    d.2) metodologia de trabalho adotada, detalhando as atividades desenvolvidas comos usurios, bem como as tcnicas e procedimentos utilizados para o alcance dosobjetivos do projeto;

    d.3) caracterizao da equipe de profissionais que atuar no projeto (nmero,qualificao e funo);

    d.4) articulao com a rede de atendimento e parcerias para a realizao do

    projeto, mencionando o papel de cada parceiro;d.5) critrios de incluso dos usurios;

    d.6) estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizadopelo concedente e a contrapartida prevista para o proponente, especificando ovalor de cada parcela e do montante de todos os recursos, na forma estabelecidaem Lei;

    d.7) a previso de prazo para a execuo;

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    d.8) as informaes relativas capacidade tcnica e gerencial do proponente paraexecuo do objeto.

    Em se tratando de servio de acolhimento, explicitar as estratgias para convivnciafamiliar (reintegrao familiar e, nos casos em que se aplicar, encaminhamento para famlia

    substituta) e convivncia comunitria (utilizao dos servios scio-assistenciais da rede,atividades para fortalecimento dos vnculos comunitrios).

    e) Acompanhamento e Avaliao: O proponente deve apresentar relatrio de execuofsico-financeiro para os convnios firmados no mbito deste manual, contendo a periodicidade eas pessoas envolvidas nas etapas de acompanhamento durante e aps a execuo do projeto,devendo observar o disposto no art. 51 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de29 de maio de 2008.

    3.2.3 Cronograma Fsico: Descrio das atividades que sero executadas, indicando osprazos de realizao de cada uma. Tem a finalidade de organizar, no perodo de execuo do

    convnio, o tempo e a seqncia de execuo das aes programadas.

    3.2.4 Cronograma de Desembolso: Previso de desembolso dos recursos recebidos doConcedente e dos recursos de contrapartida, nos termos do inciso IX do art. 30 da PortariaInterministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008. Os recursos do convnio devemser aportados proporcionalmente, de acordo com o cronograma de liberao, incluindo osrecursos federais e os da contrapartida, de responsabilidade do convenente.

    3.2.5 Bens e Servios (Custeio/corrente e/ou Capital/investimento): Descrio dosmateriais e/ou servios a serem adquiridos ou pagos com os recursos do convnio. Os mesmosdevem ser apresentados individualmente no SICONV, informando ainda o valor unitrio,

    quantidade, valor total, especificao tcnica do item.

    3.2.6 Plano de Aplicao: Detalhamento das despesas e especificao das categoriaseconmicas de programao:

    a) Materiais de Consumo: (Despesas Correntes) so os itens de consumo, os quais, emrazo do seu uso, normalmente perdem sua identidade fsica mesmo quando incorporados ao beme/ou tm sua utilizao limitada a dois anos, tais como gneros alimentcios, utenslios, vesturio,materiais pedaggicos e materiais de expediente.

    Observao: No sero permitidas despesas com materiais escolares, farmacolgicos,hospitalares, odontolgicos e outros especficos de outras polticas.

    b) Materiais Permanentes/Equipamentos: (Despesas de Capital) so os itens de usopermanente, os quais, em razo de seu uso constante, no perdem a sua identidade fsica, mesmoquando incorporados ao bem e/ou tm uma durabilidade superior a dois anos, tais como:mobilirio, instrumentos de trabalho, equipamentos eltricos e eletrnicos.

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    3.3 PRAZO PARA TRAMITAO DE PROPOSTAS

    Etapa Perodo

    1. Cadastramento da proposta pelo proponente no

    SICONV e envio para anlise

    De 15/03/2010 a 02/07/2010

    2. Anlise preliminar pelo DEFNAS At 15 dias aps o envio3. Anlise do mrito social das propostas pela reatcnica (DPSB/DPSE)

    At 15 dias aps finalizao daanlise preliminar

    4. Emisso da Nota de Empenho At 05 dias aps aprovao/aceiteda rea tcnica

    5. Anlise pelo DEFNAS* At 15 dias aps empenho6. Anlise Jurdica At 15 dias aps anlise do

    DEFNAS7. Celebrao do Convnio At 30/12/20108. Publicao do Extrato de Convnio do Dirio

    Oficial da Unio

    At 31/12/2010

    * A anlise do DEFNAS inclui a anlise do Plano de Trabalho.

    Haver interrupo das etapas 4 e 7 e de outras delas decorrentes durante o perodo de03/07/2010 a 31/10/2010 em decorrncia das limitaes relativas ao perodo eleitoral.

    3.3.1 Retificaes pelo proponente

    Solicitado o ajuste da proposta ou do plano de trabalho, as reas tcnicas da SNAS tero o

    mesmo prazo estabelecido no item 3.3 para dar prosseguimento anlise, contado a partir daretificao enviada pelo proponente por meio do SICONV.

    3.3.2 Alterao do cronograma

    A Secretaria Nacional de Assistncia Social poder alterar o cronograma descrito no item3.3 caso se faa necessrio ou na ocorrncia de fator superveniente.

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    CAPTULO IV

    FORMALIZAO/ CELEBRAO DO CONVNIO

    4.1 DOCUMENTOS A SEREM ANEXADOSAps a aprovao da proposta, o proponente deve anexar no SICONV, devidamente

    assinados, os seguintes documentos:

    4.1.1 Ofcio de solicitao do proponente dirigido ao Ministro de Estado doDesenvolvimento Social e Combate Fome (Anexo III);

    4.1.2 Documento comprobatrio do parecer favorvel do Conselho de AssistnciaSocial (Estadual, do Distrito Federal ou Municipal) em relao solicitao (ata; resoluo;declarao; deliberao) (Anexo II);

    4.1.3 Trs Pesquisas de Preos de diferentes empresas de todos os itens relacionados nasplanilhas de bens e servios;

    4.1.4 Declarao de Compatibilidade de Preos apresentada pelo proponente (AnexoIV);

    4.1.5 Oficio do Parlamentar indicando a Emenda (quando se tratar de emendas);

    4.1.6 Declarao de Contrapartida, conforme Anexo I deste Manual;

    4.1.7 Declarao de que o convnio no exceder aos limites previstos no art. 6,inciso VIII, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de2008 (Anexo V);

    4.1.8. Delegao de competncia, quando for o caso.

    4.1.9 Termo de Referncia: dever conter elementos capazes de propiciar a avaliao docusto pelo MDS, diante de oramento detalhado, considerando os preos praticados no mercado,a definio dos mtodos e o prazo de execuo do objeto. O referido Termo dever serapresentado no prazo fixado no instrumento, prorrogvel uma nica vez por igual perodo, acontar da data da celebrao, conforme a complexidade do objeto, sendo apreciado peloconcedente e, se aprovado, ensejar a adequao do Plano de Trabalho. Constatados vciossanveis no termo de referncia, estes sero comunicados ao convenente ou contratado, quedispor de prazo para san-los.

    A no apresentao do termo de referncia no prazo estabelecido ou a existncia deparecer contrrio sua aprovao ensejaro a extino do convnio ou contrato de repasse, casoj tenha sido assinado.

    Quando houver, no Plano de Trabalho, a previso de transferncia de recursos para a

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    elaborao do termo de referncia, facultada a liberao do montante correspondente ao custodo servio.

    4.2 CRITRIOS PARA APROVAO DO PLANO DE TRABALHO.

    O Plano de Trabalho ser originado com os dados preenchidos no SICONV, ao clicar noboto Gerar Extrato da Proposta.

    O Plano de Trabalho, proposto pelo rgo gestor solicitante, ser aprovado pela SecretariaNacional de Assistncia Social SNAS, caso seja:

    a) enquadrado nas normas de cooperao tcnica e financeira deste manual de convnios;

    b) compatvel com as diretrizes e objetivos da PNAS e da NOB/SUAS;

    c) condizente com as diretrizes, objetivos, metas, prioridades, prazos e oramentos doseditais/portarias de seleo dos projetos e demais regulaes propostas pela SecretariaNacional de Assistncia Social - MDS;

    d) compatvel com as aes do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome,inscritas na Lei Oramentria Anual;

    e) executvel dentro do prazo da vigncia dos crditos oramentrios e desde que hajadisponibilidade oramentria e financeira e autorizao ministerial ou, ainda, no caso dedotao oramentria decorrente da Lei Oramentria Anual e Emendas Parlamentares.

    4.3 TERMO DE CONVNIO

    A formalizao do convnio ocorre por intermdio da assinatura do Termo de Convnio epublicao de extrato do mesmo no Dirio Oficial da Unio, sob a responsabilidade do MDS. Aoato de celebrao do convnio ser dada publicidade no SICONV.

    Assinado o convnio, o MDS dar cincia do mesmo Assemblia Legislativa ou Cmara Legislativa, ou Cmara Municipal respectiva do convenente, conforme o caso, no prazode at dez dias, facultada a comunicao por meio eletrnico.

    O Convenente dever dar cincia da celebrao de convnio ao Conselho de AssistnciaSocial Estadual, ou Municipal ou do Distrito Federal.

    4.3.1 Termo de Convnio: O Termo de Convnio conter obrigatoriamente as clusulasespecificadas no art. 30, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de2008. Dentre as clusulas necessrias, destacam-se:

    4.3.1.1 Vigncia: a vigncia ter como incio a data da publicao do Termo de Convniodevendo ser fixada de acordo com o prazo previsto para a consecuo do objeto, em funo dasmetas estabelecidas e as demais exigncias legais aplicveis, conforme determina o inciso V, do

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    art. 30, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008. A eficciado convnio fica condicionada publicao do respectivo extrato no Dirio Oficial da Unio, queser providenciada pelo concedente, no prazo de at vinte dias a contar de sua assinatura, nostermos do art. 33, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    4.3.1.2 Bens Remanescentes: os convnios que compreendam a aquisio deequipamentos e materiais permanentes devero prever o destino a ser dado aos bensremanescentes na data da extino do acordo ou ajuste, conforme previsto no 1 do art. 28 daPortaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008. Alerte-se para o fato deque a doao direta pela Unio somente pode ocorrer para estados, municpios e DF, observando-se o que dispe o inciso IV, do art. 15, do Decreto 99.658, de 30 de outubro de 1990, in verbis:

    Art. 15. A doao, presentes razes de interesse social, poder ser efetuadapelos rgos integrantes da Administrao Pblica Federal direta, pelas autarquias

    e fundaes, aps a avaliao de sua oportunidade e convenincia, relativamente

    escolha de outra forma de alienao, podendo ocorrer, em favor dos rgos e

    entidades a seguir indicados, quando se tratar de material: (Redao dada peloDecreto n 6.087, de 2007).

    .......................................................................................................

    IV - adquirido com recursos de convnio celebrado com Estado, Territrio,Distrito Federal ou Municpio e que, a critrio do Ministro de Estado, do dirigente

    da autarquia ou fundao, seja necessrio continuao de programa

    governamental, aps a extino do convnio, para a respectiva entidade convenente;(Redao dada pelo Decreto n 6.087, de 2007).

    4.4 ALTERAO DO CONVNIO

    4.4.1 Alteraes requeridas pelo convenente

    O convnio poder ser alterado mediante termo aditivo, quando solicitado e devidamentejustificado pelo Convenente, devendo a solicitao ser apresentada em, no mnimo, 30 dias antesdo trmino da vigncia ou no prazo estipulado, nos termos do art. 37, da Portaria InterministerialMPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008, vedada a alterao do objeto do convnio.

    Nas hipteses de alterao/readequao de metas, a solicitao por parte do Convenentedeve trazer justificativa detalhada para a necessidade de tais alteraes e comprovao de que asmesmas no constituem modificao do objeto do convnio.

    4.4.2 Prorrogao de ofcio

    O convnio ser prorrogado de ofcio, mediante portaria ministerial, quando o concedenteder causa ao atraso na liberao de recursos, limitada a prorrogao ao exato perodo do atrasoverificado.

    A prorrogao de ofcio da vigncia do convnio, acordo, ajuste ou instrumentocongnere, estabelecida no inciso VI do art. 30 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n

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    127, de 29 de maio de 2008, prescinde de prvia anlise da rea jurdica do concedente, nostermos do art. 38, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    4.5 CONTRAPARTIDAA contrapartida, de responsabilidade dos Estados, Municpios e do Distrito Federal ser

    financeira e estabelecida de modo compatvel com a correspondente capacidade do entefederativo beneficiado e seu ndice de Desenvolvimento Humano, observados os limites(percentuais) e as ressalvas estabelecidos na lei federal anual de diretrizes oramentrias e nasdisposies da Portaria MDS que aprova o presente Manual e que prev a reduo dos limites decontrapartida previstos no 1, do art. 39, da Lei n 12.017, de 12 de agosto de 2009 (LDO para oexerccio de 2010), conforme permissivo da alnea a, do inciso II e inciso III, do 2, do art. 39,da Lei n 12.017 de 2009, regulamentando, em termos percentuais, a contrapartida a ser exigidados entes federados para as aes de assistncia social financiadas pelo Fundo Nacional deAssistncia Social para o exerccio de 2010.

    Os recursos da contrapartida devero ser depositados, pelo proponente, em conta bancriaaberta pelo FNAS, especfica para aquele projeto aprovado, de acordo com o cronograma dedesembolso constante no Plano de Trabalho aprovado.

    Para recebimento de cada parcela dos recursos, o convenente dever comprovar ocumprimento da contrapartida pactuada que dever ser depositada na conta bancria especfica doinstrumento, em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso; oudepositada na Conta nica do Tesouro Nacional, na hiptese do convnio ser executado por meiodo Sistema Integrado de Administrao Financeira SIAFI.

    4.6 PLACAS DE IDENTIFICAO DO OBJETO

    Deve ser assegurada a participao do Governo Federal em toda e qualquer aopromocional ou no, relacionada com a execuo do objeto do convnio, devendo-se apor amarca do Governo Federal e do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome nasplacas, painis, e outdoors de identificao do projeto custeado com os recursos do convnio,conforme o disposto na Instruo Normativa n 02, de 16 de dezembro de 2009, publicada noDOU, de 17/12/09, da Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica - SECOM.A placa de identificao do objeto deve ser instalada em local de fcil visualizao do pblico eno local onde estiver sendo executado o projeto, contendo o nome deste rgo Federal, o valorrepassado, o nmero e outros dados constantes do Termo de Responsabilidade ou Convnio. Damesma forma, panfletos, formulrios, faixas, apostilas e outros materiais relativos ao Convniodevero ter a respectiva identificao.

    Convm destacar que devem ser observadas as restries legais relativas publicidade noperodo eleitoral, sendo vedada, nos trs meses que antecedem o pleito, a realizao depublicidade institucional dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicosfederais, estaduais e municipais, ou das respectivas entidades da administrao indireta, salvo emcaso de grave e urgente necessidade pblica, assim reconhecida pela Justia Eleitoral, nos termos

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    do art. 73, VI, b da Lei n 9.504, de 1997. Desse modo, o perodo de restrio eleitoral inicia-seem 01 de julho e termina em 03 de outubro ou 31 de outubro, se houver segundo turno.

    4.7 DA POSSIBILIDADE DA INCLUSO DE CLUSULA SUSPENSIVAPode ser includa no termo de convnio clusula relativa condio a ser cumprida pelo

    convenente ou contratante, e enquanto a condio no se verificar no ter efeito a celebraopactuada.

    Caso seja adotado este procedimento o prazo para o cumprimento da condio ser fixadono prprio termo de convnio.

    O prazo fixado no instrumento para o cumprimento da condio poder ser prorrogadopelo concedente ou contratante, nos termos de ato regulamentar do Ministro de Estado, por iguaisperodos, desde que feitas as adequaes no plano de trabalho e apresentadas as justificativas.

    O convnio ou contrato deve ser extinto no caso do no cumprimento da condio

    CAPITULO V

    EXECUO

    5.1 LIBERAO DOS RECURSOS

    5.1.1 A liberao dos recursos obedecer ao cronograma de desembolso previsto no Planode Trabalho e guardar consonncia com as metas e fases ou etapas de execuo do objeto. Oconcedente notificar a Assemblia Legislativa ou a Cmara Legislativa ou a Cmara Municipaldo convenente sobre a liberao dos recursos, no prazo de dois dias teis.

    5.1.2 Os recursos sero depositados e geridos na conta bancria especfica do convnioexclusivamente em instituies financeiras controladas pela Unio e, enquanto no empregadosna sua finalidade, sero obrigatoriamente aplicados:

    a) Em caderneta de poupana de instituio financeira pblica federal, se a previso deseu uso for igual ou superior a um ms;

    b) em fundo de aplicao financeira de curto prazo, ou operao de mercado abertolastreada em ttulo da dvida pblica, quando sua utilizao estiver prevista para prazos menores.

    5.1.3 Todas as receitas obtidas com as aplicaes financeiras dos recursos repassados peloMDS e da contrapartida sero utilizadas obrigatoriamente no objeto do convnio, e deveroconstar dos documentos e demonstrativos que integram a prestao de contas.

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    5.2 UTILIZAO DOS RECURSOS

    5.2.1 vedada a utilizao dos recursos:

    a) de forma diversa da estabelecida na legislao federal, ainda que em carteremergencial;

    b) para finalidade diversa da estabelecida no Convnio, ressalvado neste ltimo caso ocusteio da implementao das medidas de preservao ambiental inerentes s obras constantes doPlano de Trabalho;

    c) para a realizao de despesas em data anterior ou posterior vigncia do instrumento ede todas as outras despesas proibidas nas legislaes que tratam da matria, especialmente o art.39, da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    5.2.2 Todos os recursos federais devero ser utilizados observando-se o fiel cumprimentoda Lei n. 8.666, de 21/06/93, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal.

    5.2.3 Deve-se atentar, especialmente, quando for o caso, para a completa formalizao doprocesso de dispensa de licitao e de inexigibilidade e tambm que os despachos adjudicatriose de homologao das licitaes ou justificativas de dispensa ou inexigibilidade, com orespectivo embasamento legal, devero compor a prestao de contas, conforme Decreto n6.170, de 25 de junho de 2007.

    5.2.4 As faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatrios dedespesas sero emitidos em nome do Convenente, devidamente identificados com o nmero doTermo de Convnio que deu origem transferncia dos recursos; devendo ser mantidos nosarquivos em boa ordem, disposio dos rgos de controle interno e externo, pelo prazo de 10(dez) anos, contados a partir da aprovao da referida prestao de contas ou tomada de contas.

    5.3 TERMO ADITIVO

    o instrumento que tem por objetivo alterar dispositivos do Convnio, permitindo aoexecutor adequar sua proposta s condies do momento, quando estas se apresentam diferentesdas inicialmente pactuadas.

    Nesse caso, o convenente dever apresentar a proposta de Termo Aditivo, com asjustificativas, acompanhado de ofcio de solicitao, plano de trabalho reprogramado, com a nova

    data de trmino da vigncia, valores ou quantidades, conforme o caso e os seguintes documentos:CPF, Carteira de Identidade, Termo de Posse e Comprovante de Residncia do proponente.

    Tratando-se de prorrogao de vigncia, o pedido dever ser formulado em prazo mnimode 30 (trinta) dias antes do trmino da vigncia do Convnio para que seja feita a anlise tcnicapelas Unidades do MDS.

    Aps a anlise e aprovao do pedido, o ordenador da despesa dever dar a anuncia dorgo concedente para a validao da alterao.

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    As alteraes no plano de trabalho so procedimentos excepcionais, tendo em vista que oproponente dever apresentar a proposta de forma criteriosa e prevendo o perodo necessrio parao desenvolvimento de suas aes. Portanto, as alteraes s devem ser adotadas em casosestritamente necessrios, como por exemplo: prorrogao da vigncia, utilizao de saldoremanescente de recursos, alterao de metas, entre outros. Seja qual for o motivo alegado, a justificativa dever ser especfica para o caso apresentado e estar embasada em argumentosconcretos devidamente elencados no novo plano de trabalho (reprogramado).

    Por ocasio do pedido de alterao do convnio, o convenente dever apresentarinformaes sobre o estgio da execuo para o alcance do que foi originalmente pactuado (ex:licitaes, entregas/recebimentos de materiais), a necessidade de ajustes de quantitativos evalores com a readequao oramentria, se for o caso, bem como o relatrio de execuo fsicofinanceiro e cpia dos extratos bancrios.

    No caso de alterao da planilha de bens e servios, todos os itens que sero adquiridos

    com recursos do convnio devero ser especificados, fazendo-se necessria a apresentao depesquisas de preos realizadas em, no mnimo, 3 (trs) empresas diferentes, com carimbo, CNPJe assinatura do responsvel, englobando todos os itens, inclusive os que sero adicionados, semqualquer referncia a marcas. As pesquisas devem ser datadas e nominais (destinadas) aoconvenente.

    Vale ressaltar que a alterao proposta no poder modificar o objeto do convnioconforme a Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    5.4 SOLICITAES PARA PRORROGAO DE VIGNCIA E PARAUTILIZAO DE SALDO E/OU DE RENDIMENTOS BANCRIOS

    As solicitaes para prorrogao de vigncia e/ou para utilizao de saldo e/ou derendimentos bancrios devero ser formuladas pelo convenente por meio de ofcio, apresentando justificativa do pedido, plano de trabalho reprogramado com a adequao oramentria,cronograma de execuo, relatrio de execuo fsico financeiro, cpia de extratos bancrios,indicao da aplicao dos recursos com a corresponde planilha de bens e servios que seroadquiridos com recursos do convnio, fazendo-se necessria a apresentao de pesquisas depreos realizadas em, no mnimo, 3 (trs) empresas diferentes, com carimbo, CNPJ e assinaturado responsvel, englobando todos os itens, inclusive os que sero adicionados, sem qualquerreferncia a marcas. As pesquisas devem ser datadas e nominais (destinadas) ao convenente.

    Ratificando a informao constante no item que trata de Termo Aditivo, tratando deprorrogao de vigncia, o pedido dever ser formulado em prazo mnimo de 30 (trinta) diasantes do trmino da vigncia do Convnio para que seja feita a anlise tcnica pelas Unidades doMDS.

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    CAPITULO VI

    PRESTAO DE CONTAS

    6.1 DISPOSIES GERAISA prestao de contas obrigatria para todos os entes que recebem transferncias de

    recursos do MDS e dever ser apresentada Secretaria Nacional de Assistncia Social, porintermdio do Fundo Nacional de Assistncia Social, devidamente identificada com os nmerosdo processo, do Convnio, bem como o objeto e ano de competncia.

    Alm dos documentos e informaes apresentados pelo convenente no SICONV, aprestao de contas ser composta de:

    a) Relatrio de Cumprimento do Objeto;c) declarao de realizao dos objetivos a que se propunha o instrumento;d) relao de bens adquiridos, produzidos ou construdos, quando for o caso;d) relao de treinados ou capacitados, quando for o caso, com respectivas identificaes;e) a relao dos servios prestados, quando for o caso;f) comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver;g) termo de compromisso por meio do qual o convenente ou contratado ser obrigado a

    manter os documentos relacionados ao convnio ou contrato de repasse, nos termos do 3 doart. 3. da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008;

    h) Parecer do Conselho de Assistncia Social, quanto ao cumprimento da execuo doobjeto do convnio.

    6.1.1 O Distrito Federal, Estado ou Municpio que receber recursos na forma estabelecidaneste Manual de Convnios, estar sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicao noprazo mximo de 60 dias aps o trmino da vigncia do convnio.

    6.1.2 Quando a prestao de contas no for encaminhada no prazo determinado noconvnio ou contrato de repasse, fica estabelecido o prazo mximo de trinta dias para suaapresentao, ou recolhimento dos recursos, includos os rendimentos da aplicao no mercadofinanceiro, atualizados monetariamente e acrescido de juros de mora, na forma da legislaovigente.

    6.1.3 Se, ao trmino do prazo estabelecido no item 6.1.2, o convenente no apresentar aprestao de contas nem devolver os recursos nos termos do 1 do art. 56, da PortariaInterministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008, o concedente registrar ainadimplncia no SICONV e no SIAFI, por omisso do dever de prestar contas e comunicar ofato ao rgo de contabilidade analtica a que estiver vinculado, para fins de instaurao detomada de contas especial sob aquele argumento e adoo de outras medidas para reparao dodano ao errio.

    6.1.4 Cabe ao prefeito e ao governador sucessor prestar contas dos recursos provenientesde convnios e contratos de repasse firmados pelos seus antecessores. No sendo possvel a

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    prestao de contas, devero apresentar ao concedente ou contratante justificativas quedemonstrem o impedimento de prestar contas e as medidas adotadas para o resguardo dopatrimnio pblico.

    6.1.5 Quando a impossibilidade de prestar contas decorrer de ao ou omisso doantecessor, o novo administrador solicitar a instaurao de tomada de contas especial.

    6.1.6 Os documentos que contenham as justificativas e medidas adotadas sero inseridosno SICONV.

    6.1.7 A autoridade competente, ao ser comunicada das medidas adotadas, suspender deimediato o registro da inadimplncia, desde que o administrador seja outro que no o faltoso, eseja atendido o disposto nos itens 6.1.4, 6.1.5 e 6.1.6.

    6.1.8 Os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidasnas aplicaes financeiras realizadas, no utilizadas no objeto pactuado, sero devolvidos a esteFundo Nacional de Assistncia Social, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, aps a execuo doconvnio, conforme estabelecido para a apresentao da prestao de contas.

    6.1.9 A devoluo prevista no item 6.1.8 ser realizada observando-se a proporcionalidadedos recursos transferidos e os da contrapartida previstos na celebrao independentemente dapoca em que foram aportados pelos partcipes.

    6.1.10 O concedente registrar no SICONV o recebimento da prestao de contas.

    6.1.11 A autoridade competente do FNAS ter o prazo de noventa dias, contado da datado recebimento, para analisar a prestao de contas do instrumento, com fundamento nospareceres tcnico e financeiro expedidos pelas reas competentes.

    6.2 ANLISE DA PRESTAO DE CONTAS

    6.2.1 O FNAS emitir pronunciamento sobre a aprovao ou no da prestao de contas,considerando o atendimento dos objetivos do convnio, a execuo financeira e a corretaaplicao dos recursos.

    6.2.2 APROVAO DA PRESTAO DE CONTAS

    O ato de aprovao da prestao de contas dever ser registrado no SICONV, cabendo aoconcedente prestar declarao expressa de que os recursos transferidos tiveram boa e regularaplicao.

    6.2.3 NO APROVAO DA PRESTAO DE CONTAS

    Caso a prestao de contas no seja aprovada, exauridas todas as providncias cabveispara regularizao da pendncia ou reparao do dano, a autoridade competente, sob pena de

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    responsabilizao solidria, registrar o fato no SICONV e adotar as providncias necessrias instaurao da Tomada de Contas Especial, com posterior encaminhamento do processo unidade setorial de contabilidade a que estiver jurisdicionado para os devidos registros de suacompetncia.

    6.2.4 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

    A Tomada de Contas Especial um processo devidamente formalizado, dotado de ritoprprio, que objetiva apurar os fatos, identificar os responsveis e quantificar o dano causado aoErrio, visando ao seu imediato ressarcimento, e que somente dever ser instaurada depois deesgotadas as providncias administrativas internas pela ocorrncia de algum dos seguintes fatos:

    6.2.4.1 se a prestao de contas do convnio no for apresentada aps o prazo definido noitem 6.1.2 e tampouco forem recolhidos os recursos, conforme disposto no referido item,observando-se os 1 e 2 do art. 56 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29de maio de 2008;

    6.2.4.2 se a prestao de contas do convnio no for aprovada em decorrncia de:

    a) inexecuo total ou parcial do objeto pactuado;

    b) desvio de finalidade na aplicao dos recursos transferidos;

    c) impugnao de despesas, se realizadas em desacordo com as disposies do Termocelebrado ou da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008;

    d) no-utilizao, total ou parcial, da contrapartida pactuada, na hiptese de no haversido recolhida na forma prevista no pargrafo nico, do art. 57, da Portaria InterministerialMPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008;

    e) no-utilizao, total ou parcial, dos rendimentos da aplicao financeira no objeto doPlano de Trabalho, quando no recolhidos na forma prevista no pargrafo nico, do art. 57, daPortaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008;

    f) no-aplicao nos termos do 1, do art. 42 da Portaria InterministerialMPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008 ou no devoluo de rendimentos de aplicaesfinanceiras, no caso de sua no utilizao;

    g) no-devoluo de eventual saldo de recursos federais, apurado na execuo do objeto,nos termos do art. 57 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de2008;

    h) ausncia de documentos exigidos na prestao de contas que comprometa o julgamentoda boa e regular aplicao dos recursos.

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    6.3 RESCISO E DENNCIA

    O convnio poder ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partcipes responsveissomente pelas obrigaes e auferindo as vantagens do tempo em que participaram

    voluntariamente da avena, no sendo admissvel clusula obrigatria de permanncia ousancionadora dos denunciantes.

    Quando da concluso, denncia, resciso ou extino do convnio, os saldos financeirosremanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicaes financeirasrealizadas, sero devolvidos ao rgo repassador dos recursos, no prazo improrrogvel de 30(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instaurao de tomada de contas especial doresponsvel, providenciada pela autoridade competente do rgo titular dos recursos.

    CAPITULO VII

    7. CONSIDERAES FINAIS

    7.1 DISPOSIES GERAIS

    7.1.1 Sempre que se julgar necessrio a SNAS, por intermdio das suas reas tcnicas edo Fundo Nacional de Assistncia Social poder solicitar outros documentos, pertinentes execuo do objeto, para complementar a anlise da prestao de contas.

    7.1.2 As faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatrios dedespesas devero ser mantidos nos arquivos em boa ordem, disposio dos rgos de controleinterno e externo, pelo prazo de 10 (dez) anos, contados a partir da aprovao da referidaprestao de contas ou tomada de contas.

    7.1.2.1 Ressalvada a hiptese de microfilmagem, quando conveniente, os documentossero conservados em arquivo, no prazo de cinco anos do julgamento das contas dos responsveispelo Tribunal de Contas da Unio, findo o qual podero ser incinerados mediante termo.

    7.1.3 Compete ao sucessor, nos termos da Smula TCU N. 230 apresentar as contasreferentes aos recursos federais recebidos por seu antecessor, quando este no o tiver feito ou, naimpossibilidade de faz-lo, adotar as medidas legais visando ao resguardo do patrimnio pblico,com a instaurao da competente Tomada de Contas, sob pena de co-responsabilidade, conformeo previsto na Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de 29 de maio de 2008.

    7.1.4 Somente Estados, Distrito Federal e Municpios podem habilitar-se para receberrecursos decorrentes da celebrao de convnio. As propostas de convnio devero obedecer aoque estabelece o Manual de Convnios 2010, disponvel na aba Anexos (SICONV) e na pgina

    do MDS, endereo http://www.mds.gov.br/suas/fnas-mds;

    7.1.5 Indicamos a necessidade de o proponente acompanhar o andamento do projeto, deforma a cumprir tempestivamente as recomendaes porventura apresentadas pela SNAS/MDS,

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    sob pena de ocorrer o indeferimento da proposta. A ausncia de manifestao do proponente noprazo estipulado ser entendida como desistncia da proposta visando celebrao de convnio.

    Objetivando alertar e orientar os convenentes, apresentam-se a seguir as principais

    incorrees verificadas nas prestaes de contas de convnios, que podem ensejar a adoo demedidas administrativas pertinentes e, a depender do caso, podem ensejar a devoluo dosrecursos com a correspondente apurao de responsabilidade, alm de outras penalidadescabveis:

    a) No realizao de licitao;b) Ausncia de celebrao de contrato na forma estabelecido pela Lei 8.666/93;c) Atraso na apresentao da prestao de contas;d) Apresentao de prestao de contas em desacordo com a legislao;e) Aquisio de bens no previstos no Plano de Trabalho;f) Ausncia de controle patrimonial dos bens adquiridos com recursos de convnios;g) Desvio de finalidade na utilizao dos bens adquiridos com recursos de convnios;h) Remanejamento de recursos entre Naturezas de Despesas;i) Realizao de despesa fora da vigncia do convnio; j) Saque dos recursos para pagamento em espcie, observada a excepcionalidade

    prevista no 4 do art. 50 da Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127, de29 de maio de 2008.

    k) Utilizao de recursos para finalidade diferente da pactuada;l) Pagamento antecipado a fornecedores;m) Transferncia de recursos da conta corrente especfica para outras contas;n) Retirada de recursos para aplicao em outras finalidades com posterior

    ressarcimento;o) No aplicao ou no cumprimento de contrapartida;p) Uso dos rendimentos de aplicao financeira para finalidade diferente da prevista

    no convnio;q) Saldos de recursos de convnio no utilizados no objeto do convnio.

    CAPTULO VIIIPROGRAMAS E AES

    8.1 Programa 1384 - Proteo Social BsicaFuncional Programtica: 08.1384.2B30Estruturao da Rede de Servios da Proteo Social BsicaFinalidade: Apoiar a implantao, a qualificao e a reestruturao dos servios da

    Proteo Social Bsica, de modo a viabilizar a melhoria das condies de atendimento, ampliar oacesso aos servios e aprimorar sua gesto.

    Base Legal: Artigos 203 e 204 da Constituio Federal; LOAS - Lei n 8.742, de 07 dedezembro de 1993; Lei n 9.604, de 05 de fevereiro de 1998.

    8.2 Programa 1385 - Proteo Social EspecialFuncional Programtica: 08.1385.2B31

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    Estruturao da Rede de Servios da Proteo Social EspecialFinalidade: Aprimorar servios de proteo social especial por meio de projetos e

    programas que proporcionem atendimento a pessoas em situao de risco, cujos direitos foramviolados e, ou, ameaados, abrangendo desde o provimento de seu acesso a servios de apoio e

    sobrevivncia, at incluso em redes sociais de atendimento e de solidariedade, desenvolvidos deforma descentralizada pelos Municpios, consrcios intermunicipais, Distrito Federal e Estados, erede de servios por intermdio de apoio a estruturao e modernizao de suas unidades, comvistas viabilizao de melhoria de atendimento ao pblico dessa poltica, o acolhimento edesenvolvimento de atenes scio-assistenciais a famlias e indivduos para possibilitar aconquista de maior grau de independncia individual e social e reconstruo de vnculos sociais.

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    ANEXO I

    DECLARAO DE CONTRAPARTIDA

    XXXXXXXXXXXXX, brasileiro, portador da Carteira de Identidade n XXX, SSP/XX, e CPFn XXXX, residente e domiciliado a XXXXX, DECLARA, sob pena de responsabilidade civil,penal e administrativa, nos termos da legislao vigente e, da Lei Complementar n 101, de 04 demaio de 2000, e fica responsvel por qualquer informao ou documentao apresentada, que nocorresponda verdade formal e material que o MUNICPIO XXXXXXXXX-XX:

    TEM em sua Lei Oramentria previso de contrapartida no valor de R$ XXXXX, na forma nodisposto na alnea d do inciso IV, do 1 do Artigo 25 da Lei Complementar n 101, de 2000para firmar convnio com o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS,com o objetivo de implementar o Projeto XXXXX e estes recursos encontram-se alocados na Lein XXX, de XX de XX de XXXX, conforme a seguinte classificao oramentria:

    rgo 753 Secretaria Municipal de Extenso Agroflorestal eProduo Familiar

    Funo/Subfuno 20 AgriculturaPrograma 605 AbastecimentoSubprograma 1006 Compras e Servios Governamentais Dinamizados a

    Economia

    Projeto/Atividade 2246 Compras Antecipadas de Gneros AlimentciosBeneficiando a Rede de Servios SociaisNatureza da Despesa 4.4.90.52.00 Aquisio de Equipamentos e Materiais

    Permanentes3.3.90.14.00 Dirias Civis3.3.90.33.00 Passagem e Despesas de Locomoo3.3.90.30.00 Material de Consumo Combustvel/CaixasPlsticas3.3.90.32.00 Material de Distribuio Gratuita

    _____________, ___ de _____________ de _________.

    -----------------------------------------------Prefeito

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    ANEXO II

    DECLARAO DO CONSELHO DE ASSISTNCIA SOCIAL

    O Conselho (Estadual ou Municipal) de Assistncia Social, no uso de suas

    atribuies conferidas pela Lei/Decreto n____________, em reunio ocorrida no dia

    _____/____/_____, resolve aprovar o projeto _______________________________________.

    _____________, ___ de _____________ de _________.

    -----------------------------------------------Presidente do referido conselho

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    ANEXO III

    OFCIO DE SOLICITAO DE RECURSOS

    Ofcio n / .

    _________, _de _______ de____.

    Ao Excelentssimo Senhor,Ministro do Desenvolvimento Social e Combate Fome,

    Assunto: Solicitao de Liberao de Recurso.

    Senhor Ministro,_____

    Solicito ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, a liberao de

    recursos no valor de R$______________, para a execuo do projeto de

    ______________________________._________________________________________,

    oriundo da emenda parlamentar n __________________, de autoria do excelentssimo senhor

    ________________.

    -----------------------------------------------Assinatura do representante legal do proponente.

    (nome completo e cargo que ocupa)

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    ANEXO IV

    DECLARAO DE COMPATIBILIDADE DE PREOS

    Eu,________________,(cargo)_____________,declaro junto ao Ministrio doDesenvolvimento Social e Combate Fome que os preos constantes na planilha de Bens eServios da proposta n________/2010, esto compatveis com os preos praticados no mercado.

    _____________, ___ de _____________ de _________.

    -----------------------------------------------Assinatura do representante legal do proponente.

    (nome completo e cargo que ocupa)

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    ANEXO V

    DECLARAO DE PARCERIA PBLICO-PRIVADO

    Declaro junto ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome que a somadas despesas, de carter continuado, derivadas do conjunto das parcerias pblico-privadas jcontratadas por esses entes no excedeu, no ano anterior, a 3% (trs por cento) da receita correntelquida do exerccio ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anossubseqentes no excedero a 3% (trs por cento) da receita corrente lquida projetada para osrespectivos exerccios, conforme disposto no art. 28 da Lei n 11.079, de 30 de dezembro de2004.

    _____________________________________________________Responsvel Legal do Proponente