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Manual de apoio ao formando
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Cofinanciado pelo Fundo Social Europeu e Estado Português
GOVERNO DA REPÚBLICA
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UFCD_0420
Movimentação e operação de empilhadores
Manual de Formação
Formadora: Susana Marques
Viseu 2014
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Índice Objetivos Gerais ................................................................................................................................. 3
Objetivos Específicos.......................................................................................................................... 3
Benefícios e condições de utilização do manual ................................................................................. 5
Introdução ......................................................................................................................................... 6
1.1 - Tipos de empilhadores ........................................................................................................... 7
1.1.1 - Empilhadores elevadores ................................................................................................. 7
1.1.2 - Veículos guiados automaticamente ................................................................................. 9
1.1.3 – Stackers .......................................................................................................................... 9
1.1.4- Porta Paletes .................................................................................................................... 9
1.1.5 - Caracterização das máquinas ..........................................................................................10
2. Normas de condução em segurança ..........................................................................................10
2.2- Riscos específicos de circulação ..............................................................................................11
2.3 - Regras gerais de movimentação de cargas .............................................................................11
2.4 - Recomendações de segurança e Princípios de manutenção de empilhadores ............................18
Conclusão .........................................................................................................................................20
Bibliografia .......................................................................................................................................21
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Objetivos Gerais
Caracterizar os diferentes tipos de máquinas de movimentação e elevação de mercadorias e
seus componentes.
Executar operações de movimentação e operação de empilhadores
Caracterizar as normas de segurança estabelecidas na condução de máquinas de
movimentação e levação de cargas.
Executar as operações de manutenção de empilhadores.
Objetivos Específicos
Tipos de empilhadores
o Empilhadores elevadores
- Empilhadores convencionais térmicos
- Empilhadores convencionais elétricos
- Empilhadores retrácteis
- Empilhadores bilaterais e trilaterais
- Empilhadores telescópicos
- Porta contentores e grandes cargas
o Veículos guiados automaticamente
o Stackers
o Porta Paletes
o Caracterização das máquinas
- Principais órgãos e comandos
- Estabilidade do equipamento/carga
- Capacidade nominal de carga
Normas de condução em segurança
o Atribuição e responsabilidades ao operador
o Riscos específicos de circulação
o Regras gerais de movimentação de cargas
- Transportes, elevação e colocação de cargas
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o Recomendações de segurança
o Ergonomia e posição de segurança
o Estacionamento do empilhador (em segurança)
Princípios de manutenção de empilhadores
o Tipos de manutenção
o Limpeza e manutenção periódica
o Cargas e manutenção das baterias
o Normas de ordem e limpeza relevantes para a operação com empilhadores
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Benefícios e condições de utilização do manual
O presente manual de formação foi elaborado para a Movimentação e operação de
empilhadores, área de formação 341, referencial de formação 341026 - Operador/a de Logística.
Tem por objetivo auxiliar o formando na aquisição de conhecimentos e competências
enunciados nos objetivos: gerais e específicos.
Foi elaborado pela formadora Susana Marques e o mesmo não poderá ser reproduzido sem
autorização da mesma e respetiva entidade formadora.
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Introdução
Com este manual pretendem-se que os formandos no final da acção 0420 – Movimentação e
operação de empilhadores consigam caracterizar os diferentes tipos de máquinas de movimentação
e elevação de mercadorias e seus componentes; Executar operações de movimentação e operação
de empilhadores e Caracterizar as normas de segurança estabelecidas na condução de máquinas de
movimentação e levação de cargas. Pretende-se que os formandos compreendam como se
executam as operações de manutenção de empilhadores.
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1. Tipos de empilhadores
Designam-se por empilhadores ou por carros automotores de movimentação e elevação de
cargas, todas as máquinas que se deslocam no solo, possuindo tracção motorizada, e que são
capazes de levantar, baixar, transportar e empurrar cargas. O empilhador é provavelmente o
transporte mecânico mais versátil e mais utilizado.
1.1 - Tipos de empilhadores • Os empilhadores a diesel - são os mais poluentes pois emitem altas percentagens de
monóxido de carbono.
• Os de gás, quando bem afinados, são pouco poluentes.
1.1.1 - Empilhadores elevadores
- Empilhadores convencionais térmicos
• Os empilhadores a diesel - são os mais poluentes pois emitem altas percentagens de
monóxido de carbono.
• Os de gás, quando bem afinados, são pouco poluentes.
- Empilhadores convencionais elétricos :
Os empilhadores eléctricos são os menos poluentes e ruidosos, próprios para o interior de edifícios apresentando, no entanto, alguns riscos em particular se não se respeitarem regras fundamentais como:
– a carga das baterias que deve ser efectuada num local limpo e ventilado.
- Empilhadores retrácteis Operam em corredores estreitos e movimentam os garfos ou garfos e o mastro para a frente e para trás. Alguns são equipados com mecanismo pantográfico duplo, que alcança a segunda profundidade da estrutura porta-paletes
- Empilhadores bilaterais e trilaterais São utilizadas para arrumar cargas em corredores muito estreitos permitindo empilhar sem manobras
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- Porta contentores e grandes cargas
GRUAS – TORRE
São aparelhos pesados de elevação e movimentação. São utilizados para a elevação de cargas por
meio de um gancho suspenso por um cabo e onde a carga, supostamente embalada ou amarrada, é
engatada nesse gancho. para além da elevação, a carga pode ser transportada num raio de vários
metros em todas as direcções e níveis, através dos movimentos de translação e do movimento de
rotação do conjunto constituinte da grua-torre.
São utilizadas preferencialmente na construção civil, em estaleiros fixos ou móveis, embora se possa
encontrar este tipo de aparelhos ou similares em outras situações de trabalho, tais como portos e
instalações de armazenagem.
GRUAS MÓVEIS OU AUTOMOTORAS
O conjunto formado por um veículo com chassis sobre rodas ou lagartas, possuidor
de sistemas de propulsão e direcção próprios e por um equipamento de elevação de carga
do tipo lança acoplado a esse chassis.
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1.1.2 - Veículos guiados automaticamente
Existem diversos VGA para a movimentação de cargas nomeadamente:
Novos carros guiados a laser (LGV) para movimentação de materiais sem necessidade de
operador. O uso dos carros automáticos com guia laser LGV OCME Auriga é, atualmente, a melhor
solução para otimizar a movimentação dos transportes internos noambiente industrial.
O sistema com guia laser não necessita de modificações no ambiente em que trabalha
(obras civis e estruturas mecânicas) e pode ser alterado com extrema simplicidade a qualquer
momento por meio de um programa computadorizado. É suficiente apenas a instalação de
pequenas superfícies refletivas verticais em estruturas já existentes no ambiente de trabalho, as
quais permitem a cabeceira laser de verificar constantemente (8 vezes/segundo).
1.1.3 – Stackers
Stacker de condutor apeado – Económicos para empilhamentos de baixa frequência e pequenas distâncias
Stacker com plataforma - – Económicos para empilhamentos de baixa frequência e grandes distâncias
1.1.4- Porta Paletes
Porta paletes de condutor apeado - Económico para o transporte horizontal de paletes. Porta paletes com plataforma – Para movimentações de alta intensidade incluindo cargas e
descargas. Order picker de nível baixo - Para uma preparação rápida e frequente de encomendas nos níveis de
recolha mais baixos Order picker vertical - Para uma preparação rápida e frequente de encomendas nos níveis de recolha
mais altos
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1.1.5 - Caracterização das máquinas
- Principais órgãos e comandos
1. Chassis;
2. Contrapeso;
3. Eixo motriz;
4. Eixo de direcção;
5. Mastro;
6. Porta garfos ou forquilhas;
7. Cilindro hidráulico elevador;
8. Garfos ou forquilhas;
9. Grade para apoio de cargas,
protectora do condutor ;
10. Pórtico de segurança
11. Volante com servo direcção;
12. Assento com suspensão e cinto
de segurança
O empilhador deve, igualmente, estar equipado com os elementos relativos à segurança e que são os seguintes:
Sinalização luminosa rotativa de presença;
Sinalização luminosa de marcha à ré;
Cinto de segurança no assento;
Botão de paragem de emergência; Placas indicadoras de:
• Identificação e dados do fabricante; • Diagrama de cargas; • Dados técnicos do equipamento; • Pressão hidráulica • Pressão de ar dos pneus.
– Freio de imobilização; – Dispositivo de encravamento por chave; – Extintor.
2. Normas de condução em segurança
O manobrador de empilhador é obrigado a ter formação habilitante para condução de
empilhadores;
O condutor manobrador deve estar especificamente habilitado para o efeito, nos termos do
artigo 5.º e 32.º do Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de Fevereiro. A formação referida pode ser
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promovida pelo empregador, por entidade formadora certificada para o efeito ou por
estabelecimento de ensino reconhecido pelo ministério competente e dá lugar a emissão de
certificado e registo na caderneta individual de competências nos termos do regime jurídico do
sistema nacional de qualificações - Plataforma Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e
Formativa (SIGO). A formação deve ser assegurada por formador devidamente habilitado - ex: UFCD
(Unidade de Formação de Curta Duração) 0420 - Movimentação e operação de empilhadores
inserida no Catálogo Nacional de Qualificações.
2.2- Riscos específicos de circulação
Os principais riscos que podem ocorrer com maior frequência, nos trabalhos realizados com
os empilhadores, são os seguintes:
– Queda de objectos ou cargas;
– Queda do condutor;
– Queda, basculamento e tombo do empilhador;
– Colisões ou choques;
– Contactos com órgãos móveis do empilhador;
– Exposição ao ruído;
– Vibrações do empilhador;
– Incêndios e explosões;
– Poluição atmosférica dos ambientes de trabalho.
– Risco de queda de cargas em transporte,
– Risco de queda de elementos de grande porte,
– Risco de queda de elementos pequenos
– Risco de queda de objectos armazenados.
2.3 - Regras gerais de movimentação de cargas
Medidas Preventivas - Queda de objectos ou cargas:
• Organizar e empilhar devidamente os materiais, de modo a que estes fiquem bem solidários,
seja numa plataforma, ou numa palete.
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• Os materiais a transportar devem estar bem distribuídos pela totalidade da superfície de
apoio (plataforma ou palete), de modo a que o seu peso possa ficar centrado.
• Deve evitar-se o choque contra obstáculos no decurso do trajecto de transporte.
• Deve-se ter uma boa visibilidade e iluminação ao longo do trajecto de transporte e nunca se
deve abusar da velocidade, nem de manobras excessivas.
• Para evitar a queda de materiais armazenados, deve ter-se em atenção o bom
condicionamento da mercadoria nos locais a armazenamento.
• Deve vigiar-se constantemente o domínio exterior do empilhador, de modo a que as suas
partes salientes (garfos, porta garfos, mastro, etc.), não se encaixem nos elementos a
empilhar, nem nas próprias estantes.
• As bases de pilhas de materiais armazenados, não devem ser empurradas com o empilhador
• A queda de objectos de grande porte provenientes da carga a movimentar ou dos próprios
sistemas de armazenagem, em algumas situações não pode ser evitada com medidas de
prevenção;
Daí a necessidade de que o empilhador esteja equipado com um pórtico de protecção do
posto de condução, contra quedas de objectos e que resguarde o condutor, bem como com uma
placa apoia cargas situada no porta garfos, que evite a queda das cargas transportadas, sobre o
condutor.
• Para evitar a queda de materiais pequenos, em transporte, recomenda-se a utilização de
contentores bem adaptados a esses materiais, evitando o seu transbordo.
• Em casos extremos, o pórtico de segurança deve ter, na parte superior, uma placa de
protecção ou uma rede de orifícios pequenos, para protecção do condutor.
• De um modo geral pode afirmar-se que, um dos métodos para evitar o risco de queda de
cargas ou de objectos, consiste no rigoroso cumprimento, pelo condutor do empilhador, das
normas de segurança para a manipulação de cargas com o empilhador.
• A queda do condutor pode dar-se nas situações de marcha do empilhador e nas situações de
carga e descarga.
Medidas Preventivas – Queda do Condutor
• O condutor nunca deve inclinar-se para o exterior, nem mesmo nas situações de fraca
visibilidade, pois pode perder o equilíbrio e cair.
• O cinto de segurança, se o equipamento estiver apetrechado com este órgão de segurança
deve ser sempre utilizado pelo condutor.
• O piso da cabina de condução deve ser revestido com material anti-derrapante.
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• Deve ser formalmente proibido o transporte de outros trabalhadores, salvo se o
equipamento estiver especialmente apetrechado para essa condição e nas mesmas
condições de segurança do condutor.
• Deve ser totalmente proibido o transporte e/ou a deslocação vertical de pessoas sobre os
garfos do empilhador.
Queda, basculamento e tombo do empilhador
• Os riscos de queda, basculamento e tombo do empilhador são considerados os riscos mais
importantes, a ter em consideração quando se manuseia com este equipamento.
• O risco de tombo do empilhador está, na maior parte das situações, associado ao não
cumprimento das mais elementares normas de segurança para a manipulação de cargas com
o empilhador.
• Cumprir as normas de segurança para a manipulação de cargas com o empilhador, por parte
do manobrador deste equipamento;
• Os locais por onde vão deslocar-se estes equipamentos devem estar bem delimitados;
• O piso deve ser sólido, liso e se possível, horizontal;
• O manobrador deve ter muita atenção para não se aproximar em demasia dos bordos dos
cais de carga ou descarga, nem dos locais onde o risco de queda em altura for evidente;
• Utilizar-se apenas equipamentos que possuam uma boa estabilidade, tanto lateral como
longitudinal.
• O condutor deve evitar as mudanças bruscas de direcção, e a velocidade exagerada.
• O condutor quando se deslocar sem carga, deve fazê-lo com os garfos na posição inferior.
• O manobrador deve ter muita atenção para não se aproximar em demasia dos bordos dos
cais de carga ou descarga, nem dos locais onde o risco de queda em altura for evidente;
• Utilizar-se apenas equipamentos que possuam uma boa estabilidade, tanto lateral como
longitudinal.
• O condutor deve evitar as mudanças bruscas de direcção, e a velocidade exagerada.
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• O condutor quando se deslocar sem carga, deve fazê-lo com os garfos na posição inferior.
• O manobrador deve verificar sempre a posição, fixação, capacidade e estado dos pontos de
carga, em cada uma das manobras que execute com o equipamento;
• Não deve haver deslocamento quando a carga for demasiado alta, nem deve elevar-se uma
carga que exceda a capacidade nominal do equipamento.
• Respeitar as indicações dadas na placa relativa ao diagrama de cargas.
• Se, ao elevar uma carga, a parte posterior do empilhador levantar, essa carga deve ser
descida lentamente, nunca bruscamente, e não deve ser transportada nessas condições
• Normalmente as colisões ou choques verificam-se entre:
• os empilhadores e as estruturas fixas dos locais, em situações de manobra ou de
circulação,
• contra obstáculos no piso ou contra outros veículos;
• choques contra pessoas em circulação nos mesmos locais por onde circulam estes
equipamentos e também os atropelamentos.
Medidas Preventivas - Colisões ou choques
• Conduzir com prudência, com atenção e com o empilhador na máxima visibilidade, mesmo
carregado.
• Se a carga impossibilitar a visibilidade para a frente, o condutor deve conduzir o empilhador
em marcha atrás e a uma velocidade lenta.
• Nos locais onde se faz a circulação dos equipamentos deve ser mantida uma boa iluminação,
evitando, no entanto, os encandeamentos e os contrastes exagerados.
• Os circuitos de circulação dos empilhadores devem estar, sempre que possível, isentos de
obstáculos.
• Todos os obstáculos fixos que constituam riscos, devem ser sinalizados.
• A máquina deve ter os seus travões em bom estado
• Os pisos devem estar limpos e isentos de derrames ou gorduras, que os tornem
escorregadios.
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• Deve circular-se com os garfos na parte inferior mas a uma altura do solo de cerca de 15 cm
para evitar o risco de colisões ou choques contra obstáculos no piso.
• Os circuitos de circulação dos empilhadores devem ser devidamente delimitados e
sinalizados, em relação aos circuitos de circulação normais para outros veículos.
• Os circuitos de circulação dos empilhadores, sempre que for utilizado mais que um
equipamento em circulação e em simultâneo, devem cumprir com as seguintes regras:
• A largura das vias de circulação não deve ser inferior, à largura do veículo ou à da carga,
acrescida em 1 metro, quando a circulação ocorrer em sentido único;
• A largura das vias de circulação, para o caso de haver circulação nos dois sentidos de forma
permanente, não deve ser inferior a duas vezes a largura dos veículos ou cargas, acrescidas
em cerca de 1,40 metros.
• Nos circuitos de circulação deve ser reduzido o número de intersecções.
• Devem ser previstas zonas de paragem obrigatória (stops), bem como os sentidos únicos e
um bom sistema de sinalização.
• A velocidade deve ser limitada.
• Os condutores devem utilizar a buzina sonora e abrandar o andamento, antes dos
cruzamentos e em locais de visibilidade mais fraca.
• Devem ser guardadas as distâncias de segurança para outros veículos em circulação no
mesmo sentido.
• Não se deve circular à noite, sem iluminação suficiente.
•
• Contactos com órgãos móveis do empilhador
• Deve ser dada uma especial atenção ao sistema de movimentação do porta garfos e do
mastro, já que nestes locais nem sempre se consegue uma boa protecção contra os perigos
inerentes à movimentação vertical destes órgãos.
• Estes constituem locais de eleição para os riscos mecânicos de esmagamento, agarramento e
arrastamento de partes do corpo dos trabalhadores e, em particular, do manobrador do
empilhador.
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• Todos os órgãos mecânicos em movimento no equipamento, devem estar convenientemente
protegidos através de protecções que evitem o contacto do corpo dos trabalhadores com
esses órgãos.
• A reparação e/ou a inspecção de partes do motor ou dos sistemas de transmissão da
máquina, devem ser realizadas, sempre que possível, com o motor parado.
• Exposição ao ruído
• O risco de exposição a níveis de ruído elevados vai depender, acima de tudo, do nível de
pressão sonora do equipamento e do tempo de exposição a que o manobrador está sujeito.
• No entanto, não podem ser esquecidas as consequências que este equipamento pode trazer
para todos os trabalhadores que se encontrem nas imediações dos seus circuitos de
circulação.
Medidas Preventivas - Exposição ao ruído
• Realizar a correcta manutenção e conservação dos equipamentos.
• O sistema de cobertura do motor deve ser insonorizado e em nenhuma circunstância deverá
ser retirado. Quando houver necessidade de reparar esse sistema, deverá ser substituído.
• Os sistemas de filtragem com silenciador do sistema de escape, devem ser eficazes e em
nenhuma circunstância devem ser retirados. Em caso de avaria ou desgaste, devem ser
substituídos.
• Nos empilhadores eléctricos e nos empilhadores que utilizam sistemas hidráulicos para
transmissão ou elevação, as bombas hidráulicas devem ser silenciosas.
• Nos casos limite e quando não se conseguem resultados positivos após as acções
preventivas realizadas, deve ser utilizada a protecção individual.
• Vibrações do empilhador
• Este risco é normal nas situações em que o condutor está várias horas por dia em contacto
com o equipamento, será necessário tomar algumas medidas preventivas, no sentido de
evitar a ocorrência de problemas futuros, do foro músculo-esqueléctico e/ou outras doenças
profissionais.
• Medidas Preventivas – Vibrações do empilhador
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• Os pisos de circulação destes equipamentos devem ser o mais lisos e regulares possível;
• Devem ser escolhidos empilhadores que utilizem rodas pneumáticas e não rodas rígidas;
• O assento do empilhador deve ter um desenho ergonómico e deve possuir regulação em
altura e em profundidade de alcance;
• Se possível, este assento deve possuir suspensão;
• Como método de prevenção, é aconselhado aos condutores a utilização de uma cintura
lombo-abdominal e a utilização do cinto de segurança, bem ajustado ao corpo.
Incêndios e explosões
• O risco de incêndio ou de explosão pode ter origem na máquina ou em condições externas à
máquina.
Medidas Preventivas - Incêndios e explosões
• Os empilhadores deverão estar equipados com um extintor.
• Sempre que possível, deve ser verificada a estanquecidade do circuito onde circula o
carburante, incluindo os órgãos principais.
• A tubagem e os silenciadores devem ser mantidos em bom estado de conservação.
• Em locais com risco de incêndio e explosão, devem ser usados empilhadores especiais
antideflagrantes, de preferência empilhadores elétricos.
• A proibição de fumar deve ser considerada uma regra básica
• Nos empilhadores a gasolina ou diesel, o abastecimento de combustível deve ser feito ao ar
livre ou em locais bem ventilados.
• Deve ser dada uma especial atenção à operação de carga das baterias dos empilhadores
eléctricos, bem como à manutenção dos equipamentos utilizados nesta operação,
especialmente os cabos de ligação das baterias aos aparelhos de carga.
• No caso dos sistemas de escape estarem descobertos, devem ser correctamente montadas,
protecções que evitem em caso de rebentamento de um tubo ou junta, a queda de óleo ou
combustível sobre o escape quente.
Poluição atmosférica dos ambientes de trabalho
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• Ocorre em ambientes fechados, quando se utilizam empilhadores equipados com motores
de combustão interna,
Medidas Preventivas - Poluição atmosférica dos ambientes de trabalho
• Deverá recorrer-se à ventilação natural, forçada, ou até à purificação do ar, de modo a
manter a concentração de gases e fumos dentro dos níveis máximos que são permitidos.
• Em locais mal ventilados devem ser utilizados, preferencialmente, os empilhadores
eléctricos.
• Nas situações em que são utilizados os empilhadores de combustão interna, deve ser feita
periodicamente, a regulação da carburação dos motores.
• Os escapes devem estar equipados com sistemas depuradores dos gases de escape.
2.4 - Recomendações de segurança e Princípios de manutenção de
empilhadores
Só operadores treinados e qualificados devem conduzir empilhadores.
Evite levantar ou transportar qualquer carga que possa cair sobre o operador ou qualquer
outra pessoa.
Nunca leve "passageiros" no empilhador.
Mantenha os braços e pernas dentro do compartimento do operador. Principalmente ao
operar em espaços apertados isso pode tornar-se extremamente perigoso.
Fique longe e não deixe que outras pessoas se aproximem do mecanismo de elevação
quando estiver em movimento.
Não permita que ninguém passe ou fique embaixo da carga ou do carro de elevação.
Antes de iniciar os trabalhos, verifique as condições do empilhador, como freio, volante,
vazamento de óleos e de gás...e Comunique imediatamente ao seu supervisor qualquer falha
ou dano. Aguarde o conserto dos defeitos antes de continuar o trabalho.
Evite a passagem por buracos, manchas de óleo e materiais soltos.
Faça curvas lentamente e conduza com cuidado principalmente nas esquinas, fazendo
sempre uso da buzina. Mantenha sempre uma velocidade segura, não ultrapasse 10 Km/h.
Quando deixar o empilhador, desligue o motor, engate uma marcha, posicione os garfos em
baixo.
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Não desça rampas de frente com o empilhador carregada. A carga além de escorregar dos
garfos, pode também tombar a máquina. Mantenha sempre a carga voltada para o alto da
ram Não abasteça o empilhador com o motor em funcionamento. Não fume na área de
abastecimento. Incêndios e explosões podem ocorrer da não observância destas simples
regras.
Evite partidas ou freadas bruscas. Freadas bruscas podem ocasionar queda de carga. E
lembre-se: marcas de pneus no piso são sinais de uma má operação.
Observe cuidadosamente o espaço que você deverá usar, para evitar batidas especialmente
com os garfos, torre de elevação, protector de operador e contrapeso.
Não transporte cargas superiores à capacidade nominal da máquina.
Não movimente cargas instáveis ou desequilibradas.
Centralize bem a carga sobre os garfos, de maneira que não fique muito peso para um lado
só, especialmente para cargas largas.
Não transporte cargas apoiadas em um só garfo.
Tome cuidado para que cargas cilíndricas e compridas não girem sobre os garfos.
Mantenha a carga encostada no carro de elevação.
Nunca transporte uma carga elevada. Quando as cargas são transportadas em posição
elevada a estabilidade da máquina fica reduzida.
Para melhor visibilidade e segurança, transporte cargas grandes em marcha atrás, mas
sempre olhando na direção do movimento, mantendo a carga normalmente inclinada para
trás, especialmente em rampas com mais de 10% de inclinação.
Eleve ou abaixe a carga sempre com a torre na vertical ou um pouco inclinada para trás.
Incline para frente cargas elevadas, somente quando elas estiverem sobre o local de
empilhamento.
Dirija com cuidado, observe as regra de trânsito e mantenha sempre o controle do
empilhador. Conheça bem todas as regras de operação segura.
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Conclusão
Ao longo da UFCD 5432 podemos concluir que de um modo geral, conduzir um empilhador é
uma grande responsabilidade. Não está em jogo apenas a segurança do condutor mas também a dos
seus colegas. Deste modo, para se proteger a si e aos outros, necessita de ter bem presentes todos
os regulamentos de segurança e as técnicas de condução. Com esta formação foi possível
caracterizar os diversos tipos de equipamentos de elevação/movimentação de carga. Por outro lado,
foi possível sensibilizar os formandos para os riscos associados a esta atividade, as suas medidas
preventivas e as normas e regras de segurança e manutenção dos equipamentos.
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Bibliografia
• Decreto Lei n.º 26/94. D.R. nº 26, Série I-A (1994-02-01). 480-486.
• Decreto Lei n.º 441/91. D.R. n.º 262, Série I-A de (1991-11-14). 5826-5833.
Decreto Lei 102/2009. D.R. nº Serie I A (2009-09-10).
• E-FACTS - Occupational safety and health in the textiles sector [Em linha]. European Agency for
Safety and Health at Work, [consultado em 3 Out. 2008]. Disponível em:
<http://osha.europa.eu/en/publications/e-facts/efact30>
• LEONARDO, A., (2008). Avaliação de Riscos numa Empresa Têxtil. Trabalho elaborado no âmbito do
Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho (CAP nível V). 61 p. Acessível na ADIV,
Viseu.
• VEIGA, R. et.al. (2007). Higiene, segurança, saúde e prevenção de acidentes de trabalho: um guia
prático imprescindível para a sua actividade diária. Lisboa: Verlag Dashofer.