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MANUAL DE MATERIAIS
Por: Rodrigo Morelli
Vara de Pesca
A peça mais importante da tralha de um pescador
A vara de pesca deve proporcionar bons arremessos, fisgar e trabalhar bem iscas artificiais, resistir a grandes esforços e tensões durante muitas horas, deve ser leve, possuir cabo anatômico e bem dimensionado, além de apresentar qualidade na montagem e componentes, e etc.
Varas para molinetes
Os passadores são maiores e colocados na parte de baixo do blank (corpo da vara). A linha sai em espiral causando maior atrito com os passadores, devido a posição que o molinete é instalado e solta a mesma. Não possuem gatilho.
Varas para carretilhas
Os passadores são menores, pois a linha sai “reta” causando menos atrito, devido a posição que a carretilha é instalada. A maioria possui gatilho.
O que separa uma vara de pesca de R$1.500 de uma vara de R$50?
Entre outras coisas, engenharia da construção, qualidade dos componentes o que inclui: O desenho do cabo, o reel seat (fixador da carretilha ou molinete), o material do cabo, os passadores e a ponteira. O material utilizado no blank também encarece muito o modelo. Este pode custar até 1.000 dólares, ou mais, “pelado”, sem componente algum, dependendo de sua qualidade e origem.
Atualmente a maioria das varas utilizadas na pesca de arremesso é construída
em grafite, pois possibilitam aos fabricantes variações que vão desde a
diminuição do custo, até o tipo de ação, peso, resistência, acabamento, etc.
O que determina o tipo de material e a maneira como o blank foi construído são
os módulos de grafite, representados pela sigla "IM" Intermedial Módulus,
acrescidos de um número ou letra; IM6, IM7, IM8, IM9, IM10, IMX, e outros.
Módulo é o termo que determina o nível de rigidez e também o peso da fibra de
carbono usada para criar os tramos de uma vara.
QUANTIDADE
DE MÓDULOS
TIPO DE
GRAFITE
PESO DO
BLANK
RESISTÊNCIA
AO ESFORÇO
RESISTÊNCIA
A IMPACTOS PREÇO
33 Milhões ESTANDAR REGULAR ÓTIMA MUITO BOA $
36 Milhões IM6 BOM ÓTIMA MUITO BOA $$
38 Milhões IM7 MUITO BOM ÓTIMA BOA $$$
42 Milhões IM8 ÓTIMO ÓTIMA REGULAR $$$$
44 Milhões IMX ÓTIMO ÓTIMA REGULAR $$$$$
45 Milhões IM9 EXCELENTE ÓTIMA REGULAR $$$$$$$$$
65 Milhões IM10 EXCELENTE ÓTIMA REGULAR $$$$$$$$$$
Fazendo uma breve leitura de algumas informações do quadro acima, notamos
que os blanks com maior número de módulos de grafite são mais leves, porém
mais suscetíveis a quebras devido a impactos ou batidas.
Já os que concentram entre 33 e 38 milhões de módulos possuem melhor
absorção de impactos em sua superfície, porém são proporcionalmente mais
pesados que os outros.
O módulo mede, então, a rigidez em relação ao peso do material o que se
traduz, ao final, na sua resistência à flexão ou elasticidade da substância, isto
é, a relação entre a quantidade de força aplicada e a distorção resultante.
E aí começa a guerra dos Módulus
Todos os dias, fabricantes de varas lançam modelos novos “IM6”, “IM7”, “IM
não sei quanto” e que, sabe-se, não significam lá muita coisa, uma vez que a
especificação não se refere à vara acabada, mas à matéria prima que os
fabricantes adquirem.
“A vara só pode ser sentida e conhecida testando-a e, não somente pelo
que vem gravado em seu blank” (Rodrigo Morelli).
Grafite Módulus alto Material utilizado: grafite IM6, IM7, IMX,...
Scrim Módulus baixo Grafite de Módulus baixo, Fibra de Vidro, etc.
Resina Módulus Baixo Usado para manter unidos o Scrim e o Grafite
Tanto o Scrim como a resina, diminuem os módulos efetivos da vara acabada.
Cada fabricante usa uma “receita” completamente diferente de Scrim e resina
para se chegar a resultados de módulos completamente diferentes, mesmo
utilizando o mesmo material inicial.
Principais matérias primas (blank)
Fibra de vidro
Barato, pesado, resistente a impactos e tração, pouco sensível.
Carbono (grafite)
Mais caro, leve, pouco resistente à impactos, muito sensível, resistente à
tração.
Composto ou Composite
A fibra de vidro possui uma propriedade imbatível que é a elasticidade, tornando as varas com essa composição mais eficazes em brigas pesadas e longas, como na pesca de peixes de bico e de couro.
Daí a criação das varas de Composite que são mistas de fibra de grafite e fibra de vidro, mas com maior porcentagem de fibra de vidro em sua
composição. São varas intermediárias entre as de fibra de vidro e grafite, pois são construídos à base da mistura dos dois materiais. Possuem ação mais lenta e acabamento mais simples.
As varas de E-Glass são um exemplo desta categoria, pois são um pouco mais pesadas, um pouco mais resistentes á impactos, menos sensíveis, mais resistentes à tração e baratas, se comparadas às varas de grafite.
Quando se fala que uma vara é de carbono ou de fibra de grafite fala-se de
coisas diferentes, pois a vara de fibra de grafite certamente tem carbono, mas a
de carbono pode não ter grafite.
No processo de tratamento a manufatura, se a temperatura for elevada acima
de 2.500 graus centígrados, não teremos carbono e sim grafite, mecânica e
estruturalmente mais resistente.
A fibra de grafite, como um dos compostos constituintes da vara de pesca, possui características muito superiores às da fibra de vidro, mas alguns defeitos fazem com que o composto precise de uma espécie de aditivo para tornar-se viável.
Um desses defeitos é o fato dela ser muito rígida e quebradiça. A rigidez é uma boa qualidade, mas ser quebradiça fez com que as indústrias a associassem com a fibra de vidro, para torná-la utilizável.
A grande vantagem dos materiais compostos resultantes é a de que eles
juntam as melhores qualidades dos materiais que os compõe.
Vara Maciça e Tubular
As varas de pesca podem ser tubulares (ocas) ou maciças, fabricadas
geralmente em uma ou duas partes, mas há varas com três, quatro, cinco
partes. Ex.: Varas de fly, de praia, etc.
Construção de Varas Tubulares
A fabricação de um blank se dá através dos moldes que recebem o nome de
mandril. Prepeg é o nome dado ao tecido de fibra de vidro ou grafite,
impregnadas de resina e curadas, por cozimento a temperaturas pré-
determinadas, em forno, que é enrolado ao redor do mandril, para criar a forma
tubular da vara de pesca como conhecemos. O mandril é feito em aço
inoxidável e cromado. Seu formato cônico e o tipo de material a ser utilizado,
determinarão a ação que cada vara terá.
É o desenho do mandril que determina o desempenho de uma vara. A
excelência do material utilizado não faz uma vara mal desenhada arremessar
bem. Um mandril, cuidadosamente projetado e desenhado com afilamento
preciso, resulta num blank de comprimento e ação corretos.
Tanto as de fibra de carbono (solid carbon) quanto as de fibra de vidro, são
fabricadas pelo processo de pultrusão, em que as fibras pré-bobinadas,
passam por um banho de resina e são estiradas e comprimidas a altas
temperaturas, quando ocorrem a polimerização e a solidificação, formando-se
uma barra cilíndrica, que é posteriormente retificada, transformando-a em
forma cônica
Partes de uma vara de pesca
Blank – É o corpo da vara. Responsável pela quantidade de esforço que a vara suporta. Também determina a ação da vara. Pode variar de tamanho e resistência, conforme o tipo de pescaria;
Real Seat – É o fixador de carretilha ou molinete;
Rear Grip – Chamado de “cabo”. Pode variar de tamanho dependendo da modalidade a ser usada a vara. Geralmente é feito em E.V.A. ou cortiça de várias qualidades.
Butt Cap – É a tampa do cabo. Além de ser um item no acabamento da vara, é o Butt Cap que evita o choque direto do blank com o chão, o que poderia causar trincas na vara. É ele também que veda o cabo e o blank para não acumular sujeiras como umidade, areia, limo, maresia, barro, etc;
Tip Top – Ponteira da vara;
Guides – Passadores ou Guias;
Hook Keep – Prendedor de anzol ou iscas artificiais.
Passadores
Os passadores cumprem um papel fundamental no desempenho de uma vara
de pesca de qualidade.
Fatores como balanceamento, sensibilidade, precisão, aumento na distância
dos arremessos são influenciados por um bom sistema de montagem. Estes
sistemas levam em consideração o tamanho, o posicionamento, o tipo de
passador e também o material de que são feitos. Os passadores melhoram as
características de absorção de impacto da vara, reduzindo tanto a ruptura da
linha como a quebra da vara. Além disso, eles melhoram a distância do
arremesso por "alimentar" a linha à ponta da vara, de maneia mais eficiente.
Os passadores possuem em geral duas partes: o anel ou ring, e o chassi ou
frame que contém o anel. O chassi apoia-se no blank através dos pés ou
apoios, que podem ser duplos (double foot), ou simples - mono apoio (single
foot).
Típicos jogos de passadores. Acima, para molinete e abaixo, para
carretilha.
Houve problemas na construção dos primeiros passadores em arame. A pesca
é úmida. A umidade corrói o arame. A corrosão “mastiga” e danifica a linha.
Peixes arrebentam linhas danificadas. Além disso, o design do anel causava
um flap excessivo de linha no arremesso. Havia definitivamente coisas para
melhorar.
E o primeiro passo a melhorar era o seu design. O primeiro anel de arame foi
substituído pelo conhecido design de anel contido num aro, no chassi com pé
(footed-ring), similar àqueles encontrados nas varas de hoje. O arame foi
substituído pelo aço estampado (stamped steel).
Os novos passadores eram mais duráveis e eficientes, mas as bordas afiadas
causavam ainda mais abrasão e fricção na linha, do que o arame corroído.
Trocou-se o anel de aço por cerâmica, lisa, não corrosiva e dura.
As inserções de passadores em cerâmica eram uma melhoria definitiva sobre o
aço estampado, mas eles eram pesados, o que comprometia o balanço e a
sensibilidade da vara. Eram frágeis, frequentemente quebravam e caíam para
fora da moldura do anel. E mais, eram mais caros.
As inserções chapeadas em aço inoxidável pareceram ser a resposta. As
inserções dos passadores foram projetadas com várias ligas para promover a
lisura e a durabilidade. Havia cromo. E havia o suprassumo. Titânio. Melhor,
impossível. Na tecnologia de hoje, o titânio é a liga definitiva dos passadores
para vara. Ele é mais leve, mais duro, mais liso e mais durável do que qualquer
coisa por aí. Os passadores com inserções SS304 (aço inoxidável) revestidos
em titânio oferecem melhor desempenho para arremesso, recuperação e “luta”
com peixes.
Mas, cuidado! Convencionou- se entre alguns lojistas, incentivados por alguns
fabricantes e importadores, que tudo que é amarelinho é titânio. Engano,
pois uma das cores menos comuns do titânio é o dourado. Geralmente, ele tem
tons de cinza. O que ocorre é que alguns passadores recebem em seu anel
uma camada ultrafina de nitrato de titânio, o que teoricamente aumentaria a
resistência do passador à abrasão, fato este que não ocorre sempre, pois sob
esta camada de nitrato de titânio, importa que material foi usado na confecção
do anel. Além disso, apareceram algumas bobagens como "titânio de safira".
A grande revolução aconteceu por conta da ressurreição da cerâmica, agora
fabricada com ligas especiais como óxido de alumínio, alconite e SIC que
melhoraram as características positivas (dureza, superfície polida, boa
dissipação de calor) e atenuaram as negativas (peso, fragilidade ao impacto, e
principalmente, preço).
O apoio duplo do passador torna mais rígido o segmento da vara no qual ele é
fixado. Dessa forma, blanks iguais montados com passadores diferentes,
em uma vara com todos os passadores duplos e outra com todos os
passadores de apoio simples, terão ações diferentes. A montagem com os
passadores de duplo apoio torna a vara menos flexível.
Por exemplo, para se obter uma ação mais de ponta, colocam-se dois ou três
passadores de pés duplos e os demais simples, assim deixaríamos menos
flexível os primeiros dois terços da vara.
Além dos sistemas de montagem criados pelos fabricantes de vara, existem
outros desenvolvidos por fabricantes de passadores, como a Fuji, com o seu
"Fuji® New Concept Guide™".
Há também a utilização de um sistema onde os passadores são dispostos e
fixados sobre o blank em posição espiral, com os últimos passadores voltados
para baixo, de forma a minimizar a torção da ponta da vara na briga com um
peixe e evitar enroscos nas ponteiras das varas. Este sistema é aplicado em
varas de carretilha, geralmente para a pesca vertical com jumping jigs e é
chamado de spiral guide ou torqueed.
Nesta montagem, também são comumente utilizadas ponteiras anti-enrosco,
conhecidas como low rider. Na pesca de praia, as varas de boa qualidade,
apresentam jogo completo de passadores low-rider em sua montagem.
À esquerda, passador low rider e à direita, ponteira
Tabela de características dos passadores mais utilizados
Resistência Alconite
Óxido de Alumínio
SIC SIC-Titânio
Titânio
Monofilamento Sim Sim Sim Sim Sim
Multifilamento Não Não Sim Sim Sim
Sensibilidade Ruim Bom Muito Bom Excelente Excelente
Peso Ruim Bom Muito Bom Ótimo Excelente
Resistência Regular Bom Ótimo Ótimo Excelente
Aparência Regular Bom Ótimo Excelente Excelente
Outro fator importante é o peso dos passadores. Os de SIC e Titânio e Titânio
são os mais leves do mercado, pesando entre 10 e 13 gramas um jogo com 9
passadores e ponteira. O ponto fraco destes passadores é seu preço. Uma boa
opção é a utilização dos passadores de SIC, com o melhor custo x benefício
entre todos, e como podemos observar na tabela acima, ele é extremamente
versátil.
Para a pesca pesada devemos utilizar varas com passadores duplos para
distribuirmos melhor o esforço ao longo do corpo da vara e em alguns casos
até passadores especiais com roldanas para que haja uma diminuição do atrito
entre linha e passadores.
Características de uma vara
A resistência de um caniço é medida internacionalmente em libras. A unidade
que representa esta medida é o símbolo lb e uma libra, equivale a 453,6g.
A classificação em libras, impressa em uma vara de pesca, determina e
designa a modalidade mais indicada para a sua utilização.
Isso não quer dizer que não se consegue capturar um peixe de dez quilos com uma vara de 15 libras, que teoricamente suporta 6,8kg.
Temos a nosso favor três fatores: A resistência da linha, a flexibilidade da vara e a regulagem do freio (fricção) da carretilha ou molinete, além da habilidade do pescador, que conta bastante.
Com equipamento leve, devemos cansar o peixe deixando-o tomar linha, sem forçar o equipamento. Um bom exemplo é a pesca de grandes Robalos Flexa com varas telescópicas (robaleiras), sensíveis e de ação bastante lenta.
Há também casos contrários onde se pesca com material relativamente pesado em relação à espécie pretendida, e se perde o peixe por tentar encurtar a “briga”, forçando-o com o material, rompendo sua boca, por exemplo.
Capacidade mínima e máxima de linha (Line WT.)
Essa referência determina a capacidade mínima e máxima da linha com que se pode trabalhar em determinada vara de pesca.
A mínima especifica qual a linha mais “fraca” que deve ser utilizada sem o risco desta se romper. Esta é a capacidade que a vara tem de “proteger” a linha. Já a capacidade máxima indica a linha mais “forte” a ser usada, mas sem riscos de quebrar a vara. Em uma vara que leva a inscrição Line Wt. 8lb-12lb, saberemos a faixa de espessura indicada para tal material que vai de 8 a12 libras.
Ação (Action)
A ação de uma vara de pesca indica o ponto em que a vara começa a vergar sob uma dada força. Desta forma, podemos definir se o equipamento é de ação rápida, moderada ou lenta, ou intermediária. Assim sendo, caniços com a mesma resistência podem ter diferentes ações.
Diz respeito à velocidade com que o blank se recupera, ou volta à sua forma normal, quando flexionado. Está também relacionada com o peso das iscas utilizadas.
As denominações mais encontradas e gravadas em varas mundialmente comercializadas são:
Ação Extra-Rápida (X-Fast action): Dobra o primeiro ¼ da vara, na parte da ponta;
Ação Rápida (Fast action): Dobra o primeiro 1/3 da vara;
Ação Média ou Moderada (Medium action): Dobra cerca de metade da vara;
Ação Lenta (Slow action): Dobra progressivamente a vara inteira.
As varas de ação média arremessam melhor iscas artificiais pequenas. Varas de ação extra-rápida e rápida proporcionam uma fisgada mais rápida e firme. Varas de ação lenta arremessam melhor iscas vivas à distância maiores. Existem classificações intermediárias entre as ações. Média rápida, Média lenta, e etc.
Resposta às Fisgadas
Na hora da fisgada, uma vara de ação extra rápida tem um resultado muito mais rápido do que uma vara de ação lenta. Para pescarias onde a fisgada tem que ser imediata, prefira usar varas rápidas e extra rápidas. A pesca de superfície com bóias cevadeiras, por exemplo, é um caso desses. A pesca com jig heads (anzóis lastreados) na captura de Robalos também exige tal material.
Já em modalidades onde devemos deixar o peixe carregar a isca para depois fisgar, uma vara lenta facilita muito a fisgada. A pesca de Carpas e Robalos com iscas vivas são exemplos.
Potência (Power)
Potência da vara
Não confunda potência com ação.
Potência é a capacidade de tração que a vara possui, em relação a um determinado esforço.
Em uma pescaria de Dourados onde a fisgada além de ser rápida deve ser forte, exige o uso de uma vara de ação rápida e potência pesada, pois se trata de uma espécie robusta, agressiva, conhecida por travar verdadeiras “batalhas” contra os pescadores.
Existem muitas combinações no mercado. Há varas de ação extra rápida, por exemplo, que apresentam potência leve, com 10lb de resistência. É muito importante entendermos a relação potência x ação de uma vara.
Classificação segundo a capacidade de carga (potência)
Varas Pesadas (heavy) para linhas acima de 30lb;
Varas Médias Pesadas (médium-heavy) para linhas entre 17lb e 30lb;
Varas Médias (médium) para linhas entre 14lb e 17lb;
Varas Médias Leves (médium-light) para linhas entre 10lb e 14lb;
Varas Leves (ultra-light) para linhas entre 4lb e 8lb.
Algumas relações possíveis
Varas Rápidas: Dourados, Traíras e peixes de boca óssea, além de Robalos na pesca com jig head;
Varas Médias: Robalos, Basses, Tucunarés, e peixes que são fisgados com certa facilidade;
Varas lentas: Peixes com boca relativamente mole ou para iscas leves.
Peso das iscas (Lure Wt.)
Essa referência determina a capacidade de peso que as varas suportam arremessar, sem correr o risco de quebra. A unidade usada para representar esta medida é a onça. Uma onça equivale a 28g, e é representada pela sigla oz. Por exemplo: De ¼ a 1 oz (de 7 a 28 g).
Medida e comprimento das Varas(Lenght)
É representado pelas medidas Pés (‘) e Polegadas (“). Exemplo: Uma vara que
possua em seu Blank a classificação 5’6”, tem cinco pés e seis polegadas.
Um pé tem 30,48cm e uma polegada, 2,54 cm. Multiplicando cinco pés por
30,48, mais seis polegadas por 2,54cm, teremos uma vara de mais ou menos
1,65m de comprimento.
O tamanho das varas está ligado diretamente à distância do arremesso.
Ou seja, quanto maior a vara, mais longo será o lançamento.Varas curtas,
porém, proporcionam arremessos mais curtos, mas com maior precisão.
Bait Casting (pesca de arremesso)
Medidas mais utilizadas
5’3” / 12lb ou 14lb
5’6” / 17lb, 20lb ou 25lb;
6’0” / 17lb, 20lb, 25lb, ou 30lb;
6’3” / 12lb, 14lb, 17lb, 25lb;
6’6” / 14lb, 17lb, 25lb, 30lb;
7’0” / 15lb, 20lb, 25lb, 30lb;
8’0” / 30lb, 40lb, 50lb, 60lb.
9’0” / 25lb, 30lb, 40lb.
Melhor opção
Como mencionado, as varas são um dos mais importantes itens do equipamento. A leveza, o conforto e a resistência, estão entre as principais vantagens e características. Entretanto, é incorreto acreditar que as mais baratas e comuns não oferecem bons resultados. Depende muito da situação e da modalidade de pesca.
Para quem usa iscas artificiais, porém, quanto mais leve (e resistente) for o conjunto, menos se cansa.
O feeling do vendedor / pescador é muito importante na escolha e ou indicação de uma vara de pesca.
Teste de qualidade, quanto ás classificações
Por exemplo: Uma vara de 1,80m de comprimento, com capacidade de
arremesso (casting) de até 30g, deve proporcionar ao pescador arremessos de
no mínimo 45m, com determinada bitola de linha. Se a vara for testada e atingir
essa marca, estará dentro da classificação de bom produto nessa categoria. Se
ela superar as expectativas, ficará acima da média e consequentemente, será
um produto mais vendável.
Varas Telescópicas
As varas telescópicas, como todas as varas, devem ser leves e resistentes.
Para se conseguir leveza e resistência, existem vários fatores que devem ser
analisados nas varas. O que pode variar de acordo com o material e espessura
dos tubos, também conhecido como parede interna. Os materiais mais usados
são o carbono, grafite e fibra de vidro, geralmente misturados entre si, em
diversas proporções. Esta mistura é chamada de mix carbon.
As varas de carbono e grafite são leves e bem rígidas, consequentemente,
mais frágeis. São varas que exigem grande cuidado em seu manuseio,
transporte e manutenção.
Caso você encontre uma vara telescópica, com percentual de carbono elevado,
acima de 50%, com preços muito baixos, desconfie. Algumas varas possuem
uma fina camada de carbono no fundo para aparentar ser totalmente de
carbono, mas se analisarmos o tubo todo, verificaremos que são inteiras de
fibra de vidro.
As varas de fibra de vidro são bem mais baratas que as de carbono, mas são
um pouco mais pesadas e flexíveis, o que as torna mais resistentes a
pancadas e envergaduras bruscas. E por este motivo também, não apresentam
respostas tão rápidas ás fisgadas.
Já as varas de mix carbon, que apresentam em sua composição de 20% a 80%
de carbono, possuem preços bons. A resistência e a ação dependem da
proporção da mistura. O peso varia também de acordo com a mistura. Além do
material, a espessura dos tubos também influencia no peso, ação e na
resistência da vara. Muitos fabricantes utilizam tubos bem finos para baratear o
custo e produzir uma vara leve, mas ela se torna muito frágil.
Muitas vezes, puxamos demais os gomos da vara e na hora de fechá-las, eles
não se soltam. Normalmente quando isso acontece, forçamos os tubos para
fechá-los até quebrar um deles. Nesta situação devemos tirar a tampa do fundo
da vara e colocá-la na posição vertical, com o fundo para baixo em um lugar
bem duro e liso, como um piso de pedra ou uma mesa de madeira, levantar o
gomo preso e arremessá-lo contra o chão com toques secos até que se soltem.
Se isso não resolver, jogue água quente entre os tubos e repita o processo, aí,
com certeza, eles irão se soltar.
Molinetes
É uma máquina usada na pesca esportiva e profissional, formada basicamente
por uma bobina (carretel), onde se pode enrolar a linha de pesca, ligada a um
mecanismo de desmultiplicação de força que, quando se aciona a manivela,
recolhe-se a linha.
No interior de um molinete existe uma série de engrenagens e rolamentos, que
facilitam o trabalho e aliviam o atrito das peças.
É muito popular entre os pescadores em função de seu manuseio simples e de
seu baixo preço nos modelos mais básicos.
Alguns modelos de molinete
Existem vários tipos de molinetes de diversos modelos, marcas e tamanhos. Ao
escolher um molinete o pescador deve levar em conta diversos fatores como: O
diâmetro da linha, a força da correnteza onde se vai pescar, as características
da vara de pesca, tipos de chumbada, espécies de peixe que se pretende
pescar, se vai utilizar iscas artificiais, se é para a pesca vertical, de praia, entre
outros fatores.
Caso se disponha de carretéis sobressalentes, recomenda-se abastecê-los
com linhas de espessuras diferentes, aumentando os recursos do
equipamento. Mas, em qualquer caso, o mais importante é que o carretel esteja
carregado corretamente, cheio, mas sem excessos, até o limite adequado,
possibilitando uma boa saída de linha.
Linha demais resultará em "cabeleira", ao passo que linha de menos impedirá
bons arremessos por causa do excessivo atrito contra o flange do carretel. O
limite máximo aceitável é onde começa a curvatura da borda do carretel.
Fricção
Um aspecto bastante importante é a regulagem da fricção, que deve ser feita a
¼ de resistência da linha usada ou da vara, quando esta for de resistência
menor que a linha.
Exemplo: se você abasteceu o seu molinete com linha de 12 libras de
resistência, o seu ajuste deverá ser de 3 libras.
Para executar esse ajuste, monte seu conjunto vara, molinete e com a linha
passada, coloque uma balança na ponta da linha e aplique pressão na vara.
Ela deverá acusar as 3 libras quando começar a soltar linha e, caso a
marcação seja inferior, girar o botão de regulagem de forma a apertar mais a
fricção até atingir as 3 libras.
Caso marque a maior, girar o botão de regulagem de forma a soltar mais
fricção para atingir as 3 libras desejadas.
Arremesso
Para executar o arremesso é necessário prender a linha junto à vara de pesca,
usando o dedo indicador. A seguir, levante a alça do molinete e proceda ao
arremesso. Após concluí-lo, vire a manivela para ativar a alça ou o faça
manualmente.
Recolhimento
Ao recolher a linha o movimento da manivela deve ser feito com pressão de
fora para dentro, a fim de não forçar e deslocar a união coroa x pinhão.
As partes do Molinete
O corpo do molinete: O corpo, ou chassi do molinete é que contém todas as engrenagens e que permite o funcionamento adequado do equipamento. Ele é composto por um corpo principal e uma tampa contralateral. Existem três tipos básicos de corpo. Aquele construído em grafite ou copolímero, híbrido de grafite e metal e um último, totalmente em metal, o mais resistente e caro.
Os corpos em grafite são leves e resistentes, mas podem sofrer pequenas torções quando forçados. Aqueles híbridos possuem corpos em metal para uma grande rigidez e tampa contralateral em grafite para aliviar o peso. Finalmente, o corpo construído totalmente em metal é o mais durável e mantem as partes internas alinhadas para o funcionamento mais suave e preciso.
O Rotor: É a parte externa móvel do molinete que gira em torno do carretel, rebobinando a linha. O Rotor também pode ser fabricado em grafite, copolímero ou metal com as decorrências acima citadas.
A Fricção ou Drag: A fricção é um dos componentes mais importantes de um molinete, por ser responsável pelo controle sobre a soltura da linha, na “briga” com o peixe. Ela é composta por uma pilha de discos alternados de metal, de material sintético e de material natural. Quanto maior a quantidade e o tamanho dos discos, melhor, pois dissipará melhor o calor gerado pela fricção. Teste a fricção fechando-a e puxando a linha. A fricção deverá ceder suave e uniformemente, sem trancos.
Modelo com ajuste da fricção na traseira
Modelo com ajuste da fricção na dianteira
O Carretel: O carretel, ao qual habitualmente não se dá muita importância, desempenha papel fundamental ao funcionamento de um bom molinete. Ele não só armazena a linha, como seu design pode determinar a capacidade do arremesso do equipamento. O carretel pode ser trocado facilmente, sempre que se necessitar de outra bitola de linha. A flange(borda) do carretel de grafiteou copolímero, pode se desgastar, tornar-se abrasiva à linha e, provocar a diminuição da distância do arremesso e de sua vida útil. O carretel de alumínio é o melhor. Se a flange for banhada em titânio, ou nitrato de titânio, melhor ainda.
A Rolimã (Rolamento): A rolimã de esferas é usada em posições estratégicas, para reduzir o desgaste das engrenagens móveis e proporcionar o funcionamento suave do molinete. Os principais locais onde se localizam as rolimãs são: eixo da manivela, eixo do rotor, eixo das engrenagens e no rolete
do pegador de linha. Normalmente usa-se um rolimã de cilindros no eixo do rotor para promover o anti reverso instantâneo.
Geralmente os molinetes com mais rolimãs, tem um funcionamento mais suave, mas deve se considerar a qualidade dos rolimãs. Prefira molinetes com menos rolimãs, mas de boa qualidade, àqueles de mais rolimãs de má qualidade. Os rolimãs podem ser feitos com aço carbono, aço inoxidável, ligas com proteção contra oxidação ou híbridos de cerâmica. Alguns molinetes usam buchas ao invés de rolimãs. Estas são duras e menos resistentes. Outros usam rolimãs seladas, estas, por manter a sujeira do lado de fora são melhores. Ex. SARB (Shimano) e CRBB (Daiwa).
A Alça do pegador de linha: Posicionada sobre o rotor e a partir do rolete, tem a função de pegar de volta a linha, logo após o arremesso, e direcioná-la para o rolete. Deve-se abri-la antes do arremesso e fechá-la girando a manivela ou manualmente. Nos grandes molinetes, recomenda-se fechá-la manualmente. A alça pode ser sólida ou oca e deve ser acionada por uma boa mola que a mantém aberta durante o arremesso e ajuda a fechá-la depois.
O Rolete do pegador de linha: Um bom rolete do pegador de linha deve incorporar um rolimã que assegurará o retorno apropriado da linha ao carretel, sem emaranhados ou torções.
Engrenagens: Basicamente as engrenagens de um molinete consistem em um sistema de coroa e pinhão, onde a rotação da manivela é transmitida ao rotor e um sistema auxiliar de oscilação do carretel, é também acionado pela coroa. O sistema fica contido dentro do corpo do molinete e pode ser de aço inoxidável ou não, bronze ou liga de alumínio, torneada ou estampada. Quanto mais duro o material de que é feito a engrenagem e, quanto maior o seu tamanho, melhor.
Relação de recolhimento: A relação de recolhimento define a velocidade com que o molinete rebobina a linha. Ela nos dá a relação de multiplicação da rotação da manivela em relação à rotação do rotor, que irá girar o carretel. Assim, uma relação de 6,3:1, quer dizer que a cada uma volta de manivela, o rotor gira 6,3 vezes.
Oscilação do carretel: Gerada pelo sistema auxiliar da engrenagem, faz o carretel oscilar para frente e para trás concomitantemente, com o movimento do rotor. Esta oscilação determina o padrão em que a linha vai ser rebobinada e em contrapartida, determina como o molinete arremessará.
Manivela: É parte do molinete que você mais usará. Escolha levando em conta o seu conforto de manuseio. É também a parte mais exposta a pancadas e danos. Deve, pois ser resistente. Aqueles moldados ou torneados são os melhores. Nos molinetes geralmente, as manivelas são facilmente reversíveis de um lado para o outro. As manivelas longas transmitem mais força e as curtas mais velocidade.
Quando preferir molinetes?
Pesque-pague: Na maioria das vezes, estes pesqueiros não apresentam
obstáculos naturais, logo a precisão do arremesso não é tão essencial. Além
disso, a maioria dos pescadores pratica a pescaria de espera com iscas
naturais.
Pesca de praia: A necessidade de longos arremessos, muitas vezes contra o
vento, faz o pescador praiano utilizar varas muito longas, cujo casamento com
carretilhas é muito difícil.
Pesca vertical com jumping jigs: Em profundidades médias de 50 a 80 metros,
a pesca com molinetes apropriados para a modalidade é uma opção mais
barata e prazerosa, do que as carretilhas elétricas. Oferece ao pescador
melhor “pegada” e facilita o trabalho do jumping jig.
Quais as principais diferenças em relação às carretilhas?
A- O carretel é estático sendo o componente giratório o guia. Esta
característica confere menor precisão do arremesso, porém tem a vantagem de
não deixar ocorrer cabeleiras.
B- As engrenagens são dispostas em sistema de coroa-pinhão e na carretilha
as engrenagens relacionam-se diretamente. Logo, um molinete com metalurgia
fraca, apresenta maior risco de “te deixar na mão”, do que uma carretilha de
mesmo porte.
C- O molinete está disposto sob a vara e, para uma boa alavanca, é necessário
a utilização das duas mãos durante o arremesso. A carretilha pode ser
empunhada com uma das mãos apenas, com maior facilidade.
Tamanho do molinete
A ideia de quanto maior o peixe maior deve ser o molinete não é 100%
verdadeira. Além do tamanho da espécie que você está almejando, outros
fatores devem ser considerados, como a quantidade de linha necessária para a
técnica e o estilo de pesca.
Por exemplo: Na pesca das ariscas piaparas, o barco é posicionado longe do
poço e é necessário um molinete (ou carretilha) com grande capacidade de
linha para alcançar o local de maior atividade. Por outro lado, prefira molinetes
com carretéis de menor diâmetro se a técnica for o bait casting, visto que os
grandes carretéis costumam dar trancos na linha durante o arremesso.
Carretilhas
As primeiras carretilhas eram simples e rudimentares, e não passavam de
carretéis fixados ás varas, com um pegador para girar a roda e recolher a linha.
As ancestrais das carretilhas de pesca modernas, de ação simples, até hoje
usadas, não tinham nenhum mecanismo de frenagem, e a ação do pegador era
direta, correspondendo cada manivelada a uma volta no eixo do carretel. Com
o tempo e a evolução industrial, surgiram carretilhas melhores, dotadas de
mais recursos: as automáticas, as usadas no flycasting, que recolhem a linha
automaticamente, constituindo um aperfeiçoamento das carretilhas simples.
Hoje temos uma geração moderna de “carretilhas multiplicadoras”, que, por
meio de um conjunto de engrenagens, multiplicam os giros da manivela
transmitidos ao tambor, tornando rápido e confortável o recolhimento da linha.
A origem da carretilha de tambor rotativo (multiplier reel) pode ser os Estados
Unidos, onde supostamenteforam desenvolvidas nas primeiras décadas do
século XIX. Seus segredos são zelosamente guardados pelos fabricantes.
Tipos de carretilhas
A carretilha é uma excelente opção para pescarias e existem diversos tipos e
modelos, sendo algumas destinadas à pesca marítima embarcada, dotadas de
marcadores mecânicos e até computadorizados. Basicamente, são três os
modelos apresentados no mercado, sendo as de perfil baixo e redondo as mais
comuns.
Características básicas
Perfil baixo: Mais leve e anatômica, se encaixa na palma da mão
proporcionando conforto. Imbatível na pesca com iscas artificias em geral, onde
se necessita precisão e repetição de arremessos.
Perfil alto / redondo: Calça maior volume de linha, é fisicamente maior e,
portanto, mais forte. Ideal para pesca de espera com iscas naturais, corrico, e
pesca vertical.
Elétrica: Comporta muita linha, possui drag (fricção)potente, recolhe a linha
eletricamente, pois possui motorização integrada ao seu sistema. Muito
utilizada na pesca marítima com iscas naturais e artificiais em grandes
profundidades. Em matérias recentes de publicações do gênero, sugeriu-se
seu uso para a pesca de piaparas, por comportar bastante linha. Há
controvérsias.
Se comparadas aos molinetes são mais precisas, resistentes e duráveis,
possuem maior poder de tração e não torcem a linha de pesca. Proporcionam
ao pescador maior controle e precisão nos arremessos.
O maior problema da carretilha são as famosas "cabeleiras" que levam alguns
a desistirem de pescar com esse equipamento. Em geral, ocorre por falta de
perícia no arremesso e/ou má regulagem do equipamento ou também pela
baixa qualidade do material que dificulta o aprendizado.
Partes de uma Carretilha - O Chassi
O corpo ou chassi é a parte que contém todas as engrenagens e que permite
um bom funcionamento do equipamento. Ele é composto por um corpo
principal e uma tampa colateral. Existem três tipos básicos de corpo.
Aqueles construídos em grafite e copolímero, outro híbrido de grafite e metal e
um último, totalmente em metal, geralmente alumínio.
Os corpos em grafite são leves e resistentes, mas podem sofrer pequenas
torções quando expostos á esforços excessivos.
Há também os híbridos com corpo em metal para uma grande rigidez e tampa
colateral em grafite para redução do peso e finalmente o corpo totalmente
construído em metal que é o mais durável e mantém as partes internas
alinhadas, com bom funcionamento.
Rolamento (Rolimã)
O rolamento de esferas é usado em posições estratégicas para reduzir o
desgaste das engrenagens móveis e para proporcionar um funcionamento
suave. Os principais locais onde devem se encontrar os rolamentos são: o eixo
da manivela e carretel.
Normalmente, usa-se rolamento de cilindros no eixo da manivela, para
proporcionar o antireverso instantâneo.
A expressão em inglês ball bearing significa rolamentos. Quanto mais
rolamentos, melhor a carretilha? Nem sempre. A qualidade de rolamentos é
fundamental para uma boa durabilidade e funcionamento da carretilha.
Os rolamentos são feitos em aço inoxidável, ou em ligas com proteção
antioxidação.
Certifique-se de que o modelo possui pelo menos três rolamentos. Dois para o
carretel central e um no eixo de manivela. Isto garantirá melhores arremessos e
menor desgaste.
O Flipping
Este recurso permite a liberação intermitente do carretel para dar mais linha
pescando com jigs ou corricando em operação com uma só mão.
Existem dois tipos básicos de acionamento do Flipping: on / off constante
(reengrena o carretel ao soltarmos a tecla de arremesso) e o push-button
(reengrena o carretel ao acionarmos a tecla própria. Ambos os tipos permitem
uma operação fácil.
Capacidade de linha
A capacidade de linha está diretamente ligada ao tamanho do carretel.
Carretéis maiores são encontrados em modelos de perfil redondo. A carretilha
deve ser escolhida de acordo com a modalidade preferida e praticada. Existem
poucos modelos de carretilha de perfil baixo com maior capacidade de linha,
que podem substituir carretilhas de perfil redondo de tamanho médio, que são:
Revo Toro (Abu Garcia), Curado 300 e Speed Master (Shimano), Daiwa Tierra
(Daiwa) e Exo 300 (Quantum).
Controle de arremesso
Freios mecânicos ou magnéticos
Pode ser magnético, mecânico e digital. O freio de uma carretilha tem dupla
função, pois auxilia a fricção principal e minimiza o efeito de retrocesso do
carretel após o lançamento, evitando ou diminuindo as temidas “cabeleiras”.
As carretilhas que utilizam o sistema magnéticotem um botão escalonado em
números, para regular sua intensidade. Já as mecânicas, trabalham com freio
composto de buchas (centrífugo) que exercem pressão na tampa interna ou
tambor da carretilha, freando gradativamente o carretel na hora do arremesso.
Quanto maior o número de buchas acionadas, maior será o atrito e,
consequentemente, menor a distância do lançamento.
Para uma boa regulagem do freio, deve-se segurar a vara na horizontal, liberar
gradativamente o freio, com a carretilha destravada, até que a isca artificial ou
o conjunto, chumbo e isca natural, desça lentamente, de modo que, quando
toque o chão, o carretel pare de girar. Este é o ponto ideal de arremesso e
deste modo, dificilmente ocorrerá cabeleira.
Carretilha para água salgada
Certifique-se que o modelo escolhido seja destinado à pesca em água salgada.
Isto evitará corrosões prematuras da carretilha.
Rolamentos com tratamento anticorrosivo, além de corpo em alumínio,
anodização, acabamento apropriado, que inclui vedação e parafusos
inoxidáveis, são pré-requisitos para um bom material saltwater.
Gear ratio
A expressão em inglês gear ratio indica a relação de recolhimento. Exemplo:
5.0:1 indica que para cada volta da manivela, são dadas5 voltas no carretel.
Esta relação é muito importante quando se pesca com iscas artificias. Por isso,
prefira modelos com taxas acima de 6.2:0 para a pesca com iscas artificias, de
um modo geral.
Esta informação está escrita na própria carretilha. Algumas são muito rápidas
com relações superiores a 8.0:1. Há de se ter bom senso na escolha, pois uma
carretilha não deve ser somente veloz em seu recolhimento e, não quer dizer
que uma carretilha que apresenta 7.0:1 de relação de recolhimento é boa. Ás
vezes, uma carretilha mais lenta é mais potente e forte do que um modelo de
recolhimento mais rápido. Tudo depende da modalidade a ser usada e de sua
qualidade, fundamentalmente.
Fricção
A Fricção é responsável pelo controle da linha, na “briga” com o peixe. Ela é
composta por uma pilha de discos alternados de metal, de material sintético e
natural.
Quanto maior a quantidade e o tamanho dos discos melhor, pois dissipará
melhor o calor gerado pela fricção. Teste a fricção fechando-a e puxando a
linha. A Fricção deverá ceder suave, uniformemente e sem trancos. Discos de
aço inoxidável e carbono geram menos calor pelo atrito e o uso de lubrificantes
de alto padrão, garantem durabilidade e funcionamento suave.
Engrenagens
Basicamente as engrenagens de uma carretilha consistem em um sistema de
coroa x pinhão, onde a rotação da manivela é transmitida ao carretel e um
sistema auxiliar de oscilação do distribuidor de linha, também é acionado pela
coroa.
O sistema fica contido dentro do corpo da carretilha e pode ser de aço
inoxidável ou não, bronze ou liga de alumínio, torneada ou estampada. Quanto
mais duro o material de que é feito a engrenagem e quanto maior, melhor.
Como Escolher a Linha de Pesca?
Para pescar em locais com estruturas e em condições difíceis como locais com
rochas, tocos e pilastras revestidas de cracas, prefira uma linha de
monofilamento projetada para isso, geralmente denominada como “Resistente”,
“Extreme” ou “Extra Resistente”.
A cor e a turbidez da água determinarão a cor da linha. Para a pesca em águas
limpas e cristalinas, escolha uma linha fina e transparente. As linhas de
fluorcabono são pouco visíveis debaixo d'água. Use-as como líder, ou como
linha principal se a modalidade de pesca permitir.
O fator que controla a sensibilidade e a fisgada de pequenos espécimes, ou à
grande profundidade são a elasticidade e a dureza da linha.
Na pescaria de praia (Surf Casting) prefira os monofilamentos, pois os
multifilamentos sofrem resistência do ar e da água diminuindo a distância de
arremesso e sendo levado pelas correntezas. Pode-se usar multifilamentos de
baixa espessura, com 0,15mm de diâmetro, por exemplo.
Leve em consideração o equipamento que você vai usar. Para molinetes ou
spin-cast, escolha uma linha fina e flexível, para arremessar melhor. É sempre
bom evitar as linhas com muita memória.
As boas linhas de pesca oferecem: Sensibilidade - para poder perceber melhor a beliscada; Resistência ao impacto -para absorver a pegada inicial do peixe; Elasticidade - para suportar o peixe sem que a linha se rompa (no caso dos monofilamentos); Dureza - para permitir arremessos e recolhimentos melhores. As linhas também envelhecem A luz e o calor modificam gradativamente as propriedades da linha, degradando-as. Como na embalagem não consta a data de fabricação e de validade, prefira comprá-las em lojas que vendem muito. Fabricantes conhecidos investem na matéria-prima, maquinário e controle de qualidade, com o que podem oferecer produtos de alta qualidade com suas próprias marcas. As linhas que não passam no controle de qualidade são vendidas às outras marcas que as embalam com suas marcas e vendem-nas no mercado.
Propriedades Físicas (características) das Linhas de Pesca
1. Resistência à Ruptura (Resistência): A resistência à ruptura, ou
simplesmente resistência, mede a capacidade da linha suportar o peso do
peixe ou uma força sem se romper.
Mesmo na pesca de peixes de 70 kg, não precisamos de linhas de 150 lb, por
que entre o pescador e o peixe nunca ocorrerá uma tensão de 150 lb. Na
verdade um ser humano médio não vai agüentar por muito tempo, no braço,
muito além de 80 a 100 lb (20 a 50 kg). Por que então usar uma linha além
dessa resistência? A razão para tal é que quanto mais resistente a linha, e
maior o diâmetro, maior a resistência à abrasão e à ruptura em condições
hostis do ambiente ou quando o peixe tem dentes.
2. Resistência ao Impacto: Diferentemente da Resistência à Ruptura, mede a
resistência da linha ao “tranco”.
Uma linha com Resistência à ruptura, ou simplesmente resistência, declarada
de 10 lb test (4,53 quilos), não pode se romper com menos de 4,53 quilos,
como vimos acima. Na verdade, ela geralmente, se rompe com
aproximadamente 5 quilos e algo. Um bom pescador pode tirar um peixe de até
10 quilos com ela. Mas esta mesma linha, ao arremessarmos uma chumbada
de 50 gramas, pode se romper se alinha enroscar no molinete ou nos
passadores (ou se o pescador se esquecer de abrir a alça do molinete). Desta
situação deduz-se que linhas mais elásticas são mais resistentes ao impacto.
3. Resistência ao Nó: Sabe-se que todo e qualquer nó enfraquece a linha em
graus variados. As linhas de boa qualidade são fabricadas para suportar
melhor os nós, isto é, são mais resistentes nos nós que as linhas mais simples.
Assim, em uma linha comum, um nó de meia-volta (“nó cego”) enfraquece a
linha em até 50% enquanto uma linha premium pode suportar até 70 % de sua
resistência.
4. Resistência à abrasão: As linhas de pesca são submetidas a condições severas de uso e contato com areia, pedras, rochas, pilastras, galhos e troncos submersos etc., por isso, devem resistir à abrasão. Como foi dito, o diâmetro da linha influi na resistência à abrasão e por isso, nas pescarias em ambientes hostis, os pescadores preferem linhas mais grossas, ou líderes protegendo os primeiros metros que estão em contato com tais estruturas abrasivas. Entretanto, o método de fabricação e o material usado também influem na resistência à abrasão. Este é um ponto importante a considerar ao escolher a linha que vai estar constantemente sujeito a desgaste e ruptura pelos arremessos e recolhimentos sucessivos, pelo atrito contra pedras, tocos, pilastras, dentes dos peixes, nós e outras agressões.
5. Diâmetro / Espessura: O diâmetro da linha (bitola da linha) determina a
resistência da linha à ruptura dada em termos de “lb teste”. Quanto maior a
libragem em peso, maior a resistência antes dela se romper. Por exemplo: Uma
linha de 2 lb tem um diâmetro tal que se rompe com um peso maior que 2 lb.
Uma linha mais grossa vai resistir mais a locais com estruturas, rochas etc., que uma linha mais fina, por isso vai durar mais. Por outro lado, quanto mais grossa a linha, menos se perceberá quando o peixe está “mamando”. Precisamos obter o balanço entre resistência, durabilidade e sensibilidade, em relação ao diâmetro da linha. Geralmente linhas mais finas trabalham melhor com molinetes e as mais grossas com carretilha. Iniciantes devem adquirir linhas que suportem o peso do peixe que se quer pescar. Em caso de dúvida, opte por uma linha mais grossa. Pescadores mais experientes podem utilizar linhas mais finas, pelo desafio e para testar sua habilidade. 6. Uniformidade: Uma linha com especificação de 0,30 mm deverá ter 0,30 mm de diâmetro ao longo de todo seu comprimento. Todas as linhas trazem especificadas o seu diâmetro no seu rótulo ou na sua embalagem. Esta medida, na verdade, representa o diâmetro médio da linha ao longo de seu comprimento e dentro da tolerância de cada fabricante.
A linha com especificação de 0,30 mm, checadaao longo de todo seu comprimento, poderá apresentar pontos com 0,29 mm, 0,28 mm ou 0,31 mm e se o diâmetro varia, variará também a sua resistência. 7. Cor / Visibilidade: A cor é um aspecto importante da linha, visto que precisamos enxergá-la sobre a água ao mesmo tempo em que não queremos que o peixe a veja dentro da água. Devemos, então, adquirir a linha que cumpra a função desejada. Devemos escolher a cor da linha levando em consideração a claridade da água e a espécie de peixe que buscamos. Em locais de pesca intensiva, os peixes estarão mais ariscos e linhas menos visíveis farão diferença. Em outras situações eles não estarão particularmente atentos à cor da linha. Estas são algumas das cores disponíveis: 7.1. Azul Claro Fluorescente:Esta cor oferece o melhor num dia claro, pois é altamente visível sobre a água e dentro dela mantém-se claro e pouco visível ao peixe. 7.2. Amarela de Alta Visibilidade: Sua cor brilhantee altamente visível é ideal para situações de pouca claridade como amanhecer, entardecer noite e dias nublados. É ótima para corricar múltiplas linhas. 7.3. Baixa Visibilidade:-Esta linha se confunde com o ambiente subaquático de tal forma que é indicada para situações em que o peixe não está ativo ou está muito esperto, devido a grande pressão de pesca. Deve ser escolhida quando estamos em dúvida quanto à claridade da água. 7.4. Baixa Visibilidade Clara:- Como a anterior, mas especialmente formulada para águas límpidas onde os peixes não estão habituados a presença de objetos estranhos e sombras em seu habitat, alémde situações em que o peixe está relutante em beliscar. 7.5. Café:- Específico para águas turvas ou barrentas onde a linha se confunde com o meio e o peixe não vai conseguir visualizá-la. 7.6. Verde Musgo:- Específico para água com vegetação ou algas em suspensão. 8. Dureza ou Maciez (Flexibilidade): Geralmente, linhas mais duras têm diâmetro maior que as linhas macias. Isto faz da linha mais dura mais resistente, mas menos sensível. A escolha de uma linha mais macia está condicionada ao seu método, espécie de peixe, equipamento e condições da pescaria. A linha mais macia torna os arremessos mais fáceis com molinetes e são ideais em locais sem estruturas, com para peixes menores. Ela é mais sensível para perceber quando os peixes beliscam. Por outro lado, linhas macias são menos resistentes e mais elásticas.
As linhas mais duras tendem a ser mais resistentes. Geralmente, quanto maior o diâmetro, mais dura e mais resistente a linha. A linha mais dura é também mais resistente à abrasão. Por outro lado, a linha mais dura tem mais memória, podendo acarretar cabeleiras e diminuir a sensibilidade por não se manter esticada. 9. Elasticidade: A elasticidade é um fator que pode ser positiva ou negativa, dependendo do que se está pescando. Para peixes que expelem a isca facilmente, a linha com menor elasticidade garante uma fisgada mais precisa e também para peixes que possuem a boca mais dura, aplica-se a regra. Por outro lado, peixes com boca membranosa podem ter a boca rasgada por fisgadas mais violentas. Peixes que percebem resistência na linha “aceitam” melhor as linhas mais elásticas. 10. Memória: Linhas com muita memória são linhas que guardam o formato espiral da carretilha / molinete e, quando arremessadas, mantém as espirais que formavam nos carretéis. Elas podem provocar cabeleiras por isso, prefira linhas com pouca memória. As linhas mais duras têm mais memória. Novamente, devemos buscar um balanço entre a dureza e a memória que necessitamos. 11. Absorção de Água: Embora não pareça, as linhas de náilon absorvem água e isto modifica algumas das características. Todas as linhas de náilon - mono, cofilamento ou trançadas - absorvem água em determinada quantidade. Basicamente a absorção de água reduz a resistência à ruptura (10~15 %), a resistência ao nó (10~15 %) e a resistência à abrasão (50 %). Por outro lado, aumenta a elasticidade (20~50 %), Resistência ao impacto (05~10 %) e a Flexibilidade (60 %). 12. Ação dos Raios Solares: O espectro ultravioleta da luz solar é o responsável pelas alterações sobre as linhas de náilon. A luz ultravioleta altera a organização molecular do náilon levando a uma degradação (envelhecimento) do mesmo. Na prática, a exposição intensa da linha aos raios solares torna a linha desbotada, opaca e descasca a sua superfície. 13. Densidade / Flutuabilidade: Quanto maior a densidade de uma linha, mais fácil e rapidamente ela afundará levando a sua isca onde você quer. E mais importante, a linha sofrerá menos influência da correnteza. Como a densidade da água é igual a 1, linhas com densidade maior que 1 afundarão e menor que 1 flutuarão. Os monofilamentos de náilon têm uma densidade de 1,07 a 1,15; os fios de aço de 8,53 a 8,86 e os Lead Core (de chumbo) de 10,7 a 11,4. Outro fator que influi na flutuabilidade é o formato da linha. Assim, uma
linha de mesma densidademas, chata ou grossa, flutua mais que uma redonda ou fina.
Tipos de Linha Segundo o Material
O material e o processo de fabricação usado determinam as características
descritas acima. Para atender à sua necessidade, pode se escolher as linhas
segundo diferentes materiais e diferentes processos de fabricação. As
categorias de linhas segundo o seu material são os que se seguem:
Convencional / Monofilamento:
Tratando-se do uso das linhas nylon utilizado para as diversas modalidades da
pesca esportiva, temos no mercado uma infinidade de boas marcas.
Na pesca de arremesso, buscam-se atingir longas distâncias com lançamentos
produtivos, além da arrebentação, em praias, por exemplo. Esta necessidade
provocou uma revolução benéfica na produção de linhas de monofilamento.
Super linhas / Multifilamento:
O uso das linhas de multifilamento vem se popularizando entre os pescadores
esportivos. Podemos dizer que no início, as linhas estavam sendo testadas e
que nos últimos anos, a qualidade das fibras e os métodos de confecção e
beneficiamento, popularizaram este tipo de produto.
As linhas de multifilamento são fabricadas com fibras sintéticas muito finas que
podem ser basicamente de Dyneema, Spectra e Polietileno (PE), de acordo
com a marca. O que muda é a forma de concepção, tipo de tratamento que é
dado na fundição dos micros fios. A soma desses fatores pode alterar a
superfície da linha deixando mais lisa, reduzir sua aspereza, torná-la menos
elástica e mais resiste à abrasão, e assim por diante.
Dependendo da marca e do processo de fabricação, podem ser até duas vezes
mais fortes que as linhas de monofilamento. Isso garante
enorme vantagem para o pescador esportivo, pois se viabilizou a redução do
tamanho do material a ser utilizado, proporcionando maior esportividade e
prazer na pesca.
Esses modelos de linhas possuem elasticidade quase nula.
Por ser inelástica, aumenta bastante a sensibilidade das batidas na linha,
permitindo resposta imediata nas fisgadas
Como são linhas coloridas, é recomendado o uso de
um líder de fluorcabono nos primeiros metros, juntos á isca.
Este líder pode variar de tamanho e bitola, de acordo com a pescaria. Por
exemplo: Em uma pesca de robalos com jig head, usa-se linha de
multifilamento com 0,19mm de diâmetro, com um líder de fluorcabon de
0,40mm, com aproximadamente 2m de comprimento. Já na pescaria de
anchovas, usa-se linha de multifilamento de 0,32mm, com líder 0,62mm, com
1,5m.
Linhas de Fluorcabono
As linhas de fluorcabono também são monofilamentos com maior resistência à
abrasão, com baixa elasticidade e absorção de água praticamente nula e índice
de refração muito próximo ao da água, ou seja, reflete menos luz, tornando-a
virtualmente invisível.
Servem para confeccionar líderes nas linhas mais fracas, e às vezes, como na
pesca do Black Bass, são usadas como linhas principais mesmo, em diâmetros
muito finos. São linhas mais caras, pois sua matéria prima e beneficiamento
são de uma qualidade superior aos monofilamentos comuns.
Sobre como escolher o tipo de linha
• Na captura de um peixe grande, em local sem enrosco, é mais importante ter
uma maior quantidade de linha, do que ter linha grossa em seu molinete ou
carretilha;
• A linha mais fina proporciona maior sensibilidade, arremessos mais longos e
permite ao pescador ter uma maior quantidade em um equipamento menor,
mas mais equilibrado;
• As linhas macias assentam no carretel, desenrolam com maior facilidade e
apresentam menor memória (forma espiralada que a linha assume com o
passar do tempo, quando enrolada);
• Em carretilha, as linhas macias provocam menos “cabeleira”, além de serem
mais resistentes a trancos, pois possuem maior elasticidade;
• Dependendo do local onde se vai pescar a "cor " da linha é um fator muito
importante.
História dos Anzóis
A habilidade para inventar e usar ferramentas e tecnologia no esforço para
sobreviver, faz parte do ser humano. Desde o início dos tempos, o homem
capturou peixes para a sua sobrevivência.
Inventaram-se inúmeros métodos para capturar várias espécies de peixes que
viviam em condições bastante diferentes, desde o Ártico até às águas tropicais.
Muitos dos métodos de pesca e tipos de aparelhos que se inventaram, alguns
com largos milhares de anos, ainda hoje estão em uso para o desporto,
alimentação ou pesca comercial.
Não se sabe há quanto tempo os anzóis estão em uso, mas é bastante
provável que o Homem de Cro-Magnom, que apareceu entre 30 a 40 mil anos
atrás, estava familiarizado com o uso de anzóis de pesca na sua luta para
sobreviver.
Os primeiros anzóis que se conhecem foram de diferentes materiais:
Madeira
A dificuldade dos arqueólogos para estabelecer a idade dos achados históricos,
é que os materiais em que foram feitos eram pouco duráveis. Mas, existem
razões para crer que os primeiros anzóis foram feitos de madeira.
Muitas pessoas acham que o uso de anzóis de madeira deve ter sido muito
pouco prático. Como a maioria das madeiras flutua, o anzol teria que ser atado
a outra coisa que lhe servisse de peso para afundar.
Mais recentemente, no final do século dezenove, os pescadores usaram anzóis
de madeira nas grandes indústrias pesqueiras do bacalhau em Lofoten no
norte da Noruega. Eles talhavam seus anzóis numa variedade dura de madeira
e queimavam a ponta para ficar mais dura. O uso da madeira é explicado pelo
fato de algumas espécies de peixes serem atraídos pelos anzóis, sendo,
portanto, o uso da madeira uma vantagem, na opinião de alguns pescadores,
por gerar anzóis flutuantes.
Materiais diversos
Outros materiais para fazer anzóis foram conchas, ostras, osso e chifres de
animais. Entre outras coisas, os nativos americanos utilizaram a garra de um
falcão e o bico de uma águia para fazer anzóis. Além disto, o homem pré-
histórico utilizou compostos de diferentes materiais que eram atados juntos.
Estes anzóis eram mais resistentes do que outros anzóis feitos de outros
materiais.
Na Noruega, os anzóis mais antigos encontravam-se nas escavações de
"Vistehulene", situadas em Jaeren e, na parte sudoeste da Noruega. Calcula-se
que estes anzóis datem de 7 a 8000 mil anos de antiguidade.
Osso
Outro exemplo de material de anzóis pode ser encontrado na Ilha de Páscoa.
Como não havia na ilha mamíferos suficientemente grandes e existia escassez
de ossos, adotou-se o costume de fazer anzóis com osso de seres humanos.
Como ali se levava a cabo sacrifícios humanos, até a chegada dos primeiros
missionários, havia uma grande fonte de ossos humanos.
O homem da idade da pedra tinha instrumentos bastante bons para fazer
anzóis finos em osso. O motivo por que nada se sabe quando os anzóis de
osso começaram a serem usados é porque, se o terreno tiver condições
favoráveis com o solo calcário, os anzóis podem ser preservados durante
milhares de anos.
Os anzóis mais velhos que se tem conhecimento parecem ser os que foram
encontrados na Checoslováquia, durante a escavação de jazigos de esqueletos
do tempo do paleolítico. Também se encontraram anzóis antigos no Egito e
Palestina. Acredita-se que o mais antigo, encontrado na Palestina, tenha sido
concebido á de 9000 mil anos.
Bronze
Estudos afirmam que o cobre apareceu na história do homem à volta de 4.000
AC, seguido por um desenvolvimento gradual do bronze. Entre as civilizações
mais antigas que utilizaram o bronze, estão as que ficavam entre os rios Tigre
e Eufrates, rios com pesca abundante e com enormes volumes de água. Nesta
área foram encontrados inúmeros anzóis de bronze que são mais antigos 500
anos do que os da Mesopotâmia de Abraham. Além desta região, a ilha de
Creta é conhecida pelos ricos achados de anzóis de bronze e os anzóis
encontrados em Pompéia são verdadeiras obras de arte.
Os anzóis de ferro eram geralmente maiores que os de bronze, usando-se
especialmente em mar aberto. Os pescadores noruegueses aventuraram-se
em mar aberto durante a Idade da Pedra.
O fabrico de anzóis pertencia só a especialistas. A descoberta de diversas
ferramentas em escavações revela este fato, inclusive antes dos Vikings, o
trabalho com ferro forjado mais fino, foi feito por ferreiros profissionais. Havia
também provavelmente anzóis de fabrico caseiro. Por volta do fim da Idade
Média pode-se dizer que os fabricantes de anzóis profissionais os estavam a
fazer com muita qualidade, pelo menos nos centros costeiros onde os
pescadores faziam compras e vendas.
Tamanho do anzol a ser usado
Para saber o tamanho adequado dos anzóis que se pretende usar, é
importante ter em mente as espécies que se deseja capturar. Também é bom
conhecer um pouco sobre estes peixes, como por exemplo: saber a posição da
boca, o tamanho e hábitos alimentares.
Com um anzol muito grande, dificilmente os peixes conseguirão acomodá-lo na
boca e, dependendo da espécie, será impossível capturá-la. Por outro lado,
anzóis pequenos causam muitos estragos no peixe, pois eles o podem engolir
e machucar órgãos internos como brânquias e estômago.
O número que define o tamanho de um anzol é usado individualmente por cada
fabricante. A escala mais comumente usada em pesca esportiva é a da
Mustad. O tamanho do anzol é inversamente proporcional a numeração do
mesmo, até o número
1. a partir deste tamanho, a razão é proporcional e a numeração é acrescida do
/0.
Espessura
A espessura está diretamente relacionada à resistência do anzol. Os anzóis
finos são ótimos para pesca de peixes com a boca frágil, como Carpas, ou com
os lábios grossos. Os anzóis finos penetram mais e proporcionam uma melhor
fisgada, além de machucarem menos os peixes.
Fisga
Mantendo a fisga sempre afiada, você terá maior eficiência no ato de fisgar o
exemplar, além do que você pode usar linhas mais finas, tornando sua pescaria
mais esportiva e emocionante.
Coloração
Embora este item não seja tão relevante, deve ser levado em conta como um
fator que pode interferir na quantidade dos ataques. Às vezes, ouve-se falar
que a pessoa jogou só a linha e o anzol sem isca na água e capturou um peixe.
Isto pode acontecer devido à cor, podendo o anzol ter sido um atrativo para o
peixe. Lembre-se: nem sempre a cor está ligada à qualidade do anzol.
Tipos de olhal
Argola: O mais usado e “aceita” a grande maioria dos nós;
Agulha: Mais usado para pesca oceânica;
Pata: Aceita poucos nós, sendo o que transmite mais sensibilidade na linha.
Tipos de Hastes
Existem apenas variações no tamanho (longa, comum ou standard e curta),
com ou semfarpas.
Tipos de Anzóis
Anzol Beak
Anzol muito resistente, proporciona fisgada firme, dificultando quepeixe escape.
Indicado para os peixes como: apapá, aruanã, bagre, barbado, black-bass,
cachara, cachorra, carpa, corvina de água doce, dourado, jatuarana, jaú,
mandí, pacu, palmito, piau, piava, piavuçú, piracanjuba, piraiba, piranha,
piraputanga, pintado, tabarana, tambaquí, tilápia, traíra, trairão e tucunaré.
Anzol Bowed
Muito resistente, proporciona uma fisgada bastante profunda, podendo ser
utilizado n pesca de: dourado, prejereba, pirarará, entres outros peixes de
médio a grande porte.
Anzol Carlisle
Também conhecido como bengala. Ele tem a haste mais longa e é mais fino,
permitindo fisgadas mais eficientes, embora sua resistência seja menor. Outra
vantagem deste modelo é que o tamanho de sua haste (longa) permite ser
atado diretamente na linha, o que é importante para a pesca de determinadas
espécies, eliminando assim o uso de empates de aço. Indicado para a pesca
com salsicha em pesqueiros e com minhoca na água doce, entre outras
modalidades.
Anzóis Chinú
Anzol indicado para pesca em geral como em rios e pesqueiros, pode ser
utilizado para pesca de peixes de variadas espécies e tamanhos. É utilizado
para pesca com miçangas e confecções de hairball, iscas utilizadas
especialmente para pesca de fly. Este modelo também é ideal para a
confecção de assithook (anzol assistente / auxiliar), para uso com iscas do tipo
jumping jig. Atualmente, encontramos este tipo de anzol de diversas marcas,
tamanhos e com qualidade muito boa.
Anzol Circle Hook
Esses anzóis foram desenvolvidos pelos pescadores de atum e atualmente,
são muito utilizados pela pesca comercial, pois fisgam no canto da boca dos
peixes, facilitando a soltura dos exemplares não comerciais. Sua forma circular
e a ponta voltada “para dentro” fazcom que o anzol deslize pela boca do peixe,
cravando normalmente na junção das mandíbulas ou “canivete”, como é
popularmente conhecido. Provou sua eficiência na pesca dos grandes peixes
de couro e hoje, é amplamente usado na pesca esportiva na prática do “pesque
e solte”. Outra vantagem deste anzol é que não há necessidade de se fisgar.
Basta manter a pressão na vara e ele se crava sozinho. Muito usado também
nas famosas pargueiras, chicotes confeccionados para a pesca de grande
profundidade no mar.
Anzol Garatéia
União de três anzóis. São muito utilizadas para pesca de espadas e
indispensáveis nas iscas artificiais.
Anzol Tuna blade point
Excelente opção tanto para iscas naturais como para montar empates para
corricar, usados para pesca de peixes pesados.
Anzol Wide Gape
Mais conhecido como anzol de robalo, sua curvatura especial destinada à
rápida fisgada, dificulta a fuga dos robalos, peixe para o qual foi especialmente
desenhado.
É bastante utilizado na pesca com iscas vivas, em modalidades como a pesca
de Tucunarés, Robalos e Pescadas, além de ser um dos modelos mais
utilizados nos pesqueiros de todo o país, devido a sua qualidade e
versatilidade. Quase que como um anzol Circle Hook, fisga os peixes na
maioria das vezes pelo canto da boca, facilitando a soltura e mesmo
otimizando a captura.
Anzol Worm Offset
Este anzol é o mais usado na pesca com minhocas artificiais, em razão da
curvatura existente antes do olho, facilitando a acomodação da minhoca ou
outras iscas de silicone, melhorando o seu trabalho. Bastante usado na pesca
do Black Bass.
Iscas Artificiais
Introdução
Muitos pescadores se perguntam, por que os peixes atacam as iscas artificiais?
O motivo dos ataques às iscas artificiais são os mais diversos, sendo os mais
comuns: defesa dos filhotes, instinto predador, domínio territorial, irritabilidade,
fome, coloração e até mesmo por curiosidade.
O maior desafio dos projetistas e consequentemente dos pescadores, é fazer
com que a isca artificial, imite o mais perfeitamente o alimento natural do peixe,
ou se assemelhe a ele, despertando o ataque.
Tipos de Iscas Artificiais
Superfície
As iscas de superfície proporcionam aos pescadores ataques emocionantes,
pois elas oferecem visibilidade no momento do ataque. Seu trabalho é
realizado na superfície da água até cerca de 30 cm de profundidade. Dentre as
iscas de superfície, destacam-se as seguintes:
Zaras
As zaras são iscas que requerem prática do pescador para a execução de um
trabalho perfeito. Exigem em seu trabalho extrema coordenação entre o toque
de ponta de vara e o recolhimento da linha, de forma a criar um nado em "Z".
Sticks
É uma isca de superfície que tem peso / lastro em sua parte traseira, fazendo
com que fique quase “em pé”, quase que na vertical,junto ao espelho
d’água. Alternando toques de ponta de vara e paradas, obtêm-se mergulhos
intermitentes com a isca. Estes mergulhos fazem com que a isca alcance certa
profundidade e retorne à superfície, simulando assim, um peixe se alimentando
ou ferido.
Existem modelos dotados de hélice ou ainda com o formato de popper, cujo os
quais causam maior barulho na superfície.
Popper
A popper é uma isca artificial bastante conhecida entre os pescadores. Tem
como característica mais evidente uma concavidade que a caracteriza
fisicamente, bem como o seu funcionamento. A sua “boca“produz o somde um
pequeno peixe se alimentando na superfície, ou de um predador caçando, que
acaba por atrair os predadores.
Hélice
São iscas que contém uma ou mais hélices, em seu pitão traseiro (geralmente)
ou dianteiro, que produzem sons similares ao de um peixe caçando ou se
debatendo.
Meia água
São modelos de isca artificial que possuem uma barbela (apêndice) abaixo da
cabeça, que as fazem trabalhar à meia-água, em diversas profundidades,
dependendo do tamanho da barbela.
O trabalho de toque de ponta de vara é opcional, pois o simples recolhimento
da linha, juntamente com o design da isca escolhida, torna o nado natural e
atraente. Da mesma forma como todas as iscas artificiais, faz-se
necessário trabalhar com velocidades variadas, de forma encontrar a melhor
opção.
Podem ser classificadas de acordo com sua ação, como: floating (flutuante -
retornam à superfície após o toque, ou quando interrompemos o recolhimento),
sinking ou count down (que afundam), suspending (que ficam paradas
quando paramos de recolher – possuem flutuação neutra) e crankbait (que
atingem maiores profundidades, por possuírem barbela longa).
Podemos incluir como iscas de meia água as chamadas “rattling”, iscas que
ao invés de terem a barbela, têm a testa chanfrada e, cujo pitão é localizado
nas costas. Estas iscas são muito versáteis, podendo ser trabalhadas em
diferentes profundidades, dependendo da velocidade de recolhimento. Sua
ação imita um peixinho nadando freneticamente. Possui esperas internas
(ratlin) que provoca muito o predador, devido ao ruído provocado quando
trabalhada.
Isca Ratllin
Iscas de Fundo
Os plugs de barbela longa são considerados iscas de fundo, pois atingem
grandes profundidades, como por exemplo, as iscas de corrico oceânico e as
famosas crankbaits, responsáveis por muitas capturas de Black Bass, Traíras e
Tucunarés.
O Metal Vibration é um tipo de isca de fundo fabricada em metal combinado
com outros materiais, como o plástico ABS, mas com corpo desenhado á partir
dos tradicionais plugs de meia água. Pode ser trabalhado na pesca vertical,
mas seu nado é otimizado, quando em recolhimento contínuo, provocando
muita vibração. Eficiente na pesca costeira de arremesso e também em água
doce, com diversas espécies.
Jumping Jig
É uma isca feita de chumbo e ligas metálicas, desenvolvida originalmente para
a captura de peixes de fundo, antes só alcançados com as iscas naturais. A
meu ver, este modelo de isca revolucionou a pesca esportiva, principalmente
nas modalidades costeiras, capturando diversas espécies e, também na pesca
do robalo, apresentando um índice de produção altíssimo.
Pode ser trabalhada de diversas formas desde a meia água ao fundo,
arremessando-a ou simplesmente soltando-a paralelamente ao barco e até
mesmo na pesca desembarcada em água doce ou salgada.
Isca muito democrática, de fácil trabalho, relativamente barata e com diversas
opções no mercado, os Jumping Jigssão, atualmente uma grande realidade na
pesca esportiva, inclusive na captura de grandes peixes de couro, Tucunarés,
Traíras, e até Tilápias em pesqueiros.
Tube Jigs
Iscas desenvolvidas para a pesca costeira de arremesso, mas que também já
mostrou ser produtiva em água doce. Trabalham bem em diversas
profundidades, da meia água ao fundo, e até no corrico.
Jigs
São modelos desenvolvidos à partir de um anzol lastreado (jig head) recoberto
por penas, plumas, adereços, olhos holográficos, de origem natural ou
sintética. São conhecidos entre os pescadores de Tucunaré e Robalos como
“xuxinhas”, extremamente simples de trabalhar e produtivas, quando não se
tem sucesso com os plugs convencionais.
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Madai Jig / Rubber Jig
São iscas de fundo, também fabricadas com matéria prima metálica,
semelhante aos Jumping Jigs, mas com particularidades próprias, como cerdas
que adornam seu “corpo”, transformando-as em espécies de “lulas” artificiais,
extremamente produtivas na pesca costeira e marinha, principalmente quando
os peixes não estão interessados pelos Jumping Jigs.
Dê preferência às linhas finas de multifilamento e varas de ação mais lenta,
para otimizar o trabalho desta isca que deve ser bastante suave e sutil, com
pequenos toques de ponta de vara e leves “arrastões” pelo fundo, tocando as
estruturas.
Foram desenvolvidas no Japão para a pesca de fundo ao Pargo (Madai), mas
são eficazes para muitas outras espécies.
Camarões Artificiais
São iscas fabricadas em silicone de diversas qualidades, borracha, plastisol,
plástico, entre outras matérias primas. Apresentam muito realismo e por serem
fabricada em material flexível, pelo menos a grande maioria dos modelos,
apresenta textura bastante atraente aos predadores.
Alguns modelos são impregnados com essências naturais, imitando assim
odores de camarões, lagostins e peixes.
Torna-se extremamente versátil quando usada em conjunto com jig heads, pois
dependendo do peso escolhido pelo pescador, a isca pode trabalhar em
praticamente qualquer profundidade, tornando-a a isca mais usada na pesca
de Robalos, atualmente.
A sua utilização deve ser combinada com material adequado que é composto
por: Varas com ação rápida e extra-rápida e, com comprimento de 6’3”, 6’6” e
7’0”. Utilize linha finas de multifilamento com no máximo 0,19mm (15lb) de
diâmetro e varie a grossura do líder (sempre de fluorcabono) entre 0,35mm,
0,40mm, 045mm, 0,52mm e 0,62mm, dependendo da coloração da água e
porte dos exemplares. Quanto mais limpa a água, mais fino o líder deve ser,
para aumentar a produtividade. Com líder de diâmetro 0,40mm, o pescador
pode capturas desde robalinhos à robalões, dependo de sua técnica e se o
local não é composto por estruturas abrasivas.
As cabeças de jig mais utilizadas, nas mais diversas situações são de 10g, 14g
e 17g, mas as tenha em diversos pesos, pois acredite, faz diferença. Seguem
os pesos de jig head presentes na caixa dos robaleiros: 5g, 7g, 10g, 14g, 17g,
21g e28g.
O tamanho do anzol também deve ser adequado á isca. Por exemplo: Para um
camarão pequeno, com 7cm de comprimento, deve ser montado com jig head
de tamanho 1/0, independente do peso.
Grubs
Os grubs são iscas de silicone que imitam pequenos crustáceos, insetos, larvas
e pequenos peixes, que são usados em conjunto com cabeças de jig (jig head
– anzol lastreado). Apresenta cauda mais acentuada, o que lhe confere maior
movimento, quando tracionadas. Podem ser trabalhadas em duas faixas: no
fundo e na meia-água.
Podem ser usados em água doce ou salgada e como trailler (espécie de
adereço usado em jigs, spinners e buzzbaits)
Shad
São iscas feitas de borracha ou silicone, bem macias, com forma de pequenos
peixes. Existem basicamente dois tipos de Shad. As Swimming Bait, que
possuem peso interno e já vem de fábrica montadas com anzol, e aquelas que
necessitam do uso de jig head, pois não possuem peso, nem se quer anzol
original.
São utilizadas com ótimos resultados para Anchovas, Sargos, Badejos,
Garoupas, Agulhões, Dourados-do-mar e Robalos, em água salgada e salobra.
Na água doce, Dourados, Trairões, Traíras, Black Basses e Tucunarés, são
facilmente seduzidos por estes peixinhos plásticos.
Minhocas e Salamandras
São iscas feitas de borracha ou silicone, em forma de minhocas ou
salamandras. Foram desenvolvidas para a pesca do Black Bass, mas devido a
sua textura, trabalho sutil e apresentação delicada, são muito eficientes
também na pesca de Traíras em represas. Apresentam excelentes resultados,
principalmente em dias que o peixe esta manhoso.
As salamandras são as principais predadoras de suas ovas. No Brasil, não
existem na natureza, mas os Basses as atacam por instinto.
Usam-se as salamandras e minhocas nos sistemas: Carolina, Texas, Down
Shot, Split Shot, Jig Head, No Sinker, além de outros tipos de montagem.
Spinner Bait
Uma das primeiras iscas artificiais a ser desenvolvida, o Spinner Baité muito
popular nos Estados Unidos, sendo utilizado em diversas competições de alto
nível, devido a sua produtividade e facilidade no trabalho, bastando arremessar
e recolher.
Sua ação imita insetos nadando. O recolhimento contínuo produz um efeito
giratório de sua lâmina, produzindovibração e movimentos contínuos. Portanto,
é indispensável a utilização de giradores ligando a linha à isca. Hoje existem
vários formatos de Spinner que são eficientes para a captura de: Matrixãs,
Piraputangas, Tilápias, Tucunarés, Dourados, Black Basses e Traíras.
Spinners
São iscas compostas por uma única colher giratória sobre um eixo, com um
anzol ou garatéia na parte posterior. Com tamanhos variados, são eficientes
para Tilápias, Lambaris, Saicangas, Robalos, Trutas, Salmões, Matrinxãs, entre
outros. Por ser uma isca geralmente leve, recomenda-se o osu de molinete.
Buzzbaits
É muito semelhante ao Spinner bait, apenas foram substituídas as colheres
giratórias, por uma hélice em forma de delta.
Deve ser trabalhada com velocidade compatível à profundidade desejada, pois
quanto mais lento seu recolhimento, maior a profundidade e, quanto mais
rápido, mais superficial será seu trabalho.
Colheres
Trata-se de uma isca simples, feita de metal e com formato de uma colher. O
seu atrativo é o reflexo que produz na água, devido ao seu material metálico.
A vantagem é que elas são simples de trabalhar, baratas e muito resistentes.
Indicadas para a pesca de Dourado, Traíra, Matrinxã, Tucunaré, Aruanãs, entre
outros.
A utilização de um girador é indispensável, pois evita a torção da linha.
Algumas colheres têm um dispositivo anti-enroscoque facilita seu uso no meio
de pauleiras e vegetação aquática. Esta ação pode “salvar” uma pescaria,
principalmente durante as cheias, onde os Tucunarés literalmente “se
escondem” na mata alagada.
Acessórios
São itens indispensáveis para qualquer pescador. São divididos em
algumascategorias:
Armazenagem – caixas de pesca, estojos, caixas estanque, bolsas, mochilas e
boat bag;
Ferramentas – Alicates de bico com ponta curva para troca de garatéias e
outras funções, alicate de corte (para seccionar garatéias e cortar cabo de
aço), Boga Grip (alicate de contenção), faca, tesoura para multifilamento, saca
anzol,balança, afiador de anzol, puçá e bicheiro.
Acessórios terminais e de utilidade básica – Giradores, giradores de três
pontas, engate rápido, stop line, snaps (com e sem girador e de tamanhos
variados), anzóis (modelos e tamanhos variados), encastoados, fio de aço
revestido ou não com náilon + luvas, material para líder (linha de fluorcabon e
náilon recoberto por fluorcabon (fluorcoating), argolas split e solid, garatéias
reserva (tamanhos e resistências diversas), assist hook, óleo lubrificante, linha
de multifilamento e monofilamento reserva, jig head e cápsulas ratlin;
Vestuário - Bonés, camisas, calças, colete de pesca e salva vidas, conjunto
/capa de chuva, Buff, óculos polarizados, protetor de braços e luvas;
Suporte – Câmera fotográfica, Câmera filmadora Go Pro, repelentes e protetor
solar, tubos rígidos e semi rígidos para transporte de varas, penico, caixas e/ou
bolsas térmicas para pescados e lanches, protetor de carretilhas, protetor de
ponteiras, kit de primeiros socorros, lanterna, remédio para enjoo e licença de
pesca.
Materiais, segundo classificação e espécies
Leve: Varas de 5’1 a 5’3” - 8lb/14lb – Linhas de 15lb - Iscas + ou - 7cm –
Carretilha Perfil Baixo ou Molinetes 1.000/1.500
Espécies: Pequenos Tucunarés e Robalos, Trutas, Saicangas, Pequenos
peixes de praia e mar, Jacundás, Tilápias, etc.
Médio Leve: Varas de 5’3” , 5’6” , 5’8”, 6’0”, 6’3”, 6’6” - 12lb/17lb – Linhas de
15lb a 20lb – Iscas + ou - 10cm -Carretilha Perfil Baixo ou Molinetes
2.000/2.500.
Espécies:Robalos, Tucunarés,Corvinas, Espadas, Bicudas, Sargos, Traíras,
Pesqueiros, Dourados, Cacharas, Pacus, Tambacus, Pescadas etc.
Médio: Varas de 5’3”, 5’6”, 6’0”, 6’6” e 7’0” - 17lb/25lb – Linhas de 25lb a 35lb –
Iscas + ou - 12cm -Carretilha Perfil Baixo ou Molinetes 3.000/4.000.
Espécies: Robalo Flexa, Tucunaré Açú, Anchovas, Olhetes, Miraguaias,
Espadas, Cações, Raias, etc.
Médio Pesado: Varas de 6’0”, 6’6” e 7’0” - 15lb/30lb – Linhas de 30lb a 60lb –
Iscas + ou - 12cm, 14cm e 17cm - Anzóis Circulares e J Hooks 7/0 e 8/0 –
Empates de aço 30lb a 60lb -Carretilha Perfil Baixo, Perfil Redondo 200 ou
Molinetes 4.000.
Espécies: Dourados, Pintados, Surubins, Tambaquis, Badejos, Espadas,
Caranhas, Cações, Miraguaias, Corrico leve mar, Sororocas, Robalos Flexa,
Grandes Pescadas, etc.
Pesado: Varas de 5’6”, 6’0” e 6’6” - 40lb/100lb – Linhas de 80lb ou
monofilamento de 0,70mm a 0,90mm – Iscas Naturais – Plugs min. 17cm
(corrico oceânico) - Anzóis Circulares e J Hooks 8/0, 9/0 e 10/0 – Empates de
aço 100lb - Carretilha Perfil Redondo Grande, Carretilha Elétrica ou Molinetes
10.000.
Espécies: Pirararas, Olhos de Boi, Grandes Pintados, Filhotes, Caranhas,
Badejos, Cavala, Corrico oceânico, Bijupirá etc.
Extra – Pesado: Varas de 5’6”, 6’0” e 6’6” - 100lb/200lb – Linhas de 120lb a
150lb ou monofilamento de 0,90mm a 1,20mm – Iscas Naturais - Anzóis
Circulares e J Hooks 10/0, 11/0 e 12/0 – Empates de aço 100lb a 150lb -
Carretilha Perfil Redondo Grande, Carretilha Elétrica ou Molinetes 20.000.
Espécies: Jaús, Piraíbas, Pirararas, Filhotes, Tubarões, Tarpons, Mero,
Garoupa, Caranhas, Olhos de Boi, etc.
Modalidades de Pesca / Os mais pescados
Robalos (rodada com iscas vivas)
Varas com ponta sensíveis.
Varas Robaleiras 4,5m – ponta 3 e 2.
Varas de encaixe com 2,70m e 3,00m (ou similares).
Linha de multifilamento 100m /0,25mm – molinete 2.500.
Linha de monofilamento 100m / 0,40mm – molinete 4.000.
Anzol Wide Gap tamanhos: 1, 1/0, 2/0 e 3/0.
Líder de fluocarbon: 0,40mm , 0,45mm, 0,52mm, 0,62mm.
Chumbadas oliva: 30g, 40g, 50g.
Giradores médios.
Robalos (jig head)
Varas com ação rápida e extra-rápida.
Varas com: 6’3”-12lb, 6’6”-14lb, 6’6”-17lb, 6’6”-25lb, 7’0’-30lb.
Linha de multifilamento de 0,15mm, 0,19mm e no máximo 0,22mm. Algo em
torno de 15lb e 20lb de resistência. Quanto mais fina a linha e o líder, melhor.
Líder de fluocarbon: 0,35mm, 0,40mm, 0,45mm, 0,52mm e 0,62mm.
Carretilhas de perfil baixo marinizadas, com corpo em alumínio, bom drag
(fricção), com capacidade para 150m da linha escolhida.
Iscas: Camarões e Shads de silicone em cores e tamanhos variados.
Jig Heads: 5g, 7g, 10g, 14g, 17g, 21g e 28g.
Robalos na galhada
Robalo Peva
Varas de ação média lenta com: 5’1”-8lb, 5’3”-12lb, 5’3”-14lb e 5’6”-17lb.
Iscas: Plugs de até 10cm com ação floating, suspending, slow floating, sinking,
sendo de superfície (stick, zara e poper), meia água e fundo. Camarões
artificiais sem jig head, somente com peso interno.
Líder de fluocarbon: 0,35mm, 0,40mm , 0,45mm, 0,52mm e 0,62mm.
Robalo Flexa
Varas de ação média rápida com: 5’9”-17lb e 5’6’-25lb
Iscas: Plugs com mais de 12cm com ação floating, suspending, slow floating,
sinking, sendo de superfície (stick, zara e poper), meia água e fundo.
Camarões artificiais sem jig head, somente com peso interno.
Linha de multifilamento de 0,10mm, 0,15mm, 0,22mm, 0,25mm, com
resistência de 10lb a 30lb.
Carretilhas de perfil baixo marinizadas, com corpo em alumínio, bom drag
(fricção), com capacidade para 150m da linha escolhida.
Líder de fluocarbon: 0,35mm, 0,40mm , 0,45mm, 0,52mm e 0,62mm.
Robalos Jumping Jig
Varas de ação lenta com: 5’3”- 15lb, 5’6”-17lb, 6’0”-17lb e 6’0”- 30lb. Importante
que oblankseja construído em carbono sólido, devido ao desgaste do material.
Os passadores devem ser de boa qualidade, montados em espiral (torqued).
Iscas: Jumping jig com até 40g em diversas cores e modelos.
Linha de multifilamento de 0,22mm ou 0,25mm.
Carretilhas de perfil baixo marinizadas, com corpo em alumínio, bom drag
(fricção), com capacidade para 150m da linha escolhida, bem como molinetes
com as mesmas características.
Líder de fluocarbon: 0,45mm, 0,52mm e 0,55mm.
Robalos com bóia (galhada)
Varas de ação rápida com: 6’0”-17lb e 6’6”-25lb.
Carretilhas de perfil baixo marinizadas, com corpo em alumínio, bom drag
(fricção), com capacidade para 150m da linha escolhida, bem como molinetes
com as mesmas características.
Linha de multifilamento com 0,22mm.
Líder de fluocarbon: 0,45mm, 0,52mm e 0,55mm.
Anzóis Wide gap tamanho: 1 e 1/0.
Bóias tipo Paulistinha, montadas com giradores triplos.
Robalos em barras de rio, praias e costões (desembarcado)
Varas de ação rápida com: 7’0”-30lb
Carretilhas de perfil baixo marinizadas, com corpo em alumínio, bom drag
(fricção), com capacidade para 150m da linha escolhida, bem como molinetes
com as mesmas características.
Linha de multifilamento com 0,25mm/30lb.
Líder de fluorcabon de 0,62mm.
Iscas: Grandes plugs e camarões artificiais com mais de 16cm.
Tucunaré até 4kg
Varas de ação média rápida com: 5’3”-14lb e 5’6”-17lb.
Carretilhas de perfil baixo com corpo em alumínio, bom drag (fricção), com
capacidade para 150m da linha escolhida.
Linha de multifilamento com 0,22mm/25lb.
Líder de fluocarbon: 0,40mm, 0,45mm e 0,50mm.
Iscas: Plugs de até 12cm com ação floating, suspending, slow floating, sinking,
sendo de superfície (stick, zara, hélice e popper), meia água e fundo.
Camarões artificiais, shads, colheres, spinners, jigs e jumping jigs, também
fazem parte do material.
Tucunarés acima de 4kg
Varas de ação rápida com: 5’6”-17lb, 6’0”-17lb e 6’6”-25lb.
Carretilhas de perfil baixo com corpo em alumínio, bom drag (fricção), com
capacidade para 150m da linha escolhida.
Linha de multifilamento com 0,25mm/30lb.
Líder de fluocarbon: 0,50mm e 0,55mm.
Iscas: Plugs de no mínimo 12cm com ação floating, suspending, slow floating,
sinking, sendo de superfície (stick, zara, hélice e popper), meia água e fundo.
Camarões artificiais, shads, colheres, spinners, jigs e jumping jigs, também
fazem parte do material.
Tucunaré Açú / peso pesado
Varas de ação rápida com: 6’0”-30lb e 6’6”-30lb.
Carretilhas de perfil baixo com corpo em alumínio, bom drag (fricção), com
capacidade para 150m da linha escolhida.
Linha de multifilamento com 0,30mm-40lb, 0,35mm-45lb e 0,40mm-55lb.
Líder de fluocarbon:0,62mm e 0,70mm.
Iscas: Plugs de no mínimo16cm com ação floating, suspending, slow floating,
sinking, sendo de superfície (stick, zara, hélice e popper), meia água e fundo.
Camarões artificiais, shads, colheres, spinners, jigs e jumping jigs, também
fazem parte do material.
Referências bibliográficas e digitais
http://www.guiasdepesca.com.br/cms/index.php?option=com_content&view=arti
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Bíblia do Pescador edições: 2001 à 2013;
Acervo Pessoal / Revistas: Pesca Esportiva, Pesca & Companhia, Aruanã,
Troféu Pesca, Ecoaventura (diversas edições);
Manual de treinamento vendedores Sugoi Big Fish.