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1 MANUAL PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Manual de Monografia - Rev_2013_direito

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE

CONCLUSÃO DE CURSO

Natal - RN

2013

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FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL

Por uma “Educação Verdadeiramente Superior”

VERSÃO – MODELOS: CURSO DE DIREITO

ORGANIZAÇÃOProfa. Dra. Margarida Maria Knobbe

(versão revisada e atualizada sobre documentooriginal organizado pela Profª Msc.Sheyla Paiva Pedrosa Brandão em 2011)

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 04

2 REGULAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MONOGRAFIA.................................... 05

2.1 DOS OBJETIVOS............................................................................................................... 05

2.2 DA MONOGRAFIA............................................................................................................. 05

2.3 DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES..................................................................... 05

2.4 DA FREQUÊNCIA.............................................................................................................. 06

2.5 DA APRESENTAÇÃO........................................................................................................ 06

2.6 DA CONSTITUIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA E SUAS FUNÇÕES......................... 06

2.7 DA AVALIAÇÃO DA MONOGRAFIA................................................................................. 06

2.7.1 Da verificação de plágio............................................................................................... 07

2.8 DA VERSÃO FINAL DA MONOGRAFIA........................................................................... 07

3 O QUE É UMA MONOGRAFIA? ORIENTAÇÕES PRELIMINARES................................. 08

3.1 ESTRUTURA..................................................................................................................... 08

3.1.1 Elementos pré-textuais................................................................................................ 08

3.1.2 Elementos textuais....................................................................................................... 11

3.1.3 Elementos pós-textuais............................................................................................... 12

4 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO.......................................................................... 14

4.1 FORMATO......................................................................................................................... 14

4.2 CITAÇÕES........................................................................................................................ 15

4.3 FORMALIZAÇÃO DE CITAÇÕES..................................................................................... 18

4.4 DICAS GERAIS................................................................................................................. 19

REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 20

APÊNDICE A – Documentos de orientação........................................................................ 21

APÊNDICE B – Modelos de páginas do TCC...................................................................... 25

APÊNDICE C – Modelos de páginas do Projeto de TCC................................................... 38

ANEXO A – Orientações para fichamento, resumo e resenha......................................... 48

ANEXO B – Tipos de plágio no âmbito educacional......................................................... 53

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1 APRESENTAÇÃO

A Faculdade Estácio de Natal regulamenta, através da Direção Acadêmica e

Coordenação de Trabalho de Conclusão de Curso, a monografia ou trabalho de

mesma natureza. O TCC será desenvolvido de acordo com as especificidades de

cada curso. Para a consolidação dessa etapa, torna-se imprescindível que o aluno

tenha cumprido a etapa anterior, vivenciada nas disciplinas voltadas para a

construção de um projeto monográfico.

As orientações aqui apresentadas servirão de instrumento para que o aluno

possa elaborar o seu trabalho final, colocando em prática os conhecimentos

adquiridos ao longo de seus cursos de graduação, através das vivências práticas e

teóricas, tendo chegado a uma situação-problema ou tema-objeto de estudo. Este

manual tem como fonte de pesquisa as normas técnicas para a construção de

trabalhos científicos da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2011),

como também conceitos e exemplos de autores como Laville & Dione (2009),

Lakatos (2008), Medeiros (2004), Nunes (2002), etc.

No curso de Direito, desde que esteja matriculado e acompanhando as aulas

na disciplina Monografia Jurídica II, o aluno terá como seu parceiro um professor-

orientador, que irá mostrar o caminho a ser percorrido, mas deve lembrar-se que

entre as funções desse professor não está a de escrever o trabalho. O aluno deve

buscar manter uma relação harmoniosa com o seu orientador, cumprindo os prazos

estabelecidos e as atividades propostas, procurando levar ao seu orientador um

texto organizado, poupando-o da leitura de borrões. O orientador irá fazer

observações que deverão ser consideradas, quantas vezes forem necessárias. O

orientador deve acompanhar a redação de cada parte do trabalho.

Vale salientar que a construção do TCC, como de qualquer outro trabalho

científico, exige do aluno uma postura ética de pesquisador, dialogando com os

autores e respeitando as normas técnicas, evitando-se “plágios”. É importante

lembrar também que esse trabalho representa a culminância dos anos vivenciados

na graduação, exigindo, portanto, do aluno uma especial dedicação. Conforme

Salvador (apud SEVERINO, 2002, p.130), “o que qualifica este tipo de trabalho é o

uso correto do material preexistente, a maneira adequada de tratá-lo para que traga

alguma contribuição inteligente à aprendizagem”.

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2 REGULAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - MONOGRAFIA

2.1 DOS OBJETIVOS

O desenvolvimento de uma monografia supervisionada é uma atividade

acadêmica obrigatória para a conclusão dos cursos de bacharelado, e opcional para

alguns cursos de formação tecnológica, da Faculdade Estácio de Natal – Unidade

Câmara Cascudo.

Seus objetivos básicos são:

a) proporcionar oportunidade de reflexão crítica sobre os temas profissionais e

acadêmicos específicos de cada curso;

b) consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso;

c) despertar nos alunos o interesse pela atividade de pesquisa;

d) desenvolver a capacidade de expressão escrita e de elaboração de trabalhos

acadêmicos;

e) contribuir academicamente para a elucidação de questões referentes à

prática profissional.

2.2 DA MONOGRAFIA

A monografia é um trabalho acadêmico que tem por objetivo a reflexão sobre

um tema ou problema específico e que resulta de um processo de investigação

científica.

As monografias tratam de temas circunscritos, com uma abordagem que

implica análise, crítica, reflexão e aprofundamento por parte do autor, por meio da

revisão bibliográfica, da pesquisa empírica e da sua experiência profissional.

2.3 DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES

O aluno de Direito em processo de construção do TCC desenvolverá o

trabalho em duas etapas (semestres), a partir da matrícula nas respectivas

disciplinas: a) disciplina Monografia I: construção do projeto de pesquisa; b)

disciplina Monografia Jurídica II: construção da monografia propriamente dita. A

matrícula na disciplina Monografia Jurídica II pressupõe obrigatoriamente a anterior

aprovação na disciplina Monografia I. Nessa segunda etapa, o professor-orientador

deverá ser escolhido a partir da área de abrangência (tema) de seu trabalho.

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2.4 DA FREQUÊNCIA

Os alunos em fase de construção de TCC deverão manter um contato

frequente com o seu professor, de forma idêntica às demais disciplinas. Os alunos

que não mantiverem a frequência mínima de 75% serão reprovados por falta e não

poderão fazer a defesa de monografia.

Paralelamente, o professor-orientador deverá anotar, na Ficha de

Acompanhamento de Orientação, as datas dos encontros e o progresso da

monografia do aluno. Caberá ao professor-orientador a aprovação da versão

preliminar da monografia, recomendando por escrito a sua apresentação à banca

examinadora.

2.5 DA APRESENTAÇÃO

Após cumprimento de todas as etapas previstas no calendário da disciplina

responsável pelo TCC, quando a monografia for considerada pronta pelo professor-

orientador, o aluno deverá apresentá-la em 3 (três) vias, as quais serão

encaminhadas para os professores-arguidores e marcada a data de apresentação à

banca examinadora.

2.6 DA CONSTITUIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA E SUAS FUNÇÕES

A banca examinadora será composta por 3 (três) membros, designados pela

Coordenação do curso, observando os seguintes critérios:

o o professor-orientador é membro nato;

o o segundo membro deverá ser escolhido dentre os professores do

curso de origem;

o o terceiro membro poderá ser professor de outro curso da Faculdade

ou, ainda excepcionalmente, um profissional de reconhecida competência no

tema abordado na monografia.

2.7 DA AVALIAÇÃO DA MONOGRAFIA

Caberá à Banca Examinadora avaliar a monografia apresentada pelo aluno,

determinando seu conceito, que poderá ser "A" com louvor (excelente, notas entre

9,5 e 10,0), “A” (Notas entre 9,4 e 8,5), "B" (bom, notas entre 7,1 e 8,4), "C" (notas

entre 6,0 e 7,0) ou "D" (insuficiente, notas abaixo de 6,0). Consideram-se aprovados

os trabalhos que atingirem os conceitos A, B ou C, e reprovados os de conceito D.

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O parecer da Banca deverá ser registrado por seu presidente em ata própria,

na qual devem constar as seguintes informações: nome e matricula do aluno; título

da monografia; nome e titulação acadêmica dos membros da banca; nota concedida

e recomendações, se necessário; data e assinatura de todos os componentes.

Caso obtenha conceito “D”, o aluno deverá rematricular-se na disciplina no

semestre seguinte, buscando corrigir os problemas detectados pela Banca no

trabalho apresentado. O aluno só será aprovado na disciplina se assim o for pela

banca examinadora.

A Banca Examinadora é soberana na avaliação das monografias, não

cabendo qualquer recurso à nota por ela atribuída.

2.7.1 Da verificação de plágio

Caso seja verificada a existência de plágio (integral ou parcial), em qualquer

momento da produção científica, o aluno receberá nota 0 (zero), podendo o caso ser

encaminhado pelo professor-orientador, professor da disciplina ou coordenação de

TCC ao colegiado do curso, o qual deliberará pela devida punição do aluno, que

pode ir desde a reprovação até a expulsão do curso. Para maiores esclarecimentos

sobre o significado do Plágio Acadêmico, ver Anexo B “Tipos de plágio no âmbito

educacional” (KROKOSCZ, 2012).

2.8 DA VERSÃO FINAL DA MONOGRAFIA

Uma vez que a monografia tenha sido aprovada pela Banca, o aluno deverá

providenciar 01 (uma) cópia encadernada em capa dura (francesa), bem como uma

cópia em CD-ROM para envio à biblioteca da Faculdade Estácio de Natal. Essa

cópia deverá ser encaminhada à Coordenação do curso no máximo até o 15º. dia

letivo do semestre seguinte à aprovação.

Deverão ser incorporadas à versão final do TCC as alterações recomendadas

pela Banca.

O aluno que não entregar a versão final da monografia no prazo estipulado

terá sua aprovação na disciplina cancelada, devendo rematricular-se no semestre

subsequente e cumprir novamente todos os requisitos da disciplina.

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3 O QUE É UMA MONOGRAFIA? ORIENTAÇÕES PRELIMINARES

Monografia é uma palavra de origem grega, que indica a escrita sobre um

único tema, ou seja, o trabalho monográfico deve referir-se a um estudo sistemático

de um assunto em particular, que traga alguma contribuição à ciência e à área do

saber referente a cada curso.

3.1 ESTRUTURA

A estrutura de um trabalho monográfico segue a orientação da NBR 14. 724

(2011) referente à elaboração de trabalhos acadêmicos, dividindo-se em elementos

pré-textuais, textuais e pós-textuais.

3.1.1 Elementos pré-textuais (VER MODELOS ANEXOS)

Consideram-se elementos pré-textuais aqueles que antecedem o “corpo” do

trabalho, trazendo informações que servem para identificar a instituição, o autor e a

obra. Estão divididos em: capa, lombada, folha de rosto, ficha catalográfica, folha de

aprovação, dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumo (língua vernácula), resumo

(língua estrangeira), listas (ilustrações, siglas) e sumário.

3.1.1.1 Capa

Elemento obrigatório, pois contém elementos indispensáveis à identificação

do trabalho, como, sequencialmente, o nome da instituição, o curso, o autor (ou

autores), título e subtítulo (se houver), local e ano.

3.1.1.2 Lombada

Elemento utilizado quando a monografia passar pelo processo de

encadernação em brochura. Apresenta-se impressa longitudinalmente do alto para o

pé da lombada, trazendo informações do título e do autor do trabalho.

3.1.1.3 Folha de Rosto

Elemento obrigatório, apresenta informações essenciais à identificação do

trabalho, como nome do autor, título do trabalho, natureza do trabalho (finalidade –

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objetivo do trabalho, nome da instituição e do curso), nome completo do orientador e

do coorientador (se houver), local e ano de apresentação.

3.1.1.4 Ficha Catalográfica

Elemento localizado no verso da folha de rosto. Deve ser construído ao final

do trabalho, elaborado por profissional bibliotecário, conforme o Código de

Catalogação Anglo-Americano vigente.

3.1.1.5 Folha de Aprovação

Deve apresentar o nome do autor, o título do trabalho (subtítulo se houver),

a finalidade do trabalho (natureza), nome da instituição, objetivo, local e data de

aprovação, nome dos membros que comporão a banca examinadora, bem como das

instituições a que pertencem e suas assinaturas.

3.1.1.6 Dedicatória

Elemento opcional. Ao utilizar-se, recomenda-se que seja de ordem pessoal,

sendo uma homenagem prestada a uma ou mais pessoas.

3.1.1.7 Agradecimento

Também opcional e de ordem pessoal, deve referir-se estritamente a

pessoas ou/e instituições que contribuíram com a elaboração do trabalho.

3.1.1.8 Epígrafe

Elemento opcional. Inscrição de parte de um texto ou texto completo,

apresentado em prosa ou em verso, seguido de sua autoria e referência

bibliográfica. Indica-se que a epígrafe tenha uma ligação direta com o tema

trabalhado na monografia. Pode também ser utilizada sempre que se iniciar um novo

capítulo, mas não conta como página.

3.1.1.9 Resumo

Elemento obrigatório, segue a orientação da NBR 6028. Destina-se a

informar o leitor sobre os elementos fundamentais do documento e disseminar a

informação nas fontes especializadas. Deve ressaltar os objetivos principais, limites

do trabalho, método utilizado, resumo dos resultados e principais conclusões.

Redação:

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Usar frases concisas e objetivas;

Empregar a voz ativa na terceira pessoa do singular;

Não fazer parágrafos;

Não incluir referências bibliográficas, abreviaturas, fórmulas ou equações;

Evitar termos ou frases irrelevantes;

Evitar adjetivos

Não emitir julgamentos de valor, críticas e comentários pessoais.

Recomenda-se utilizar aproximadamente 250 palavras. Ao final, apresentar as

palavras-chave referentes ao trabalho, com inicial maiúscula e separadas por ponto.

3.1.1.10 Resumo em língua estrangeira

O mesmo que foi requisitado anteriormente, mas em língua estrangeira: Em

inglês (abstract), em francês (resumée), ou em espanhol (resumen).

3.1.1.11 Listas (ilustrações, tabelas, gráficos, abreviaturas e siglas)

Devem ser elaboradas de acordo com a ordem apresentada no texto, com a

devida nomenclatura e número de página. Torna-se obrigatória quando o item

ultrapassa o número de 5 (cinco) elementos.

Importante: Qualquer que seja o tipo de ilustração, deve ser inserida no

texto, o mais próximo possível do trecho a que se refere, e não como anexo. Sua

identificação aparece na parte superior, precedida da palavra designativa (desenho,

esquema, fluxograma, fotografia, gráfico, mapa, organograma, planta, quadro,

retrato, figura, imagem, entre outros), seguida de seu número de ordem de

ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título. Após a

ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo

que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações

necessárias à sua compreensão (se houver).

3.1.1.12 Sumário

Elemento obrigatório, no qual são enumeradas as divisões, capítulos e

seções,seguidas de suas respectivas páginas, objetivando facilitar a sua localização.

No sumário aparecem apenas os elementos textuais e pós-textuais. O seu

alinhamento deve ser feito acompanhando a margem esquerda, sem reentrâncias.

Deve seguir a seguinte regra:

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- 1 MAIÚSCULAS COM NEGRITO

- 1.1 MAIÚSCULAS SEM NEGRITO

- 1.1.1 Minúsculas em negrito

- 1.1.1.1 Minúsculas em itálico e sem negrito

- 1.1.1.1.1 Minúsculas sem negrito e sem itálico

3.1.2 Elementos Textuais

Apresenta o “corpo” do trabalho, dividindo-se em introdução,

desenvolvimento e considerações finais.

3.1.2.1 Introdução

A introdução deve conter uma discussão inicial, ampla e geral, sobre o

assunto a ser trabalhado. É a apresentação do trabalho de forma objetiva. Trata-se

do elemento explicativo do autor para o leitor, devendo estabelecer o assunto,

definindo-o claramente, não deixando dúvidas quanto ao campo que abrange;

indicar a finalidade e os objetivos do trabalho, esclarecendo sob que ponto de vista é

tratado o assunto; trazer esclarecimentos e aplicabilidade prática dos resultados da

investigação proposta e do assunto que será tratado. A revisão bibliográfica contida

na Introdução não necessita ser exaustiva, devendo, porém, conter as referências

necessárias para o embasamento dos pressupostos do trabalho e, principalmente, o

marco teórico. A revisão deve permitir uma adequada compreensão do estado atual

do conhecimento sobre o tema que será abordado.

Em termos mais esquemáticos, a Introdução trata:

a) do problema - Qual foi o problema pesquisado? Por que se optou por pesquisá-

lo? Qual a importância desse problema? (A importância teórica: o que se quis

conhecer levantando esse problema? Que parte do problema se conhece e que

parte pouco se conhece?). (A importância prática: Que importância tem a resposta

desse problema para o conhecimento sobre a região, se for o caso? Que

importância prática tem o conhecimento construído por sua pesquisa? Para que

servirá esse conhecimento?); Para tal, deve-se recorrer á justificativa e

problematização do projeto de pesquisa.

b) da metodologia adotada - Como foi conduzida a pesquisa? Como foram

levantados os dados? Onde foram levantados? Quem foram os informantes? Em

que período foi realizada a pesquisa? Que dificuldades encontrou? Como as

resolveu? Etc.

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c) da organização do texto - Como serão apresentados os resultados da pesquisa,

isto é, como está organizada a sua monografia: os capítulos, o que cada um deles

trata? Etc.

3.1.2.2 Desenvolvimento

Considera-se a parte principal do trabalho, pois apresenta o conteúdo

pesquisado de forma detalhada, bem como os caminhos percorridos e resultados

alcançados. Deve ser subdividido em capítulos (seções) e subseções (ou subitens).

Nesta parte, o trabalho com os autores é mais intenso, por isso deve-se ter uma

maior atenção às regras de citação.

Na redação do texto, deve-se evitar escrever parágrafos ou períodos muito

longos, pois eles deixam o texto cansativo e dificultam as concordâncias. Cada

parágrafo deve conter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

3.1.2.3 Considerações finais

Última parte textual do trabalho. Apresenta a análise crítica dos resultados

da pesquisa, de acordo com os objetivos iniciais traçados, e as recomendações

acerca do que foi pesquisado.

3.1.3 Elementos pós-textuais

Compreende a parte final do trabalho, incluindo as referências, apêndices e

anexos.

3.1.3.1 Referências

Segue a orientação da NBR 6023, que conceitua referências como um

“conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que

permite sua identificação individual”. Aqui são evidenciados os autores e respectivas

obras das citações diretas e indiretas contidas no corpo do trabalho, seguindo

rigorosamente as regras da ABNT.

A adequada citação do material bibliográfico utilizado é um dos pressupostos

éticos da produção científica. As Referências permitem ao leitor da monografia

verificar as fontes de informações usadas em sua elaboração, possibilitando

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recuperar e confrontar dados. Independentemente do padrão de referência utilizado,

o importante é que elas sejam apresentadas de forma completa e uniforme.

As Referências devem ser lidas criticamente, devem ter confiabilidade e

devem ser adequadamente documentadas. Um cuidado especial deve ser tomado

com relação a fontes eletrônicas, especialmente as provenientes da Internet. Todas

elas devem ser referidas com a data da consulta e impressas para documentação,

pois são feitas muitas modificações nesse tipo de meio.

3.1.3.2 Apêndices e Anexos

São elementos que foram utilizados no trabalho para dar suporte. A

diferença entre o apêndice e o anexo é que o apêndice é um documento (material,

instrumento de pesquisa) que foi elaborado pelo autor do trabalho, enquanto o

anexo refere-se a documentos ou outros materiais elaborados por outras fontes.

Devem ser precedidos das palavras APÊNDICE ou ANEXO, identificadas

por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título. Utilizam-se

letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices e dos anexos, quando

esgotadas as letras do alfabeto.

Ex.:

APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias

ANEXO A – Contagem de células inflamatórias

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4 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

4.1 FORMATO

Segue as orientações da NBR 14.724 (2005). Essas normas são aplicadas

para teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso (entre eles, a

monografia).

4.1.1 Papel

O papel utilizado para a impressão de trabalhos acadêmicos é de tamanho

A4 (21,0cm x 29,7 cm). Usa-se apenas o anverso da folha, exceto a folha de rosto,

que conterá no verso a ficha catalográfica.

4.1.2 Fonte

Recomenda-se a utilização das letras Times New Roman ou Arial, para

títulos de capítulos, seções e parágrafos, no tamanho 12. Nas citações longas, notas

de rodapé, numeração, epígrafe, dedicatória, letra tamanho 10 se for Arial, ou 11 se

for Times New Roman.

4.1.3 Margens

As margens superior e esquerda medem 3 cm, e inferior e direita, 2 cm.

4.1.4 Espaços

Orienta-se que o texto deva ser digitado com espaço de 1,5 entrelinhas.

Para as citações longas, capa, folha de rosto, ficha catalográfica, folha de

aprovação, epígrafe, dedicatória, resumos e referências, o espaço entre as linhas é

simples. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um

espaço simples.

4.1.5 Paginação

Contam-se as folhas a partir da folha de rosto, inclusive o seu verso, mas

numera-se apenas a partir da introdução (elementos textuais). A numeração deve

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localizar-se preferencialmente no canto superior direito, a 2 cm da borda superior, e

a 2 cm da borda da direita.

4.1.6 Alinhamento

Os títulos com indicativos numéricos de capítulos e seções devem ser

alinhados à esquerda, sem ponto ou travessão entre o número e o título. Os títulos

sem indicativo numérico (agradecimentos, resumo, sumário, apêndices e anexos)

devem ser centralizados. A folha de rosto, de aprovação, a natureza do trabalho, o

nome da instituição à qual é submetido e a epígrafe devem ser alinhados do meio da

folha para a margem direita.

4.2 CITAÇÕES

A partir da leitura da documentação existente sobre o assunto estudado,

para dar ênfase a certos aspectos abordados, o estudioso usa citações ou pontos de

vista de outros pesquisadores ao longo do texto. De acordo com a ABNT (2002),

citação é a “Menção de uma informação extraída de outra fonte".

4.2.1 Tipos de citações

4.2.1.1 Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado.

Indica-se a data de publicação da obra e o número da página. Ex.: "Deve-se indicar

sempre, com método e precisão, toda documentação que serve de base para a

pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no trabalho" (CERVO;

BERVIAN, 1978, p. 97).

4.2.1.2 Citação Indireta: Texto baseado na obra do autor consultado, consistindo em

transcrição não textual da(s) ideia(s) do autor consultado. É o que chamamos de

paráfrase. Indicar apenas a data, não havendo necessidade de indicação da página.

Ex.: Barras (1979) ressalta que, apesar da importância da arte de escrever para a

ciência, inúmeros cientistas não têm recebido treinamento neste sentido.

4.2.1.3 Citação de Citação: Transcrição direta ou indireta de um texto em que não se

teve acesso ao original, ou seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra

consultada. Indica-se o autor da citação, seguido da data da obra original, a

expressão latina "apud", o nome do autor consultado, a data da obra consultada e a

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página onde consta a citação. Pode-se também utilizar a expressão “citado por”,

especialmente se vier fora dos parênteses.

Ex.: "O homem é precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo que

é, mas pelo que deseja ser" (ORTEGA Y GASSET, 1963 apud SALVADOR, 1977, p.

160).

Ou

"O homem é precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo que é,

mas pelo que deseja ser", de acordo com Ortega y Gasset (1963), citado por

Salvador (1977, p. 160).

Ou

Segundo Ortega y Gasset (1983 apud SALVADOR, 1977, p. 160): "O homem é

precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo que é, mas pelo que

deseja ser".

► No texto: Aspectos e sistema de chamadas .

Um autor - citar o sobrenome

e o ano.

De acordo com Polke (1972), é função do

pesquisador conhecer o que os outros realizaram

anteriormente, a fim de evitar duplicações,

redescobertas ou acusações de plágio.

Dois a três autores - citar os

respectivos sobrenomes

separados por ponto e vírgula

‘;’, data da obra e página da

citação.

"Documento é toda base de conhecimento fixado

materialmente e suscetível de ser atualizado para

consulta, estudo ou prova." (CERVO; BERVIAN,

1978, p. 52).

Mais de três autores - citar o

sobrenome do primeiro autor

seguido pela expressão ‘et al.’

Quanto ao uso de maiúsculas ao longo do texto,

segundo Bastos et al. (1979), é recomendável a

adoção das normas provenientes da Academia

Brasileira de Letras.

Sem autoria conhecida - Conforme análise feita em Conservacionistas...

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17

citar o título e o ano. (1980), os ecologistas nacionais estão empenhados

no tombamento da referida montanha.

No diagnóstico das neoplasias utilizou-se a

classificação histológica internacional de tumores

dos animais domésticos, segundo o Bulletin...

(1974).

Entidade coletiva - citar o

nome da instituição e ano.

Nas citações subsequentes,

usar apenas a sigla.

"O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os

resultados e as conclusões do trabalho."

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS, 1978, p. 46).

Um autor e mais de uma

obra - citar o sobrenome e os

vários anos de publicação,

em ordem cronológica.

Quando o ano também for o

mesmo, acrescentar letras

minúsculas ao ano, tanto no

texto quanto nas referências.

"A hierarquia de dominância e necessidade dos

sexos alelos do loco p (pigmentação) é diferente nos

dois sexos." (HALKKA et al., 1973, 1975a, 1975b).

►Citação de até 3 linhas: Deve ser inserida no parágrafo entre aspas duplas.

Caso existir citação no interior de uma citação entre aspas duplas no texto original,

substituí-las por aspas simples. Quando iniciadas com letra maiúscula, as citações

devem ser precedidas por dois pontos (:)

Ex.: Nessa perspectiva, podemos dizer com que a rebeldia contra a coação externa

das normas se constitui numa maneira de interiorizar os valores que impõem as

normas “[...] fundamentais da convivência humana, de atributos essenciais da vida

em sociedade, tão essenciais que foram desgastados pela própria vida em

sociedade, que os rebeldes se insurgem.” (FORACCHI, 1972, p. 29).

►Citação com mais de 3 linhas:

Colocar em parágrafo distinto, a 4cm da margem esquerda, com espaço simples,

letra menor (tamanho 10) que a utilizada no texto, sem parágrafo na primeira linha e

sem aspas. Ex:

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Mais de 150 anos depois daquele momento, as diferenças que separam os jovens de classes médias e altas dos jovens de classes subalternas se fizeram mais profundas, convertendo os jovens destas classes em excluídos ou marginalizados sociais, dado que hoje em dia, esses jovens tendem a conviver com realidades como pobreza, menor escolaridade, menor acesso à oportunidades laborais, maior chance de sofrer exploração no trabalho, desemprego, alcoolismo, dificuldades na família e/ou na escola entre outras tantas problemáticas as quais jovens de classe média ou alta dificilmente atravessam. (RACOVSCHIK, 2006, p. 2).

►Omissão em citação:

As omissões de palavras ou frases nas citações são chamadas de ”supressão”, e

indicadas através de reticências entre colchetes [...].

► Acréscimo em citação: Acréscimos e/ou comentários, quando necessários à

compreensão de algo dentro da citação, aparecem entre colchetes [ ].

► Destaque em citação: Para se destacar palavras ou frases em uma citação, usa-

se o grifo negrito ou itálico seguido da expressão grifo meu ou grifo do autor entre os

parênteses, após a chamada da citação. Ex.: (FREIRE, 1999, p. 35, grifo meu)

► Informação verbal: Quando se tratar de dados obtidos por meio de informação

verbal (palestras, debates, comunicações, etc.), indicar entre parênteses a

expressão "informação verbal", mencionando-se os dados disponíveis somente em

nota de rodapé. Ex.:

No texto: O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre

(informação verbal)1.

No rodapé da página:

1 Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em

Londres, em outubro de 2001.

ATENÇÃO: As notas de rodapé não devem ser usadas para referenciar citações,

mas para outras informações que complementem o texto, explicações de conceitos

ou indicar obras e autores que podem aprofundar a questão tratada.

4.3 FORMALIZAÇÃO DE CITAÇÕES

Para formalizar uma boa citação, sugerimos algumas formas para iniciar um

parágrafo no texto acadêmico. Veja:

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19

Vale ressaltar que... / Em função disso... / A partir dessa reflexão, podemos dizer que ... / É importante ressaltar que... / Com base em (autor) queremos buscar caminhos... / É necessário, pois, analisar... / Nesse sentido, ressaltamos que... / Coaduna-se com essas reflexões (xautor) quando ressalta que... / Posto que [a leitura é sempre produção de significados], consideramos que... / Daí a necessidade de... / Podemos inferir, com (autor) que... / Assim, entendemos que... / Dessa perspectiva... / Dessas acepções, podemos ressaltar que... / Disso decorre... / Assim sendo, salientamos que.. / A partir desses levantamentos, cabe-nos... / Contudo, ressalta (autor) que... / Podemos compreender, com base em (autor) que...

4.4 DICAS GERAIS

1- Em cada parágrafo construído, deixe clara a ideia central. As ideias devem ter um

encadeamento lógico. Evite textos muito pessoais, assim como abstrações que não

reforcem a sua argumentação. Argumente com dados que já possua, informações e

conclusões de teóricos sobre a temática. Se necessário, ornamente algumas frases,

mas não esqueça seu compromisso com a clareza, a coerência e a objetividade.

Para cada parágrafo, desenvolva uma sequência de ideias correlacionadas e

logicamente estruturadas. Ordene as ideias mais importantes.

2- Ao longo do texto, mantenha uniformidade nos tempos dos verbos. Não utilize

gírias.

3- As citações (confirmação do seu texto com ideias dos autores) são necessárias e

bem-vindas ao trabalho, mas devem ser utilizadas com muito cuidado. Uma citação

mal colocada, mal costurada ao texto ou irrelevante para o raciocínio exposto,

prejudica a qualidade do trabalho. Lembre se de que uma citação é um argumento

de autoridade. Ela deve aparecer para coroar a sua argumentação. É como se você

dissesse: "Olha, no que eu estou dizendo, eu não estou sozinho. Fulano de Tal,

autoridade respeitada neste assunto, também está comigo". A citação deve, pois, ter

impacto; não pode ser murcha. Ela é conclusiva e sintética. Se ela contiver o

pensamento que se está expondo, mas não tiver impacto, por ser demasiado longa

ou por conter de modo diluído o argumento, o melhor é usar o discurso indireto, isto

é, resumir as ideias e apresentá-las desse modo, dispensando a citação literal. Não

podemos jamais “esquecer” de indicar a fonte de pesquisa, seja a citação direta ou

indireta.

4- O último parágrafo do capítulo (ou parte do trabalho) deve anunciar o que virá no

capítulo seguinte, como prova de que os capítulos se articulam. Esse é um

parágrafo de transição. Por isso também, não termine capítulo ou subitem com

citação.

Page 20: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

20

5- O aluno deve estar sempre atento à utilização adequada das normas da ABNT.

Page 21: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

21

REFERÊNCIAS

ABNT. NBR 147724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

ABNT. NBR 6023: Informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT. NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento: procedimento. Rio de Janeiro, 2012.

ABNT. NBR 6027: Sumário: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

ABNT. NBR 6028: Resumos: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

ABNT. NBR 6034: Preparação de índice de publicações: procedimento. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT. NBR 10520: Informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT. NBR 12225: Títulos de lombada: procedimento. Rio de Janeiro, 2002.

APPOLINÁRIO, Fabio. Metodologia da Ciência: Filosofia e prática da pesquisa. – São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. – São Paulo: Atlas, 2002.

KROKOSCZ, Marcelo. Autoria e plágio: um guia para estudantes, professores, pesquisadores e editores. São Paulo: Atlas, 2012.

LAVILLE, Chistian, DIONNE, Jean. A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Editora artes Médicas Sul Ltda; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

MAGALHÃES, Gildo. Introdução à metodologia da pesquisa: Caminhos da ciência e tecnologia. São Paulo: Ática, 2005.

MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: A prática de fichamentos, resumos, resenhas. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. ver. e ampl. De acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.

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22

APÊNDICE A – Documentos de orientação

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23

DIREÇÃO ACADÊMICACURSO DE DIREITO

CARTA DE ACEITE PARA ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA

Eu, (nome do professor)

__________________________________________________________________________

aceito e me responsabilizo pela orientação do Trabalho de Conclusão do Curso de (nome do

curso)________________________________________ que será produzido pelo(a) aluno(a)

__________________________________________________________________________

no semestre letivo 201_._.

O tema da monografia a ser orientada será:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

(título do projeto/área de interesse), conforme já acordado entre as partes.

Natal, _____ de ______________ de 201_.

________________________________ ______________________________

Assinatura do professor-orientador Assinatura do aluno

________________________________ ______________________________

Visto Coordenador do Curso Visto professor da disciplina

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24

DIREÇÃO ACADÊMICACURSO DE DIREITO

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE BANCA - TCC

Deve ser entregue JUNTAMENTE com 03 (TRÊS) cópias do trabalho monográfico impresso, encadernadas em espiral.

Natal, _____ de ______ de 201_.

Declaro para os devidos fins que o Trabalho de Conclusão de Curso intitulado: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________realizado pelo (a) aluno (a):______________________________________________________________________________________________________________________________________________________do Curso de Direito e orientado pelo (a) professor (a):___________________________________________________________________________ está apto para ser defendido em Banca, em cronograma a ser indicado pelas Coordenações do Curso e de TCC.

Sugestões de professores-arguidores (dependendo da disponibilidade e do planejamento das bancas):______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Assinatura do(a) professor (a) orientador (a)______________________________________________

Assinatura do(a) aluno (a) ______________________________________________

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25

CURSO DE DIREITO

ACOMPANHAMENTO DE ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA 201_._

ALUNO:______________________________________________________________________________________

PROFESSOR-ORIENTADOR_____________________________________________________________________

Atividades de Orientação realizadas

DataAtividade Assinatura do aluno

OBSERVAÇÕES: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Avaliação orientador:NOTA AV1: _______________ NOTA AV2:____________

ASSINATURA DO PROFESSOR-ORIENTADOR:____________________________________DATA: ______________________

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APÊNDICE B – Modelos de páginas do TCC

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Modelo de Capa

FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL

DIREÇÃO ACADÊMICA

CURSO DE DIREITO

AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA: SUB-TÍTULO

(A definição do título da monografia é um passo importante, e deve sucintamente

chamar atenção para aquilo com o qual o autor está trabalhando).

LOCAL-UF MÊS-ANO

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Modelo de Folha de rosto

AUTOR

TÍTULO: SUB-TÍTULO

Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Estácio de Natal, como requisito básico necessário à obtenção do título de Bacharel em Direito.

Orientador: Prof. Msc. FULANO DE TAL

LOCALMÊS-ANO

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29

Modelo de Ficha catalográfica (NO VERSO DA FOLHA DE ROSTO, CONSTRUIDA PELO (A) BIBIOTECÁRIO (A) DA IES)

Sobrenome do autor, Nome

Título da Monografia: subtítulo / Nome completo do autor. - Natal: FCC/ Nome ou sigla da Unidade, ano.

x, 50 f. : il. ; 31 cm.

Orientador: Nome Monografia (Graduação) – Faculdade Câmara Cascudo

Nome ou sigla da Unidade, Nome do Programa -graduação, ano.

1. Assunto. 2. Área de concentração – Monografia. I. Sobrenome do orientador, Nome. II. Universidade, Nome da Unidade, Nome do Programa. III.Título.

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30

Modelo de Folha de aprovação

FACULDADE ESTÁCIO DE NATALDIREÇÃO ACADÊMICA

CURSO DE DIREITO

TERMO DE APROVAÇÃO

TÍTULO: SUBTÍTULO

AUTOR

PARECER DA BANCA

Monografia submetida à Banca Examinadora do Curso de Direito da Faculdade Estácio de Natal e aprovado como requisito para a conclusão do Curso de Direito.

Natal, __ de ____________ de 201_.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. FULANO DE TALOrientador – Faculdade Estácio de Natal

Profª Msc. BELTRANO DE TALExaminador – Faculdade Estácio de Natal

Profº . Esp. SICRANO DE TALExaminador – Faculdade Estácio de Natal

Page 31: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

31

Modelo de Dedicatória

Aos meus pais, meu filho e meu esposo, dedico.

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Modelo de Resumo

RESUMO

Apresenta-se o Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Patrimônio Histórico-Cultural: As potencialidades turísticas do município de Macau- RN”. A pesquisa tem como objetivo apresentar as potencialidades turísticas existentes no município de Macau, mostrando que a cidade dispõe de elementos históricos e culturais de relevância para o desenvolvimento do turismo local. O referido trabalho baseou-se em discussões de autores como Lage & Milone (2005), Andrade (2003), Costa (2006), entre outros. A metodologia utilizada se desenvolveu a partir de pesquisas qualitativas, com a utilização de entrevistas como instrumento de coleta de dados. O público alvo foram os moradores da cidade e dos arredores, contando com uma mostra de 10% da população que reside nas proximidades dos principais marcos do patrimônio histórico. Argumenta-se que as potencialidades existem, mas falta um maior investimento, por parte do poder público, para dar uma maior visibilidade à cidade e seus atrativos turísticos.

Palavras-chave: Patrimônio Histórico-Cultural. Potencialidades. Turismo.

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Modelo de Lista de ilustrações, tabelas, gráficos, imagens, etc.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fotografia da Escola X............................................................................. 26Figura 2 – Fotografia da Escola Y............................................................................. 26Figura 3 – Tabela nononono..................................................................................... 26Figura 4 – Gráfico demonstrativo.............................................................................. 26Figura 5 – Fotografia da Escola W............................................................................ 26Figura 6 – Fotografia da Escola Z............................................................................. 26

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Modelo de Sumário

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................10

2 TURISMO E PATRIMONO HISTÓRICO: ASPECTOS CONCEITUAIS...............12

2.1 TURISMO: HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO...............................................18

2.2 PATRIMONIO HISTÓRICO E CULTURAL: CONCEITOS.................................25

2.2.1 Evolução conceitual: Patrimônio histórico no século XXI........................27

3 O POLO COSTA BRANCA E SUAS POTENCIALIDADES TURÍSTICAS.........30

3.1 DEFININDO POTENCIALIDADE TURÍSTICA..................................................35

3.2 O POLO COSTA BRANCA E SEUS ATRATIVOS.............................................38

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................49

REFERÊNCIAS........................................................................................................52

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35

Elementos pós-textuais

REFERÊNCIAS

Listar autores por ordem alfabética.

EXEMPLOS:

01 autor

DUARTE, C. Turismo Potiguar. São Paulo: Loyola, 1993. 343 p.

2 autores

DAMIÃO, R. T.; HENRIQUES, A. Curso de direito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995.

3autores

PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, primeiro grau. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.

►A partir de 4 autores menciona-se apenas o primeiro e em seguida a expressão et al.

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.

PARTES DE UM LIVRO:

Capítulo de livro com autores diferentes

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do capítulo. In: ÚLTIMO SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do livro: subtítulo se houver. Número da edição. Cidade: Nome da editora, ano de publicação. p. número da página ou intervalo utilizado.

►Capítulo de livro com o mesmo autor (para facilitar é possível utilizar o traço sublinear com 6 toques, identificando a repetição do autor).

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do capítulo. In: ______. Título: subtítulo se houver. Número da edição. Cidade: Nome da editora, ano de publicação. Número da página ou intervalo utilizado.

TESES, DISSERTAÇÕES, MONOGRAFIAS:

Tese

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Ano de defesa. Número total de folhas. Tese (Doutorado em ‘área desenvolvida’) – Nome da Faculdade, Nome da Universidade, cidade da Instituição, ano.

Page 36: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

36

Dissertação

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Ano de defesa. Número total de folhas. Dissertação (Mestrado em ‘área da pesquisa’) – Nome da Faculdade, Nome da Universidade, cidade da Instituição, ano.

Monografia

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Ano de defesa. Número total de folhas. Monografia (Especialização ou Graduação em ‘área da pesquisa/curso’) – Nome da Faculdade, Nome da Universidade, cidade da Instituição, ano.

ARTIGOS PUBLICADOS EM EVENTOS:

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do artigo: subtítulo se houver. In: NOME DO EVENTO, número de edição do evento em algarismo arábico correspondente à sua edição (a partir da segunda ocorrência), ano da realização do evento, cidade de realização do evento. Tipo de publicação... (Anais ou Resumos ou Proceedings) Cidade de publicação: Instituição editora, ano de publicação. p. inicial – final do artigo.

INFORMAÇÕES RETIRADAS DA INTERNET:

►Publicação apenas via internet: Quando a informação está disponível apenas na Internet, segue o seguinte padrão:

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Ano de publicação. Disponível em: <URL completa>. Acesso em: dia mês (abreviado até a terceira letra, exceto maio) ano.

►Publicação impressa em papel e via Internet: Quando está disponível em versão impressa faz-se primeiro a referência da publicação em papel (geralmente são publicações periódicas) e depois menciona o acesso pela internet. É o mesmo padrão para periódicos, revista, jornal, etc., publicados exclusivamente na internet:

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Nome do periódico, cidade, v. , n. , p. inicial – final, mês (abreviado até a terceira letra, exceto maio) ano. Disponível em: <URL completa>. Acesso em: dia mês (abreviado até a terceira letra, exceto maio) ano.

Com nota, indicando tradução:

COYLE, Diane. Sexo, drogas e economia: uma introdução não-convencional à

economia do século 21. Tradução Melissa Kassner. São Paulo: Futura, 2003.

Lei

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). In: PINTO, Antonio

Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Lívia (col.).

Page 37: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

37

Vade mecum. Obra coletiva de autoria da Editora Saraiva. 32. ed. São Paulo:

Saraiva, 2003. p. ??-??.

BRASIL. Constituição Federal (1998). Senado Federal. Disponível em: <URL

completa>. Acesso em: dia mês (abreviado até a terceira letra, exceto maio) ano.

Medida provisória

BRASIL. Medida provisória n.º 2.186-16, de 23 de agosto de 2001. Regulamenta

o inciso II do § 1o e o § 4o do art. 225 da Constituição, os arts. 1o, 8o, alínea "j", 10,

alínea "c", 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade Biológica, dispõe

sobre o acesso a patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento

tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e

transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras

providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-

16.htm>. Acesso em: 26 jun. 2004.

Decreto

SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 47.356, de 22 de novembro de 2002. Homologa,

por 30 (trinta) dias, Decreto do Prefeito de Narandiba, que declarou estado de

emergência. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 66,

p.1285, nov./dez., 2002.

Habeas-corpus

TRF. Tribunal Regional Federal (5. Região). Habeas-Corpus. Constrangimento

ilegal. Habeas-Corpus n.º 1398/CE, Tribunal Regional Federal – 5ª Região, Recife,

CE, 09 de maio de 2002. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 91, n. 806, p. 726-8,

dez. 2002.

Súmulas

STF. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.º 672. O reajuste de 28,86%, concedido

aos servidores militares pelas Leis 8.622/93 e 8.627/93, estende-se aos servidores

civis do Poder Executivo, observadas as eventuais compensações decorrentes dos

reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas legais. Disponível em: <

http://gemini.stf.gov.br/cgibin/

nphrs?d=SUMU&n=&s1=2003&u=http://www.stf.gov.br/Jurisprudencia/Jurisp.asp&S

Page 38: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

38

ect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SUMUN&p=1&r=1&f=G&l

=20>. Acesso em: 21 jul. 2004.

Acórdãos, decisões e sentenças das cortes e tribunais:

SÃO PAULO (Estado). Tribunal de Alçada Civil. Agravo de Instrumento. Banco

Banorte S.A. Interposição contra sentença que julga parcialmente procedente

embargos à execução – Recebimento do recurso em seu duplo efeito –

Admissibilidade – Inaplicabilidade do disposto no art. 520, V, do CPC. Acórdão n.º

1.065.607-8-SP. Agravantes: Espiral Filmes Ltda e outro. Agravado: Banco Banorte

S. A. Relator: Luis Carlos de Barros. São Paulo, 12 de março de 2002. Revista dos

Tribunais, São Paulo,v. 91, n. 806, p. 223-4, dez. 2002.

Page 39: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

39

APÊNDICE C – Modelos de páginas do Projeto de TCC

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40

Modelo de Capa

FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL

DIREÇÃO ACADÊMICA

CURSO DE DIREITO

AUTOR

TÍTULO DO PROJETO: SUB-TÍTULO

LOCAL-UF MÊS-ANO

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41

Modelo de Folha de rosto

AUTOR

TÍTULO: SUB-TÍTULO

Projeto de Monografia apresentado ao Curso de Direito da Faculdade Estácio de Natal, como requisito para a aprovação na disciplina Monografia I.

Prof. FULANO DE TAL

LOCALMÊS-ANO

Page 42: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

42

Modelo de Sumário

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................

2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................

3 OBJETIVOS..............................................................................................................

3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................

4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................

4.1 RESENHA BIBLIOGRÁFICA 1..............................................................................

4.2 RESENHA BIBLIOGRÁFICA 2..............................................................................

5 METODOLOGIA.......................................................................................................

6 CRONOGRAMA........................................................................................................

REFERÊNCIAS............................................................................................................

ANEXO (S) (se houver)................................................................................................

APÊNDICE – SUMÁRIO PROVISÓRIO DO TCC.......................................................

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43

Modelo de Objetivos

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

- Analisar a viabilidade da descriminalização do uso da maconha no Brasil do século 21.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar as origens históricas da criminalização da maconha no Brasil;

- Apontar os principais efeitos da droga no organismo humano;

- Avaliar o impacto da descriminalização de drogas na violência urbana.

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44

Modelo de Resenha histórica

[ESTE TEXTO É APENAS UM EXEMPLO DIDÁTICO DE RESENHA HISTÓRICA (TRECHO), RETIRADA E ADAPTADA DE:SANTOS, Eduardo Rodrigues dos. Doutrinas dogmáticas do Direito: uma investigação histórica do jusnaturalismo, positivismo e pós-positivismo. Conteúdo Jurídico, 28 abr. 2011. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,doutrinas-paradigmaticas-do-direito-uma-investigacao-historica-do-jusnaturalismo-positivismo-e-pos-positivismo,31861.html>. Acesso em: 23 abr. 2012.Obs. – Para efeito de demonstração didática das normas ABNT, há referências fictícias.]-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 INCURSÃO HISTÓRICA DO DIREITO

Maria Helena Diniz, em seu Dicionário Jurídico, define Direito como “uma

ordenação heterônoma das relações sociais baseada numa integração normativa de

fatos e valores” (DINIZ, 2008, p. 148). Desse conceito, pode-se extrair que o Direito

surge das relações sociais, ou melhor, surge dos valores e costumes de uma dada

sociedade e com ela evolui.

Nas sociedades arcaicas ou primitivas já existia Direito, um Direito baseado

nos laços de consanguinidade, nos hábitos sociais, nas crenças e tradições,

conforme explica Wolkmer (2009). Gilissen, por sua vez, afirma que os direitos

arcaicos eram oriundos dos costumes – Direitos Consuetudinários – e eram

marcados por algumas características em comum, verbi gratia: não eram codificados

ou escritos, pois as sociedades desconheciam a escrita; variavam bastante de

comunidade para comunidade e eram bastante numerosos; eram “relativamente

diversificados”, ou seja, possuíam muitas diferenças e ao mesmo tempo muitas

semelhanças; eram altamente impregnados de fatores e crenças religiosas; e por

fim, eram “direitos em nascimento”, ou seja, distinguia-se mal o que era e o que não

era jurídico (GILISSEN, 2008).

Nas sociedades antigas, concomitantemente ao surgimento da escrita e da

evolução do Estado, nascem as primeiras codificações do Direito. Segundo Gilissen

(2008), as codificações, de cunho jurídico, mais antigas surgem cerca de 3000 a.C.

nas civilizações egípcias e mesopotâmicas e posteriormente difundem-se pelas

regiões limítrofes, como Elam, Fenícia, Israel, Creta e Grécia. Em relação aos

primeiros códigos da Antiguidade – Código de Ur-Nammu, Hammurabi, Manu,

Sólon, Lei das XII Tábuas etc. – Wolkmer (2009) afirma que eram eles uma mistura

de prescrições de cunho civil, religioso e moral.

Page 45: Manual de Monografia - Rev_2013_direito

45

Na Grécia há de se ressaltar a obra dos filósofos Platão e Aristóteles, que

além de escreverem sobre política e criaram a base do Direito Público Moderno,

escreveram sobre justiça – o escopo fundamental do Direito – e criaram a base do

Direito Romano. Os romanos, durante a República e mormente na fase do Império,

construíram diversas codificações e regularam as mais variadas matérias, além de

criarem a Ciência do Direito (GILISSEN, 2008).

Foi em Roma que surgiram as primeiras escolas de Direito, dentre elas a

escola do ius commune, jusnaturalista, ou seja, uma escola do jus gentium advinda

das ideias de filósofos gregos, dentre eles Aristóteles, que falava da justiça natural,

que se contrapunha às escolas do jus civile – equivalente às escolas positivistas,

conforme explica Bobbio (1999).

Durante o período medieval, o Direito se desenvolveu através de

fundamentos e objetivos de cunhos religiosos. A Igreja Católica, que dominava as

mentes e os corpos dos fiéis, submeteu a todos aos seus devaneios de crueldade,

criando instituições de Direito, como a Santa Inquisição, capaz de julgar, condenar e

executar a qualquer cidadão que ousasse dizer que não acreditava em Deus, ou que

a Santa Igreja estava errada em determinado ponto. Tudo em nome de uma justiça

divina que se pautava em métodos cruéis e desumanos de execução judicial,

conforme demonstra Michel Foucault no início de sua obra Vigiar e Punir (2008), na

qual expõe uma típica execução católica.

Após esse longo período de escuridão, com o advento das grandes

navegações, o movimento da reforma protestante, o distanciamento e

posteriormente a cisão entre Igreja e Estado e, por fim, com a ascensão da

burguesia e sua chegada ao poder através das grandes revoluções burguesas, o

Direito passou por uma reformulação gigantesca. Deixou de ser pautado em

motivações e fins religiosos e passou a orientar-se por motivações racionais e

humanas. Dessa forma, também dedicou-se a regular matérias de todos os tipos e

interesses sociais, tais como: economia, comércio, tributos, política, direitos naturais

– liberdade, igualdade, fraternidade, etc. – matérias de direito penal, civil e outras.

Inspirado nas ideias do positivismo filosófico de Auguste Comte, surge o

positivismo jurídico como a corrente do Direito que reduz o direito à norma jurídica,

ou seja, que acredita que não há direito além do texto normativo e que aquilo que

nele está escrito é justo, pois a justiça, para o positivismo jurídico, consiste no

preenchimento do dever ser. Assim, toda vez que a conduta humana (ser) está de

acordo com a prescrição legal (dever ser), essa conduta é boa e é justa. Entretanto,

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quando essa conduta está em desacordo com a prescrição legal, ou seja, quando

ela contraria a lei, é uma conduta má e injusta (LOPES; SANTOS, 2010).

Nesse sentido, conforme explica Hans Kelsen:

o juízo segundo o qual uma determinada conduta humana é boa traduz que ela corresponde a uma norma objetivamente válida, e o juízo segundo o qual uma determinada conduta humana é má traduz que tal conduta contraria uma norma objetivamente válida, o valor “bom” e o desvalor “mal” valem em relação às pessoas cuja conduta assim é apreciada ou julgada, e até em relação a todas as pessoas cuja conduta é determinada como devida (devendo ser) pela norma objetivamente válida, independente do fato de elas desejarem ou quererem essa conduta ou a conduta oposta. (KELSEN, 2003, p. 22).

E atualmente o que temos? Temos uma mudança estrutural que modificou a

sociedade atual, a partir do final do século XX, como conta Stuart Hall (2005).

Transformações ocorridas que dão novas identidades pessoais. Hall fala em

deslocamento ou descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e

cultural quanto de si mesmos, preferindo chamar de “crise de identidade” (HALL,

2005).

Sobre o momento, há quem decidiu chamar a sociedade de pós-moderna.

Segundo Jean-François Lyotard (2006), a palavra é usada, no continente americano

por sociólogos e críticos e designa o estado da cultura após as transformações que

afetaram as regras dos jogos da ciência.

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Modelo de Cronograma

6 CRONOGRAMA

ETAPAS MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5

Levantamento bibliográfico X

Leitura e fichamento de obras X

Coleta e seleção de dados X

Análise crítica dos dados X

Redação pré-textuais, Introdução X

Redação capítulos teóricos X

Redação capítulo analítico X

Redação considerações finais, referências,

anexosX

Entrega ao orientadorX

Revisão e redação finalX

Entrega monografiaX

DefesaX

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Modelo de Referências

[NO PROJETO DE PESQUISA, AS REFERÊNCIAS ENTRAM DEPOIS DO CRONOGRAMA, CONTENDO TODAS AS FONTES PESQUISADAS, EM ORDEM ALFABÉTICA. AS REFERÊNCIAS A SEGUIR SÃO APENAS EXEMPLOS.]

REFERÊNCIAS

ÁVILA, Humberto. Fundamentos teóricos e filosóficos do novo direito constitucional brasileiro (Pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). Revista Diálogo Jurídico, Salvador, CAJ – Centro de Atualização Jurídica, v.I, nº. 6, setembro, 2001. Disponível em: <http://www.direitopublico.com.br/pdf_6/DIALOGO-JURIDICO-06-SETEMBRO-2001-LUIS-ROBERTO-BARROSO.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2010.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 1999.

DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. 3a. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 2.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 35a. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

GILISSEN, John. Introdução histórica ao Direito. 5a. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade, 10a. ed., Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

LOPES, W. F.; SANTOS, E. R. dos. Métodos paradigmáticos de interpretação do Direito: uma investigação histórica. In: Anais. I Congresso da Associação Mineira de Pós-Graduação em Direito. Belo Horizonte: AMPD, 2010.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 9a. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

WOLKMER, Antonio Carlos. Fundamentos de História do Direito. 4a. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2009.

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ANEXO A – Orientações para fichamento, resumo e resenha

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“Pesquisar é ver o que outros viram e pensar o que nenhum outro pensou.”Albert Szent-Gyorgyi

FichamentoUma maneira excelente de manter um registro de tudo que você lê. Depois de você fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, você não necessitará recorrer ao original a todo instante, só quando houver a necessidade de rever ou reconstruir conceitos. Durante o processo de fazer o fichamento você pode adquirir uma compreensão maior do conteúdo do texto.Também chamado de fichas de documentação teórica (SEVERINO, 2000, p. 37). É uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema.Para fazer o fichamento de uma obra ou texto você deve: 1. Ler o texto inteiro uma vez ininterruptamente. 2. Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações e procurando entender o que o autor quer dizer em cada parágrafo.3. Fazer o fichamento.Tipos de fichamento:

1. Bibliográfico (catalogação bibliográfica)Registro das informações bibliográficas completas e as anotações sobre tópicos da obra, as palavras chave e a temática do texto.

2. Citação (transcrição)Composto de citações do próprio autor da obra lida, com a transcrição literal de trechos do texto. Após leitura sistemática da obra, o estudante/pesquisador sublinha frases, parágrafos, partes que expressam a ideia principal do autor. Tendo o cuidado de abrir e encerrar a citação com aspas, e indicar a página da qual se fez a transcrição. Quando se fizer supressão de alguma parte da obra, deve-se indicar tal supressão com reticências entre parênteses (...) ou colchetes [...]. Alguns exemplos: Citação completa:HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992."O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão. É adulto capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade" (p. 18).Citação com supressão:HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992."O adulto deve dominar, antes de mais nada, a manipulação das coisas (...) Mas embora a manipulação das coisas seja idêntica à assimilação das relações sociais, continua também contendo inevitavelmente, de modo imanente , o domínio espontâneo das leis da natureza" (p. 19).OBSERVAÇÕES:Quando a citação passar de uma página para outra, deve-se conter o número das duas páginas (Exemplo: p. 325-326);

3. De resumo (de conteúdo)É a apresentação sintética, clara e precisa do pensamento do autor. A apresentação das ideias principais das teses defendidas. Não é uma cópia dos tópicos, nem a exposição abreviada das ideias do autor; também não é a transcrição.É uma ficha não muito longa, mas traz todos os elementos necessários para a compreensão do texto.

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O estudante/autor da ficha escreve a sua compreensão do texto, usando seu próprio estilo. Não se afastando jamais das teses originais da obra estudada. Um resumo é uma condensação fiel das ideias contidas em um texto, é uma redução do texto original. Não cabem no resumo comentários ou julgamentos pessoais a respeito do que está sendo resumido.Para elaborar um bom resumo é necessário compreender antes todo o conteúdo do texto. Não é possível resumir um texto sem compreendê-lo. Ou seja, ao fazer um resumo é importante não perder de vista três elementos:

1. As partes essenciais do texto2. A progressão em que elas se sucedem3. A correlação entre cada uma dessas partes 4. Crítico (de comentário ou analítico)

É neste tipo de ficha que o estudante/pesquisador vai além de descrever o conteúdo da obra lida. Ele interpreta, incluindo uma crítica pessoal às ideias expressas pelo autor da obra. O fichamento crítico é a base, juntamente com o de resumo, para a construção de resenhas.Lakatos e Marconi (2003) afirmam que o fichamento crítico pode apresentar um comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que se refere aos aspectos metodológicos. ASSIM, FICHAMENTO CRÍTICO:

É uma análise crítica do conteúdo, tomando com referencial a própria obra; É uma interpretação de um texto obscuro para torná-lo mais claro; É a comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema; É a explicitação da importância da obra para o estudo em pauta; É a elaboração pessoal sobre a leitura, e deve conter:1. Comentários (parecer e crítica) 2. Ideação (novas perspectivas)

USANDO FICHAS Incluir somente um texto (ou tema) em cada ficha e, se as notas são extensas, usar

várias fichas numeradas consecutivamente. Antes de guardá-las, ter a certeza de que as fichas estão completas e são

compreendidas com facilidade. Copiar cuidadosamente as notas da primeira vez, sem fazer projeto de passar a limpo e

nem de tornar a copiar, pois isto é perda de tempo e dá a possibilidade a erros e confusões.

Procurar guardar as fichas sempre em ordem (o uso de fichas eletrônicas facilita isso). O computador garante economia de trabalho e tempo. Qualquer arquivo de documento pode ser impresso e catalogado como se fosse uma

ficha comum. Mas mesmo no computador é preciso saber organizar as fichas.

_______________________________________________________________MODELO DE FICHA

Assunto (TEMA): Vida e cotidiano Ficha no. 01Referência Bibliográfica Completa: HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.Texto da Ficha: "O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão. É adulto capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade" (p. 18).

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"O adulto deve dominar, antes de mais nada, a manipulação das coisas (...) Mas embora a manipulação das coisas seja idêntica à assimilação das relações sociais, continua também contendo inevitavelmente, de modo imanente , o domínio espontâneo das leis da natureza" (p. 19).Tipo de fichamento: CitaçãoBiblioteca em que se encontra a obra: Biblioteca pessoal.

_______________________________________________________________

Existem também os chamados FICHAMENTOS DE TEMAS, que devem conter os seguintes itens:

1. O tema;2. Referência de uma ou mais obras que tratam o tema; 3. O que você entendeu sobre o que o(s) autor(es) disse(ram) a respeito do tema; 4. Frases literais do(s) autor(es);5. Referências ao tema em outras obras e autores.Textos bem fichados favorecem a elaboração de qualquer trabalho. Só se ficha o que se lê. Não adianta querer estudar apenas com resumos e fichamentos de terceiros. Por isso: FAÇA VOCÊ MESMO SEUS FICHAMENTOS!

Estrutura do fichamento para apresentar como trabalho acadêmico: a) capa; b) referência bibliográfica completa da obra fichada; c) texto da ficha.

ResumoApós realizar o fichamento do texto, sintetiza-se as ideias do autor com suas próprias palavras sem emitir sua opinião sobre a leitura. Em geral, um bom resumo deve ser:

1. Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, podemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor.

2. Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura.

3. Logicamentte estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. As ideias devem ser apresentadas em ordem lógica e conforme apresenta o texto. O texto do resumo deve ser compreensível.

4. Gramaticalmente correto: deve usar adequadamente a língua portuguesa (atenção às novas regras ortográficas).Estrutura do resumo para apresentar como trabalho acadêmico:

a) capa; b) referência bibliográfica completa da obra resumida; c) texto do resumo.

Resumo crítico ou ResenhaAntes de se materializar como resenha, normalmente passa pelas etapas de fichamento e resumo.Resenhas podem ser publicadas em periódicos científicos, revistas e jornais. São fundamentais para a elaboração de artigos, projetos monográficos e monografias de fim de curso.Compreende análise e interpretação de um texto.A resenha ou resumo crítico, como trabalho acadêmico, provoca o desencadeamento do processo da autêntica investigação no estudante de graduação. A elaboração de uma resenha exige:

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a) conhecimento completo da obra;b) competência na matéria;c) capacidade de juízo de valor;d) independência de juízo;e) correção e urbanidade;f) fidelidade ao pensamento do autor.Etapas:

1. EXPOR o conteúdo da obra para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, formulando um conceito sobre o texto que se quer resenhar.

2. A apreciação crítica consiste na capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e ideias sobre o tema em questão.

Estrutura da Resenha1. Elementos pré-textuais (segundo as normas ABNT):

a) capa;b) folha de rosto;c) sumário (se necessário).

2. Elementos textuais:a) introdução: apresentar o assunto demonstrando a importância da abordagem e os autores que serão utilizados como apoio nas análises;b) desenvolvimento/corpo principal do texto;c) conclusão com apreciação crítica.

3. Elementos pós-textuais:a) Referências: devem aparecer todas as obras consultadas para a produção da resenha crítica, segundo a ABNT.

ReferênciasLAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade e. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

______. Metodologia do trabalho científico. 6. Ed. Revista e ampliada. São Paulo: Atlas, 2001.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica - a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 5. ed. São Paulo: Atlas 2003.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 11. ed. São Paulo: Cortez, 1984.

RUIZ, J. Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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ANEXO B – Tipos de plágio no âmbito educacional

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EXEMPLOS TIRADOS (ADAPTADOS) DE

KROKOSCZ, Marcelo. Autoria e plágio: um guia para estudantes, professores,

pesquisadores e editores. São Paulo: Atlas, 2012. p. 39-58.

1) PLÁGIO DIRETO

Fonte original:

O que se conclui a partir dessa pesquisa é que a opinião pública brasileira reconhece e aceita, em

grande medida, que se recorra ao jeitinho como padrão moral. Além disso, há uma divisão profunda

(50% versus 50%) entre os que o consideram certo e os que o condenam. Por isso, se os níveis

de corrupção no Brasil provavelmente estão relacionados à aceitação social do jeitinho – que é

grande e bastante enraizada entre nós –, os resultados da pesquisa indicam que temos um longo

caminho pela frente se o que desejamos e o efetivo combate à corrupção.

REFERÊNCIA:

ALMEIDA, Alberto Carlos. A cabeça do brasileiro. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 70-71.

Plágio direto:

É bem provável que no Brasil a corrupção esteja associada à aceitação do jeitinho como prática

social aceitável. Isso indica que temos um longo caminho pela frente se o que desejamos e o

efetivo combate à corrupção (ALMEIDA, 2007).

COMENTÁRIO:

O texto em negrito é reprodução literal da fonte consultada, mas o redator não indicou isto

claramente. Devido à ausência de aspas, o texto elaborado ficou parecendo uma paráfrase, mas na

realidade é uma colagem.

Citação direta correta:

É bem provável que no Brasil a corrupção esteja associada à aceitação do jeitinho como prática

social. Somado ao fato de que “há uma divisão profunda (50% versus 50%) entre os que o

consideram certo e os que o condenam”, podemos concluir “que temos um longo caminho

pela frente se o que desejamos e o efetivo combate à corrupção” (ALMEIDA, 2007, p. 70-71).

COMENTÁRIO:

Neste caso, o redator reescreveu parte da fonte consultada com as próprias palavras e completou

com um trecho copiado da fonte original. Entretanto, utilizou corretamente as aspas para indicar o

texto reproduzido na citação, registrando os números das páginas em que o conteúdo aparece na

fonte original.

OBS:

O trecho em negrito no exemplo cumpre aqui apenas uma função didática.

2) PLÁGIO INDIRETO – PARÁFRASE

Fonte original:

Ritmado pelo avanço do capitalismo, observa-se uma assimetria crescente entre capital e trabalho,

com nítida vantagem do primeiro. As relações de trabalho são sucessivamente redefinidas ao longo

do trajeto da modernidade, do taylorismo-fordismo à produção flexível. No caso brasileiro, este

quadro recebe ainda a moldura da estagnação econômica e da concentração de renda. Para além do

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plano econômico, todavia, a modernidade assim conduzida deixa marcas profundas no sistema de

ideias dos grupos sociais.

REFERÊNCIA:

BROM, Luiz Guilherme. A crise da modernidade pela lente do trabalho: as percepções locais dos

problemas globais. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 8.

Plágio indireto (paráfrase):

Na história do desenvolvimento do capitalismo, constata-se que o capital leva vantagem em relação

ao trabalho. No caso do Brasil, soma-se a isso a concentração de renda e a estagnação da

economia. Além dos problemas econômicos, essa situação influencia a ideologia da sociedade.

COMENTÁRIO:

O redator elaborou um texto com as próprias palavras, mas o conjunto de ideias apresentadas é

nitidamente reproduzido de outra fonte que não é citada nem identificada. Caso cite a fonte, o plágio

é evitado.

Citação indireta correta:

A reflexão social brasileira é afetada pela forma como a modernidade é conduzida, como é o caso,

por exemplo, das mudanças nas noções sobre as relações de trabalho, as quais decorrem do

desenvolvimento do capitalismo que, historicamente, privilegiou o capital em vez do trabalho (BROM,

2006).

COMENTÁRIO:

O texto do redator tem um estilo próprio, mas ele indica para o leitor a fonte original do argumento

apresentado e identifica a obra citada na lista de referências.

3 PLÁGIO INDIRETO – MOSAICO

Fonte original:

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a

documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.

REFERÊNCIA:

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 7ª. ed. São Paulo:

Atlas, 2008. p. 48.

A pesquisa documental apresenta uma série de vantagens. Primeiramente, há que se considerar

que os documentos constituem fonte rica e estável de dados. Como os documentos subsistem

ao longo do tempo, tornam-se a mais importante fonte de dados em qualquer pesquisa de natureza

histórica.

REFERÊNCIA:

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar um projeto de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 46.

Plágio indireto (mosaico):

A pesquisa documental restringe-se a documentos, escritos ou não, o que se denomina de

fontes primárias. Em geral, apresenta uma série de vantagens, entre elas o fato de que os

documentos constituem fonte rica e estável de dados, o que é importante em qualquer pesquisa

de natureza histórica.

COMENTÁRIO:

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O redator construiu um texto utilizando fragmentos de duas fontes distintas. Para evitar o plágio

indireto – mosaico, o redator deveria usas aspas nos fragmentos copiados, indicando os respectivos

autores.

Citação indireta correta:

Conforme explicam Marconi e Lakatos (2008, p. 48), a pesquisa documental “está restrita a

documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”. Gil (2007)

destaca entre as vantagens desse tipo de pesquisa a perenidade dos dados documentais,

característica adequada aos estudos de caráter histórico.

4 PLÁGIO INDIRETO – apt phrase (palavras-chave, expressões originais

de um autor)

Fonte original:

Nosso modelo dinâmico de criação do conhecimento está ancorado no pressuposto crítico de que o

conhecimento humano é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento tácito e

o conhecimento explícito. Chamamos essa interação de “conversão do conhecimento”.

REFERÊNCIA:

TAKEUCHI, Hirodata; NONAKA, Ikujiro. Gestão do conhecimento. Trad. Ana Thorell. Porto Alegre:

Bookman, 2008. p. 59.

Plágio indireto (apt phrase):

Concluímos que há um processo de conversão do conhecimento dependendo das relações que se

estabelecem entre as coisas (conhecimento objetivo) e a pessoa (conhecimento subjetivo).

COMENTÁRIO:

A expressão destacada foi criada originalmente por outros autores para definir os tipos de relações

estabelecidas entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Ao utilizar a mesma

expressão, sem indicar os autores originais, o redator apresenta a ideia como se fosse própria.

Citação indireta correta:

Concluímos que dependendo do tipo de relações que se estabelecem entre as coisas (conhecimento

objetivo) e a pessoa (conhecimento subjetivo) ocorre o que é chamado por Takeuchi e Nonaka

(2008) de “conversão do conhecimento”.

5 OUTROS TIPOS DE PLÁGIO

Plágio de fontes (reprodução de citações):

Quando o redator reproduz em seu texto citações utilizadas por outro autor. Trata-se de conteúdo

pesquisado, obtido e selecionado por outras pessoas e utilizado por um terceiro como se tivesse

consultado o documento original.

Plágio consentido (conluio):

A apresentação de conteúdo acadêmico que já tenha sido apresentado por outra pessoa (o mesmo

trabalho apresentado por mais de um aluno) ou trabalho comprado de pessoas especializadas em

pirataria intelectual.