Manual De Perdas Pós-Colheita Em Frutos E Hortaliças - Embrapa

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    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Centro Nacional de Pesquisa de Tecnologia Agroindustrial de Alimentos

    Ministrio da Agricultura e do Abastecimento

    MIN

    ISTRIOD

    A

    MANUAL DE PERDAS PS-COLHEITA

    EM FRUTOS E HORTALIAS

    Vinculada ao Min istrio da Ag ricultu ra e do Ab astecim ento

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    MANUAL DE PERDAS PS-COLHEITAEM FRUTOS E HORTALIAS

    Srgio Agostinho CenciAntnio Gomes Soares

    Murillo Freire Jnior

    ISSN 0103-5223Dezembro, 1997

    Documentos n 27

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    Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    EMBRAPA/CTAAAv. das Amricas, 29.501 - GuaratibaCEP: 23020-470 - Rio de Janeiro - RJ

    Telefone: (21) 2410-7400Fax: (21) 2410-1090Home Page: www.ctaa.embrapa.brE-mail:[email protected]

    Tiragem: 100 exemplares

    Comit de Publicaes: Esdras SundfeldRegina Isabel NogueiraRogrio GermaniRonoel Luiz de O. GodoyTnia B. S. Corra

    Equipe de apoio: Claudia Regina DelaiaRenata M. A. Palds

    Andr Luis do N. Gomes

    Embrapa - 1997

    SUMRIO

    1. INTRODUO ............................................................................. 5

    2. PRODUO E PERDAS DE FRUTOS E HORTALIAS

    NO BRASIL .................................................................................. 6

    2.1. Perdas: definio, tipos e causas ...................................... 9

    2.2. Alguns aspectos envolvidos no controle das perdas ......... 11

    2.2.1. Pr-colheita ........................................................... 12

    2.2.2. Colheita ................................................................. 14

    2.2.3. Ps-colheita ........................................................... 16

    2.2.3.1. Embalagem .............................................. 18

    2.2.3.2. Transporte ................................................ 20

    2.2.3.3. Armazenamento ....................................... 22

    3. ASPECTOS DE MERCADO ........................................................ 25

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................. 27

    CENCI, S. A; SOARES, A. G.; FREIRE JUNIOR, M.Manual de perdas ps-colheita em frutos ehortalias. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CTAA,1997. 29p. (EMBRAPA-CTAA. Documentos, 27).

    1. Frutos - Perdas ps-colheita. 2. Hortalias -Perdas ps-colheita. I. Soares, A.G. II. Freire Junior,M. III. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de

    Tecnologia Agroindustrial de Alimentos (Rio deJaneiro, RJ). IV. Ttulo. V. Srie.

    CDD 631.56

    http://www.ctaa.embrapa.br/http://www.ctaa.embrapa.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ctaa.embrapa.br/
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    MANUAL DE PERDAS PS-COLHEITA EM FRUTOS E HORTALIAS

    1. INTRODUO

    O problema da desnutrio vem aumentando com o crescimento dapopulao e com o elevado ndice de perdas e desperdcios desde aproduo at o consumo.

    O desequilbrio entre a populao e a oferta de alimentos pode serreduzido atravs da diminuio das perdas que ocorrem nas diferentesetapas de obteno dos alimentos, desde a produo, passando pelacomercializao at o consumo.

    De acordo com as estatsticas mundiais, nos pases em desenvolvimentoas perdas ps-colheita ocorrem com maior intensidade e so superiores a15% e algumas vezes alcanam 80%.

    Embora com algumas divergncias metodolgicas e at conceituais, ostrabalhos de avaliao das perdas da produo agrcola brasileira nasfases ps-colheita, apresentam nmeros assustadores, na ordem de 40%

    das safras de frutos e hortalias. Como conseqncia, constata-se hoje,em nosso pas, um grande contingente de desnutridos, que lutamdiariamente contra a fome.

    As principais razes dessas perdas encontram-se na falta de pessoalhabilitado, no uso de prticas inadequadas de produo e nodesconhecimento de tcnicas adequadas de manuseio ps-colheita.

    A adoo de tecnologias adequadas na produo, no manuseio e nacomercializao de alimentos reduz enormemente as perdas e contribuipara a obteno de produtos de melhor qualidade e para a melhoria dascondies de vida da populao, principalmente dos consumidores debaixa renda.

    Desta forma, a reduo de perdas ps-colheita vem se acenando comouma das formas menos estressantes e mais viveis para a soluo doproblema da fome em nosso pas.

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    2. PRODUO E PERDAS DE FRUTOS E HORTALIAS NO BRASIL

    Pelas suas condies edafoclimticas e geogrficas, o Brasil produzdurante o ano inteiro uma grande variedade de frutos e hortalias, desdeaquelas de origem de clima tropical at as de subtropical e temperado(Tabela 1). Segundo dados do Ministrio da Agricultura, do

    Abastecimento e Reforma Agrria (MAARA), a produo mdia de frutosno Brasil j ultrapassa 31,0 milhes de toneladas (Brasil, 1993).

    A fruticultura representa somente cerca de 5% das reas cultivadas nopas. Apesar disto, esta atividade coloca o Brasil em primeiro lugar noranking dos produtores de frutos innatura. No entanto, menos de 1%desta produo colocada no mercado externo de frutos frescos,fazendo com que o Brasil ocupe o 20 o lugar entre os pasesexportadores de frutos frescos.

    TABELA 1. Produo brasileira de frutos (vol. em 1000 t; rea em1000 Ha; rendimento em t/Ha)

    Produto Volume rea Rendimento

    Abacaxi 1.209,38 37,12 32,58

    Banana 5.950,15 537,77 11,06

    Laranja 16.203,20 984,39 16,50

    Limo tahiti 559,11 39,94 14,00

    Mamo papaya 299,41 18,22 16,43

    Manga 637,13 45,06 14,14

    Maracuj 380,17 30,60 12,43

    Melo 83,10 8,16 10,19

    Tangerina 528,29 45,19 11,69

    Uva 741,21 57,27 12,94

    Fonte: BRASIL, 1993

    Das culturas consideradas de maior importncia no pas, 13 frutos e 18hortalias representaram, respectivamente, 80,9% e 89,7% do totalcomercializado entre 1990 e 1994 na CEASA-RJ (Tabela 2).

    TABELA 2. Frutas e hortalias mais comercializadas no perodo de1990 a 1994

    Frutos Hortalias

    Laranja pra Repolho

    Banana prata Alface

    Mamo formosa Couve-flor

    Laranja natal Couve comum

    Ma nacional Espinafre

    Melancia Agrio

    Banana nanica Tomate

    Manga Chuchu

    Limo thaity Abbora comum

    Mamo Hava Pimento

    Laranja lima JilAbacaxi Milho verde

    Melo Batata comum

    Cebola

    Cenoura

    Batata-doce

    Batata lisa

    Mandioca

    Fonte: Centrais..., 1995.

    Apesar da existncia de muitos produtos no mercado interno, suacomercializao est limitada, principalmente por serem altamenteperecveis e manuseadas sob condies ambientais que aceleram aperda de qualidade (Brasil, 1993).

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    Segundo estimativas do MAARA, o Brasil perde anualmente mais deUS$ 1,0 bilho em frutos e hortalias (Tabela 3). Exemplos de perdasso: banana - 40%, mamo - 30%, batata - 24% e tomate 40% (Tabela4).

    TABELA 3. Estimativas de perdas ps-colheita em frutos ehortalias entre 1990 - 1992

    Produto Perdas Verificadas

    (%) (US$ 1000)

    Hortalias 34,9 529.282,0

    Frutas 30,0 509.352,2

    Fonte: BRASIL, 1993.

    TABELA 4. Produto, percentual e valor de perdas de alguns frutos ehortalias em 1992.

    Produto Perdas(%)

    Valor das Perdas(US$ 1000)

    Abacaxi 23,7 20.061,3

    Banana 40,1 150.997,7Mamo 30,4 18.018,6

    Manga 27,5 7.501,8

    Alface 42,5 6.726,7

    Tomate 40,5 78.044,8

    Batata 23,7 88.828,3

    Mandioca 32,8 9.287,3

    Fonte: BRASIL, 1993.

    Alm das perdas quantitativas registradas na ps-colheita, as perdasqualitativas dos produtos podero comprometer seu aproveitamento erentabilidade principalmente para o mercado externo, especialmenteexigente em qualidade, tanto no seu aspecto interno como externo(aparncia).

    2.1. Perdas: definio, tipos e causas

    Segundo a FAO (1981) perda alguma mudana na viabilidade,comestibilidade, salubridade ou qualidade do alimento que o impea deser consumido pelo povo, podendo ser igual ao produto colhido menos oproduto consumido. Vrios estudos tm sido realizados nos EUA desde adcada de 1960, objetivando avaliar as perdas ps-colheita (Le Clerg,1964). No Brasil, as informaes sobre a extenso destas perdas soinsuficientes.

    Sabe-se que as perdas ps-colheita comeam na colheita e ocorrem emtodos os pontos da comercializao at o consumo, ou seja, durante aembalagem, o transporte, o armazenamento, e a nvel de atacado, varejoe consumidor. Somente no processo de embalagem, conforme observadopor Waheed et al. (1987), as perdas em tomate e pra foram de 12 e 6%,respectivamente. Verifica-se portanto que, apesar de considerveis,essas perdas muitas vezes so desprezadas, o que torna f reqentementeum fator complicador para obteno de resultados cientficos mais exatos,e portanto, de perdas totais de uma regio ou pas, ao se considerar todaa cadeia produtiva.

    As perdas podem ser classificadas em biticas (doenas patognicas),

    abiticas (desordens ou distrbios fisiolgicos ou doenas nopatognicas) e fsicas (injrias mecnicas so as principais) (Holt et al.,1983), sendo geralmente maiores em pases menos desenvolvidos, egrandemente influenciadas pelas tcnicas inadequadas de colheita,armazenamento, transporte, bem como pela fisiologia do produto.

    A National Academy Sience (1978) publicou importante trabalho nestarea, mostrando estimativas de perdas por culturas e agrupadas porregio e pas, entendendo-se as nutricionais, qualitativas e quantitativas.

    Com relao s perdas nutricionais, ressalta-se principalmente as perdasde vitaminas, pigmentos e acares (Kader, 1992). As perdas qualitativasso aquelas baseadas em julgamentos subjetivos, os quais so descritos

    freqentemente atravs de comparaes com padres de qualidadeaceitos por diferentes localidades. So mais difceis de seremidentificadas, pois incluem perda de sabor e aroma e deterioraes naaparncia devido a reaes do metabolismo endgeno.

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    As perdas quantitativas incluem, entre outras, as injrias mecnicas, queocorrem nas operaes de pr-colheita, colheita e de manuseio, taiscomo classificao, embalagem e transporte, ocasionando invases ecrescimento de patgenos, perda de peso, sabor, firmeza e mudana decor.

    As injrias mecnicas (batidas, cortes, esmagamentos, abrases erachaduras), tm sido identificadas como as principais perdas naqualidade ps-colheita. Como resultado de impactos h o estmulo aoaumento da taxa de respirao e a produo de etileno, reduzindo a vida

    til do produto (Kader, 1992).

    FIG.1. Injria mecnica em tomate provocadapela embalagem.

    Em tomates, especialmente aps o incio da etapa deamadurecimento, uma queda de 10cm suficiente para causardescolorao interna em at 73% dos frutos, porm em frutos verdes,apenas 45% exibiram essa injria (Sargent et al., 1992). Por outro lado,as injrias mecnicas enfraquecem e/ou destroem as defesas naturaisdos frutos e hortalias, criando condies propcias para odesenvolvimento de microrganismos (Sommer et al., 1992).

    Estudos realizados nos mercados de New York e Chicago, abrangendoum perodo de 3 anos, mostram que, sobretudo as injrias fsicas,produziram mais perdas no atacado que as desordens parasticas e noparasticas (Ceponis & Butterfield, 1974).

    Outro dado importante revela que as perdas de frutos a nvel deconsumidor so geralmente maiores que as perdas no varejo. Os danosfsicos foram a principal causa de perdas no varejo, sendo que asdoenas patognicas so responsveis pela maioria das perdas a nvelde consumidor (Ceponis & Butterfield, 1974). Segundo Lui & Paul (1983),algumas infeces so latentes e o desenvolvimento das doenas se dpredominantemente em frutos em estado avanado de amadurecimento.

    As perdas fisiolgicas ocorrem devido fatores pr e ps-colheita, e so

    devidas principalmente, ao estado de maturidade do produto.

    Mesmo apresentando muitas vezes sintomas semelhantes, as causas dasperdas fisiolgicas podem ser distintas, sendo que a magnitude de taisperdas varia entre os produtos e so influenciadas principalmente peloambiente de armazenamento. Perdas de 3 a 6% de umidade geralmentecausam declnio na qualidade, embora certos produtos sejamcomercializveis a 10% de perda de umidade. Temperatura elevada noarmazenamento a principal causa dessa perda (Jooste, 1987).

    Muitos sintomas so observados como causas dessas perdas,destacando-se principalmente o colapso interno da polpa, o amaciamento,a presena de tecido esponjoso, descoloraes etc.

    Temperaturas baixas podem provocar manchas superficiais,descoloraes internas, colapso do tecido, aumentando a suscetibilidadea degradao de certos produtos, sendo acompanhadas por alteraesbioqumicas indesejveis. Outras desordens, tais como bitter pit, coraoaquoso, escaldadura, so grandemente influenciadas por fatores de pr-colheita (Holt et al., 1983).

    2.2. Alguns aspectos envolvidos no controle das perdas

    A produo sazonal e o armazenamento refrigerado dos produtos soprovavelmente os meios mais comuns para reduzir perdas ps-colheita deprodutos perecveis (Booth, 1980). Vale ressaltar, entretanto, que a

    qualidade dos produtos no armazenamento pode ser influenciada pelacultivar, condies edafoclimticas, tratos culturais, maturao e prticasde manuseio na ps-colheita. contudo, a vida til ps-colheita s serampliada armazenando-se produto de boa qualidade.

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    Portanto, a reduo das perdas ps-colheita est relacionada fatoresenvolvidos nas fases pr-colheita (ou produo), colheita e ps-colheita(incluindo seleo, acondicionamento, armazenamento, transporte,distribuio atacadista e varejista).

    2.2.1. Pr-colheita

    Na pr-colheita ou produo, os fatores ambientais ou climticos so degrande importncia para a obteno de produtos com qualidade. Osprincipais fatores ambientais so:

    a) temperatura;

    b) luz;

    c) vento;

    d) altitude;

    e) umidade relativa do ar; e

    f) precipitao.

    Ainda na pr-colheita ou produo, outros aspectos tambm so muitoimportantes e devem ser observados, tais como:

    a) o uso de porta-enxerto adequado;

    b) a escolha de cultivares mais resistentes ao manuseio;

    c) a utilizao de sementes e mudas sadias;

    d) a poca propcia de plantio ou de semeadura;

    e) a densidade correta do plantio (nmero de plantas por rea);

    f) a correo da acidez do solo;

    g) a adubao adequada;

    h) o bom manejo do solo;

    i) a poda ou conduo das plantas adequadas;

    j) o controle de pragas e doenas (tratamentos qumicos ou controle

    biolgico);k) a aplicao de reguladores de crescimento; e

    l) a irrigao eficiente.

    (A)

    (B)

    FIG. 2. Uvas da cv. Nigara (A) de menor resistncia ao manuseiops-colheita em relao cv. Itlia (B)

    O solo bem balanceado e as pulverizaes com fertilizantes contribuempara a qualidade ps-colheita dos produtos. Ao contrrio, tanto o excessocomo a escassez reduzem esta qualidade.

    Alguns elementos como o nitrognio, fsforo, potssio, clcio, magnsio,enxofre e microelementos tais como boro e zinco, tm papel fundamental.A deficincia desses elementos causa desordens fisiolgicas quecontribuem para o aparecimento de defeitos nos produtos aps a colheita.

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    FIG.14. Controle de perdas por desidratao e desgrane emfuno da aplicao pr-colheita com cloreto declcio em uva cv. Nigara

    Por exemplo, altos nveis de nitrognio reduzem a vida dos produtos nafase ps-colheita. A deficincia de fsforo e potssio acarreta aformao de casca muito espessa nos frutos. Em ma, manga etomate, a deficincia de clcio causa desordens fisiolgicas, cujo ossintomas variam de acordo com o fruto considerado. A cor verde e oreverdecimento esto associados ao elevado nvel de nitrognio.

    Produtos afetados por doenas ou pragas no campo apresentamdeteriorao mais rpida na fase ps-colheita. Por isso, a higiene nocampo, com a remoo e destruio de materiais doentes e infectados,bem como espaamento adequado e boa conduo das rvores,reduzem o ataque de pragas e doenas.

    Aplicaes adequadas de reguladores do crescimento (cidonaftalenoactico, cido giberlico, etrel) ou de cloreto de clcio podemproporcionar maior qualidade e boas caractersticas dos frutos,aumentando o perodo de conservao ps-colheita dos mesmos.Tambm podem controlar a queda de frutos, regular o perodo decolheita e estimular a produo.

    2.2.2. Colheita

    A colheita, quando realizada adequadamente, evita danos e perdas naps-colheita.

    A determinao do ponto timo de colheita fator decisivo para acomercializao. Por isto, deve ser levado em considerao o tipo e odestino do produto, ou seja, a distncia entre o local de produo e o localde consumo ou de entrega, se o produto para consumo interno ou paraexportao, ou ainda se para consumo imediato, para armazenamentoou para processamento.

    FIG. 4. Escala de colorao da casca e polpa para avaliaodo grau de maturao em mamo

    As injrias ou os danos nos frutos podem resultar do procedimentoincorreto na colheita, como:

    a) queda excessiva dos frutos nos baldes ou sacos;

    b) atritos contra galhos e escadas;

    c) falta de cuidados na transferncia dos frutos para as caixas; e

    d) o super enchimento das caixas no campo.

    Para evitar outros problemas, uma srie de fatores devem serconsiderados:

    a) colheitas aps chuvas intensas devem ser evitadas; devem serrealizadas nos perodos mais frescos do dia (manh);

    b) exceto as razes, os produtos no devem ser colocados diretamenteno solo;

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    c) depois de colhido, o produto deve ser protegido. Usar a prpriasombra da rvore, ou resfriar o mais rapidamente possvel por meiode gua, ar ou gelo;

    d) produtos folhosos necessitam de respingos de gua para que nomurchem.

    Na colheita, as condies de higiene so muito importantes. Os produtosno desejveis ou deteriorados devem ser retirados e no devem ser

    enviados para o mercado.A limpeza adequada dos equipamentos e instrumentos utilizados nacolheita e no manuseio deve ser realizada atravs de lavagem comprodutos qumicos.

    2.2.3. Ps-colheita

    Aps a colheita, o produto que estraga rapidamente geralmentemanuseado de forma rudimentar, o que vai acarretar danos fsicos edeterioraes fisiolgicas e patolgicas.

    As seguintes recomendaes devem ser observadas na fase ps-

    colheita:1. altas temperaturas so prejudiciais qualidade de frutos e hortalias,

    pois afetam diretamente as taxas de todos os processos vitais(maturao, respirao, perda de peso, podrides etc.). Portanto,quanto mais rapidamente a temperatura do produto for trazida paraprximo da temperatura tima de armazenamento, maior ser a vidade ps-colheita deste produto.

    2. nas doenas de ps-colheita, a infeco geralmente ocorre devidoaos danos mecnicos ou fisiolgicos na superfcie dos frutos aps acolheita.

    3. os frutos deteriorados ou os equipamentos de limpeza soresponsveis pela transmisso das doenas para os frutos sadios.

    4. a gua utilizada na lavagem pode ser o meio de contaminao dosfrutos e hortalias, pois ela transporta microrganismos patognicos.

    5. apertar excessivamente o produto na embalagem e deixar acontecerchoques durante o transporte, juntamente com os danos fisiolgicascausados pelo frio, calor, deficincia de oxignio e outras condiesambientais, resultam na degradao do produto e no desenvolvimentoacelerado de podrides.

    FIG. 5. Perda por podrido peduncular em mamo

    Dentre as estratgias de controle das doenas ps-colheita, destacam-seos tratamentos qumicos pr e ps-colheita e outros tratamentos ps-colheita como termoterapia, atmosfera modificada e controlada. Ainterao favorvel entre temperatura, umidade relativa e atmosferamodificada e controlada para aqueles produtos viveis, tem possibilitadomelhorias no controle de perdas ps-colheita nas diferentes etapas,diminuindo o uso de produtos qumicos e amenizando os problemas comresduos por defensivos agrcolas.

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    (A)

    (B)

    FIG. 6. Efeito da aplicao de SO2no controle de podridoem uva cv. Itlia. (A) Tratamento com SO2.(B)

    Controle/testemunha/ou sem tratamento com SO2

    2.2.3.1. Embalagem

    Depois de colhido, o produto deve ser embalado apropriadamente,devendo-se evitar misturas de produtos doentes com sadios.

    Produtos com diferentes graus de maturao e tamanho devem serseparados. Por causa da maturidade no uniforme, a colheita seletiva comumente praticada.

    Selecionar com rigor de acordo com a maturidade, o tamanho e a forma.Os produtos danificados ou injuriados devem ser removidos.

    A classificao da embalagem tambm fundamental para a manutenoda qualidade do produto. Deve-se dar ateno quanto quantidade e uniformidade dos frutos nas embalagens.

    FIG. 7. Atributos de qualidade caractersticos quanto aotamanho, forma e colorao de mangas

    A padronizao das embalagens to necessria quanto a padronizao

    do produto, porque as duas se complementam na manuteno daqualidade do produto.

    As embalagens, alm de protegerem os produtos contra danos diversos,devem tambm identific-los apropriadamente.

    Os principais danos que ocorrem nos frutos durante e aps a colheita so:

    Machucadura por impacto

    Resulta da queda em superfcie dura. O ato de jogar o produto dentro daembalagem uma fonte comum de danos. O manuseio cuidadoso podereduzir o amassamento por impacto.

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    Amassamento por compresso

    Resulta do acondicionamento imprprio ou do uso de embalagensinadequadas. As dimenses devem ser cuidadosamente ajustadas.Volume excessivo de produto dentro da embalagem e embalagensfracas so responsveis por este tipo de dano.

    Vibrao e abraso

    causado pelo movimento do produto dentro da embalagem durante otransporte. Deve-se, portanto, imobilizar os frutos dentro da embalagem.

    FIG. 8. Volume excessivo de produto na embalagem

    2.2.3.2. Transporte

    A qualidade do produto no pode ser melhorada aps a colheita. Porisso, o transporte de produtos de m qualidade ou maturidadeinadequada prejudicar a comercializao.

    Os sistemas de transporte incluem caminhes, navios, avies e trens.

    Existem problemas e limitaes em todos os mtodos de transporte. Oconhecimento adequado das condies de transporte contribui para amanuteno da qualidade dos produtos.

    FIG. 9. Sistema de transporte refrigerado em atmosferacontrolada

    No transporte dos produtos do campo para os galpes de embalagem, edestes para o mercado consumidor, alguns cuidados so necessrios:

    a) evitar movimentos bruscos das caixas;

    b) evitar manuseio grosseiro e queda das caixas;

    c) diminuir a velocidade do transporte quando as estradas estiverem em

    ms condies;d) usar sistemas de suspenso nos veculos de transporte;

    e) evitar estradas em ms condies;

    f) avaliar as superfcies das caixas ou dos contentores (containers).

    Programar a transferncia rpida dos produtos do campo para oresfriamento ou para a central de embalagem, e usar lonas de cor clara esempre limpas, o que diminui o aquecimento dos produtos.

    O tempo de colheita e a maturidade do produto podem requerermudanas na temperatura de transporte. O produto no deve ser exposto temperatura de deteriorao ou misturado com outros que possam dar

    sabor ou aroma indesejveis.Para reduzir as perdas ps-colheita, alguns fatores contribuem para amanuteno da qualidade, tais como:

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    1) manusear o mnimo possvel;

    2) regular continuamente a temperatura e UR;

    3) oferecer boas condies de higiene;

    4) propiciar condies timas para agilizar o carregamento.

    Produtos como melancia, banana e abacaxi podem ser transportados agranel. Entretanto, alguns aspectos devem ser seguidos:

    a) forrar a carroceria do caminho com folhas ou palhas;

    b) realizar o empilhamento adequado (abacaxi, banana);c) frutos com diferentes graus de maturao devem ser colocados em

    diferentes locais no caminho (abacaxi);

    d) estabelecer diferentes canais para ventilao dos produtos.

    FIG. 10. Manuseio inadequado de banana

    2.2.3.3. Armazenamento

    Existe uma grande variao na forma de armazenamento dos produtosperecveis. O mtodo em funo da disponibilidade de recursoseconmicos ou tecnolgicos, bem como do tipo de produto.

    O armazenamento pode ser natural ou artificial. Quando for natural, oproduto deixado na planta pelo maior perodo de tempo possvel, comopor exemplo: laranja, banana, batata doce, batata, alho.

    Quando for artificial, as operaes podem ser bastante simples. Utilizarestruturas rudimentares, como subterrneas do tipo buracos e valas,pores ou galpes com circulao adequada de ar, ou utilizar processostecnolgicos mais avanados, como o uso da refrigerao, controleatmosfrico, irradiao, produtos qumicos, etc.

    A refrigerao um dos mtodos mais vantajosos para o armazenamentoprolongado de frutos e hortalias frescos, desde que associado aocontrole de umidade relativa (Tabela 5). A temperatura tima deconservao pode variar, dependendo do produto, variedade, etc.

    Mtodos como controle da atmosfera do armazm, uso de ceras nasuperfcie dos produtos, entre outros, no produzem bons resultados seno forem associados ao uso de baixas temperaturas.

    Para o armazenamento de mais de um produto preciso que atemperatura e a umidade relativa sejam prximas, e que gases e odoresde um produto no afetem o outro.

    Alguns cuidados no armazenamento ps-colheita de produto:

    a) no programar estocagem de longa durao quando a maturaoocorrer em tempo frio e mido ou em frutos procedentes de pomarescom forte adubao nitrogenada;

    b) estocar somente frutos sadios;

    c) pr-resfriar os frutos o mais rpido possvel;

    d) desinfetar cmaras, embalagens e equipamentos (utilizar tiabendazolou gua com formol);

    e) temperatura e umidade relativa constantes e indicadas para o produtoou a variedade;

    f) vistoriar diariamente os lotes estocados.

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    TABELA 5. Temperaturas e umidade relativa (UR) recomendadaspara o armazenamento comercial e o tempo deconservao para alguns frutos

    Produto Temperatura(C)

    UmidadeRelativa (%UR)

    Tempo de conservao

    Abacaxi 7 a 13 85 - 90 2 - 8 semanas

    Figo fresco -0,5 a 0 85 - 90 7 - 10 dias

    Limo 12 a 14 85 - 90 2 - 3 mesesLaranja 3 a 9 85 - 90 3 - 8 semanas

    Manga 13 85 - 90 2 - 3 semanas

    Mamo 7 85 - 90 1 - 3 semanas

    Maracuj 7 a 10 85 - 90 3 - 5 semanas

    Uva -1 a -0,5 90 - 95 1 - 6 meses

    Fonte: CHITARRA & CHITARRA, 1990

    A aplicao de tecnologias apropriadas poder manter a qualidade epossibilitar um aumento da vida til dos produtos, com grande impacto

    nos mercados interno e externo. Antes contudo, de implementar novastcnicas, preciso estudar a cadeia produtiva de cada produto,identificando as causas das perdas e examinando as possibilidades deadequar e/ou introduzir tais tcnicas. A reduo das perdas na cadeiaprodutiva, desde a colheita at o consumidor, beneficiar todos osenvolvidos, com possibilidades reais de maximizar a renda dosprodutores, minimizar os custos para os intermedirios e consumidores,mantendo a qualidade at o consumidor. Dessa maneira, a atividadeagrcola do pas ter maior incentivo, contribuindo para o aumento doPIB, melhorando conseqentemente a distribuio de renda.

    Alm dos benefcios, a maior disponibilidade de produtos gerar umaumento de empregos em toda a cadeia de comercializao, inclusive

    nas propriedades rurais, o que contribuir para a fixao do homem nocampo.

    Finalmente, alm da qualidade, o pr-processamento dar maioresopes de compra ao consumidor, com preos competitivos, permitindoassim um aumento mdio anual de consumo per capita, que hoje, estmuito aqum das necessidades do cidado brasileiro.

    3. ASPECTOS DE MERCADO

    Como j colocado anteriormente, o Brasil o maior produtor mundial defrutos. No entanto, de um modo geral apresenta baixa produtividade ecustos altos de produo, devido fundamentalmente falta deinvestimentos em pesquisa, difuso de tecnologia e de integrao entreos segmentos do setor, envolvendo a produo, comercializao,beneficiamento, industrializao e o consumo.

    Alm disso, o consumo de frutos frescos no Brasil ainda baixo (Tabela

    6), quando comparado com o de outros pases mais ricos. O mercadointerno absorve frutos de qualidade inferior e a preos poucocompetitivos. No entanto, com o advento do Plano Real, a tendncia domercado consumidor, alm de aumentar, de ficar cada vez maisexigente em qualidade.

    TABELA 6. Consumo per capita mdio de alguns frutos dasprincipais regies metropolitanas

    Produto Consumo Per Capita Ano(Kg)

    Laranja Pra 11,47

    Banana Prata 8,95

    Mamo 3,17

    Manga 0,83

    Melo 0,89

    Fonte: Pesquisa de Oramento Familiar, 1990.

    Obs.: Pesquisa feita nas seguintes capitais: Rio de Janeiro; So Paulo;Porto Alegre; Belo Horizonte; Recife; Braslia; Belm; Fortaleza;Salvador; Curitiba; Goinia.

    De maneira geral observa-se que o consumo maior nos estados doSudeste e Sul, pois, so estes que detm a mais alta renda per capita do

    pas. Alm disso, vrios tipos de frutos como uva, melo, ma, entreoutros, so de consumo quase exclusivo das classes de maior poderaquisitivo.

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    As lanchonetes e restaurantes comercializam 25,6% e 24,7% dos frutosfrescos, respectivamente. O consumo domiciliar destes produtos seencontra na faixa de 9,0% do mercado e os supermercados varejistasvm aumentando sua participao, alcanando um percentual de 4,5%.

    O mercado internacional de frutos representado principalmente pelospases desenvolvidos, cujo consumo vem crescendo devido aos altosnveis de renda e ao interesse pelas propriedades nutritivas destesprodutos. Potencialmente, no entanto, o mercado favorvel ao Brasil,

    devido ao interesse dos pases Europeus e dos Estados Unidos,Canad, pases do Mercosul e Japo pelos frutos tropicais.

    Os frutos com maiores possibilidades de exportao in natura so:banana, laranja, melo, ma, limo tahiti, manga, mamo papaya eabacaxi, desde que atenda s exigncias daqueles mercados quanto avariedade cultivada, quantidade, aparncia e aspectos fitossanitrios.

    O mercado de frutos, tanto interno como externo, apresenta maiorespossibilidades para os produtos minimamente processados. Os produtosprincipais so: sucos, doces, compotas, polpa de frutos e pur assptico.Estes dois ltimos so utilizados na fabricao de vrios tipos dealimentos como: iogurtes, doces em pasta, alimentos infantis, sorvetes e

    na fabricao de balas.O mercado externo tambm bastante atrativo para diversos produtos,em particular os sucos, onde se pode destacar os de laranja, maracuj,abacaxi, tangerina, uva e caju. O mercado de suco de frutas tropicais,nos pases europeus, cresce a taxas prximas de 10% ao ano. Omercado externo de interesse para o Brasil tambm no que se refere apolpas e purs asspticos.

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.Calendrio de comercializao. Rio de Janeiro: Secretaria deAgricultura e Abastecimento, 1995.

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