Manual de Procedimentos -196

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    Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Afif Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretrio-Adjunto

    Joo Cardoso Palma Filho

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Fundao Faculdade de Medicina FFM

    Diretor Geral

    Flavio Fava de Moraes

    Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Presidente

    Barjas Negri

    Secretaria da Educao do Estado de So Paulo

    Praa da Repblica, 53 Centro

    01045-903 So Paulo SP

    Telefone: (11) 3218-2000

    www.educacao.sp.gov.br

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    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOSECRETARIA DA EDUCAO

    COORDENADORIA DE GESTO DE RECURSOS HUMANOSDEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E NORMATIZAO DE RECURSOS HUMANOS

    CENTRO DE QUALIDADE DE VIDA

    So Paulo, 2013

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    So Paulo (Estado). Secretaria da Educao. Centro de Qualidade de Vida

    S239m Manual de procedimentos em percia mdica / Secretaria da Educao,Centro de Qualidade de Vida So Paulo : SE, 2013.

    192 p. ; il.

    Inclui bibliografia.

    ISBN 978-85-7849-530-5

    1. Percia mdica 2. Medicina do trabalho I. Ttulo.

    CDU: 616-057

    Catalogao na fonte: Centro de Referncia em Educao Mrio Covas

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    Apresentao

    A percia mdica tem como um dos seus maiores desafios o domnio de um

    conhecimento mdico amplo, tangendo diversas especialidades, alm do domnio da

    legislao pertinente. A idealizao deste documento surgiu dessa dificuldade e danecessidade de ampliar e normatizar os procedimentos em percia mdica.

    Portanto, este manual tem como objetivo uniformizar a percia mdica no m-

    bito da Secretaria da Educao do Estado de So Paulo, com o intuito de ser realmen-

    te manipulado e consultado como instrumento de trabalho, facilitando e otimizando

    o ato pericial.

    Foram fundamentais para sua construo a reflexo desenvolvida anterior-

    mente na Unesp, cujas lies aprendidas puderam aqui ser integradas, e o trabalho

    de equipe da Central de Sade e Percias Mdicas da Secretaria da Educao do

    Estado de So Paulo, com determinao e dedicao.

    O instrumento presente teve o apoio do Secretrio da Educao, Professor

    Herman Voorwald, que abraou essa causa como resultado de uma demanda da rede

    de ensino em relao s percias mdicas.

    Este , pois, o resultado de um trabalho rduo, de pesquisa e aplicabilidade

    prtica do conhecimento. Esperamos que sua utilizao seja fonte de transformao.

    Walnei Fernandes Barbosa

    Coordenador de Projetos

    Responsvel pela Central de Sade e Percias Mdicas

    da Fundao Faculdade de Medicina

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    Sumrio

    CAPTULO I

    Conceitos bsicos em percia mdica para avaliao da capacidade laborativa ... 10

    1.1 Percia oficial em sade .............................................................................. 10

    1.2 Mdico perito ............................................................................................. 10

    1.3 Capacidade laborativa ................................................................................ 11

    1.4 Incapacidade laborativa .............................................................................. 11

    1.5 Doena incapacitante ................................................................................. 12

    1.6 Invalidez .................................................................................................... 12

    1.7 Deficincia ................................................................................................. 13

    1.8 Doena profissional .................................................................................... 13

    1.9 Doena relacionada ao trabalho .................................................................. 13

    1.10 Readaptao ........................................................................................... 13

    1.11 Licenas por motivo de sade ................................................................... 13

    1.12 Documento mdico-legal ........................................................................... 14

    CAPTULO II

    Doenas especificadas em lei ............................................................................ 16

    2.1 Doenas especificadas no 1 do artigo 186 da Lei n 8.112/1990 ............ 16Alienao mental ....................................................................................... 16

    Cardiopatia grave ....................................................................................... 18

    Cegueira posterior ao ingresso no servio pblico ........................................ 23

    Doena de Parkinson ................................................................................. 25

    Esclerose mltipla ..................................................................................... 30

    Espondiloartrose anquilosante .................................................................... 32

    Estados avanados do mal de Paget ........................................................... 33

    Hansenase ............................................................................................... 34Nefropatia grave ........................................................................................ 37

    Neoplasia maligna ..................................................................................... 40

    Paralisia irreversvel e incapacitante ............................................................ 42

    Sndrome da imunodeficincia adquirida (Sida/Aids) .................................... 43

    Tuberculose ativa ....................................................................................... 45

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    2.2 Doenas especificadas na Lei n 11.052/2004 ........................................... 49

    Hepatopatia grave ...................................................................................... 49

    Contaminao por radiao ........................................................................ 53

    CAPTULO IIIAtribuies mdicas ......................................................................................... 58

    3.1 Atribuies do mdico perito ....................................................................... 58

    3.2 Atribuies dos mdicos que compem a junta mdica ................................. 59

    CAPTULO IV

    tica e sigilo mdico ......................................................................................... 62

    CAPTULO VExames mdicos periciais ................................................................................. 64

    5.1 Exame mdico pericial ................................................................................ 64

    5.2 Sistematizao da percia mdica ............................................................... 65

    5.3 Agendamento e local de realizao do exame mdico pericial........................ 65

    5.4 Falta do servidor ao exame de percia mdica .............................................. 65

    5.5 Recusa do servidor percia mdica ........................................................... 66

    CAPTULO VIParmetros de afastamento por motivos de doena .......................................... 68

    6.1 Parmetros de afastamento por motivos mdicos ......................................... 68

    Algumas doenas infecciosas e parasitrias (A00-B9) .................................. 68

    Neoplasias [tumores] (C00-D48) ................................................................. 69

    Doenas endcrinas, nutricionais metablicas (E00-E90). ............................. 70

    Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99) ...................................... 71

    Doenas do sistema nervoso (G00-G99) ..................................................... 72

    Doenas do olho e anexos (H00-H59) ......................................................... 73Doenas do ouvido e da apfise mastide (H60-H95) ................................... 75

    Doenas do aparelho circulatrio (I00-I99) ................................................... 76

    Doenas do aparelho respiratrio (J00-J99) ................................................. 78

    Doenas do aparelho digestivo (K00-K93) ................................................... 79

    Doenas da pele e do tecido subcutneo (L00-L99) ..................................... 81

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    Doenas do sistema osteomuscular e do tecido conjutivo (M00-M99) ........... 81

    Doenas do aparelho geniturinrio (N00-N99) .............................................. 83

    Gravidez, parto e puerprio (O00-O99) ......................................................... 85

    Malformaes congnitas, deformidades e anomalias

    cromossmicas (Q00-Q99) ......................................................................... 86Sintomas, sinais e achados anormais de exames clnicos e

    de laboratrio no classificado em outra parte (R00-R99) ............................. 86

    Leses, envenenamento e algumas outras consequncias

    de causas externas (S00-T98) .................................................................... 87

    Fatores que influenciam o estado de sade e o contato com

    os servios de sade (Z00-Z99) .................................................................. 90

    Procedimentos sem CID especfico .............................................................. 90

    6.2 Parmetros de afastamento por motivos odontolgicos ................................. 91Algumas doenas infecciosas e parasitrias (A00-B99) ................................ 91

    Doenas do sistema nervoso (G00-G99) ..................................................... 92

    Doenas do aparelho digestivo (K00-K93) ................................................... 92

    Doenas da pele e do tecido subcutneo (L00-L99) ..................................... 94

    Doenas do sistema osteomuscular e do tecido conjutivo (M00-M99) ........... 95

    Malformaes congnitas, deformidades e anomalias

    cromossmicas (Q00-Q99) ......................................................................... 95

    Leses, envenenamento e algumas outras consequnciasde causas externas (S00-T98) .................................................................... 95

    CAPTULO VII

    Procedimentos do servidor ............................................................................... 98

    7.1 Das licenas medicas ................................................................................. 98

    Licena para tratamento de sade .............................................................. 98

    Licena Ex-ofcio ..................................................................................... 98

    Licena para tratamento de sade a pedido do servidor. ............................... 987.2 Agendamento do exame mdico pericial ...................................................... 99

    7.3 Realizao do exame mdico pericial ........................................................... 99

    7.4 Da deciso final e da publicao do resultado .............................................. 100

    Pedidos de reconsiderao ......................................................................... 100

    7.5 Junta mdica ............................................................................................. 101

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    7.6 Readaptao ........................................................................................... 102

    Objetivos da reunio ................................................................................ 103

    Reavaliao ............................................................................................. 104

    Cessao da readaptao. ....................................................................... 105

    CAPTULO VIII

    Aposentadoria por invalidez ............................................................................. 108

    CAPTULO IX

    Legislao ........................................................................................................ 109

    Decreto N 58.973, de 18 de maro de 2013 .................................................... 110

    Decreto n 58.032, de 10 de maio de 2012 ...................................................... 112

    Resoluo SE 1, de 14 de janeiro de 2013 ....................................................... 114Decreto n 29.180, de 11 de novembro de 1988 ............................................... 119

    Resoluo SGP n 07, de 3 de fevereiro de 2012 .............................................. 133

    Comunicado DPME n 003/2012 de 30 de maio de 2012 .................................. 135

    Decreto n 51.738, de 5 de abril de 2007 ......................................................... 136

    Lei Complementar n 1.054, de 7 de julho de 2008 ........................................... 138

    Decreto n 2.591, de 9 de outubro de 1973 ...................................................... 141

    Lei Complementar n 1.123, de 1 de julho de 2010 .......................................... 143

    Decreto n 52.968, de 7 de julho de 1972 ......................................................... 153

    Lei Complementar n 683, de 18 de setembro de 1992...................................... 156

    Lei Complementar n 932, de 8 de novembro de 1992 ....................................... 158

    Resoluo CREMESP n 126, de 17 de outubro de 2005 .................................... 159

    Resoluo CFM n1.931, de 17 de setembro de 2009............................................163

    Anexos Modelos .....................................................................................................179

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    Captulo IConceitos bsicos em percia mdica paraavaliao da capacidade laborativa

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    Conceitos bsicos em percia mdica paraavaliao da capacidade laborativa

    1.1. Percia oficial em sade

    o ato administrativo que consiste na avaliao tcnica de questes relacio-

    nadas sade e capacidade laboral, realizada na presena do servidor por mdico

    formalmente designado.

    A percia oficial em sade compreende duas modalidades:

    junta mdica:percia oficial em sade realizada por grupo de trs ou mais mdicos;

    percia mdica:percia oficial em sade realizada por apenas um mdico.

    1.2. Mdico perito

    o profissional mdico treinado adequadamente, com a atribuio de se pro-

    nunciar conclusivamente sobre condies de sade e capacidade laborativa do exami-

    nado, para fins de enquadramento em situao legal pertinente. Deve ter experincia

    na dinmica de acompanhamento de servidores afastados, da doena ocupacional,

    slida formao clnica, domnio da legislao de benefcios dos servidores e conheci-

    mento de profissiografia, noes de epidemiologia, alm da facilidade de comunicaoe de relacionamento.

    Na percia, o mdico deve ater-se boa tcnica e respeitar a disciplina legal e

    administrativa. Deve ser justo para no negar o que legitimo nem conceder o que no

    devido nem seu. Respeitadas a lei e a tcnica, o mdico perito deve ser independen-

    te e responder apenas perante a sua conscincia.

    Deve rejeitar presses de qualquer natureza ou origem, como especialmente

    as de outras fontes, que infelizmente existem e procuram por vezes fazer trfico de

    influncia de suposta autoridade.

    Quando algum presta assistncia a outrem, fica preso ao sigilo profissional.

    Porm, a revelao do segredo mdico faz-se necessria: nas percias mdicas judi-

    ciais, limitando-se exposio do que tiver conhecimento e no ultrapassando a esfera

    de suas atribuies e competncias.

    Verifica-se da que, como clnico, o mdico est preso ao sigilo profissional e

    dele est liberto quando perito (salvo por declarao ou pedido do cliente).

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    O exame mdico pericial um exame de carter tcnico e especializado, que

    exige destreza e muita habilidade junto da experincia adquirida.

    No procedimento, o estado do individuo levado em considerao em qualquer

    estgio da doena.

    1.3. Capacidade laborativa

    a condio fsica e mental para o exerccio de atividade produtiva.

    a expresso utilizada para habilitar o examinado a desempenhar as ativida-

    des inerentes ao cargo ou funo. O indivduo considerado capaz para exercer uma

    determinada atividade ou ocupao quando rene as condies morfopsicofisiolgicas

    compatveis com o seu pleno desempenho.

    A capacidade laborativa no implica ausncia de doena. Na avaliao da ca-

    pacidade deve ser considerada a repercusso da doena ou leso no desempenho dasatividades laborais.

    1.4. Incapacidade laborativa

    a impossibilidade de desempenhar as atribuies definidas para os cargos

    ou funo, decorrente de alteraes patolgicas consequentes a doenas e acidentes.

    A avaliao da incapacidade deve considerar o agravamento da doena, bem como

    o risco vida do servidor ou de terceiros que a continuao do trabalho possa acarretar.

    O conceito de incapacidade deve compreender em sua anlise os seguintes

    parmetros: o grau, a durao e a abrangncia da tarefa desempenhada.

    Quanto ao grau: a incapacidade laborativa pode ser parcial ou total:

    a. Considera-se como parcialo grau de incapacidade que permite o desempe-

    nho das atribuies do cargo ou funo, sem risco de vida ou agravamento;

    b. Considera-se como incapacidade totala que gera impossibilidade de desem-

    penhar as atribuies do cargo ou funo, no permitindo atingir a mdia de

    rendimento alcanada em condies normais pelos servidores detentores decargo ou funo.

    Quanto durao, a incapacidade laborativa pode ser temporria ou permanente:

    a. Considera-se temporriaa incapacidade para a qual se pode esperar recu-

    perao dentro do prazo previsvel;

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    b. Considera-se permanentea incapacidade insuscetvel de recuperao

    com os recursos de teraputica, readaptao disponvel poca da ava-

    liao pericial.

    Quanto abrangncia profissional: a incapacidade laborativa pode ser classifi-cada como:

    a. Uniprofissional aquela em que o impedimento alcana apenas uma ati-

    vidade especfica do cargo ou funo;

    b. Multiprofissional aquela em que o impedimento abrange diversas ativi-

    dades do cargo ou funo;

    c. Omniprofissional aquela que implica a impossibilidade do desempenho

    de toda e qualquer atividade laborativa que vise ao prprio sustento ou de

    sua famlia.

    A presena de uma doena, por si s, no significa a existncia de incapacida-

    de laborativa. O que importa na anlise do mdico perito a repercusso da doena

    no desempenho das atribuies do cargo ou funo.

    1.5. Doena incapacitante

    a enfermidade que produz incapacidade para desempenhar as atividadeslaborais do ser humano.

    A doena incapacitante pode ser passvel de tratamento e controle com

    recuperao total ou parcial da capacidade laborativa, no resultando obrigatoria-

    mente em invalidez.

    1.6. Invalidez

    No mbito da Administrao Pblica, entende-se por invalidez do servidor a

    incapacidade total, permanente e omniprofissionalpara o desempenho das atribuies

    do cargo ou funo.

    Considera-se tambm invalidez quando o desempenho das atividades acarreta

    risco vida do servidor ou de terceiros, o agravamento da sua doena, ou quando a

    produtividade do servidor no atender ao mnimo exigido para as atribuies do cargo

    ou funo.

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    1.7. Deficincia

    a perda parcial ou total, bem como ausncia ou anormalidade de uma estrutu-ra ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica, que gere limitao ou incapacidadeparcial para o desempenho de atividade, dentro do padro considerado normal para o

    ser humano.A deficincia pode ser enquadrada nas seguintes categorias: fsica, auditiva,

    visual, mental e mltipla.

    1.8. Doena profissional

    So as doenas decorrentes, desencadeadas ou agravadas pelo exerccio detrabalho peculiar a determinada atividade profissional ou adquirida em funo de con-dies ambientais especificas em que se realiza o trabalho. A causa da ocorrncia

    necessariamente a atividade laboral.

    1.9. Doena relacionada ao trabalho

    Consiste na doena em que a atividade laboral fator de risco desencadeante,contributivo ou agravante de um distrbio latente ou de uma doena preestabelecida.

    A doena relacionada ao trabalho estar caracterizada quando, diagnosticadoo agravo, for possvel estabelecer uma relao epidemiolgica com a atividade laboral.As doenas endmicas, contradas no exerccio do trabalho, tambm sero caracteriza-

    das como doenas relacionadas ao trabalho.

    1.10. Readaptao

    Quando se verificar, como resultado da avaliao de junta mdica, reduo dacapacidade fsica do servidor ou estado de sade que impossibilite ou desaconselhe oexerccio das funes inerentes ao seu cargo ou funo, e desde que no se configurea necessidade de aposentadoria, nem de licena para tratamento de sade, podero servidor ser readaptado em funes diferentes das que lhe cabem, sem que essareadaptao lhe acarrete qualquer prejuzo.

    1.11. Licenas por motivo de sade

    o direito do servidor de ausentar-se, de acordo com a lei especfica, sem pre-

    juzo do vencimento ou remunerao a que fizer jus, por motivo de:

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    a. Tratamento da prpria sade;

    b. Doena em pessoa de sua famlia;

    c. Licena-gestante.

    1.12. Documento mdico-legal

    Quando o mdico, por qualquer razo, fornece informao escrita, em que re-

    lata matria mdica de interesse jurdico, estamos diante de um documento mdico-

    -legal. evidente que esta situao pressupe tratar-se de profissional habilitado na

    forma da legislao vigente e que tenha praticado ato mdico especfico, salvo no caso

    de pareceres, que podem se basear em documentos preexistentes.

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    Captulo IIDoenas especificadas em lei

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    O perito deve avaliar se conveniente e apropriado o enquadramento do indiv-duo como alienado mental. O simples diagnstico desses quadros no indicativo deenquadra mento.

    Normas de procedimentos para a percia oficial em sade

    Devero constar dos laudos declaratrios da invalidez do portador de alienaomental os seguintes dados:

    1. Diagnstico da enfermidade bsica, inclusive o diagnstico numrico, deacordo com a Classificao Internacional de Doenas (CID).

    2. Estgio evolutivo;

    3. A expresso alienao mental.

    Critrios de enquadramento

    A alienao mental poder ser identificada no curso de qualquer enfermidadepsiquitrica ou neuropsiquitrica desde que, em seu estgio evolutivo, sejam atendi-das todas as condies abaixo discriminadas:

    1. Seja grave e persistente;

    2. Seja refratria aos meios habituais de tratamento;

    3. Provoque alterao completa ou considervel da personalidade;

    4. Comprometa gravemente os juzos de valor e realidade, bem como a capa-cidade de entendimento e de autodeterminao;

    5. Torne o servidor invlido de forma total e permanente para qualquer trabalho.

    So passveis de enquadramento:1. Psicoses esquizofrnicas nos estados crnicos;

    2. Outras psicoses graves nos estados crnicos;

    3. Estados demenciais de qualquer etiologia (vascular, Alzheimer, doena deParkinson, etc.);

    4. Oligofrenias graves.

    So excepcionalmente considerados casos de alienao mental:1. Psicoses afetivas, mono ou bipolares, quando comprovadamente cronifica-das e refratrias ao tratamento, ou quando exibirem elevada frequncia derepetio fsica, ou ainda, quando configurarem comprometimento grave eirreversvel da personalidade;

    2. Psicoses epilticas, quando caracterizadamente cronificadas e resistentes teraputica, ou quando apresentarem elevada frequncia de surtos psicticos;

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    3. Psicoses ps-traumticas e outras psicoses orgnicas, quando caracteriza-

    damente cronificadas e refratrias ao tratamento, ou quando configurarem

    um quadro irreversvel de demncia;

    4. Alcoolismo e outras dependncias qumicas nas formas graves.

    Quadros no passveis de enquadramento:

    1. Transtornos da personalidade;

    2. Alcoolismo e outras dependncias qumicas nas formas leves e moderadas;

    3. Oligofrenias leves e moderadas;

    4. Psicoses do tipo reativo (reao de ajustamento, reao ao estresse);

    5. Psicoses orgnicas transitrias (estados confusionais reversveis);

    6. Transtornos neurticos (mesmo os mais graves).

    2.1.2. Cardiopatia grave

    Conceito: Conceitua-se como cardiopatia grave, no mbito mdico-pericial, toda

    enfermidade que, em carter permanente, reduz a capacidade funcional do corao a

    ponto de acarretar alto risco de morte prematura ou impedir indivduo de exercer defi-

    nitivamente suas atividades, no obstante tratamento mdico e/ou cirrgico em curso.

    O conceito de cardiopatia grave engloba doenas agudas e crnicas, que em

    sua evoluo limitam progressivamente a capacidade funcional do corao, levando

    diminuio da capacidade fsica e laborativa, a despeito do tratamento institudo.

    O critrio adotado pela percia para avaliao funcional do corao baseia-se na

    II Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave, promulgada pela Sociedade Brasileira de Car-

    diologia, em consonncia com a classificao funcional cardaca adotada pela NYHA.

    Classificao das cardiopatias de acordo com a capacidade funcional

    do corao NYHA (New York Heart Association)

    Classe I

    Pacientes com doena cardaca, porm sem limita-o da atividade fsica. A atividade fsica ordinriano provoca fadiga acentuada, palpitao, dispneia

    nem angina de peito.

    Classe II

    Pacientes portadores de doena cardaca que acar-reta leve limitao atividade fsica. Esses pacien-tes sentem-se bem em repouso, mas a atividadefsica comum provoca fadiga, palpitao, dispneiaou angina de peito.

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    Classe III

    Pacientes portadores de doena cardaca queacarreta acentuada limitao da atividade fsica.Esses se sentem bem em repouso, porm, peque-nos esforos provocam fadiga, palpitao, disp-neia ou angina de peito.

    Classe IV

    Paciente com doena cardaca que acarreta inca-pacidade para exercer qualquer atividade fsica. Ossintomas de fadiga, palpitao, dispneia ou anginade peito existem mesmo em repouso e se acentu-am com qualquer atividade.

    Na avaliao da capacidade funcional do corao devem ser utilizados os meios

    diagnsticos disponveis para quantificar o dficit funcional e estabelecer o diagns-

    tico de cardiopatia grave, sendo necessria a avaliao conjunta dos resultados dos

    exames.A limitao funcional cardaca ser definida pela anlise criteriosa dos mtodos

    propeduticos, quando indicados, a saber:

    1. Anamnese e exame fsico do aparelho cardiovascular detalhados minucio-

    samente. Incluindo teste da caminhada dos seis minutos;

    2. Exames laboratoriais: hemograma; BNP, bioqumica, hormnios sricos,

    reaes sorolgicas, exame de urina e de fezes;

    3. Radiografia do trax em AP e perfil;

    4. Eletrocardiograma de repouso;5. Eletrocardiograma de esforo;

    6. Eletrocardiografia dinmica Holter;

    7. Mapeamento ambulatorial da presso arterial;

    8. Ecocardiografia bidimensional com Doppler de fluxos valvulares;

    9. Cintilografia miocrdica;

    10.Estudo hemodinmico por cateterismo cardaco;

    11.Estudo cineangiocoronariogrfico por cateterismo cardaco;12.Estudo eletrofisiolgico;

    13.Tomografia computadorizada;

    14.Ressonncia magntica;

    15.Teste cardiopulmonar;

    16.Perfuso miocrdica por microbolhas.

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    Dentro do perfil sindrmico exposto, as seguintes entidades nosolgicas sero

    avaliadas com cardiopatia grave:

    1. Cardiopatias isqumicas;

    2. Cardiopatias hipertensivas;

    3. Cardiomiopatias primrias ou secundrias;4. Cardiopatias valvulares;

    5. Cardiopatias congnitas;

    6. Cor pulmonale crnico;

    7. Arritmias complexas e graves;

    8. Hipertenso arterial sistmica com cifras altas e complicadas com leses

    irreversveis em rgos-alvo: crebro, rins, olhos e vasos arteriais.

    Critrios de enquadramento

    Para a insuficincia cardaca e/ou coronariana, classificam-se como graves

    aquelas enquadradas nas classes III e IV da NYHA e, eventualmente, as da classeIIda

    referida classificao, na dependncia da idade, da atividade profissional, das caracte-

    rsticas funcionais do cargo, da coexistncia de outras enfermidades e da incapacidade

    de reabilitao, apesar de tratamento mdico em curso.

    Para arritmias graves, sero consideradas aquelas complexas, com alto grau de

    instabilidade eltrica do miocrdio, advindo da manifestaes sistmicas frequentes

    como fenmenos tromboemblicos e/ou sintomas e sinais debaixo dbito circulatrio,e no controlveis por drogas e/ou marca passo artificial, por isso com alto risco de

    morte sbita.

    De modo geral, podem ser consideradas como cardiopatia grave:

    1. Sndrome de insuficincia cardaca de qualquer etiologia que curse com

    importante disfuno ventricular (classes III e IV da NYHA);

    2. Sndromes de insuficincia coronariana crnica refratria teraputica sem

    indicao cirrgica (classes II a IV da NYHA);

    3. Arritmias por bloqueios atrioventriculares de 2 e 3 graus, extrassistlicase/ou taquicardias ventriculares, sndromes braditaquicrdicas;

    4. Cardiopatias congnitas nas classes III e IV da NYHA ou com importantes

    manifestaes sistmicas de hipoxemia;

    5. Cardiopatias vrias, tratadas cirurgicamente (revascularizao do miocr-

    dio, prteses valvulares, implante de marca-passo, aneurismectomias, cor-

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    rees cirrgicas de anomalias congnitas), quando depois de reavaliadasfuncionalmente forem consideradas pertencentes s classes III e IV, ou, acritrio, classe II da NYHA.

    A percia somente enquadrar os servidores como portadores de cardiopatia

    grave quando afastada totalmente a possibilidade de regresso da condio patogni-ca, podendo aguardar em tratamento especializado por 24 meses.Nos casos de enfermidade cardiovascular sem teraputica especfica ou de

    evoluo rpida e/ou com mau prognstico em curto prazo, poder ser dispensado oprazo de observao e tratamento.

    O prazo de observao e tratamento supracitado tambm poder ser dispensa-do nos servidores que apresentem fatores de risco e condies associadas, tais como:idade igual ou superior a 70 anos, hipertenso arterial, diabetes, hipercolesterolemiafamiliar, vasculopatia aterosclertica importante em outros territrios (central perifri-co), paciente j submetido revascularizao cardaca e nos ps-infartados, mantendo-

    -se os critrios do enquadramento anteriormente descritos para a invalidez.O laudo da percia oficial em sade dever conter, obrigatoriamente, os diagns-

    ticos etiolgico, anatmico e funcional (reserva cardaca), a classe funcional e os ele-mentos usados para a classificao, que permitiram o enquadramento legal da lesoincapacitante, e concluir pela existncia ou no de cardiopatia grave.

    Quando no for possvel firmar-se o diagnstico etiolgico, ele dever ser citadocomo desconhecido.

    importante no confundir a gravidade de uma cardiopatia com uma cardiopa-tia grave, esta uma entidade mdico-pericial. A classificao de uma cardiopatia grave

    baseia-se nos aspectos de gravidade de cardiopatia relacionados com a capacidadelaborativa e com o prognstico do indivduo.

    Os pacientes coronariopatas, aps evento agudo, devem aguardar em licenamdica por um perodo de um a seis meses para serem avaliados, dependendo dascomplicaes havidas e do tratamento realizado.

    Aps um infarto do miocrdio, a avaliao de risco baseia-se em trs fatores:percentagem de miocrdio isqumico residual, extenso da disfuno ventricular es-querda e potencial arrtmico.

    Quando o tratamento adequado clnico ou intervencionista melhorar ou abolir

    as alteraes cardiolgicas, o diagnstico de cardiopatia grave deve ser reconsideradoe reavaliado.

    O comprometimento do corao na hipertenso arterial identifica a cardiopatiahipertensiva. Quando isso ocorre, frequentemente os demais rgos-alvo tambm po-dem estar comprometidos. De outra parte, em alguns casos, um ou mais rgos-alvopodem estar envolvidos, sem que o corao o esteja. Nesses casos, no se trata decardiopatia hipertensiva, mas de hipertenso arterial complicada.

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    Grau IV: quando a acuidade visual mxima em ambos os olhos e com melhor

    correo ptica possvel for inferior a 20/1.200 Snellen ou apresentar, como ndice

    mximo, a capacidade de contar dedos distncia de um metro, e a mnima limitar-se

    percepo luminosa.

    Sero considerados com perdas parciais de viso equivalentes cegueira e,portanto, enquadradas em lei, os graus II, III e IV e, no grau I, os indivduos que tiverem

    campo visual igual ou menor que 20, no melhor olho.

    Avaliao da acuidade visual Escalas adotadas

    Para uniformidade de linguagem e facilidade de julgamento dos graus de perda

    da acuidade visual, a Percia Oficial em Sade adotar as escalas Snellen e Decimal na

    avaliao da acuidade visual para longe.

    O quadro a seguir demonstra a equivalncia das escalas usadas na avaliao

    da acuidade visual para longe:

    Snellen Decimal % de viso

    20/20 1,0 100

    20/22 0,9 98,0

    20/25 0,8 95,5

    20/29 0,7 92,5

    20/33 0,6 88,5

    20/40 0,5 84,5

    20/50 0,4 76,5

    20/67 0,3 67,5

    20/100 0,2 49,0

    20/200 0,1 20,0

    20/400 0,05 10,0

    Critrios de enquadramento

    A percia concluir pela incapacidade definitiva e invalidez por cegueira dos porta-

    dores de perda total de viso (cegueira) nos dois olhos, sem percepo luminosa, determi-

    nada por afeco crnica, progressiva e irreversvel, com base em parecer especializado.

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    A percia tambm concluir pela invalidez permanente por cegueira dos servi-

    dores que apresentarem diminuio acentuada da acuidade visual, nos grau II, III e IV

    descritos nos itens acima, em decorrncia de afeco crnica, progressiva, no susce-

    tvel de correo ptica, nem removvel por tratamento mdico-cirrgico, com base em

    parecer especializado.

    A percia oficial em sade, ao emitir laudos de invalidez de portadores de afec-

    o que os incluam nos graus de diminuio da acuidade visual descritos anteriormen-

    te, dever escrever entre parnteses, ao lado do diagnstico, a expresso equivalente

    cegueira.

    Somente a cegueira adquirida posterior ao ingresso do servidor no cargo consti-

    tui motivo para aposentadoria por invalidez permanente. necessrio ter ateno para

    servidores que entram no servio pblico com graves deficincias visuais ou mesmo

    cegos, que, no caso de agravamento, podero pleitear aposentadoria. Nesse caso,

    deve-se reportar ao exame de admisso para se ter um parmetro de avaliao da

    condio atual.

    Em resumo, sero considerados portadores de deficincia visual comparvel

    cegueira os servidores que apresentarem acuidade visual no melhor olho, de 20/200

    (0,1), esgotados os meios pticos e cirrgicos para correo, ou campo visual igual

    ou inferior a 20 graus (campo tubular), ou ocorrncia de ambos. Os casos de perda

    transitria de viso no podero ser considerados para esse critrio bem como os que

    ingressaram no servio pblico j portadores de deficincia compatvel com cegueira.

    2.1.4. Doena de ParkinsonConceito: A doena de Parkinson um distrbio degenerativo do sistema nervo-

    so central, idioptico, lentamente progressivo, decorrente de um comprometimento do

    sistema nervoso extrapiramidal, identificvel por uma srie manifestaes:

    a. Tremor: hipercinesia, predominantemente postural, rtmica e no intencio-

    nal, que diminui com a execuo de movimentos voluntrios e pode cessar

    com o relaxamento total;

    b. Rigidez muscular: sinal caracterstico e eventualmente dominante acompa-

    nha-se do exagero dos reflexos tnicos de postura e determina o apareci-

    mento de movimentos em sucesso fracionria, conhecidos como sinal daroda dentada;

    c. Oligocinesia: diminuio da atividade motora espontnea e consequente

    lentido de movimentos. Os movimentos lentos (bradicinesia) so tpicos

    medida que a rigidez progride. Os movimentos tambm se tornam reduzi-

    dos (hipocinesia) e difceis de iniciar (acinesia);

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    visuais (cegueira parcial ou dor nos olhos), distrbio na marcha, dificuldade de controle

    vesical, vertigens entre outros.

    Ocorrem sintomas mentais: apatia, falta de julgamento, depresso, choro e riso

    sem razo aparente, manias e dificuldade para falar.

    As alteraes motoras so marcantes: marcha trpega trmula; tremores nasmos e na cabea; fraqueza muscular. As leses cerebrais podem resultar em hemiple-

    gia. Atrofia muscular e espasmos musculares dolorosos ocorrem tardiamente.

    As alteraes sensitivas ocorrem principalmente nas mos e nas pernas com

    perda da sensibilidade cutnea. Em relao s alteraes autonmicas, h dificuldade

    miccional, incontinncia retal e impotncia sexual.

    Curso

    Variado e imprevisvel, com remisses e exacerbaes intercaladas em meses

    ou anos. Quando as crises se amidam rapidamente o paciente torna-se incapacitado

    de forma definitiva. As remisses podem durar at 20 anos, mas quando os ataques

    so frequentes o curso decadente e pode ser fatal em at um ano.

    Diagnstico

    indireto, por deduo atravs de caractersticas clnicas e laboratoriais. O

    diagnstico diferencial deve ser feito com as seguintes enfermidades: siringomielia;

    esclerose lateral amiotrfica; sfilis; artrite da coluna cervical; tumores do crebro; ata-

    xias hereditrias e malformaes do crebro e da medula.

    Exames complementares ao diagnstico:

    1. Exame do lquido cefalorraquidiano: anormal em at 55% dos casos;

    2. Ressonncia magntica: a tcnica mais sensvel, podendo mostrar as pla-

    cas;

    3. Potencial evocado: analisa as respostas eltricas repetidas pela estimula-

    o de um sistema sensorial e, geralmente, esto alteradas.

    Critrios de enquadramento

    A percia oficial em sade far o enquadramento de invalidez permanente

    por esclerose mltipla nos casos de curso progressivo, com comprometimento mo-

    tor ou outros distrbios orgnicos que caracterizem a incapacidade para o exerccio

    de suas atividades.

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    2.1.6. Espondiloartrose anquilosante

    Conceito: A espondilite anquilosante, inadequadamente denominada de espon-

    diloartrose anquilosante nos textos legais, uma doena inflamatria de etiologia

    desconhecida, que afeta principalmente as articulaes sacroilacas, interapofisrias e

    costovertebrais, os discos intervertebrais e o tecido conjuntivo frouxo que circunda oscorpos vertebrais, entre estes e os ligamentos da coluna.

    O processo geralmente se inicia pelas articulaes sacroilacas e, de forma

    ascendente, atinge a coluna vertebral. H grande tendncia para a ossificao dos

    tecidos inflamados e este processo resulta em rigidez progressiva da coluna.

    As articulaes perifricas tambm podem ser comprometidas, principalmente

    as das razes dos membros (ombros e coxofemorais), da a designao rizomlica.

    Entende-se por anquilose ou ancilose a rigidez ou fixao de uma articulao,

    reservando-se o conceito de anquilose ssea verdadeira fixao completa de uma

    articulao em consequncia da fuso patolgica dos ossos que a constituem.Dentre as denominaes comumente dadas espondilite anquilosante podemos

    destacar as seguintes: espondilite (ou espondilose) rizomlica, doena de Pierre-Marie-

    -Strumpell, espondilite ossificante ligamentar, sndrome (ou doena) de Veu-Bechterew,

    espondilite reumatoide, espondilite juvenil ou do adolescente, espondilartrite anquilopoi-

    tica, espondilite deformante, espondilite atrfica ligamentar, pelviespondilite anquilo-

    sante, esta ltima chamada de pelviespondilite reumtica pela Escola Francesa.

    As artropatias degenerativas da coluna vertebral, tambm conhecidas como

    artroses, osteoartrites ou artrites hipertrficas, acarretam maior ou menor limitao

    dos movimentos da coluna pelo comprometimento das formaes extra-articulares eno determinam anquilose.

    Critrios de enquadramento

    A percia oficial em sade proceder ao enquadramento legal dos portadores

    de espondilite anquilosante pela invalidez permanente acarretada por essa doena.

    Ao firmar seus laudos, a percia dever fazer constar:

    1. O diagnstico nosolgico;

    2. A citao expressa da existncia da anquilose da coluna vertebral;

    3. A citao dos segmentos da coluna atingidos.

    A percia, alm dos elementos clnicos de que dispe e dos pareceres da me-

    dicina especializada, poder se valer dos seguintes exames subsidirios elucidativos:

    a. Comprovao radiolgica de anquilose ou do comprometimento da coluna

    vertebral e bacia (articulaes sacroilacas);

    b. Cintilografia ssea;

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    Graus de incapacidade

    Avaliao do grau de incapacidade e da funo neural:

    Para determinar o grau de incapacidade fsica deve-se realizar o teste da sen-

    sibilidade dos olhos, mos e ps. recomendada a utilizao do conjunto de monofi-

    lamentos de Semmes-Weinstein nos pontos de avaliao de sensibilidade em mos eps e do fio dental (sem sabor) para os olhos.

    Grau de incapacidade fsica de acordo com a

    Organizao Mundial de Sade OMS

    Grau Caractersticas

    0 Nenhum problema com os olhos, mos e ps devido hansenase.

    1Diminuio ou perda da sensibilidade nos olhos.

    Diminuio ou perda da sensibilidade nas mos e/ou ps.

    2

    Olhos: lagoftalmo e/ou ectrpio; triquase; opacidadecorneana central; acuidade visual menor que 0,1 ouincapacidade de contar dedos a 6m de distncia.

    Mos: leses trficas e/ou leses traumticas; garras;reabsoro; mo cada.

    Ps: leses trficas e/ou traumticas; garras; reabsoro;p cado; contratura do tornozelo.

    Nota:A inspeo do nariz dever ser realizada concomitantemente ao exame

    de mos, ps e olhos, com o objetivo de detectar ressecamento e lceras da mucosanasal, perfurao do septo e desabamento da pirmide nasal.

    Teste manual da explorao da fora muscular

    Fora Descrio

    Forte 5 Realiza o movimento completo contra a gravidadecom resistncia mxima.

    Diminuda

    4 Realiza o movimento completo contra gravidade

    com resistncia parcial.3 Realiza o movimento completo contra a

    gravidade.

    2 Realiza o movimento parcial.

    Paralisada1 Contrao muscular sem movimento.

    0 Paralisia (nenhum movimento).

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    ConsideraesPara a avaliao da insuficincia renal crnica pelas alteraes bioqumicas,

    pode ser adotada a classificao seguinte, baseada na gravidade do distrbio funcionaldo rim, medido pela filtrao glomerular e dosagem de creatinina.

    Doenas renais crnicas Estadiamento e classificao *

    EstgioFiltrao

    glomerular(ml/min)

    Creatinina(mg/dl) Grau de IRC

    0 > 90 0,6 1,4Grupo de risco para DRC

    Ausncia de leso renal

    1 > 90 0,6 1,4Funo renal normal

    Presena de leso renal

    2 60 89 1,5 2,0 IR leve ou funcional

    3 30 59 2,1 6,0 IR moderada oulaboratorial

    4 15 29 6,1 9,0 IR grave ou clnica

    5 < 15 > 9,0 IR terminal ou pr-dialtica

    * Dr. Joo Egdio Romo Jnior SBN Hospital das Clnicas FMUSP e

    Hospital Beneficncia Portuguesa So Paulo

    So consideradas nefropatias graves:1. As nefropatias includas no estgio 3, desde que o periciado apresente

    sintomas e sinais que estejam produzindo incapacidade laborativa;

    2. As nefropatias includas nos estgios 4 e 5.

    Critrios de enquadramentoAs nefropatias que cursam com insuficincia renal leve, estgio 2, no so en-

    quadradas como nefropatias graves.As nefropatias que cursam com insuficincia renal moderada, estgio 3, soenquadradas como nefropatias graves quando acompanhadas de sintomas e sinais quedeterminam a incapacidade laborativa do periciado.

    As nefropatias classificadas como insuficincia renal grave, estgios 4 e 5, so

    enquadradas como nefropatias graves. A percia dever, ao registrar o diagnstico, iden-

    tificar o tipo de nefropatia seguido da indicao da presena ou no de nefropatia grave.

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    Objetivos do exame pericial

    O exame pericial objetiva comprovar:

    1. O diagnstico da neoplasia por meio de exame histopatolgico ou citolgico;

    2. A extenso da doena e a presena de metstases;

    3. O tratamento cirrgico, quimioterpico e radioterpico;4. O prognstico da evoluo da doena, em consonncia com as estatsticas

    de sobrevida para cada tipo de neoplasia;

    5. O grau de incapacidade parcial ou total, temporria ou permanente;

    6. A correlao da incapacidade com as atribuies do servidor.

    Critrios de enquadramento

    A percia far o enquadramento da invalidez permanente por neoplasia maligna

    dos servidores quando for constatada incapacidade para o trabalho em consequncia de:1. Neoplasias com mau prognstico em curto prazo;

    2. Neoplasias incurveis;

    3. Sequelas do tratamento, mesmo quando erradicada a neoplasia maligna;

    4. Recidiva ou metstase da neoplasia maligna.

    A percia dever, ao emitir o parecer conclusivo, citar:

    1. O tipo histopatolgico da neoplasia;

    2. Sua localizao;

    3. A presena ou no de metstases;

    4. O estadiamento clnico pelo sistema TNM, podendo ser utilizada outra clas-

    sificao, em casos especficos, no contemplados por este sistema;

    5. Acrescentar a expresso neoplasia maligna para fim de enquadramento legal.

    Os servidores portadores de neoplasia maligna detectada pelos meios pro-

    peduticos e submetidos a tratamento cirrgico, radioterpico e/ou quimioterpico

    sero considerados portadores dessa enfermidade durante os cinco primeiros anos de

    acompanhamento clnico, mesmo que o estadiamento clnico indique bom prognstico.

    O carcinoma basocelular e outras neoplasias de comportamento similar no se enqua-

    dram nesta situao.

    Os servidores portadores de neoplasia maligna submetidos a tratamento cirr-

    gico, radioterpico e/ou quimioterpico que aps cinco anos de acompanhamento cl-

    nico no apresentarem evidncia de doena ativa sero considerados no portadores

    de neoplasia maligna.

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    A presena de neoplasia maligna passvel de tratamento no implica aposenta-

    doria, devendo o servidor ser reavaliado periodicamente, levando-se em considerao

    o tratamento, a evoluo e a capacidade laborativa.

    2.1.11. Paralisia irreversvel e incapacitante

    Conceito: Entende-se por paralisia a incapacidade de contrao voluntria de

    um msculo ou grupo de msculos, resultante de uma leso orgnica de natureza

    destrutiva ou degenerativa. O mecanismo a interrupo de uma das vias motoras,

    em qualquer ponto, desde o crtex cerebral at a prpria fibra muscular, pela leso de

    neurnio motor central ou perifrico.

    A abolio das funes sensoriais, na ausncia de leses orgnicas das vias

    nervosas, caracteriza a paralisia funcional.

    A paralisia ser considerada irreversvel e incapacitante quando, esgotados osrecursos teraputicos da medicina especializada e os prazos necessrios recupe-

    rao motora, permanecerem distrbios graves e extensos que afetem a mobilidade,

    a sensibilidade e a troficidade e que tornem o servidor impossibilitado para qualquer

    trabalho de forma total e permanente.

    So equiparadas a paralisias as leses osteomusculoarticulares, as vascula-

    res graves e crnicas e as paresias, das quais resultem alteraes extensas e defi-

    nitivas das funes nervosas, da motilidade e da troficidade, esgotados os recursos

    teraputicos da medicina especializada e os prazos necessrios recuperao.

    No se equiparam s paralisias as leses osteomusculoarticulares envolvendo

    a coluna vertebral.

    Classificao das paralisias

    Considerando-se a localizao e a extenso das leses, as paralisias classificam-se em:

    1. Paralisia isolada ou perifrica quando atingido um msculo ou um grupo

    de msculos;

    2. Monoplegia quando so atingidos todos os msculos de um s membro;

    3. Hemiplegia quando so atingidos os membros superiores e inferiores domesmo lado, com ou sem paralisia facial homolateral;

    4. Paraplegia ou diplegia quando so atingidos os membros superiores ou

    os inferiores, simultaneamente;

    5. Triplegia quando resulta da paralisia de trs membros;

    6. Tetraplegia quando so atingidos os membros superiores e os inferiores.

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    Captulo IIIAtribuies mdicas

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    Captulo VExames mdicos periciais

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    Exames mdicos periciais5.1. Exame mdico pericial

    o procedimento realizado por mdico perito, que tem por finalidade a emis-so de parecer tcnico na avaliao da condio laborativa do examinado, para fins deenquadramento na situao legal, sendo o motivo mais frequente a habilitao a umbenefcio por incapacidade.

    Na realizao do exame mdico pericial, o mdico perito deve observar as se-guintes normas gerais:

    Agir com uniformidade de critrios, para o que indispensvel o conheci-mento das normas mdico-periciais;

    Manter-se isento, no se deixando influenciar pela posio funcional doexaminado nem por problemas sociais, no aceitando presses de qual-quer ordem;

    No tentar resolver, atravs de decises periciais, problemas que sejampuramente funcionais ou administrativos;

    Evitar a realizao de exame pericial em seus familiares ou em seus pr-prios pacientes;

    Atentar para os prejuzos ao servio pblico, em geral traduzidos por gastosindevidos e desnecessrios, que uma concluso pericial incorreta podetrazer;

    Ter sempre presente a diferenciao essencial existente entre doena e do-ena incapacitante, procurando inclusive esclarecer o servidor a respeito,se necessrio;

    Analisar com cuidado os antecedentes periciais do servidor e considerartambm seu passado laborativo;

    Ouvir com ateno e tempo as queixas do paciente e efetivamente exami-n-lo, mantendo um bom relacionamento e informando-o sobre a conclusopericial, fazendo, assim, com que esta seja mais bem-aceita quando desfa-vorvel, diminuindo os componentes reivindicadores ou mesmo agressivos

    que possam eventualmente existir;

    Estar sempre atento para a possibilidade de ganho secundrio e simulaode incapacidade;

    No comentar o tratamento realizado, apenas registrando-o na ficha de exa-me. Observe-se, contudo, que injustificvel no estar sendo tratada umadoena que se apresente em nvel incapacitante para o trabalho, conside-

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    rando que em determinadas patologias (doenas mentais, principalmente) importante que o tratamento seja especializado, se houver condiespara isto;

    A responsabilidade pela concluso final do laudo sempre do perito clnico,pois o exame especializado, embora valioso, no conclusivo.

    5.2. Sistematizao da percia mdica

    O pronturio do servidor deve conter, genericamente:a. Histrico, relatando as razes motivadoras do exame.

    b. Descrio, relatando pormenorizadamente a matria mdica.

    c. Discusses, analisando o relatado e firmando uma concluso.

    d. Concluso a ser aceita como decorrncia lgica de toda a exposio.

    e. Parecer legal.

    f. Quesitos e respostas para facilitar o manuseio do laudo no de rotina, masem determinadas situaes jurdicas, esclarecedoras (este item refere-sea casos especiais).

    Esse um roteiro mnimo e geral que facilita a compreenso e anlise do relatrio.Para esta avaliao, o mdico necessita saber, alm do estado de sade do

    examinado, o que a legislao pertinente dispe, o que o indivduo fazia em seu traba-lho e as exigncias profissionais envolvidas, sem o que impossvel opinar sobre osefeitos da doena constatada.

    5.3. Agendamento e local de realizao do exame mdico pericial

    O agendamento de percia mdica ser realizado exclusivamente na unidade doservidor e a realizao da percia, na Unidade Pericial.

    A percia fora da sede do servidor somente poder ser realizada nos casos emque houver comprovao mdica dessa necessidade.

    Dvidas e orientaes quanto ao agendamento da percia mdica sero sa-nadas junto equipe de gesto do Programa de Inspees Mdicas da Secretria daEducao, rgo central da CGRH.

    5.4. Falta do servidor ao exame de percia mdica

    Se o servidor no comparecer a uma convocao para exame mdico pericial,

    ele dever ser convocado pela segunda vez.

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    Captulo VIParmetros de afastamentopor motivos de doena

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    G50.0 Nevralgia do trigmeo 15

    G51 Descompresso do nervo facial por viamastoidea + Z54 30

    G51.0 Paralisia facial perifrica (Paralisia deBell) 30

    G53.0 Nevralgia ps-zoster 15

    G56 Cirurgia por sndrome do tnel do carpo+ Z54.0 30

    G56.0 Sndrome o tnel do carpo moderada egrave 15

    G57.0 Leso do nervo citico 15

    G58.0 Neuropatia intercostal 15

    G61 Polineuropatia inflamatria (S. deGuillain-Barr) 60

    G62.1 Polineuropatia alcolica 60

    G63.3 Polineuropatia em doenas endcrinase metablicas 60

    G70.0 Miastenia gravis 60

    G91 Hidrocefalia (shunt de liquidocefalorraquidiano) + Z98.2 60

    G99.1 Simpatectomia + Z54.0 30

    Captulo VII Doenas do olho e anexos (H00-H59)

    CID DescrioAfast./

    dias

    H01 Blefarite infecciosa 3

    H04 Cirurgia do aparelho lacrimal +Z54.0 10

    H04.0 Dacriadenite 7

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    H35.6 Hemorragia retiniana 30

    H36.0 Retinopatia diabtica (comprocedimento) 15

    H40Glaucoma 15

    Cirurgia para correo de glaucoma +Z54.0 30

    H43.1 Hemorragia 30

    H44.0 Endoftalmite purulenta 30

    H46 Neurite ptica 30

    H49 Cirurgia para correo de estrabismo +Z54.0 10

    H52 Cirurgia para correo de vcio derefrao Z54.0 3

    Captulo VIII Doenas do ouvido e da apfise mastide (H60-H95)

    CID Descrio Afast./dias

    H60 Otite externa aguda (quadros severos edolorosos) 3

    H65/70 Timpanomastoidectomia 30

    H65/70 Mastoidectomias associadas ou no atimpanoplastias 30

    H65 Otite mdia aguda no supurada 5

    H65Miringoplastia para colocao de tubode ventilao + Z54.0 5

    H66 Otite mdia aguda supurada 3

    H72/H73 Timpanoplastia +54.0 20

    H80 Estapedectomia + Z54.0 30

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    H82Sndromes vertiginosas em doenasclassificadas em outra parte (em crisede agudizao)

    15

    H91 Surdez sbita 30

    H93.3 Exrese de neurinoma do nervoacstico+ Z54.0 90

    Captulo IX - Doenas do aparelho circulatrio (I00-I99)

    CID Descrio Afast./dias

    I01 Febre reumtica com comprometimentodo corao (cardite reumtica) 30

    I10 Hipertensoarterial

    PA at 150/110 2

    PA acima de 150/110 7

    I11 Doena cardaca hipertensiva 20

    I20

    Angina tratamento clnico 20

    Revascularizao miocrdica a partirda cirurgia + Z54.0 90

    I21

    Infarto agudo do miocrdio semcomplicao 30

    Revascularizao miocrdica a partirda data da cirurgia + Z54.0 90

    I22

    Infarto do miocrdio recorrente 30

    Revascularizao miocrdica a partirda data da cirurgia + Z54.0 90

    I23 Infarto agudo do miocrdio comcomplicao 60

    I30 Pericardite aguda 30

    I30 Revascularizao do miocrdio + Z54.0 90

    I33 Endocardite aguda 60

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    M13.2 Artrite no especificada 10

    M16.7 Artroplastias de quadril por artrose +Z54.0 90

    M17.9 Artroplastia de joelho por artrose + Z54.0 90

    M20.1 Correo de hlux valgo + Z54.0 45

    M22.4 Condromalcia da rtula 15

    M23 Transtornos internos do joelho 15

    M23.5 Artroscopia para reparao ligamentar +Z54.0 60

    M23.9Artroscopia diagnstica + Z54.0 10Artroscopia (para outros procedimentos) +Z54.0 30

    M25.4 Derrame articular 15

    M32 Lupus eritematoso disseminado(sistmico) 15

    M43.1 Espondilolistese (com sintomatologia) 15

    M43.6 Torcicolo 3

    M45 Espondilite anquilosante 30

    M50/

    M51

    Transtorno dos discos vertebrais (comradiculopatia) 15

    Transtornos de discos cervicais e outrostranstornos dos discos intervertebrais 15

    Laminectomia (hrnia de disco) + Z54.0 60

    M54.2 Cervicalgia 3

    M54.3 Citica 15

    M54.4 Lombogocialtagias agudas 15

    M54.5 Lombalgias 5

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    O01 Mola hidatiforme (em caso de curetagem) 10

    O06Curetagem por abortamento + Z54.0 10

    Microcesria + Z54.0 30

    O10 Hipertenso preexistente complicandogravidez 15

    O13/O14 Pr-eclampsia 15

    O20 Ameaa de aborto 15

    O21 Hiperemese gravdica 3

    O22 Complicaes venosas na gravidez(tromboflebite) 15

    O23 Infeco urinria na gestao 10

    O24 Diabetes na gestao 10

    O44 Placenta prvia 15

    O60 Trabalho de parto prematuro 15

    Captulo XVII Malformaes congnitas, deformidades e

    anomalias cromossmicas (Q00-Q99)

    CID Descrio Afast./dias

    Q54 Cirurgia para correo de hipospadia noadulto + Z54.0 30

    Captulo XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de examesclnicos e de laboratrio no classificado em outra parte (ROO-R99)

    CID Descrio Afast./dias

    R49.0 Disfonia sem outras alteraes 3

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    S83.5 Correo do ligamento anterior (aberta) +Z54.0 90

    S83/S64 Artroscopia do joelho (para correo deruptura de ligamento) + Z54.0 60

    S83

    Tenorrafia aberta de ligamento de joelho +Z54.0 60

    Realinhamento de paleta + Z54.0 45

    S86.0 Tenorrafia do tendo de Aquiles + Z54.0 90

    S92.0Fratura de calcneo/talus + Z54.0 90

    Fratura de calcneo (com imobilizao) 60

    S92.2 Fratura de ossos do tarso com imobilizao 30

    S92.3 Fratura de metatarsianos + Z54.0 30

    S92.5 Pododctilos 15

    S93 Entorse de tornozelo 7

    S93.0Luxao tbio-trsica (tornozelo) 60

    Osteossntese de fmur + Z54.0 90

    T12

    Osteossntese de tbia + Z54.0 90

    Queimaduras e corroses da superfcieexterna do corpo, especificadas por local2 grau

    5

    T20/T25 3 grau 15

    T78.3 Urticria gigante 3

    T82.0

    Troca de vlvula cardaca (se biolgica) +Z54.0 60

    Troca de vlvula cardaca (se metlica) +Z54.0 90

    T82.1 Troca de gerador do marca-passo + Z54.0 15

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    Captulo XXI Fatores que influenciam o estado de sade e o

    contato com os servios de sade (ZOO-Z99)

    CID Descrio Afast./dias

    Z03.8 Artroscopia do joelho 7

    Z13.6 Cateterismo 7

    Z13.9 Citoscopia diagnstica 2

    Z41

    Plstica mamria 30

    Dermolipectomia 40

    Lipoaspirao/lipoescultura 20

    Rinoplastia 20

    Blefaroplastia 7

    Ritidoplastia 20

    Vasectomia 3

    Z48.0 Retirada de corpo estranho de crnea +W44 3

    Z89.9 Amputao de membros 60

    Z94.7 Transplante de crnea 30

    Z95.0 Implante de marca-passo 15

    Z95.5Angioplastia sem complicao

    Colocao destentem angioplastia semcomplicao

    15

    15

    Procedimentos sem CID especfico

    CID Procedimentos Afast./dias

    Ginecolgicas e obsttricas 60

    Cirurgia de Werthein-Meigs (pan-histerectomia + linfadenectomia) 60

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    Captulo VI Doenas do sistema nervoso (G00-G99)

    CID Descrio Afast./dias

    G50.0 Nevralgia do trigmeo 15

    G50.1 Dor facial atpica 15

    Captulo XI Doenas do aparelho digestivo (K00-K93)

    (K00-K14 Doenas da cavidade oral, das glndulas salivares e dos maxilares)

    CID Descrio Afast./dias

    K00.1 Dentes supranumerados + Z54.0 5K01.0 Dentes inclusos 5

    K01.1 Dentes impactados 5

    K04.0 Pulpite 3

    K04.1 Necrose da polpa 3

    K04.4 Periodontite apical aguda de origem pulpar 3

    K04.5 Periodontite apical crnica + Z54.0 5K04.6 Abscesso periapical com fstula 3

    K04.7 Abscesso periapical sem fstula 3

    K04.8 Cisto radicular + Z54.0 3

    K05.1 Gengivite crnica + Z54.0 3

    K05.2 Periodontite aguda 3

    K05.3 Periodontite crnica + Z54.0 5

    K05.4 Periodontose + Z54.0 3

    K06.1 Hiperplasia gengival + Z54.0 5

    K06.2 Leses da gengiva e do rebordo alveolarem dentes, associadas a traumatismos 3

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    K11.2 Sialadenite + Z54.0 15

    K11.3 Abscesso de glndula salivar + Z54.0 15

    K11.4 Fstula de glndula salivar + Z54.0 15

    K11.5 Sialolitase + Z54.0 15

    K11.6 Mucocele de glndula salivar + Z54.0 7

    K11.8 Outras doenas das glndulas salivares +Z54.0 30

    K11.9 Doena de glndula salivar, sem outraespecificao + Z54.0 30

    K12.2 Celulite e abscesso da boca 7

    K13.2 Leucoplasia e outras afeces do epitliooral, inclusive da lngua + Z54.0 5

    K13.3 Leucoplasia pilosa + Z54.0 5

    K13.4 Leses granulomatosas e granulomatoidesda mucosa oral + Z54.0 3

    K13.5 Fibrose oral submucosa + Z54.0 5

    K13.7 Outras leses e as no especificadas damucosa oral 3

    K14.5 Lngua escrotal + Z54.0 30

    K14.8 Outras doenas da lngua + Z54.0 30

    Captulo XII Doenas da pele e do tecido subcutneo (L00-L99)

    CID Descrio Afast./dias

    L14

    Herpes labial sem infeco secundria +B00.1 3

    Com infeco secundria + B00.1 7

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    Os prazos de licena expiram no ltimo dia da concesso, devendo o servidor re-

    tornar ao trabalho no prximo dia til, sem haver necessidade de nova avaliao pericial.

    No caso de solicitao de licena mdica, em que aps a emisso da Guia de

    Percia Mdica verificar-se a necessidade de continuidade do afastamento pelo mdico

    assistente, no ser necessrio a abertura de outra GPM, desde que o servidor aindano tenha sido periciado.

    Caber ao mdico perito, caso conceda a licena, aplicar a soma do nmero de

    dias dos atestados apresentados.

    No caso de o servidor estar apto para retornar ao trabalho antes do trmino da

    licena para tratamento de sade concedida, este dever dirigir-se sua unidade, mu-

    nido de atestado mdico em que dever constar que est apto para retorno ao traba-

    lho, para agendar nova avaliao pericial. Havendo concordncia por parte do mdico

    perito quanto ao retorno do servidor ao trabalho, o prprio servidor dever elaborar de

    imediato ofcio ao coordenador da Central de Sade e Percias Mdicas, solicitando aretificao do perodo da licena concedida e publicada, com cpia para sua unidade

    para cincia quanto ao seu retorno ao trabalho.

    ATENO Ao servidor licenciado para tratamento de sade no mais ser con-cedida licena em prorrogao, cabendo ao servidor ou autoridade competenteingressar, quando for o caso, com novo pedido de licena.

    Validao da percia mdica pelo coordenador da Central de Sade e Percias

    Mdicas e publicao em Dirio Oficial do Estado.O coordenador da Central de Sade e Percias Mdicas acessar as Guias de

    Percias Mdicas, validar e encaminhar para publicao no Dirio Oficial do Estado.

    7.4. Da deciso final e da publicao do resultado

    A deciso final sobre os pedidos de licenas, bem como seu enquadramento

    legal, caber ao coordenador da Central de Sade e Percias Mdicas que, junto ao

    DPME, providenciar a publicao no Dirio Oficial do Estado.

    7.4.1. Pedidos de reconsiderao

    Os pedidos de reconsiderao (Anexo I) de deciso proferida em decorrncia

    das inspees mdicas realizadas, nos termos do artigo 1 do Decreto n. 58.032 de

    10 de maio de 2012 alterado pelo Decreto 58.973 de 18 de maro de 2013 devero

    ser dirigidos ao Diretor do Departamento de Percias Mdicas do Estado.

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    Aps a realizao da junta mdica, dever ser emitido o Laudo Conclusivo de

    Junta Mdica prprio a cada propsito (mantena da licena, readaptao, aposen-

    tadoria ou retorno laboral), que deve ser assinado por todos os membros da junta e

    encaminhado ao coordenador da Central de Sade e Percias Mdicas para concluso

    e parecer final, que deve ser observado e considerado.Nos casos em que houver indicao de mantena de licena sade, o servidor

    dever ser reavaliado no perodo mximo de 90 dias pelo perito local.

    Quando da avaliao do servidor pela junta mdica, se a concluso for pela rea-

    daptao, o servidor dever ser acompanhado pelo agente de readaptao, que dever

    proceder para que esta seja efetivada (vide 7.6 Readaptao).

    No caso de indicao de aposentadoria, se for o caso, indispensvel a elabo-

    rao do enquadramento nos termos da Lei Federal n 8.112 de 11/12/1990.

    7.6. Readaptao

    A readaptao ocorrer quando o servidor apresentar doenas ou danos sua

    sade que comprometam parcialmente sua capacidade de trabalho, tornando-o inca-

    paz de realizar algumas ou todas as atividades concernentes sua funo, mas que

    no o tenham tornado invlido para toda e qualquer atividade laboral.

    A readaptao poder ser sugerida pelo mdico perito a qualquer tempo para o

    servidor que se encontrar em licena sade.

    Nos casos em que o servidor estiver em exerccio de suas atividades e apre-

    sentar atestado do mdico assistente, indicando a readaptao, o servidor dever di-

    rigir-se sua unidade, munido de atestado mdico ou relatrio mdico pormenorizado,

    para realizar agendamento de percia mdica e emisso da GPM (procedimento aps

    emisso da GPM idntico ao de licena sade).

    Aps avaliao pericial, caso julgue pertinente o pedido, o mdico perito solici-

    tar junta mdica.

    O requerimento (Anexo III)dever ser enviado ao coordenador da Central de

    Sade e Percias Mdicas para constituio da junta mdica.Somente a junta mdica poder indicar a readaptao do servidor, assim como

    suas limitaes.

    A junta mdica emitir laudo conclusivo que poder indicar:

    Pela continuidade do servidor em licena para tratamento de sade;

    Pelo retorno imediato ao trabalho;

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    Favorvel aposentadoria;

    Favorvel readaptao.

    Havendo indicao da readaptao, ser solicitada a rea responsvel pelo

    servidor abertura do expediente, instruindo-se com os seguintes documentos:

    Ficha funcional do servidor; Perfil ocupacional institucional;

    Rol das atividades realmente exercidas, assinada por sua chefia imediata

    e pelo prprio servidor.

    O expediente dever ser enviado Unidade Pericial de circunscrio do servidor

    para que seja anexado o laudo conclusivo da junta mdica, onde constam as limitaes

    do servidor.

    O agente de readaptao dever solicitar proposta de novo rol de atividades, a

    ser desenvolvido pelo servidor, para o dirigente/diretor/chefia imediata do interessado,considerando a capacidade laboral e a limitao fsica e/ou mental temporria ou per-

    manente determinada pela junta mdica.

    O novo rol de atividades ser submetido ao mdico perito, que dever avaliar

    se est de acordo com as restries determinadas pela junta mdica. Caso o rol seja

    considerado adequado pelo mdico perito, o agente de readaptao dever apresent-

    -lo ao servidor em questo.

    Caso contrrio, o agente de readaptao dever solicitar que o mdico perito

    pontue as atividades que tornam esse rol inadequado ao referido servidor, devolvendo-

    -o com tais especificaes, por escrito, aos responsveis e solicitando novo rol, at queseja considerado adequado pelo mdico perito.

    Aps estes passos, o agente de readaptao dever agendar reunio do Comi-

    t de Apoio ao Servidor (CAS), que ser composto por:

    Mdico perito;

    Diretor do Centro de Recursos Humanos da Diretoria de Ensino;

    Agente de readaptao.

    7.6.1. Objetivos da reunio:

    1. Estabelecer o rol de atividades que sero efetivamente desenvolvidas pelo

    servidor, considerando a capacidade laboral e as limitaes fsicas e/ou

    mentais, temporrias ou permanentes, j determinadas pela junta mdica.

    2. Posteriormente o Agente de Readaptao acolher e dar cincia ao servi-

    dor do novo rol de atividades que dever desempenhar.

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    Dever ser emitida ata da reunio do Comit de Apoio ao Servidor (CAS), assi-

    nada por todos os participantes, que ser juntada ao expediente de readaptao.

    Aps a reunio, o mdico perito emitir o Laudo de Readaptao (Anexo V), que

    dever ser anexado ao expediente de readaptao, e a Unidade Pericial o encaminhar,

    devidamente instrudo, ao coordenador da Central de Sade e Percias Mdicas, queaps anlise ser enviado CAAS, Comisso de Assuntos de Assistncia Sade,

    vinculada Secretaria de Gesto Pblica, para publicao da Smula no Dirio Oficial

    do Estado.

    7.6.2. Reavaliao

    A reavaliao do expediente de readaptao poder ser solicitada ao coordenador

    da Central de Sade e Percias Mdicas a qualquer momento, nos casos em que haja:

    Dvidas quanto sua eficcia;

    Agravamento da sade do servidor;

    Melhora do estado do servidor;

    Inobservncia das determinaes da junta mdica para a readaptao;

    Modificao nas condies de risco ambiental do trabalho;

    Modificao na organizao e mtodo do trabalho nas funes envolvidas.

    Essa solicitao dever ser feita pelos mdicos peritos, que podero atender

    requerimentos do prprio servidor ou de sua chefia imediata.

    Para o servidor readaptado no caber licena mdica pela mesma doena que

    originou a readaptao, salvo nos casos de recidiva ou agudizao do quadro. Nesses

    casos, dever ser investigado se houve descumprimento das determinaes de restri-

    es laborais.

    A reavaliao da readaptao dever ser feita por junta mdica e poder ter as

    seguintes concluses:

    Manuteno da readaptao temporria;

    Cessao da readaptao;

    Readaptao definitiva;

    Aposentadoria.

    Aps deciso da junta mdica, a Unidade Pericial de circunscrio do servidor

    encaminhar o expediente, devidamente instrudo, ao coordenador da Central de Sa-

    de e Percias Mdicas que, aps anlise, o encaminhar CAAS - Comisso de Assun-

    tos de Assistncia Sade, vinculada Secretaria de Gesto Pblica, para publicao

    da Smula no Dirio Oficial do Estado.

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    Captulo VIIIAposentadoria por invalidez

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    Aposentadoria por invalidez

    pertinente ao servidor quando houver incapacidade laborativa total e/ou per-

    manente para o exerccio de suas funes.

    Assim, dever ser proposta pelo mdico perito local a solicitao de junta m-dica para avaliar estudo de aposentadoria por invalidez.

    A unidade do servidor, aps sua convocao no Dirio Oficial, lhe comunicar

    sobre o agendamento da junta mdica para fins de aposentadoria e que ele dever

    comparecer Unidade Pericial.

    Aps a realizao da percia, a junta mdica emitir o laudo conclusivo (Anexo VII),

    podendo optar por:

    1. Esclarecer melhor o caso:

    Solicitao de novos relatrios, pareceres mdicos ou exames comple-

    mentares que devero ser apresentados pelo servidor.

    2. Indeferir pedido de concesso de aposentadoria, indicando:

    Prorrogao da licena para tratamento de sade;

    Readaptao no trabalho;

    Retorno ao trabalho, sem readaptao.

    3. Deferir o pedido de concesso da aposentadoria, constando do laudo con-

    clusivo da junta mdica as seguintes informaes:

    Data de incio do quadro clnico; Data da confirmao do diagnstico;

    Data do parecer favorvel aposentadoria;

    Cdigos das enfermidades (CID);

    Embasamento mdico com diagnsticos, tratamento realizado, evolu-

    o, prognstico, consideraes e justificativas;

    Enquadramento legal (Lei Federal n 8.112 de 11/12/1990).

    O parecer favorvel da junta mdica aposentadoria no significa que o servi-

    dor j esteja aposentado, sendo que a definio depende do parecer final do coordena-

    dor da Central de Sade e Percias Mdicas, da publicao no Dirio Oficial do Estado

    e da emisso do laudo de aposentadoria, que ser encaminhado rea de recursos

    humanos da Diretoria Regional de Ensino, para as providncias cabveis.

    Enquanto o parecer favorvel aposentadoria no for publicado no Dirio Oficial

    do Estado, o servidor permanecer em licena mdica, concedida pelo mdico perito.

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    Decreto N 58.973, de 18 de maro de 2013

    D nova redao a dispositivos que especifica do Decreto n 58.032, de 10 de maio

    de 2012, que autoriza a Secretaria da Educao a realizar inspees mdicas em

    servidores do seu Quadro de Pessoal, e d providncias correlatas.

    GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de So Paulo, no uso de suas atribuies legais,

    Decreta:

    Artigo 1- Os dispositivos adiante relacionados do Decreto n 58.032, de 10 de maio

    de 2012, passam a vigorar com a seguinte redao:

    I - o artigo 1:

    Artigo 1 - Fica a Secretaria da Educao autorizada a realizar as inspees mdicas de

    que tratam os artigos 17 e 22 do Decreto n 29.180, de 11 de novembro de 1988, com

    suas alteraes, em servidores do seu Quadro de Pessoal, nos termos da Lei n 10.261,de 28 de outubro de 1968, destinadas a:

    I - concesso e cessao:

    a) de licena para tratamento de sade;

    b) readaptao;

    II - aposentadoria por invalidez.

    1 - A atribuio de que trata a alnea a do inciso I deste artigo restringe-se a inspees

    destinadas a licena inicial superior a 15 (quinze dias), bem assim s seguintes situaes:

    1. servidor que, em decorrncia de licena anterior, tenha se afastado por perodo igual

    ou superior a 60 (sessenta) dias, consecutivos ou no, no ano letivo;

    2. omisso, em atestado do respectivo mdico assistente, quanto ao perodo de

    afastamento.

    2 - A Secretaria da Educao poder constituir Junta Mdica para a realizao das

    inspees de que trata este artigo, restringindo-a, no caso da alnea a do inciso I, a

    licena por perodo superior a 90 (noventa) dias.; (NR)

    II - o artigo 2:

    Artigo 2 - Na realizao das inspees mdicas de que trata o artigo 1 deste decreto

    devero ser observadas as disposies constantes do Decreto n 29.180, de 11 de

    novembro de 1988, e suas alteraes, protocolos de inspees e afastamentos mantidos

    pelo Departamento de Percias Mdicas do Estado, da Secretaria de Gesto Pblica,

    como tambm as normas e modelos expedidos por suas Diretorias.

    Pargrafo nico - O Departamento de Percias Mdicas do Estado disponibilizar sistema

    informatizado pelo qual a Secretaria da Educao registrar as inspees mdicas de

    que trata o artigo 1 deste decreto, respeitado o sigilo imposto por lei.; (NR)

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    III - o artigo 3:

    Artigo 3 - Os documentos decorrentes das inspees de que trata o artigo 1 deste

    decreto devero ser encaminhados ao Departamento de Percias Mdicas do Estado

    para fins de

    registro em pronturio e publicao.. (NR)Artigo 2 - As Secretarias de Gesto Pblica e da Educao adotaro, no prazo de

    90 (noventa) dias contado da edio deste decreto, as providncias necessrias

    integrao do sistema

    informatizado a que alude o pargrafo nico do artigo 2 do Decreto n 58.032, de 10

    de maio de 2012, com a redao ora conferida.

    Artigo 3- Este decreto entra em vigor na data de sua publicao, ficando revogado o

    artigo 7 do Decreto n 58.032, de 10 de maio de 2012.

    Palcio dos Bandeirantes, 18 de maro de 2013

    GERALDO ALCKMIN

    Herman Jacobus Cornelis Voorwald

    Secretrio da Educao

    David Zaia

    Secretrio de Gesto Pblica

    Edson Aparecido dos Santos

    Secretrio-Chefe da Casa Civil

    Publicado na Casa Civil, aos 18 de maro de 2013.

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    Artigo 3 -Realizadas as inspees mdicas de que tratam os incisos I a III do caput

    do artigo 1 deste decreto, os documentos a elas pertinentes devero ser encaminha-

    dos ao Departamento de Percias Mdicas do Estado para fins de registro em prontu-

    rio e publicao.

    Pargrafo nico - Realizadas as inspees mdicas de que tratam os itens 1 e 2do pargrafo nico do artigo 1 deste decreto, devero ser expedidos os respectivos

    Atestados e Certificados de Sanidade e Capacidade Fsica e encaminhados ao Depar-

    tamento de Percias Mdicas do Estado, para fins de abertura em pronturio, registro

    e publicao.

    Artigo 4 -Eventuais pedidos de reconsiderao de deciso proferida em decorrncia

    das inspees mdicas realizadas, nos termos do artigo 1 deste decreto, devero ser

    dirigidos ao Diretor do Departamento de Percias Mdicas do Estado, nos termos da

    legislao pertinente, que aps manifestao do mdico que proferiu a deciso com-

    batida, decidir.Artigo 5 -O Departamento de Percias Mdicas do Estado poder, a critrio mdico,

    convocar servidor do Quadro de Pessoal da Secretaria da Educao a se submeter

    inspeo em suas dependncias ou apresentar documentao para dirimir eventuais

    dvidas pertinentes s decises a serem publicadas.

    Artigo 6 -Os Secretrios de Gesto Pblica e da Educao podero editar resolues

    conjuntas visando ao aprimoramento da autorizao de que trata este decreto.

    Artigo 7 -A Secretaria da Educao dever adequar sua estrutura organizacional em

    at 90 (noventa) dias para a consecuo dos fins previstos neste decreto.

    Artigo 8 -Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Palcio dos Bandeirantes, 10 de maio de 2012.

    GERALDO ALCKMIN

    Herman Jacobus Cornelis Voorwald

    Secretrio da Educao

    David Zaia

    Secretrio de Gesto Pblica

    Sidney Estanislau Beraldo

    Secretrio-Chefe da Casa Civil

    Publicado na Casa Civil, aos 10 de maio de 2012.

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    XVII - executar os servios observando os parmetros de boa tcnica e normas legais

    aplicveis;

    XVIII - manter todas as condies de habilitao e de qualificao tcnica exigidas para

    o credenciamento, durante o perodo em que se mantiver credenciado;

    XIX - possuir kit pessoal para inspeo mdica, conforme dispuser o Edital de Creden-ciamento;

    XX - comunicar ao Centro de Qualidade de Vida - CEQV, por escrito e com antecedncia

    mnima de 5 (cinco) dias teis, os motivos de ordem tcnica que impossibilitem a exe-

    cuo parcial

    ou total dos servios, ou quando se verificarem condies inadequadas ou, ainda, a

    iminncia de fatos que possam prejudicar a integral prestao dos servios;

    XXI - manter sigilo, sob pena de responsabilidade civil, penal e administrativa, em re-

    lao a qualquer assunto de interesse da Secretaria da Educao, ou de terceiros, de

    que venha a tomar conhecimento em razo da execuo dos servios;XXII - prestar prontamente todos os esclarecimentos que forem solicitados pelo Centro

    de Qualidade de Vida CEQV, em at 5 (cinco) dias teis.

    Artigo 6 -Fica fixado valor pecunirio especfico para cada tipo de servio referente a

    cada inspeo mdica realizada em servidores da Secretaria da Educao, na seguinte

    conformidade:

    I - ao servio Simples, o valor de R$ 60,00, destinado a inspees realizadas nas Uni-

    dades de Percias Mdicas desta Pasta, para fins de:

    a) concesso de licena para tratamento de sade, nos casos em que o servidor

    apresente relatrio do seu mdico assistente, sugerindo afastamento de at 15(quinze) dias;

    b) concesso de licena gestante, anterior ao parto; c) emisso de Certificado de Sa-

    nidade e Capacidade Fsica (laudo mdico) para fins de posse e exerccio de candidato

    a cargo pblico;

    d) comprovao de deficincia declarada por candidato participante de concurso pblico;

    II - ao servio Padro, o valor de R$ 120,00, destinado a inspees realizadas nas Uni-

    dades de Percias Mdicas desta Pasta, para fins de concesso de:

    a) licena para tratamento de sade, nos casos em que o servidor apresente relatrio

    do seu mdico assistente, sugerindo afastamento superior a 15 (quinze) dias;

    b) licena para tratamento de sade, nos casos em que o relatrio do mdico assisten-

    te do servidor no tenha sugerido a quantidade de dias de afastamento;

    c) licenas ex officio;

    III - ao servio Composto, o valor de R$ 200,00, destinado inspeo para fins de:

    a) concesso ou cessao de licena para tratamento de sade ou de licena ges-

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    tante, realizada no domiclio do servidor, em estabelecimento hospitalar ou em outros

    locais, no mesmo municpio da Unidade de Percia Mdica;

    b) Junta Mdica;

    c) Comit de Apoio ao Servidor;

    IV - ao servio Diferenciado, o valor de R$ 300,00, destinado inspeo, para fins deconcesso de licena para tratamento de sade ou de licena gestante, realizada no

    domiclio do servidor, em estabelecimento hospitalar ou em outros locais, em municpio

    diverso daquele em que se situa uma das Unidades de Percias Mdicas desta Pasta.

    1 - Os servios Composto e Diferenciado, quando relacionados s situaes descritas

    na alnea a do inciso III e no inciso IV deste artigo, somente podero ser realizados

    se o servidor estiver impedido de se locomover at a unidade de percia mdica mais

    prxima da sua sede de exerccio, por prazo superior a 5 (cinco) dias teis, mediante