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Caracteristicas dos Caracteres
8.1 P~as de bpos bpograficos.
A terminologia e a morfologia dos caracteres
tipograticos usadas hoje evoluiram
primordialmente desde o desenvolvimento
t ecnol6gico dos substratos da escrita, dos
instrumentos de escrever e das tecnologias da
impressao. 0 conhecimento completo dessa
anatomia tipogratica proporciona o fundamento
para a comunicac;ao concisa e consistente com
os biros de servic;os, clientes e outros designers
ou diretores de arte. A capacidade de
distinguir uma face, fonte ou familia
tipografica de outra e essencial para
o desenvolvimento do senso estetico
de urn designer. A. rnedida que o
vocabulario tipografico e dorninado, torna-se
rnais facil a escolha de urn tipo de letra para
cornunicar significado e destacar a rnensagem
visual.
Formas de letras caixa-alta e caixa-baixa Mesmo que a escrita em si possa ser remetida a varios mitenios a.C. , desde os hier6glifos egipcios e as inscrir;oes cuneiformes da Sumeria, as modemas formas de tetras tern sua heranr;a mais imediata nas inscrir;oes romanas de cerca dos anos 50-120 d.C. , como aquetas na base da Cotuna de Trajano no Forum Romano. As primeiras escritas tatinas foram grandemente influenciadas por essas tetras gravadas a cinzel na pedra e no marmore e, ao longo dos seculos, evoluiram em uma variedade de outras formas, incluindo as unciais e a escrita carolingia. :E ao tongo desse periodo do seculo VI ao seculo X que vemos o desenvolvimento das
Conceltos-ctmre
algarismos alinhados
algarismos em caiXa-alta
algarrsmos em caiXa-barxa
algarismos em Estilo Antigo
alinhamento a dtrelta
alinhamento a esquerda
base
centrahzado
cicero
cOne avo
convexo
Drdot
dingbats
eme
ene
entrelinhamento
entrehnharnento negativo
espacejCifTlento entre palavras
expresssao de hnguagem
face de tipo
farnH1a
foote
rtahco
JUStificado
justificado fon;ado
kerning
largura
largura de compos~
leading
letras atadas
linha das descendentes
obliquo
pate a peso
plataforma
ponto
romano tellTIIIlal
texto baixado ou subscnto
texto elevado ou sobrescrrto
tipo drsplay
versaletes
152 MANUAL DE TlPOGRAFIA
ABCDEFGHUK LMNOPQRST
\lVWX'/Z 8.2 Capitais Quadradas.
A~CDEfG1t1 JKlMNOPQ RS!VWX1Z 8.3 Capitais rusticas.
A.BCb€F<;ht JKlmNopq Q.S TW~Y~
8.4 Uncials.
abcoet=shu kLmnopq~ SL.UtD~ SJ?c5
8.5 Melas-unciais.
a.bcdefsht 7klmnot'9 rfcvwyyz
8.6 Minusculas carolingias.
ntto [mperio,finito me fcruo etrnuo, &• o. Sopra qucllcddit nia~cca toga.anc 8.8 Tipo hurnaoisbco de Griffo.
tetras em caixa-baixa (mimisculas) como diferentes das em caixa-alta (capitais ou mai\isculas).
Os te.xtos escritos manualmente pareciam-se com tetras de imprensa ate que os estudiosos mudaram a forma de escrever, usando tetras capitais e pequenas bern como a escrita com tetras mais obliquas, conectadas umas com as outras. Gradualmente a escrita foi se tornando mais adaptada a rapidez permitida por novos instrumentos de escrever. 0 credito da inven~ao da "mao cursiva" ou caligrafia cursiva com suas tetras capitais e pequenas e atribuido ao veneziano Aldus Mantius, que comer;ou com as antigas formas estabelecidas em 1495. No final do seculo XVI, as antigas formas de tetras capitais romanas e gregas tinham se transformado nas 26 tetras que conhecemos hoje, tanto em caixa-alta como em caixa-baixa.
A evotu~ao das tetras capitais ou caixaatta para suas equivatentes caixa-baixa passou por estagios que podem ser identificados: capitais quadradas (secutos IV a VITI), capitais r\isticas (seculo VI) , unciais (seculo V), meia-unciais (secutos VITI e IX), min\iscutas carolingias (secuto IX) , tetras negras (seculo XII) , humanisticas (seculo XV) e chancery.
0 alfabeto latino moderno consiste de 52 tetras, incluindo as caixa-alta e caixa-baixa, mais 10 algarismos, marcas de pontuar;ao e uma variedade de outros simbotos, como&,% e @. Muitos idiomas acrescentam uma variedade de acentos as tetras basicas e ainda outros, embora menos, usam tetras extras e ligaturas.
Essas tetras acentuadas tern varias fun~oes diferentes:
• Modificar a promincia de uma tetra
• Indicar onde e a silaba tonica em uma palavra
• Indicar enfase em uma sentenr;a
• Indicar a tonalidade ou entonar;ao em uma palavra ou silaba
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz aaaaaA~\ii'inOOOOOOO§uuuiiyl>Yf
ABCDEFCHIJKLMNOPQRS11JVWXYZ AAAAAAif.c;cr..M~Ei1noN060600SOu
OOYYI>~
1234567890!~r•s%"&·o_ -u\lli;':",J < >7jt£:a¥:§·co...., '"":t2''f-11·.'0»Y•~l-8+1L tre~~', uu,tt•' • ,%,oc •/I'M_
8.9 Exemplos de caracteres em catxa-alta e em catxabaixa, algarismos, caracteres especiats e caracteres acentuados.
• Indicar a durar;ao de uma vogal
• Diferenciar homofonos
Medldas de tipos Por trezentos anos depois de Gutenberg, nenhum sistema padrao de medidas existiu. As fundir;oes de tipos usavam seus sistemas proprios de medidas. lsso significava que o tipo de uma casa muitas vezes nao podia ser usado com sucesso por outras fundidoras ou impressores. As vezes o nome dado a urn tamanho de tipo de uma fundidora era o mesmo que era dado a urn tamanho de tipo diferente de outra fundidora.
As unidades tipograficas sao diferentes das unidades de medida comuns como centimetres e polegadas, porque as medidas tipograficas foram estabelecidas antes que esses outros sistemas existissem. A primeira tentativa de urn sistema padronizado de medidas foi inventado em 1737 por urn designer de tipos frances, Pierre Fournier Le Jeune. Sua Tabe/a de Proporfoes denominava diferentes tamanhos de tipos. Edir;oes posteriores desse livre introduziram a ideia de uma familia de tipos e do uso de tipos visivelmente compativeis que podiam ser combinadas com consistencia em uma unica pe~a impressa. Ete dividiu urn pe frances, medida anterior ao metro, em 144 partes iguais e chamou cada uma dessas partes de urn ponto. Urn ponte Fournier era equivalente a 0,0137 de polegada. Depois da morte de Fournier, outre designer de tipos, Pranfoise Ambroise Didot, tomou a
CAPITULO 8 - CARACTERISTICAS DOS CARACTERES 153
8.10 Uma paica e dividida em 12 pontos; 6 paicas sao 1gua1s a aproximadamente uma polegada (uma polegada e igual a 2.54 em).
=--=--<-=----< tamanho ''"''
defesa de que os sistemas de Fournier deviam ser baseados na medida entao legal do pe (foot), usada na Fran\a. 0 ponto didot e igual a 0,0148 da polegada inglesa, e 0 cicero, o equivalente de Didot para a paica, mede 0,1776 de polegada. 0 sistema Didot e ainda usado na Europa continental (o sistema Didot foi usado no Brasil ate a introdu\ao da tecnologia da fotocomposi\aO, nos anos 1970).
I pooto
12 pootos • 1 paica 6 paoc;as • 1 polegada
72 pootos • I polegada
Outras tentativas de designers de lingua inglesa seguiram o exemplo frances, porem sem qualquer consenso de opiniao ate o final do seculo XIX. Em 1871, o grande incendio de Chicago destruiu as instala\oes de Marder, Luse, and Co., uma das principais fundidoras de tipo norte-americanas. Em conseqiiencia, um novo sistema foi inventado para substituir as matrizes que se perderam. Foi decidido o uso da paica (seis paicas sao iguais a uma polegada inglesa) como a medida principal do sistema. Essa paica foi dividida em 12 partes chamadas pontos. Em 1898, os fundidores de tipo britanicos adotaram as medidas norte-americanas, e o sistema, denominado anglo-americano, tomou-se o padrao intemacional para os paises de idioma ingles.
----(
Os pontos sao usados para medir todos os modos de elementos tipograficos, incluindo a espessura de espa\OS, a altura dos tipos, o leading ou entrelinhamento e o tamanho de fios, linhas e margens.
Uma paica e equivalente a 0,166044 de polegada (4,218 mm) e e dividida em 12 pontos. Mesmo que nao seja matematicamente preciso, o tamanho de 72 pontos e especificado c0mo equivalente a uma polegada, e o tamanho de 36 pontos e a metade de uma polegada.
A medida do tipo em pontos e determinada pela distancia do topo da ascendente ou do topo da tetra capital (qualquer dos dois que for 0 maior) a base da descendente. Essa area de medida evoluiu da pe\a de tipo fundido em chumbo chamada de base, plataforma ou corpo do tipo. Cada forma de tetra, independentemente de seu tamanho real, era fundida no mesmo tamanho de corpo,
Sistemas de medidas tipograficas no decorrer do tempo 1 ponto (Truchet) • 0,188 nun (hoje obsolete)
1 ponto (Didot) - 0,3759 mm - 1/ 72 de uma polegada real francesa (27,07 mm)- cerca de 1/68 de polegada -
1 ponto (ATA)- 0,3514598 nun- 0,0138366 de polegada 1 ponto (TeX) - 0, 0,3514598035 mm - 1/ 72.27 de polegada 1 ponto (PostScript) • 0,3527777778 mm - 1/72 de polegada 1 ponto (l1mprimerie Nationale, IN) - 0.4 mm
--
Protll&onlstas-c:have F ranc;oise Ambroise Didot
Pierre Fournier Le Jeune
Conc:eftol.chav dll anatomia dol tlpos
altura das capitulares
altur&<le-x
apex do vertice
arco ascendente
bandeira
barr a bojo
~0
cauda
caudal
crotch
descendente
espinha
filete
fio de cabelo junc;ao
lig~ao
6gatura
linha da altur&<le-x
linha da descendente
linha da ascendente
Unha das capitulares
~nha de base
~nha de corpo
miolo ou olho
olho
ombro
orelha
pema
remate
serifa
terminal
tr~o da barra
tr~o da haste
vertex do vertice
154 MANUAL DE TlPOGRAFIA
ltnh~ de, ascendentes linha de capitular
llnha de anura-de-x ou ltnha de corpo
ltnha de base A hnha de descendentes
8.11 Dependendo do design especffico de uma fonte, a /inha de ascendentes pode estar acima ou abaixo da /tnha de caPitular. Ainda que o tamanho em pontos (corpo) de uma fonte seja estimado pela medida do topo da ascendente ate a extremidade tnferior da descendence, tsso nem sempre tern prectsao deV!do il ampla vanedade no deSign.
Alauns dos ldlomas escritos com o alfabeto Iatino Afaan, Africaner, Almara, AJbanes, AJemao, Azerbajano, Basco, Bretao, Castelhano, Catalao, Cheyenne, Cinebriano, Comanche, C6rnico, Corso, Croata, Curdo, Dinamarques, Escoces, Eslovaco, Esloveno, Espanhol, Esperanto, Estonio, Faroes, Finlandes, Frances, Gaelico, Escoces, Galego, Gales, Hausa, Havaiano, ldo, Indonesia, Ingles, lnterlingua, loruba, lrlandes, lslandes, Itallano, Jerriais, Kiribati, Latim, Letao, Ungua Franca Nova, L~ tuano, lojban, Lombardo, Luxemburgues, Malaio, Maltes, Manx, Mori, Nahvati, Navajo, Naxi, Neerlandes, Noruegues, Occrtan, Oromo, Piemontes, Polones, Portugues, Quichua, Romeno, Samoano, Slovio, Sueco, Swahili, Tagalo, Taiwanes, Tartaro, Tcheco, Turco, Turcomano, Vretnamita, Volapuque, Zulu.
de forma que todas as tetras podiam ser ordenadamente alinhadas peto topo e peta base no componedor.
Os tipos podem ter tamanhos aparentes diferentes porem sao compostos no mesmo tarnanho em pontos. Diferentes faces de tipos parecem rnaiores ou menores do que outras faces de tipos do mesrno tarnanho em pontos devido as diferen"as de forma nas alturas e targuras dos caracteres individuais. Essa dimensao e identificada pela linha de corpo, linha mediana ou, como se refere de forma mais comurn, altura-de-x. Devido ao fato de que as pernas da tetra x em caixa-baixa sao faceis de alinhar precisarnente com a linha mediana ( ou linha de corpo) e corn a linha de base do tipo cornposto, essa tetra e usada como a referenda padrao.
Para manter o mesmo tamanho em pontos, a flexibilidade das propor'>oes esta nas ascendentes e descendentes. Isto e, faces de tipos com attura-de-x maiores tern ascendentes e descendentes mais curtas, enquantro tetras com attura-de-x menores podem ter ascendentes e descendentes proporcionalrnente rnais tongas.
A distin~ao dos estilos de fontes Existem dois estilos de fontes facilmente distinguiveis: romano e italico. A versao romana de urna fonte e baseada no relacionamento perpendicular, ou em urn angulo de go•, entre a linha de base e os tra'>os que formam a tetra. A tensao ou propensa_o de urna fonte rornana e 0 angulo determinado peta dire'>ao dos tra'>os mais espessos da haste. A enfase angulosa ou obliqua na forma da tetra apareceu quando uma pena
de ponta chata ou urn buril foi segurado em anguto para desenhar ou esculpir uma tetra, fazendo tra'>os finos e grossos. A area mais espessa do tra'>O e a area de tensao maxima e nem sempre e paralela ao tra'>o principal nas fontes com serifas. Muitas tetras sem serifas tern essa enfase, ernbora menos pronunciada.
A versao em italico de urna fonte e inclinada para a direita, muitas vezes em urn angulo entre 12° e 15°. Mesmo que urna versao em italico mantenha caracteristicas visuais para suas correspondentes romanas, muitas vezes incorporam acabamentos adicionais como remates em gancho ou terminais.
Existe uma diferen~a entre uma fonte em italico verdadeira e uma fonte obliqua. Urna fonte ern italico verdadeira e feita pelo designer como tal. e o design desse estilo de tetra refere-se as antigas tetras italianas cursivas desenhadas manualrnente no secuto XV. Urna fonte obliqua e uma versao inclinada de sua rornana correspondente, encontrada de forma mais cornum nos tipos sem serifas e nas varia'>oes geradas por computador nos prograrnas de software rnais utilizados.
abcdefg abcdefgh abcdefg 8.12 A versao romana de uma lonte e caractenzada pelos ~os verbcais e honzontats Uma ttilltca verdadetra e urn design em separado porem complementar. enquanto a variacao oblfqua pode ser gerada pela alteracao da composicao no computador.
Outras variar;6es de fontes sao baseadas na largura e no peso das forrnas das tetras. A largura de urn caractere ou tipo refere-se a terrnos tais como condensado, estendido ou largo e expandido. Essa largura do tipo deterrnina quantos caracteres vao caber ern urna linha de texto composto. A mesma linha cornposta em uma fonte condensada vai ocupar menos espar;o do que composta em urna fonte regular ou expandida. A variar;ao de largura e mais cornum nas fontes romanas com serifas e em ambas as vers6es rornanas e italicas de fontes sem serifas. Raramente uma fonte italica condensada ou estendida foi desenhada como parte de urna familia de tipos.
0 termo peso refere-se ao escurecimento relative de uma deterrninada fonte. A terrninologia nesse case muda de urn desenho de tipo para outre, porem termos como light, book, heavy, bold e extra bold ou ainda black e extra black (clare, normal ou regular, negrito, negra e extra-negra) sao muitas vezes aplicados. As variar;6es de peso aparecem tanto nas tetras romanas e italicas com serifas como nas fontes sem serifas.
Fontes, faces e familias 0 termo typeface (face de tipo) refere-se a tetras de caixa-alta e caixa-baixa de urn deterrninado design. 0 termo fonte , no entanto, e urn termo formal que inclui todas as forrnas de tetras caixa-alta e caixa baixa, algarismos, simbolos, pontuar;ao, caracteres acentuados e small caps (versaletes) que compreendem urn derterrninado tamanho ou corpo, estilo e peso. A fonte e urna seler;ao completa de todos os caracteres em deterrninado tarnanho em pontes e design , pronta para ser utilizada em urna composir;ao ou projeto para impressao.
Uma familia de tipos inclui todas as variar;oes de urn design de tipos em todos os tarnanhos ou corpos. Uma familia de tipos pede incluir diferentes vers6es no
CAPfruLO 8 - CARACTERiSTICAS DOS CARACTERES 155
peso da face original - extra-light, light, book, demi, bold, extra-bold, heavy e ultra (extra-dare, clare, normal, semi, negrito, extra-negro, pesada e ultra). Uma familia de fontes pede incluir tambem variar;oes de largura - condensado, regular e estendida ou expandida. As farnilias de fontes mais cornpletas incluem conjuntos de fontes baseadas em combinar;oes de variar;6es ern peso, largura, romana e italica.
Design de faces de tipos 0 modo como o olho e o cerebra humanos percebern, processam e interpretam a informar;ao visual proporciona uma base s6lida para OS fundamentos do design de tipos. Os designers de tipos tradicionais exploram e cornpreendern os limites tanto esteticos como tecnol6gicos quando desenharn ou alteram o design de urna fonte.
As proporc;6es horizontais e verticais do tipo 0 cerebra humane interpreta OS elementos lineares posicionados horizontalmente em urna cornposir;ao de forma diferente dos elementos lineares posicionados verticalrnente. Como esse e urn fenomeno universal entre os seres humanos, os designers de tipos levarn isso em considerar;ao pela redur;ao da espessura dos trar;os horizontais das tetras, de forma a criar a aparencia de equilibria e peso uniforme.
0 design oticamente correto de circulos, triangulos e quadrados As formas geometricas basicas do circulo , triangulo e quadrado sao percebidas de maneira bern mais diferente pelo olho e pelo cerebra humanos do que se possa
II I
Width Width 8.13 Vanacees de largura condensada e regular na fam01a de t1pos futura.
Weight Weight Weight Weight Weight 8.14 Vanacees de peso entre Futura Book, Futura, Futura Demi, Futura Bold e Futura Ex· tra Bold. Quanto ma1s pesado o traco. ma1or e a largura da forma da letra.
8.15 As proll0fc6es das formas das letras nem sempre sao 0 que parecem a primelra VISta. Na letra T a esquerda, da Futura Book, os cornpnmentos das duas barras sao d1ferentes. A hnha honzontal por natureza parece mais connpnda para o olho humano do que a vertical equivalente, llOf 1sso ela prec1sa ser Vlsualmente a1ustada. 0 T a direlta e construldo com duas barras iguais, e a forma da letra parece pesada no topo e instavel.
156 MANUAL DE TIPOGRAFIA
II
8.16 0 peso dos tr~os horizontais e verticals mu1tas vezes parece 1gual, porem uma ins~iio mais de perto revela as diferencas usadas para criar equilibrio 111sual.
o x A
8.1 7 Note que as lormas de letras curv~ das se estendem al~m da linha de base e da hnha de altur~e-x para criar a ilusiio de altura igual.
• 8.18 A 111ter~ao de dots tra~os e muitas vezes projetada para atender as praticas de impressiio. 0 vertex do vertice pode ser aberto tanto pelo afastamento dos tra~os urn do outro como pela extensiio de espa~o branco na area de preto de forma QUe niio par~a espesso ou entuptdo.
pensar. Os quatro pontos de urn quadrado invisivel alinhado ao longo da linha de base e da linha de capitular de uma fonte fomecem urn alicerce pa.ra formas de tetras de caixa-alta tais como T, E e L. 0 quadrado sempre parece maior do que urn triangulo ou circulo equivalentes. Devido a isso, caracteres redondos, tais como C ou 0, estendem-se levemente abaixo da linha de base e levemente acima da linha de capitular. Let.ras pontiagudas ou triangulares como a tetra A estendem-se levemente acima da linha de capitular, e aquelas como V e W estendem-se levemente abaixo da linha de base. Uma compreensao desses conceitos de design afetam o alinhamento dos tipos quando compostos ou sumarizados corretamente, especialmente em titulos ou em designs de logotipos.
Design de tra<;os em jun<;oes Onde duas linhas intercedem em uma forma de tetra, a j un<;ao e percebida como mais pesada do que as espessuras dos dois tra<;os individuais. Para minimizar esse efeito, que causa uma aparencia de areas mais escuras e desiguais no design do caractere e subseqiientemente no texto composto tipograficamente, a area de intersec<;ao e adelga<;ada para ajustar a espessura visual dos t.ra<;os.
Quando os tipos eram produzidos fotograficamente, empregando o uso de urn negative e de uma fonte de luz projetada, outras considera<;oes tomaram mais complicado o design dos tipos. As distor<;oes inerentes do processo fotografico faziam com que os vertices de tetras tais como o W e M ficassem levemente mais cheios e parecessem anedondados, uma vez que era dificil projetar a luz com precisao nos espa<;os diminutos e de angulos muito agudos. Aqueles que desenharam tipos na era da fotocomposi<;ao aprenderam a estender uma linha muito fina nas areas onde havia a jun<;ao dos tra<;os das tetras. Esse exagero das areas pontiagudas per-
8.19 As formas de letras na fotocompo~iio siio hge~ ramente estendidas nos cantos de forma a melhorar sua 01bdez e clareza.
mitiam que as formas de tetras expostas parecessem claras, nitidas e pontiagudas, como desejado.
0 design oposto era necessaria para formas de tetras com terminais extemas quadradas. Quando o raio de luz fazia a exposi<;ao de uma forma de tetra como F ou E, o negative requeria a extensao de uma linha finissima a partir do canto externo de forma que parecesse agudo e nitido em vez de arredondado.
Tipo para uso em tamanhos diferentes Historicamente, os designers de tipos refinaram tres versoes diferentes de uma fonte em tres pesos levemente diferentes pa.ra acomodar as varia<;oes em diferentes tamanhos de pontos ou corpos de let.ras. 0 tipo de corpo 4, ou de tamanho de 4 pontos, tinha preocupa<;oes de legibilidade diferentes dos tamanhos de corpo 36 para titulos ou dos tamanhos display (para cartazes) de 100 pontos ou mais . Para manter consistenda visual, legibilidade e personalidade estetica da fonte, eram necessarias varia<;oes no design original. A primeira era usada de corpo 4 ate corpo 14, a segunda era usada para corpo 16 ate corpo 36, e a tercei.ra era usada para tamanhos maiores do que 36 pontos, todos eles refinados separadamente.
A versao menor muitas vezes usava uma altura-de-x levemente maior do que a versao usada em corpos maiores. Essa altura-de-x maior melhorava a legibilidade e permitia maior detalhe no tamanho menor. As contraformas, tais como o olho na caixa-baixa do e, eram aumentadas para nao entupir ou fechar na prensa. A versao media (ou versao texto), que ia de 12 a 36 pontos, era a que mais parecia com o design original. uma vez que os miolos ou olhos das tetras nao requeriam aumento, e a altura das tetras em caixabaixa podia manter as sutilezas de detalhes do design original sem aumentar a altura-de-x. A terceira varia~ao do design da fonte (versao display) requeria muito mais aten~ao no processo de refinamento, incluindo sutilezas nas jun~oes das serifas, espessuras dos tra~os e ajustes 6ticos para assegurar cantos vivos e interse~oes de tra~os nos tamanhos para cartazes e outdoors.
Design da fonte italica As fontes italicas nao sao uma mera varia~ao indinada de uma romana correspondente. 0 exame minucioso de uma fonte verdadeiramente italica revela uma nova tradu~ao das formas das tetras que incorpora uma semelhan~a visivel da varia~ao romana com o acrescimo de qualidades das tetras manuscritas. Muitas tetras em caixa-baixa, como a tetra f, incorporam
CAPiTULO 8 - CARACTERiSTICAS DOS CARACTERES 15 7
8.20 As tetras deltneadas 1nd1cam a foote Officma Sans Book composta em versaletes usando o software de apllca~ao, enquanto a area em cmza e a mesma fonte em versalete real; note a d1ferenca nos pesos dos tracos e no espacetamento das tetras.
8.21 As tetras delineadas indicam a foote Mimon Pro para legendas enquanto a area em cmza e a M1n10n Pro Regular. A vanacao para legendas e desenhada para dar maior legibil~
dade em tamanhos menores.
8.22 As tetras deltneadas 1ndicam a foote Mm10n Pro Display enquanto a area em cinza e M1n10n Pro Regular. Novamente, note a diferenca no peso do traco e no espaco da tetra default (padrao) desenhada para uso em tamanhos ma10res.
uma descendente, enquanto outras incluem caudais e outros detalhes decorativos que nao sao vistas na versao romana da mesma familia. Terminais na forma de lagrimas sao comuns nas fontes italicas, da mesma forma que os numeros em Estilo Antigo.
Outras varia~oes comuns nas formas das tetras incluem mudan~as na forma do arco na caixa-baixa g, a caixa-baixa a aparecendo como uma forma de bojo unica, 0 k de caixa-baixa incorporando urn arco para substituir a haste diagonal superior, as tetras caixa-baixa m, I, i e n com remates em gancho, e as caixa-baixa v, x, w e y com terminais em forma de lag rima.
Design de variac;oes de peso e proporc;ao das fontes As sutilezas de cada caractere sao revisadas e refinadas tanto nas varia~oes de peso mais claras como nas mais pesadas. Os diferentes pesos de tra~o requerem que os caracteres sejam desenhados em propor~oes levemente diferentes do original para manter harmonia e equilibria visual, como tambem a estetica visual que relaciona as fontes com uma familia. Geralmente as contraformas dos pesos mais escwos sao abertas para manter legibilidade em tamanhos menores.
As vezes os designers exploram a op~ao de adicionar urn tra~o ( ou delineado) a
afjkq afjkq mlin mlin vxwy vxwy
8.23 Garamond e uma foote classica nos esblos romano e 1talico.
158 MANUAL DE TIPOGRAFIA
AaBbCc AaJBIVCc 8.24 Os dois exemplos de cima comparam a fonte Garamond (delineada) com a Garamond bold, enquanto os dois exemplos de baixo comparam a Garamond semibold (dehneada) com a Garamond bold.
000 0 CO) ®» 000 8.25 A mudan~a artificial do design padrlio de uma fonte para condensada ou expandtda por meio de esmagamento ou alargamento da letra arruina o peso do tra~o e as propor~6es
da forma. tal como f01 protetada. Em vez dtsso. selectone uma fonte real condensada ou expandtda.
forma de uma letra para criar uma versao bold quando essa nao esta prontamente disponivel. Isso nao e recomendavel parque muda as propor~oes do design das tetras, alterando a legibilidade (especialmente em tamanhos menores) e cobrindo OS deta\hes SUtiS nos apices, vertices e cantos das formas. 0 tra~o adicionado destr6i muitas vezes as propor~oes das serifas bern como as suas jun~oes, resultando em uma estetica indesejada.
Assim como as propor~oes regular ou normal de uma fonte sao desenhadas com considera~oes especificas, o mesmo se da com as fontes condensadas e expandidas. As varia~oes condensada e expandida sao mudadas em sua estrutura para acomodar as propor~oes exageradas de altura e largura, com o fim de manter a personalidade visual da farm1ia do tipo. Os designers devem evitar o alongamento do tipo no computador para criar a ilusao de uma fonte condensada ou expandida, porque isso resulta em urn design de fonte sem sutilezas.
Quando uma fonte e condensada mecanicamente no computador, as letras sao esmagadas, o que acaba com os ajustes 6ticos e as sutilezas do design. Os tra~os horizontais das letras, originalmente desenhados para ser mais fines que os tra~os verticais, se tornam mais espessos enquanto os tra~os verticais se tornam mais fines. As jun~oes das serifas, como tambem os seus comprimentos, sao puxados e empurrados, assim como os tra~os. Quando uma fonte e expandida mecanicamente no computador, os tra~os horizontais finos tornam-se ainda mais finos do que foram originalmente desenhados, e o peso dos tra~os verticais e aumentado, causando uma aparencia desigual e esquisita. A harmonia visual e o equilibria sao eliminados.
8.26 No topo esta a forma de letra origtnal. No meto esta a compara~o vtsual entre a forma da letra ongtnal corn o esl tlo bold da mesma letra. Embatxo, note a muda~a entre uma van~ao bold verdadetra da fonte (dehneada) cornparada corn a connpoSIC;ao normal corn urn tr~o aphcado.
Algarismos alinhados, versaletes, elevados, descidos e dingbats Algarismos de caixa-alta, tarnbern chamades de a/garismos a/inhados, sao OS nurneros dentro de urna deterrninada fonte que sao combinadas e alinhados corn a altura de capitular das tetras caixa-alta. Atern da altura cornparativa, esses nfuneros sao ajustados, ou kerned, para cornbinar corn a largura das letras de caixa-alta. Algarismos em Estilo Antigo ou algarismos de caixa-baixa sao cornpostos pela atturade-x da fonte, corn ascendentes e descendentes estendendo-se para cirna e para baixo. Os atgarisrnos de caixa-baixa sao rnais arnplarnente disponiveis ern fontes corn serifas do que ern fontes sern serifas.
Small caps, ou versaletes, sao tetras ern caixa-alta cornpostas na dirnensao da attura-de-x de quatquer fonte deterrninada. As verdadeiras versaletes sao parte de urn conjunto de fontes de qualidade; a maioria dos prograrnas de software inclui urn cornando que perrnite a gerar;ao de tetras que se parecern corn versaletes usando a forma de tetra caixa-alta padrao da fonte setecionada. As versaletes geradas artificialrnente nao tern o rnesrno peso e proporr;oes de urna versatete verdadeira.
0 sobrescrito, ou elevado, e urn caractere pequeno escrito junto a linha de capitular de urna deterrninada fonte. Os elevados, as vezes tarnbern charnados de sobrescritos, sao usados para denotar exponenciais ern urna equar;ao cientifica ou rnaternatica, ou nos nurneradores de frar;oes. Urn subscrito ou descido e urn caractere pequeno cornposto junto a linha
CAPITuLO 8 - CARACTERiSTlCAS DOS CARACTERES 159
de base. Os subescritos sao rnuitas vezes usados para denotar cornbinar;oes rnoteculares de substancias quirnicas ou para representar os denorninadores ern conjuntos de frat;6es.
Dingbats sao conjuntos de caudais decorativos, caracteres especiais e sirnbotos. Ernbora alguns desses sirnbolos sejarn oferecidos no conjunto de urna fonte, a maioria dos dingbats e vendida como urna fonte ern separado baseada ern urn tema particular ou ern urna area de assunto especial.
Anatomia do tipo Assirn como o corpo humano consiste de nurnerosos cornponentes individualrnente identificaveis, o rnesrno acontece corn as forrnas das letras. A anatornia prirnaria de urna letra inctui trar;os e barras de cruzarnento, terrninais e serifas (ou a falta delas), ornbros, brar;os e pernas, ligar;oes e caudais e assim por diante. Muitas dessas partes sao denorninadas de acordo corn sirnilaridades as suas correspondentes nos corpos dos hurnanos e dos anirnais.
Trac;o 0 peso da fonte depende do tipo e da espessura do trar;o. 0 tra~o ultrafino, ou tra~o cabe/o, refere-se ao peso rnais leve, e o tra~o da haste refere-se ao peso rnaior ou trar;o principal da forma da tetra. Na rnaioria das fontes sern serifas, existe urn (mica peso de trar;o que deterrnina a aparencia (mica e especial de urna determinada fonte, assirn todos os trar;os que
8.27 (Esquerda) Compara~ao VISual de uma foote em subscnto gerada por computadot (em erma) e uma foote subscnta real (em barxo). Note a dileren~a que exrste entre elas no peso e na propor~ao.
8.28 (Direrta) Compara~ao VIsual de uma fonte sobrescnta gerada por computador (em erma) e uma foote sobrescnta real (embarxo).
8.29 0 bra<;o ou barra e a por<;ao hor~ zontal da forma da tetra que conecta dois tracos principais ou se estende a partrr do tra<;o principal de uma tetra.
160 MANUAL DE TlPOGRAflA
8.30 A hga~ao e a por~ao do tra~o principal que cooecta as duas partes principals do g em ca•xiHlalxa.
K 8.31 Os bf~os sao tra~os horizontais oo num angulo de 90" ou menos que se estendem para c1ma a parbr do traco pnncipal.
8.32 As pernas sao tra~OS honzontaiS OU num angulo de 90• ou menos que se estendem para baixo a partir do traco principal, como nas letras R e K. A cauda e o tra~o em angulo que se estende a partir do Q.
8.33 0 ombfo e a porcao curvilinea de tran~ao que conecta um traco um tanto horizontal com um traco vert1cal.
compoem a tetra sao teves ou todos sao pesados.
0 bra~o ou barra e urn trac;o horizontat que conecta dois outros trac;os em urn caractere, como acontece nas tetras A e H. As duas extremidades da barra encontram-se e sao unidas a urn trac;o da haste ou trac;o cabeto. A barra cruzada e urn trac;o horizontal que intercede urn dos trac;os principais de urn caractere, mas fica livre em urna das extremidades, como no F, ou em ambos os tados, como no t. Tanto a barra como a barra cruzada tern a roesrna espessura do trac;o cabeto da fonte e podem tambem ser curvas, em anguto ou escatonadas, dependendo do design do tipo.
Ligacao Liga~iio e o termo para o trac;o que conecta o bojo e a volta de urn g em caixabaixa.
Bra~os e caudas Brar;o e perna referem-se as partes de urna tetra que se estendem para fora de urn trac;o principal que sao livres na extremidade terminaL Trac;os, que se estendem retos para OS lados em urn anguto de goo e se estendem para cima em urn anguto de menos de goo, sao brac;os como nas tetras E e Y. Urn trac;o que se estende para baixo em menos de goo e urna pema, como nas tetras R e K. A tetra capital K tern brac;o e pema, enquanto as tetras a e y tern uma cauda.
A espinha e o ombro Espinha e urn termo que se refere a curva dupta encontrada no trac;o principal da caixa-atta e caixa-baixa S. As vezes, e a parte mais espessa da tetra e e urn termo facit de tembrar devido a sua referenda com a estrutura da anatomia hurnana.
0 ombro e a area de transic;ao nas tetras de caixa-baixa entre a parte curva de
8.34 A espmha e a porcao do tr~o cuMiineo numa letra S que reverte de uma direcao para a d~recao oposta.
urn trac;o e a parte vertical do mesmo trac;o. Os ombros sao encontrados nas tetras J, h,j, m, n e u. 0 peso dessa area do trac;o e cuidadosamente refinado para criar uma mudanc;a sutil, e a forma do ombro determina a aparencia redonda, oval ou quadrada e uma fonte.
Serifas, jun~oes, terminais e remates Uma serifa e a teve extensao no inicio e fim do trac;o de uma tetra, desenhada em anguto reto ou obliquamente atraves do brac;o, haste ou cauda de uma tetra. Pensava-se que as serifas vinham dos dias em que o tipo era cortado na pedra com urn cinzet, porem isso e discutivet. As serifas sao categorizadas de acordo com
8.35 A Juncao (as vezes chamada de mete) II a curva de trans•cao entre o trace e a serifa de uma letra com um acresc1mo su<Mzante baseado nas tangentes de cada um desses elementos.
sua forma fisica. Mais uma vez, existe grande variedade nos nomes e nas formas das serifas entre os exemplos historicos.
A jun~O.o e a area de conexao em curva entre o trar;o da tetra e a serifa. A junr;ao nao e essencial. porem as vezes e incluida ou inexistente baseando-se na decisao estetica do designer do tipo. A junr;ao pode ter diferentes graus de peso ou espessura. A inclusao ou ausencia de uma serifa com junr;ao e uma pista para a identificar;ao de uma face ou fonte. 0 termo menos comum filete e sin6nimo do termo junr;ao.
A terminal e o final de urn trar;o com alguma especie de tratamento aut6nomo em vez de uma serifa ou remate. 0 autor J. Ben Lieberman identifica terminais retas, cortadas, agudas, graves, convexas, c6ncavas, ostentadas, em gancho, c6nicas e pontiagudas. A variedade da rotular;ao e identificar;ao depende da fonte hist6rica.
0 remate e uma terminar;ao sem serifa do trar;o de uma letra, por exemplo, uma bola, caudal, orelha, espora ou gancho.
Olhos e bojos 0 bojo e urn trar;o em curva que encerra urn espar;o, e o o/ho e o espar;o que fica encerrado. Se o bojo toea urn trar;o da haste, cria urn olho fechado como pode ser visto nas tetras a, b, d, g, o, p e q. Se o bojo nao toea o trar;o da haste, resulta urn olho aberto. Urn olho aberto pode ser reconhecido em muitas versoes da tetras c, h, v e
8.36 Senfa em bK:o. Terminal de senta no braco de uma letra que tern o formato de urn b!co de passaro, ocorrendo em tetras capltais como E. F, K e L. As vezes refendo como meta-senfa, o b!co pode estender·se em duas direcc5es a parttr do bra co da tetra, porem aparece somente no final de tracos retos.
8.39 Serif a em espora. Uma senfa em certos bpos de or1gma1s holandeses (Janson) e no braco das ca1Xas-ba1xas f e 1 como e vis to nas fontes Goudy Old Styte e Erasmus Mediceval.
8.42 Serffa retangular. Uma serifa com espessura 1gual a da haste. conSiderada como uma caracterisbca das fontes de estilo egipcio ou de senfas quadradas.
CAPiTULO 8 - CARACTER[STICAS DOS CARACTERES 161
s 8.37 Serifa em farpa. A serlfa em b!co e refenda como serlfa em farpa quando aparece no final de urn traco em curva, como se ve nas tetras capitais C e S. Como as suas serlfas em blco cor· respondentes, as serifas em farpa as vezes estende~se em ambas as direciies do traco em curva.
8.40 Serlfa em gancho, ta~ bern dei10illlnada de transitrva ou reflexiva. E comum em fontes 1tahcas em caixa-baiXa, ta1s como m, n e u.
8.43 A ca~xa-ba1xa r e uma forma Interessante para estudare comparar os remates. Essa e uma Bodon1, com o remate em forma de bola.
X 8.38 Serifa em fio de cabelo. Um traco fino que geralmente nao tern 1uncao em curva. Esse bpo de sent a e comurn nos tJpos de esblo moderno.
8.41 Senfa tr1angular. Uma ser1fa em forma de cunha 111sta em fontes como a sene Latin (Latin Bold, Wide Labn, e Chisel) e em nlUitas das Old Styte holandesas e inglesas, nas tetras ca1xa-ba1xa l:als como b, d, he 1.
8.44 0 r da fonte Caslon italica em ca~xa-ba1xa e exe~ plo de urn rernate em forma de lagrima. Essa parte da letra r as vezes e chamada de orelha.
162 MANUAL DE TIPOGRAFIA
8.45 0 bo1o eo tra~o redondo que encerra o m1olo.
8.46 0 miolo (as vezes chamado de corr traformaJ e o espa~o mterno encerrado ou semkmcerrado dentro da forma de uma letra.
8.4 7 0 olho e o nome especifico do miolo de uma letra caixa-ba1xa e.
8.48 0 caudal e a bandelfa sao extens<ies decorallvas de urn bra~o ou de urn traco que chamam a aten~ao em urn determmado caractere dentro do contexto llpografico.
u, independentemente do trar;o curvo ou anguloso que encerra o espar;o. 0 termo area refere-se ao bojo criado na descendente da caixa-baixa g que em algumas fontes e aberto.
0 termo o/ho, ou miolo, refere-se especialmente ao olho na caixa-baixa e, independentemente de ele ser fechado ou aberto. E dada especial considerar;ao ao olho do e no design e na seler;ao dos tipos para aplicar;oes especificas, uma vez que e a primeira area a ficar obstruida ou entupida com a tinta na prensa.
Vertices: apex, crotch e vertex 0 vertice de uma tetra e formado quando ha a junr;ao de dois trar;os em angulo. Existem tres formas de vertices.
0 vertice em apex, que geralmente se estende levemente acima da altura de capitular de forma que parece ter a mesma altura das outras tetras. Existem vertices em apex pontiagudos, arredondados, cortados, concavos e achatados.
0 vertice em crotch refere-se ao espar;o interior criado pela junr;ao de dois trar;os em angulo, como nas tetras K, M, N, X e Z. Urn crotch agudo e baseado em urn angulo menor de goo, enquanto urn crotch obtuso e criado quando os trar;os encontram-se em urn angulo maior do que goo.
0 vertice em vertex e 0 inverso do vertice em apex; e a junr;ao de do is trar;os inclinados para baixo. As variar;oes do vertice em vertex incluem as versoes achatado, cortado, pontiagudo e arredondado.
Caudais e bandeiras 0 caudal e uma extensao decorativa de urn brar;o ou cauda que da destaque aos caracteres, particularmente em fontes caligraficas como Bick.man Script (design de Richard Lipton), Arcana Script (Gabriel Martinez Meave) e Balmoral (Martin Wait). Os caudais podem ser torcidos ou encaracolados e sao considerados acrescimos elegantes. Algumas fontes decorativas oferecem caracteres com caudais
v
8.49 Apex do vernce achatado.
8.50 Apex do vernce ponbagudo.
8.51 Apex do vi!rbce estendido.
8.52 Apex do vertice cOne avo.
8.53 Apex do vertJce redondo.
8.54 Compar<M;iio VIsual da palavra took composta no modo padrao (delllleada em c1nza) e como f01 manualmente apertada com kemrng (em preto s611do).
Pares de kemlne: Combina~6es de letras Capitals e calxa-balxa Ac Ad Ae Ag Ao Ap Aq At Au AvAwAy Bb Bi Bk Bl Br Bu By B. B, Ca Cr C. C, DaD. D, Eu Ev Fa Fe FiFo Fr Ft Fu Fy F. F, F; F: Gu He Ho Hu Hy lc ld lq lo It Ja Je Jo Ju J. J, Ke Ko Ku Lu Ly Ma Me Md Me Mo Nu Na Ne Ni No NuN. N, Oa Ob Oh Ok 01 0. 0, Pa Pe Po Rd Re Ro Rt Ru Si Sp SuS. S, Ta Tc Te Ti To Tr Ts Tu Tw Ty T. T, T; T: Ua Ug Um Un Up Us U. U, Va Ve Vi Vo Vr Vu V. V, V; V: Wd Wi Wm Wr wt Wu Wy W. W,W;W: Xa Xe Xo Xu Xy Yd Ye Yi Yp Yu Yv Y. Y, Y; Y:
CAPITULO 8 - CARACTERISTJCAS DOS CARACTERES 163
alternatives que podem ser usados para atrair a aten~ao no inicio de urn artigo ou hist6ria. Familias como Adobe Garamond Pro (Robert Slimbach) incluem capitulares latinas com caudais.
A bandeira e urn tra~o parecido com o caudal que aparece em fontes caligraficas como as tetras negras. Esses pequenos floreios acrescentam efeitos decorativos no final dos tra~os horizontais.
Medidas e espa~os horizontais Existem duas dimensoes usadas para medir os espa~os horizontais e os travessoes na composi~ao tipografica: o eme, ou quadratim, e o ene, ou meio quadratim. Urn erne, ou quadratim, e 0 quadrado do tamanho de urn tipo. Em urn tipo de corpo 8, essa dimensao e igual a urn quadrado de 8 pontos. Esse termo nao e sinonimo da paica; somente em urn tipo de corpo 12 o erne mede 12 pontes. 0 nome para essa medida provavelmente vern do fato de que a tetra M no alfabeto romano realmente tinha uma largura que preenchia urn quadrado baseado em sua altura. Isso nao acontece com fontes condensadas, fontes expandidas e com muitos designs de tipos contemporaneos.
Na composi~ao de tipos tradicionais, urn eme quad e o espa~o com o tamanho de urn erne, usado para indentar a primeira linha de urn paragrafo. Urn travessiio eme e utilizado para unir duas frases em uma (mica senten~a em vez de usar uma conjun~ao , para inserir informa~ao que poderia ter side incluida entre parenteses ou para adicionar urn pensamento final ou enfase no final de uma senten~a. Ocasionalmente urn travessao erne e usado como uma substitui~ao da virgula quando e introduzida uma lista como parte do texto.
A medida de urn ene e equivalente a metade de urn erne, e novamente aqui seu nome e devido ao espa~o comumente ocupado pela largura de uma tetra capital N.
--8.55 Compar<M;iio VIsual do hflen. do travessao ene ou nut e do travessiio erne ou mutt.
Pares de lcemlne: comblna~6es de letras capitals A' AC AG AO AQ AT AU AV AWAY BA BE BL BP BR BU BV BW BY CACOCR DA DO DE 01 DL OM ON DO DP DRDU DVDWDY ECEO FA FC FG FO F. F, GE GOGRGU HO ICIGIO JAJO KO L' LC LT LV LW LY LG LO LU MMGMO NC NG NO OA OB 00 OE OF OH 01 OK OL OM ON OP OR OT OU OV OWOXOY PA PE Pl PO PP PU PY P. P, P; P: QU RC RG RY RT RU RV RW RY Sl SM ST SU TA TC TO UAUC UGUO US VAVCVG VOVS WAWCWGWO YA YCYO YS zo
164 MANUAL DE TIPOGRAFIA
Pares de kemlnc. comblna~6es de letras calxa-baixa ae ad ae ag ap af at au av away ap bl br bu by b. b, ea eh ek da de de dg do dt du dv dw dy d. d, ea ei el em en ep er et eu ev ew eye. e. fa fe ff fi fl fo f. f, gage gh gl go gg g. g, he hd he hg ho hp ht hu hv hw hy te id ie ig io ip it IU iv jajejojuj.j, ka ke kd ke kg ko Ia le ld le If lg lo lp lq lu lv lw ly rna me md me mg mn mo mp mt mu mvmy ne nd ne ng no np nt nu nv nwny ob of oh oj ok ol om on op or ou ov ow ox oy o. o, pa ph pi pi pp pu p. p, qu t. ra rd re rg rk rl rm rn ro rq rr rt rv ry r. r, sh st sus. s, td ta te to t. t. ua ue ud ue ug uo up uq ut uvuwuy va vb ve vd ve vg vo w vy v. v, wa wx wd we wg wh wo w. w, xa xe xo y. y, ya ye yd ye yo
Urn travessiio ene e usado mais freqiientemente para indicar uma serie de numeros, como em "paginas 17-47". E tambem usado em datas (22 de dezembro-mar~o de 2003) , para conectar palavras em alguns casos (o trem Londres-Paris) , com compostos abertos (p6s-II Guerra Mundial), e em datas para indicar que ha continuidade (Jane Doe [1950-]) . Urn ene quad e o espa~o branco que tern a mesma medida de urn ene. Esse espa~o branco as vezes e chamado meio quadratim ou nut. Este ultimo termo era usado nas barulhentas oficinas graficas para nao ser confundido com o erne quando pronunciado (e, da mesma forma, os tip6grafos chamavam o erne de mutt).
0 termo largura do tipo refere-se alargura total de uma tetra e ao espa~o que a rodeia. 0 espa~o da tetra permite ao designer espacejar oticamente as tetras em uma palavra ou frase de forma a mudar a textura visual e resultar urn diferente espacejamento entre linhas. Espa~o demais para a tetra torna ilegivel a palavra ou frase. 0 espa~o de tetra negativo pode ser usado para comunicar a mensagem com maior efetividade, porem mais uma vez, se for demasiado, faz com que a palavra ou frase nao possa ser lida. Nos software de programas de aplica~ao contemporaneos, o espacejamento entre palavras e referido como tracking.
0 aperto do espa~o entre as tetras em uma palavra e denominado de kerning. 0 termo vern da palavra germanica "kern" que significa "canto" ou "esquina". Quando urn tip6grafo tinha que aplicar o kerning nos tipos de chumbo, ambas as tetras tinham que ser desbastadas manualmente ou "escantilhadas" para remover parte da plataforma de chumbo fundido. As tetras eram entao colocadas na barra do compositor e ajustadas para o espacejamento entre tetras apropriado.
Ha certas combina~oes de tetras que sempre tern que ser providas de kerning. Como regra geral, o kerning mais apertado
Kern: quando parte de uma letr11 se sobrepiie 6 base e descansa na ptatatonN da
8.56 0 termo kermng originou-se da palavra cornenng. ou escanblhamento. que e a re~ao da base de chumbo que esta por ba1xo da tetra de forma que eta possa se sobrepor na base da outra tetra para reduz1r o espac;o entre etas.
facilita ao cerebro reconhecer os grupos de tetras como palavras, o que resulta em uma leitura mais rapida e facil. 0 refinamento do espacejamento de tetras dentro de palavras afeta a intensidade do tipo na pagina. 0 designer ou tip6grafo empenha-se em criar uma tonalidade cinza uniforme; se uma area torna-se significativamente mais escura ou mais clara, entao os blocos de texto estao compostos apertados demais ou soltos demais. A regra geral para espacejamento e 0 enfoque "apertar-sem-tocar".
A mesma combina~ao de caracteres que requer kerning na versao de caixa-alta de uma fonte pode nao ser a mesma da combina~ao em caixa-baixa, uma vez que as formas nao sao similares. Os designers de tipos sabem que algumas combina~oes de caracteres requerem automaticamente o kerning - por exemplo, qualquer tetra composta junto a uma caixa-alta F. W, T, V ou Y. Nao e desejavel fazer com que as tetras realmente se toquem, uma vez que
8.5 7 Ongonalmente as l1gaturas eram fund1das em uma ilnica peca de chumbo (chamada de corpo) com o esp~o i!llf01l4'1ado da letra. lsso evttava a demorada pratK:a de tentar fazer o ~ern de letras dehcadas no matenal mac10 de chumbo.
isso cria uma area escura que atrai demasiada aten~ao visual, especiatmente no caso de dois caracteres redondos.
A maioria dos software de programas de aplica~ao vottados para a editora~ao indui tabetas de kerning preestabetecidas que corrigem automaticamente o espacejamento entre tetras sempre que aparecem pares de kerning no corpo do texto de urn artigo. Uma dessas aplica~oes contemporaneas pode ter de duzentos a quinhentos conjuntos de caracteres com kerning para cada fonte, dependendo das formas dos caracteres em ambas as caixas-altas e caixas-baixas, uma exigencia dificil de atender para o designer de tipos e para o fabricante do software.
0 refinamento agora disponivet nos software de editora~ao mais poputares e mais preciso do que era possivet na composi~ao tipografica manuaL Infelizmente, isso criou peto menos duas gera~oes de usuanos de computadores que nem sempre compreendem os detalhes da tipografia correta o bastante para refinar com corre~ao a aparencia do tipo na pagina. 0 oficio da composi~ao tipografi.ca tern se dituido, e os padroes decairam com a prolifera~ao de tipografia de rna qualidade composta por tip6togos sem treinamento. Dominar as tecnicas corretas de espacejamento entre tetras e de kerning faz com que as sotu~oes tipograficas sejam mais tegiveis e atraentes.
CAPiTULO 8 - CARACTERiSTICAS DOS CARACTERES 165
Ligaturas Ligatura e quando dois ou mais caracteres sao unidos em urn iinico corpo (uma s6 pe~a de chumbo) de tipo. 0 desenvotvimento das ligaturas veio da necessidade de manter tegibilidade nos manuscritos que tinham as tetras feitas a mao cujo espacejamento era muito apertado; as ligaturas eram denominadas letras atadas na era do rnanuscrito. Mesmo que ainda haja a necessidade de manter a sequencia da ligatura em algumas combina~oes, o uso da maioria dos pares foi elirninado.
As ligaturas mais comuns inctuern combina~oes com a letraf que originalmente tinharn a inten~ao de proteger o kerning da tetra do contato com urn caractere ascendente na linha de baixo, como tambem nas combina~oes de st e ct. Todos os tipos que sao conectados, como acontece na maioria das fontes script ou caligraficas, diz-se que sao ligaturas.
Espa9o entre palavras Alem do espacejamento entre tetras dentro de cada patavra, o designer precisa prestar aten~ao ao espa~o entre as patavras, chamado espa~o entre palavras. A
AJiceiri u ttanto td isso,iqueiteve detvoltancorrendot para to bosquetcomlmedotqueiat ouvissem. tEtquandotelatapareceu novamente ,o tLacaio-Peix:etrinha idotembora, e o toutro testava sentadomocha01 pert01da porta, olhand01estupidamente para
' o tceu.
8.58 lJma prolbca tfpica e 1mag1nar uma ca1xa-ba1xa 'entre cada palavra de uma senten~a. frase ou paragrafo para ma1or legiblhdade. Os software de aplic~ao de hoje calctr lam o espaco 6t1co entre palavras, baseando-se nas letras lniCiais e fina1s de cada palavra.
Ueaturas Em algumas fontes, a versao de ligatura de uma combinac;ao de letras pode ser obtida em urn comandcrchave para caracteres especiais no teclado, ou e automaticamente inserido pelo software de aplicac;ao. As vezes, e necessima a versao expert da foote ou a ligatura vai aparecer apenas na versao italica de uma foote.
I fi fl if ffi ffl .ff iff 1h El fi fl if ffi ffl i iff El H 1h 7h
Ainda que seja posslvel criar ligaturas espacejando as letras de forma apertada, isso muitas vezes vai causar amontoamento ou borroes quando a area escura das letras que se tocam entra em contraste com o restante do tipo. Esta pratica e uma decisao estetica recomendada s~ mente para profissionais que tenham bastante pratica, que desenvolveram um senso de propon;ao e dominam os fundamentos basicos de compor tipos com qualidade.
166 MANUAL DE TIPOGRAFIA
8. 59 lipos de madetra com lin has de chumbe usados para alterar o espa~o verbcal nas COtllllOS~6es tipograficas manuais.
Alice aproxi
mou-se timi
damente da
porta e bateu. 8.60 0 espa~o vertical entre as linhas de te~to e determtnado medtndo-se de uma linha de base a hnha de base subseqiiente.
regra geral para o espar;o entre palavras e visualizar a largura do i ern caixa-baixa no espar;o entre cada palavra. Isto significa que o espar;o entre palavras rnuda quando se usarn fontes diferentes e tarnanhos de fontes diferentes.
0 espacejarnento correto dos tipos para otirnizar a legibilidade e urna das tarefas rnais irnportantes. 0 tipo que e mal espacejado torna ilegivel rnesrno o rnelhor design , anulando a intenr;ao da cornunicar;ao. 0 espacejarnento correto envolve treinarnento e pratica da estetica, a\ern da aquisir;ao de urn sentido intuitivo que e rnelhor desenvolvido corn 0 tempo por rneio da critica e do refinarnento do design. A avaliar;ao do tipo que voce ve ern seu arnbiente faz corn que seja refinado corn rnais rapidez o senso tipografico.
Espacejamento vertical 0 leading ou entrelinhamento refere-se ao espar;o vertical entre as linhas de tipo cornpastas de forma ernpi\hada. 0 terrno leading foi originado corn os tipos de churnbo cornpostos rnanualrnente quando o tip6-grafo inseria barras finas de churnbo (lead, churnbo ern ingles; nao confundir corn o terrno lead, de liderar, usado na redar;ao jornalistica) que nao erarn irnpressas, para abrir espar;os entre as linhas. Esse espar;o adicional toma rnais facil para os \eitores rnanterern o rnovirnento horizontal e a fluencia dos olhos a rnedida que leern ao \ongo de urna pagina de tipos e passarn sern esforr;o para a linha abaixo seguinte.
Hoje, o texto cornposto tipograficarnente e rnedido da linha de base de urna linha de texto para a linha seguinte que esta acirna ou abaixo. Essa convenr;ao e utilizada devido a sua consistencia. Lernbre-se de que a altura do corpo ou alturade-x, a altura da ascendente ou a profundidade da descendente podern variar de fonte para fonte e nao dao resultados consistentes.
Alguns software de cornputadores proporcionarn escolhas entre as rnedidas
d AJice a~oximou-se cimidamente
a :ra ateu. , . . " .P~ao a 11anra bater _ _d,sse Lacaao, e tss~or duas razoes. 'Prirnetro, or esro no mesmo ad ue eoc~. egu~~ol ,POrQue estao ts!e~o ramo i11'1.l o :tdertuo Que Qtn~ m escurana. c rramenre lim ba l o rnwro..~exrraoidanano.esrava or.o azando Ia uenrro -fcuns e:nros e esoarros constanres, e vet"em Quantto urn
~rande esrrQn o, romo st u.m Qrato u urna chaJetra ovessem stdo ttespeaya<1os.
8.61 Garamond I 0/6 (4 ponlos negattvos de espa~o vertical por hnha).
AJice aprox imou-se rimidamenre da !??rra e bareu.
Nao adianra barer", disse Lacaio, "e isso por duas raz6es. Primciro, porque estou no mesmo lado que voc£:. Segundo, porque estao fazendo ramo barulho hi demro que ninguem escutaria." E cerram enre urn barulho muito exrrao rdinario esrava prodizindo Ia den rro- uns griros e espirros consranres, e de vez em quando urn grande esrrondo, como se urn prato ou uma chalei ra rivessem sido despeda~ados.
8.62 Garamond 10/ 10.
AJice aproximou-se rimidamente
da porta e bareu.
"Nao adianra barer". d isse Lacaio.
"e isso por duas razoes. Primeiro,
porque esrou no mesmo lado que
voce. Segundo, po rque esrao fazendo
canto barulho Ia denrro que ninguem
escutaria." E ccrramenre urn barulho
muito cxtraordinario esrava prodizin
do hi dentro- uns gri ros e espirros
conscanres, e de ve:z. em quando urn
grande esrrondo, como se urn praro
ou uma chaJeira rivessem sido despe
da~ados.
8.63 Garamond 10/ 14.
tradicionais, de linha de base a linha de base, bern como rnedidas digitais do centro de urna linha de texto para o centro da linha de texto seguinte. A escolha das rnedidas digitais para o entrelinhamento faz corn que os paragrafos pare~;am rnais centralizados verticalrnente no bloco de texto do que a escolha das rnedidas tradicionais.
Na especifica~;ao tipografica, o prirneiro nurnero refere-se ao tamanho da fonte ern pontos (corpo da fonte) enquanto o segundo nfunero refere-se ao tamanho do leading ou entrelinhamento. Urn tipo ern 10 pontos corn dois pontos de espat;o vertical ou leading adicionado e escrito como 10/ 12.
Alinhamento tipografico
Alinhado a esquerda Flush left, ou alinhado ci esquerda, referese ao alinharnento dos tipos ao longo de urna linha vertical invisivel ou rnargern no lado esquerdo de urna cornposi~ao . 0 terrno implica que o tipo vai ficar desalinhado, irregular ou serrilhado no lado direito da cornposi~;ao. Algumas pessoas acreditarn
"Diga-me enrao, por favor", disse
Alice, "como e que YOU entrar?"
"As duas batidas poderiarn ter
algum senrido", continuou o Lacaio,
~m the prestar ten~o, "se tivesse
mos a porta entre n6s. Por exempto,
~ voce estivesse no tado de denrro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ete
olhava para 0 ceu enquanto falava, 0
que Alice achou positivamente des
con~. "Mas talvez nao possa evitar,"
disse para si mesma, "pois os seus
olhos esrao muilo perto do topo da
cabe~. Mas de quatquer modo pode
ria responder as pergunras.
-Como e que entro?", repetiu
em vo7. alta.
CAPITULO 8 - CARACTERiSTICAS DOS CARACTERES 167
que a cornposi~;ao alinhada a esquerda, corn a direita irregular, e rnais convidativa para a leitura e que essa aparencia urn tanto casual encoraja o envolvirnento do leitor. Desde que nao haja excessive espa~;o branco entre as palavras, os leitores parecern que nao se irnportarn, ou ate rnesrno nern notarn, se estao lendo colunas corn texto justificado ou irregular a direita. Muitos estudos, sob urna variedade de condit;6es, continuarn a provar isso.
A rnaior vantagern para a cornposi~;ao nao justificada e a capacidade de controle do espat;o entre palavras. Pode-se ter espa~;o entre palavras apertado e uniforrne ern qualquer cornprimento de linha. 0 espat;o entre palavras rnais apertado e uniforrne tern rnelhor aparencia, urn aspecto importante para a tipografia consistente e legivel. 0 espa~;o entre palavras rnais apertado da rnais rapidez ao processo de leitura e perrnite que o leitor absorva pensarnentos e frases ern vez de palavras isoladas, o que ajuda a manter rnais altos os niveis de cornpreensao.
"Diga-me entao, por favor", disse
Alice, "como e que YOU entrar?"
. .......................... ... ...... .. ....... ~ 0 altnhamento a esquerda c001e1;a na ma'l!em esquerda e termlna a uma dtstAncta adequada da margem direlta.
~ ..................... ..................... ( 0 ahnhamento centrallzado c001e1;a no met0 da colona e termina em uma quebra de palavras perto das IT\a'l!ens da colvna tanto no lado esquerdo como no dlterto.
~ .................................... ........ .. 0 alinllamento a dweita corT~e~;a na margem direrta e termtna em uma quebra
de palavras oerto da ma111em esquerda.
. ... ............................... ... ....... .. 0 aknhamento JUS!tficado a1tn11a as palavras ao Iongo dos Iadas esQUerdo e direrto da colona pelo Cl)ustamento do espa<;o entre palavras par a acomodar o ahnhamento.
8.64 Explicacao dos alinhamentos de tipos de acordo com os padroes de composicao.
8.65 Exemplos de especificacoes de alinhamento a esquerda, alinhamento centralizado e alinhamento a direita, dentro de uma coluna composta em Garamond 10/ 14.
"Diga-me en tao, por favor", disse
Alice, "como e que YOU entrar?"
"As duas batidas poderiarn ter
algum sentido", continuou o Lacaio,
sem the prestar ten<yao, "se tivesse
mos a porta entre n6s. Por exempto,
se voce estivesse no tado de dentro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ete
olhava para 0 ceu enquanto falava, 0
que Alice achou positivarnente des
cart~. "Mas talvez nao possa evitar,"
disse para si mesma, "pois os seus
olhos esrao muito perto do topo da
cabe~. Mas de qualquer modo pode
ria responder as pergunras.
-Como e que entro?", repetiu
em voz. alta.
"As duas batidas poderiarn ter
algum sentido", continuou o Lacaio,
sem the prestar tens:3:o, "se tivesse
mos a porta entre n6s. Por exempto,
se voce estivesse no tado de dentro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ete
olhava para 0 ceu enquamo falava, 0
que Alice achou positivarnente des
cortes. "Mas talvez. niio possa evitar,"
disse para si mesma, "pois os seus
olhos estiio muito perto do ropo da
cabes;a. Mas de qualquer modo pode
ria responder as perguntas.
- Como e que entro?", repetiu
em voz. alta.
168 MANUAL DE TIPOGRAFIA
"Diga-me entio, por favor", disse
Alice, "como e que vou entrar?"
"Diga-me entio, por favor", disse
Alice, "como e que vou enuar?"
""As duas baridas poderiam rer at-
"Diga-me en tao, por favor", disse
Alice, "como e que YOU enuar?"
"As duas batidas poderiam ter algum senti do", continuou o Lacaio,
sem lhe prestar ten~ao, "se tivesse
mos a porta entre n6s. Por exemplo,
sc voce estivesse no lado de dentro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ele
olhava para 0 ceu enquanto falava, 0
que Alice achou positivamente des
cones. "Mas talvez nao possa evitar,"
disse para si mesma, "pois os seus
olhos estao muito perto do topo da
ca~. Mas de qualquer modo pode
ria responder as perguntas.
gum senrido", conrinuou o Lacaio,
sem the prestar ten~ao, "se tivesse
mos a pona enue n6s. Por exemplo,
se voce estivesse no lado de dentro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ele
olhava para 0 ceu enquanro falava, 0
que Alice achou positivamente des
cortes. "Mas ralve2 nao possa evitar,"
disse para si mesma, ""pois os seus
olhos estio muito perto do topo da
cabe~. Mas de qualquer modo pode-
ria responder as perguntas.
"As duas batidas poderiam ter atgum sentido", continuou o Lacaio,
sem the prestar ten~ao, "se tivesse
mos a porta entre n6s. Por exemplo,
se voce estivesse no tado de dentro,
poderia bater e eu a deixaria sair." Ele
olhava para 0 ceu enquanto falava, 0
que Alice achou positivamente des
cortes. "Mas ralva nao possa evitar,"
disse para si mesma, "pois os seus
olhos estio muito peno do topo da ca~. Mas de qualquer modo pode-
ria responder as perguntas.
- Como e que entro?". repetiu
em voz alra.
- Como e que entro?", reperiu
em voz alta.
- Como e que emro?", repetiu
em voz alra.
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\)"!t,M;CfWwf ..IIMC:t~~ l
\1.1 i. ..::.J
8. 6 7 Convexo SJgnifica curvar ou protuberar para fora, enQuanto cOncavo e justamente o oposto.
8.66 Exemplos de especificac6es de tipo JUStificado em uma coluna composta com Garamond 10/ 14. Os software de aplicacao proporcionam op<;6es de justificacao comecando e terminando os paragrafos com alinh<r mento a esquerda, centralizado, alinhamento a dtreita e Justificado forcado.
A desvantagem da composi~ao nao justificada e que ela pode dificultar a tipografia de melhor qualidade. Linhas muito longas seguidas por outras muito curtas podem causar formas desagradaveis que nao sao convidativas para o olho. De forma ideal, a composi~ao nao justificada deveria parecer oticamente justificada. Se o contorno direito de uma coluna descreve uma forma, e preferivel que ela se tome convexa (curvada para fora) em vez de c6ncava (curvada para dentro).
Na maioria das situa~oes de composi<;ao tipografica, a l6gica mecanica determina onde uma linha termina. 0 problema e que as decisoes l6gicas necessariamente nao sao decisoes esteticas atraentes. Quem lida com a comunica~ao grafica precisa revisar com cuidado as
primeiras provas de produ<;ao e quebrar as linhas de texto para corrigir as termina<;oes de linhas que nao sejam atraentes. Sempre que possivel, o texto deve ser reescrito para facilitar esse processo. Infelizmente, o mundo real raramente proporciona ao comunicador grafico o luxo de quebrar as linhas manualmente, conferindo-lhe o poder de decidir que as senten~as sejam reescritas.
Alinhamento a direita 0 flush rigth , ou alinhado d direita, alinha o tipo no lado direito da composi<;ao ou da largura de coluna. Assim como no texto alinhado a esquerda, o designer pode controlar o espa~o entre palavras para melhorar a legibilidade. A dificuldade esta em ler grandes blocos de texto composto ir-
regularmente a esquerda; a medida que os olhos do leiter percorrem do inicio de uma linha a esquerda em dire<;ao a direita e dificil acertar o inicio da linha de texto seguinte se esta nao estiver alinhada sob a linha anterior ou acima da terceira linha. Isso causa uma interrup<;ao na fluidez mental do leitor e na compreensao da informa~ao, dimuindo a rapidez de absor~ao da mensagem. 0 tipo alinhado a direita/irregular a esquerda deve ser usado somente em pequenas areas de tipo para destacar uma composi<;ao - talvez como nas poucas linhas de urn endere<;o e numero de telefone.
Justificado 0 tipo justificado e alinhado em ambos os lados esquerdo e direito da coluna. 0 problema
CAPITULO 8 - CARACTERISTICAS DOS CARACTERES 169
"Diga-me entao, por favor'', dis
se Al ice, "como e que vou entrar?"
"As duas baddas poderiam ter al
gum senrido", com inuou o Lacaio,
sem lhe prestar ten<;:iio, "se rivesse
mos a porra entre nos. Por exemplo,
se voce esdvesse no !ado de de nrro,
poderia ba ter e eu a deixaria sai r."
Ele olhava para o ceu enquan ro fala
va, o que Alice achou posirivamen
te descartes. "Mas tal ve~ niio possa
evitar," disse para si mesma, "pois os
seus o lhos esriio muiro perro do topo
da cabes;a. Mas de qualquer modo
"Diga-mec entiio,o pon favor", od is
seoAlice, ,"como tc!tque VOUtentrar?"
"As duascbatidas tpoderiamitenal
gum I Sen tido'' , ICOntinUOUIOILacaio,
sem •lhe•pres tarite ns;iio, '"sei rivesse
mosJatporra enrrem6s.•Ponexemplo,
SCI VOCeleS ti veSSCI no tlado ld etdenrro,
poderia' baten eueLUoalldeixariansair."
Ele•o lhava paraio1ceu 1enquanro fala
va,HOI queiiAiiceuachowcpositivamen
te•d escones.I"Mas talvez•nao•possa
evi tar," id isse para si•mesma,!"pois10s
seus•olhos•estiio muito•pertotdo•topo
daHcabec;:a. 1Masudeuqualquew modo
poderia''' responderi i 1as• i 1 per gun tas. c
8.68 Exemplos de especificacoes de justificado forcado dentro de uma coluna composta com Garamond 10/ 14. Normalmente, uma unica letra ; em caixa-baixa e o es· paco correto entre as palavras.
poderia respo nde r as pergunras.
"Diua-me entao, por tavor", disse Alice, "como e que vou entraril" Co m o e qu e
>" r ro . , re p eriu e m vo~
rnaior ern cornpor textos justificados e 0 risco de criar urn espa<;:o excessive entre palavras dentro da coluna. Muitas vezes o cornputador apresenta espa<;:o sobrando dentro da linha, mas nao o bastante para inserir outra palavra ou para a sua hifeniza<;:ao. Como resultado, a palavra passa para a outra linha, fazendo corn que a linha anterior seja espacejada corn branco dernais. Urna olhada pelas colunas dos jornais vai lhe mostrar rnuito espa<;:o excessive entre palavras e "rios" de espa<;:o branco que corrern texto abaixo. Quanta rnais cornprida for a largura da linha, corn rnenos freqiiencia ocorrera esse problema.
A rnaioria dos software de aplica<;:ao para editora<;:ao grafica fornece a op<;:ao de justifica<;:ao corne<;:ando ou terrninando os paragrafos alinhados a direita, alinhados a esquerda, centralizados ou corn justijicafiio forfada . Esta ultima
e n -
alta .
- 1111 C om o 111 1C! 1111 qu e1 i1 e n
u o?" , 111 re pe tiu 111 e m i 1voz t JJ al ta . 1
vai, na verdade, causar espa<;:os brancos desconfortaveis e de dificil leitura, principalmente ern colunas de largura rnuito estreita.
Centralizado 0 tipo centralizado e alinhado ao longo de um eixo central na cornposi<;:ao. Assirn como no alinharnento a esquerda e no alinharnento a direita do texto, o designer pode controlar o espa<;:o entre palavras para obter rnaior legibilidade. No entanto , assirn como nos paragrafos alinhados a direita, e dificil para 0 leitor achar o inicio da linha seguinte do texto e continuar a leitura. 0 alinharnento centralizado e usado rnais efetivarnente ern paragrafos curtos, como ern urn convite formal; corn listas que sejarn curtas, como ern urn cardapio; ou ern grandes titulos ou cabe<;:alhos, como ern cartazes, folhetos, revistas e newsletters. 0 tipo centrali-
zado tern rnelhor legibilidade quando o entrelinharnento (leading) e rnaior.
Espacejamento de tipos e pontua~ao em tamanhos display 0 texto do titulo e rnuitas vezes o elernento tipografico mais importante na cornposi<;:ao, urna vez que atrai rapidarnente a aten<;:ao do leitor potencial pela sumariza<;:ao do conteudo do anuncio, folheto , artigo de revista ou materia do jornal. Se o leitor nao se interessa pelo titulo, ha grande chance de que o resto do texto nao seja lido.
0 tipo display, ou especial para titulos, e 0 tipo corn tarnanho de 14 pontos ou rnais. Como OS titulos sao cornpostos ern fontes de tarnanho display, as tetras cornpostas podern ser unidas, pastas ern angulo, viradas de cabe<;:a para baixo, espelhadas, tonalizadas e decoradas, desde que seja
8.69 Embora o termo dis· play normalmente se refira a qualquer corpo acima de 14 pontos em tamanho. muitas vezes pensamos em algo muito maior para urn titulo. 0 contraste em tamanho estabelece a 1mportancia compositional ou hierarquia que diz ao observador onde olhar primeiro.
170 MANUAL DE TIPOGRAFIA
"' T. " • voce vat realmente
;>" d. en trar. , tsse o Lacaio. "E ' sta e a . . prtmetra
" pergunta.
"Voce vai realmente ..,, d. en trarr , tsse o Lacaio.
"E , sta e a . . prtmetra
" pergunta. 8. 70 Ahnhe a margem verbcal do texto ao Iongo das tetras e leve a pontua~ao das aspas para fora, a esQuerda. para obter uma soluc;ao VIsual mats forte. As hnhas Que parecem tndentadas devido as aspas podem deixar urn acabamento sernlhado e nada profissional ao texto mator.
"'oci val realmente entrari»", dlsse o lacalo . .,
"Esta 8 a primelra pergunta."
8.71 Algumas fontes t~m fortes tra~os verticats Que lhes dao o impacto vtsual necessartO para display.
mantida uma significativa legibilidade. Devido ao tamanho maior dos tipos em titulos, deve-se considerar especialmente o espacejamento de letras, espat;o entrepalavra, entrelinhamento e espacejamento de linhas, bern como a expressao da linguagem.
Geralmente OS titulos sao submetidos a kerning e a espacejamento entre letras muito mais do que os blocos de texto. Isso fort;a as letras a se agruparem oticamente em manifestat;oes visuais mais fortes, fazendo com que sejam tidas com maior facilidade. 0 espacejamento entre palavras e tambem mais apertado nos titulos para obter maior legibilidade e impacto visual, assim o espacejamento tanto dentro como entre as palavras precisa complementarse. Por exemplo, se o espat;o entre palavras e apertado porem o espacejamento entre tetras e normal, entao fica dificil para os leitores diferenciarem quais as tetras que pertencem a quais palavras em uma sentent;a; tanto o espacejamento entre tetras como o espacejamento entre palavras precisa ser modificado proporcionalmente para manter o sentido da mensagem.
0 espacejamento entre palavras e afetado pela primeira e pela ultima tetra de palavras adjacentes. Devido ao fato de que cada caractere tern formas e proport;oes ligeiramente diferentes, e necessaria usar o julgamento estetico quando o espat;o entre palavras e alterado em urn titulo. Ainda que a regra de usar a area de urn i em caixa-baixa funcione para espacejamento no corpo do texto, isto nao pode ser aplicado de forma universal em fontes maiores, uma vez que certos caracteres terao a tendencia de parecer maiores ou menores dependendo da fonte e do espat;o branco ao redor.
Se uma palavra termina com urn I e a palavra seguinte comer;a com urn i, considere entao apertar o espat;o entre as palavras para ter uma dimensao 6tica confortavel. Se urna palavra termina com urn caractere redondo como e e a palavra seguinte co-
met;a com urn caractere redondo como urn d, entao o espacejamento entre as palavras pode ser ligeiramente mais largo para acomodar os bojos protuberantes.
E preciso muita experimentat;ao e explorat;ao para chegar-se a uma solut;ao perfeita. No passado, o espacejamento de tetras e de palavras era feito manualmente pelo tip6grafo, com a supervisao de urn designer. Agora que muitos designers compoem eles mesmos os tipos em seus layouts, eles precisam aprender a ajustar as diferenc;as sutis por si pr6prios. 0 espacejamento de tetras e de palavras tern variat;oes dependendo se o texto e totalmente em caixa-atta, versaletes ou urna combinat;ao de tetras em caixa-atta e caixa-baixa. Nao existem regras absolutas para assistirem o designer na composic;ao correta de todas as combinat;oes possiveis. Isso se toma ainda mais complicado com a tecnologia; alguns se enganam com a suposic;ao de que o tipo na tela do computador aparece exatamente como na impressao grafica resultante. As fontes de tela sao apenas urna aproxima.t;ao das fontes da impressora, portanto sao necessaries testes e provas tambem no processo de impressao.
0 espat;o entre linhas para os titulos varia daquele usado para entrelinhar o corpo de texto. Lembre-se de que abrir ou aurnentar o entrelinhamento entre as linhas no corpo de texto as vezes toma 0 texto mais tegivel, uma vez que o olho do observador pode discernir mais facilmente as linhas separadas. Ao compor urn titulo em tipo com o mesmo tamanho em pontes que o entrelinhamento, muitas vezes as palavras parecem muito distantes e nao sao agrupadas confortavelmente para uma leitura facil e compreensiva; as palavras parecem flutuar separadamente, e o leitor tern que organiza-las em sua mente. Isso acontece devido ao espat;o vertical automaticamente dado para as ascendentes e descendentes.
0 entrelinhamento negativo e a pratica de compor o tipo em urn espat;o vertical menor. Como exemplo, urn tipo de 48 pontos com 6 pontos adicionais de entrelinhamento seria
CAPITULO 8 - CARACTERfSTICAS DOS CARACTERES 171
0 espacejamento de texto para titulos de acordo com a composi~ao padrao resulta em espa~os distrativos e menor impacxo visual.
0 espacejamento visual de texto para titulos
gera resultados agradaveis com maior impacxo visual. 8. 72 A combm~o de t1pos em ca1xot-alta e caJxit-ba1xa em titulos de ma1or tamanho requer do destgner ma101 atencao ao entrelinhamento e espaco entre letras. 0 espace)amento autornabco da compos1cao ou a marcacao sem a]llstes cna uma aparencia 1/isual ma1s fraca (acima) do que o exemplo que lot composto corn espaco mais apertado (abalxo).
0 ESPACEJAMENTO DE TEXTO PARA TfTULOS DE ACORDO COM A COMPOSI<::AO PADRAO RESULT A EM ESPA<::OS DISTRATIVOS.
ESPACEJAMENTO VISUAL DE TEXTO PARA TfTULOS GERA RESULTADOS
AGRADAVEIS COM MAJOR IMP ACTO VISUAL. 8. 73 0 uso de sornente Ca1xot-alta em tamanhos ma10res requer do destgner ma101 atencao ao entrelinhamento e espaco entre letras. 0 espace1amento autorn<UtCo da cornpoSitao ou a marcacao sem a)ustes cna uma apar~nc1a 1/isual ma1s fraca (ac1ma) do que o exemplo que fo1 cornposto corn espaco ma1s apertado (aba~xo) . 0 acresc11no de uma capitular IOICJal ou capitular ba1xada tambem d1nge o olho do observador par a um Jmpclltante pooto intcial.
172 MANUAL DE TIPOGRAFIA
8. 7 4 A mistura de caixa-alta e caixa-ba1xa torna a leitura rna1s f~c1l do que somente em caixa-alta. As ascendentes e descendentes dao ma1s informacao para o olho e o c~rebro discernirem as formas e traduZJrem o s1gn1ficado da mensagem.
Era, sem duvida. S6 que Alice nao gostou que lhe apontassem essa verdade. "E realmente terrivel", resmungou para si mesma, "como rodas as criaruras discutem. E o bastante para deixar qualquer urn maluco!"
ERA, SEM DOVIDA. S6 QUE ALICE NAO GOSTOU QUE LHE APONTASSEM E"SSA VERDADE. "E REALMENTE TER.RfVEL ",RESMUNGOU PARA SI MESMA, "COMO TODAS AS CRIATURAS DISCUTEM. E 0 BASTANTE PARA DELXAR QUALQUER UM MALUCO!"
ERA. SEM DOV1DA. 56
QUE ALICE NAO GOSTOU
QUE LHE APONTASSEM
ESSA VERDADE. "E REAL
MENTE TERRfVEL". RES
MUNGOU PARA SI MESMA,
"COMO TODAS AS CRIA
TURAS DISCUTEM. E 0
BASTANTE PARA DElXAR
QUALQUER UM MALUCO!"
8. 75 As letras em ca1xa-alta e ca1xcH>aixa sao mais f~ceis de ler do que somente em ca1xa-alta. mesmo quando ha urn entrelinhamento significativamente ma10r para abnr o espace]amento vertical.
Fr~ C:Pm rMvirl~ <\A nnP AlirP n5n anc:tnn nnP lhP ~nnnt~c:c:Pm PC:C:~
.CIV\.1 J.ClVl l.JU V ll.JI\. JV '-<_U.C .n.Ll\...;C 1 ~I\V \JVJ l VU '-<_U.C
indicado como 48/54; esse tipo composto no mesmo numero de pontes para o entrelinhamento seria 48/ 48; o mesmo tipo composto com entrelinhamento de - 12 pontos (negative) seria 48/36. 0 entrelinhamento negative significa que o espa~o das descendentes compartilha o espa~o das ascendentes na linha de baixo, assim as palavras precisam ser integradas com cuidado para evitar as superposi~oes.
A expressao da linguagem refere-se as quebras das linhas de tipo de acordo com o significado pretendido. Os grupos de palavras devem fazer sentido, assim a meta e agrupar adjetivos descritivos com o substantive ou pronome apropriados; procure manter os modificadores na roesrna linha da palavra que eles modificam. Titulos que tenham uma rna expressao de linguagem podem dificultar a leitura e mudar o significado da mensagem.
As quebras de linhas devem estar em locais l6gicos, assim, para dar apoio a expressao da linguagem, experimente trocar de fonte, por exemplo, com uma versao condensada dentro da mesma familia, ou mude de uma fonte arredondada com serifas para uma fonte regular ou condensada sem serifas para conseguir o efeito correte. Leia as frases em voz alta com uma leve pausa no final de cada linha para determinar se a expressao da linguagem esta l6gica e sensivel.
Caixa-alta versus combinac,ao de caixa-alta-e-baixa Registros hist6ricos tern provado que as combina~oes de tetras em caixa-alta e
caixa-baixa sao mais legiveis ou mais confortaveis para a leitura do que a mesma palavra ou senten~a composta somente em tetras maifrsculas. Isso se deve ao fato de que as tetras em caixa-alta tern todas a mesma altura e uma largura similar, enquanta as tetras de caixa-baixa, com suas ascendentes e descendentes, variam grandemente em forma. Essa regra e verdadeira tanto para o corpo de texto como para os titulos, e as estimativas de rapidez de leitura dizem que ha urn decrescimo de 15% para as tetras somente em caixa-alta. Nas composi~oes tipograficas somente em caixa-alta, 0 leiter e for~ado a identificar as formas das tetras individualmente antes de monta-las em palavras, enquanto a combina~ao de tetras em caixa-alta e caixa-baixa permite ao cerebra reconhecer palavras inteiras de uma s6 vez. Isso nao significa que a composi~ao somente de caixa-altajamais deveria ser usada; ela funciona melhor em aplica~oes limitadas para dar enfase especial e emo~ao visual.
0 alinhamento otico dos caracteres nos titulos As tetras capitais A, C, G, J, 0, S, T, V, W. X e Y representam desafios especiais de alinhamento devido as suas formas arredondadas ou angulosas inerentes. Se esses caracteres sao compostos alinhados a esquerda, confiando-se nos ajustes mecanicos do software de aplica~ao , quase sempre vao parecer desalinhados. Geralmente esses caracteres precisam ser ajustados para a esquerda no alinhamento com as
Revis a
outras linhas de cima e de baixo para que pare~am estar na posi~ao correta.
Diferentes software de aplica~ao tern diferentes modos de permitir o alinhamento 6tico. Urn metoda e usar urn leve retorno (Shift + Enter) no final de cada linha de tipo. Acrescente urn espa~o no inicio de cada linha, entao selecione o espac;o e mude o ajuste do espa~o entre tetras (tracking} conforme necessaria para alinhar oticamente os caracteres. Urn numero negative puxa a linha de tipos para a esquerda, e urn numero positivo empurra a linha de tipos para a direita.
0 alinhamento 6tico aplica-se a pontuac;ao nos titulos. Urn exemplo comum e a inclusao de aspas no inicio de urn titulo, que faz com que o titulo pare~a indentado das linhas subseqi.ientes abaixo. Para melhorar a margem visivelmente irregular, use uma pontua~ao saliente para alinhar verticalmente com o restante das linhas tipograficas. As aspas assim chamam menos atenc;ao.
As marcas de pontua~ao sao compostas com urn corpo de tetra ligeiramente menor nos titulos. Isso permite que o tipo continue dominante na mensagem escrita, com a pontuac;ao permanecendo secundaria na hierarquia visual. Quando o tamanho das haspas ou dos ap6strofos e reduzido, a linha de base precisa ser mudada para combinar com a linha de base ou a linha de capitais do titulo original.
9 .I Com a expansao da prod~ao de bens e se~os, o des1gn de fontes multJpltc~se de forma exponenc1al. TipOgrafos, artJstas graficos e designers encontraram urn modo de categonzar e organizar as fontes em grupos l6g1cos.
Identificas:ao e Classificas:ao de Tipos
Em meados do seculo XVI, quando a palavra impressa
passou a predominar, os impressores come~aram a
desenvolver diferentes esrilos de tipos para atender
as demandas da variedade de temas e de autores
publicados. Originalmente tratada como parte integral
da atividade da impressao, a fundi~ao de tipos tornou~
se uma institui~ao separada quando os impressores
ficaram ocupados demais para fundirem os seus
pr6prios tipos.
A expansao comercial dos hens e serviyos
durante a Revolu~ao Industrial resultou na
ampla distribui~ao de produtos manufarurados,
e isso trouxe a necessidade de uma variedade
ainda maior de esrilos de tipos diferentes. Os
fabricantes buscavam identidades pr6prias e (micas
dentro do mercado. Conseqiientemente, houve urn
crescimento formidavel na fundi~ao de tipos no seculo
XlX. Muitos dos designs de tipos classicos ainda se
mantem nas aplica~oes tradicionais da impressao,
mesmo com o aparecimento arual de fontes novas e
ex6ticas.
Conceltoa-c:h•ve
American Type Founders
atributos forma1s
atributos terminais
caracteres-(;have
classrficacao de tJpos
cons~ao
continuo
curSJVa
decoracao
decorativo
d1splay
Estilo Antigo (Old Style)
Estilo Antigo AldinoFrancAs
Estilo Antigo AngloHola~s
Estilo Antigo Veneziano
forma
1nlerrompJdo
letra negra
mode lag em
modemo
origens
padronizacaes
peso
proporcao
QUebrado
script
sem serifa
serifa de barr a
sistema ATypl
s1stema Brillsh Standards
sistema DIN
SJstema Vox
transitional
trans1c10nal de llnha direta
trans1cional modificado
178 MANUAL DE TIPOGRAFIA
American Type Founders A ATF -American Type Founders Company - foi fundada em 1892 e tinha 26 fabricas ramificadas em varias cida· des, entre elas Nova York, Boston, Filadelfia, Havana (Cuba), e Cidade do Mexico. Porem sua sede era em Jer· sey City, e a fabrica fundidora de tipos central da companhia ficava na Communipaw Avenue, 300. A ATF foi a fabricante de tipos de metal dominante na America do Norte por mwtas decadas, desde sua criac;ao em 1892 com a fusao de 23 fundidoras de tipos. As fundidoras incorporadas na ATF inclulam Barnhart Brothers & Spindler (1911 ), Binny & Ronaldson (1892), Boston Type Foundry 0892), Bruce Type Foundry (1901), Central Type Foundry (1893), Farmer, Little & Co. (1892) e Inland Type Foundry (1912).
Em face da concorrencia com as maquinas composi· toras como a Linotype, os lucros comec;aram a cair nos anos 1920, ate que a empresa foi atingida pela fal~ncia em 1933. No entanto, a ATF continuou a fabricar tipos de metal durante a metade do seculo que se seguiu.
Em 1983, a empresa tinha encolhido para seis empregados e em 1993 fechou suas portas, leiloando o que restou dos ttpos e do equipamento. A divisao de impressao tornou· se ATF Davidson, e por um tempo Kingsley/ ATF fez uma tentativa de vender fontes d~ gitais com a marca ATF.
Os primeiros sistemas de classifica~ao
dos ripos que apareceram cram genericos demais, empregando divisoes simples, rais como fonres romanas e fonres id.licas. A medida que os estilos de ripos proliferaram,
foram necessaries sistemas mais complexes
para idenrificar as caregorias gerais. Nos se
culos XIX e XX, duas publica~oes oferece
ram classifica~oes da forma dos ripos: Practical Printing (A Impressao Pratica), dejo~m Southward (1898) e The Practice oJTypography (A Pratica da Tipograjia), de Theodore L. D e Vi nne ( 1900). 0 tipografo frances Francis 11Jibat~deau invenrou um sistema para o ma
terial hist6rico da fundi~o Peignor (1911-1912); Henry Lewis B111leu (biblioredrio da ATF) desenvolveu um sistema anaHtico
similar para a biblioreca da American Type Founders.
No inicio do seculo XX, os esfor~os aca
demicos em consolidar os diferenres elemen·
tOS da pesquisa historica e em dar apoio a revivifica~ao de esrilos de ripos do passado resultaram em revisoes do panorama his
r6rico usando a evolu~ao morfologica como
esrrutura primaria de organ i:~;a~ao. Printing Type (Imprimindo Tipos), de D.B. Updike
(1922), On Type Designs Past and Present (Sobre os Designs de Tipos do Passado e do Preseute), de Stanley Morison (1926), e Type Designs (Designs de Tipos), de Alfred Forbes Johnson (1934), estao entre os escriros mais influences da epoca.
Desde a II Guerra Mundial, as arres gra
ficas e as profissoes relacionadas enfrenra
ram a necessidade de comunicarem-se umas
com as outras numa escala global. Para aren
der as necessidades de padroni:~;a~ao, OS sis
temas de classifica~ao que evoluiram foram muiros, porem, infeli :~;mente, houve pouco
consenso na ado~ao de um sistema de clas
sifica~ao espedfico. lsso pede rer aconrecido devido aos requisites de classifica~ao de dife
rentes profissoes: par exemplo, o bibli6grafo
usa um conjunro de caractcristicas para o
reconhecimenro de fonres que sao bern dife
renres das caractedsticas usadas pelo direror de arre em uma empresa de design. 0 siste· ma Vox (1954), o sistema ATypl (1961), o sistema British Standards (1965) eo sistema D IN (1964, 1998) variam em complexidade
e defini~ao. Mesmo quando exisre cerro grau
de consenso, ainda ha campo para a inter
prera~ao. E interessante ver que os sistemas Arypl, British Standards e DIN foram co
das inAuenciados pelo sistema Vox, porem codas eles mostram diversidade em suas in
rerpreta~oes.
Um sistema simplificado de classifica~ao foi criado par Alexander Lawson, que ideali:~;ou um metoda simplificado para o reconhe·
cimenro e caregori:~;a~o de cipos. As carego
rias denrro do sistema de Lawson incluem
lerras negras, Esrilo Amigo (Vene2:iano, Al
dino- Frances e Holandes-Ingles), transicional, moderno, serifas quadradas, sem serifa,
script-cursive e display-decoracivo.
Letras negras As letras negras evoluiram dos documenros
manuscriros da Alemanha do seculo XV. Eram chamadas tambem de "Gorico" pelos
europeus, o que causou confusao quando os americanos do seculo XIX denominaram as
primeiras lerras sem serifa rambem de "G6-
tico': A classifica~ao das fonres de letras ne·
gras incluem as cacegorias menores de O ld English, Textura (C loister Black e Goudy
Text), Gothic-Anrique, Rotunda ou Round Gothic e Bastarda (tambem conhecida como
Barrarde). As lerras negras siio usadas ocasio
nalmente na America, ma.is frequenremence
na impressao de cerrificados com aparencia
oficial, diplomas, mareriais lirurgicos e lo
goripos de jornais. Goudy Texr (Frederic W. Goudy), Linotex (Morris Fuller Ben
ton), Wilhelm Klingspor Gotisch (Rudolph Koch), Agincourr (David Quay) e C lairvaux
(Herbert Maring) sao fOnres de lerras negras
de fac il disponibilidade.
CAPITULO 9 - IDENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 179
abcoefghijklmnopqrstu~wxy~
ABCD£F~HIJK£ffiN®P~R$tU~IDXYl 9.2 Olde World Bold.
thdnef~i~hlmmttj¥~Bibmlillfult!~ !\1J~~1E~~~~~111E~~,,~~~lJ~~')fl2 9.3 Blackletter 686.
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 9.4 Goudy Old Style Regular.
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 9. 5 Centaur Regular.
Estilo antigo As fontes em Old Style, ou Esrilo Antigo. cern
forces junt;6es de serifas que fazem com que
essas paret;am ter brotado dos trat;os das has
tes. Suas serifas arredondadas, em formato
de tat;as, sao agrad:iveis c rranqi.iilizadoras; a
grande massa das formas das lerras refort;a o
senrido de escabilidadc e de fort;a . As lerras
de Esrilo Anrigo s:io f:iceis de reconhecer
porque tcndem a parecer mais pesadas na
p:lgina impressa. Originalmente, essas letras
foram desenhadas no periodo em que todos
os tipos eram puncionados e cortados :i. mao,
depois fund idos em chumbo, porcamo era
essencial uma massa suficienre para o tra
balho de manipulat;ao. 0 ripo cinha que se r
bastante force para suportar a pressao do pre
lo scm quebrar ou formar rebarbas, portanto
as serifas com junt;6es fortes vieram tanto da
necessidade pr:ltica para a durabilidade sob
as condit;6es adversas como de uma preferen
cia estetica.
Estilo Antigo Veneziano Veneza emergiu como o centro principal da
atividade impressora entre os anos 1465 e
1500 devido a importancia da cidade no co
mercia mundial na cpoca, fazendo com que
as fonres em estilo veneziano se rornassem
bascanre conhecidas na Europa. A lapidat;iio
de fonres em estilo moderno desenvolveu-se
durante esse periodo que agora e chamado
de Esrilo Antigo Veneziano. Existe urn con
rraste m!nimo entre os rrat;os espessos e finos
da forma da lerra. A barra da caixa-baixa e inclinada. As vczes, de forma mais comum
Protaconlstaschave Henry Lewis Bullen
Theodore l. DeVinne
Cathenne D1xon
Jonathan Hoefler
Alexander Lawson
John Southward
Franc1s Thibaudeau
A a A a 9.6 As faces em Est1lo Antigo 1ncluem senfas com fortes 1unc6es e em forma de taca. Sua aparenc1a na pi!glna e pesada porem agradavel.
180 MANUAL DE TIPOGRAFIA
Caracteristic.s identificadoras do estilo anti&o (Old Style) • Variac;ao minima de trac;os
grosses e finos • Serifas pequenas, aspe
ras, as vezes com bases ligeiramente cOncavas
• Pequena altura-de-x.
coU Nos trac;os redondos, o
eix.o e diagonal ou oblfquo, porque seus designs imitam o angulo no qual os escribas seguravam suas canetas.
Mt Os topos das ascendentes
em caix.a-baix.a as vezes ex.cedem a altura dos caracteres caprtais.
Os algarismos variam em tamanho e tern ascendentes e descendentes. Muitas vers6es contemporaneas de tipos em Estilo Antigo nao mantem os algarismos de Estilo Antigo porem, atendendo ao gosto contemporaneo, usam alinhamento ou numeros da altura das letras capitais.
nas lerras N eM, exisrem serifas rerangulares que se esrendem arraves do ropo das imersec
~oes dos rra~os. Nos anos 1890, WiUiam Morris reviveu
o uso das caracrerisricas do Esrilo Antigo Vene:ziano em sua fonre Golden Type, usada pela Kelmscorr Press. Embora fosse adapra
da de uma versao de ripo originalmenre dese
nhada e corrada por Nicolas Jenson, parecia
mais pesada. No final do seculo, o encaderna
dor T.J. Cobden-Sanderson estabeleceu sua propria casa imprcssora e criou uma adapra
~ao do tipo de Nicolas Jenson que chamou de Dove. Essa era mais !eve no peso do que
a Golden Type e ficou popular por mais de vinte anos, inRuenciando a revivifica~ao do
ripo Esrilo Antigo Vene:ziano.
Varia~oes modernas denrro da caregoria
de Estilo Antigo Vene:ziano incluem Cloister
Old Style (Morris Benton), Centaur (Bruce Rogers), ITC Berkeley, Forum, Kennerley, Goudy Old Sryle, Deepdene e Californian
(Frederic W. Goudy).
Estilo Antigo Franco-Aidino Francesco Griffo, urn dois mais comperenres
lapidadores de pun~oes iralianos, produ:ziu
ripos para o editor e impressor Aldus Manutius, de infame repura~ao. Os Livros aldi
nos cram procurados pel a auroridade de sua
erudi~ao. Os designs de ripos de Griffo foram copiados em coda a Europa, parricularmente
na Fran~a. Griffo aperfei~ou-se nos tipos em Estilo
Amigo Vene:ziano dando enfase ao conrras
re dos rra~os, baixando serifas rerangulares e
esrreirando a barra hori:zonral da lerra e em
caixa-baixa. Durance esse periodo da hisr6-
ria, os cip6grafos briranicos urili:zaram ripos
em Estilo Antigo. Lawson agrupou os ripos em Esrilo Anti
go Frances com os ripos Aldino Esrilo Antigo
em uma unica caregoria, Aldi11e-French Old Style, devido a sua 6bvia inRuencia. As adap
ta~oes francesas reali:zadas por arresaos im-
porranres como a familia Esrienne, Geofroy Tory, C laude Garamond e Robert Granjon
produ:ziram a idade de ouro da ripografia na Franp. Estilos muiro conhecidos inspirados
nesse periodo incluem Palarino (H ermann Zapf), Bembo (Stanley Morison), varia~oes
de Garamond (rais como lTC Garamond,
Type Founders Garamond, Linotype Ga
ramond N° 3, Monorype American Gara
mond, Monorype Garamond e Inrerrype Garamond), Granjon (George W. Jones) e uma varia~ao de Garamond denominada Sabon
(Jan Tschichold).
Estilo Antigo Anglo-Holandes A Holanda romou-se um importante centro
comercial durance o seculo XVII. Com a ex
pansao de bens e servi~os, os esrilos de ripos
holandeses espalharam-se pela regiao. Embora considerados menos refinados do que o EsriJo Amigo Frances, des foram aceiros na
lnglaterra. Como a Inglaterra nao era impor
tance nas arividades de fundi.,:ao de ripos nessa epoca, 0 pais dependia do ripo holandes arc OS anos 1720, quando William Caslon
esrabeleceu uma casa fundidora em Londres.
A America colonial dependia de supri
menros ingleses para impressiio are 0 final dos anos 1700. Isro significava que os ripos
produ:zidos pela casa fundidora de Caslon e seus concorrenres cram os unicos ripos dis
poniveis nas primeiras prensas norre-ame
ricanas. Alguns hisroriadores argumenram que o tipo em esrilo Caslon deveria ser considerado o primeiro esrilo rransicional ver
dadeiro, uma ve:z que as serifas parecem rer
conrornos reros e os pesos dos rra~os rem
forre conrrasre. Mesmo assim, a maioria das
lerras em caixa-baixa mosrra uma evolu~:io dis rima das primeiras versoes do Esrilo An
tigo Holandes. Alem de mulriplas varia~oes do Caslon, ourra vers:io popular do Esrilo
Antigo Anglo-Holandes inclui o Janson (de Miklos K.is, porem credirado erroneamenre
a An ron Janson).
Caracteristicas de ldentiftca~lo do estilo transiclonal • Ma1or contraste entre tra~os grossos
e finos • Serifas mais largas, com Juncoes gra
ciosas e bases achatadas
• Maior altura-de-x • E1xo vertical nos tra~os redondos
ode • A altura das caprtais combma com a
das ascendentes • Algarismos t~m a altura das capitais e
sao cons1stentes no tamanho
123Ab Transicional
Como o nome implica, tramicional refere-se
a fontes cujas formas sao uma ponte sobrc o
intervalo de tempo entre as letras organicas
em Esrilo Antigo e a esrrurura de aparencia
mednica das fonres modernas. 0 termo
denota urn estilo estrurural, introduzido no
final do seculo XVIIJ por John Baskervi lle,
que seguiu a maioria das caracterfsricas do
estilo Antigo Anglo-Holandes. As exce~oes
observadas nos desigtls dessas letras foram
devidas ao conrraste obtido por uma pena
larga manejada verticalmente, resultando
em lerras com enfase vertical e tra~os curvos
CAPiTuLO 9 - IOENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 181
horizonralmente equilibrados. Os tipos do
periodo rransicional podem ter outras subdi
visoes em sua categoria:
Lin1m direta - constraste significance en
tre serifas espessas e finas, e serifas finas,
mais achatadas. Exemplos dessas fonres
siio BaskerviUc, Bauer Classic, Bell, Bul
mer, Caslon 540 e Scotch Roman.
Modijicada - menor contraste e serifas
mais espessas (t ambem referido como
"novo transicionaln). Os excmplos incluem
Caslon Antique, Cheltenham, Max.imus e
Melior.
As inova~oes tecnol6gicas de Baskerville
permjtiram que ele alterasse para melhor a
aparencia de seu ripo: tinha uma prensa so
lidamente construida e usava uma placa de
bronze para obter uma impressao mais dura;
passava as folhas de papel atraves de cilindros
de cobre para dar brilho ao papel de impres
sao; mantinha margcns amplas e entrelinha
mento aberto, com quanti dade maior de espa
~o branco nas composi~oes do que era dpico na epoca; formulou novas tintas que davam
uma cor prera majs densa e majs rica.
A categoria rransicional parece canter urn
numero maior de ripos e muitas vezes e urn
esriJo mais dificil de ser dassificado. As faces
rran sicionais parecem desenhadas de forma
majs precisa do que as do Esrilo Antigo, com
hastes graciosamente afinadas em fio de cabe
lo e serifas conicas ponriagudas. Em muitas
das varia~oes, a largura da letra em caixa-bai
xa e ligeiramente expandida, criando conrra
forrnas amplas e cheias. Os tipos rrasicionais
iri licos sao uma combina~ao de elegancia,
equilibria e inrrincado detalhamenro.
Excmplos das faces transicionais, alem de
varia~oes do BaskerviUe, incluem tipos como
Caledonia ( William A. Dwiggins), Bell (Rjchard Austin), lTC Slimbach (Robert Slim
bach), T imes Roman e Times New Roman
(Stanley Morison, Starling Burgess e Victor
9. 7 A fonte Baskerv~lle. urn esblo tranStCIOnal, esta em c1nza comparada com a Melior que esta dehneada e e tambem classlficada como uma fonte em esblo transic1011al. Voc~ pode descrever as s1m11andades que fazem essas fontes diferentes pertencerem a mesma categoria?
AaBbCc AaBbCc 9.8 Saskerv~lle (acima) e considerada uma fonte transitional de linha direta, enquanto a Melior (abalxo) e uma fonte transitional modificada.
182 MANUAL DETIPOGRAFIA
lnvestiguel Busque no
Internet as clossificot;oes do
sistema Vox ( 196 1 ), do sis
tema ATypl do sistema Bri
tish Standards (1965) e do
sistema DIN (1964, 1998) .
Existem similoridodes ou
diferent;os que voce posso
identificor? Cite a s suos Fon
tes de pesquiso!
URL: http/ I
URL: http/ I
URL: http/ I
URL: http/ I
Data do visito:
Caracteristicas de identifica~io do estilo modemo • Extremo contraste entre tra~os gros
sos e finos • Serifas com fio de cabelo sem jun
~oes
• Pequena altura-de-x • Serifa reta • Eixo vertical nos tra~os redondos
0ops! Lardenr) e Century ( Lynn Boyd Benton e
Theodore L. DeVinne).
Tipos em estilo moderno Em poucas decadas, a ampla aceira~ao dos
ripos transicionais ajudou a esrimular urn
novo sentido de esrilo ripogrifico na Europa.
especialmenre na Fran~a e na lrilia. Os ripo· grafos, inspirados pelo BaskerviUe, passaram
a rejeirar a rradi~ao classica do Estilo Antigo
com suas letras sugeridas pelas penas de es
crever e continuaram a refinar a no~iio da for
ma de lerra perfeita. Mesmo que ralvC'Z niio
fossem os mais legiveis dos estilos, os ripos
modernos eram visualmente mais distinros.
Enquanto os desigus transicionais eram forte
mente baseados nos progressos recnologicos,
os designs modernos represenravam o primei
ro movimenro na dire~iio da expressiio visual
do tipo. No final do seculo, a popularidade
do esrilo moderno estava esrabelecida, e a in-
dustria da impressiio come~ava a enrrar em
urn periodo de mudan~as sem precedences. Fran~oise Ambroise Didot na Fran~a e
Giambattista Bodoni na lr:ilia ficaram mais
bem-conhecidos pelos d,sigt•s de ripos que
escabeleceram cstilo moderno. As fonres mo
dernas empregam uma enfase vertical e serifas
sem jun~oes. As serifas sao lim pas e precisas,
em angulos reros. A fonre Bodoni rem uma
aparencia arquirerural e conservadora em sua esrrutura perpendicular. A versiio irilica in
corpora belas terminais em forma de lagrimas
e rra~os amplos e curvos. Ourros exemplos das fonres modernas incluem ITC Fenice {Aldo
Novarese), Linotype Didor {Adrian Frutiger),
Caledonia e Electra (William A. Dwiggins).
Keppler (Robert Slimbach) e Else (Robert
Norton).
Serifa quadrada e em bloco Por rres sckulos e meio, a ripografia e a im
press:io envolveram-se exclusivamenre com a
publica~:io de livros. No inicio dos anos 1800. o impacro da Revolu~:io Industrial propulsionou a industria da impressiio numa nova
dir~:io. 0 advenro da manufarura industrial
criou a necessidade de promover a venda de
bens de pronra-entrega e, a medida que a eco
nomia foi se rornando mais complexa, os fa
bricanres requeriam uma miio-de-obra mais
lerrada. Dirigindo-se a essas necessidades,
emergiu o impressor de servi~os ou comercial. Novas midias de impressiio - revisras e
jornais - proliferaram e alcan~aram grande
apelo para as massas. Emergiram os anuncios
impressos, urn modo eferivo de vender pro
duros a grandes numeros de pessoas. 0 impacro da tecnologia na fabrica~iio de
papel de imprensa e a composi~ao ripogdfica mecanica criaram a demanda por urn novo
estilo no desig11 de ripos que fosse comparivel
com a produ~iio em massa. 0 advenro do jor
nalismo impresso e da propaganda precisava
de ripos que fossem n:io somente legiveis mas rambem grandes e diferenciarivos o basranre
para chamar a aren~ao do lei tor.
ldentifica~io de fontes com sertfa quadrada ou serifa em barra • Vanac;ao minima entre trac;os grossos
e finos • Serifas pesadas com extrem1dades
quadradas
• Grandes alturas-<1e-x • Eixo vertical nos tra<;os redondos • Pequena ou nenhuma 1unc;ao
Toy, Os tipos de serifas quadradas que se cor
naram populares nessa epoca sao muicas ve
zes chamados de serifas em bloco ou tipos
eglpcios. 0 escilo de serifa quadrada ripico
rem muicas vezes uma linha de espessura uni
forme, parecendo ser conscruido com cra~os
que rem o mesmo peso. As lerras sao basea
das em designs geomecricos simples; muitas
vezes os caracteres arredondados sao drculos
perfeicos. A alrura-de-x e um tanto grande na
maioria dos exemplos, uma vez que grande
propor~ao do corpo e consumida pelas seri
fas pesadas e grossas. Sua estrutura vigorosa
faz com que o titulo se corne dominance em
uma composi~ao, mas perca a legibilidade
quando composco em camanhos pequenos;
as serifas relativameme grandes agem como
barreiras no corpo do rex co, imerrompendo a
suavidade da leirura.
Esse periodo e geralmenre considerado
como um passo para rras na evolUt;ao do de
sign de tipos. A tendencia em dire~:io a uma
CAPITULO 9 - IDENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 183
estetica mais refinada que come~ou com as
formas rransicionais e conrinuou com os ci
pos modernos foi obscurecida pelos dirames
da produ~ao em massa e pelas novas midias
impressas. 0 design de novos tipos passou a
ser inAuenciado mais pela popularidade co
mercial do que pelo desenvolvimenro escerico
ou recnol6gico. Essa no~ao de apelo popular e
ilustrado pelo faro de que muiros desses tipos
receberam nomes ex6cicos, que pareciam egip
cios, para explorar a fascina~ao publica pelas
descobercas de objetos do amigo Egiro.
lTC Officina Serif (Erik Spiekermann
e Ole Schafer), Candida (Jakob Erbar),
Egypcienne F. Serifa, Glypha, West (Adrian
Frutiger), Lubalin Graph (H erb Lubalin),
Memphis (Rudolph Wolf), Stone Informal
(Sumner Scone) e Cheltenham (Tony Scan)
sao exemplos de fontes com serifas quadradas,
serifas em bloco ou da caregoria egipcia.
Sans serif 0 infcio do seculo XX viu um continuo de
senvolvimenco recnol6gico na impressiio e
na composi~iio ripografica, o Aorescimenro
da propaganda e do jornalismo impressa,
bern como um movimento comemporineo
no design de tipos, inAuenciado pelos movi
memos europeus da Bauhaus e do De Stijl.
Por coda uma gera~ao de designers e cip6gra
fos, o caraccere cipografico emergiu como um
elemenro expressivo do desig11. Como uma
rea~ao negariva bastante significativa contra
OS excessos npograficos do seculo XIX, a di
re~ao do novo desig11 viu uma forma de letra
basica que era apropriada para a comunica
~iio comemporanea.
Os tipos sans serif. ou sem serifa, abando
naram nao apenas a serifa mas tambem a va
ria~ao significariva na espessura e no peso dos
rrao;:os. As alruras-de-x foram basta me aumen
tadas, uma pratica que surgiu para exemplifi
car o gosto conremporineo (muicas das revivi
fica~6es de desigtiS de ripos anceriores incluiam
o au memo das alruras-de-x originais).
Caracteristicas das sem serif a • Pequena ou nenhuma va
riac;ao entre trac;os grossos e finos
• Ausencia de serifas • Grande attura-<1e-x • Pequena ou nenhuma en
fase no eixo dos trac;os redondos
• Com frequencia, terminais em acabamento quadrado
kabel futuro
•
un1vers
184 MANUAL DE TIPOGRAFIA
Caracteristicas das script e cunivas • Variac;ao entre trac;:os gros
sos e finos • Ausencia de serifas (as
vezes substituidas por caudais)
• Variac;ao nas alturas-de-x
Separate fetters are
cfiaracteristic of cursive fonts
Quase por definio;:ao, a era Art Deco foi
traduzida como tipo sem serifa. As fontes
modernas mais comuns desse genero incluem fontes como Avant Garde (Herb Lubalin e Tom Carnase), que e dificil de ler em exten
sao; uma fonte sem serifas graciosamence ge
omerrica dos anos 1930 e Furura (Paul Ren·
ner) e uma face display mais recenre no estilo art deco e lTC Anna (Daniel Pelavin).
0 movimento sem serifa continuou por
varias decadas com 0 desenvolvimento de desigiJS imensamente populares como Univers (Adrian Frutiger), H elvetica (Max Meidinger), Antique O live (Roger Excoffon), Kabel
(Rudolph Koch), Bell Gothic (Chauncey H.
Griffith) e Myriad (Robert Slimbach e Carol Twombly com Fred Brady e Christopher
Slye).
Script e cursiva As faces de tipos script e cursiva sao aquelas
que representam literalmenre os estilos de escrita caligrifica ou de letras feitas manual
mente. Como uma disrin~ao geral, as script rem lerras em caixa-baixa ligadas ou em jun~ao, similares a caligrafia, enquanto as cursi·
vas parecem letras feitas a mao sem liga~oes umas com as ourras.
Os designs de script e de cursiva podem ser
caligraficos (parecendo ser desenhados com
uma pena) e formais, como se ve em impressos sociais como convires e proclama~oes, ou de aparencia mais informal que parecem ser
desenhadas a pincel. A maioria dos des igns mostra caracteres em caixa-alta ornamenra· dos, com floreios, que mrnam esses estilos de
tipos ilegiveis quando compostos somente em caixa-alta.
Esses tipos come~ram a aparecer no final do seculo XIX, quando mais e mais fundido
ras de ripos passaram a comperir no mercado
comercial dos impressos. Exisre uma enorme variedade de scripts e cursivas disponiveis
hoje, a ma.ioria delas desenhada nos anos
1930, quando sua popularidade esrava nas
alturas. A partir dessa epoca are o inkio dos
anos 1950, as lerras em pena e a pincel foram
enormemenre populares na propaganda e na
impressao comercial. As casas fundidoras de
ripos inundaram o mercado com fonces nes
ses estilos, que foram amplamente utilizadas,
especialmenre quando os dienres nao tinham
orpmenro para conryarar artistas lerrisras.
Os exemplos de fonres script incluem Linos
cript (Morris Fuller Benton), Kiinsler Script
(Hans Bohn), Kaufmann (Max R. Kauf
mann), Bickham Script (Richard Lipton) e
Snell Roundhand (Matthew Carter). Exem•
plos de fontes cursivas incluem Giddyup
(Laurie Szujewska), Pelican (Arthur Baker),
Pepita (Imre Reiner), Charme (H elmut Ma
dleis), Ex Ponm (Jovica Veljovic) e Wiesba·
den Swing (Rosemarie Kloos-Rau).
Display e decorativo Na maior parte da hisr6ria dos tipos, o uso de
caracreres decorarivos foi aplicado no design de paginas de livros e normalmenre limirava·
sea p:lginas de tirulos omamenrados, aberru·
rase iniciais de capfrulos. No seculo XIX, no
en tanto, a proliferao;::i.o das fontes com serifas
em bloco niio sarisfazia definirivamenre o
apetire insaciavel do publico por ripos dife
rentes e ornamenrados.
Os cartazes e os anuncios dependiam
muito do tipo em tamanho grande, chama
do de ripo display, para arrair areno;::i.o. Devi
do ao ramanho do tipo display, a legibilidade
era menos importance que o impacro visual.
Os designers de ripos display incorporavam
a ornamenrao;:iio para aringir esse impacto,
assim os designs ignoraram compleramen
te seculos de evolu~ao esretica em favor de
qualquer truque visual que pudesse apanhar
o olho do publico. Os ripos se rornaram
mais espessos, incorporaram contornos ex
rernos e internos, eram coloridos ou tonali
zados, pareciam ser rridimensionais e pro
jetavam sombras. A maioria dessas fonres
Faces display decorativas • Grande varia<;ao entre peso e Qualida-
de dos tra<;os • Mistura de serifas e sem serifas • Varias alturas-de-x • As vezes somente em cap1ta1s
exrravagenres gozou de sucesso imediato, porem riveram vida curta.
0 final da era vitoriana, de 1880 ate a I Guerra Mundial, foi caracterizado por urn esrilo ornamental de arce conhecido como Art
Nouv~au, com linhas orginicas, assimetricas, inrricadas e fluidas. 0 movimento produziu de forma simjlar uma ripografia diferenciada e altamenre decorativa que viveu uma revivencia dura me OS a nos 1960.
Exisrem varias reedi~oes digitais das fonres Art Nouv~au, ainda que poucas sejam usadas. Algumas das fomes digicajs mais
CAPiTuLO 9 - IDENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 185
comuns em Art Notweau sao Arnold Bocklin (0. Weisert), Arrisrik (desconhecido), Des
demona (Dickinson Type Foundry (1900) e
J im Spiece [2000]), Galadriel (Alan Meeks) e Victorian (Colin Brignal1).
Pepperwood, Rosewood e Zebrawood (Carl Cosgrove, Carol Twombly e Kim Buker Chansler), Sassafras (Arthur Baker), Bermu
da (Garrett Boge e Paul Shaw), Ironwood,
Blackoak, Mesquite (Joy Redkk), Beesknees (David Farey), Birch (Kim Buker Chansler), Blue Island (Jeremy Tankard), ITC Anna
(Daniel Pelavin), Shuriken Boy (Joachim MiiUer-Lance) e Umbra (R. Hunter Middle
ton) sao outras faces decorativas disponlveis em formato digital.
A busca por urn sistema de classifica~ao moderno As discussoes online estio repletas de pedidos
de informa~ao sobre sistemas de classificapio
d~ tipos, desde que o campo do d~ign de tipos explodiu com o uso do computador pessoal. Os sistemas dpograficos estabelecidos nos ulrimos 40 anos nao rem como padronizar uma variedade rao grande de formas de lerras. Os
sistem1s existences, baseados em categorias
definidas de forma debit, nao acompanham o ritmo de cresrimento da industria. As tenrativas em arualiza- los aumemam o numero
de categorias o que por sua vez multi plica os problemas.
Nao ha resposta simples para assumo tao complexo. 0 rip6grafo Jonatban H oefler
escreve,"uma taxonomia para o cipo, se fosse compreensivel, adapravel, corriglvel, expansi
ve!, acessivel de forma geral e mesmo assim
infinitamenre refinada, seria de imensuravel valor para qualquer pessoa imeressada nas
letras. Se ela fizesse o levanramenro das influencias culrurais, esrericas, tecnol6gicas e
lireririas do design de tipos - em vez de posrular uma progressao simples de esrilos, implicando em uma evolu~ao com urn - poderia
ffrt Rouveau
9.9 Exemplos de fontes decorativas que denvam seu esblo do perlodo art nouveau e do periodo Art Deco sao respectivamente a Arnold Bocklin e a Broadway.
186 MANUAL DE TIPOGRAFIA
9.10 A coostru~ao refere-se as caracterisbcas dos tr~os, senfas, barras etc. As vezes a referencra ao instrumento com que o original foi criado ajuda a esclarecer suas caracteristicas especificas.
00[]0 9.11 A forma e a categoria que diz resperto a relal(iio entre os elementos curvrlineos e retrllneos- a intera~ao de formas como circulos, ovais, quadrados e retangulos dentro do todo.
A porta levava direto para urna grande cozinha, que estava enfuma~ada de urn extrema ao outro. A Duquesa estava sentada em uma cadeira de tres pes. dando de mamar a um be be; e o cozinheiro estava inclinado junto ao fogo, mexendo em urn grande caldeinio que parecia estar cheio de sopa.
A porta lt'fata dlrt to parauma ~rude coztllha, que u tua eafum~da de um utrtmo ao outro. A Duque sa estata seatada em ama cadelra de Iris pes. daado dt mamar a am btbl: to cozlabttro estau tacltaado junto ao IOfO, mueado em um
~raade caldelr6o que parecla estar cbeto dtsopa.
Light Medium Demi Extra Bold 9.12 0 peso refere-se tanto a varracao do peso do tra~o dentro de uma famma de bpos, por exemplo, claro, mt\dro e negrrto ou bold, como a do peso vrsual do texto trpografico composto, as vezes chamado de cor.
cenrar urn registro mais fiel da rica c comple
xa hist6ria da tipografia':
Em 1995, Catherine Dixon comet;ou a
rrabalhar em urn programa de cacalogat;ao
para um arqu ivo forografico de desenhos de
letras, o Central Lettering Record , estabe
lecido em Londres no Central Saine Mary's
College of Art and Design. A medida q u e
o projeto se dcsenvolvia, tornou-se eviden
te que nen huma nomenclatura tipogr:ifica
existence oferecia um enfoque pratico para
as formas hibridas caracteristicas do desig11 de tipo conrempocineo. E la esrudou as pos
sibilidades da classificat;ao d e cipos e a ideia
d e ampliar urn sistema bisico de categorias,
e foi a visualizat;iio desse p rocesso e do uso
particular de mapeamenro visual para rcpre
sentar relat;oes-chave hierarquicas e hisc6ri·
cas que levou a uma nova abordagem orga
nica para a descrit;ao das formas das letras.
A nova escrurura descriciva para as formas
de cipos propos ta por Dixon compreende
cres componentes primar ies de d escr it;ao :
origens, atributos formais e padronizat;oes.
0 prop6siro da estrurura e proporcionar um
sistema de referencia no q ual as faces de tipos
possam ser analisadas individual mente e pos
sa ser construida uma descri~o dos requisi
tos de cada uma das faces. A ideia e chegar
a uma descrit;iio que niio esteja centrada em
uma estrurura inAexivel que force as faces de
cipos d enrro de uma categoria tanto visual
como conceirualmenre.
As orige11s descrevem as inAuencias for
mais genericas e conduzem a uma reuni:io
util de grupos maiores de faces de ripos que
comparrilham similaridades delineadas no
enfoque ou como referencias visuais. Essas
origens idenrificam inAuencias rais como a
decorar;:iio ou inRuencias pict6ricas, caligrafia,
as caracteristicas de um tipo romano e assim
por dianre, de acordo com desenvolvimenros
cronol6gicos dos ripos n u ma perspectiva his
t6rica.
Os nrributos forma is descrevem caracteris
cicas espedficas e deralhadas do desigr1 e da
consrrut;iio do tipo. Esses se dividem em oico
cacegorias:
Conscrur;::io
Modelagem
Proporr;:iio
Caracterlst:icas-chave
Forma
Terminais
Peso
Decorat;:io
Essas cacegorias proporcionam a base
para a segunda porr;:iio da csrrucura, com
cada cacegoria sendo subdividida em lisras
descritivas de caracceristicas rna is espedficas,
que permirem uma descrit;ao mais detalhada
e definitiva.
A caregoria de COIIStrupio nos acriburos
formais descreve o enfoque na monragem
ou consrrut;ao das partes componentes que
consciruem as caracreristicas de uma deter
minada face de tipo. Essas partes sao as ve·
zes referidas como "rrat;os" - particularmente
quando as formas do caractere sao derivadas
de origens caligr:ificas. Os arriburos e as rela
r;:oes d o trat;o incluem contf11r1o, quebrada e in
terrompido. Os arributos de consrrut;iio tam·
bern descrevem enfoques alternacivos para
construt;ao (tais como modular), referenda
a instrumenros que informam a construt;iio
d os caracceres ( resouras, pena caligr:ifica, rna
quina de escrever, ere.) e uma referencia para
a caixa da forma da letra (caixa-alra e caixa
baixa. alfabero isolado, ere.).
Os acribucos de forma descrevem as fo r
mas b:lsicas do alfabeto Iatino, que sao as
curvas e as linhas reras. Aqui esriio Lisrados
os facores que inAuenciam a aparencia das
formas das letras, cais como a curvacura e
variat;iio, o craramenro de cada urn desses
componenres e as possiveis variar;:oes na for
ma. Por exemplo, linhas curvas, que siio con
rinuas nas formas de lerras rradicionais, po
dem ser angulosas, quebradas ou rompidas e
ainda redondas, ovais ou quadradas em seu
I
9.13 Um exemplo de uso da terminologta de Cathenne D~ xon. 0 exemplo mostrado, MT Old Enghsh, fo1 idenbficado por meto de um sumario de suas caracterlsticas visuais.
CAPITULO 9 - IDENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 187
Visao de Conjunto amostra do tipo: MT Old English Nova Estrutura de Descrif;ao
A
Sumarlo dos atrlbucos formais (comPOne:nte especiflco de descri~a:o) lX2X 4 S.X6I 7 8.»4 Os atrlbutos formals descrevem as uracterfsticas flslcu do design do tipo e da constru~~o. Esses se divldem em alto
tategorlas: l Constru~ao. 2 Forma, 3 Modelagem. 4 Terminals, S Propor(.!o, 6 Peso, 7 Caracteristlca.s-chave, 8 Decorat~o
1450 1500 550 1600 1650 1700 1750 1800 1850 1900 1950 <OOO li ~ ~ .. ~~--~~----~rr~--~~--r-~~~----~~--~~----~~--~~~~~~~~~.;~.:~:~"~3~~~"~ •• ~.~====~:!·1 £ :0 Lat na & Runlca ., "' reou 1 & 2 z:
-8. g ... & U _ntlga lt~uana_..,!,.Franctsa 0 - B ( [_t_QTOcriTstrlfa-cH'barr"A• ! ~ ~ rotuc• sem urlfa J! ~ au:ndon J n u = ~ ·a 1-'H-"""1--~~ Podronlza~6es c ~ Comblna(6es repetldas de orlgens e atributos ·~ ~ rormats usados atravts da hist6tia do design "'Q "' d~ tipos. Aqul essas padronlzac;:6es est~o I
[Fiiface CLma Corda)= = EsU o Antigo (old ~•v e
o ~ apresen\adas ao Iongo de uma llnha de tempo ~ & da data aproxlmada do lanc;:amento.
-~sto br _llnlco: tar~lo ~to conlinenul: urdlo -=
8. ~- ~ .. !! .... ""' o;g
~~E ~ .2 e ~.,.:.: "'.!! ~ .., v c
~ ·~ E ~~~ ~~ ~ ~ E ~ ~ ~~~ 8.::;'2 e~!:!
~rcc-.-,-,.-'To""'r =',a"'n~l"c"'o""': Fni'tl~~r -- ::::a.. ~====~=l ~~sto continenti : In cia
I r Cos to holandh r"-l~=!!l.!,!r=n7• ""ro="m'='a"'n~"• =
= Romani human tUu 1 I lnrormattdiCie & homem comum
j I Roudhan 1 (Copperplate)
'-!!!.!U: romana u.cund.i~ i
l illi!Y •m mlo 1ullana ==~~~~======( r~ar• • ~ond•! au antlga
0 -c ~
-;~~ _j Origens da L. ~ ~ ~ H L escrita manual_] 5 ~ ~
I [ lutarda(Scrfp_r gtn~nu __ quebr11da)
~ ~----~--------~--~----~--~----~--~----~--~----~
A A nova estrutura descrihva opera presumtndcr se que o carater formal de toda a face de tipo pode ser explicado em termos da configuracao especlfica de dois componentes pnnctpais de descncao: origens (influenctas genericas) e atnbutos formats (caracteristiCas formats especificas).
B E feita tambt'!m referencia il listagem de defi. niciio de padroes para ver se uma determinada face de lipo adere a qualquer das configuraciies estabelecidas de origem e atnbutos formais que repetem-se ao Iongo da hist6ria das formas dos tipos. No caso da amostra (Monotype Old English) a referencta e feita ao padriio Textura.
C Nessas 1nstancias da descricao. em que um padrao e considerado amplamente apropriado, mas uma determinada forma de tipo e de alguma forma desviada, a referencia a padromzacao e moderada por referencia posterior com as listagens gerais de origens e/ou dos atributos formats.
188 MANUAL DE TIPOGRAFIA
Consrru~ao
Forma
Moddage.m
Terminajs
Propor~ao
Peso
Caracre.risticas ·c:have
De.cora~o
Textura
9.14 !A direlta) Os atributos termtnars na termrnologia de Dixon vanam de acordo com o ttpo de finaltza~ao tnerente ao traco da forma da letra, tnclutndo senfas em formato de espora, serifas tradictOnats ou op~Oes sem serdas.
9.15 IAbarxo) Sumano das caracteristicas 111suars da MT Old Engltsh da pcigtna anterior, usando a estrutura descrrtJ. va da forma do bpo.
Origem Escrica man!Ul
Atributos Formais
abordagem: escrica quebrada
deralhamenro estrutural: n:io-cursiva, perpendicubr, caracceres nio ligados e possfveis tra~os com arcos
referencia direra ao insrrumenco: pena de lio largo
conjuncos de caracceres: caixa-alta· e·baixa, descri~ao cendenciosa para caixa-baixa
tracamenro geral: algumas formas de caracteres reAecem inAutnci:u da origem/ conscru~ao, enfaricamenre "corcado"
curvas: geralmenre angulares com aspecto quadrado exemplificadas em urn 0 consrrwdo com seis !ados retos
hastes: (b:lsico) retos com concomos paralelos
como resulcado de sua consrru~o de scrrpt quebrada -
contraste: alto/ exagerado
eixo do contraste: inclinado
transi~o: abrupto
linha de base/geral: serifas rerangulares obllquas derivadas da escrica manual alrura-de-x: como acima
ascendentes: geralmeme com pontas bruscas, aS VC'US ligeiramenre em forqu ilha
as formas das lerras script quebradas siio geralmenre esrreit:u, acrescentando·se que as grandes alruras-de-x da Texrura resulcam ern formas de letras parecendo geralmence rnuiro altas
propor~oes relativas incernas: ascendentes e descendenres curt:.s
formas de letras negras em a "cor" e geralmence pesadas
n duplo ou de dois andares: fechado
d curvado para rr:ls
r com barra indinada para cima
g duplo ou de dois andares
h ~$ VC'U$ COm 0 ffa\0 da cUrtita CUrvado para dentrO, possivdmcntc descendo abaixo da linha de base
p com rra~os cruzados na linha de base
s fin•l similar ao algarismo 8
nao·aplicavel
ABCDEFG ABCDifG aspecro. As hastes - as linhas dominantes em uma forma de lerra - podem incluir elemen
tos convexos e concavos e podem ser paralelas, irregulares ou osrenrosas. Ainda pode ser
feita referencia a curvas especificamenre de
nominadas (ou partes de curvas), tais como bojos, como rambem a deralhes e posit;:oes de
linhas secund:irias, como as barras eo rrara· menro generico dos miolos.
A caregoria modclagem refere-se ao con
rrasre no peso dos rrat;:os, abrangendo desde urn peso consisrente are uma diferent;:a alta· mente exagerada. Alem do conrrasre no peso
do rrat;:o, estao incluldos aqui a enfase e 0 ripo de rransir;ao enrre os rrar;os.
Os atributos terminais descrevem a varie
dade de rerminais e o acabamcnto dos rrat;:os
enconrrados denrro das formas das let ras,
como tambcm onde e como elcs foram aplicados. As descrit;:oes de rerminais na linha de base incluem os derivados da escrira manual,
das conhecidas serifas em forma de cone que evolulram dos modelos romanos de escrita
gravada e ourras variar;oes como serifas de barra, serifas roscanas (as vezes chamadas
de forquilhas, esporas ou rabo de peixe) ou
Ah Ah Ah i Aht ~
9 I 6 A proporciio descreve o relac100amento enlle os comPOOenles da forma da tetra- por exemplo. a altura da CaPtlal relabva a allur<Hle-x.
op~oes scm serifa. Alguns caracteres tambem tern rerminais difcrcnciarivas de outras parres de suas formas que sao uteis para a iden
rifica~iio e descri~iio de uma face de tipo. Por
exemplo, a curva do bra~o no topo de uma lerra a em caixa-baixa podc ser descrira de
forma variada como conica, ta lhada/recortada, lobular (em Ligrima) ou completamence redonda.
A proporrao descrevc a forma da letra em rela,.ao ao espa~o que ocupa. Muiras vezes referida como rela~oes entre largura e alrura
e denominada condensada, media ou expan
dida. Ourra considera~ao proporcional seria o relacionamento das alruras da ascendenre e
da cap1tal com a alrura-de-x.
0 arriburo formal de pl'so descreve a for~a
visual das formas como urn todo, descrita de acordo com a cor: clara, media ou negra. As familias de ripos as vezes induem varia~oes
de claro, medio e negrito ou bold. As carclctcristicas-chave idenrificam e des
crevem aqueles caracreres cujo rraramenco e
significativo na distin,.ao entre uma face de
ripo e ourra. A sele,.ao basica pode incluir urn
a e urn g de urn ou dois andares, urn e com
uma barra obliqua ou horizontal, urn J ou J assenrado na linha de base ou descendo abai
xo dela, urn Q de cauda curta, cauda longa ou
uma cauda que corra o bojo e urn R com perna rera ou em curva.
CAPITULO 9 - IDENTIFICACAO E CLASSIFICACAO DE TIPOS 189
Os atriburos de decora ftiO descrevem alguns dos morivos e tratamentos comuns usa
dos no detalhamento das letras. Os morivos
comuns incluem pergaminhos abstratos, me
dalhoes e Roreios ou formas mais pict6ricas de Rores e folhagem. Os traramentos decora
rivos incluem o uso de delineamenco externo ou interno, ronaliza~oes, cameos (reversoes),
sombras e esrenceis.
0 terceiro componente de descri~ao primaria da estrurura descririva de Dixon sao
as padrouiza(oes, que s:io definidas com o
uso dos dois ourros componentes b:l.sicos de
descri~:io, as origens e os atriburos formais.
Quando uma o rigem (ou origens) e uma combina,.ao particular de atributos formais
sao usadas repetidamente em conjunto num
relacionamento fixo, 0 resultado formal e
idenrificado como urn padriio. No encanco,
enquanro as padroniza .. oes s:io chave para
compreender os seculos anreriores do design
de tipos, a partir do final do seculo XlX, a divcrsifica~:io da forma tal como e repre
sentada na pr:itica do design de tipos novos e originais tornou-se tao extensa que n:io e mais possfvel tenrar formalizar tendencias
dessa maneira. Mais do que nunca, as formas
dos tipos requerem descri~ao em bases individuais, scm referencias a quaisquer padro
niza~ocs. A descri~ao de tipos resulrante e bascada na premissa de que codas as formas
de ripos podem ser descritas em termos de suas combina~oes individuais de origens e
atriburos formais .
Esse prot6ripo de sistema parte dos siste
mas de classifica .. ao anceriores no senrido de que os ripos nao precisam mais ser classifica
dos em catcgorias exisrenres. Componenres
de descri~ao adicionais podem ser acrescen
tados a medida que forem requeridos. Essa chavc terminol6gica permite ao designer uma
Aexibilidade na classifica\:io por proporcio
nar qualquer combina~iio de caracterfsricas
visuais em vez de oferecer apenas grupos predecerminados de idenrificadores.
ag ga
9.17 Os caracteres-<:have sao as letras em uma fonle Que fornecem PtStas VlSUats para ajudar o observador a distinguir uma fonle de outra. tal como urn a e urn g de dots andares comparados com urn a e urn g de andar UOICO.
9.18 A letra I e urn caractere-chave, uma vez QUe ele pode estar assentado dtretamente na linha de base ou estendido abaixo da hnha de base como lana a descendenle de uma fonte tradtciOilal.
ABCDifG A(!)CD~f J~I~C:I) 9. I 9 Os alrtbutos decorabvos tnduem tratamentos espec1a1s como dehneamento tnlerno. rabtscos ou cauda1s abstralos evari~Oes esteticas em estilo de estenc1l.