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Manual do Investidor
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251
PREFEITURA DE FORTALEZA
Luizianne de Oliveira Lins
Prefeita
SECRETARIA DE FINANÇAS
Alexandre Sobreira Cialdini
Secretário
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
José de Freitas Uchôa
Secretário
ELABORAÇÃO
Francisco José Soares Teixeira - (Assessor/SDE)
Tatiana Teófilo Scipião Araújo (Assessora/SEFIN)
COLABORAÇÃO
Jair do Amaral Filho (Consultor)
Camila Josino (Técnica/SEFIN)
Luiz Cavalcante (Técnico/SEFIN)
EDITORAÇÃO
Fernanda Lisieux
351
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 5
2. PORQUE INVESTIR EM FORTALEZA.......................................................................... 10
2.1. Localização geográfica............................................................................................. 11
2.2. Transporte............................................................................................................... 12
a) Transporte rodoviário......................................................................................... 13
b) Transporte metroviário...................................................................................... 14
c) Transporte ferroviário........................................................................................ 14
d) Transporte aéreo................................................................................................ 15
e) Transporte marítimo.......................................................................................... 17
2.3 Infraestrutura básica................................................................................................ 21
a) Abastecimento de água e esgoto............................................................................. 21
b) Energia............................................................................................................... 22
c) Saúde................................................................................................................. 26
2.4 Atividades econômicas em expansão........................................................................ 28
a) Indústria............................................................................................................. 28
b) Comércio........................................................................................................... 31
c) Turismo.............................................................................................................. 32
2.5 Perfil social.............................................................................................................. 34
2.6 Facilidade de acesso ao crédito................................................................................... 38
a) Linhas de crédito..................................................................................................... 38
b) Linhas de microcrédito............................................................................................ 39
c) Relação de instituições operadoras de microcrédito............................................... 43
2.7 Ambiente de negócios.................................................................................................... 45
a) Política de apoio às micro e pequenas empresas..................................................... 46
3. VOCAÇÃO PARA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D) ....................................... 49
3.1. Instituições de P&D........................................................................................................ 50
3.2. Instituições de Ensino................................................................................................... 51
3.3. Incubadoras de empresas............................................................................................. 54
4. PASSO-A-PASSO PARA ABRIR UM NEGÓCIO EM FORTALEZA................................... 56
4.1 Aspectos tributários.................................................................................................... 58
451
5. ANÁLISE REGIONAL DE FORTALEZA......................................................................... 62
5.1. Secretaria executiva regional I.................................................................................... 64
5.5. Secretaria executiva regional II................................................................................... 68
5.3. Secretaria executiva regional III.................................................................................. 72
5.4. Secretaria executiva regional IV.................................................................................. 76
5.5. Secretaria executiva regional V................................................................................... 80
5.6. Secretaria executiva regional VI................................................................................. 83
6. O PRODEFOR.......................................................................................................... 87
7. CONTATOS............................................................................................................. 90
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 92
9. ANEXOS................................................................................................................... 94
651
Uma estratégia de desenvolvimento sustentável para Fortaleza precisa se consolidar com uma
atuação ampla em diversas frentes, envolvendo o poder público, a sociedade civil e a iniciativa
privada. Nesse sentido, na Prefeitura Municipal procura-se cumprir esse papel e construir essa
agenda com uma visão integrada. Em relação à própria Prefeitura, pautam-se os trabalhos na
obtenção e garantia da saúde financeira do Município e na melhoria dos processos e da gestão
pública. A participação com o Ministério da Fazenda no Programa Nacional de Apoio à Gestão
Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM), por exemplo, proporcionou
recursos para serem investidos na modernização fiscal e administrativa e nos investimentos na
atualização da estrutura de tecnologia da informação.
Dessa forma, busca-se agora renovar a concepção com um modelo de atendimento com foco
no cidadão. Um exemplo importante é a implantação em andamento das Praças de
Atendimento nas Secretarias Executivas Regionais – SERs, com o objetivo de centralizar,
facilitar e dar celeridade no acesso da população aos serviços da Prefeitura. Um outro
exemplo, a parceria com a Corporação Financeira Internacional – IFC, braço privado do Banco
Mundial, está ajudando a reduzir a burocracia para formalização de empresas, utilizando como
referência melhores práticas internacionais.
Quanto às ações da Prefeitura voltadas para sociedade civil, esta é uma grande prioridade da
atual gestão. Acredita-se que a participação e o empoderamento popular são fundamentais
para estimular o desenvolvimento endógeno e fortalecer a identidade desta Capital. Nesse
sentido, o Plano Diretor Participativo (PDP) e o Orçamento Participativo (OP), constituem-se
nos pilares dessa estratégia. O primeiro proporciona a definição das prioridades de políticas
públicas, orientando como a cidade deve crescer, que setores devem ser estimulados e quais
infra-estruturas são necessárias para dar o devido suporte.
Já o Orçamento Participativo é um espaço no qual se compartilham decisões,
responsabilidades, recursos, realizações e experiências, entendendo-se que é possível
estimular a formação cidadã e abrir espaço para o controle social, na qual a fiscalização da
execução não acontece apenas em termos de prazos, mas também em qualidade das ações
executadas.
Quanto às ações da Prefeitura voltadas especificamente para a iniciativa privada, busca-se
compor a atuação do Município desde o empreendedor informal, passando às micro e
pequenas empresas até às grandes empresas. Nesse sentido, é importante destacar, entre
outros, os programas de microcrédito, como o Credjovem e o Programa Agência Cidadã de
751
Crédito, além da implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em Fortaleza, (a
Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Finanças, participa do Comitê Gestor do
Simples Nacional) que permite o tratamento diferenciado às MPEs nas licitações de bens,
serviços e obras no âmbito da Administração Pública.
Finalmente, complementa-se essa atuação com os exemplos do PRODEFOR – Política de
Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais, o qual tem o objetivo de implementar ações voltadas
para atração seletiva de investimentos produtivos que fortaleçam a economia local, e deste
Manual do Investidor, ora apresentado, esperando-se que seja uma ferramenta de apoio,
disponibilizando informações úteis e apresentando vantagens e oportunidades que Fortaleza
proporciona.
Espera-se assim, dentro desse contexto de atuação integrada, que Fortaleza possa se
desenvolver de forma equilibrada e sustentável, com um poder público responsável, a
sociedade participante e uma iniciativa privada que invista nas oportunidades e no futuro da
cidade. Ainda há muito que avançar, aguardando-se que este Manual seja mais uma
contribuição nessa direção, a de uma Fortaleza Bela, que o investidor possa ajudar a
Administração Municipal a construir e a desfrutar dela.
Luizianne de Oliveira Lins
Prefeita Municipal de Fortaleza
851
Fortaleza é, hoje, uma metrópole de quase 2,5 milhões de habitantes, a quinta maior capital
do Brasil em termos de população, depois de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador (dados do
IBGE/ano 2005) e Brasília; além disso, tem o nono maior PIB dentre as capitais brasileiras,
sendo o segundo maior no Nordeste (R$ 19,7 milhões no ano de 2005 / dados do IBGE).
A cidade demonstra um potencial de progresso em suas dimensões social, infra-estrutural e
econômica, disponibilizando aos investidores boas opções de negócios, sobretudo nas áreas
turística, de entretenimento e comercial. Mas, não se pode deixar de considerar os ativos
industriais e intelectuais do Município.
Para estimular ainda mais os negócios locais, a Prefeitura de Fortaleza faz um esforço de
saneamento de suas finanças públicas, bem como de recuperação da sua capacidade de
geração de poupança e investimentos. Nesse sentido, Fortaleza, por meio da Secretaria de
Finanças, implementou uma série de ações que têm possibilitado a melhoria de seus
resultados, seja proporcionando uma maior celeridade à fiscalização como um todo, seja
otimizando o planejamento das ações fiscais, racionalizando as despesas públicas.
Quanto ao desenvolvimento socioeconômico municipal, a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico tem executado projetos para a geração de emprego e renda no âmbito da
agricultura urbana, de apoio às pequenas e microempresas, bem como aos empreendimentos
de economia solidária. Além dessas ações, linhas de atividade de qualificação profissional e
pesquisas nas áreas de empregabilidade e de implementação de políticas públicas vêm sendo
realizadas.
A cidade de Fortaleza oferece ainda uma boa infra-estrutura de base tecnológica, sinergia
entre entidades de pesquisa e desenvolvimento, além de instituições financeiras,
governamentais e não governamentais, trabalhando de forma conjunta para promoção de
pequenas e médias empresas do setor em questão.
Nesse cenário, a Prefeitura Municipal de Fortaleza vem direcionando esforços para fortalecer a
economia local, dos quais nasceu a Política de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais -
PRODEFOR. Tal política tem por objetivo implementar ações voltadas para atração seletiva de
investimentos produtivos, visando a formação, o adensamento de aglomerações, assim como
a estruturação de redes de cooperação de empresas.
Visando apoiar as decisões dos investidores na cidade de Fortaleza, a Prefeitura local também
elaborou o Manual do Investidor. Aproveita-se este Manual para apresentar os elementos
951
essenciais que caracterizam o Programa Municipal de Incentivos Fiscais para Fortaleza, não só
em termos normativos, mas também no que diz respeito às nuances acessórias e necessárias
ao amadurecimento das decisões empresariais.
Nesse sentido, este documento apresenta, entre outras, informações sobre infra-estrutura de
transporte, serviços financeiros, atividades econômicas, perfil social, instituições de ensino e
pesquisa, aspectos tributários e incentivos fiscais. Espera-se que seja mais um instrumento na
direção do conhecimento do potencial de Fortaleza.
Alexandre Sobreira Cialdini José de Freitas Uchoa
Secretário de Finanças Secretário de Desenvolvimento Econômico
1151
Fortaleza possui localização estratégica, por estar geograficamente próxima de mercados
consumidores e importadores, como os Estados Unidos e a Europa, o que lhe proporciona
vantagens no comércio internacional, especialmente em relação ao tempo e custo de
transporte (para maiores detalhes, ver transporte marítimo e transporte aeroviário).
Internamente, posiciona-se entre as metades que separam as regiões Norte e Sudeste do país,
favorecendo o escoamento da produção e as condições de comercialização a elas relacionadas.
1251
O sistema de transporte do Ceará está em constante modernização, tornando mais ágil o
escoamento da produção. A malha viária do Estado possui mais de 52 mil km, sendo 2.439km
sob responsabilidade do Governo Federal, 10.671km estadual, 38.908km municipal. Os acessos
à capital foram duplicados, bem como melhoradas as rodovias que ligam o Ceará a todos os
Estados vizinhos.
QUADRO 1 – Dados gerais sobre as Estradas do Ceará
Rodovias Estaduais Rodovias Federais
Leito natural: 3.120kmNão pavimentadas: 319km
Não pavimentadas: 1.800km
Pavimentadas: 5.653 kmPavimentadas: 2.120km
Duplicadas: 98km
Total: 10.671km Total: 2.439km
Fonte: DERT, 2006
1351
A Região Metropolitana de Fortaleza conta com uma frota de aproximadamente 631 mil
veículos, sendo mais de 390 mil automóveis (aproximadamente 62%), 124 mil motocicletas
(20%), 46 mil camionetas (7%) e 8,5 mil ônibus/microônibus (1,3%) (dados do DETRAN-CE, de
dezembro/2007). Em 2007, entraram em circulação mais de 55 mil veículos novos na capital.
O Sistema Integrado de Transporte de Fortaleza (SIT-FOR) teve iniciada sua operação em 1992,
com o objetivo de proporcionar ao usuário a opção de deslocamento através da integração
física e tarifária em Terminais de Integração. A rede de linhas do SIT-FOR é baseada em dois
tipos:
• Uma linha que faz a integração bairro-terminal e
• Outra que integra o Terminal ao Centro da cidade ou ainda a outro terminal.
Atualmente, Fortaleza possui sete terminais integrados (Parangaba, Lagoa, Messejana,
Siqueira, Papicu, Antônio Bezerra e Conjunto Ceará) e dois terminais abertos (Coração de Jesus
e Estação Ferroviária). Segundo a ETUFOR - Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S/A,
cerca de 900 mil passageiros utilizam diariamente o SIT-FOR, através de 218 linhas de ônibus
regulares (157 ligadas aos terminais integrados e 61 não integradas). São 25 empresas
operantes somando uma frota de 1.630 ônibus.
Destaque-se também que, desde dezembro de 2004, Fortaleza tem mantido a mesma tarifa no
transporte de ônibus, sendo hoje uma das tarifas mais baratas do país. Esse esforço faz parte
da política da Prefeitura de incentivar o transporte público e coletivo de forma inclusiva,
facilitando seu acesso. Nesse sentido a Prefeitura reduziu o Imposto sobre Serviços (ISSQN) das
empresas de ônibus de 4% para 2%. Ao contrário do que vinha acontecendo até 2004, quando
o sistema de transporte registrava repetidas quedas de demanda, de 2005 até este ano, houve
um acréscimo de cerca de 17% de pessoas transportadas. São aproximadamente 40 mil
pessoas por mês que voltaram a andar de ônibus na cidade.
1451
O metrô de Fortaleza - METROFOR será um importante sistema de transporte coletivo da
Região Metropolitana que ligará Fortaleza aos Municípios circunvizinhos de Caucaia,
Maracanaú, Maranguape e Pacatuba. Suas
linhas terão por base o antigo sistema da
Companhia Brasileira de Trens Urbanos –
CBTU, que passa por uma adaptação para
atender aos parâmetros do sistema
metroviário. Atualmente estão em operação
22 estações de trem urbano: 13 na linha sul
e 08 na linha oeste além da estação central,
e que, segundo o METROFOR, transportam
em média 30 mil passageiros por dia. Com a entrada em operação do metrô serão implantadas
mais 14 estações, três delas serão subterrâneas. O METROFOR, quando concluído, deverá
possuir 40 estações e 62,8 km de extensão e transportar cerca de 485 mil usuários/dia.
O sistema Ferroviário de Fortaleza está integrado modalmente ao Porto de Fortaleza.
Atualmente é de competência da Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN e está interligado
FOTO 1 - Linha a ser utilizada pelo METROFOR
1551
à rede nacional de ferrovias. Dentre os principais produtos transportados, destacam-se:
granéis sólidos e líquidos, contêineres e produtos industrializados.
Destaque-se o Projeto da Nova Transnordestina, que deverá ter 1.860 quilômetros de
extensão e ligará os Portos de Pecém (CE) e Suape (PE) ao Cerrado do Piauí, no município de
Elizeu Martins. Este é a maior obra prevista no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
do Governo Federal para o Nordeste, ao todo sendo previsto a aplicação de mais de R$ 4,5
bilhões, e tendo, entre seus objetivos escoar com mais eficiência a produção de grãos do
cerrado. A ferrovia deverá ter capacidade de movimentar 30 milhões de toneladas de carga
por ano.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins passou por uma reforma completa em 1998, sendo
considerado um dos mais modernos e bem equipados do Brasil, colocando o Ceará na rota das
grandes empresas aéreas nacionais e internacionais. Operam regularmente as companhias
aéreas GOL, Ocean Air, TAF, TAM, TAP, Transportes Aéreos Cabo Verde e Varig, além de vôos
fretados nacionais e internacionais. Atualmente é a principal "porta de entrada" de Fortaleza
para o turismo.
A seguir alguns dados do aeroporto:
• Área construída: 36.000m2 (totalmente climatizada);
• Capacidade: 2,5 milhões de passageiros/ano;
• 50 mil pousos e decolagens/ano;
• Centro distribuidor de carga doméstica (7 mil toneladas/ano);
• Vôos ligando Fortaleza - Budapeste, Caiena, Lisboa, Milão, Praga e Zurich.
• Pista: 3.200 m.
A seguir um comparativo das distâncias de Fortaleza e São Paulo para a América do Norte e
Europa e depois um quadro com vôos internacionais regulares partindo de Fortaleza.
1651
QUADRO 2 – Tempo de vôo de Fortaleza e São
Paulo para Estados Unidos e Europa
De Fortaleza para: Duração
Miami5h50min
Lisboa
De São Paulo para: Duração
Miami8h40min
Lisboa
QUADRO 3 – Vôos Internacionais Regulares Partindo de Fortaleza
Destino Escalas Tempo de Vôo
Argentina (Buenos Aires) São Paulo/Salvador 9h
Cabo Verde (Sal/Praia) Direto 4h10min
Estados Unidos (Miami) Manaus/Belém 10h
Espanha (Madrid) Lisboa 12h
Guiana Francesa (Caiena) Belém/Macapé 7h
Portugal (Lisboa) Direto 7h
Freqüentemente, Fortaleza recebe ainda vôos charter vindos da Itália, Suécia, Hungria,
Holanda, Finlândia, Suíça e Polônia.
Destaque-se também que está em fase de construção o novo Terminal de Logística de Carga -
TECA, com um investimento total de aproximadamente R$ 34,5 milhões. A obra consiste em
um terminal, um pátio para aeronaves cargueiras e vias de acesso. Com o novo TECA, a
capacidade será expandida para 5 mil toneladas de carga (importação e exportação), com três
câmaras frigoríficas (para flores, frutas e pescados), obtendo uma área total de
aproximadamente 9.000 m².
1751
O Terminal passará a ser área alfandegária, ou seja, autorizada a operar com importação e
exportação de mercadorias. As cargas domésticas continuarão sendo armazenadas nos galpões
das próprias empresas transportadoras e as cargas internacionais serão armazenadas
exclusivamente no TECA, onde passam
pela fiscalização da Receita Federal, Anvisa
e Ministério da Agricultura.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins
também deverá contar com uma nova
Torre de Controle (TWR). A obra tem
investimento total de aproximadamente
R$ 20 milhões. A nova torre terá 40m de
altura (a atual tem 18m) e proporcionará
maior segurança aos pousos e decolagens.
Também deverá entrar em funcionamento um segundo radar, o Star 2000, que auxiliará no
pouso e decolagem das aeronaves, ampliando o monitoramento do espaço aéreo da região.
O Porto de Fortaleza está localizado na enseada do Mucuripe. O cais tem 1.054 metros de
extensão, com uma plataforma de atracação exclusiva
para petrolíferos. Sua área de armazéns tem seis mil
metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados
de pátio para contêineres.
Está se especializando no transporte de grãos,
notadamente por possuir três grandes moinhos de
trigo (moinhos M. Dias Branco, J. Macêdo e Grande
FOTO 2 - Aeroporto de Fortaleza
FOTO 3 - Porto do Mucuripe
1851
Moinho Cearense - ver mais sobre o destaque de Fortaleza na área de moagem de trigo na
seção 2.4, item A) além de estar interligado ao sistema ferroviário por um extenso pátio de
manobras. Recebe navios de até 10 metros de calado, tendo capacidade de operar com
granéis sólidos e líquidos e operação simultânea de cinco navios.
Do total da carga movimentada em 2007, 3,28 milhões de toneladas, 695 mil toneladas foram
de carga geral (sua movimentação de contêineres foi de 43.156 unidades e de 62.321 teu's)
sobressaindo-se a importação em volume de arroz, sucata de ferro e papel kraft liner e a
exportação em volume de sal, tarugo e vergalhão, castanha de caju e líquido de sua casca,
tambor de freio, cera de carnaúba, camarão, frutas (uva e manga em destaque) e calçados;
959 mil toneladas de granel sólido, principalmente importação de longo curso de trigo, coque
de petróleo e malte; e 1,62 milhão de toneladas de granel líquido, em grande parte
correspondentes ao petróleo e seus derivados e de importação de cabotagem, com destaque
para o óleo diesel, gasolina, o gás liquefeito de petróleo (GLP), petróleo cru e gasolina comum,
além de querosene de aviação.
A cidade de Fortaleza tem também a 45km de distância os serviços do Terminal Portuário do
Pecém Governador Mário Covas, que permite a atracação de navios de até 16m de calado e
oferece os menores custos de operação portuária do País. Integrado ao Porto do Mucuripe,
em Fortaleza, gera um incremento substancial na capacidade de transporte marítimo. Pelo
Porto do Pecém, passam rotas regulares para os EUA, União Européia, Mar Mediterrâneo,
Américas Central e do Sul e a Ásia Oriental.
QUADRO 4 – Dados gerais sobre os portos do Ceará
Porto do Mucuripe (Fortaleza) Porto do Pecém (Off-shore)
Calado: 10m Calado: 16m
Capacidade de operação de granéis sólidos e líquidos 2 piers independentes
Operação simultânea de 5 navios Linhas regulares para USA, Europa e Caribe
Movimentação: 70 mil containeres/anoIntermodal
Área alfandegada
Fonte: Secretaria de Infra-estrutura do Ceará, 2006.
1951
QUADRO 5 – Transporte Marítimo Partindo do Ceará/Serviços Regulares de Diversas Companhias
DestinoTempo de
TransporteDestino
Tempo de
Transporte
Lãs Palmas (Espanha) 6 dias New York (EUA) 9 dias
Valência (Espanha) 10 dias Baltimore (EUA) 14 dias
Barcelona (Espanha) 10 dias Caucedo (República Dominicana) 19 dias
Fos Sur Mer (França) 14 dias Port of Spain (Trinidad e Tobago) 22 dias
Istanbulk (Turkia) 18 dias Buenos Aires (Argentina) 20 dias
Genova (Itália) 14 dias Montevideo (Uruguai) 21dias
Livorno (Itália) 15 dias New Jersey (EUA) 11 dias
Puerto Cabello (Venezuela) 7 dias Cabo Verde (Sal-Praia/via Lãs Palmas) 19 dias
Rotterdan (Holanda) 13 dias Senegal 15 dias
Lê Harve (França) 19 dias Guiné Bissau 18 dias
Bremerhaven (Alemanha) 17 dias Leixões (Portugal) 12 dias
Hamburg (Alemanha) 16 dias Lisboa (Portugal) 12 dias
Greeport (Bahamas) 10 dias Angola (África) 13 dias
Monrovia (Libéria) 22 dias - -
O total geral de cargas movimentadas no Porto do Pecém em 2007 foi de 2,2 milhões de
toneladas, sendo 1,6 milhão de importação e 589 mil de exportação. A carga geral
movimentada foi de 320 mil toneladas, a movimentação em contêiner foi de 1,02 milhão de
toneladas, e em granel líquido foi movimentada
884 mil toneladas, todas de importação.
Integrando a estrutura do Porto do Pecém foi
implantado o Complexo Industrial e Portuário do
Pecém que tem o objetivo de fortalecer e dar
sustentabilidade ao crescimento do parque
industrial do Ceará, possibilitando a promoção de
atividades industriais integradas. Totalizando 320
km2, a área é dotada de infra-estrutura necessária para garantir condições de sustentabilidade
FOTO 4 - Porto do Pecém
2051
a um parque industrial metal-mecânico e petroquímico, especialmente um terminal portuário
moderno, em condições de propiciar operações portuárias eficientes, com tarifas competitivas,
acessos rodoviários e ferroviários livres e independentes de confinamentos provocados por
centros urbanos.
O sistema de distribuição de energia elétrica do Complexo é composto de três subestações
assim denominadas:
1- Subestação da CHESF - Cia. Hidrelétrica do São Francisco, com capacidade de 200 MVA
/ 230 KV.
2- Subestação do Pecém, de 40 MVA / 69 KV da concessionária COELCE.
3- Subestação do Terminal Portuário do Pecém, de 20 MVA / 69 KV também da
concessionária COELCE.
4- A energia elétrica da 1ª subestação (CHESF) é distribuída para as outras duas
subestações através de linha de transmissão de 69 KV, com 19,50 Km de extensão.
O abastecimento de água é fornecido pelo Sistema Adutor Sítios Novos / Pecém
compreendendo: Canal Adutor (23,5 km de extensão, capacidade máxima de condução de 2,00
m3/seg), Estação de Bombeamento Principal (700 CV, com 04 conjuntos de moto-bombas),
Adutora Principal de Recalque (3.350 m de extensão), Reservatório de Compensação (volume
de reservação de 50.320 m3) e Adutora Complementar de Distribuição (3.047m de extensão). A
expansão futura do sistema prevê a interligação dos açudes Pereira de Miranda e Sítios Novos,
através de canal, a construção dos açudes Cauhípe, Anil e Ceará e a integração com o Sistema
Metropolitano de Fortaleza com a entrada em operação do Açude Castanhão.
2151
No tópico sobre infra-estrutura básica estão disponíveis informações notadamente no que se
refere ao abastecimento de água e esgoto, atendido pela CAGECE, disponibilidade de energia,
com destaque para eólica, e equipamentos de saúde pública.
O sistema de abastecimento de água de Fortaleza é feito pela Companhia de Água e Esgoto -
Cagece, com a cidade possuindo índice de cobertura de 99,8%. O fornecimento é assegurado
por meio do sistema de interligação das bacias do Estado e da construção de grandes
reservatórios, compostos pelos Açudes Pacajús, Pacoti/Riachão/Gavião. Em 1993, este sistema
foi reforçado através da construção do Canal do Trabalhador que recebe água do Açude Orós,
captada do Rio Jaguaribe, em Itaiçaba, interligando essa captação de Itaiçaba ao Açude
Pacajús, através de estações elevatórias. Do Açude Pacajús, a água é recalcada para o Sistema
Integrado Pacoti/Riachão/Gavião.
Junto ao Açude do Gavião está implantada uma Estação de Tratamento com capacidade
nominal de 6,9 m3/s. A transferência de água tratada é feita pela adutora do Ancuri que
alimenta um reservatório apoiado com capacidade de armazenagem de 40.000 m3, e uma
segunda adutora que conduz água para Maracanaú, Caucaia e parte da zona oeste de
Fortaleza.
Ressalte-se a construção em andamento do Canal da Integração, que constitui-se de um
complexo de estação de bombeamento, canais, sifões, adutoras e túneis, que realizam a
2251
transposição das águas do Açude Castanhão (açude com capacidade para acumular 6,7 bilhões
de m3 de água) para reforçar o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, assim
como do Complexo Portuário e Industrial do Pecém, fazendo a integração das bacias
hidrográficas do Jaguaribe e Região Metropolitana. A projeção é que a obra deva garantir o
abastecimento humano de água da capital cearense por, pelo menos, 30 anos, bem como de
todas as comunidades ao longo de seu trajeto.
O sistema sanitário, também realizado pela Cagece, por sua vez possui uma taxa de cobertura
de 61% da cidade. Em termos do espaço urbano, a rede de esgotamento é mais restrita à faixa
litorânea e central da cidade, e a alguns conjuntos habitacionais. A fossa rudimentar surge
como alternativa de solução popular e complementa os espaços deixados pela ausência da
rede coletora, apesar de ainda existir número de domicílios sem banheiro ou sanitário, cuja
predominância ocorre na periferia e naqueles lugares com características mais rurais do que
urbanas. Porém, com o projeto Sanear II, em execução em vários bairros da cidade, a
expectativa da CAGECE é que o percentual de cobertura sanitária chegue aos 80% até 2011.
Quase 99% da energia consumida em Fortaleza é fornecida pelas hidrelétricas da CHESF
(sistemas Sobradinho-Paulo Afonso e Tucuruí) e distribuída pela COELCE (estatal criada em
1971 e privatizada em 1998 com a outorga de 30
anos de direitos exclusivos sobre a distribuição de
energia elétrica no Estado do Ceará). Em 2005, a
capital consumiu 2.614.321 mwh (aproximadamente
40,8% do consumo do Estado do Ceará, de
6.410.091 mwh), tendo sido responsáveis por 41% a
classe residencial, 33% o comércio, 14% a indústria e
12% o setor público.
FOTO 5 - Usina Eólica do Mucuripe
2351
Destaque-se ainda no Estado do Ceará o potencial eólico assim como as termoelétricas
existentes. O parque eólico de Fortaleza localiza-se próximo ao Porto do Mucuripe e conta
com 04 aerogeradores, com capacidade total de 2,4 mega watts (MW). Somando os dois
outros parques eólicos, próximos de Fortaleza, o da Taíba, com capacidade de 5 MW, e o da
Prainha, com capacidade de 10 MW, o Estado possui capacidade instalada de 17,4 MW. Esse
total, poucos anos atrás compunha mais de 60% da produção nacional. Recentemente, o
cenário se inverteu com os novos parques do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Segundo especialistas, estes 02 Estados, junto com o Ceará, são os Estados mais fortes para a
geração desse tipo de energia.
Destaque-se ainda que, segundo estudo realizado pelo Atlas Eólico, produzido pelo Centro de
Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o Ceará possui capacidade de gerar 25 mil MW de
energia eólica em terra (cerca de 20 vezes o consumo médio no Estado hoje), e outros 10 mil
MW off-shore. Segundo o mesmo estudo, esse valor total é quase 25% do potencial do Brasil.
Nessa direção, estão sendo construídos, entre outros, mais 14 parques eólicos no litoral
cearense, dentro do Programa Federal de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa), com capacidade de geração em torno de 500 MW.
Quanto às termoelétricas no Estado do Ceará, estas são 18 com capacidade de geração elétrica
instalada de 687,02 MW. As duas maiores, localizadas no Complexo do Pecém, são a
TermoCeará (da Petrobrás) e a TermoFortaleza (do Grupo Endesa), ambas inclusive estão
sendo alteradas para operar tanto a gás quanto a óleo diesel.
Destaque-se também que duas plantas de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL)
fazem parte da estratégia da Petrobrás para atender rapidamente à crescente demanda
nacional, principalmente depois dos problemas contratuais no fornecimento de gás com a
Bolívia. Uma destas plantas será localizada no Pecém, no navio “Golar Spirit”, e deverá ter
capacidade para processar sete milhões de metros cúbicos de gás por dia. Este total é
suficiente para viabilizar o atendimento da demanda do Estado e de parte do Nordeste,
mesmo com as 02 térmicas referidas acima em pleno funcionamento.
Atualmente a cidade já é abastecida por gás natural. O suprimento do gás natural distribuído
pela CEGÁS para o Estado do Ceará é feito através de duas fontes independentes e distintas:
Plataforma de produção de gás em Paracuru com o Gasoduto Paracuru-Fortaleza, com
extensão de 96km; e o Gasoduto Guamaré-Fortaleza-Pecém, com extensão de 382km e 12/10
polegadas de diâmetro (faz a interligação desde Salvador na Bahia até o Pecém). A
2451
distribuição do gás natural na Grande Fortaleza e demais municípios atendidos se faz através
de uma rede de gasodutos com cerca de 160km e atende consumidores em 07 municípios:
Fortaleza, Eusébio, Maracanaú, Pacatuba, Caucaia, Horizonte e Pacajús.
Sendo um dos maiores usuários, já existem mais de 70 postos de combustíveis com gás natural
em Fortaleza. A seguir estão descriminadas as estruturas de preços do gás natural, para os fins
industriais, automotivos, autoprodução, residenciais e comerciais.
QUADRO 6 – Para fins industriais
Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:
11 dias) R$/m³
1 a 200 0,6765 0,9254
201 a 1.000 0,662 0,9055
1.001 a 10.000 0,6475 0,8857
10.001 a 30.000 0,6349 0,8685
30.001 a 60.000 0,6625 0,8515
60.001 acima 0,6104 0,835
Fonte: Cegas, Abril 2008
QUADRO 7 – Para fins automotivos
Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:
11 dias) R$/m³
Qualquer Volume 0,5525 1,0318
Fonte: Cegas, Abril 2008
2551
QUADRO 8 – Para fins de autoprodução, cogeração e termeletricidade
Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:
11 dias) R$/m³1 a 70.000 0,574 0,7852
70.001a 130.000 0,567 0,7756
130.001 a 230.000 0,5599 0,7659
230.001 a 330.000 0,5529 0,7563
330.001 a 670.000 0,5458 0,7466
670.001 acima 0,5247 0,7177
Fonte: Cegas, Abril 2008
QUADRO 9 – Para todos os fins
Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:
11 dias) R$/m³
Qualquer Volume 1,2157 1,6629
Fonte: Cegas, Abril 2008
QUADRO 10 – Para fins residenciais, comerciais e de serviços1
Faixa de consumo
(m³/dia)
Preço base sem impostos
e contribuições
Preço de venda a prazo (médio:
11 dias) R$/m³
Até 5 5,04 -
6 a 50 0,87 1,6661
51 a 130 14,57 1,4779
131 a 1.000 97,55 1,5162
1.001 a 5.000 165,82 1,3204
5.001 a 50.000 3189,03 1,067
50.001 acima 16810,98 0,7945
Fonte: Cegas, Abril 2008
1 Fórmula de cálculo do Importe no período: I = f + ( Cp x v ), onde: f = valor do termo fixo, em R$; Cp =consumo no período, em m³; e v = valor do termo variável, em R$/m³.
2651
Fortaleza possui uma infra-estrutura básica de saúde composta por 125 estabelecimentos
públicos de saúde, com 5,5 mil leitos disponíveis ao Sistema Único de Saúde, e 99 da rede
privada (IBGE, 2005). No total, possui 2,89 médicos/1000 habitantes e 2,85 leitos/1000
habitantes. Vale salientar que, atualmente, Fortaleza é a capital nordestina com a maior
estrutura de saúde pública, gastando 22,5% do seu orçamento nesta área, segundo dados da
Secretaria de Finanças do Município.
O sistema municipal de saúde tem sob sua responsabilidade direta 05 hospitais. De acordo
com as características de cada unidade, o atendimento é diversificado. Nos chamados
“Gonzaguinhas”, por exemplo, prevalecem os
serviços de obstetrícia, embora existam
profissionais nas áreas de clínica geral e pediatria
no pronto atendimento. Já os “Frotinhas” são
hospitais predominantemente de urgência e
emergência, com atendimento nas áreas de
traumatologia, cirurgia geral, clínica e pediatria.
Há também o Hospital Nossa Senhora da
Conceição que se assemelha aos Gonzaguinhas.
O município mantém um hospital especializado em atendimento infantil denominado CAC -
Centro de Assistência à Criança. Lá é oferecido atendimento de emergência 24 horas. Para
ampliar a oferta de serviços, a rede municipal também mantém convênios com outras
instituições, como a Santa Casa de Misericórdia.
O maior hospital de emergência de Fortaleza é o Instituto Dr. José Frota - IJF, de administração
municipal. Desde o ano de 2000, o Ministério da Saúde o reconheceu como Centro de
Referência em Atendimento a Queimados - Alta Complexidade. Atualmente, o IJF possui a
seguinte capacidade de atendimentos:
• 303 leitos de internação
FOTO 6 – Instituto Dr. José Frota
2751
• 32 leitos de observação
• 22 leitos do Centro de Tratamento de Queimados
• 32 leitos de Convênios e Particulares
• 26 leitos de UTI Adultos
• 06 leitos de UTI Pediátricos
• 04 leitos de UTI Queimados
A seguir estão resumidos alguns dos serviços de referência nos hospitais públicos em
Fortaleza:
• Instituto Dr. José Frota (IJF) – trauma, intoxicação, queimadura
• Hospital Geral de Fortaleza (HGF) – paciente clínico
• Hospital do Coração de Messejana – doenças cardiovasculares
• Frotinhas – traumas menores
• Gonzaguinhas – maternidade
• Hospital Infantil Albert Sabin – atendimento clínico infantil
• São Gerardo de Messejana – psiquiatria
Destaque-se também o SARAH-Fortaleza, mantido pelo Governo Federal e gerido por uma
associação sem fins lucrativos, que é hospital referência no atendimento de vítimas de
politraumatismos e problemas locomotores, objetivando sua reabilitação.
Por fim, além dessa estrutura de hospitais públicos, Fortaleza revela-se na área privada, com
uma medicina de ponta, na qual estão os inúmeros hospitais, clínicas, laboratórios, com
equipamentos modernos e capacidade de realização de intervenções complexas.
2851
A economia da cidade de Fortaleza é bastante diversificada, tendo como eixos propulsores os
setores de comércio e serviços.
Em 2005, segundo o IPECE, Fortaleza registrou um total de 6.948 unidades industriais ativas,
sendo responsáveis por 34% do seu PIB. Os segmentos industriais mais representativos são:
calçados, confecções, têxteis e alimentos, notadamente derivados do trigo.
Vale ressaltar o fato de que as indústrias de têxteis e confecções estão intimamente associadas
à indústria da moda, sendo realizado anualmente em Fortaleza uma série de feiras
especializadas, tais como: Ceará Summer Fashion, Festival da Moda de Fortaleza, Salão da
Moda Íntima, Salão do Jeans, Semana de Moda
de Fortaleza - Iguatemi Fashion Mall, Dragão
Fashion Brasil, Fashion Tour, dentre outros.
Em relação as demais atividades industriais,
Fortaleza tem instalada próximo ao Porto do
Mucuripe a menor refinaria da Petrobrás,
denominada Lubnor. Essa refinaria tem
subprodutos de alto valor agregado, como
lubrificantes finos. Dentre as grandes empresas
de alimentos do Brasil, notadamente ligadas à produção de massas e farinhas, estão sediadas
FOTO 7 – LUBNOR – Refinaria da Petrobrás
2951
na capital os moinhos M. Dias Branco, J. Macedo e Grande Moinho Cearense (o Ceará é o
terceiro pólo moageiro do País, perdendo na produção de trigo apenas para São Paulo e Rio de
Janeiro). No segmento da indústria naval, o estaleiro INACE é um dos mais importantes, em
nível nacional, fabricantes de iates e barcos (inclusive para a marinha nacional). Fortaleza é
ainda sede empresas de grande porte na área de transporte, como por exemplo, a Companhia
Ferroviária do Nordeste – CFN e a Expresso Guanabara (transporte rodoviário).
As empresas sediadas em Fortaleza exportaram no ano de 2006 o total de US$ 251.240.144,
sendo US$ 4,6 mil em Bens de Capital, US$ 44,2 mil em Bens Intermediários (com destaque
para insumos industriais), US$ 149,8 mil em Bens de Consumo (com destaque para bens de
consumo não duráveis), US$ 5,2 mil em Combustíveis e Lubrificantes, e US$ 47 mil nas demais
operações. O QUADRO 11 descreve os 40 principais produtos exportados pelas empresas de
Fortaleza.
QUADRO 11 – Principais produtos exportados por Fortaleza – 2006
2006 US$ Part. %
TOTAL EXPORTADO 251.240.144 100
TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS 244.658.314 97,38
1 castanha de caju,fresca ou seca,sem casca 115.207.928 45,86
2 consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/aeronaves 31.376.254 12,49
3 consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/embarcacoes 13.854.587 5,51
4 ceras vegetais 12.135.353 4,83
5 camarões, inteiros, congelados, exceto "krill" 10.374.241 4,13
6 outras lagostas, congeladas, exceto as inteiras 8.749.240 3,48
7 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.232.56d<=t<714.29d 6.528.914 2,6
8 óleos lubrificantes sem aditivos 5.260.101 2,09
9 cápsulas de coroa,de metais comuns,p/embalagem 3.941.582 1,57
10 outs.barcos/embarcações de recreio/esporte,incl.canoas 3.480.000 1,39
11 sucos e extratos,de outros vegetais 3.238.954 1,29
12 outros contadores mofasicos,p/corr.eletr.alternada 2.705.134 1,08
13 outs. frutas de casca rij,outs.sementes,prepars/conserv 2.444.245 0,97
14 outros camarões congelados,exceto "krill" 2.282.723 0,91
15 fio algodão>=85%,simples,fibra n/pent.232.56<=t<714.29d 2.140.491 0,85
16 fio algodão>=85%,simples,fibra pe.106.38d<=tit<125d 2.110.475 0,84
3051
17 melões frescos 1.929.501 0,77
18 fio algodão>=85%,cru,simpl.fibra pent.192.3d<=t<232.56d 1.846.167 0,73
19 fio algodão>=85%,cru,simpl.fibra n/pent.192.3<=t<232.5d 1.581.489 0,63
20 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.125d<=tit<192.31d 1.421.311 0,57
21 peles depilad.de ovinos,curt.cromo "wet blue" 1.125.121 0,45
22 cachaça e caninha (rum e tafia) 951.907 0,38
23 consumo de bordo - qq.outra mercadoria p/embarcacoes 945.430 0,38
24 redes de malhas com nós, etc.de outras materias têxteis 899.437 0,36
25 outros calcados de couro natural ou reconstituído 891.799 0,35
26 fio de fibras de poliésteres com algodão 735.483 0,29
27 maqs.p/limpeza,seleção,etc.de grãos,prods.hortic.secos 593.415 0,24
28 tecido poliest<85% c/algod.p<=170g/m2,tafeta,cru/branq. 592.343 0,24
29 aparas e outs.desperdícios de couros,etc. 571.914 0,23
30 consumo de bordo - qq.outra mercadoria p/aeronaves 526.695 0,21
31 gesso moído,apto para uso odontológico 523.591 0,21
32 fenol-formaldeido,lipossoluvel,puro ou modificado 523.113 0,21
33 tecido de algodão>=85%,cru,ponto tafeta,p<=100g/m2 471.782 0,19
34 quartzo 463.746 0,18
35 calcas,etc.de malha de algodão,de uso feminino 423.416 0,17
36 joalheria de ouro do capitulo 71 da ncm 422.176 0,17
37 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.83.33d<=tit<106.38d 383.826 0,15
38 outros contadores bifásicos de eletricidade 349.952 0,14
39 pargos congelados 337.803 0,13
40 outros peixes frescos,refrig.exc.files,outs.carnes,etc. 316.675 0,13
41 demais produtos 6.581.830 2,62
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, 2007.
3151
QUADRO 12 – Principais Blocos Econômicos destino das exportaçõesde Fortaleza – 2006
BLOCO ECONÔMICO US$
1 Estados Unidos (inclusive Porto Rico) 100.973.909
2 Não declarados 45.196.627
3 Uniao Europeia – EU 39.334.294
4 Mercado Comum do Sul – MERCOSUL 20.428.477
5 ALADI (exclusive mercosul) 11.123.6906 Demais Blocos 34.183.147
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, 2007.
A Cidade de Fortaleza vem crescendo a uma taxa geométrica de 2,15% ao ano e tem no setor
serviços o responsável por quase 66% do Produto Interno Bruto. Possui uma densidade
geográfica de 6,8 mil habitantes/km2 e a renda per capita é de R$ 6.772.
Em 2005, a Secretaria da Fazenda do Ceará registrou um total de 28.826 estabelecimentos
comerciais na capital, sendo 92% varejistas e 08% atacadistas, representando 36% de todos os
estabelecimentos do Ceará. Dentre os estabelecimentos varejistas, suas áreas de atuação são
bastante diversificadas, merecendo um maior destaque para minimercados (26%) e tecidos e
vestuário (18%).
A principal área de comércio está localizada no centro da cidade, com o maior número de
estabelecimentos. Outras importantes áreas comerciais são a avenida Monsenhor Tabosa,
próxima ao pólo turístico da Praia de Iracema e a avenida Gomes de Matos, no bairro
Montese. Dispõe ainda de vários shoppings, dentre os quais se destacam o Iguatemi, North
Shopping, Aldeota e Del Passeo.
3251
O desenvolvimento da política de turismo ensejou uma grande melhoria na infra-estrutura da
cidade, ampliando as oportunidades de emprego e renda. De acordo com pesquisa realizada
pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município - SDE, em junho de 2005, 75,92%
dos turistas que visitam Fortaleza, nos períodos de alta estação, vêm de outros estados
brasileiros, contra 11,25%, provenientes de outros países. Quanto à estrutura de apoio ao
turismo, o Governo do Estado2 e a prefeitura realizam trabalhos, para incentivar o turismo de
eventos e de negócios.
Na orla marítima de Fortaleza, localizam-se os principais meios de hospedagem da cidade, com
vários restaurantes e outras atrações turísticas, como as barracas de praia e parques
aquáticos, clubes, boates e casas de shows. A cidade é nacionalmente conhecida por ter uma
vida noturna bastante agitada. Segundo o IBGE, Fortaleza abrigava em 2004 mais de 4 mil
unidades locais de empresas de alojamento e alimentação, dispondo ainda de vários
consulados que fornecem assistência ao turista estrangeiro. Abaixo uma lista dos consulados e
comunidades na cidade:
1) Cônsules honorários:
· Cônsul da Alemanha· Cônsul da Áustria· Cônsul da Bélgica· Cônsul de Belize· Cônsul Britânico· Cônsul do Chile· Cônsul da República de Chipre· Cônsul da Colômbia· Cônsul da República do Congo-Brazzaville· Cônsul da Espanha· Cônsul dos Estados Unidos Escritório Virtual· Cônsul da Finlândia· Cônsul da França· Cônsul do Reino dos Países Baixos - Holanda· Cônsul da República da Hungria
2 Fortaleza é contemplada pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – PRODETUR.
3351
· Cônsul da Itália· Cônsul do Líbano· Cônsul do México· Cônsul da Noruega· Cônsul do Panamá· Cônsul de Portugal· Cônsul da República Dominicana· Cônsul da Romênia· Cônsul do Uruguai
2) Comunidades
· Comunidade Argentina· Comunidade Armênia· Comunidade de Israel· Instituto Nipo-Brasileiro
De acordo com o Governo do Estado, o turismo responde por mais de 11% do PIB da cidade de
Fortaleza. Em 2005, chegaram quase 2 milhões de turistas, com permanência média de 4,3
dias. O QUADRO 13 descreve o número de estabelecimentos hoteleiros da capital. Do total de
estabelecimentos hoteleiros de Fortaleza, existem 08 classificados com 5 estrelas (Othon
Palace, Blue Tree, Marina Park, Seara Praia Hotel, Vila Galé, Diogo Praia Hotel, Gran Marquise
Meliá, Praia Centro Hotel).
QUADRO 13 – Oferta dos meios de hospedagem de Fortaleza – 2004/2006
Oferta dos meios de hospedagem de Fortaleza
DiscriminaçãoEstabelecimentos
Unidades
habitacionaisLeitos
2004 2005 2004 2005 2004 2005
Total 222 219 10.251 10407 24.089 24641
Hoteis 103 103 7.140 7568 15.963 16796
Pousadas 91 88 1.282 1226 3.261 3240
Apart hotel ou flats 25 25 1.781 1565 4.653 4371
Albergues 3 3 48 48 212 234
3451
Quando a opção é desfrutar o sol e mar, a Praia do Futuro é a preferida de fortalezenses e
turistas para banhos e mergulhos. A praia tem águas limpas e ventos fortes que provocam
ondas altas (boas para surf e windsurfe). Outra atração da Praia do Futuro diz respeito às
barracas com excelente infra-estrutura de apoio ao banhista. As maiores barracas de praia
contam não apenas com centenas de mesas (algumas sobre a areia da praia, outras dentro das
barracas), mas com uma estrutura comparável a hotéis: piscinas, play ground, palcos para
shows de música e humorismo.
Fortaleza é uma cidade com ampla população jovem, sendo que quase 59% da mesma possui
idade até 29 anos. Esse valor é aproximadamente o mesmo (56%) para toda Região
Metropolitana.
QUADRO 14 – População Residente, por grupo deidade – Fortaleza – 2000
Grupos de Idade Residentes % Total % Acum.
Total 2.141.402 100% 100%
0 a 9 anos 410.563 19.2% 19.2%
10 a 19 anos 454.927 21.2% 40.4%
20 a 29 anos 400.640 18.7% 59.1%
30 a 39 anos 339.951 15.9% 75.0%
40 a 49 anos 230.307 10.8% 85.8%
50 a 59 anos 144.866 6.8% 92.5%
60 a 69 anos 88.405 4.1% 96.6%
70 a 79 anos 51.733 2.4% 99.1%
80 anos ou mais 20.01 0.9% 100.0%
Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico2000.
3551
QUADRO 15 – População Residente, por grupo deidade – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006
Grupos de idade Total (em mil) % Total % Acum.
Total 3.427 100% 100%
0 a 9 anos 591 0,17 0,17
10 a 19 anos 694 0,2 0,37
20 a 29 anos 648 0,19 0,56
30 a 39 anos 541 0,16 0,72
40 a 49 anos 417 0,12 0,84
50 a 59 anos 264 0,08 0,92
60 a 69 anos 152 0,04 0,96
70 anos ou mais. 121 0,04 1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação deTrabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios 2006.
Quanto ao nível de instrução da população residente de Fortaleza, segundo o censo do IBGE
de 2000, destaque-se que a maior parte possui até 7 anos de estudo (56,6%), sendo que 26%
possui 11 anos ou mais de estudo enquanto 5,4% possui 15 anos ou mais de estudo.
QUADRO 16 – Nível de instrução – Fortaleza – 2000
Anos de estudo Residentes (10 anos ou mais) % Total % Acum.
Sem instrução e menos de 1 ano de estudo 137.803 8.0% 8.0%
1 a 3 anos de estudo 266.938 15.6% 23.6%
4 a 7 anos de estudo 563.682 32.9% 56.6%
8 a 10 anos de estudo 299.968 17.5% 74.1%
11 a 14 anos de estudo 351.814 20.5% 94.6%
15 anos ou mais de estudo 92.202 5.4% 100.0%
Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000.
3651
Comparando os mesmos dados com a Região Metropolitana de Fortaleza, nesse caso já para o
ano de 2006, percebe-se uma ligeira melhora. Apesar dos mesmos 5% possuírem 15 anos ou
mais de estudo, 32% da população possui 11 anos ou mais de estudo.
QUADRO 17 – Nível de instrução – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006
Anos de estudoResidentes - 10 anos
ou mais (em mil)% Total % Acum.
Total 2 836 100% 100%
Não determinados e sem declaração 23 0,01 0,01
Sem instrução e menos de 1 ano 252 0,09 0,1
de 1 a 3 anos de estudo 337 0,12 0,22
de 4 a 7 anos de estudo 818 0,29 0,5
de 8 a 10 anos de estudo 509 0,18 0,68
de 11 a 14 anos de estudo 748 0,26 0,95
15 anos ou mais 149 0,05 1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PesquisaNacional por Amostra de Domicílios 2006.
Quanto aos aspectos relacionado à renda, infelizmente é visível sua má distribuição em
Fortaleza, com 82% das pessoas residentes e com 10 anos ou mais de idade com rendimento
nominal mensal abaixo de 3 salários mínimos, enquanto apenas 2% com rendimento acima de
20 salários mínimos. Essa situação, no entanto, denota oportunidades de investimentos no
mercado voltado para os segmentos populares.
3751
QUADRO 18 – Renda de pessoas residentes – Fortaleza – 2000
Rendimento Nominal MensalResidentes 10 anos
ou mais% Total % Acum.
sem rendimento 743.495 43.0% 43.0%
até 1 salário mínimo 306.724 17.7% 60.7%
mais de 1 a 2 salários mínimos 279.379 16.1% 76.8%
mais de 2 a 3 salários mínimos 104.841 6.1% 82.9%
mais de 3 a 5 salários mínimos 103.807 6.0% 88.9%
mais de 5 a 10 salários mínimos 104.277 6.0% 94.9%
mais de 10 a 20 salários mínimos 53.746 3.1% 98.0%
mais de 20 salários mínimos 34.568 2.0% 100.0%
Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000.
Por fim, analisando informações de Rendimento Médio Domiciliar para toda Região
Metropolitana, os dados são próximos, com 65% dos domicílios com rendimento até 3 salários
mínimos e apenas 2% dos domicílios com rendimento acima de 20 salários mínimos.
QUADRO 19 – Rendimento Médio Domiciliar – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006
Classes de rendimento mensal domiciliar(1)Domicílios
(em mil)% Total % Acum.
Valor do rendimento
médio mensal (R$) (2)
Sem declaração 13 1% 1% -
Sem rendimento (3) 11 1% 3% -
Até 1 salário mínimo 146 16% 18% 262
Mais de 1 a 2 salários mínimos 256 28% 46% 526
Mais de 2 a 3 salários mínimos 173 19% 65% 872
Mais de 3 a 5 salários mínimos 155 17% 81% 1 341
Mais de 5 a 10 salários mínimos 102 11% 92% 2 432
Mais de 10 a 20 salários mínimos 49 5% 98% 4 910
Mais de 20 salários mínimos 22 2% 100% 11 091
Total 928 100% - 1 379
3851
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios 2006.(1) Exclusive os rendimentos dos moradores cuja condição no domicílio era pensionista, empregado doméstico eparente do empregado doméstico.(2) Exclusive os domicílios sem declaração do valor do rendimento. (3) Inclusive os domicílios cujos moradoresreceberam somente em benefícios.
Fortaleza, no ano de 2005, contava com 182 agências de estabelecimentos bancários,
movimentando aproximadamente R$ 4 milhões em operações de crédito. A seguir estão
descritas as principais linhas de financiamento disponíveis no mercado.
Banco do Nordeste – BNB
Linha de crédito: Fundo Constitucional do Nordeste – FNE (indústria, comércio e
serviços)
Finalidade: Investimento fixo ou misto
Itens financiáveis: Máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos utilitários,
instalações, construção civil e capital de giro associado.
Prazo: 12 anos, incluindo até 04 anos de carência.
Encargos: Juros de 7,25% a.a. (microempresa) e 8,25% a.a. (pequena empresa)
Garantias: Aval ou garantia real
3951
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Linha de crédito: Fundo Tecnológico - FUNTEC
Finalidade: Estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse
estratégico para o País, em conformidade com os Programas e Políticas
Públicas do Governo Federal
Itens financiáveis: (1) Energias renováveis provenientes da biomassa particularmente os
desenvolvimentos tecnológicos amplamente promissores, capazes de
assegurar a longo prazo posição de destaque ou mesmo liderança para
o País nesta área;
(2) Semicondutores, softwares e soluções biotecnológicas voltadas
para o equacionamento de problemas associados ao
desenvolvimento da agropecuária brasileira;
(3) Medicamentos e insumos para doenças negligenciadas e fármacos
obtidos por biotecnologia avançada;
Linha de crédito: CRIATEC
Finalidade: capitalizar as micro e pequenas empresas3 inovadoras de capital
semente e de lhes prover um adequado apoio gerencial.
Duração : 10 anos
No que diz respeito ao microcrédito, a Prefeitura de Fortaleza criou o Programa Agência
Cidadã de Crédito (PAC), que tem como missão impulsionar o desenvolvimento de
microempreendedores. O programa oferece duas linhas de crédito. A primeira, para
3 Faturamento anual máximo de R$ 6 milhões imediatamente anterior à capitalização do Fundo. Asempresas deverão ser dos seguintes ramos: Tecnologia da Informação, Biotecnologia, NovosMateriais, Nanotecnologia, Agronegócios e outros.
4051
investimento fixo (compra de máquinas e equipamentos), disponibiliza créditos que variam de
R$ 100,00 a R$ 5.000,00. A capacitação para o negócio é dada pelo próprio PAC. A segunda
linha de crédito, para capital de giro, oferece recursos que vão de R$ 100,00 a R$ 1.000,00.
Para obter estes recursos é necessário formar um grupo solidário de microempreendedores,
constituído por 4 a 10 integrantes.
A Prefeitura de Fortaleza criou ainda o Programa de Crédito Solidário para Juventude
(Credjovem Solidário). Essa iniciativa visa proporcionar incentivos financeiros e apoio
institucional a jovens na faixa etária entre 16 e 29 anos, que estudam ou estudaram em
escolas públicas, a fim de que possam desenvolver atividades sócio-culturais que contribuam
com o desenvolvimento econômico e com a diversidade cultural no município de Fortaleza.
Para participar, os jovens devem formar um grupo e depois deverão informar-se na Secretaria
de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza - SDE sobre uma instituição de apoio que atue na
regional do grupo e construir seu projeto para a SDE analisá-lo. Os jovens envolvidos nos
projetos aprovados serão capacitados, financiados e receberão um acompanhamento técnico
da instituição proponente, por um período de 16 meses, além de um monitoramento por parte
de técnicos da SDE. O financiamento poderá chegar até R$ 20.000.
Fortaleza conta ainda com as seguintes organizações de linhas de crédito:
4351
Instituição Dados
Fundação Caixa do Povo
Av. Santos Dumont, 3060 – Salas 505 e 506,Aldeota60150-160 - Fortaleza – CE
Tel: (85) 3264-1282
E-mail: [email protected]
Banco do Nordeste do Brasil S/A -Programa CrediAmigo
Endereço: Av. Paranjana, 5700 - Passaré
60743-902 - Fortaleza – CE
Telefone: (85) 3299-3148 - Fax: (85) 3299-3181
Cliente Consulta: 0800-783030
E-mail: [email protected]
Site: www.bnb.gov.br
http://www.bnb.gov.br/
Instituto Sol de Desenvolvimento –Programa Credissol
Endereço: Av. Senador Virgilio Távora, 1701, sala901, Aldeota60170-251 - Fortaleza – CE
Telefone: (85) 4006-4481
E-mail: [email protected]
Site: www.institutosol.org.br
http://www.institutosol.org.br/
Associação para DesenvolvimentoLocal Co-Produzido – ADELCO
Endereço: Av. Desembargador. Moreira, 2020,Sala 311, Aldeota60.170-002 - Fortaleza – CE
Telefone: (85) 3264-4492
E-mail: [email protected]
Site: www.adelco.org.br
http://www.adelco.org.br/
Agência Nacional de DesenvolvimentoMicroempresarial – ANDE
Endereço: Travessa Pará, 12, 2º andar, Centro
60.025-120 - Fortaleza – CE
Telefone: (85) 3454-1744
Cliente Consulta: 0800-783030
E-mail: [email protected]
Site: www.visaomundial.org.br
Site: www.agenciaande.org.br
Agência de Desenvolvimento Local eSocioeconomia Solidária – FUNDESOL
Endereço: Avenida Osório de Paiva, 5710, BairroCanindezinho60.731-000 - Fortaleza – CE
4451
Telefone: (85) 3497-2162 Fax: (85) 3498.5099
E-mail: [email protected]
Site: www.fundesol.com.br
Associação de Moradores do ConjuntoPalmeira/Banco Palmas
Av. Val Paraíso, 698, Conjunto Palmeira
60870-440 – Fortaleza – CE
Telefones: (85) 3269-3800, (85) 3250-8279
E-mail: [email protected]
FORTBRASIL Sociedade de Crédito aoMicroempreendedor Ltda (SCM)
AV. Bezerra de Menezes, 100, Otávio Bonfim
60325-000 – Fortaleza – CE
Telefone:(085) 3288-3300
E-mail: [email protected]
Site: www.fortbrasil.com.br
Cooperativa de Crédito de Fortaleza –CREDZAT
Rua Costa Barros, 941, Loja 05, Centro
60.160-280 - Fortaleza - CE
Telefone: (85) 3253-1155
E-mail: [email protected]
4551
Fortaleza está em constante processo de melhoria do Ambiente de Negócios, participando
inclusive do Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios
Brasileiros – PNAFM, do Governo Federal. Do total de municípios brasileiros, 65 aderiram ao
Programa. O órgão executor é a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, por intermédio
da Unidade de Coordenação de Programas - UCP, a quem compete gerenciar sua
implementação, de forma descentralizada, com apoio da Caixa Econômica Federal, agente
financeiro e co-executor.
O PNAFM está orientado para apoiar a gestão municipal participativa, modernização fiscal (por
meio do fortalecimento da autonomia financeira), modernização administrativa (via eficácia e
transparência da gestão pública nas áreas de planejamento, recursos humanos e
administração geral) e modernização de gestão e estrutura.
As ações do PNAFM junto à Prefeitura de Fortaleza abrangem pontos importantes, como a
concepção de um modelo de atendimento com foco no cidadão, a redefinição dos canais de
acesso à Prefeitura (atendimento presencial, telefone, internet, etc) e o redesenho dos
processos de atendimento e dos serviços oferecidos à população.
Dentre as ações a serem executadas estão a implantação de Praças de Atendimento4 nas
Secretarias Executivas Regionais - SERs. Todos os serviços disponíveis nas SERs estão sendo
redesenhados com o objetivo de dar celeridade ao processo em vigência e incluir novas
atividades. Atualmente, a SER oferece 40 diferentes serviços, dentre os quais: Concessão de
Alvarás de Funcionamento, Alvarás de Construção, Usucapião, Licenças de
Publicidade/Propaganda, Habite-se, Demolição, Cancelamento de Autos de Infração,
Certidões, Licença Ambiental, Desmembramento de Lotes e Concessão de Registro Sanitário.
Paralelamente às ações do PNAFM, a Prefeitura de Fortaleza firmou uma parceria com a
Corporação Financeira Internacional – IFC, braço privado do Banco Mundial que concede
serviços de consultoria para o desenvolvimento do setor privado nos países em
desenvolvimento.
4 As Praças de Atendimento serão locais que o cidadão poderá solicitar os serviços disponibilizadospela Prefeitura de Fortaleza, bem como obter informações sobre investimentos.
4651
As ações da IFC visam reduzir os custos de transação para a formalização de empresas pela
redução de custos, tempos, passos e requerimentos na obtenção de licenças de
funcionamento e alvarás de construção na Prefeitura Municipal de Fortaleza. Tudo isso será
feito com base em experiências de sucesso e aprendizado de projetos já realizados pelo
escritório de assistência técnica da IFC. Adicionalmente ao modelo de melhores práticas
internacionais, o projeto inclui a consulta a empreendedores sobre requerimentos e
procedimentos e a formação de um comitê para reformas e melhoria contínua.
No processo de melhoria do ambiente de negócios no município, a Prefeitura de Fortaleza tem
buscado também promover avanços específicos para a promoção e fortalecimento das Micro e
Pequenas Empresas.
Entre esses avanços destaque-se que a Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de
Finanças de Fortaleza é representante da Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das
Capitais (ABRASF) junto ao Comitê Gestor do Simples Nacional.
Nesse sentido, a Prefeitura de Fortaleza está implementando a regulamentação, aprovada em
novembro de 2007, do Capítulo V (Acesso aos Mercados), da Lei Complementar 123/2006 (Lei
Geral das Micro e Empresas de Pequeno Porte), cujo objetivo é instituir o tratamento
favorecido, diferenciado e simplificado às microempresas-ME e as empresas de pequeno
porte-EPP. Entre os resultados principais dessa regulamentação estão:
• Divulgação do planejamento anual das compras públicas, com quantitativos e datas;
• Elaboração de editais em lotes menores, sempre que possível;
• Desburocratização na documentação exigida para habilitação das empresas;
o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será
assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, para a regularização da
4751
documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de
eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.
• Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte;
o Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10%
(dez por cento) superiores ao menor preço.
o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido corresponderá à
diferença de até 5% (cinco por cento) superior ao valor da menor proposta.
• Processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e
empresas de pequeno porte nas contratações de até R$ 80.000,00;
• A Administração Pública Municipal poderá realizar processo licitatório em que seja
exigida dos licitantes a subcontratação de microempresas ou de empresas de pequeno
porte;
• Nas licitações para a aquisição de bens e serviços, a Administração Pública Municipal
deverá reservar, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto, para a
contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.
Nessa direção destaque-se ainda a determinação da Prefeitura de Fortaleza, através de
Portaria, de que o pagamento de empenhos referentes a aquisições de bens e serviços
adquiridos de microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser efetuados com
prioridade sobre os demais empenhos da mesma natureza. Preenchidos todos os requisitos e
implementados todos os procedimentos administrativos relativos à aquisição, a Administração
Pública Municipal direta e indireta, inclusive suas autarquias e fundações, terá o prazo máximo
de 20 dias, após o estágio de liquidação da despesa, para efetuar o pagamento do crédito.
Para facilitar o acesso das micro e pequenas empresas de Fortaleza obterem informações se
podem aderir ou não ao Simples Nacional, foi criado o Serviço de Consulta para Habilitação ao
Simples Nacional. Está disponível um link na página principal do site da SEFIN
(www.sefin.fortaleza.ce.gov.br) onde a MPE pode informar seu CNPJ e, além disso, foi
realizada uma capacitação do plantão fiscal da SEFIN para orientar pessoas físicas e jurídicas
sobre o Simples Nacional.
4851
Por fim, ressalte-se a implantação em andamento do Projeto de Compras Governamentais,
cujo finalidade é utilizar o poder de compras da prefeitura de fortaleza como instrumento de
fortalecimento das atividades produtivas locais, principalmente as desenvolvidas pelas Micro e
Pequenas Empresas. Dessa forma, espera-se ampliar o espaço mercadológico para as ME e EPP
de Fortaleza; internalizar a renda, melhorar os índices de geração de trabalho e de
recolhimento de impostos por meio do estímulo às atividades produtivas locais; reduzir os
valores das propostas, pelo aumento da participação e da competitividade das MPE’s
Fortalezenses, nos processos licitatórios; ampliar e renovar constantemente, o cadastro de
fornecedores; entre outros resultados.
5051
Em Fortaleza existem várias instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico como, por
exemplo, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, Rádio
Observatório Espacial do Nordeste - ROEN, o maior radiotelescópio do Brasil, a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, especializada em Agroindústria Tropical.
Na área que abrange a Secretaria Executiva Regional III estão instaladas algumas instituições
de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, próximos ao campus do Pici, da Universidade
Federal do Ceará – UFC. Lá estão sediadas Embrapa Tropical, Núcleo de Tecnologia Industrial –
NUTEC, Parque de Desenvolvimento Tecnológico – PADETEC e vários laboratórios e cursos das
áreas de tecnologia da UFC.
O PADETEC5 possui reconhecimento nacional na incubação de empresas de base tecnológica e,
no final do ano de 2007 possuía 19 empresas incubadas, 06 empresas associadas e 17
empresas graduadas6. Possui um Escritório de
Propriedade Intelectual cujo objetivo é
estimular inventores, pesquisadores e
empresários a protegerem produtos, processos
e serviços especializados, inovadores. Possui os
seguintes serviços: Elaboração de relatório de
Patentes, Requerimento de Registro de
Marcas, Acompanhamento de Patentes,
Acompanhamento de Marcas e Transferência
de Tecnologia.
Outra área de Fortaleza que concentra empresas voltadas para o desenvolvimento
tecnológico, especificamente tecnologia da informação, é na Secretaria Executiva Regional VI,
especificamente no bairro “Cidade dos Funcionários”. Nesse bairro estão instalados o Instituto
do Software – INSOF, o Instituto Atlântico, além da Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa
5 O PADETEC foi selecionado para ser um dos 06 centros regionais do Fundo CRIATEC do BNDES.6 Importantes empresas de Fortaleza foram incubadas pelo PADETEC, como, por exemplo, a POLYMAR
S/A, que foi considerada a melhor pequena empresa de base tecnológica do País e a FOTOSENSORESTecnologia Eletrônica Ltda, que recebeu diversos prêmios da FINEP.
FOTO 8 – PADETEC
5151
– FUNCAP (vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo
Estadual) que, apesar de não desenvolver tecnologia, financia bolsas de estudos e pesquisa
acadêmica.
O Instituto Atlântico atua nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação,
objetivando o desenvolvimento e difusão de tecnologias. Conta com mais de 150 profissionais
entre graduados, mestres e pós-graduandos nas áreas de computação e engenharia. Atua nas
seguintes áreas: Aplicações financeiras, Gestão de projetos, Computação móvel, Comunicação
sem fio, TV digital, Data mining, Embedded systems (hardware e firmware), Gerência de redes,
Segurança da informação, Gestão de conhecimento, Controle de processos,
Telecomunicações, Workflow (integração de aplicações corporativas), Web services e
Computação gráfica.
Existem ainda em Fortaleza outras instituições na área de tecnologia, tais como o CENTEC,
CEFET, TITAN, CENAPAD, Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação - NATI-Unifor
(formado por células das seguintes empresas: IBM, BORLAND, MICROSOFT, ORACLE,
STEFANINI, TELEMAR, LANLINK, entre outras).
Fortaleza dispõe de um importante centro educacional, tanto de ensino médio como
superior. Possui 449 escolas públicas e 846 privadas. É sede de duas importantes
escolas de ensino médio federal: Colégio Militar de Fortaleza e Centro Federal de
Educação Tecnológica do Ceará – CEFET. Conta com 95 cursos de pós-graduação, dos
quais 23 são de doutorado; todos aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Dentre as suas 31 instituições de ensino superior,
destacam-se:
5251
Públicas Privadas
Centro Federal de Educação Tecnológica do
Ceará (CEFET)
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Faculdade 7 de Setembro (FA7)
Universidade Federal do Ceará (UFC) Faculdade Integrada do Ceará (FIC)
Universidade Estadual do Ceará (UECE) Faculdades do Nordeste (FANOR)
Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA)Faculdade Christus
Faculdade Farias Brito (FFB)
O curso de Administração de Empresas é ofertado em aproximadamente 20 faculdades
em Fortaleza, dentre as quais pelo menos em 10 há cursos de pós-graduação e MBA. A
FANOR, por exemplo, oferece dois MBA Executivos, um em Finanças e outro em
Gestão de Negócios, ambos em convênio com o IBMEC. A MRH oferece 06 MBAs em
convênio com a Fundação Getúlio Vargas – FGV (Gestão Empresarial, Gestão
Financeira e Controladoria, Gestão de Pessoas, Gestão de Projetos, Marketing, Gestão
Hospitalar e Sistemas de Saúde).
No que concerne aos cursos ligados à área de tecnologia da informação, existentes em
faculdades de Fortaleza, estão descritos a seguir:
QUADRO 20 – Dados gerais sobre as Instituições de Ensino Tecnológico em Fortaleza
Universidade Nível Curso
UFC
Graduação
Ciência da ComputaçãoEngenharia Elétrica
Engenharia em Teleinformática
Especialização
Engenharia de Telecomunicações (redes de comunicação)
Informática
Tecnologia aplicada ao gerenciamento da informação
MestradoCiência da Computação
Engenharia Elétrica
5351
DoutoradoEngenharia de Telecomunicações- Processamento de
sinais
UNIFOR
Graduação
Engenharia Elétrica/EletrônicaInformática
Engenharia de Automação e Controle
Engenharia de Telecomunicações
Mecatrônica- Controle e Automação
Especialização
Engenharia de Software - Internet
Sistemas de Telecomunicações
Redes elétricas de distribuição
Tecnologias de Redes e Internet
Tecnologia de Banco de Dados
Mestrado Informática Aplicada
UECE
Graduação Ciências da Computação
EspecializaçãoSistemas de Internet
Banco de Dados
Mestrado Mestrado Profissional em Computação
FIC
Graduação Sistemas de Informações
Sequencial
Projetos e implementação de ambientes de Internet
Análise de sistema informatizado
Projeto e Desenvolvimento de software
Gestão em redes de computadores
Telecomunicações
Faculdade
Gama Filho
SequencialWebmaster e webdesignAnálise de sistemas
Graduação Ciências da computação
Faculdade 7 de
Setembro - FA7
Graduação Sistema de Informação
Especialização Sistema de banco de dados com Tecnologia Oracle
IESC Graduação Computação
UNICEGraduação Processamento de Dados
Especialização Ambiente Internet
Lourenço Filho Graduação Ciência da Computação
Faculdade Graduação Sistema de Informação
5451
Christus
CEFET
Técnico
InformáticaTelecomunicações
Eletrotécnica
Sistemas Elétricos
Sistemas Eletrônicos
Conectividade
Desenvolvimento de Software
SuperiorMecatrônica
Telemática
Fonte: IPECE, 2002
A seguir encontra-se a relação das Incubadoras de Empresas de Fortaleza, por
localização geográfica:
Secretaria ExecutivaRegional II
INCUBASOFT – Incubadora de Software (Insoft)Endereço: Av.Oliveira Paiva, nº 941-ABairro: Cidade dos FuncionáriosFone: (85) 3279 2188 – Fax (85) 3279 5776
Secretaria ExecutivaRegional III
PADETEC – Parque de Desenvolvimento TecnológicoEndereço: Bloco 310 , Campus do Pici – UFCBairro: ParquelândiaFone: (85) 3366.9983, (85) 3287.6720 – Fax: (85) 3287.4778
5551
PARTEC – Parque Tecnológico do NUTECEndereço: Professor Rômulo Proença s/n, Campus do Pici –UFCBairro: ParquelândiaFone: (85) 3101 2445 – Fax (85) 3101 2436
Secretaria ExecutivaRegional VI
INCEFET – Incubadora do Centro Federal de EducaçãoTecnológica – CEFET
Av. 13 de Maio nº 2081Bairro: BenficaFone: (85) 3288.3690
INTECE – Incubadora do Instituto Centro de EnsinoTecnológico – CENTEC
Endereço: Rua Silva Jardim nº 515Bairro: BenficaFone: (85) 3066 7048 – Fax (85) 3066 7052
Secretaria ExecutivaRegional VI
UNIFOR – Fundação Edson QueirozEndereço: Av. Washington Soares nº 1321, Bloco MBairro: Edson QueirózFone: (85) 3477 3000 - (85) 3477.3039 – Fax (85) 3477 3055
As áreas de atuação das empresas hospedadas nessas incubadoras estão inseridas nos
seguintes segmentos: tecnologia da informação, mecânica, alimentos, produtos
plásticos, eletro-mecânica, produtos farmacêuticos, maricultura/pscicultura, sistemas
construtivos, couros e afins, química, biotecnologia e engenharia elétrica.
5751
- Decisão da Natureza Jurídica
Escolher a natureza jurídica do negócio, por exemplo, Empresário, Sociedade Ltda,
Sociedade SIMPLES
- Consulta prévia do local de funcionamento da empresa
O interessado deve se dirigir à Secretaria Executiva Regional mais próxima do
empreendimento e fazer uma consulta referente ao alvará de funcionamento.
- Verificar nome da empresa com a Junta Comercial do Estado de Ceará (JUCEC)
Deverá ser realizada uma consulta prévia na Junta Comercial ou Cartório (no caso de
Sociedade SIMPLES) para saber se já foi registrado o mesmo nome escolhido da
empresa.
- Pagamento das taxas de registro à Junta Comercial do Estado ou cartório de registro
de títulos e documentos
Deverá ser registrado o nome escolhido para a empresa no órgão competente.
- Requerer o número de identificação de contribuinte na Secretaria da Receita Federal
do Brasil
Solicitar a expedição do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.
- Registro na Secretaria de Finanças de Fortaleza - SEFIN e/ou Secretaria da Fazenda do
Ceará - SEFAZ
O interessado deverá ir ao órgão competente para solicitar a concessão da inscrição.
No caso de empresa e profissionais autônomos, que praticarem atividades de
prestação de serviços de qualquer natureza, estarão obrigados a se cadastrar no
Município, solicitando o ISS. No caso de empresas que praticarem atividades de
indústria, comércio ou serviços que caracterizem ICMS, estarão obrigadas a se
cadastrar na fazenda estadual (CCF).
- Alvará de funcionamento e licença sanitária
5851
O interessado deverá ir à Secretaria Executiva Regional correspondente ao bairro em
que a empresa irá funcionar dar entrada à documentação necessária para o Alvará de
funcionamento e licença sanitária.
Abaixo estão relacionados os principais impostos que podem incidir num negócio em
Fortaleza. Maiores esclarecimentos consultar a Secretaria de Finanças de Fortaleza
(www.sefin.fortaleza.ce.gov.br) e/ou Secretaria da Fazenda do Ceará (www.sefaz.ce.gov.br)
Impostos Municipais:
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza -ISSQN
Tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa da Lei Complementar
nº 14/2003.
Regra geral: alíquota de 5%
Exceções: saúde (3%), educação (2%), construção civil (3%) com dedução de materiais
aplicados na obra.
Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
É o imposto recolhido anualmente que incide sobre todos os imóveis do Município de
Fortaleza.
Regra geral: é calculado mediante a aplicação de uma alíquota sobre o valor venal do imóvel.
Este valor venal é calculado com base em diversos fatores, como: tamanho do terreno, do
prédio, sua localização, o tipo de acabamento, os tipos de equipamentos urbanos existentes
no logradouro, etc. As alíquotas usadas no cálculo do IPTU estão descritas no QUADRO 21.
5951
QUADRO 21 – Alíquotas do Imposto sobre Propriedade Territorial de Fortaleza
IMÓVEL RESIDENCIAL
Valor Venal Alíquota Redutor
Até R$58.500,00 0,60% Não há redutor
Acima de R$58.500,00 e até R$ 210.600,00 0,80%Aplicar um redutor de R$ 117,00 sobre o
valor do imposto
Acima de R$ 210.600,00 1,40%Aplicar um redutor de R$ 1.380,60 sobre o
valor do imposto
IMÓVEL NÃO RESIDENCIAL
até R$ 210.600,00 1,00% Não há redutor
acima de R$ 210.600,00 2,00%Aplicar um redutor de R$ 2.106,00 sobre o
valor do imposto
Fonte: Secretaria de Finanças de Fortaleza, 2007
TERRENOS NÃO EDIFICADOS
Localização Alíquota Redutor
Localizados em áreas desprovidas de infra-estrutura urbana 1,00% Não há redutor
Localizados em áreas que possuam infra-estrutura urbana. 2,00% Não há redutor
Fonte: Secretaria de Finanças de Fortaleza, 2007
Exceções: Imóveis com valor venal não superior a R$ 23.914,00 (vinte e três mil e novecentos e
quatorze reais) para o exercício orçamentário de 2006, desde que o contribuinte possua 1(um)
único imóvel no município de Fortaleza e que nele resida. (Lei Complementar 27/2005).
Descontos especiais: Imóveis residenciais situados na área compreendida entre as ruas: a
leste, com a Rua João Cordeiro; a oeste, a Av. Padre Ibiapina e a Av. Filomeno Gomes; ao
norte, com a Av. Leste Oeste; e ao sul, Av. Antônio Sales e Av. Domingos Olímpio, terão
redução de 50% sobre o valor do imposto;
6051
Imóveis comerciais situados na área compreendida entre as ruas: a leste, com a Rua João
Cordeiro; a oeste, a Av. Padre Ibiapina e a Av. Filomeno Gomes; ao norte, com a Av. Leste
Oeste; e ao sul, Av. Antônio Sales e Av. Domingos Olímpio, terão redução de 20% sobre o valor
global do imposto;
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI
O recolhimento do ITBI ao Município é feito pelo adquirente ou cessionário do bem ou direito,
podendo ser efetuado também, pelo cedente ou transmitente como responsável. No caso
especial de permuta (troca de imóveis) o ITBI passa a incidir sobre o valor de cada um dos bens
permutados.
Regra geral: A alíquota do ITBI é calculada em 2% sobre o valor do imóvel.
Exceções: No caso de financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação, e somente por ele,
o proprietário paga somente 0,5% sobre o valor financiado.
Impostos Estaduais
Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS
O fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte, fornecimento de
refeições, prestação de serviços de transporte, entre outros.
Regra geral: alíquota de 17%
Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA
A base de cálculo do imposto, em se tratando de veículo usado, é o valor corrente do veículo
automotor, considerando-se os preços praticados no mercado e os divulgados em publicações
especializadas.
Regra: 2,5% - para automóveis, caminhonetes e embarcações recreativas ou desportivas;
1,0% - para ônibus, microônibus, caminhões (>= 3.500kg), cavalos mecânicos e veículos
automotores de propriedade de estabelecimentos exclusivamente locadores de veículos,
desde que utilizados na atividade de locação;
6151
2,0% - para motocicleta e similares;
1,5% - para aeronaves;
2,5% - para qualquer outro veículo automotor não citado anteriormente.
6351
Fortaleza está dividida em 114 bairros. A partir de 1997 a prefeitura dividiu a administração
executiva da cidade em Secretarias Executivas Regionais - SERs. A seguir estão descritas as
principais características econômicas em cada uma das Secretarias Executivas Regionais - SERs.
6451
População de aproximadamente 340.134 habitantes (16,49% de Fortaleza), sendo 46%
homens e 54% mulheres. Sua remuneração média é de 4 salários mínimos, sendo classificada
por classe “C”. Os bairros com maior taxa de emprego formal são Vila Elery e Jacarecanga,
respectivamente, enquanto que Arraial Moura Brasil e Alagadiço predominam o emprego
informal.
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 645 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente quase 15.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO
22.
6551
QUADRO 22 – Estabelecimentos Industriais - SER I
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos
Têxtil, vestuário e artefatos
de tecidos
Barra do Ceará (98), Vila Velha (32), Alagadiço
(29), Álvaro Weyne (26), Jacarecanga (22),
Monte Castela (21), Cristo Redentor (9), Vila
Elery (8), Farias Brito (3) e Moura Brasil (1)
249 5.284
Produtos Alimentares
Barra do Ceará (24), Vila Velha (20),
Jacarecanga (18), Alagadiço (13), Álvaro
Weyne (7), Farias Brito (7), Vila Elery (7),
Cristo Redentor (6), Monte Castelo (4) e
Moura Brasil (2)
108 3.822
Transporte e comunicações
Barra do Ceará (20), Alagadiço (17),
Jacarecanga (9), Álvaro Weyne (8), Vila Ellery
(6), Vila Velha (6), Monte Castelo (5), Cristo
Redentor (5), Farias Brito (3) e Moura Brasil
(1)
80 2.444
Metal-mecânica
Jacarecanga (22), Barra do Ceará (16), Vila
Velha (11), Álvaro Weyne (11), Cristo
Redentor (11), Vila Ellery (5), Alagadiço (5),
Farias Brito (5), Moura Brasil (1) e Monte
Castelo (1)
87 1.324
Papel, papelão, editorial e
gráfica
Jacarecanga (18), Barra do Ceará (6), Álvaro
Weyne (5), Farias Brito (5), Alagadiço (5), Vila
Ellery (2), Monte Castelo (1) e Moura Brasil (1)
43 291
Química, produtos
farmacêuticos, veterinários e
perfumaria
Barra do Ceará (11), Álvaro Weyne (4), Cristo
Redentor (4), Jacarecanga (3), Alagadiço (3),
Monte Castelo (1), Farias Brito (1) e Vila Velha
(1)
28 467
Borracha, fumo, couros e
peles
Álvaro Weyne (8), Barra do Ceará (5),
Jacarecanga (4), Vila Velha (3), Alagadiço (3) e
Cristo Redentor (2)
25 555
6651
Calçados
Barra do Ceará (8), Jacarecanga (8), Vila Velha
(3), Cristo Redentor (2), Vila Ellery (1) e Álvaro
Weyne (1)
23 2.077
Madeira e Mobiliário
Jacarecanga (6), Barra do Ceará (4), Álvaro
Weyne (3), Monte Castelo (2), Cristo Redentor
(2), Vila Velha (1), Alagadiço (1) e Vila Ellery (1)
20 239
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
As empresas pertencentes à Secretaria Executiva Regional I têm um relativo dinamismo no
setor terciário, contando com 148 comércios atacadistas, 1.395 comércios varejistas, 135
estabelecimentos de construção civil, 115 instituições de ensino, 363 unidades de serviços de
alojamento e alimentação, e 122 unidades de serviços médicos, odontológicos e veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade
são: Barra do Ceará (206), Vila Velha (194), Alagadiço São Gerardo (140), Farias Brito (124) e
Álvaro Weyne (115). Os 15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro
23.
QUADRO 23 – Descrição do Comércio Varejista – SER I
Descrição Qtde
Mercearias, bodegas, Mercadinhos e mercantil 552
Material de construção 114
Confecções em geral 109
Panificadoras e padarias 43
Autopeças 41
Mecânicas de automóveis 38
Móveis 37
Óticas 31
Papelarias 20
Calçados e Sapatarias 19
6751
Frigoríficos e Açougue 17
Serviços gráficos 16
Metalúrgica 15
Tecidos 15
Assistência técnica em eletrônicos 15
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
6851
População de 311.842 habitantes (14,64% de Fortaleza), sendo 44% homens e 56% mulheres.
Melhor remuneração média de Fortaleza, com 13,2 salários mínimos, com destaque para os
bairros Meireles, Guararapes, Cocó, Aldeota e Dionísio Torres. População classificada como
classe “A”. Os bairros com maiores taxas de emprego formal são Meireles e Centro e os
empregos informais estão nos bairros Guararapes e Cidade 2000.
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 1.765 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente quase 25.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO
24.
6951
QUADRO 24 – Estabelecimentos Industriais – SER II
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos
Transporte e
comunicações
Centro (141), Meireles (94), Aldeota (69),
Papicu (25), Joaquim Távora (24), Vicente
Pinzón (15), Cocó (13), Dionísio Torres (8),
Mucuripe (5), Tauape (5), Varjota (5), Praia de
Iracema (4) e Antônio Diogo (2)
410 5.702
Têxtil, vestuário e
artefatos de tecidos
Centro (143), Meireles (53), Cocó (31), Aldeota
(29), Papicu (19), Joaquim Távora (17), Tauape
(16), Dionísio Torres (7), Varjota (7), Praia de
Iracema (5), Mucuripe (2), Antônio Diogo (1) e
Vicente Pinzón (1)
341 2.664
Produtos Alimentares
Centro (64), Meireles (43), Aldeota (30), Cocó
(27), Joaquim Távora (18), Papicu (15),
Dionísio Torres (10), Tauape (7), Varjota (7),
Mucuripe (6), Vicente Pinzón (6) e Praia de
Iracema (2)
235 4.336
Borracha, fumo, couros e
peles
Centro (38), Meireles (9), Aldeota (5), Dionísio
Torres (5), Cocó (4), Joaquim Távora (3),
Tauape (1), Varjota (1), Vicente Pinzón (1)
67 415
Metal-mecânica
Centro (25), Praia de Iracema (13), Papicu (9),
Aldeota (7), Cocó (6), Dionísio Torres (6),
Joaquim Távora (4), Mucuripe (4), Tauape (2),
Vicente Pinzón (2), Meireles (1) e Varjota (1)
62 344
Produtos farmacêuticos
Centro (17), Papicu (8), Cocó (7), Aldeota (7),
Joaquim Távora (5), Tauape (3), Dionísio
Torres (2), Meireles (2), Vicente Pinzón (2) e
Varjota (1)
53 735
Mobiliário
Centro (12), Cocó (7), Dionísio Torres (7),
Papicu (7), Tauape (5), Aldeota (1), Joaquim
Távora (1) e Meireles (1).
40 405
7051
CalçadosCentro (14), Meireles (2), Joaquim Távora (1),
Papicu (1), Praia de Iracema (1) e Tauape (1)20 258
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
Devido o Centro da Cidade de Fortaleza pertencer à Secretaria Executiva Regional II,
esta se destaca pioneiramente em relação às demais regionais. A SER II conta com 724
comércios atacadistas, 5.500 comércios varejistas, 929 estabelecimentos de
construção civil, 303 instituições de ensino, 2.321 unidades de serviços de alojamento
e alimentação, e 1.445 unidades de serviços médicos, odontológicos e veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa
atividade são: Centro (2.854), Meireles (702), Aldeota (519), Cocó (443), Joaquim
Távora (263), Papicu (240), Tauape (156), Dionísio Torres (132), Vicente Pinzón (164),
Mucuripe (47), Praia de Iracema (38), Varjota (33), Antônio Diogo (9). Os 15
segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 25.
QUADRO 25 – Descrição do Comércio Varejista – SER II
Classificação Qtde
Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 470
Confecções em geral 295
Material de Construção 139
Óticas 137
Mecânica de automóveis 124
Calçados e sapatarias 105
Serviços gráficos 102
Turismo, receptivos e operadoras 98
Ferragens e Ferramentas 85
Equipamentos de informática e computadores 77
Móveis 77
7151
Veículos e Concessionárias 77
Assistência técnica em eletrônicos 72
Papelarias 68
Serviços fotográficos 62
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
7251
População de 340.516 habitantes (16,51% de Fortaleza), sendo 46% homens e 54% mulheres.
Remuneração média de 4,62 salários mínimos, com destaque para os bairros Parquelândia e
Amadeu Furtado. População classificada como classe “C”. Os empregos formais estão
concentrados nos bairros Jóquei Clube e Bela Vista, enquanto que os informais estão
prioritariamente no Amadeu Furtado e Autran Nunes. A maior parcela escolarizada da
população de Fortaleza está sediada nesta Regional, no que diz respeito a doutores e mestres.
7351
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 540 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente 7.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 26.
QUADRO 26 – Estabelecimentos Industriais - SER III
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos
Têxtil, vestuário e artefatos
de tecidos
Henrique Jorge (93), Bonsucesso (59),
Antônio Bezerra (55), Bela Vista (29),
Jóquei Clube (21), Rodolfo teófilo (29), Pici
(17), Parquelândia (6) e Amadeu Furtado
(4)
303 4.951
Produtos Alimentares
Antônio Bezerra (18), Henrique Jorge (17),
Bonsucesso (9), Jóquei Clube (7), Pici (6),
Rodolfo Teófilo (6), Bela Vista (5),
Parquelândia (3) e Amadeu Furtado (2)
73 511
Transporte e comunicações
Antônio Bezerra (13), Henrique Jorge (9),
Rodolfo Teófilo (7), Bela Vista (5), Jóquei
Clube (2), Parquelândia (2), Amadeu
Furtado (1) e Pici (1)
40 654
MobiliárioBonsucesso (10), Henrique Jorge (10),
Antônio Bezerra (8), Bela Vista (2) e Pici (2)31 135
Metal-mecânica
Antônio Bezerra (12), Henrique Jorge (9),
Pici (3), Bonsucesso (2), Rodolfo Teófilo
(2), Bela Vista (1) e Jóquei Clube (1)
30 105
Papel, papelão, editorial e
gráfica
Henrique Jorge (7), Antônio Bezerra (6),
Rodolfo Teófilo (4), Jóquei Clube (3), Bela
Vista (2), Parquelândia (2), Amadeu
Furtado (1) e Bonsucesso (1)
26 77
7451
Produtos farmacêuticosHenrique Jorge (7), Antônio Bezerra (6),
Bela Vista (3) e Parquelândia (1)17 471
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
A Secretaria Executiva Regional III conta com 92 comércios atacadistas, 817 comércios
varejistas, 37 estabelecimentos de construção civil, 93 instituições de ensino, 182 unidades de
serviços de alojamento e alimentação, e 44 unidades de serviços médicos, odontológicos e
veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade
são: Henrique Jorge (199), Antônio Bezerra (178), Bela Vista (108), Bonsucesso (94),
Parquelândia (66), Jóquei Clube (61), Rodolfo Teófilo (60), Pici (33) e Amadeu Furtado (18). Os
15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 27.
QUADRO 27 – Descrição do Comércio Varejista – SER III
Classificação Qtde
Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 676
Material de Construção 131
Confecções em geral 125
Veículos e Concessionárias 89
Móveis 70
Panificadoras e Padarias 59
Autopeças 35
Óticas 31
Frigoríficos 29
Papelarias 23
Calçados e sapatarias 21
Metalurgia 17
Serviços gráficos 15
7551
Postos de gasolina 14
Madeireira e Serrarias 14
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
7651
População de 259.831 habitantes (12,13% de Fortaleza), sendo 46% homens e 54% mulheres.
Remuneração média de 5,72 salários mínimos, segunda melhor classificação dentre os bairros
de Fortaleza, com destaque para os bairros de Fátima e Benfica. Mesmo assim, sua população
é classificada como classe “C”. Os empregos formais estão concentrados na Vila Peri e Benfica,
enquanto que nos bairros Panamericano e Fátima estão os informais. A Regional IV concentra
a maior parcela da população com nível superior e ensino médio concluídos.
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 911 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente 17.165 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 28.
7751
QUADRO 28 – Estabelecimentos Industriais - SER IV
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecim Empregos
Têxtil, vestuário e
artefatos de tecidos
Parangaba (94), Vila União (64),
Montese (59), Serrinha (44), Benfica
(37), Bom Futuro (35), Fátima (23),
Jardim América (20), Demócrito
Rocha (19), Damas (15), Itaperi (7) e
José Bonifácio (5)
442 8.626
Transporte e
comunicações
Vila União (32), Parangaba (23), José
Bonifácio (22), Montese (17), Benfica
(16), Fátima (15), Damas (9), Serrinha
(9), Bom Futuro (7), Itaperi (2),
Jardim América (2), Demócrito Rocha
(1)
155 4.179
Produtos Alimentares
Parangaba (26), Vila União (15),
Fátima (14), Benfica (13), Demócrito
Rocha (9), Serrinha (8), Montese (7),
Jardim América (6), Bom Futuro (5),
Damas (2), Itaperi (1) e José
Bonifácio (1)
107 1.510
Metal-mecânica
Parangaba (13), Benfica (7), Serrinha
(7), Vila União (6), José Bonifácio (4),
Montese (4), Demócrito Rocha (2),
Damas (2) e Bom Futuro (1)
53 225
Papel, papelão,
editorial e gráfica
José Bonifácio (9), Parangaba (9),
Montese (7), Benfica (7), Vila União
(7), Bom Futuro (3), Fátima (3),
Damas (1), Itapari (1), Jardim
América (1) e Serrinha (1)
50 1.058
7851
Mobiliário
Parangaba (12), Serrinha (4),
Demócrito Rocha (3), Montese (3),
Benfica (2), Bom Futuro (2), Jardim
América (2), Vila União (2), Fátima
(1), Itaperi (1), José Bonifácio (1)
33 378
Borracha, fumo,
couros e peles
Jardim América (5), Benfica (4), José
Bonifácio (4), Fátima (2), Parangaba
(2), Serrinha (2), Damas (1), Montese
(1) e Vila União (1)
22 143
Calçados
Vila União (6), Benfica (3), Parangaba
(3), Bom Futuro (2), Damas (2),
Jardim América (2), Montese (1)
21 279
Produtos
farmacêuticos
Parangaba (7), Vila União (4), Damas
(2), Montese (2), Serrinha (2), Benfica
(1), Fátima (1), Itaperi (1)
20 400
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
A Secretaria Executiva Regional IV conta com 283 comércios atacadistas, 1.703
comércios varejistas, 187 estabelecimentos de construção civil, 123 instituições de
ensino, 497 unidades de serviços de alojamento e alimentação, e 226 unidades de
serviços médicos, odontológicos e veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa
atividade são: Parangaba (355), Benfica (264), Fátima (217), José Bonifácio (212),
Montese (193), Jardim América (133), Vila União (105), Serrinha (61), Bom Futuro (54),
Demócrito Rocha (54), Damas (45), Itaperi (10). Claramente percebemos uma
especialização comercial para automóveis. Os 15 segmentos com maior predominância
estão descritos no Quadro 29.
7951
QUADRO 29 – Descrição do Comércio Varejista – SER IV
Classificação Qtde
Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 424
Confecções em geral 129
Mecânica automotiva 98
Veículos e concessionárias 75
Auto peças 41
Serviços automotivos 34
Parafusos 34
Postos de gasolina 29
Serviços gráficos 25
Tecidos 21
Frigoríficos 21
Manutenção de telefones 21
Manutenção de computadores 20
Metalurgia 19
Lava jatos 19
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
8051
População de 452.875 habitantes (21,15% de Fortaleza), sendo 49% homens e 51% mulheres.
Remuneração média de 3,07 salários mínimos, tendo sua população classificada como classe
“C”. Os Conjuntos Ceará I e II concentram os empregos formais, enquanto que Parque São José
e Parque Presidente Vargas estão a maior parte dos empregos informais.
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 566 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente 6.812 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 30.
8151
QUADRO 30 – Estabelecimentos Industriais - SER V
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecim Empregos
Têxtil, vestuário e
artefatos de tecidos
Momdubim (38), Vila Peri (37), Vila Manoel Sátiro
(33), Maraponga (32), Bom Jardim (30), Conjunto
José Walter (30), Conjunto Ceará (29), Genibaú
(13), Conjunto Esperança (13), Granja Portugal (8),
Parque São José (5), Parque Presidente Vargas (2)
266 3.101
Produtos Alimentares
Bom Jardim (18), Mondubim (18), Conjunto José
Walter (12), Conjunto Ceará (9), Granja Portugal
(7), Maraponga (6), Vila Peri (5), Vila Manoel
Sátiro (4), Parque São José (4), Genibaú (3),
Conjunto Esperança (1), Presidente Vargas (1)
88 991
Transporte e
comunicações
Conjunto Ceará (13), Modubim (12),Conjunto José
Walter (9), Bom Jardim (6), Vila Pery (6), Parque
São José (4), Maraponga (3), Granja Portuga (2),
Vila Manoel Sátiro (2), Genibaú (1) e Presidente
Vargas (1)
59 1.792
Mobiliário
Bom Jardim (12), Mondubim (7), Vila Peri (7),
Maraponga (5), Conjunto Ceará (4), Vila Manoel
Sátiro (4), Parque São José (4), Genibaú (3),
Conjunto Esperança (1), Granja Portugal (1) e
Conjunto José Walter (1)
49 282
Produtos
farmacêuticos
Bom Jardim (6), Mondubim (4), Conjunto Ceará
(2), Vila Manoel Sátiro (2), Maraponga (2), Granja
Portugal (1) e Presidente Vargas (1).
18 135
Papel, papelão,
editorial e gráfica
Conjunto Ceará (3), Conjunto José Walter (3), bom
Jarim (2), Genibaú (2), Vila Manoel Sátiro (2),
Mondubim (2), Granja Portugal (1)
15 55
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
8251
A Secretaria Executiva Regional V conta com 189 comércios atacadistas, 1.014 comércios
varejistas, 64 estabelecimentos de construção civil, 108 instituições de ensino, 184 unidades
de serviços de alojamento e alimentação, e 33 unidades de serviços médicos, odontológicos e
veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade
são: Conjunto Ceará (185), Bom Jardim (169), Conjunto José Walter (128), Mondubim (104),
Vila Pery (94), Maraponga (76), Vila Manoel Sátiro (68), Parque São José (60), Granja Portugal
(49), Genibaú (36), Conjunto Esperança (35), Parque Presidente Vargas (9) e Alto Alegre (1). Os
15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 31.
QUADRO 31 – Descrição do Comércio Varejista – SER V
Classificação Qtde
Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 714
Material de Construção 177
Confecções em geral 137
Móveis 80
Panificadoras e padarias 63
Auto peças 37
Óticas 27
Frigorificos 25
Madeiras e serrarias 24
Mecânica automotiva 22
Metalurgia 17
Supermercados 17
Serviços gráficos 16
Roupas Masculinas 13
Papelarias 12
Calçados e sapatarias 11
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
8351
População de 436.204 habitantes (20,37% de Fortaleza), sendo 47% homens e 53% mulheres.
Remuneração média de 4,67 salários mínimos, tendo destaque para os bairros do Parque
Manibura, Cidade dos Funcionários e Cambeba. População classificada como classe “C”. Os
bairros Aerolândia e Alagadiço Novo concentram a maior parcela da mão-de-obra formal da
Regional VI, enquanto que Edson Queiroz e Parque Iracema concentram a mão-de-obra
informal.
Esta Secretaria Executiva Regional concentra 760 estabelecimentos industriais, empregando
formalmente 14.471 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 32.
8451
QUADRO 32 – Estabelecimentos Industriais - SER VI
Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos
Transporte e
comunicações
Messejana (126), Alto da Balança (34),
Cidade dos Funcionários (17), Passaré
(10), Cajazeiras (8), Castelão (6),
Alagadiço Novo (5), Jangurussu (5), Dias
Macêdo (4), Lagoa Redonda (4),
Cambeba (2), Edson Queiros (1),
Tancredo Neves (1)
223 6.661
Têxtil, vestuário e
artefatos de tecidos
Messejana (40), Passaré (36), Jangurussu
(17), Cidade dos Funcionários (14), Edson
Queiroz (9), Alto da Balança (8), Lagoa
Redonda (6), Cambeba (5), Castelão (5),
Dias Macêdo (5), Cajazeiras (4), Alagadiço
Novo (2), Tancredo Neves (1)
152 1.792
Produtos Alimentares
Messejana (49), Jangurussu (15), Passaré
(12), Cidade dos Funcionários (10), Alto
da Balança (9), Lagoa Redonda (6),
Alagadiço Novo (4), Edson Queiroz (4),
Cajazeiras (3), Cambeba (3), Castelão (3),
Tancredo Neves (2), Dias Macedo (1)
121 2.375
Mobiliário
Messejana (15), Lagoa Redonda (6), Alto
da Balança (5), Castelão (5), Passaré (5),
Alagadiço Novo (4), Jangurussu (3),
Cidade dos Funcionários (2), Cambeba
(1), Dias Macedo (1), Edson Queiroz (1)
48 502
Metal-mecânica
Alto da Balança (10), Messejana (9),
Castelão (7), Dias Macedo (4), Edson
Queiroz (3), Jangurussu (2), Cajazeiras (1),
Cidade dos Funcionários (1), Lagoa
Redonda (1), Passaré (1)
46 430
8551
Produtos
farmacêuticos
Messejana (11), Passaré (7), Lagoa
Redonda (5), Castelão (4), Jangurussu (4),
Alto da Balança (2), Cajazeiras (1),
Cambeba (1), Dias macedo (1), Edson
Queiroz (1), Tancredo Neves (1)
38 491
Minerais não
metálicos
Messejana (12), Castelão (4), Alto da
Balança (3), Dias Macedo (3), Edson
Queiroz (3), Jangurussu (3), Lagoa
Redonda (3), Passaré (3), Alagadiço Novo
(2), Cajazeiras (1), Cidade dos
Funcionários (1)
38 359
Borracha, fumo,
couros e peles
Messejana (11), Passaré (4), Alto da
Balança (2), Cajazeiras (2), Edson Queiroz
(2), Castelão (1), Dias Macedo (1),
Jangurussu (1)
24 361
Papel, papelão,
editorial e gráfica
Messejana (8), Passaré (5), Edson Queiroz
(4), Alto da Balança (2), Cajazeiras (1),
Cidade dos Funcionários (1), Dias Macedo
(1), Jangurussu (1) e lagoa Redonda (1)
24 225
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
A Secretaria Executiva Regional VI conta com 240 comércios atacadistas, 1.285 comércios
varejistas, 296 estabelecimentos de construção civil, 117 instituições de ensino, 346 unidades
de serviços de alojamento e alimentação, e 45 unidades de serviços médicos, odontológicos e
veterinários.
Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade
são: Messejana (430), Alto da Balança (147), Cidade dos Funcionários (139), Jangurussu (106),
Edson Queiroz (103), Passaré (91), Alagadiço Novo (71), Dias Macedo (53), Lagoa Redonda
(49), Cajazeiras (33), Castelão (24), Tancredo Neves (22), Cambeba (17). Os 15 segmentos com
maior predominância estão descritos no Quadro 33.
8651
QUADRO 33 – Descrição do Comércio Varejista – SER VI
Classificação Qtde
Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 655
Material de Construção 175
Confecções em geral 97
Panificadoras e padarias 67
Auto peças 61
Móveis 54
Mecânica automotiva 47
Frigorificos 42
Óticas 29
Posto de gasolina 25
Calçados e sapatarias 23
Papelarias 21
Madeiras e serrarias 18
Ferragens e ferramentas 16
Roupas Masculinas 15
Floricultura 12
Fonte: MTE, CAGED, 2005.
8851
Para incentivar o desenvolvimento econômico e social do Município, em dezembro de 2006, a
Prefeitura de Fortaleza instituiu a Lei Complementar No 35/06, que concede incentivo fiscal às
empresas, que vierem a se instalar e/ou se expandir. Essa lei estabelece um sistema de
pontuação para obtenção dos incentivos, tais como: redução de alíquota do ISSQN; redução do
valor apurado do IPTU e redução da base de cálculo do ITBI. (Ver Anexo 01).
Os critérios estabelecidos para o sistema de pontuação são: geração de postos de trabalho,
renda e o valor agregado. As empresas e as prestadoras de serviços, que atingirem as metas
estabelecidas, considerando-se os requisitos determinados, poderão ter redução nas alíquotas
dos respectivos impostos.
Para se beneficiar da lei, as empresas interessadas deverão apresentar o Projeto de Viabilidade
(ver Anexo 02), com estudos técnicos e de planejamento. A proposta deve conter ainda a
demonstração da viabilidade do empreendimento, conforme explicações detalhadas na
Regulamentação do PRODEFOR (Anexo 03).
A análise dos projetos apresentados pelas empresas será realizada pelo Grupo de Análise de
Pleitos – GAP, formado por profissionais da Secretaria de Finanças, Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Secretaria do Planejamento, Procuradoria Geral do Município e
Gabinete da Prefeita. A decisão final caberá ao Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais –
CAIF, que tem como presidente o Secretário de Finanças. O prazo de concessão dos benefícios
será de sessenta meses, podendo ser ampliado por igual período. A cada 12 meses, contados a
partir da concessão, as empresas e prestadoras de serviços deverão comprovar o
cumprimento das metas.
Para incentivar o desenvolvimento econômico e social do Município, em dezembro de 2006, a
Prefeitura de Fortaleza instituiu a Lei Complementar No 35/06, que concede incentivo fiscal às
empresas, que vierem a se instalar e/ou se expandir. Essa lei estabelece um sistema de
pontuação para obtenção dos incentivos, tais como: redução de alíquota do ISSQN; redução do
valor apurado do IPTU e redução da base de cálculo do ITBI. (Ver Anexo 01).
Os critérios estabelecidos para o sistema de pontuação são: geração de postos de trabalho,
renda e o valor agregado. As empresas e as prestadoras de serviços, que atingirem as metas
estabelecidas, considerando-se os requisitos determinados, poderão ter redução nas alíquotas
dos respectivos impostos.
8951
Para se beneficiar da lei, as empresas interessadas deverão apresentar o Projeto de Viabilidade
(ver Anexo 02), com estudos técnicos e de planejamento. A proposta deve conter ainda a
demonstração da viabilidade do empreendimento, conforme explicações detalhadas na
Regulamentação do PRODEFOR (Anexo 03).
A análise dos projetos apresentados pelas empresas será realizada pelo Grupo de Análise de
Pleitos – GAP, formado por profissionais da Secretaria de Finanças, Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Secretaria do Planejamento, Procuradoria Geral do Município e
Gabinete da Prefeita. A decisão final caberá ao Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais –
CAIF, que tem como presidente o Secretário de Finanças. O prazo de concessão dos benefícios
será de sessenta meses, podendo ser ampliado por igual período. A cada 12 meses, contados a
partir da concessão, as empresas e prestadoras de serviços deverão comprovar o
cumprimento das metas.
9151
Para mais informações entrar em contato no horário de 8h às 12h, 13h às 17h, de
segunda à sexta, com os seguintes locais:
Secretaria de Finanças - SEFIN
Rua Gal. Bezerril, 755, Centro
Fortaleza/CE • CEP 60.055-100
E-mail: [email protected]
Fone: 3105-1238 e 3105-1239
Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SDE
Av. Aguanambi, 1770, Bairro de Fátima
Fortaleza/CE – CEP 60.055-403
Fone: 3105 – 1517 e 3105-1516
9351
O Programa de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais para o Desenvolvimento do Município
de Fortaleza – PRODEFOR, e as ações da Prefeitura voltadas à melhorar o ambiente de
negócios da cidade, compõe uma série de instrumentos que objetivam, basicamente, a
ampliação do nível de investimentos produtivos em Fortaleza, aumentando a capacidade
produtiva da economia, fortalecendo seu mercado de trabalho, o empreendedorismo local e
as cadeias produtivas baseadas em arranjos de produção interativa entre pequenas, médias e
grandes empresas.
Esse modelo busca o desenvolvimento local num ambiente de globalização, focando as ações
não só no grande empreendimento, mas também na organização da pequena produção a ele
associada, o que gera uma relação de cooperação na busca pelo crescimento e fortalecimento
dos arranjos e sistemas produtivos locais.
A idéia é que todo o sistema apresente, como resultado, um ambiente produtivo baseado na
inovação e na competitividade, favorecendo o surgimento de novos negócios. Vale lembrar
que toda essa busca pela sustentabilidade econômica e competitividade produtivo-comercial,
não pode nem deve esquecer as questões sócio-ambientais; pois, sem essa preocupação, todo
o esforço de mudança na forma de produzir e interagir no processo de desenvolvimento
pretendido nada mais significará que uma simples troca de comando do sistema, e não uma
transformação social, como se pretende com o PRODEFOR.
Promover uma união entre pesquisa, financiamento, produção e consciência ecológica é
importante para consolidar ações de maior qualidade e, portanto, maior possibilidade de auto-
sustentação, fortalecendo as bases da economia e sociedade locais.
9551
ANEXO 1
LEI COMPLEMENTAR Nº 35, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2006
Dispõe sobre o Programa de Incentivo aos Arranjos
Produtivos Locais para o Desenvolvimento do Município de
Fortaleza - PRODEFOR, e dá outras providências.
FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA
APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI
COMPLEMENTAR:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Do Programa de Incentivo
Art. 1º Fica instituído o PROGRAMA DE INCENTIVO AOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS PARA
O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA – PRODEFOR visando à concessão de
incentivos fiscais a pessoas jurídicas, inclusive a Organizações Não Governamentais – ONGs e
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, que aqui se instalarem ou
expandirem, observados os requisitos e condições estabelecidas nesta Lei.
§ 1º O Programa ora instituído se destina a pessoas jurídicas que contribuam para o
desenvolvimento e regulação do mercado de trabalho, para o desenvolvimento sustentado do
meio ambiente e para a consolidação ou expansão das atividades produtivas do Município.
§2º O PRODEFOR privilegiará os arranjos produtivos locais e os segmentos econômicos
considerados relevantes para o Município.
§ 3º Não se aplica o disposto nesta Lei às pessoas jurídicas que exercem as atividades de
prestação de serviços dos itens 10 (dez) e 15 (quinze) e seus subitens do Anexo Único da Lei
Complementar no 14, de 26 de dezembro de 2003, excluindo-se as organizações que
promovem exclusivamente operações de microcrédito.
9651
Seção II
Da Estrutura de Gestão
Subseção I
Do Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais
Art. 2º Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Finanças do Município, o Comitê de
Avaliação de Incentivos Fiscais - CAIF, que terá a seguinte composição:
I – Secretário de Finanças, como seu Presidente;
II – Secretário do Planejamento e Orçamento;
III – Secretário de Desenvolvimento Econômico;
IV – Procurador Geral do Município;
V – Chefe de Gabinete da Prefeita.
§ 1º O CAIF terá suas normas de funcionamento estabelecidas no Regimento Interno, por meio
de resolução, que será aprovado por Decreto do Chefe do Poder Executivo.
§ 2º As decisões do CAIF serão aprovadas sob forma de resolução e terão validade após serem
publicadas no Diário Oficial do Município de Fortaleza.
Art. 3º Caberá ao CAIF examinar as demandas de incentivos, à luz dos seguintes critérios:
I – impacto das atividades da requerente no desenvolvimento do Município;
II- alcance social do empreendimento da requerente;
III- localização dos condomínios empresariais e dos arranjos produtivos locais em que a
requerente se situa, inclusive das incubadoras de empresas;
IV- compatibilidade com o Plano Diretor da Cidade;
V- Fortalecimento de pessoas jurídicas locais;
VI- efeito multiplicador do emprego;
VII- aquisição de bens e serviços e contratação de mão-de-obra locais, bem como o
emplacamento de veículos no Município, mediante a devida comprovação;
VIII- regularidade no cumprimento das obrigações tributárias.
Parágrafo único. O CAIF examinará, preliminarmente, a admissibilidade dos pleitos e, se aceito,
num segundo momento, o mérito da solicitação.
Subseção II
Do Grupo de Análise de Pleitos
9751
Art. 4º Como equipe de assessoria e consultoria do CAIF, fica instituído o Grupo de Análise de
Pleitos - GAP, formado por técnicos dos órgãos integrantes do Comitê.
§ 1º Fica criado, em cada órgão integrante do CAIF, o cargo de Assessor de Desenvolvimento,
nível DNS-1, a ser preenchido por técnico de comprovado conhecimento em desenvolvimento
econômico, incentivos fiscais e direito econômico, visando compor o GAP.
§ 2º O Presidente do CAIF, ouvidos seus pares, designará o coordenador do GAP.
§ 3º O coordenador, a que se refere o § 2º, terá mandato de dois anos,permitida uma
recondução.
Subseção III
Do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município
Art. 5º No âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município de Fortaleza
(SDE), fica instituído o Conselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município de Fortaleza
(CCD), composto de representantes das seguintes instituições:
I- Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará;
II- Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET;
III- Superintendência de Estudos Econômicos (ETENE) do Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
IV- Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE) do Governo do Estado
do Ceará;
V- Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE;
VI- Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do CEARÁ - UECE;
VII- Secretaria da Fazenda do Ceará - SEFAZ/CE;
VIII- Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado - SDE/CE;
IX- Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional (SDLR), do Governo do Estado;
X- Secretaria de Planejamento e Orçamento do Município de Fortaleza - SEPLA;
XI- Secretaria de Finanças do Município - SEFIN;
9851
XII- Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Municipal - SDE;
XIII- Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano - SEMAM;
XIV- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-estrutura - SEINF;
XV- Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC;
XVI- Federação do Comércio do Estado do Ceará - FECOMERCIO;
XVII- Conselho Municipal do Trabalho - COMUT/Fortaleza;
XVIII- Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa - SEBRAE/CE;
XIX- Instituto Atlântico;
XX- Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do Ceará -
SEITAC;
XXI- Instituto Titan;
XXII-Laboratório de Ciências do Mar - LABOMAR/UFC.
XXIII- Membro da Câmara Municipal de Fortaleza, indicado pelo Plenário;
XXIV- Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE).
§ 1º O CCD terá seus membros titulares e suplentes indicados pelas instituições representadas
ao Presidente do CAIF, que os nomeará para um mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondução.
§ 2º O CCD elaborará seu Regimento Interno e o submeterá à consideração do CAIF, que o
encaminhará à Chefe do Poder Executivo, para aprovação por Decreto.
§ 3º Os serviços prestados pelos membros do CCD serão considerados de relevante interesse
público e não serão remunerados.
§ 4º Através de Decreto, a Chefe do Poder Executivo poderá alterar a composição do CCD,
com base em proposta apresentada pelo CAIF.
Art. 6º A seleção e a atualização anual dos setores, subsetores, ramos e gêneros a serem
beneficiados pelo PRODEFOR contará com os subsídios do CCD.
Seção III
9951
Dos Procedimentos e Condições para Concessão dos Benefícios
Art. 7º O CAIF poderá a qualquer tempo e independentemente da fase de concessão ou gozo
do incentivo, notificar a beneficiária para que comprove, através de documentação hábil, o
cumprimento das condições que o habilitaram a requerer ou a receber o incentivo e que
permitam a sua continuidade.
Art. 8º Os incentivos previstos nesta Lei deverão ser expressamente requeridos pelo
interessado, em procedimento específico, apresentado à Secretaria de Finanças e concedidos
com base no Regulamento do PRODEFOR, aprovado através de decreto do chefe do Poder
Executivo.
Parágrafo único. O projeto de viabilidade de instalação ou expansão será aprovado pelos
órgãos competentes da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Art. 9º Somente as pessoas jurídicas regulares perante os Fiscos Federal, Estadual e Municipal,
inclusive com relação à Previdência Social, relativamente a obrigações principais e acessórias,
poderão participar do programa de incentivos proposto na presente Lei.
§ 1º A situação de irregularidade fiscal ou contábil, desde que comprovada através de
processo regular, será causa de cancelamento do benefício concedido, através de resolução do
CAIF.
§ 2º Na hipótese de irregularidade a que se refere o parágrafo anterior ser sanável, o benefício
será suspenso até a regularização da situação.
Art. 10. As pessoas jurídicas instaladas em áreas definidas por Decreto específico do Poder
Executivo Municipal terão redução do IPTU e ITBI em dobro, conforme o disposto nas Tabelas
IV e V do Anexo Único desta Lei.
Parágrafo único. Para fins desse benefício, a circunscrição da Secretaria Extraordinária do
Centro, como identificada na Lei Complementar nº 25, de 14 de outubro de 2005, já é
considerada área incentivável nas condições do caput, independentemente de edição de
Decreto.
Art. 11. O prazo de concessão deste incentivo será de até 60 (sessenta) meses,podendo ser
ampliado por igual período, a pedido do interessado e de acordo com a conveniência e
oportunidade do Município.
Art. 12. As beneficiárias contempladas com o incentivo deverão no prazo de 12 (doze) meses,
contados a partir da data de início da concessão, comprovar o cumprimento das metas
10051
estabelecidas nos projetos de viabilidade de instalação ou expansão apresentados, e do
cronograma de execução do empreendimento ajustado com o CAIF.
§ 1º Caberá ao CAIF o cancelamento do incentivo e o novo enquadramento da beneficiária nas
Tabelas do Anexo Único desta Lei, notificando-se o interessado, quando não cumpridas as
metas.
§ 2º Nos anos subseqüentes, a beneficiária do gozo de incentivos fiscais deverá enviar ao CAIF,
no prazo de 60 (sessenta) dias após o encerramento de seu exercício social, um relatório de
avaliação e monitoramento, em modelo expedido pelo CAIF.
§ 3º Verificada a impossibilidade de enquadramento nas Tabelas, a beneficiária estará sujeita
ao recolhimento do valor correspondente ao incentivo concedido, com a atualização
monetária realizada segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, a partir da data do
descumprimento dos requisitos.
Art. 13. Comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação na obtenção do benefício, a
beneficiária estará sujeita às penalidades previstas na legislação tributária municipal, sem
prejuízo das demais medidas cabíveis.
CAPÍTULO II
DOS INCENTIVOS A SEREM CONCEDIDOS
SEÇÃO I
DO IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - IPTU
Art. 14. Às requerentes que atenderem as condições desta Lei será concedida redução no valor
do IPTU do imóvel sede do estabelecimento.
§ 1º Para as pessoas jurídicas instaladas no Município, o incentivo concedido será calculado em
função do percentual de acréscimo de área construída, conforme a Tabela IV do Anexo Único
desta lei.
§ 2º Para as pessoas jurídicas que vierem a se instalar no Município, o incentivo será calculado
em função da área construída utilizada pelo empreendimento, conforme a Tabela V do Anexo
Único desta lei.
Art. 15. O incentivo será calculado sobre o valor do IPTU relativo ao imóvel utilizado
exclusivamente como estabelecimento, já descontados todos os demais incentivos previstos
na legislação aplicável.
10151
Art. 16. O incentivo será concedido à pessoas jurídicas que estiverem com seus respectivos
imóveis registrados, bem como com o cadastro do IPTU devidamente atualizado.
Art. 17. O incentivo, caso deferido, será aplicável a partir do primeiro dia do exercício seguinte
ao protocolo do pedido ou na data indicada pelo CAIF.
SEÇÃO II
DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN
Art. 18. Às requerentes que atenderem as condições desta lei será concedida redução da
alíquota do ISSQN, mediante aprovação de projeto de viabilidade de instalação ou expansão.
§ 1º Para as pessoas jurídicas instaladas no Município, o incentivo concedido será calculado
em função do acréscimo da média anual de postos de trabalho, acréscimo da receita anual de
prestação de serviços tributáveis e acréscimo do valor adicionado.
§ 2º O percentual de redução do ISSQN será obtido através do maior valor entre as médias
aritméticas obtidas através das Tabelas I e II e III do Anexo Único desta Lei.
§ 3º O benefício será obtido:
I - para o primeiro ano, de acordo com as metas estabelecidas no projeto de viabilidade;
II – para os demais anos, pelo enquadramento aprovado pelo CAIF, nas faixas das Tabelas I, II e
III do Anexo Único desta Lei.
§ 4º O incentivo mencionado no caput não poderá resultar em alíquota inferior a 2% (dois por
cento).
Art. 19. O incentivo produzirá efeitos a partir da data do deferimento do pedido, salvo
indicação de data posterior na decisão.
SEÇÃO III
DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER-VIVOS DE BENS IMÓVEIS - ITBI
Art. 20. Às pessoas jurídicas que atenderem as condições desta lei será concedida redução de
30% (trinta por cento) no valor do ITBI, incidente sobre a aquisição do imóvel utilizado
exclusivamente para seu estabelecimento.
Parágrafo único. A redução somente será concedida às requerentes que declararem
ocorrência do fato gerador por ocasião da escrituração do respectivo título aquisitivo, lavrado,
10251
exclusivamente, em um dos Cartórios de Notas pertencentes à circunscrição do Município de
Fortaleza.
Art. 21. As construtoras e incorporadoras associadas ao Sindicato das Indústrias da
Construção Civil do Estado do Ceará - SINDUSCON, que optarem por recolher
antecipadamente o ITBI dos novos empreendimentos imobiliários, em nome dos adquirentes,
terão redução de 20%(vinte por cento) no valor do imposto apurado.
§ 1º Considera-se antecipado o pagamento que ocorrer em até 60 (sessenta) dias após a
emissão do Habite-se ou do cadastramento do imóvel na SEFIN.
§ 2º A beneficiária do incentivo encaminhará à SEFIN, por ocasião da declaração do ITBI, os
compromissos de compra e venda lavrados, exclusivamente, em um dos Cartórios de Notas
pertencentes à circunscrição do Município de Fortaleza, concernentes à aquisição dos imóveis
já transacionados, bem como indicará as unidades imobiliárias ainda não negociadas.
§ 3º Os contratos na conformidade do § 2º deste artigo, relativos às unidades imobiliárias
negociadas após o pagamento do ITBI antecipado, deverão ser encaminhados à SEFIN, no
prazo de 30 (trinta) dias, contados da assinatura.
§ 4º Excepcionalmente, no prazo de 60 (sessenta) dias, as construtoras e incorporadoras
poderão receber o benefício previsto no caput dos empreendimentos imobiliários cadastrados
na SEFIN ou com Habite-se a partir de Janeiro de 2006.
§ 5º O CAIF deverá ser comunicado pela Célula de Gestão do ITBI, do benefício concedido, no
prazo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Para os fins desta Lei, considera-se projeto de viabilidade de implantação ou expansão
a proposta do interessado contendo estudo técnico e planejamento, que possibilite a avaliação
do investimento, dos métodos e do prazo de execução, com demonstração da viabilidade do
empreendimento comprovada através de adequada documentação, de acordo com o disposto
no Regulamento a que se refere o art. 8º desta Lei.
Art. 23. Para fazer jus à concessão dos incentivos desta Lei, o requerente e os imóveis
envolvidos no projeto devem estar adimplentes com os fiscos municipal, estadual e federal,
inclusive com a previdência, comprovado na forma das normas regulamentares.
10351
Art. 24. Para os efeitos desta Lei, a cisão, incorporação, transformação ou qualquer
reestruturação societária de pessoas jurídicas, inclusive entrada e saída de sócios, não serão
consideradas isoladamente como instalação ou ampliação.
Art. 25. A concessão do benefício será limitada à receita tributária municipal apurada na época
do requerimento, não podendo resultar em redução da receita.
Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
PAÇO MUNICIPAL DE FORTALEZA, 27 DE DEZEMBRO DE 2006
LUIZIANNE DE OLIVEIRA LINS
PREFEITA DE FORTALEZA
10451
ANEXO 2
ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE VIABILIDADE
A Lei Complementar no 0035, de 27, de dezembro de 2006, que criou o PROGRAMA DE
INCENTIVOS FISCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA,
regulamentada pelo Decreto no 12351 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 2008, tem por objetivo o
desenvolvimento de atividades econômicas no Município de Fortaleza, com ênfase na
regulação do mercado de trabalho e no desenvolvimento sustentado do meio ambiente. Para
tanto, este roteiro contém as informações básicas a serem observadas pelos pleiteantes ao
gozo dos benefícios do Programa.
O Projeto de Viabilidade deve ser elaborado, observando-se:
1.A seqüência dos dados e informações deverá atender as formas sugeridas no roteiro;
2.A pessoa jurídica pleiteante deverá fornecer ao CAIF 03 (três) vias do projeto,
juntamente com CD contendo o projeto completo;
3.Apresentação do nome, a formação, a função e os telefones do(s) técnico(s)
responsável(is) pela elaboração dos estudos técnicos, econômico e financeiro do Projeto.
I. Caracterização da Empresa
•Razão Social:
•Nome fantasia:
•CNPJ:
•Endereço:
Fábrica:
Sede:
•Setor de Atividade Econômica (Código CNAE):
•Data de Constituição:
•Objetivos sociais:
•Capital social (valor): R$
•Composição do capital social (sócios/quotistas):
10551
•Dirigentes (nome, cargo, função, período do mandato):
•Histórico resumido da empresa/grupo econômico, a que pertence.
II. Pleito
(a) Antecedentes
Indicar se a pleiteante, e/ou o grupo econômico a que pertence, goza ou não de incentivos
fiscais e/ou financeiros administrados por algum Município, Estado ou União, indicando o tipo
e o instrumento concedente:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
(b) Atual
Mencionar os incentivos pretendidos, citando o enquadramento de acordo com o Decreto
no__, de __, de ____, de 2007:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
PROJETO
Produção Anual (Estimativa):
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Apresentar:
Discriminação da atividade;
Quantitativo de atividade;
Custo unitário da atividade;
Capacidade instalada.
10651
Vendas Anuais (Estimativa)
Apresentar:
Quantidade a ser vendida;
Preço unitário de venda;
Faturamento projetado.
Estudo de Mercado:
Quantificar a demanda e a oferta de mercado acerca dos bens e/ou serviços da empresa,
indicando a pretensa participação no mercado e relacionando os principais concorrentes.
Aspectos Técnicos
Relacionar:
a)Caracterização dos resultados da atividade, indicando inclusive a formatação final de
apresentação para venda;
b)Tecnologia adotada;
c)Descrição do processo produtivo, com fluxograma;
d)Turnos de trabalho;
e)Relação de instalações, máquinas e equipamentos necessários à atividade;
f)Indicar impacto ambiental (atual e futuro) do processo produtivo;
g)Certificações de Qualidade (ISO’s, p.ex.);
h)Benefício tecnológico oriundo do processo produtivo;
i)Informar possível atração de fornecedores, em função da instalação do processo produtivo;
j)Demonstrar os efeitos econômicos para o Município de Fortaleza, da instalação do
empreendimento.
10751
Mão-de-Obra:
a)Discriminar tipos de mão-de-obra a ser utilizada (administração, ligada à produção,
terceirizada, etc.) com seu respectivo nível de escolaridade;
b)Indicar impactos sociais na comunidade oriundos da instalação do empreendimento;
c)Informar a procedência dos gestores da empresa;
d)Informar projetos sociais direcionados à mão-de-obra utilizada;
e)Apresentar programa de profissionalização adotado pela empresa;
f)Indicar, se houver, estrutura de transporte/alimentação para a mão-de-obra empregada;
g)Apresentar relação de certificados de responsabilidade social, obtidos pela empresa;
h)Informar se a empresa disponibiliza vaga para portador de deficiência;
i)Apresentar informações sobre programas de saúde utilizados pela empresa.
Fontes e Usos de Recursos
Discriminar Usos - Investimentos Fixos (terrenos, instalações, equipamentos, máquinas,
veículos, despesas de implantação, capital de giro, etc).
Fontes - Recursos Próprios e de Terceiros
10851
Projeção dos Resultados
DISCRIMINAÇÃOPROJETADOS PARA A PRODUÇÃO
ESTABILIZADA %
1.RECEITA OPERACIONAL BRUTA2.(-) IMPOSTOS FATURADOS3.RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA4.CUSTOS DA ATIVIDADE
4.1 Matérias-primas4.2 Materiais secundários4.3 Salário4.4 Encargos Sociais4.5 Depreciação4.6 Custos Industriais Diversos
5.(=) LUCRO BRUTO6.(-) DESPESAS OPERACIONAIS7.(=) LUCRO8.(-) DESPESAS DE FINANCIAMENTO9.(=) LUCROS ANTES DO IMPOSTO DE RENDA10.(-) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL11.(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA12.(=) LUCRO APÓS DEDUÇÃO DP IMPOSTO DE RENDA
Perspectiva do empreendimento, após a extinção dos subsídios
Indicar as perspectivas de futuro do empreendimento, bem como os indicadores da
performance esperada durante a vigência do Programa.
10951
ANEXO 3
DECRETO No 12351 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 2008
Regulamenta o Programa deIncentivo aos ArranjosProdutivos Locais para oDesenvolvimento doMunicípio de Fortaleza(PRODEFOR).
A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso VIdo art. 83 Lei Orgânica do Município, tendo em vista o disposto do Art. 8° da LeiComplementar n° 35, de 27 de Dezembro de 2006;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a legislação inerente ao Programa deIncentivo aos Arranjos Produtivos Locais para o Município de Fortaleza (PRODEFOR);
CONSIDERANDO a necessidade de atualização permanente das políticas públicas, combinadacom a manutenção de uma eficiente administração pública e de uma gestão fiscal adequada;
CONSIDERANDO a importância do PRODEFOR como instrumento de atração de investimentospara Fortaleza, e
CONSIDERANDO, ainda, a criação do Comitê e Avaliação de Incentivos Fiscais (CAIF), na formadas disposições da sessão II, sub-sessão I da Lei Complementar n° 35, de 2006, que inclui noâmbito da Secretaria de Finanças a responsabilidade de examinar as demandas de incentivosfiscais e dá outras providências,
DECRETA:
CAPÍTULO IDOS OBJETIVOS
Art. 1º - Este decreto regulamenta o Programa de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locaispara o Desenvolvimento do Município de Fortaleza (PRODEFOR), instituído pela LeiComplementar nº 35, de 27 de dezembro de 2006, que tem por objetivo fomentar a política deatração e apoio a investimentos produtivos em Fortaleza.
Art. 2º - A política, a que se refere o art. 1º deste decreto, compreende:
I - ações voltadas para atração seletiva de investimentos produtivos, visando à formação e aoadensamento de arranjos produtivos locais em Fortaleza;
II - apoio e indução ao desenvolvimento econômico local objetivando: a) fortalecimento dearranjos produtivos locais, especialmente aqueles considerados estratégicos para o Município;b) geração de emprego e renda; c) fortalecimento de instituições locais voltadas para odesenvolvimento sócio-econômico e a absorção e disseminação de novas tecnologias; d)desenvolvimento sustentado do meio ambiente; e) desenvolvimento e regulamentação domercado de trabalho.
11051
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 3º - Para a plena observância deste regulamento, considera-se:
I - Valor Adicionado: o valor que foi agregado ou transformado pela empresa; para suamensuração é aplicada a fórmula: Valor Adicionado = Valor Bruto da Produção (faturamento) -Consumo Intermediário (insumos e matérias-primas);
II - Organização não Governamental (ONGs): entidades que, juridicamente constituída sob aforma de fundação ou associação, sem fins lucrativos, notadamente autônoma e pluralista,tenha compromisso com a construção de uma sociedade democrática, participativa e com ofortalecimento dos movimentos sociais de caráter democrático;
III - Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP): a pessoa jurídica de direitoprivado, sem fins lucrativos, conforme dispõe a Lei Federal nº 9.790, de 23 de março de 1999;IV - Regulação do mercado de trabalho: as relações contratuais de compra e venda da força detrabalho que observam a legislação trabalhista vigente, de modo a garantir os direitos sociaisdo trabalhador;
V - Efeito multiplicador do emprego: a criação de novos postos de trabalhado, induzidos pelaexpansão ou instalação de novas empresas;
VI - Desenvolvimento sustentado do meio ambiente: as atividades produtivas que atendem asdemandas atuais da sociedade, sem comprometer a capacidade das gerações futuras desatisfazer suas necessidades, pressupondo a proteção do meio ambiente, o crescimentoeconômico e a igualdade social;
VII - Arranjo produtivo local: aglomeração de empresas localizadas num mesmo território, queapresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação,cooperação e aprendizagem entre si e com outras entidades locais, tais como governo,associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa;
VIII - Operação de microcrédito: ação que procura facilitar e ampliar o acesso ao crédito entreos microempreendedores formais e informais, visando à geração de renda e trabalho e àredução das taxas de juros nos financiamentos; IX - condomínio empresarial: centro delocalização para empresas e instituições, que queiram compartilhar serviços condominiais ecriar sinergia por aproximação física entre seus parceiros e colaboradores;
X - Cisão: o processo de transferência, por uma empresa, de parcelas de seu patrimônio a umaou mais sociedades, existentes ou constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresacindida se houver versão de todo o seu patrimônio;
XI - Incorporação: a absorção de uma ou várias sociedades por outra, que lhes sucede emtodos os direitos e obrigações, conforme artigo 1.116 do Código Civil;
XII - Transformação: a alteração do tipo societário presente, não se constituindo em dissoluçãoou extinção da sociedade transformada, mas, sim, em sua modificação para outro tiposocietário;
XIII - reestruturação: processos pelos quais passam as empresas para aprimorar suacapacidade produtiva, com vistas a maximizar suas receitas.
CAPÍTULO III
DA FORMA E PRAZO DO BENEFÍCIO
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Seção I
Da Forma
Art. 4º - O Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais (CAIF) concederá incentivos fiscais parainstalação e expansão às pessoas jurídicas, inclusive organizações não governamentais (ONGs)e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), consideradas estratégicas paraconsolidação ou expansão das atividades produtivas do Município, na forma definida nestedecreto.
§ 1º - Sem prejuízo de outras exigências feitas pelo CAIF, somente serão concedidos incentivospara instalação, quando os projetos forem previamente submetidos à análise do Grupo deAnálise de Pleitos (GAP), do PRODEFOR, e objetivem integrar setores consideradosestratégicos para o Município de Fortaleza.
§ 2° - O benefício, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser calculado sobre:
I - a área construída utilizada pelo empreendimento, conforme Tabela V do Anexo Único da LeiComplementar n° 35, de 2006, para o caso do Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (IPTU);
II - as metas estabelecidas no projeto de viabilidade econômico-financeira somente para oprimeiro ano de funcionamento da empresa e para os demais anos conforme as faixas dasTabelas I, II e III do Anexo Único da Lei Complementar nº 35, de 2006, para o caso do Impostosobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
§ 3° - Sem prejuízo de outras exigências feitas pelo CAIF, somente serão concedidos incentivosde expansão, quando os projetos forem previamente submetidos à análise do GAP e queproporcionem um incremento de, no mínimo, 30% (trinta inteiros por cento) da produçãomédia da empresa nos últimos dois anos.
§ 4° - O benefício, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser calculado sobre:
I - o percentual de acréscimo de área construída, conforme Tabela IV do Anexo Único da LeiComplementar nº 35, de 2006, para o caso do Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (IPTU);
II - o maior valor entre as médias aritméticas, obtidas a partir da média anual dos postos detrabalho, acréscimo da receita anual de prestação de serviços tributáveis e acréscimo do valoradicionado, conforme as faixas das Tabelas I, II e III do Anexo Único da Lei Complementar n°35, de 2006, para o caso do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
Art. 5° - O CAIF concederá incentivos fiscais para instalação e expansão às pessoas jurídicasque atenderem as condições deste Regulamento, sendo concedida redução de 30% (trinta porcento) no valor do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), incidente sobre aaquisição do imóvel utilizado exclusivamente para seu estabelecimento, exceto no que trata oart. 21, da Lei Complementar nº 35, de 2006.
§ 1º - A redução somente será concedida às requerentes que declararem ocorrência do fatogerador por ocasião da escrituração do respectivo título aquisitivo, lavrado, exclusivamente,num dos Cartórios de Notas pertencentes à circunscrição do município de Fortaleza.
§ 2° - O direito ao incentivo fica assegurado até a data da efetiva regularização do registro doimóvel.
Art. 6° - Não poderão usufruir dos benefícios previstos neste Decreto empresas que exerçamas atividades de prestação de serviços dos itens 10 (dez) e 15 (quinze) e seus subitens doAnexo Único da Lei Complementar nº 14, de 26 de dezembro de 2003, excluindo-se asorganizações que promovem exclusivamente operações de microcrédito.
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Art. 7° - O percentual do benefício, tendo por base o ISSQN relativo às operações de serviçospróprios gerados pela sociedade empresária beneficiária, na forma prevista na legislação doPRODEFOR, não poderá resultar numa alíquota inferior a 2% (dois por cento).
Seção II
Do Prazo
Art. 8° - O prazo de concessão dos incentivos fiscais será de até 60 (sessenta) meses, podendoser ampliado por igual período, a pedido do interessado e de acordo com a conveniência eoportunidade do Município.
CAPÍTULO IV
DA HABILITAÇÃO, CONTRATAÇÃO E LIBERAÇÃO
Seção I
Da Habilitação
Art.9° - Para se habilitarem aos benefícios do PRODEFOR, as sociedades empresariais deverãoencaminhar seu pleito ao CAIF, acompanhado do respectivo projeto de viabilidade, em duasvias, o qual será remetido ao GAP.
§1º - O projeto de viabilidade mencionado no "caput" deste artigo deverá seguir roteirofornecido pelo órgão gestor do PRODEFOR, onde serão detalhados:
I - as informações sobre previsão de recursos a investir;
II - os prazos de maturação do investimento;
III - os produtos e as suas respectivas quantidades;
IV - o cronograma físico-financeiro das obras civis, de instalação e operação dosequipamentos; e
V - a previsão de empregos a serem gerados.
§ 2° - O projeto de viabilidade econômica deve ser aprovado pelo CAIF, através de resolução.
Art. 10º - O GAP terá o prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de entrada do pleito,para elaboração do parecer técnico sobre a concessão de incentivos, cuja análise deverádemonstrar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento.
§ 1° - Concluída a análise do GAP, o pro-cesso retornará ao CAIF para apreciação.
§ 2° - Estando o processo instruído, o CAIF emitirá parecer conclusivo, no prazo de 30 (trinta)dias, do qual deverá constar obrigatoriamente a discriminação do enquadramento do pleito.
Art. 11º - No caso de não aprovação do projeto pelo CAIF, este será arquivado pelo órgãogestor do PRODEFOR.
Art. 12º - Para habilitação aos benefícios previstos na Lei Complementar nº 35, de 2006, asempresas deverão comprovar, através de laudo técnico emitido pelo GAP, do PRODEFOR, que:I - no caso de empresa nova, o início da atividade ocorreu há menos de 180 (cento e oitenta)dias contados da apresentação do projeto ao Grupo;
II - no caso de expansão da empresa, que o projeto foi concluído a menos de 180 (cento eoitenta) dias, contados a partir da apresentação do projeto ao Grupo.
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Art. 13º - Além do projeto de viabilidade, as requerentes deverão apresentar os seguintesdocumentos:
a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, e, no caso desociedade por ações, os documentos de eleição de seus administradores, devidamenteregistradas e atualizadas;
b) prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
c) indicação e qualificação (nome, número do RG e CPF) de quem subscreve os documentos ede quem assinará o instrumento legal que concederá o benefício, na hipótese da aprovação dorequerimento, acompanhado de procuração com fé pública, quando for o caso;
e) certidão de regularidade fiscal da Secretaria da Fazendo do Estado do Ceará - SEFAZ dosúltimos três meses;
f) certidão conjunta de regularidade com a Receita Federal do Brasil e do Instituto Nacional doSeguro Social dos últimos três meses;
g) certidão de regularidade do FGTS dos últimos três meses;
h) solicitação de licença à Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SEMACE) e do município(SEMAM);
i) documento que comprove a propriedade ou a posse do imóvel, objeto do benefício, seja elecontrato particular de compra e venda ou escritura pública, caso o imóvel seja da empresa, oucontrato de locação do imóvel devidamente registrado no Cartório de Títulos e Documentos,caso o imóvel seja de terceiros;
j) licença de funcionamento ou seu protocolo de pedido ou documento que vier a substituí-los,expedido pelo órgão municipal competente, consoante seu ramo de atividade;
k) descrição dos serviços a que se refere o incentivo pleiteado.
Art. 14º - No que se refere aos benefícios instituídos pelos arts. 14, 18 e 20 da LeiComplementar nº 35, de 2006, as requerentes deverão anexar ao projeto de viabilidadeeconômica, além dos documentos relacionados no art. 15 deste Decreto, as seguintesinformações:
a) documento que comprove o número médio anual de empregados do último exercício queantecede ao pedido, para as requerentes já instaladas no Município, bem como a estimativade novos postos de trabalho esperados;
b) estimativa do número médio de empregados, para as requerentes que vierem a se instalarno Município;
c) Declaração de Informações Econômico-Fiscais - DIEF, relativa ao valor adicionado doexercício anterior e à estimativa do valor adicionado, para as requerentes já instaladas noMunicípio;
d) estimativa do valor adicionado para as requerentes que vierem se instalar no Município;
e) declarações, na forma que dispuser o regulamento do ISSQN, que comprovem o diferencialpositivo da receita anual de prestação de serviços tributáveis; ocorrido nos últimos dois anosanteriores ao exercício pretendido.
Art. 15º - Os documentos referidos neste Decreto devem ser apresentados em original ou porqualquer processo de cópia, que possibilite a leitura e pleno entendimento, autenticado porTabelião de Notas, ou por funcionário da unidade municipal que o receba.
Parágrafo Único - Todos os documentos deverão, ainda, ser apresentados rubricados pelorepresentante legal do requerente, devidamente identificado.
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Art. 16º - As empresas beneficiárias do PRODEFOR, que sofram processo de incorporação,fusão ou cisão, transferirão para as empresas que dela resultem, todos os direitos e obrigaçõesdecorrentes de benefícios concedidos às operações produtivas originalmente incentivadaspelo aludido Programa, pelo prazo remanescente, desde que permaneçam atendidos osrequisitos legais previstos na legislação.
Art. 17º - As empresas, que fizerem opção pelos benefícios disciplinados por este Decreto,ficam obrigadas a apresentar anualmente, contados a partir da data de início da concessão,formulários de acompanhamento aplicados pelo GAP, para verificação do cumprimento dasmetas estabelecidas no projeto de viabilidade e sempre que solicitado pelo CAIF.
Parágrafo Único - Para efeito desse artigo, as beneficiárias deverão anexar os seguintesdocumentos:
a) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED);
b) Declaração de Informações Econômico-Fiscais (DIEF);
c) Declarações, na forma que dispuser o regulamento do ISSQN;
d) Declarações, na forma que dispuser o regulamento do ITBI.
Art. 18º - Conforme disposto no art. 13 da Lei Complementar nº 35, de 2006, ficandocomprovado que a beneficiária laborou com má fé, incorrendo em fraude ou distorcendoinformações para auferir dos benefícios oferecidos pelo Poder Público Municipal, ficará, sujeitaàs quaisquer penalidades previstas na legislação criminal, cabendo-lhe reembolsar o Municípiode todas as despesas a que deu causa, sem prejuízo de outras penalidades previstas nalegislação.
Art.19º - Em caso de falência, extinção ou liquidação da beneficiária, os incentivos concedidoscessarão a partir da data dessas ocorrências.
Art. 20º- A redução do período dos benefícios concedidos, ou o seu cancelamento, seráefetuado mediante processo administrativo sumário.
Seção II
Do Desembolso e das Garantias
Art. 21º - Os recursos do PRODEFOR integram o orçamento da Secretaria de Finanças deFortaleza (SEFIN).
Art. 22º - Cada parcela do benefício será liquidada de uma só vez, no último dia do mês devencimento, nos prazos estabelecidos na legislação.
§ 1º - O valor da parcela do benefício concedido à sociedade empresária, para pagamento atéo vencimento, corresponderá ao percentual aferido com base no Anexo Único da LeiComplementar nº 35, de 2006.
§ 2º - Qualquer parcela do benefício, liquidada após a data do vencimento será acrescida,desta data até a data da efetiva liquidação, de:
I - variação integral, acumulada no período, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) ou outrataxa que venha a substituí-la, além do acréscimo moratório de 0,3% (três décimos por cento)por dia de atraso até o limite máximo de 10% (dez por cento);
II - juros monetários de 1% (um por cento) ao mês ou fração, sobre o saldo devedor atualizado.
Art. 23º - A sociedade empresária, que atrasar por mais de 60 (sessenta) dias o recolhimentode ISSQN, terá esse débito inscrito na Dívida Ativa Municipal.
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§ 1º - O crédito tributário, a que refere o "caput", será recomposto ao seu valor integral, comose benefício algum houvesse, desde a data do vencimento do ISSQN originalmente apurado,acrescido dos encargos previstos na legislação para o atraso de recolhimento.
§ 2º - O contribuinte e seus representantes legais terão seus nomes inscritos no Cadastro deInadimplentes da Fazenda Pública Municipal (CADIM).
CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 24º - O PRODEFOR será operado pelo seu órgão gestor, segundo critérios propostos peloConselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município - CCD, e aprovado pelo CAIF.
Art. 25º - O CAIF é um colegiado de deliberação superior e de definição normativa da políticade incentivos fiscais, sendo presidido pelo Secretário de Finanças e integrado pelo Secretáriodo Planejamento e Orçamento, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Procurador Geraldo Município e Chefe de Gabinete da Prefeita.
Art. 26º. - Compete ao CAIF:
I - aprovar as operações de PRODEFOR;
II - firmar protocolos de intenções com as sociedades empresariais que desejarem investir noMunicípio de Fortaleza;
III - expedir resoluções concedendo benefícios fiscais;
IV - estabelecer prioridades para aplicação dos recursos.
Art. 27º - Compete ao CAIF:
I - manter o controle financeiro do Programa;
I - elaborar e remeter à SEFIN os planos financeiros mensais, relativos aos desembolsos dasoperações contratadas;
III - receber e analisar propostas de operações para fins de enquadramento no PRODEFOR;
IV - manter núcleos técnicos para analisar, contratar, liberar e fiscalizar as aplicações dosrecursos do PRODEFOR;
V - estabelecer, mediante resolução, as normas e procedimentos operacionais;
VI - elaborar e apreciar as propostas de operações do PRODEFOR, acompanhadas de parecertécnico do GAP;
VII - celebrar contratos, devidamente aprovados por resolução do CAIF, referentes àsoperações ativas deste colegiado;
VIII - fiscalizar periodicamente, juntamente com a SDE, as sociedades empresárias assistidaspelo PRODEFOR;
IX - elaborar roteiros de informações à habilitação das sociedades empresárias.
Art. 28º - O GAP terá a finalidade de proceder à avaliação econômica, financeira, operacional etributária dos projetos apresentados pelas sociedades empresarias interessadas em investirem Fortaleza, bem como gozarem dos benefícios disciplinados na legislação do PRODEFOR.
Parágrafo Único - O grupo, de que trata o "caput" deste artigo, é integrado por representantesda Secretaria de Finanças (SEFIN), Secretaria do Planejamento e Orçamento (SEPLA), Secretariade Desenvolvimento Econômico (SDE), Procuradoria Geral do Município (PGM) e Chefia deGabinete da Prefeita.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 29º - O prazo de fruição dos benefícios previstos nesse Decreto poderá ser alterado pormeio de legislação específica.
Art. 30º - As sociedades empresarias beneficiárias de operações do PRODEFOR são obrigadasa manter rigorosamente em dia suas obrigações para com o órgão gestor e com o FiscoMunicipal, sob pena de ter automaticamente suspenso todos os benefícios deste Programa.
Art. 31º - Para fruição dos benefícios do PRODEFOR, as empresas e seus respectivos dirigentesdetentores do controle efetivo da sociedade empresária, terão que se enquadrar nas regrasfixadas pelo órgão gestor para concessão de benefícios fiscais, inclusive comprovação deregularidade junto ao CADIM municipal.
Art. 32º - A paralisação das atividades da sociedade empresária beneficiária, ou oencerramento de suas atividades no Município implicarão na rescisão automática do contrato,devendo o órgão gestor do PRODEFOR promover as medidas legais cabíveis.
Art. 33º - Compete privativamente ao CAIF propor alterações neste Regulamento.
Art. 34º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, aos 19 dias do mês de fevereiro de 2008.
Luizianne de Oliveira Lins
PREFEITA DE FORTALEZA.