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M a n u a l d o M o t o r i s t a Trabalho realizado pelos alunos Paulo Barzia António Morais Professora Graça Santos 1 | 59 Manual de Motorista P a u l o B a r z i a e A n t ó n i o M o r a i s , L d a . u m a e m p r e s a d e f u t u r o Revisto e aprovado pela administração da Barzia & Morais, Lda. 30/05/2011

Manual Do Motorista Paulo Barzia Antonio Morais

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Manual de Motorista

P a u l o B a r z i a e A n t ó n i o M o r a i s , L d a .

u m a e m p r e s a d e f u t u r o

Revisto e aprovado pela administração da Barzia & Morais, Lda. 30/05/2011

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Índice

1-Empresa .......................................................................................................................................... 6

1.1-Organograma: ........................................................................................................................... 7

1.2- Objectivo ................................................................................................................................. 7

O Motorista nunca deve esquecer o seu papel comercial ......................................................................... 8

2-Responsabilidade na utilização do manual ........................................................................................... 9

3- Documentos .................................................................................................................................. 10

3.1- Documentos do Motorista ........................................................................................................ 10

3.2- Documentos da Viatura ........................................................................................................... 11

3.3-Documentos do Serviço de Transporte ....................................................................................... 12

3.4- Instruções para o preenchimento de Documentos ...................................................................... 12

3.4.1- Preenchimento das Guias de Transporte e CMR’s .................................................................... 13

Reservas: ...................................................................................................................................... 13

3.4.2- Preenchimento do CMR ......................................................................................................... 14

3.4.3-Check-List para a formulação de reservas no CMR: .................................................................. 15

Exemplo de CMR (DECLARAÇÃO DE EXPEDIÇÃO INTERNACIONAL)........................................................ 17

3.4.4-Preenchimento da Guia de Transporte ................................................................................. 17

3.4.5-Campos de preenchimento obrigatório antes de iniciado o transporte: ....................................... 18

Da parte do Transportador: ............................................................................................................ 18

Da parte do Destinatário: ............................................................................................................... 18

A Guia de Transporte tem obrigatoriamente de ser assinada pelo Expedidor, Transportador e Destinatário. 19

4-Equipamentos e materiais distribuídos ao motorista ........................................................................... 20

4.1-Lista de Equipamentos e materiais distribuídos ao motorista ........................................................ 21

5-Verificações exigidas ao Motorista .................................................................................................... 21

5.1-Como proceder: ....................................................................................................................... 21

5.2- Verificações diárias (fazer antes de iniciar o serviço) no tractor: ............................................. 22

5.3- Verificações Semanais (fazer no inicio da semana) no tractor: ..................................................... 22

5.4- Verificações no Reboque ou Semi-Reboque: .............................................................................. 23

6-Utilização do Tacógrafo ................................................................................................................... 24

6.1- Luz de controlo de avarias ....................................................................................................... 25

6.2- Botão selector de grupos de tempo .......................................................................................... 25

6.3- DISCOS DE TACÓGRAFO ......................................................................................................... 27

6.3.1- Como proceder quando muda de viatura: ............................................................................... 27

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6.3.2-Cuidados a ter na utilização dos Discos ................................................................................... 29

6.3.3-Regras a respeitar: ............................................................................................................ 29

7-Tacografo Digital ............................................................................................................................ 29

7.1-Aspectos Legais ....................................................................................................................... 29

7.2-Veículos Objecto de Aplicação ................................................................................................... 30

7.3-Obrigações do Motorista ........................................................................................................... 30

7.4- Obrigações da Empresa ........................................................................................................... 31

7.5- Controlos na Estrada ............................................................................................................... 31

7.6-Instruções do Tacógrafo Digital ..................................................................................................... 32

7.6.1- Dados na unidade de memória de massa ............................................................................... 32

7.6.2- Cartões e modo de funcionamento ......................................................................................... 33

7.6.3- Vista do écran standard ........................................................................................................ 33

7.6.4-Navegação ........................................................................................................................... 34

7.6.5- Resumo de Actividades dos Condutores ................................................................................. 35

7.6.6- Impressão diária das Actividades do Cartão de Condutor ......................................................... 35

7.6.7- Introdução do País no início e final de turno ........................................................................... 35

7.6.8- Introdução manual de dados ................................................................................................. 36

7.6.9- Visualização da Impressão diária de Actividades de Condutor do Cartão de Condutor ................. 36

7.6.10-Inserção de Cartão de Condutor – Completar turnos de trabalho ............................................. 37

7.6.11-Inserção de Cartão de Condutor – Introdução do País no início da viagem ................................ 38

7.6.12-Avisos ................................................................................................................................ 38

8- Fiscalização ................................................................................................................................... 39

8.1- Breve introdução ao tema fiscalização ....................................................................................... 39

8.2- Competências ............................................................................................................................. 39

8.3- O que acontece numa fiscalização na estrada? .......................................................................... 40

9-Contra Ordenações ......................................................................................................................... 40

9.1-Classificação das Infracções ...................................................................................................... 40

9.2-Tipologia das Infracções ........................................................................................................... 40

9.3- Medidas cautelares.................................................................................................................. 41

9.4- Multas .................................................................................................................................... 42

9.4.1- Modo de procedimento ......................................................................................................... 42

10- Acidente Rodoviário ..................................................................................................................... 43

10.1- Definição .............................................................................................................................. 44

10.2- Condução Defensiva .............................................................................................................. 44

10.3- Modo de actuar ..................................................................................................................... 44

10.4- Procedimentos a partir do departamento de tráfego ................................................................. 45

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10.5- Procedimentos do motorista no local ....................................................................................... 45

10.6- Procedimentos posteriores ao acidente .................................................................................... 46

10.7- Dados obrigatórios do Registo de Problemas ........................................................................... 46

10.8- Instruções para o preenchimento da declaração amigável ......................................................... 47

10.8.1-Para o motorista .................................................................................................................. 47

10.8.2- Para o Gestor de Frota ........................................................................................................ 49

11- Preenchimento da folha de serviço ................................................................................................ 49

11.1- Dados obrigatórios da folha de serviço .................................................................................... 49

12-Ergonomia .................................................................................................................................... 49

12.1- Definições ............................................................................................................................ 49

12.2-Destinatários ......................................................................................................................... 50

12.3- Noções gerais ....................................................................................................................... 50

12.4-Regulação em altura do banco ................................................................................................ 50

12.5-Regulação longitudinal do banco.............................................................................................. 50

12.6-Regulação das costas do banco ............................................................................................... 51

12.7-Posição das mãos ................................................................................................................... 51

12.8-Encosto de cabeça ................................................................................................................. 51

12.9-Espelhos retrovisores .............................................................................................................. 51

12.10-Regulação em altura do cinto de segurança ............................................................................ 51

13-Segurança Rodoviária ................................................................................................................ 51

13.1- Comportamento do motorista ................................................................................................. 51

13.2- Prevenção de acidentes ......................................................................................................... 52

13.3- Principais causas dos acidentes de viação ................................................................................ 52

13.4-Alguns procedimentos úteis: ................................................................................................... 52

13.5- Manutenção da viatura/Equipamentos ..................................................................................... 53

13.6-Revisões ................................................................................................................................ 53

14- Inspecções técnicas obrigatórias ............................................................................................... 54

15- Abastecimento das viaturas e pagamento das portagens ................................................................. 54

15.1- Objectivo .............................................................................................................................. 54

15.2- Âmbito ................................................................................................................................. 54

15.3- Como Proceder ..................................................................................................................... 54

15.4- Abastecimentos ..................................................................................................................... 55

15.5 - Portagens ............................................................................................................................ 55

15.6 - Entrega dos documentos ...................................................................................................... 55

16 – Contactos de serviço ............................................................................................................... 55

16.1- Quando é obrigatório contactar a empresa? ............................................................................. 56

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16.2- Quais os números a utilizar para efectuar chamadas ................................................................ 56

16.3 - Como utilizar correctamente o telemóvel ................................................................................ 56

17 – Regras de contacto com os clientes.............................................................................................. 57

17.1 - Atitudes que Deve Tomar ............................................................................................... 57

18 – Plano de entrega de Contentores ou carga indiferenciada .............................................................. 57

18.1- Levantamento de um contentor vazio...................................................................................... 57

18.2 – Levantamento de um contentor cheio .................................................................................... 58

18.3 – Carga indiferenciada ............................................................................................................ 58

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1-Empresa

Capital Social: 750.000,00€

Início da Actividade: 02/01/2010

Endereço: Estrada de Amadora, 10 – Edifício BM, Apartado 10, 2700 – 706 Amadora, Portugal

Telefone: 00351214930751

Fax: 00351214930752

Email: barzia&[email protected]

Nº de Contribuinte: 501 210 201

CAE: 49410

Actividade: Transporte Rodoviário de Contentores

Total da Frota: 46 Tractores

57 Galeras

Total de colaboradores: 82

Área das Instalações: 35.000 m2

A Barzia & Morais Lda. tem como missão criar soluções que permitam vencer distâncias,

promovendo a circulação de 57 galeras de uma forma rápida e eficaz;

A nossa empresa pretende ser uma referência no meio dos transportes nacionais e internacionais

de mercadorias contentorizadas, somando o nosso Know-how à inovação técnica e de gestão;

A nossa empresa tem como valores a abertura às novas tecnologias, ao entusiasmo aos novos

desafios, nunca esquecendo a responsabilidade e seriedade;

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1.1-Organograma:

1.2- Objectivo

A Barzia & Morais Lda. Criada em 2010 e desenvolve a sua actividade no transporte rodoviário

de contentores, tanto no mercado nacional como no internacional;

Na actividade da nossa empresa a SEGURANÇA e a QUALIDADE devem estar sempre presentes

no pensamento dos nossos colaboradores

O principal objectivo deste Manual é fornecer informações que permitam um melhor

conhecimento sobre as condições de trabalho e funcionamento da nossa empresa, bem como,

informações que facilitarão a realização do serviço de transporte, em conformidade com os

requisitos dos clientes e da lei vigente;

Pretende-se que da leitura do presente manual os nossos motoristas pautem a sua conduta por

critérios de optimização de serviço e condução, tendo para isso o presente manual os

procedimentos que a organização tem como importantes para a mesma, a saber:

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• Praticar uma Eco condução;

• Preparação do serviço, com capacidade para verificar a respectiva documentação do

veículo e do equipamento acessório;

• Preenchimento da documentação relativa ao mesmo e às respectivas contas;

• Providenciar a continuidade do serviço, actuando no que está ao seu alcance, na

resolução de situações anómalas;

O Motorista nunca deve esquecer o seu papel comercial

O motorista, é o principal agente comercial da organização. É ele que dá a cara. A sua função de

recolher, transportar e entregar a mercadoria coloca-o em contacto directo com o cliente.

Para isso deve ter em consideração o seguinte:

• Ser simpático

• Cuidar da imagem pessoal

• Mostrar interesse

• Articular bem as palavras

• Escutar

• Conhecer bem a empresa

• Respeitar na íntegra o presente manual

Sendo o motorista o interlocutor mais presente no cliente, é capaz de identificar qual a nossa

concorrência e o que fazem, atendendo ao conhecimento vasto de destinatários e clientes o

motorista consegue ter informação importante para a área comercial, no que respeita à

identificação de clientes potenciais e de oportunidades existentes em clientes actuais, nesse

sentido têm perante a organização o dever de fornecer todas as informações que promovam os

resultados.

O motorista tem por obrigação facultar todas as informações que no seu entender melhorem o

presente manual.

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2-Responsabilidade na utilização do manual

O presente manual agrupa o conjunto de documentos relevantes e necessários à actividade de

motorista. Neste sentido, é disponibilizado um exemplar a cada um dos motoristas da empresa,

cabendo a cada detentor:

• Cuidar pelo bom estado;

• Tê-lo sempre presente no exercício do seu trabalho, de modo a esclarecer rapidamente

qualquer dúvida;

• Sugerir à chefia directa, documentos que eventualmente possam ser incluídos e dos

quais sinta necessidade na sua actividade diária ;

• Alertar a chefia directa se encontrar alguma falha de informação ou incorrecção no

manual devido a alterações de procedimento que não estejam ainda referidas no

mesmos.

Cada motorista é responsável pelo seu manual, respondendo pelo mesmo em caso de extravio ou

má utilização;

Na perspectiva da Satisfação dos N/ clientes resolveu a Administração da Empresa implementar,

desenvolver e manter um sistema de gestão da qualidade de acordo com a norma NP EN ISO

9001:2008.

Nesse sentido conta a Administração da empresa com a colaboração de todos os intervenientes e

em especial com a dos Motoristas

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3- Documentos

Documentos legais:

• São imprescindíveis para circulação da viatura, quer seja em vazio quer em carga: A falta de qualquer um deles apresenta uma falta grave pelo que não se admite qualquer falta.

Documentos operacionais:

• Estes documentos são importantes para o desenrolar da actividade devendo ser

assinalados a sua não existência e o motivo. Em ambos os casos, os documentos cujo prazo de validade já tenha expirado são, para todos os efeitos, como se não existissem. Do mesmo modo o mau estado de conservação deve ser considerado uma anomalia.

3.1- Documentos do Motorista

Antes de iniciar o serviço, o motorista responsabilizar-se-á por verificar que é portador de todos os documentos obrigatórios:

• Bilhete de Identidade

• Carta de Condução

• Certificado de Aptidão do Motorista (CQM)

• Discos de tacógrafo referentes ao seu dispositivo

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• Discos de tacógrafo utilizados durante os 28 últimos dias

• Em causa de ausência prolongada (Férias, Baixa Médica, etc.) a respectiva Declaração do

Motorista (Dec. Lei 561/2006)

• Manual do Motorista

• Cartão do motorista para o Tacógrafo Digital

• Cartão Europeu de Saúde

• Cópia do contrato ou recibo de vencimento

Nota: Se houver alguma alteração nos documentos pessoais, o motorista deve entregar cópia ao serviço de tráfego com a brevidade possível;

3.2- Documentos da Viatura

• Título de registo de propriedade do veículo tractor, reboque ou semi-reboque;

• Livrete da viatura do veículo tractor, reboque ou semi-reboque;

• Carta verde/seguro do veículo tractor, reboque ou semi-reboque;

• Cartão de crédito para gasóleo e portagens;

• Licença para transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem/alvará;

• Licença comunitária;

• Certificado das inspecções periódicas obrigatórias (IPO’S) da viatura;

• Certificado de Aprovação do Veículo;

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• Certificado de verificação do tacógrafo actualizado;

• Certificado do limitador de velocidade;

• Declaração amigável de acidente automóvel;

• Dísticos e Placas Informativas;

• Recibo do Imposto de Selo;

• Cartões de Abastecimento;

• Cartão de Telemóvel;

Atenção: Pedir ao gestor de frota cópia dos certificados de IPO e verificação do tacógrafo sempre que se efectue uma nova inspecção, ou de qualquer outro documento que sofra renovação.

Nota: Não esquecer que os documentos arquivados na viatura são sempre os originais, deve pois providenciar a sua integridade.

Os Serviços Administrativos, Gestão de Frota e Departamento Financeiro são responsáveis por

manter em arquivo próprio as fotocópias de todos os documentos legais e outros eventualmente

necessários mas não obrigatórios; No entanto salientamos que é dever do motorista, caso de se

aperceba de alguma falha, comunica-la em tempo oportuno, evitando dessa maneiras contra-

ordenações inoportunas.

3.3-Documentos do Serviço de Transporte

• Guia de Transporte ou CMR;

• Documento de Transporte para Efeitos de IVA;

• Documentos Aduaneiros (se aplicável);

• Discos de Tacógrafo ou Rolos de Tacógrafo suplementares (nº mínimo de dois)

3.4- Instruções para o preenchimento de Documentos

O objectivo deste capítulo é definir o modo de preenchimento das Guias de Transporte e CMR’s,

aplicando-se não só aos Motoristas mas a todo o Sector de Tráfego.

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3.4.1- Preenchimento das Guias de Transporte e CMR’s Nota: Apesar de a Barzia &Morais desenvolver a sua actividade no transporte de contentores, não quisemos suprimir das instruções de preenchimento a parte respeitante à carga geral, não contente rizada em virtude de se ponderar a entrada em novos mercados.

Reservas O motorista deve assistir sempre às operações de carga e de descarga dos contentores e

mercadorias, a fim de conferir:

• Exactidão das indicações constantes da GT/CMR efectuadas pelo expedidor (referências

da mercadoria, marcas e números da mesma (se não o puder fazer deve formular a

respectiva reserva e fundamentar). “Ver check list”

• Estado aparente da mercadoria e da sua embalagem (se verificar alguma anomalia na

mercadoria ou na sua embalagem, deve formular a respectiva reserva na GT/CMR)

• Se o número de volumes carregados coincide com o número de volumes referidos na

GT/CMR (caso verifique que o número de volumes não coincide com o referido na

GT/CMR o motorista deve efectuar a respectiva reserva)

Caso não possa conferir a mercadoria, o motorista deverá efectuar reservas no campo próprio da

GT/CMR, indicando o facto e justificando.

Se o carregamento, a arrumação e estiva das mercadorias dentro do camião forem executados

pelo expedidor, o motorista deve efectuar uma reserva na GT/CMR e mencionar o facto.

Se o camião se apresentar selado após o carregamento, o motorista deve referir esse facto na

GT/CMR.

Sempre que o destinatário das mercadorias formule reservas quanto ao estado da mercadoria

e/ou número de volumes recepcionados, o motorista deverá confirmar a veracidade dessas

reservas e assinar no local onde as mesmas forem formuladas.

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3.4.2- Preenchimento do CMR

A CRM tem cinco folhas cada qual da sua cor, sendo que a branca se destina ao Expedidor, a

azul ao Destinatário, a amarela ao Cliente, e as rosa e verde à Empresa.

O Motorista deve com a maior brevidade possível entregar no Departamento de Tráfego as folhas

respectivas (rosa e verde).

Sempre que por qualquer circunstância, o expedidor não realize o preenchimento dos campos

que lhe pertencem, estes devem ser correctamente preenchidos pelo Motorista (devendo dar

conhecimento desse facto ao Departamento de Tráfego).

Sempre que a mercadoria tenha mais do que uma origem ou destino, deverá ser preenchida uma

CMR por cada local de carga/descarga.

Ao preencher o CMR deve ter em atenção os seguintes aspectos

• Caso não possa verificar o número/marca ou quando constate um defeito aparente da

carga ou da sua embalagem deve formular reservas na casa 18 do CMR.

• As reservas deverão ser precisas e justificadas, não tendo valor reservas comerciais;

• As reservas devem ser aceites pelo expedidor, se quiser ser mais rigoroso deve exigir a

assinatura do expedidor por baixo da reserva (A aceitação prova-se pela assinatura do

expedidor em todos os exemplares 1, 2, 3 e 4);

• As reservas no CMR poderão ser formuladas através dos códigos da check-list da página

seguinte;

• É obrigatório que o CMR esteja devidamente carimbado e assinado pelo expedidor,

transportador e destinatário;

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3.4.3-Check-List para a formulação de reservas no CMR:

Deve assinalar na casa 18 o número correspondente a qualquer uma das situações a seguir

descritas:

Veículo

Veiculo aberto e sem toldo, a pedido do expedidor 1

Sem embalagem 2

Defeituosa 3

Insuficiente 4

Quantidade, marcas, número dos volumes

Conforme após verificação (não é

aconselhável colocar este código porque

pode funcionar contra o transportador)

5

Impossível de verificar por:

Carregamento executado pelo expedidor 6

Nota: O carregamento executado pelo expedidor não isenta o motorista do dever de assistir à

carga.

Condições do contentor 7

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Grande número de volumes (critério de

razoabilidade)

8

Selagem do contentor 9

Mercadorias Carregadas

Em mau estado aparente 10

Danificadas 11

Húmidas 12

Geladas 13

Não protegidas contra as conduções

atmosféricas e assim transportadas a

pedido do expedidor

14

Manutenção, Carga, Estiva, Descarga

Pelo expedidor 15

Pelo condutor em más condições

atmosféricas para a mercadoria pedido

do expedidor

16

Descarga executada

Pelo destinatário 17

Pelo condutor em más condições

atmosféricas para a mercadoria a pedido

do destinatário

18

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Exemplo de CMR (DECLARAÇÃO DE EXPEDIÇÃO INTERNACIONAL)

3.4.4-Preenchimento da Guia de Transporte

A Guia de Transporte:

• Formaliza a realização do transporte e é de preenchimento obrigatório em alguns

campos;

• Deve ser preenchida por três entidades: Expedidor, Transportador e Destinatário;

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3.4.5-Campos de preenchimento obrigatório antes de iniciado o transporte:

Da parte do expedidor:

• Nome, Morada e País;

• Nome, Morada e País do Destinatário;

• Lugar da entrega da mercadoria;

• Lugar e data do carregamento;

• Factura ou Guia de Remessa;

• Marca ou Referência das mercadorias;

• Número de volumes;

• Modo de embalagem;

• Natureza da mercadoria,

• Peso bruto;

• Volume;

• Instruções importantes;

• Local da carga;

• Data da carga;

• Assinatura e carimbo;

Da parte do Transportador:

• Nome, Morada e País;

• Morada, Pais e Matrículas dos Veículos Tractor e Reboque em caso de transporte

sucessivo ou Subcontratação;

• Reservas (consultar check list das páginas 10/11)

Da parte do Destinatário:

• Assinatura e Carimbo (Nota: Quando a Firma ou Empresa não tiver Carimbo o motorista

deverá obrigatoriamente exigir o número do BI da pessoa que recepcionar a mercadoria)

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A Guia de Transporte tem obrigatoriamente de ser assinada pelo Expedidor, Transportador e Destinatário. Exemplo de Guia de Transporte

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4-Equipamentos e materiais distribuídos ao motorista

Este capítulo pretende estabelecer algumas regras básicas na utilização e conservação de

equipamentos auxiliares, mas necessários ao bom desempenho do trabalho de motorista,

aplicando-se não só aos mesmos mas a todo o Sector de Tráfego.

Os equipamentos e materiais atribuídos ao motorista ou viatura são registados em impressos que

ficam arquivados no Departamento de Tráfego.

O Gestor de Tráfego é responsável pela distribuição e controlo dos equipamentos, procedendo à

sua reposição sempre que necessário. Os equipamentos só serão substituídos com justificação e

devolução do equipamento inutilizado.

Sempre que ocorram danos ou extravios de equipamentos e ou materiais, estes deverão ser

comunicados ao Gestor de Tráfego.

Quando se distribui ou devolvem equipamentos e materiais ao Motorista e ou à viatura, o Gestor

de Tráfego actualiza, conforme aplicável, os registos respectivos.

Sempre que um Motorista for admitido, o Gestor de Tráfego é responsável por lhe fornecer o

equipamento individual, proceder à entrega da viatura e conferir com ele, os equipamentos e

documentos distribuídos à viatura. De igual modo, sempre que seja atribuída nova viatura a um

Motorista, proceder-se-á à sua entrega, bem como à verificação dos respectivos equipamentos e

documentos.

Nesse sentido a empresa considera importante que sejam respeitadas e observadas as seguintes

regras na utilização dos equipamentos, ferramentas, materiais ou outros itens a especificar:

• Conservar, armazenar ou acondicionar de modo a evitarem-se perdas e estragos;

• Sempre que disponíveis, aplicar as regras de utilização definidas pelo

fornecedor/fabricante;

• Comunicar a quem de direito qualquer anomalia que ocorra, no sentido da mesma ser

corrigida;

• Se deixar de trabalhar na Barzia&Morais entregar todo o equipamento ao Departamento

de Tráfego;

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4.1-Lista de Equipamentos e materiais distribuídos ao motorista

• Mala de Ferramenta distribuída pelo fabricante com o número restrito de peças de

ferramenta necessárias a pequenas intervenções;

• Triângulo de sinalização;

• Kit de lâmpadas;

• Colete reflector;

• Telefone Fixo/Móvel;

• Cartão de gasóleo (É importante realizar o abastecimento nos locais indicados pelo

Departamento de Tráfego dado que os mesmos apresentam preços mais reduzidos

originando uma diminuição de custo com os combustíveis. Sempre que por motivos de

necessidade ocorra a necessidade de abastecimento fora dos locais preferenciais, o

motorista deve abastecer apenas a quantidade necessária até ao local recomendado);

• Identificador Via Verde;

• Chapa Reflectora;

• Extintor;

5-Verificações exigidas ao Motorista

O objectivo deste capítulo é estabelecer a frequência e as verificações a efectuar à viatura e ao

equipamento. O âmbito da sua aplicação está confinado a todos os Motoristas, ao Serviço de

Tráfego e Gestor de Frota e obedece ao conceito de verificação e confirmação do estado da

viatura, equipamentos e documentos através de observação.

5.1-Como proceder:

Para sua maior segurança e bom funcionamento do veículo, deverá efectuar com regularidade as

observações definidas no Plano de Verificações à viatura e aos equipamentos a seguir

apresentado.

O Motorista não é obrigado a registar as verificações efectuadas, no entanto, sempre que detecte

qualquer anomalia deverá, em primeiro lugar e se aplicável, procurar resolvê-la recorrendo aos

meios que dispõe. Caso a resolução não seja possível ou não se aplique deverá comunicá-la ao

Gestor de Tráfego e registá-la no impresso Comunicação de Problemas (Referido no ponto 10.7

do presente manual).

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Nota: Na ausência da Comunicação de Problemas significa que a viatura se encontra em boas

condições.

5.2- Verificações diárias (fazer antes de iniciar o serviço) no tractor:

Equipamento/Material O que verificar

Óleo do motor Nível (vareta ou computador de bordo)

Água do radiador Nível

Faróis e respectiva iluminação Funcionamento

5.3- Verificações Semanais (fazer no inicio da semana) no tractor:

Equipamento/Material O que verificar

Óleo do motor e água do radiador Níveis (vareta ou computador de bordo)

Faróis e respectiva iluminação Funcionamento

Pneus Pressão e estado geral (existência de desgaste anormal, irregularidades e objectos

estranhos)

Fixação da roda suplente

Bateria Níveis

Painel de instrumentos Funcionamento das luzes avisadoras, manómetros

Travões Eficiência e equilíbrio (durante a condução)

Pastilhas Visualmente, luz avisadora no painel de instrumentos

Estado geral Existência de danos (riscos amolgadelas…),

Fugas de óleo e valvulina, perdas de ar, perdas de líquido no sistema de refrigeração; estado de limpeza e fixação (vidros, espelhos, chapas de identificação e reflectoras, luzes).

Computador de bordo (se aplicável) Existência de irregularidades

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Prato de engate (5ª roda) Fixação, folga, colocação da cavilha de segurança

Espelhos retrovisores Estado e regulação

Cabina Estado de conservação, limpeza e cheiros

Mangueiras (chicotes) Estado geral

Tacógrafo Funcionamento

Triângulo de sinalização Existência e estado de conservação

Extintor Existência, fixação e validade

Ferramentas Existência, estado de conservação e número

Cartões de gasóleo Existência

Macaco Existência, estado de conservação

Documentos da viatura Existência, validade

Equipamentos distribuídos à viatura Existência, estado conservação

5.4- Verificações no Reboque ou Semi-Reboque:

Equipamento/Material O que verificar

Faróis e respectiva iluminação

Funcionamento

Pneus Pressão e estado geral (existência de desgaste anormal, irregularidades e objectos estranhos)

Fixação da roda suplente

Travões Eficiência e equilíbrio

Pastilhas Visualmente, Luz avisadora de desgaste de pastilhas (se aplicável)

Engate do atrelado Estado das ligações eléctricas e de ar para a suspensão e travões

Estado geral Existência de danos (riscos amolgadelas…) Perdas de ar;

Estado de limpeza e fixação (chapas de identificação e reflectoras, luzes)

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Documentos da viatura Existência, validade

6-Utilização do Tacógrafo Regulamento CEE nº 3821/85 de 20/12

Decreto-Lei 272/89, Decreto-Lei 27/2010, Decreto-Lei 169/2009.

“Artigo 14º”

O empregador distribuirá aos condutores o número suficiente de folhas de registo, tendo em

conta o carácter individual dessas folhas, a duração do serviço e a exigência de substituir,

eventualmente, as folhas danificadas ou apreendidas por um agente encarregado do controlo.

O empregador apenas entregará aos condutores folhas de um modelo homologado, adequadas

ao aparelho instalado no veículo. 2. A empresa deve conservar as folhas de registo, em boa

ordem, durante um período de, pelo menos, um ano a partir da sua utilização e remeter uma

cópia aos condutores interessados, caso estes o exijam. As folhas devem ser apresentadas ou

remetidas a pedido dos agentes encarregados do controlo. “

No Tacógrafo podem observar-se as seguintes características:

1- Escala de velocidades

2- Relógio

3- Luz de controlo de avarias

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4- Totalizador de quilómetros

5- Botão selector de grupos de tempo

6.1- Luz de controlo de avarias A luz de controlo de avarias acende-se nas seguintes situações:

• O tacógrafo não tem disco (neste caso, após a colocação do disco apaga-se a luz ao fim

de aproximadamente 2 minutos);

• Tacógrafo mal fechado;

• Avarias nos estiletes (neste caso deve ser solicitada a reparação do aparelho nos

agentes autorizados).

6.2- Botão selector de grupos de tempo Relativamente ao botão selector de grupos de tempo, o motorista deve seleccionar um dos

símbolos consoante a tarefa que está a executar:

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Nota: As versões mais recentes dos tacógrafos automáticos já não estão providas do símbolo Volante dado que o tacógrafo regista automaticamente os tempos de condução.

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6.3- DISCOS DE TACÓGRAFO

Antes de colocar o disco no tacógrafo o motorista deve preencher os campos constantes na

frente do disco (ver figura na página seguinte)

O disco só pode ser colocado numa posição.

Deve verificar se o relógio do tacógrafo está certo. Se necessário acerte o relógio. A parte da

tarde está assinalada com uma linha grossa no círculo exterior do relógio.

6.3.1- Como proceder quando muda de viatura:

Sempre que mudar de viatura, o motorista deve:

• Deixar cópia do último disco (nos carros com disco);

• Levar consigo, TODOS os originais dos discos.

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O motorista deve mudar o disco diariamente e de preferência sempre à mesma hora, não

deixando o mesmo disco ultrapassar as 24 horas referidas, permitindo uma melhor análise de

cada disco.

ExemploExemploExemploExemplo:

Dia 10/8 – coloca o disco às 9h 30m

Dia 11/8 – coloca o disco às 9h 25m

O motorista deve colocar sempre um disco no tacógrafo, excepto se no período em questão (24

horas) apenas descansar, não efectuando qualquer tipo de trabalho.

Caso tenha conduzido num período em que não possa, por motivos de avaria do tacógrafo,

apresentar o respectivo disco, deverá preencher um disco novo manualmente no seu verso não

podendo no entanto deixar de completar os grupos de tempo, a hora da troca, os quilómetros e

a matrícula da viatura.

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Nota: Deve certificar-se de que os discos a utilizar são os correspondentes ao tacógrafo

instalado no novo veículo. Caso não seja deve fechar o disco anterior e utilizar novo disco.

6.3.2-Cuidados a ter na utilização dos Discos

• Evitar danificar os discos colocando-os na caixa própria

• Não utilizar discos sujos ou danificados

• No caso de se danificar um disco que contenha registos, os condutores devem juntar a

folha danificada à folha utilizada para a substituir.

• Deve utilizar os discos sempre que conduz, a partir do momento em que tome o veículo

a seu cargo.

• O disco não pode ser retirado antes do fim do período de trabalho diário.

• Deve certificar-se da concordância entre a marcação horária no disco e a hora legal do

país onde o veículo foi matriculado.

6.3.3-Regras a respeitar:

• Devem permanecer com o Motorista os discos dos últimos 28 dias de trabalho.

• Os discos anteriores aos últimos 28 dias de trabalho devem ser entregues juntamente

com o relatório de viagem/folha de serviço

• Controlar a validade da ficha de verificação do tacógrafo que deve acompanhar sempre

o veículo.

7-Tacografo Digital

O tacógrafo digital, ou aparelho de controlo, é um equipamento destinado a ser instalado em

veículos dedicados ao transporte rodoviário a fim de indicar, registar e memorizar, automática ou

semi-automaticamente, dados relativos à condução desses veículos e aos tempos de trabalho e

de repouso dos condutores.

7.1-Aspectos Legais Âmbito territorial de aplicação

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• Países da União Europeia (25)

• Países onde é aplicável o regime AETR

• Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein

7.2-Veículos Objecto de Aplicação

• Novas matrículas

• Veículos de transporte de mercadorias (Peso Bruto > 3,5 toneladas) e de transporte de

mais de 9 passageiros incluindo condutor, matriculados a partir de 01/05/2006;

• Reequipamento de veículos por avaria do TCO

• Veículos de transporte de passageiros (mais de 9 incluindo condutor)

• Veículos com Peso Bruto> 10 toneladas e veículos de transporte de mercadorias com

mais de 12 toneladas de Peso Bruto, matriculados a partir de 01/01/1996.

7.3-Obrigações do Motorista

• O condutor deverá garantir o correcto uso do seu cartão de tacógrafo (introdução do

cartão no início de cada jornada de trabalho, inserção manual de actividades, registo das

suas actividades);

• Em caso de mau funcionamento do DTCO, o condutor deverá proceder ao registo manual

das suas actividades diárias e assinar o documento;

• Deverá dispor, sempre, de papel homologado para a impressora;

• Em caso de perda ou roubo do cartão, o condutor deverá efectuar de imediato a

participação desse facto às autoridades do Estado onde ocorreu a perda/furto e às

autoridades do Estado onde tem a sua residência normal. Deverá solicitar no prazo de 7

dias a emissão de novo cartão. (Neste período deverá proceder à impressão dos registos

diários de actividade do veículo, sendo que a sua responsabilidade sobre dados

registados no cartão após a perda/furto só termina a partir da data da participação).

O que deverá apresentar o condutor quando se encontra em viagem com um tacógrafo

analógico:

Discos da semana em curso e os discos dos 28 dias anteriores

Tacógrafo Digital

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Cartão de Condutor

Modo Misto

Cartão de Condutor + Discos existentes da semana em curso e os discos existentes dos 28

dias anteriores

7.4- Obrigações da Empresa

• Garantir que os condutores possuem cartão de condutor;

• Efectuar a operação de “bloqueio de empresa” em cada um dos seus veículos

equipados com tacógrafo digital;

• Garantir o cumprimento da normativa no que respeita à observância dos tempos de

condução e repouso;

• Disponibilizar rolos de papel homologados para a impressão de relatórios;

• Descarga dos dados da unidade de massa e do cartão de condutor em intervalos

regulares (Cartões de condutor a cada 28 dias / 31 em Espanha, e memória de

massa a cada 3 meses);

• Conservação dos dados recolhidos pelo período de 1 ano

7.5- Controlos na Estrada

As autoridades irão, no âmbito das suas competências:

• Verificar a identidade do condutor;

• Verificar a validade do cartão de condutor;

• Cumprimento das disposições legais no âmbito do tráfego rodoviário;

• Controlo visual (precintos) do tacógrafo digital;

• Descarga dos dados do cartão de condutor e memória de massa do tacógrafo digital;

• Conservação do meio de prova.

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7.6-Instruções do Tacógrafo Digital

7.6.1- Dados na unidade de memória de massa

• Dados do fabricante relativo ao aparelho de controlo e ao sensor

• Número de identificação do veículo e matrícula

• Identidade do condutor e as suas actividades (períodos de trabalho, tempos de

condução e períodos de repouso)

• Distância (valor odométrico)

• Actividade de controlo

• Dados relativos ao centro de ensaio/ calibração

• Elementos de segurança

• Incidentes, excessos de velocidade e tentativas de manipulação do aparelho

• Anomalias / problemas relacionados com o cartão de condutor / aparelho de controlo

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7.6.2- Cartões e modo de funcionamento

7.6.3- Vista do écran standard

1 - Hora (neste caso hora local)

2 - Símbolo indicativo de hora local, caso não exista qualquer símbolo a hora visível será hora UTC

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3 - Modo operacional, neste caso modo operação, estando inserido um outro cartão ficará visível o pictograma relativo aos modos empresa, controlo ou calibração

4 - Velocidade

5 - Actividade do condutor 1 (neste caso condução)

6 e 8 - Símbolo dos cartões dos condutores 1 e 2 inseridos e correctamente lidos pelo aparelho

7 - Quilómetros totais do veículo

9 - Actividade do condutor 2 (neste caso disponibilidade)

7.6.4-Navegação

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7.6.5- Resumo de Actividades dos Condutores

7.6.6- Impressão diária das Actividades do Cartão de Condutor

7.6.7- Introdução do País no início e final de turno

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7.6.8- Introdução manual de dados

7.6.9- Visualização da Impressão diária de Actividades de Condutor do Cartão de Condutor

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7.6.10-Inserção de Cartão de Condutor – Completar turnos de trabalho

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7.6.11-Inserção de Cartão de Condutor – Introdução do País no início da viagem

7.6.12-Avisos

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8- Fiscalização

8.1- Breve introdução ao tema fiscalização A fiscalização do cumprimento do disposto nos decretos-lei que abrangem a actividade das

empresas transportadoras compete ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P.

(IMTT, I. P.), à Autoridade para as Condições do Trabalho, à Guarda Nacional Republicana e à

Polícia de Segurança Pública.

Essas entidades podem proceder, junto da empresa ou de qualquer dos seus colaboradores, que

efectuem transportes rodoviários de mercadorias ao seu serviço, todas as investigações e

verificações necessárias para o exercício da sua competência fiscalizadora.

Os funcionários do IMTT, I. P., com competência na área da fiscalização e no exercício das suas

funções, desde que devidamente credenciados, têm livre acesso aos locais destinados ao

exercício da actividade da empresa.

Pelas funções desempenhadas os motoristas são os colaboradores que mais vezes são sujeitos à

actividade fiscalizadora

8.2- Competências

As autoridades irão no âmbito das suas competências:

� Verificar a identidade do condutor;

� Verificar a validade do cartão de condutor;

� Cumprimento das normas legais no âmbito do tráfego rodoviário;

� Controlo visual (precintos) do tacógrafo digital

� Descarga dos dados do cartão de condutor e memória de massa do tacógrafo digital;

� Conservação do meio de prova.

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8.3- O que acontece numa fiscalização na estrada? Uma autoridade de fiscalização possuirá um cartão adequado e inseri-lo-á numa das ranhuras do tacógrafo o que lhe permite ver as suas actividades. Poderão também descarregar dados do seu cartão e/ou do tacógrafo. Todos os outros aspectos da fiscalização são como até agora: controlo das actividades da semana em curso e do último dia de condução da semana anterior.

9-Contra Ordenações Constitui contra-ordenação todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal no qual se comine uma coima.

9.1-Classificação das Infracções As infracções são classificadas de acordo com o seu grau de gravidade em: Leves, Graves e Muito Graves.

Leve Grave Muito Grave Empresa Pessoa Singular:100 a

300€ Pessoa Colectiva: 100 a 300€

Pessoa Singular:400 a 1200€ Pessoa Colectiva: 400 a 2000€

Pessoa Singular:1200 a 3600€ Pessoa Colectiva: 1200 a 6000€

Motorista 100 a 300€ 200 a 600€ 600 a 1800€

9.2-Tipologia das Infracções

Empresa Motorista Leve Insuficiência de papel de impressão, no caso

dos tacógrafos digitais Inobservância da transmissão de dados, sem a respectiva perda, nos prazos e situações referidas.

Utilização de cartão de condutor ou folhas de registo sujos ou danificados, ainda que com dados legíveis

Grave Falta de verificação do tacógrafo Utilização de folha de registo não conforme com o modelo homologado Utilização de tacógrafo analógico em veículo sujeito a tacógrafo digital Utilização de tacógrafo que se tenha avariado durante o percurso ou se tenha verificado funcionamento defeituoso, se o regresso às instalações da empresa for superior a uma semana Falta de folhas de registo de dados no caso do tacógrafo analógico

Utilização de cartão de condutor deteriorado ou danificado, em caso de dados legíveis Utilização do cartão tacográfico, quando tenha havido alteração dos dados relativos ao titular do mesmo, sem que tenha sido requerida substituição nos 30 dias seguintes à data em se produziu a causa determinante da alteração Incumprimento da obrigação de requerer, no prazo de sete dias, a substituição do cartão de condutor, em caso de danificação, mau funcionamento, extravio, furto ou roubo

Muito Grave

Falta de aparelho de controlo, tacógrafo analógico ou digital, em veículo afecto ao transporte rodoviário de passageiros ou de mercadorias, em que tal seja obrigatório

Recusa de sujeição a controlo Condução de veículo equipado com tacógrafo sem estar inserido a folha de registo, no caso de tacógrafo

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Manipulação do aparelho de controlo ou a instalação no veículo de quaisquer dispositivos de manipulação mecânicos, electrónicos ou de outra natureza, que falseiem os dados ou alterem o correcto e normal funcionamento do tacógrafo, sem prejuízo da responsabilidade criminal Utilização de veículo com tacógrafo avariado ou a funcionar defeituosamente Destruição ou a supressão de quaisquer dados registados no aparelho de controlo ou no cartão tacográfico do condutor Falta de conservação de dados transferidos do cartão do condutor e do tacógrafo, pelas empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital durante 365 dias a contar da data do seu registo Utilização de tacógrafo, analógico ou digital, não homologado, não verificado ou não activado Utilização de aparelho de controlo que tenha sido instalado, verificado ou reparado por entidade não reconhecida Utilização de tacógrafo, analógico ou digital, instalado por entidade reconhecida, em que falte a marca do instalador ou reparador nas selagens, assim como a falta de selagem obrigatória, o documento comprovativo da selagem, a chapa de instalação ou a não justificação da abertura das selagens, nos casos permitidos Inobservância de transferência de dados do cartão tacográfico de condutor e do aparelho de controlo nos prazos e situações a que se referem os pontos 5 e 6, quando haja perda de dados

analógico, ou o cartão de condutor, no caso de tacógrafo digital Falta de cartão de condutor ou utilização de cartão caducado por qualquer dos membros da tripulação afectos à condução de veículo equipado com tacógrafo digital Utilização de cartão de condutor por pessoa diferente do seu titular, sem prejuízo da responsabilidade criminal Utilização de cartão de condutor originário, quando este tenha sido substituído Utilização de cartão de condutor falsificado ou obtido por meio de falsas declarações, sem prejuízo da responsabilidade criminal Manipulação do cartão de condutor ou das folhas de registo, que falseie os dados ou altere o seu correcto e normal funcionamento, sem prejuízo da responsabilidade criminal Utilização de cartão de condutor ou folha de registo deteriorado ou danificado, em caso de dados ilegíveis Não comunicação formal da perda, furto ou roubo do cartão de condutor às autoridades competentes do local onde tal ocorreu Utilização incorrecta de folhas de registo ou cartão de condutor

9.3- Medidas cautelares

Os cartões tacográficos serão apreendidos sempre que:

• Haja indícios de falsificação; • O condutor utilize um cartão de que não é titular; • O cartão seja substituído e não devolvido;

• O cartão seja obtido com falsas declarações.

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• Os documentos do veículo serão apreendidos sempre que se verifique a prática de

manipulação do aparelho de controlo ou a instalação no veículo de quaisquer dispositivos

de manipulação mecânicos, electrónicos ou de outra natureza, que falseiem os dados ou

alterem o correcto e normal funcionamento do tacógrafo, sem prejuízo da

responsabilidade criminal. Neste caso são aplicáveis as regras do Código da Estrada

sobre a apreensão de documentos de identificação de veículo.

9.4- Multas

Este capítulo tem como objectivo definir regras para o tratamento das multas que sejam imputadas à Barzia&Morais Lda. É aplicável a todos os motoristas, ao serviço de tráfego e ao gestor de frota.

9.4.1- Modo de procedimento Quando o motorista é penalizado com uma multa (coima) tem que dar conhecimento imediato ao serviço de tráfego, o qual encaminhará a chamada para o gestor de frota.

Logo que possível, o motorista deve entregar ao gestor de frota uma comunicação de problemas onde descreve as circunstâncias que deram origem à multa. A comunicação deve ser acompanhada da respectiva notificação, caso a mesmo lhe tenha sido entregue pelas autoridades fiscalizadoras.

Todas as situações têm de ser devidamente analisadas, para que sejam averiguadas e imputadas responsabilidades. Cabe ao gestor de frota a análise das causas e à Gerência a definição de acções a tomar as quais são definidas no registo de problemas.

As infracções que se conclua serem da responsabilidade da empresa são pagos por esta,

assim como, todas as infracções relacionadas com a falta de equipamento nas viaturas,

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desde que o motorista tenha informado anteriormente o gestor de frota através da

comunicação de problemas, e este não tenha corrigido o problema.

Todas as multas que tenham origem em comportamentos que desrespeitem regras

elementares de segurança ou contrariem as instruções constantes deste manual serão

suportadas pelo motorista.

Atenção:

• Nos casos em que o motorista é autuado por uma infracção grave, a Administração

se assim o entender e tendo em conta a gravidade da infracção, poderá instaurar um

processo disciplinar

• O custo de uma multa que resulte da infracção ao Código da Estrada e se conclua

ser da responsabilidade do motorista será pago pelo mesmo

• Se o motorista for inibido de conduzir (retirada a carta de condução) deve informar

imediatamente o departamento de tráfego. O não cumprimento desta condição

poderá originar a suspensão dos serviços do motorista.

10- Acidente Rodoviário

Pretende-se com este capítulo definir um conjunto de procedimentos em caso de acidente

rodoviário, sendo o seu âmbito de aplicação não só aos motoristas mas a todo o sector de

tráfego. Devem no entanto os motoristas praticar uma condução protectória de modo a

prevenir, senão evitar o acidente

Page 44: Manual Do Motorista Paulo Barzia Antonio Morais

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10.1- Definição ACIDENTE – Ocorrência anormal, inesperada, indesejada e grave que origina danos pessoais

e/ou materiais.

10.2- Condução Defensiva O motorista deverá adoptar um tipo de condução defensiva, ou seja, baseada numa atitude

cautelosa, prevenindo-se de atitudes menos correctas de outros condutores e condições

adversas à circulação rodoviária.

Entre outros, queremos salientar alguns procedimentos a ter durante a condução:

• Não conduzir em esforço físico e/ou psíquico

• Não conduzir sob fadiga e/ou sono

• Não conduzir sob efeito do álcool e/ou drogas

• Manter o seu veículo em boas condições de limpeza, assegurando uma boa

visibilidade

• Manter o seu veículo em boas condições mecânicas e com os rodados equipados

com pneus em bom estado

• Sinalizar devidamente as manobras evitando e prevenindo todo e qualquer acidente

• Respeitar todas as sinalizações e regras de trânsito

• Evitar as velocidades máximas, circulando apenas à velocidade que as condições de

tráfego, climatéricas e outras, lhe permitam

• Facilitar as ultrapassagens e ultrapassar somente quando em plena segurança

• Manter sempre um elevado grau de atenção

• Ter sempre em consideração as condições de estabilidade do veículo

• Fazer uma adequada distribuição do peso pelos eixos

• Prudência redobrada em caso de más condições climatéricas ou visibilidade reduzida

10.3- Modo de actuar

Uma vez que nem sempre está na nossa mão evitar o acidente, é fundamental que a

empresa actue correctamente quando este ocorre com uma das suas viaturas.

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10.4- Procedimentos a partir do departamento de tráfego • Quem coordena a partir da central a assistência ao acidente é o gestor de frota

• Quem presta apoio na zona do acidente é o serviço de assistência (24 horas)

• Quem coordena a informação aos membros da família afectada é a Administração

• Quem tem que notificar a companhia de seguros, para efeitos de cobertura e

responsabilidade é o gestor de frota

10.5- Procedimentos do motorista no local • Permanecer calmo e não entrar em conflitos com terceiros

• Colocar o colete retro-reflector

• Contactar imediatamente o serviço de tráfego o qual encaminhará a chamada para o

Gestor de Frota que definirá as medidas que achar necessárias

• Avisar, se necessário e de acordo com a natureza do acidente o serviço de emergência

(SOS - 112), os bombeiros ou a polícia

• Se houver feridos, providenciar de imediato a sua assistência médica

• Tomar as medidas necessárias para alertar os outros condutores através da sinalização

adequada da viatura (é obrigatório o triângulo de sinalização de perigo, luzes

intermitentes, etc.)

• Logo que possível e após assegurar-se que o pode fazer (com autorização do gestor de

frota ou autoridades), deverá retirar a viatura da faixa de rodagem e estacioná-la em

local que não implique qualquer perigo

• Não prestar declarações a não ser às autoridades

• Preencher a parte da frente da declaração amigável de acidente como abaixo se define

• É obrigatório o preenchimento de uma comunicação de problemas, à qual anexa a

declaração amigável. Logo que possível o motorista deve entregar estes documentos ao

gestor de frota que completará o preenchimento da declaração amigável com a

informação aí contida e anexa ao processo de acidente. O Gestor de Frota dá

conhecimento à Gerência do acidente.

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Nota: Em caso de dúvida deverá contactar o Gestor de Frota

10.6- Procedimentos posteriores ao acidente Para registo, análise e definição de acções que evitem a repetição de acidentes, o Gestor de

Frota elabora um Registo de Problemas e trata do acidente com a Companhia de Seguros, se

for caso disso. A identificação das causas do acidente e a definição de acções deve contar com a

participação do Motorista, das autoridades intervenientes (PSP ou GNR) e do serviço de tráfego.

10.7- Dados obrigatórios na Comunicação de Ocorrências

• Nome do motorista

• Rubrica do motorista

• Rubrica do Gestor de Frota

• Matrícula do Tractor

• Quilómetros do Tractor

• Identificação do Reboque

• Data da Ocorrência

• Data da entrega ao departamento administrativo

• Descrição concisa do problema

• Observações

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10.8- Instruções para o preenchimento da declaração amigável

10.8.1-Para o motorista Se houver feridos ou não houver consenso na atribuição de responsabilidades: chame a

autoridade.

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Se houver somente danos materiais e haja consenso na atribuição de responsabilidades: no local

do acidente e usando a informação contida nos documentos (carta verde, livrete e carta de

condução) preencha, mas com todo o cuidado e com o outro condutor, o impresso de declaração

amigável de acidente automóvel da seguinte forma:

• Utilize um só impresso para o caso de colisão de 2 veículos, 2 impressos para o caso de

3 veículos, etc. Não importa quem fornece ou preenche o impresso. Use uma

esferográfica e escreva para que o duplicado fique bem legível.

• Não se esqueça de indicar o solicitado nas rubricas:

6 – Identificação do segurado/tomador do seguro

7 – Características das viaturas

8 - Documento de seguro - Cartão, Certificado ou Carta Verde.

9 - Licença de condução.

10 – O ponto de embate inicial, com toda a precisão.

11 – Danos visíveis nas viaturas

12 - Com uma cruz (X), assinalar todos os quadrados que se apliquem para cada veículo, de

entre as várias CIRCUNSTÂNCIAS do acidente e precisar, ao fundo, o número total de quadrados

que foram assinalados.

13 - ESQUEMA DO ACIDENTE (traçado da via, direcção dos veículos, posição no momento do

embate, etc.).

• Se existirem testemunhas, escreva os seus nomes, moradas e telefones.

• Assine e faça assinar a declaração pelo outro condutor. Entregue-lhe 1 exemplar e

guarde a outro para si.

Atenção: Se o outro condutor tiver um impresso de declaração amigável semelhante, mas em

língua diferente, pode usá-lo, sem receio, levando em conta que os números, num e noutro

Impresso, são de conteúdo e significado igual. Neste caso é muito importante que escreva a

morada e telefone da companhia estrangeira.

O correcto preenchimento da Declaração Amigável é fundamental para o apuramento da

responsabilidade do sinistro. Existem casos em que o incorrecto preenchimento da referida

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declaração coloca o responsável pelo sinistro na situação de vítima. Tal situação obriga a uma

atenção redobrada no preenchimento de tal documento.

10.8.2- Para o Gestor de Frota • Completar os elementos necessários para a Seguradora, preenchendo a participação de

sinistro impressa no verso da declaração

• Indica onde a viatura pode ser vistoriada por um perito, se necessário. Para o efeito,

contacta a seguradora

• Entregar a declaração à seguradora.

11- Preenchimento da folha de serviço Ao finalizar um serviço os Srs. Motoristas devem entregar juntamente com toda a restante

documentação a folha de serviço integralmente preenchida

11.1- Dados obrigatórios da folha de serviço • Nome do motorista

• Rubrica do motorista

• Rubrica do Gestor de Frota

• Matrícula do Tractor

• Quilómetros do Tractor

• Identificação do Reboque

• Data da entrega ao departamento administrativo

• km iniciais

• km finais

• km Percorridos

• Combustível adicionado a viatura aos X km no Dia; Hora; Local;

• km Anteriores e actuais

• Nº Guia ou CMR.

• Observações

12-Ergonomia

12.1- Definições • Ergonomia é palavra de origem grega que estuda a adaptação do trabalho às

características dos indivíduos, de modo a lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança e bom desempenho de suas actividades no trabalho.

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• Definição oficial: "A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus

meios, métodos e espaço de trabalho. Seu objectivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida." (Congresso Internacional de Ergonomia, 1969).

A ergonomia faz parte das acções de formação inicial e contínua da Barzia&Morais Lda., pelo que cabe aos Srs. Motoristas a utilização efectiva de todos os conhecimentos adquiridos de modo a obterem níveis de condução seguros e agradáveis

12.2-Destinatários A todos os motoristas profissionais e trabalhadores cuja tarefa de condução automóvel seja relevante em termos de duração e/ou frequência.

12.3- Noções gerais Longe vão os tempos em que as alturas do banco ao piso, do volante, do cinto de segurança, do encosto de cabeça, entre outras, eram obtidas através da altura média do condutor. Hoje, os construtores de automóveis, conscientes da importância da ergonomia, desenvolveram mecanismos de regulação que permitem ajustar o condutor ao automóvel.

A posição de condução influencia a nossa atitude psicológica, física e técnica que se reflecte no comportamento na estrada, nomeadamente na forma como se contorna os obstáculos. Por isso, no habitáculo devemos tirar partido de todos os ajustes em termos de ergonomia, disponíveis no automóvel no sentido de nos proporcionar maior conforto e grande funcionalidade.

12.4-Regulação em altura do banco O assento deve estar o mais baixo possível, naturalmente sem perder visibilidade. Deste modo, conseguimos aumentar a distância entre a cabeça e o tejadilho, o que aumenta a segurança no caso de o automóvel capotar. Por outro lado, estamos a baixar ligeiramente o centro de gravidade e consequentemente a contribuir para uma melhor estabilidade do veículo.

12.5-Regulação longitudinal do banco O assento deve ser ajustado de forma a garantir que o pedal da embraiagem atinja facilmente o

fim do curso. No entanto, não devemos adoptar uma posição forçada, nem tocarmos com os

joelhos no volante.

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12.6-Regulação das costas do banco A sua inclinação está condicionada pelo fácil acesso das mãos aos diferentes movimentos do

volante, mantendo os ombros encostados. No caso de o automóvel ter um volante com regulação

longitudinal obtém-se um melhor sentido de equilíbrio.

12.7-Posição das mãos É consensual que a posição simétrica e horizontal das mãos no volante é a que permite maior

sensibilidade e melhor sentido de alerta.

12.8-Encosto de cabeça É um elemento imprescindível na segurança passiva, que atenua os efeitos sobre o pescoço no

caso de colisões frontais ou traseiras. Deve estar colocado à altura da nuca e o mais próximo

possível da cabeça, sem chegar a apoia-la. Este procedimento deve-se aplicar a todos os

passageiros.

12.9-Espelhos retrovisores Após ter encontrado uma posição de condução confortável, deve regular os espelhos

retrovisores. O espelho interior, deve estar centrado com o vidro traseiro e mostrar a maior área

possível da estrada. Os espelhos exteriores, devem estar ligeiramente abertos de forma a

mostrar a maior área possível nas laterais, vendo apenas uma pequena parte do veículo.

12.10-Regulação em altura do cinto de segurança Sempre que o veículo disponha desta funcionalidade, o condutor deverá ajustar este suporte à

sua estatura. Em nenhuma circunstância deve utilizar pinças de retenção, bem como ter o cinto

torcido.

13-Segurança Rodoviária A segurança rodoviária interessa a todos os cidadãos. Todos têm um importante papel a

desempenhar para tornar as estradas mais seguras. Não obstante a eficácia das acções já

realizadas, na União Europeia o número de vítimas das estradas continua a ser demasiado

elevado: 1,3 milhões de acidentes rodoviários por ano que provocam 43 000 mortos e 1,7

milhões de feridos. O comportamento dos condutores é, reconhecidamente, a primeira causa dos

acidentes mortais: velocidade, consumo de álcool ou droga, cansaço, falta de cinto de segurança

ou capacete, etc.

13.1- Comportamento do motorista O motorista consciente deve ter presente que do seu comportamento e das suas atitudes

dependem uma elevada percentagem da sua segurança, e como tal, deverá estabelecer um

equilíbrio com o veículo que conduz e com as condições atmosféricas e rodoviárias.

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Assim procedendo e tendo sempre em conta, a carga transportada e as condições mecânicas do

veículo, o motorista estará a proceder de uma forma preventiva, tendo sempre como

preocupação principal, evitar acidentes.

Actuando sempre com este nível de responsabilidade, o motorista estará a respeitar todos os

utentes da estrada, assim como a sua carga, o seu veículo, a sua empresa e os seus clientes.

Deste modo o motorista estará a praticar uma condução com os seguintes objectivos:

• Não provocar acidentes

• Não cometer infracções

• Não danificar a carga

• Não danificar o veículo

• Não perder tempo desnecessariamente

• Não ter falta de respeito

13.2- Prevenção de acidentes Os acidentes de viação são uma grave causa de mortalidade em Portugal e, na sua maioria,

podiam ser prevenidos. É fundamental aumentar a precaução como peão e como condutor.

13.3- Principais causas dos acidentes de viação As causas dos acidentes de viação são várias e conhecidas, destacando-se o excesso de

velocidade, o não cumprimento do código da estrada e o consumo de bebidas alcoólicas. Outras

causas importantes destes acidentes que convém reter são:

• Deficiências de acuidade visual não devidamente corrigidas

• Situações de fadiga • O uso de determinados medicamentos pode diminuir as capacidades do condutor,

nomeadamente a diminuição da atenção, da concentração, dos reflexos, das capacidades visuais, do raciocínio e da coordenação motora

13.4-Alguns procedimentos úteis: Com o veículo da frente

• Observar o comportamento do condutor à sua frente • Fazer uma análise da situação do trânsito • Guardar uma distância de segurança • Reduzir a velocidade se algum perigo surgir • Não fazer ultrapassagens perigosas

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Com o veículo de trás

• Fazer sinal que vai parar (com dois ou três toques no pedal do travão) • Reduzir a velocidade • Parar o veículo suavemente • Evitar circular com veículos colados ao seu • Ter cuidado nas mudanças de direcção à esquerda

Num cruzamento

• Certificar-se previamente da direcção a tomar • Sinalizar a(s) manobra(s) atempadamente • Reduzir a velocidade • Respeitar as prioridades

Em curva

• Reduzir a velocidade e mantê-la adequada em conformidade com as condições da via, climatéricas, da carga e do veículo

• Travar suavemente antes das curvas • Ter em atenção as condições de estabilidade do seu veículo

Ao ser ultrapassado

• Facilitar a passagem ao outro veículo

• Se necessário, ajudá-lo com sinais

• Reduzir a velocidade

No entanto para a segurança rodoviária concorrem outros factores para além dos atrás descritos,

como sejam:

13.5- Manutenção da viatura/Equipamentos A manutenção regular é essencial para manter a segurança e fiabilidade dos veículos. A falta de

manutenção ou a manutenção inadequada podem provocar situações perigosas e até acidentes,

cabe portanto ao departamento de tráfego definir o respectivo plano de manutenção, contando

para isso com a colaboração dos Srs. motoristas

13.6-Revisões Apesar de extremamente desvalorizadas por uma boa percentagem dos motoristas, dado terem

de abdicar do veiculo por uma viagem, as revisões definidas no plano elaborado pelo

departamento de tráfego representam um importante método, não só de manutenção do seu

veículo, como também de preservação da integridade e bom funcionamento do mesmo,

promovendo a optimização de três factores essenciais:

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• Segurança

• Facilidade de condução

• Longevidade do veículo

14- Inspecções técnicas obrigatórias Por razões de segurança rodoviária os veículos devem estar em boas condições de

funcionamento de forma a assegurar que a circulação na via pública se processe com segurança

e qualidade ecológica, daí que, os principais interessados na inspecção sejam a empresa e o

motorista.

Em virtude das mesmas dependerem de calendário legalmente imposto, serão em data a

comunicar pelo departamento de tráfego, cabendo no entanto aos motoristas a deslocação ao

Centro de Inspecção

15- Abastecimento das viaturas e pagamento das portagens

15.1- Objectivo Definir as regras de abastecimento de viaturas, pagamento de portagens e utilização de cartões.

15.2- Âmbito Aplica-se a todos os motoristas, departamento de tráfego e gestor de frota.

15.3- Como Proceder O gestor de frota procede à entrega dos cartões de abastecimento das viaturas e de pagamento

de portagens, indicando o respectivo código de utilizador e número do identificador registando a

sua entrega na folha de equipamento distribuído à viatura.

Nota: Nunca deve ter o código dos cartões junto aos mesmos.

Os cartões são intransmissíveis e os seus detentores são responsáveis por qualquer

utilização indevida.

Qualquer anomalia que ocorra com os cartões de que é portador deverá, de imediato,

ser comunicada ao gestor de frota através da comunicação de problemas, a fim de

que sejam tomadas as medidas adequadas.

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15.4- Abastecimentos Os motoristas deverão abastecer nas bombas consideradas prioritárias. Neste sentido o gestor de

frota informará telefonicamente ou por sms todos os motoristas dos locais de abastecimento.

Sempre que pela extensão de quilómetros percorrida ou a percorrer, não é possível efectuar o

abastecimento nas bombas prioritárias, os motoristas devem optar pelos postos de

abastecimento onde é permitida a utilização dos cartões de crédito que a empresa possui,

justificando no relatório de combustível

GALP - nacional e internacional.

CEPSA - só internacional.

O motorista deverá atestar sempre a viatura.

Após o abastecimento o motorista confere o número de litros abastecidos e os quilómetros que

constam no conta-quilómetros da viatura, dados que regista na folha de serviço. Não se deve

esquecer de conferir bem se a quantidade e o preço do gasóleo constante do talão que assina,

corresponde exactamente ao abastecimento efectuado e indicado pela bomba.

É obrigatório a introdução dos kms aquando do pagamento.

15.5 - Portagens Todas as viaturas têm Via Verde que permite a passagem pelas portagens em Portugal sem ser

necessário parar.

Caso se utilizem as auto-estradas em Espanha, as portagens serão pagas com o cartão de crédito

autorizado.

Nota: O Motorista nunca deve tentar retirar o dispositivo de onde está afixado.

15.6 - Entrega dos documentos O Motorista deve entregar ao gestor de frota todos os recibos resultantes de abastecimento de

viaturas e pagamento de portagens efectuado com os cartões ou em dinheiro. Estes recibos

deverão acompanhar a folha de serviço a entregar assim que terminar a viagem

16 – Contactos de serviço Todas as viaturas estão equipadas com um sistema de comunicações “Vodafone”, o que permite

aos motoristas comunicar com a empresa em qualquer altura e de qualquer País.

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16.1- Quando é obrigatório contactar a empresa? O cumprimento dos prazos é um factor muito importante para a qualidade do serviço prestado ao

cliente, por isso é essencial que se cumpram as horas acordadas para carga e descarga.

Em qualquer situação imprevisível, se não for possível cumprir os prazos estabelecidos, o

motorista deve contactar imediatamente o Gestor de Tráfego para que este tome as medidas que

julgar adequadas.

• É obrigatório que o motorista esteja sempre contactável.

• O motorista não deve efectuar qualquer alteração ao serviço, sem antes obter

autorização do Gestor de Tráfego.

16.2- Quais os números a utilizar param efectuar chamadas?

• Administração – 96528710

• Gestor de tráfego – 968206168

• Manutenção - 912327675

• Sector comercial - 962871680

Quando o motorista está em Espanha e necessita contactar com um serviço da empresa deve dar

um toque e aguardar contacto do mesmo.

16.3 - Como utilizar correctamente o telemóvel?

Para que possa ser contactado a qualquer momento, o telemóvel deve estar sempre ligado.

Deve-se contudo ter atenção às seguintes regras:

• O telemóvel só deve ser utilizado quando for estritamente necessário

• Utilizar o kit de mãos – livres

• Telefonar apenas para o nºs acima indicados

• Não são autorizados telefonemas que não digam respeito ao serviço

• Caso ocorra alguma anomalia com o telemóvel tem que, com a maior brevidade possível,

comunicá-la ao Departamento de Tráfego, preenchendo uma comunicação de problema.

No entanto e em caso de necessidade absolutas os Srs. Motoristas devem utilizar meios

alternativos, mencionando o facto na folha de serviço e apresentar a respectiva factura a

fim de serem ressarcidos da devida despesa.

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Atenção: Todas as chamadas para números que não estejam na lista anterior serão debitadas

ao utilizador do telemóvel.

17 – Regras de contacto com os clientes Como no ponto 1.2 foi realçado os motoristas devem ter uma atitude correcta em todos os

contactos com os clientes e seus representantes, lembrando-se que são em grande parte

responsáveis pela imagem da nossa empresa junto dos mesmos

17.1 - Atitudes que Deve Tomar • Mostrar-se informado, dentro dos seus conhecimentos e competências, procurando

responder às questões colocadas pelos clientes

• Ouvir atentamente qualquer reclamação do cliente e informar posteriormente o Gestor de

Tráfego para que se registe a reclamação

• Evitar conflitos com o cliente ou seus representantes

• Utilizar uma linguagem apropriada

• Demonstrar disciplina e organização no decorrer do serviço

• Ser flexível, colaborante e decidido no seu trabalho

• Estar atento às necessidades do cliente, recolhendo informações necessárias para

melhoria do serviço prestado pela empresa

• Desvalorizar ou contradizer o cliente

• Criar conflitos com o cliente ou seus representantes

• Ser mal-educado

Um cliente satisfeito recorrerá novamente aos serviços da empresa, e provavelmente vai

recomendá-los a outros clientes.

18 – Plano de entrega de Contentores ou carga indiferenciada O plano de entrega de contentores ou carga indiferenciada é definido pelo departamento de

tráfego e transmitido pelo gestor de frota. Devem portanto os Srs. Motoristas observar todas as

instruções transmitidas de modo à correcta fluência do serviço, tendo em atenção o seguinte:

18.1- Levantamento de um contentor vazio • Antes de carregar um contentor o motorista tem de verificar se este tem alguma ruptura

e se está bem limpo

• Depois de carregado deverá ser fechado, selado. Seguir as instruções do expedidor

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18.2 – Levantamento de um contentor cheio • Verificar se o contentor está selado, no caso de não estar deverá fazer referência na

Guia de Transporte ou CMR, informar o expedidor e obrigar este a oficializar a

ocorrência. Deverá também informar o chefe do departamento de trafego ou gestor de

frota.

18.3 – Carga indiferenciada • Deverá o carro estar sempre bem limpo e em condições perfeitas para a carga

• Verificar se a mercadoria que está a ser carregada está em perfeitas condições (quando

o motorista pode assistir á carga)

• Caso o motorista detecte uma não conformidade na carga tem de dar conhecimento ao

cliente. Se o mesmo der autorização para carregar a mercadoria em causa, então o

motorista tem de fazer uma reserva na GT/CMR e “obrigar” o responsável da expedição a

concretizar a mesma no documento, devendo ainda dar conhecimento ao responsável do

departamento de tráfego

• Acondicionar bem a carga com encerados, para evitar que durante o transporte não

venha a perder parte da carga e provocar danos em terceiros

• Isolar a carga de forma a garantir que esta chega ao destinatário em conformidade

• No caso de serem cargas pesadas, conferir os pesos á carga e os pesos á descarga,

sendo que se der uma diferença superior a 2% o motorista tem de avaliar a situação e

descobrir de onde vem a diferença. O motorista deve sempre comunicar ao responsável

do departamento de tráfego para este avaliar a situação e dar instruções de como

proceder.

19 – Ficha de Avaliação de Riscos

Alguns significados:

Avaliação - A avaliação de riscos constitui a base da abordagem comunitária para prevenir acidentes e problemas de saúde profissionais, dependendo sempre de uma metodologia que por seu turno obedece a alguns critérios como seja o número de trabalhadores, tipo de actividade, equipamentos e características particulares do local de trabalho

Risco – Interacção do homem com o perigo

Perigo – Componente do trabalho potencial causador de dano

Frequência - É uma grandeza física ondulatória que indica o número de ocorrências de um evento

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Severidade - Qualidade do que é severo ou rigoroso

Medidas de Prevenção – São todas as acções quer na perspectiva do trabalhador quer na do

empregador, que visam a melhor forma de evitar que os acidentes aconteçam.

(Em anexo ficha de avaliação de riscos)

“O vosso êxito é o sucesso da nossa empresa”, “O vosso êxito é o sucesso da nossa

empresa”, “O vosso êxito é o sucesso da nossa empresa”, “O vosso êxito é o sucesso da

nossa empresa”, “O vosso êxito é o sucesso da nossa empresa”

Paulo Barzia & António Morais, Lda.