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MANUAL DO PROFESSOR Renata Amaral Rocha (Org.) Rosane Campos • Fernando Andrade • Helena Myrrha Bárbara Ferreira • Maria Zoé Rios • Roberto Lanznaster 1

MANUAL DO PROFESSOR - RHJ Livros · 2019. 10. 2. · Caro Professor, Vamos falar sobre leitura literária, mas sob uma outra ótica: as ati-tudes do professor. Certamente, você já

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MANUAL DO PROFESSORRenata Amaral Rocha (Org.)

Rosane Campos • Fernando Andrade • Helena MyrrhaBárbara Ferreira • Maria Zoé Rios • Roberto Lanznaster

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IMAGINARIUM MONSTROS DO NOVO MUNDO

MANUAL DO PROFESSORRenata Amaral Rocha (Org.)

Rosane Campos • Fernando Andrade • Helena MyrrhaBárbara Ferreira • Maria Zoé Rios • Roberto Lanznaster

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Imaginarium – Monstros do Novo Mundo - Manual do I31 professor / Renata Amaral Rocha, organizadora. - Belo Horizonte: RHJ, 2018. 40p.

1. Educação infantojuvenil. I. Rocha, Renata Amaral.

CDD: 372.2 CDU: 372.4

Elaborada por: Maria Aparecida Costa Duarte CRB/6-1047

Editor: Rafael Borges de Andrade

Gerente editorial: Mário Vinícius Silva

Organizadora: Renata Amaral Rocha

Instrutores pedagógicos (por área de conhecimento):

Linguagens: Renata Amaral Rocha & Rosane CamposInglês: Helena MyrrhaCiências Humanas: Fernando AndradeCiências: Bárbara Ferreira

Supervisão pedagógica: Maria Zoé Rios

Revisão: Flávio Mota

ISBN: 978-85-7153-365-3

1ª edição

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra

sem o consentimento por escrito da editora.

Todos os direitos reservados à:

RHJ Livros LTDA.

Rua Helium, 119 – Nova Floresta

Belo Horizonte – MG – CEP: 31140-280

Telefone: (31) 3334-1566

[email protected]

Manual do professor concebido com base na obra Imaginarium – Monstros do Novo Mundo, do autor e ilustrador Roberto Lanznaster

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Título: Imaginarium – Monstros do Novo Mundo

Autor e ilustrador: Roberto Lanznaster

Idioma: língua portuguesa

categoria 1: para estudantes do 6º e 7º anos do Ensino

Fundamental

Tema da categoria: Aventura, mistério e fantasia

Gênero literário: conto, crônica, novela, teatro, texto da

tradição popular

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SUMáRIO

1 - Abordagem da obra literária

com os estudantes

2 - Abordagem da pré-leitura

e pós-leitura da obra com os

estudantes

3 - Abordagem interdisciplinar

da obra literária em sala de aula

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AbORDAGEM DA ObRA LITERáRIA

cOM OS ESTUDANTES11. De Professor Para Professor:

Caro Professor,

Vamos falar sobre leitura literária, mas sob uma outra ótica: as ati-

tudes do professor. Certamente, você já desenvolveu interessantes tra-

balhos de leitura com seus alunos e alunas, indicou muitos livros para

serem lidos, levou sua turma à biblioteca e já falou dezenas de vezes

(centenas, talvez!) sobre os benefícios da leitura para as pessoas, de

modo amplo. Essas são ações muito importantes no processo de for-

mação de leitores.

No entanto, quero lhe contar um segredo. Ao longo da minha cami-

nhada como docente, percebi que uma das mais importantes atitudes

do professor para estimular seus alunos e alunas a lerem é explicitar

frequentemente: “Eu sou professor e leio. Hoje, estou lendo este livro

aqui e estou apaixonado por ele!”. Sabe por que isso funciona? Porque

instiga, porque desperta a curiosidade, mas também porque você, pro-

fessor, está demonstrando paixão pela leitura, antes de qualquer outro

sentimento ou necessidade.

Professor, ao capturar seus alunos e alunas

pelo sentimento de paixão pela leitura, você

terá a possibilidade de caminhar no sentido de

formar leitores fruidores, capazes de “(re)co-

nhecer diferentes maneiras de ser, pensar, (re)

agir, sentir e, pelo confronto com o que é di-

verso, desenvolver uma atitude de valorização

e de respeito pela diversidade” (BRASIL, 2017,

p. 154).

Espero que esta nossa conversa sirva

como uma contribuição para que você, jun-

to com seus alunos e alunas, desenvolvam um

processo de leitura literária da obra Imagina-

rium – Monstros do Novo Mundo, no contex-

to escolar, de um modo tão significativo que

tal processo não se restrinja à escola, mas que

seja apropriado e passe a fazer parte de suas

vidas.

Prof.a Renata Amaral Rocha

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2. Um Passeio Pelo livro ImagInarIum – monstros do novo mundo:

Professor, o livro Imaginarium – Mons-tros do Novo Mundo é uma reinvenção dos bestiários medievais, literatura descritiva do mundo animal (as bestas), comum nas classes monásticas da Idade Média. Esses catálogos manuscritos, realizados por monges católi-cos, reuniam informações sobre animais reais e fantásticos, tal como o aspecto, o hábitat em que viviam, o tipo de relação que tinham com a natureza e a sua dieta alimentar. Muitos desses manuscritos eram ilustrados e tinham como objetivo estimular e conduzir a imagi-nação.

Os escritos que compõem essa obra pos-

suem como tema Aventura, mistério e fantasia

com seres mitolólogicos e inusitados. Essa te-

mática atende aos interesses de leitores estu-

dantes de 6º e 7º série que apreciam narrativas

sobre mutantes, seres fantásticos e ficcionais.

A proposta do livro Imaginarium – Mons-

tros do Novo Mundo é resgatar esse mundo

mágico e fabuloso. O diferencial da obra é sua

ambientação histórica e geográfica: o período

da conquista espanhola das Américas.

Dessa forma, os animais fabulosos apre-

sentados no livro fazem parte da mitologia

e das lendas dos povos e civilizações pré-

-colombianas, tema raramente abordado em

obras do gênero: acompanhando os relatos de

um grupo de exploradores pelo continente, os

nossos alunos e nossas alunas encontrarão no

texto a descrição de criaturas das lendas indí-

genas brasileiras – como o curupira e a boitatá

–, da mitologia dos maias, astecas, incas, Chia-

panecas, Chimús; das lendas de tribos indíge-

nas norte-americanas (Chocktaw, Cherokee,

Sioux) e dos Inuítes (esquimós). Os nomes ori-

ginais das regiões, países, cidades e colônias

são citados, de acordo com a época histórica.

Notas de rodapé – explicativas –, enriquecem

os tópicos e informações abordados no texto,

oferecendo a possibilidade de múltiplas ativi-

dades interdisciplinares.

Como um dicionário, cada capítulo (letra

do alfabeto) traz um conto, apresentando a

“espécie” animal, contextualizado com fatos

geográficos e históricos reais, mesclando fan-

tasia e realidade. Assim, o livro informa e di-

verte, levando-nos em uma jornada pelo Novo

Continente, no século 16, dos picos gelados

dos Andes às selvas da Amazônia, das areias

escaldantes dos desertos do Peru às terras ge-

ladas do Ártico, em uma narrativa ágil, divertida

e por vezes assustadora, que reafirma a impor-

tância do respeito a diferentes culturas e cos-

tumes e de mantermos o senso de aventura e

descoberta, na busca por novos conhecimen-

tos. O resultado é uma série de impressões,

histórias, lendas e testemunhos. Uma narrati-

va não linear, tão diversa em tom, cor e esti-

lo quanto as tribos e seres fantasticos que um

dia caminharam nas terras do Novo Mundo. A

obra Imaginarium – Monstros do Novo Mun-

do, está inserida no tema aventura mistério e

fantasia.

Nós, os educadores, nos sentiremos imer-

sos em um mundo de magia e de encantos e

poderemos fazer com que os nossos estudan-

tes sintam-se perplexos e em dúvida, se real-

mente existiram os seres e as curiosidades dos

contos dessa obra.

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Roberto Lanznaster

Fonte: Agência NPCA

3. QUem é o aUtor?

Nessa obra, encontraremos algo peculiar:

o autor e o ilustrador são a mesma pessoa.

Nada mais interessante que poder ilustrar a

história que você mesmo escreveu, não é?

Roberto  Lanznaster  é de Jaraguá do Sul,

Santa Catarina. Formado em Comunicação

Social – Publicidade e Propaganda – pela

Universidade Regional de Blumenau. Atua

como escritor, designer gráfico e ilustrador e

tem vinte anos de experiência na área, além

de dominar diversos softwares de editoração

gráfica, com amplo conhecimento teórico e

prático.

É autor de literatura fantástica, por interes-

sar pela temática e as muitas possibilidades ar-

tísticas de desenvolver as ilustrações. Quando

começa a escrever um livro, tem como base

o real e para isso faz pesquisa sobre o período

histórico, a geografia, fauna e a flora no caso

do imaginário monstro do novo mundo so-

bre os descobrimento das Américas. Possui

um estúdio, “Lanznaster Design & Ilustração”,

fundado em 2013, com sede em Jaraguá do

Sul, SC. É especializado em programação vi-

sual, identidade corporativa, design editorial e

ilustração. O estúdio desenvolve projetos para

empresas e profissionais autônomos de múlti-

plos ramos de atuação.

O que você acha de um autor de literatura

infanto-juvenil com tantas habilidades?

4. Por QUe ler ImagInarIum – monstros do novo mundo?

Professor, você sabe o que é um Amaru?

Sabe como não ser engando pelo Curupira?

Conhece os perigos de enfrentar monstros

de nomes complexos e habilidades mortais?

Para descobrir as respostas a essas e a outras

perguntas, é importante desvendar o mundo

dos monstros acompanhando, em uma noite

fria de inverno, uma expedição que partiu da

cidade do México para explorar a vastidão do

continente americano, no Século XVI.

Esse Novo Mundo, recém-descoberto por

Colombo, era um lugar de contrastes e extre-

mos: de altas montanhas cobertas de neve e

vastas pradarias; de quentes floresta tropicais

e de planícies geladas; de terras férteis luxu-

riantes e de desertos estéreis. Vamos navegar

por rios caudalosos, viajar no lombo de mulas

ou fazer longas jornadas a pé, acompanhan-

do destemidos aventureiros que percorreram

o continente coletando histórias e mitos. Eles

presenciaram a aparição de animais lendários

– belos e fascinantes – e monstros aterrado-

res.

Com a ajuda de antigas cartas e documen-

tos, é possível reconstruir essa trajetória.

Junto com aventureiros pesquisadores,

que saem da universidade de Salamanca e

chegam à cidade do México, e partindo dali,

cruzam o continente em busca de seres fan-

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tásticos e mitológicos, vamos explorar esse

Novo Mundo e suas maravilhosas criaturas! Se

você tiver coragem, é claro!

Imaginarium – Monstros do Novo Mundo

é adequado aos anos finais do Ensino Funda-

mental porque nessa etapa os estudantes já

estudaram os processos de criação de con-

tos maravilhosos e, além disso, têm conhe-

cimento da cultura de outros países, assim

como conhecem os mecanismos culturais pe-

los quais se deu a formação de outros países.

Além disso, é possível que os estudantes das

séries finais do Ensino Fundamental tenham a

habilidade de análise crítica de textos, sendo

capazes de ler, nas entrelinhas do que o au-

tor nos diz, os modos e os meios das ações

das personagens. É nas séries finais do Ensino

Fundamental que a leitura de contos, gêne-

ro predominante na obra, perpassa o nível de

aprendizagem e pode evidenciar claramente

as características e a importância desse gênero

para os relatos que se inserem na obra.

Assim, é fundamental a nossa participação,

como educadores, nos caminhos intrigantes

pelos quais a leitura de Imaginarium – Mons-

tros do Novo Mundo pode conduzir os nossos

estudantes.

Por todas essas razões, é um livro instigan-

te e propiciador de múltiplas atividades, para

multiletramentos, sendo um livro de fantasia

criado com base no real. Estão em questão

cultura, comunicação e linguagens, na traves-

sia entre disciplinas como Língua Portuguesa,

Literatura, História, Geografia e outras.

5. Na sala De aUla e além!

Professor, nosso propósito, aqui, é abordar

algumas possibilidades de trabalho com a lei-

tura literária, em sala de aula, especialmente,

nos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, por

meio de uma breve discussão teórica, funda-

mentada nos preceitos da BNCC (2017), PE-

REIRA (2009), ADAM (2008), PAIVA et al (2006),

FREIRE (1994), e apresentar algumas propostas

de atividades práticas, no sentido de fortalecer

habilidades, atitudes, conhecimentos e vivên-

cias adequadas que consolidem um letramen-

to literário que faça parte da vida dos sujeitos,

para além de sua formação escolar.

5.1. Como aborDar os asPeCtos literários Na obra ImagInarIum – monstros do novo mundo?

Professor, o ponto de partida é a paixão.

Insisto nisto! Na sequência, deve haver o esta-

belecimento de uma interação do estudante-

-leitor com o texto literário, que é uma obra

de arte, permitindo-lhe uma vivência emocio-

nal: despertar da imaginação, dos desejos, dos

medos, das admirações, das alegria etc. De-

pois de ter lido a obra, pergunte ao estudan-

te: quais sentimentos esta obra desperta em

você? Quais relações podemos estabelecer

entre esta obra e a nossa realidade? Se você

fosse a personagem principal da história, você

agiria como ela? Por quê? Como você agiria?

Ao fazer essas indagações (e outras) aos

estudantes-leitores e abrir um espaço para dia-

logar sobre elas, você está colocando em jogo

a continuidade da formação do leitor li-

terário, com especial destaque para o

desenvolvimento da fruição, de modo a

evidenciar a condição estética desse tipo

de leitura e de escrita. Para que a função

utilitária da literatura – e da arte em geral

– possa dar lugar à sua dimensão huma-

nizadora, transformadora e mobilizadora,

é preciso supor – e, portanto, garantir a

formação de – um leitor-fruidor, ou seja,

de um sujeito que seja capaz de se implicar

na leitura dos textos, de “desvendar” suas

múltiplas camadas de sentido, de respon-

der às suas demandas e de firmar pactos de

leitura (BRASIL, BNCC, 2017, p. 136).

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Depois de criada essa atmosfera, você

pode, sem problema algum, dizer aos estu-

dantes que a construção do texto literário e a

leitura desse texto têm especificidades, e que

é importante explorarmos isto na escola. Mas,

“quais seriam as propriedades específicas de

um texto literário? Cada época as define de

um modo um pouco diferente de outras e po-

dem coexistir, numa mesma época e socie-

dade, posições que se distanciam (PAIVA et al,

2006, p.21). Todavia, alguns elementos mere-

cem ser especialmente observados ao lermos

um texto literário, seja ele em prosa (o conto,

a novela, a fábula, o apólogo, o mito, a lenda

etc) ou verso (o poema). Segundo Paiva (2006,

p.21), estes são alguns dos elementos: a plura-

lidade de vozes (por exemplo: autor, narrador,

personagem, eu lírico), o espaços da literatura

(às vezes a narrativa propõe uma interpreta-

ção mítico-religiosa, social, psíquica ou exis-

tencial do seu espaço; e o espaço geográfico,

que é o mais evidente), o tempo da narrativa

(o tempo cronológico ou ‘psicológico’, ligado

aos eventos, às personagens da história). Tam-

bém é interessante observar o pacto de leitura

estabelecido entre leitor e o texto literário, os

recursos e estratégias de interação, na cons-

trução de sentidos do texto.

Na obra Imaginarium – Monstros do Novo

Mundo, teremos vários aspectos interessantes

para abordar. Vamos lá?

Ao trabalhar em sala de aula com esta

obra, nós, professores, teremos a oportunida-

de de suscitar nos educandos a importância

de naturalizar a diferenciação entre culturas.

É fundamental que os nossos estudantes per-

cebam que culturas diferentes aceitam modos

de explicações naturais, empíricos, de como

os fatos acontecem, de como os fenômenos

podem ser explicados.

Vamos deixar claro que não existe um as-

pecto cultural melhor que o outro ou mesmo

mais importante que o outro. Diferentemen-

te do que se faz supor, não há nenhum modo

correto de explicar normas, valores e conhe-

cimentos tidos como universais. São necessá-

rios diálogos entre as diferentes culturas pre-

sentes na comunidade e na escola. Tal como

explicitado na BNCC, em todas as etapas de

escolarização, mas de modo especial entre os

estudantes dessa fase do Ensino Fundamen-

tal, esses fatores frequentemente dificultam a

convivência cotidiana e a aprendizagem, con-

duzindo ao desinteresse e à alienação e, não

raro, à agressividade e ao fracasso escolar.

Vamos propor aos nossos estudantes que

se reúnam em grupos e leiam, em voz alta,

alguns trechos da obra em que as culturas se

manifestam por meio de seres fantásticos.

“Segundo as lendas Tupis, é a luz dos olhos

devorados que serve de combustível para

as labaredas da Boitatá” (página 16)

“Lagoas de águas turvas são lugares muito

perigosos no Novo Mundo. Quando você

estiver pescando em uma delas e, de re-

pente, ouvir um choro igual ao de um

bebê, saia imediatamente da água. É sinal

de que ali, escondido em uma caverna su-

baquática, vive um Guirivilu.” (página 26)

“As grandes civilizações do Novo Mundo

compartilhavam a mesma crença funda-

mental: a de que os deuses criaram o ser

humano a partir do seu próprio sangue

divino. Retribuir esse sangue por meio de

sacrifícios rituais seria a única maneira de

assegurar as fertilidade da terra e a colheita

do milho, vital nutriente desses impérios.”

(página 46)

É fundamental que percebamos as atitudes

ultrajantes da cultura norte-americana sobre a

cultura sul-americana. Atenta a culturas distin-

tas, a escola constitui-se em espaço formador

e orientador para a cidadania consciente, crí-

tica e participativa. Para tal, é necessário que a

escola dialogue com a diversidade de forma-

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LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Habilidade (EF89LP35): Criar contos ou crônicas (em es-pecial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáti-cas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Habilidade (EF89LP27): Tecer considerações e formular pro-blematizações pertinentes, em momentos oportunos, em si-tuações de aulas, apresentação oral, seminário, etc.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de Conhecimento: Estratégias de escrita: textualiza-ção, revisão e edição.

Habilidade (EF89LP25): Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias co-laborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs cien-tíficos, vídeos de diferentes tipos etc.

Sugestões de atividades estariam ligadas

a manifestações culturais que invocassem a

obra, apresentando a outros (outras) estudan-

tes da escola a importância das nossas raízes

latino-americanas. Que tal uma feira cultural

em que sejam expostas comidas típicas, instru-

mentos musicais, fotos e documentos maias,

incas e astecas? Seria interessante até que fos-

sem construídas /simuladas feras e/ou os luga-

res em que viviam.

5.2. Como aborDar os asPeCtos liNGUÍstiCos Na obra ImagInarIum – monstros do novo mundo

Professor, para abordarmos os aspectos

linguísticos vamos focalizar o processo de

compreensão da leitura literária, em sala de

aula, o que pressupõe adotarmos como ob-

jetivo pedagógico o desenvolvimento do pro-

cesso cognitivo de leitura. Para tanto, a orga-

nização linguística do texto ganha um espaço

especial no nosso trabalho (cf. ADAM, 2008).

Nessa dimensão, a compreensão da leitura se

efetiva por meio da consciência do leitor sobre

a linguagem. E aqui entra o importante papel

do professor, no uso de procedimentos e es-

tratégias eficientes, em sua ação pedagógica,

ções e vivências para enfrentar com sucesso

os desafios de seus propósitos educativos.

Nesse sentido, Imaginarium – Monstros do

Novo Mundo é um importante ponto de par-

tida, uma vez que, por meio da fruição desse

texto literário, os educandos podem se com-

preender como sujeitos com histórias e sa-

beres construídos nas interações com outras

pessoas, tanto do entorno social mais próximo

quanto do universo da cultura midiática e di-

gital.

No caso específico do componente curri-

cular Língua Portuguesa, destaque-se a rele-

vância do Campo Artístico-Literário, estabele-

cido na BNCC, para o exercício da empatia e

do diálogo, tendo em vista a potência da arte e

da literatura como expedientes que permitem

o contato com diversificados valores, com-

portamentos, crenças, desejos e conflitos, o

que contribui para reconhecer e compreender

modos distintos de ser e estar no mundo e,

pelo reconhecimento do que é diverso, com-

preender a si mesmo e desenvolver uma atitu-

de de respeito e valorização do que é diferente.

Partindo dessa premissa, você, professor, pode

relacionar a obra ora em tela com diversos ou-

tros campos, propiciando o trabalho de uma

gama ampla de habilidades com os alunos.

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para conduzir os estudantes no seu processo

de leitura.

O primeiro passo é compreender que a

literatura é uma manifestação linguística e,

como tal, a organização linguística textual é

de sua importância para construção da lite-

rariedade do texto literário, conforme Pereira

(2009).

Ao enxergarmos dessa forma, a análise dos

elementos linguísticos marcadores dos planos

que constituem a língua, no texto literário,

pode ganhar um espaço especial. Assim, para

a realização de inferências de elementos da li-

terariedade do texto é preciso explorar o plano

fônico (sonoridade e ritmo), o plano mórfico

(estrutura vocabular e uso de categorias gra-

maticais), o plano sintático (funções sintáticas

e elementos coesivos gramaticais), o plano se-

mântico (significados dos vocábulos, polisse-

mia, elementos coesivos lexicais e coerência)

e o plano pragmático (relações entre o texto e

as situações de uso), conforme Pereira (2009).

Esses elementos estão presentes em diver-

sos textos, e a predominância de algum deles

marca determinada manifestação textual, por

exemplo, os poemas têm o plano fônico pre-

dominante, na maioria das vezes.

Na obra Imaginarium – Monstros do Novo

Mundo, a riqueza dos aspectos linguísticos

pode se fazer presente em atividades como as

que são sugeridas a seguir:

cONTOS:

“VUcUb cAQUIX – A ave das plumas de ouro”

“YAHUI – O Dragão de Lava”

Divididos em grupos, solicitar aos educan-

dos que pesquisem em dicionários e/ou enci-

clopédias o significado dos seguintes verbetes:

antropomórfico, arrogante, areia movediça

emplumada, forjar, incandescentes. Depois,

eles devem ser estimulados a criar um mural

único na sala de aula onde serão expostos os

verbetes e seus significados.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de Conhecimento: Estratégias de escrita: textualiza-ção, revisão e edição

Habilidade (EF89LP25): Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias co-laborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs cien-tíficos, vídeos de diferentes tipos etc.

cONTO: “UKTENA – A fera do coração de

cristal”

“O nascimento de uma criança cega é ce-

lebrado com alegria na tribo Cherokee”. No

contexto desse conto, que significado pode ter

celebrar o nascimento de uma criança cega”?

Em que contexto da obra o uso desse termo se

faz importante?

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Habilidade (EF89LP27): Tecer considerações e formular pro-blematizações pertinentes, em momentos oportunos, em si-tuações de aulas, apresentação oral, seminário,etc.

cONTO: “OGOPOGO”

• Leia os trechos abaixo, retirados desse

conto.

“Caso o animal faminto apareça, não se

desespere. Jogue uma oferenda (um peru e

duas galinhas são suficientes).

“Isso ajudará na proteção e servirá como

camuflagem (os moradores das margens, que

conhecem o ‘flagelo do lago’ podem indicar a

cor exata).”

O uso dos sinais de pontuação é funda-

mental para expressarmos o que desejamos de

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forma clara. Por que os parênteses, nas ora-

ções acima, são tão importante recurso ex-

pressivo para a compreensão do texto?

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Modalização.

Habilidade (EF08LP16): Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentativida-de (sinais de pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.).

cONTO: “MISHIPESHU – A pantera subaquá-

tica”

Leia com atenção:

“As árvores da Amazônia ocultam a Cidade

de Ouro, e as brumas dos Andes envolvem a

montanha de prata”

• A personificação é uma figura usada para

se descreverem ‘as árvores da Amazônia’ e ‘as

brumas dos Andes’. Explique como esse recur-

so ocorre no trecho e como o mesmo recur-

so pode ajudar você na construção de outros

textos.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Práticas de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Figura de linguagem.

Habilidade (EF89LP37): Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, entre outras.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Figura de linguagem.

Habilidade (EF89LP37): Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, entre outras.

cONTO: “GUIRIVILU – A ameaça das lagoas”

• Leia a afirmação abaixo:

É possível afirmar que, nesse conto, há

uma analogia entre o Guirivilu e o mito de

Sansão. Você concorda com essa afirmação?

Justifique tua resposta.

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5.3. Como aborDar os asPeCtos extraliNGUÍstiCos Na obra ImagInarIum – monstros do novo mundo?

Professor, para tratarmos dos aspectos

extralinguísticos, tomaremos como base esta

citação de Paulo Freire (1994): “a leitura do

mundo precede sempre a leitura da palavra e a

leitura desta implica a continuidade da leitura

daquele”. Isso significa dizer que aspectos lin-

guísticos e extralinguísticos (e outros) conver-

gem na e para construção e compreensão do

texto, seja ele literário ou não. E é isso que fo-

calizaremos aqui. Os fatores extralinguísticos

incluem o que é dito, o modo como é dito e

a intenção com que é dito; o posicionamento

de quem diz; os papéis sociais e as identidades

assumidas pelos interlocutores, as atitudes, os

comportamentos e crenças deles, a relação

entre eles e a localização espacial e temporal,

entre outros.

Na obra Imaginarium – Monstros do Novo

Mundo, podemos abordar de forma muito rica os

aspectos extralinguísticos, como vemos a seguir:

cONTO: “DZULÚM – A fera solitária”

• Releia o final do conto:

“Ele exala um aroma adocicado, irresistí-

vel para as moças, e as hipnotiza com esse

perfume, atraindo-as até as profundezas

impenetráveis da mata, onde fica seu covil.

Se as devora ou as mantém como compa-

nhia, ninguém soube responder. A única

certeza que tive é de que a jovem nunca

mais voltaria.”

Ficamos curiosos acerca da continuidade

da história. O que poderia acontecer caso al-

guma mulher jovem descobrisse o segredo de

como matar o monstro?

Imagine-se personagem e dê continuida-

de ao texto.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Semântica.

Habilidade (EF08LP14): Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso di-reto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.

cONTO: “boitatá”

• A oralidade foi elemento importantíssimo

na tradição folclórica. De pais para filhos, as

histórias, os mitos e as lendas eram repassa-

dos.

Os estudantes sempre trazem histórias de

família que são passadas de geração a gera-

ção. Peça para algum adulto ou idoso de sua

família lhe contar uma história de uma lenda

brasileira. Reúna um grupo de colegas e re-

passe oralmente a história que ouviu em casa.

Depois, também em grupo, escrevam o con-

to compartilhado pelo colega, acrescentando

personagens e situações que acharem neces-

sárias. Os contos deverão ser lidos em sala de

aula.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Habilidade (EF89LP35): Criar contos ou crônicas (em es-pecial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, entre outros, com temáti-cas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.

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cONTO: “curupira”

A canção “A Cuca Te Pega”, de Dori Caym-

mi e Geraldo Casé, apresenta o medo que se

pode ter de seres fantásticos

A Cuca Te Pega (trecho)

Dori Caymmi e Geraldo Casé

“a cuca é zangada cuidado com ela

a cuca é matreira e se fica zangada

e cuca é danada cuidado com ela”

Que tal estabelecer um elo entre a perso-

nagem descrita pela letra da canção e a perso-

nagem descrita pelo conto?

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO.

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Relação entre textos.

Habilidade (EF89LP32): Analisar os efeitos de sentido decor-rentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referên-cias, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre es-ses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minu-to, vidding, entre outros.

6. Para esteNDer esta CoNversa

Professor, para estender esta boa conver-

sa, deixamos algumas indicações de textos,

livros e recursos audiovisuais que podem enri-

quecer ainda mais o seu fazer docente, no tra-

balho com a leitura literária e, especificamen-

te, com a leitura literária da obra Imaginarium

– Monstros do Novo Mundo

• Monstros S.A.

Relançamento 8 de fevereiro de 2013 -

3D

(1h 32min)

Data de lançamento 14 de novembro de

2001 (1h 32min)

Direção: Pete Docter, David Silverman

Elenco: John Goodman, Billy Crystal, Ste-

ve Buscemi

Gêneros: Animação, Comédia

Nacionalidade: EUA

• Lendas e Mitos do Brasil – 2013 -

Theobaldo Miranda Santos. Editora IBEP

• Lendas e Mitos dos Índios - 2005

Walde-Mar de Andrade e Silva. Editora

FTD

• Thriller - Michael Jackson Compositor:

Rod Temperton

• Imaginarium – Dicionário de monstros

- Roberto Lanznaster – Editora RHJ

7. referêNCias

ADAM, Jean-Michel. A linguística textual:

introdução à análise textual dos discursos. São

Paulo: Cortez, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Na-

cional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de

Ler em Três Artigos que se completam. 29 ed.

São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção Questões de

nossa época).

PAIVA, Aparecida, PAULINO, Graça, PAS-

SOS, Marta. Literatura e leitura literária na for-

mação escolar: caderno do professor. Belo

Horizonte: Ceale, 2006.

PEREIRA, Vera Wannmacher. Predição lei-

tora e inferência. In: CAMPOS, Jorge, VANIN,

Aline (Orgs.). Inferências linguísticas nas inter-

faces. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009.

TAGLIE BER, L. K.; PEREIRA, C. M. Ativida-

des pré-leitura. Gragoatá, n. 92, p. 73-92, 1997.

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1. De Professor Para Professor:

Caro Professor,

Esta seção tem por objetivo trazer contri-

buições práticas para as aulas de Língua Portu-

guesa e Literatura em que você, professor, for

abordar a obra literária Imaginarium – Mons-

tros do Novo Mundo com estudantes das sé-

ries iniciais do Ensino Fundamental. Portanto,

trazemos aqui sugestões práticas das propos-

tas de atividades feitas na seção 1 deste ma-

nual.

Na sala de aula, é você, professor, que de-

sempenha o importante papel de mediador da

leitura realizada pelos estudantes. Pelas suas

mãos passa a escolha do livro literário que será

lido e pelas suas mãos a prática de leitura é

conduzida. E paira a questão: mas, como fazer

esta escolha de modo mais acertado? Qual é a

melhor forma de realizar esta mediação?

Professor, não há uma receita pronta, mas

há sugestões de práticas que tiveram êxito e

estudos que apontam caminhos possíveis. Por

exemplo, antes de escolher o livro literário para

ser lido pelos estudantes, converse com eles,

procure conhecer um pouco seus comporta-

mentos, crenças, preconceitos, preferências,

etc.; faça uma sondagem sobre os autores e

o gêneros textuais e literários preferidos pelos

educandos. Com essas informações, Aguiar

(2001, p. 152) recomenda que o docente pen-

se em “temas e estratégias de trabalho que

partam da realidade dos alunos”.

AbORDAGEM DA PRé-LEITURA

E PóS-LEITURA DA ObRA cOM OS

ESTUDANTES2É importante também que o texto literário

seja compreendido como uma produção ar-

tística. Então, crie condições para que os estu-

dantes apreciem esta obra de arte e para que

se sintam em interação com ela. Essa intera-

ção do estudante-leitor com a obra literária vai

oportunizar uma vivência que inclui, além de

seu interesse intelectual, seu lado emocional:

sua imaginação, desejos, medos, admirações.

Quando estamos lidando com texto literário,

com leitura literária, alcançar a dimensão esté-

tica é essencial.

Prof.a Renata Amaral Rocha

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2. Como DeseNvolver a Pré-leitUra Do livro ImagInarIum – monstros do novo mundo Com os estUDaNtes?

Professor, como sabemos, não há uma re-

ceita para se trabalhar a leitura literária em sala

de aula, com nossos alunos. Somos pessoas,

lidamos com pessoas, por isso, muitas são as

variáveis que influenciam no processo de ensi-

no e aprendizagem. Entretanto, algumas prá-

ticas e estratégias podem fazer a diferença na

sua ação pedagógica com o livro literário.

2.1. DesPertaNDo a Paixão Dos alUNos(as )Pela obra ImagInarIum – monstros do novo mundo

Professor, antes de dar início aos traba-

lhos com o livro Imaginarium – Monstros do

Novo Mundo, leia-o. Vivencie na sua pele a ex-

periência da leitura literária. Apaixone-se pela

obra. No curso de sua leitura, deixe a obra em

evidência, durante suas aulas. Em algum mo-

mento propício, comente com a turma que

você está lendo um livro muito interessante:

contos que despertam a imaginação; história

de monstros que vivem em um “mundo novo”

cheio de mistérios, de muito perigo e de muita

magia.

ATIVIDADE 1:

Vamos despertar a paixão dos estudantes

pela obra: basta que os nossos estudantes sai-

bam que há todo um mistério, que monstros

foram criados e que a imaginação é a chave

para viver as aventuras das obra. Leia este tre-

cho para a turma:

“Mais de dois mil povos, cada qual com

costumes e dialetos próprios. Três sofisti-

cadas civilizações o dominavam...” (Página

9) “Muitos que encontraram o EK Chapat

perderam as vidas devido a uma carac-

terística peculiar do monstro: ele dorme

de olhos abertos e os mantém fechados

quando está acordado.” (Página 22).

a. Pergunte aos alunos se também já

conviveram com monstros em sua

infância. Monstros que ficavam de-

baixo da cama, dentro do armário,

quando a luz da casa se apagava ou

quando ouviam algum barulho. Po-

dem também ter ouvido histórias de

monstros contados por seus pais,

seus irmãos, seus primos, seus avós,

entre outros. Resposta pessoal.

b. O autor da obra nos remete a um

mundo ligado ao imaginário. Obser-

ve as ilustrações da capa da obra. De

que maneira as gravuras contribuem

para que a nossa imaginação ganhe

“asas”? Resposta pessoal.

c. Quando Roberto Lanznaster nos

fala sobre “monstros do novo mun-

do”, a que você acha que ele se re-

fere? Monstros humanos? Monstros

animais? Monstros meio humanos

e meio animais? Que “mundo novo”

seria esse? Algo que acabou de ser

construído? Ou novo porque traz no-

vidades? Professor, o “Mundo Novo”

ao qual nos referimos diz respeito às

descobertas de Colombo.

d. De que forma as cores da capa con-

tribuem para o clima de mistério cria-

do pelo autor? Elas são fortes? Fra-

cas? São usadas muitas ou poucas

cores? Espera-se que os estudantes

percebam que as cores fortes são um

convite bastante chamativo para a

leitura da obra, que elas nos hipno-

tizam, nos deixam curiosos, pois se

destacam nos desenhos criados.

e. Considerando a localização do títu-

lo do livro na capa, você é capaz de

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notar que ele está na boca escanca-

rada de uma criatura gigantesca que

ocupa toda a capa? Por que será que

essa posição é tão importante para

que se entendam os monstros apre-

sentados pela obra? Os monstros são

devoradores, são perigosos e podem

matar com muita facilidade, usando

os poderes que possuem.

Professor, é fundamental que a capa da

obra seja explorada em todas as suas possibi-

lidades. A chama da paixão pela obra pode se

acender, neste contexto, com uma pitada de

curiosidade.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Procedimentos de apoio à compreensão.

Tomada de nota.

Habilidades: (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recor-tes e questões definidos previamente, usando fontes indica-das e abertas.

(EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.

2.2. ProvaNDo a CUriosiDaDe Dos alUNos Pelo livro ImagInarIum – monstros do novo mundo

Despertada a paixão, provoque a curiosidade dos estudantes pela

obra. Para tanto, sugerimos algumas atividades que você pode desen-

volver interdisciplinarmente, em parceria com os professores de Histó-

ria e de Geografia.

Professor, estas perguntas podem ser o início de uma boa provo-

cação:

ATIVIDADE 1:

a. Quem são os povos que habitaram a América antes da chega-

da dos europeus?

b. Como eles viviam?

c. Quem saberia contar um pouco da história?

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nessas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C.

O povo asteca, povo guerreiro, habitou a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundou, no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. A sociedade era hierarquizada e coman-dada por um imperador, chefe do exército.

Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram, no século XIII, a capital do império: a cidade sagrada de

Cusco.

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2.3. ativaNDo os CoNheCimeNtos Prévios Dos estUDaNtes sobre a temátiCa Do livro ImagInarIum – monstros do novo mundo

Professor, para ativar os conhecimentos

prévios dos estudantes, nada melhor do que

começar com perguntas e uma escuta atenta

às respostas dadas. Continue desenvolvendo

um trabalho interdisciplinar, em parceria com

os professores de História e de Geografia.

ATIVIDADE 1

a. Quem foi Cristóvão Colombo? O que

vocês saberiam me dizer sobre ele?

b. Que povos teria encontrado na Amé-

rica quando aqui chegou?

Professor: Segue uma pesquisa resumida:

Cristóvão Colombo, cartógrafo e navegador,

foi o primeiro europeu a chegar às Américas,

no dia 12 de outubro de 1492. Ele encontrou

as civilizações Inca, Maia e Asteca. Sua origem

ainda é discutida pelos historiadores.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Procedimentos de apoio à compreensão.

Tomada de nota.

Habilidades: (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na par-ticipação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situa-ções de aulas, apresentação oral, seminário etc.

Habilidade: (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Relação entre textos; estratégias de leitura; apreciação e réplica.

Habilidades: (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recor-tes e questões definidos previamente, usando fontes indica-das e abertas.

(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto do conhecimento: Curadoria de informação.

Habilidade: (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas.

Professor, procure fazer um levantamento

das informações que os alunos trazem sobre

os assunto. Faça uma seleção e uma análise

crítica com os estudantes sobre a formação

dessas cidades e o que ficou para os descen-

dentes desses povos. Leve-os a pesquisar, a se

informar, de maneira informal, sobre esse as-

sunto.

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ATIVIDADE 2

Você já sabe que Cristóvão Colombo des-

cobriu um novo mundo quando chegou à

América. Ele foi o primeiro europeu a chegar

às terras do continente americano, chama-

do de Novo Mundo, em 1492. Vamos avançar

mais um pouco neste assunto.

a) Procure descobrir que influências o

nome Colombo teve nas Américas.

Professor, o nome de Colombo foi inspi-

ração para a criação do nome de um país, Co-

lômbia, e duas regiões da América do Norte,

Colúmbia Britânica, no Canadá, e o Distrito de

Colúmbia, nos Estados Unidos.

b) Cristóvão Colombo fez uma importante

comprovação sobre o nosso planeta. Qual se-

ria essa comprovação?

Professor, Cristóvão Colombo foi o pri-

meiro homem a comprovar que o mundo era

realmente redondo.

c) Quanto tempo, após Colombo, as terras

brasileiras formam avistadas pelos portugue-

ses? Quem as avistou?

Professor, oito anos depois da descober-

ta de Colombo, Pedro Álvares Cabral avistou

as terras pertencentes ao Brasil. Conversem

sobre isso em sala de aula. Façam os registros

que julgarem fundamentais.

Professor, ouça todas as respostas com

atenção e faça as ponderações necessárias para

compreensão adequada da turma sobre o fato

histórico. Estas referências trarão toda a funda-

mentação para as respostas a essas perguntas:

• A descoberta da América Autor: Carlos

Guilherme Mota. Editora Ática

• https://www.infoescola.com/biografias/

cristovao-colombo/

• https://www.sohistoria.com.br/biografias/

colombo/

ATIVIDADE 3

Para contextualizar ainda mais este fato

histórico tão importante, a chegada à América,

vamos assistir a este vídeo: https://www.you-

tube.com/watch?v=_vtH55ZyfNg, Acesso em:

22/JUl./18.

a) Debate e construção de uma visão crítica:

Na opinião de vocês, qual foi a reação de

Colombo e de sua esquadra quando pisaram

as terras americanas?

b) Agora é hora de sistematizar tudo que

vimos, ouvimos e discutimos. Vamos redigir

uma síntese, acompanhada de reflexões pes-

soais?

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea .

Procedimentos de apoio à compreensão.

Tomada de nota.

Habilidade (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na partici-pação em conversações e em discussões ou atividades co-letivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coe-rentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.

Habilidade(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO E LITERÁRIO

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Relação entre textos.

Habilidade: (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explíci-tas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, persona-gens e recursos literários e semióticos.

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ATIVIDADE 2:

Com o livro em mãos, peça aos estudan-

tes que observem novamente a capa do livro,

que folheiem as páginas da obra, que leiam os

elementos paratextuais, como quarta capa e

orelha, que localizem o nome da autora, do

ilustrador, da editora, e conduza-os na com-

preensão dessas informações.

Uma última palavra aos estudantes, ape-

nas:

“Não se esqueçam de recorrer ao dicioná-

rio cada vez que uma palavra nova aparecer.

Grifem as palavras e não deixem de consultar

o melhor significado para ela, de acordo com

o texto lido. Isso pode fazer toda a diferença

para que a leitura seja bem feita; para que não

haja dúvidas na compreensão da história”.

Feito isso, vamos à cereja do bolo: À LEI-

TURA da obra!

Uma ótima leitura!

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção, apreciação e réplica

Habilidade (EF69LP45) Posicionar-se criticamente em re-lação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, tea-tro, exposições, espetáculos, CDs, DVDs etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.

2.4. Promover a iNteração Do estUDaNte Com o livro ImagInarIum – monstros do novo mundo

ATIVIDADE 1

Professor, depois de despertar a paixão, a

curiosidade e ativar os conhecimentos prévios

dos estudantes, é hora de promover a interação

deles com a obra. Sugerimos que você projete a

imagem da capa do livro; do autor e ilustrador,

Roberto Lanznaster.

Converse sobre a capa e sobre quem pro-

duziu a história e a ilustrou. Depois de apresentar

a biografia e a capa, retome com a turma aquela

história do livro que você estava lendo e volte às

questões relacionadas à observação da capa.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA.

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Procedimentos de apoio à compreensão

Tomada de nota

Habilidades: (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na par-ticipação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situa-ções de aulas, apresentação oral, seminário etc.

(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entre-vistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizan-do as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros ob-jetivos em questão.

LÍNGUA PORTUGUESA

Campo Artístico e literário

Prática de linguagem: Produção de texto.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Relação entre textos.

Habilidade: (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, hu-mor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura nar-rativa

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3. Como DeseNvolver a PÓs-leitUra Do livro ImagInarIum – monstros do novo mundo

Professor, as atividades de pós-leitura concluem o ciclo de trabalho

de leitura literária com obra, naquele período, na sala de aula. Elas têm

extrema relevância no processo de formação do leitor-fruidor, perspi-

caz, proficiente, que vai adquirindo cada vez mais maturidade.

Esse trabalho de pós-leitura tem o objetivo de focalizar o tema cen-

tral do texto e seus assuntos principais, aliada ao desenvolvimento da

competência específica de número 10, de Língua Portuguesa, da área

de Linguagens, da Base Nacional Comum Curricular (2017), que diz:

Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e fer-

ramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos pro-

cessos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e

realizar diferentes projetos autorais. (BRASIL, 2018, p. 85)

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Curadoria de informação.

Habilidades: (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e com-preender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto--juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasilei-ras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em qua-drinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sone-tos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas.

(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.

(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esque-mas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações

Aí vai um convite: navegue pelo folclore

brasileiro e escreva sobre os seus “monstros” e

qual é o papel dessas entidades para a prote-

ção da nossa flora e da nossa fauna.

Professor, crie um roteiro de pesquisa e

inclua nele curiosidades sobre os “seres má-

gicos” de nosso folclore. Além disso, aponte

para pesquisas sobre Cristóvão Colombo e os

seres do mundo que ele encontrou quando

chegou à América.

Portanto, as atividades de pós-leitura têm

dois focos principais: criar condições para que

os estudantes ampliem seus conhecimentos e

para que façam usufruto do texto lido.

3.1. aborDaGem Dos asPeCtos literários

Professor, depois que os estudantes tive-

rem lido a obra, focalize alguns aspectos literá-

rios e converse com a turma sobre eles.

ATIVIDADE 1:

Os monstros citados pelo autor fazem par-

te de determinadas culturas. Releia estes tre-

chos:

“Os Astecas acreditavam que os guer-

reiros mortos em batalhas seriam recom-

pensados pelos deuses...” (página 30). “As

grandes civilizações do Novo Mundo com-

partilhavam a mesma crença fundamental:

a de que os deuses criaram o ser humano

a partir do seu próprio sangue divino.” (pá-

gina 46).

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LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO E LITERÁRIO

Prática de linguagem: Estratégias de leitura.

Apreciação e réplica.

Objeto de conhecimento: Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos.

Habilidades: (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explíci-tas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, persona-gens e recursos literários e semióticos

(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – se-lecionando procedimentos e estratégias de leitura adequa-dos a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mi-tos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, man-gás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Leitura.

Objeto de conhecimento: Curadoria de informação.

Habilidades: (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e com-preender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto--juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasilei-ras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em qua-drinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sone-tos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, entre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas.

(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.

(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esque-mas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações

ATIVIDADE 3

a) De onde essas criaturas vieram? Qual a origem dos nomes e de

suas formas? Que poderes possuíam?

b) É claro que você já estudou as culturas Maia, Inca e Asteca.

Escreva o que você se lembra sobre o estudo que já fez. Você pode

pesquisar para ajudar a memória.

A pesquisa, mesmo que no campo do livro literário, é algo fun-

damental nas atividades que envolvam alunos do 6º e do 7º ano. Ela

permite que a turma saia da leitura linear e previsível. Todas as infor-

mações que se referem a essa pesquisa constam no livro Imaginarium

– Monstros do Novo Mundo, em cada descrição dos seres fantásticos.

ATIVIDADE 2

Como foram construídos os seres mági-

cos descritos pela obra?

Professor, um trabalho em grupo, em que

os “monstros” fossem divididos entre os alu-

nos e seus grupos, seria interessante, para que

todos pudessem, além de ler, praticar as habi-

lidades de oralidade por meio da apresentação

de cada monstro.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Leitura

Objeto de conhecimento: Curadoria de informação

Habilidades: (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recor-tes e questões definidos previamente, usando fontes indica-das e abertas.

(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.

(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esque-mas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações

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LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO E LITERÁRIO

Prática de linguagem: Construção de textos.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Relação entre textos.

Habilidades: (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, hu-mor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realis-tas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregan-do conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.

(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos vi-suais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as rela-ções entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros.

3.2. aborDaGem Dos asPeCtos liNGUÍstiCos

Professor, neste momento, focalizamos

alguns elementos linguísticos que são inte-

ressantes na obra Imaginarium – Monstros do

Novo Mundo.

Para abordarmos os aspectos linguísticos,

vamos focalizar o processo de compreensão

da leitura literária, em sala de aula, o que pres-

supõe adotarmos como objetivo pedagógico

o desenvolvimento do processo cognitivo de

leitura. Para tanto, a organização linguística

do texto ganha um espaço especial no nos-

so trabalho (cf. ADAM, 2008). Nessa dimensão,

a compreensão da leitura se efetiva por meio

da consciência do leitor sobre a linguagem. E

aqui entra o importante papel do professor, no

uso de procedimentos e estratégias eficientes,

em sua ação pedagógica, para conduzir os es-

tudantes no seu processo de leitura.

O primeiro passo é compreender que a

literatura é uma manifestação linguística e,

como tal, a organização linguística textual é

de sua importância para construção da lite-

rariedade do texto literário, conforme Pereira

(2009).

Ao enxergarmos dessa forma, a análise dos

elementos linguísticos marcadores dos planos

que constituem a língua, no texto literário,

pode ganhar um espaço especial. Assim, para

a realização de inferências de elementos da li-

terariedade do texto é preciso explorar o plano

fônico (sonoridade e ritmo), o plano mórfico

(estrutura vocabular e uso de categorias gra-

maticais), o plano sintático (funções sintáticas

e elementos coesivos gramaticais), o plano se-

mântico (significados dos vocábulos, polisse-

mia, elementos coesivos lexicais e coerência)

e o plano pragmático (relações entre o texto e

as situações de uso), conforme Pereira (2009).

Esses elementos estão presentes em diver-

sos textos, e a predominância de algum deles

marca determinada manifestação textual, por

exemplo, os poemas têm o plano fônico pre-

dominante, na maioria das vezes.

Na obra Imaginarium – Monstros do Novo

Mundo, a riqueza dos aspectos linguísticos

pode se fazer presente em atividades como as

que são sugeridas a seguir:

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LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Prática de linguagem: Oralidade.

Objeto de conhecimento: Conversação espontânea.

Procedimentos de apoio à compreensão.

Tomada de nota.

Habilidades: (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explíci-tas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, persona-gens e recursos literários e semióticos.

(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – se-lecionando procedimentos e estratégias de leitura adequa-dos a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mi-tos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, man-gás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

ATIVIDADE 2

cONTO: “UKTENA – A fera do coração de

cristal”

“O nascimento de uma criança cega é ce-

lebrado com alegria na tribo Cherokee”. No

contexto desse conto, que significado pode ter

celebrar o nascimento de uma criança cega”?

Em que contexto da obra o uso desse termo se

faz importante?

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe.

Habilidade (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conheci-mentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concor-dância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.

ATIVIDADE 3

cONTO: “OGOPOGO”

• Leia os trechos abaixo retirados desse conto.“Caso o animal faminto apareça, não se

desespere. Jogue uma oferenda (um peru

e duas galinhas são suficientes).

“Isso ajudará na proteção e servirá como

camuflagem (os moradores das margens,

que conhecem o ‘flagelo dos lago’ podem

indicar a cor exata.”

O uso dos sinais de pontuação é funda-

mental para expressarmos o que desejamos de

forma clara. Por que os parênteses, nas ora-

ções acima, são tão importante recurso ex-

pressivo para a compreensão do texto?

ATIVIDADE 1

cONTOS: “VUcUb cAQUIX – A ave das plu-

mas de ouro”

“YAHUI – O Dragão de Lava”

Divididos em grupos, solicite os educan-

dos que pesquisem em dicionários e/ou enci-

clopédias o significado dos seguintes verbetes:

antropomórfico, arrogante, areia movediça

emplumada, forjar, incandescentes. Depois, os

estudantes devem ser incentivados a criar um

mural único, na sala de aula, onde serão ex-

postos os verbetes e seus significados.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Fono-ortografia.

Léxico/morfologia.

Habilidades: (EF67LP32) Escrever palavras com correção or-tográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.

(EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.

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ATIVIDADE 4

CONTO: “MISHIPESHU – A pantera suba-

quática”

Leia com atenção:

“As árvores da Amazônia ocultam a Cidade

de Ouro, e as brumas dos Andes envolvem

a montanha de prata”

• A personificação é uma figura usada para

se descrever ‘as árvores da Amazônia’ e ‘as

brumas dos Andes’. Explique como esse

recurso ocorre no trecho e como o mes-

mo recurso pode ajudar você na constru-

ção de outros textos.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Práticas de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Figura de linguagem.

Habilidade (EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como comparação, metáfora, me-tonímia, personificação, hipérbole, entre outras.

LÍNGUA PORTUGUESA

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Prática de linguagem: Análise linguística/semiótica.

Objeto de conhecimento: Figura de linguagem.

Habilidade (EF67LP38) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como comparação, metáfora, me-tonímia, personificação, hipérbole, dentre outras.

ATIVIDADE 5

cONTO: “GUIRIVILU – A ameaça das lagoas”

• Leia a afirmação abaixo:

É possível afirmar que nesse conto há uma

analogia entre o Guirivilu e o mito de Sansão.

Você concorda com a afirmação acima?

Justifique tua resposta.

3.3. aborDaGem Dos asPeCtos extraliNGUÍstiCos

Professor, para finalizar, sugerimos abordar

o tema central dos contos da obra (a fantasia,

o folclore ligado às cultura pré-colombiana) e

propor adaptações para uma encenação para

toda a escola. Também consideramos muito

relevante a criação de outras existências para

o texto. Acreditamos que a escrita de textos

com tipologia narrativa/descritiva seja adequa-

da para os debates que se instalaram sobre a

obra.

Na obra Imaginarium – Monstros do Novo

Mundo, podemos abordar de forma muito rica

os aspectos extralinguísticos, como a seguir:

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ATIVIDADE 3

Que tal criar um portfólio em que sejam

representadas as cinco regiões brasileiras com

suas características ? O folclore de cada região

apresenta seres mágicos que lhe são específi-

cos. Apresente esses seres e coloque os álbuns

para exposição em um lugar visível da escola,

assim você contribui para que todos os alunos

e todas as alunas possam conhecer um pouco

mais da tradição folclórica brasileira.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO JORNALÍSTICO E MIDIÁTICO

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de conhecimento: Textualização de textos argumen-tativos e apreciativos.

Habilidade (EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e pod-casts variados, e textos e vídeos de apresentação e aprecia-ção próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circu-lação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, vi-deoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca de in-formação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a pas-so do game para posterior gravação dos vídeos.

ATIVDADE 2

CONTO: “Boitatá”

• A oralidade foi elemento importantíssimo

na tradição folclórica. De pais para filhos, as his-

tórias, os mitos e as lendas eram repassados.

Os estudantes sempre trazem histórias de

família que são passadas de geração a gera-

ção. Então, oriente-os a procurar um adulto

ou idoso de sua família para que essa pessoa

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSTICO E LITERÁRIO

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Relação entre textos.

Habilidade (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, hu-mor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realis-tas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregan-do conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO ARTÍSITICO E LITERÁRIO

Prática de linguagem: Produção de textos.

Objeto de conhecimento: Construção da textualidade.

Relação entre textos.

Habilidade: (EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, hu-mor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realis-tas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregan-do conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.

ATIVIDADE 1

CONTO: “DZULÚM – A fera solitária”

• Releia o final do conto:

“Ele exala um aroma adocicado, irre-

sistível para as moças, e as hipnotiza com

esse perfume, atraindo-as até as profunde-

zas impenetráveis da mata, onde fica seu

covil. Se as devora ou as mantém como

companhia, ninguém soube responder. A

única certeza que tive é de que a jovem

nunca mais voltaria.”

Ficamos curiosos acerca da continuidade

da história. O que poderia acontecer, caso al-

guma mulher jovem descobrisse o segredo de

como matar o monstro?

Imagine-se personagem e dê continuida-

de ao texto.

possa lhe contar uma a história de uma lenda

brasileira. Depois, o estudante recontará essa

história para a classe. Algumas das histórias

podem ser escolhidas para uma escrita coleti-

va, compartilhada.

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ATIVIDADE 4

Você prestou atenção em como os mons-

tros são apresentados pelo autor? Ele usa a

ordem alfabética para enumerar os monstros

do novo mundo. Temos alguns desafios para

você:

• Use a ordem alfabética para apresen-

tar monstros que você vai criar. Esses

monstros devem ter um nome, devem

ser descritos em suas peculiaridades e

você precisa criar um meio de mostrar

como é possível vencê-los? Que tal

montar um mural onde você apresen-

te as criações para toda a escola? Seria

interessante que no mural houvesse

monstros variados criados por todos

da turma.

• Vamos criar um jogo da memória com

duas cartas: os monstros desenhados

em um monte de cartas e as suas ca-

racterísticas, resumidas, descritas em

outro monte? Seria fantástico desco-

brir se todos conhecem mesmo os

monstros descritos por Roberto Lanz-

naster. Os professores de História e de

Geografia podem ajudar você.

LÍNGUA PORTUGUESA

CAMPO JORNALÍSTICO E MIDIÁTICO

Prática de linguagem: Produção de textos

Objeto de conhecimento: Textualização de textos argumen-tativos e apreciativos

Habilidade (EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e pod-casts variados, e textos e vídeos de apresentação e aprecia-ção próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circu-lação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, vi-deoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca de in-formação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a pas-so do game para posterior gravação dos vídeos.

4. referêNCias

ADAM, Jean-Michel. A linguística textual:

introdução à análise textual dos discursos. São

Paulo: Cortez, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Na-

cional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de

ler em três artigos que se completam. 29 ed.

São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção Questões de

nossa época).

PAIVA, Aparecida; PAULINO, Graça; PAS-

SOS, Marta. Literatura e leitura literária na for-

mação escolar: caderno do professor. Belo

Horizonte: Ceale, 2006.

PEREIRA, Vera Wannmacher. Predição lei-

tora e inferência. In: CAMPOS, Jorge, VANIN,

Aline (Orgs.). Inferências linguísticas nas inter-

faces. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009.

TAGLIE BER, L. K.; PEREIRA, C. M. Ativida-

des pré-leitura. Gragoatá, n. 92, p. 73-92, 1997.

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1. De Professor Para Professor:

Caro Professor,

Essa seção tem por objetivo trazer con-

tribuições para que você, professor, possa

desenvolver uma abordagem interdisciplinar

da obra literária Imaginarium – Monstros do

Novo Mundo com seus alunos e alunas das

séries iniciais do Ensino Fundamental, em sala

de aula (e além!).

Vamos pensar um pouco sobre leitura li-

terária e sobre a relação dela com outras dis-

ciplinas e/ou áreas de conhecimento. Ler lite-

ratura é ler o mundo através de uma lente que

amplifica o olhar, uma vez que trata de regis-

tros de experiência humana que proporciona

o acesso a outras vivências. Essa compreen-

são nos permite adotar a arte literária como

um rico e poderoso objeto no contexto da

interdisciplinaridade, a qual possibilita estabe-

lecer diálogos com diversos campos de saber

e compreender as conexões e complexidades

das relações inteligíveis.

Nesta perspectiva, ao planejar o trabalho

pedagógico de uma obra literária, devemos

construir, de modo intencional e significativo,

articulações entre as orientações, competên-

cias e habilidades das diferentes unidades te-

máticas, objetos do conhecimento nas diver-

sas áreas, conforme a BNCC (2017).

Abrir-se para a abordagem de um traba-

lho interdisciplinar, professor, é o mesmo que

apostar em um planejamento dinâmico, inte-

grador e coletivo. Sabemos das dificuldades,

no contexto da escola, de se organizar para

essa coletividade, tanto para integrar as dife-

AbORDAGEM INTERDIScIPLINAR DA

ObRA LITERáRIA EM SALA DE AULA3

rentes competências e habilidades como para

efetivar o trabalho dentro de uma metodologia

sistêmica, em que os objetos se articulam e se

complementam, construindo sentido. No en-

tanto, como enfatiza a BNCC (2017), é preciso

“decidir sobre formas de organização interdis-

ciplinar dos componentes curriculares e forta-

lecer a competência pedagógica das equipes

escolares para adotar estratégias mais dinâ-

micas, interativas e colaborativas em relação à

gestão do ensino e da aprendizagem” (BRASIL,

2017, p. 16).

Prof.a Renata Amaral Rocha

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2. iNterDisCiPliNariDaDe Na sala De aUla

Professor, as discussões sobre o trabalho

coletivo, entre os grupos de professores, a par-

tir da temática e elementos de uma obra lite-

rária, atende à proposta metodológica eviden-

ciada nos últimos documentos que norteiam a

educação no Brasil, como a Lei de Diretrizes e

Base, os Parâmetros Curriculares da Educação

Nacional e a Base Nacional Comum Curricular.

O conceito de interdisciplinaridade surgiu

na década de 1960, para acatar as demandas

que não encontravam resposta por uma úni-

ca disciplina ou saber. Trata-se, portanto, de

um trabalho em conjunto, que parte de uma

questão, objeto de conhecimento ou, confor-

me a intenção deste Manual, da leitura do livro

literário, que faça advir discussões, questiona-

mentos e reflexões em cada campo de saber.

A interdisciplinaridade não se constitui

como uma soma fragmentada de diferentes

atividades nas diferentes áreas de conheci-

mento. É resultado da integração dos saberes

em um trabalho coletivo, que se desenvolve a

partir de um tema, estabelecendo conexões

nas intervenções propostas.

Em momentos coletivos de planejamento

pedagógico, os professores de cada compo-

nente curricular constroem as orientações e

formulações das atividades interdisciplinares, de

forma a criar uma rede articulada entre as diver-

sas áreas do conhecimento prevista para o pro-

cesso de ensino-aprendizagem na educação

escolar. Essa abordagem interdisciplinar está

em consonância com a BNCC(2017), quando

“propõe a superação da fragmentação radical-

mente disciplinar do conhecimento, o estímulo

à sua aplicação na vida real, a importância do

contexto para dar sentido ao que se aprende e

o protagonismo do estudante em sua aprendi-

zagem e na construção de seu projeto de vida”.

Neste sentido, você, professor, deve deixar

a transversalidade fluir nas inquietações, refle-

xões e entendimentos suscitados a partir da lei-

tura. É de suma importancia que cada um con-

tribua positivamente para a prática pedagógica,

provocando momentos de discussões e cons-

tante diálogo com outros campos do saber es-

colar, com vistas ao desenvolvimento de com-

petências, habilidades e ações transformadoras

no percurso de vida dos educandos.

2.1. Um olhar iNterDisCiPliNar sobre a obra ImagInarIum – monstros do novo mundo

Professor, nessa seção, pretendemos, com

base em um mergulho na obra Imaginarium –

Monstros do Novo Mundo, do autor e ilustra-

dor Roberto Lanznaster, identificar elementos

com potencial para inspirar o planejamento de

atividades didáticas interdisciplinares articula-

das à temática do livro, às vivências dos edu-

candos e aos elementos pesquisados, dentro

de uma proposta reflexiva e integradora.

Nesta abordagem interdisciplinar, vamos

focalizar o tema central dos contos da obra

Imaginarium – Monstros do Novo Mundo: a

fantasia, o folclore ligado às cultura pré-co-

lombiana e propor a criação de uma fanfic-

tion, ou seja, a criação de uma obra de ficção

baseada nas personagens e contexto da obra

lida, original. Para tanto, os estudantes precisa-

rão ficar ainda mais atentos aos aspectos his-

tóricos, geográficos, linguísticos, entre outros,

que estão presentes em cada uma das narrati-

vas dos monstros, mostrando aspectos diver-

sos da cultura dos povos pré-colombianos.

Ao considerarmos a temática da obra, es-

tamos adotando, como fio condutor do pro-

jeto interdisciplinar, o desenvolvimento dessa

competência específica de linguagens no En-

sino Fundamental:

29

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Compreender as linguagens como cons-

trução humana, histórica, social e cultural,

de natureza dinâmica, reconhecendo-as e

valorizando-as como formas de significa-

ção da realidade e expressão de subjetivi-

dades. (BRASIL, 2017, p.63).

Neste contexto, ressaltam-se os conceitos

de Antiguidade Clássica, considerando-se o

seu alcance e limite na tradição ocidental, as-

sim como os impactos sobre outras socieda-

des e culturas, tanto a cultura material quanto

a imaterial, que apontam permanências e rup-

turas.

2.1.1. PreParação Para o trabalho

iNterDisCiPliNar

Professor, como norte de um trabalho in-

terdisciplinar com a obra literária Imaginarium

– Monstros do Novo Mundo, sugerimos a ela-

boração de uma fanfiction dessa obra. E até

a publicação desta releitura da obra, por que

não? Você pode pensar em uma fanfiction

para a turma ou em várias fanfictions, dividindo

a turma em grupos.

Você sabe exatamente o que é uma fan-

fiction?

Fanfiction, fanfic ou fic é a denominação

de uma obra de ficção criada com base em

personagens e/ou universos já existentes, ou

seja, que tem como origem livros e filmes ou

até fatos da vida real. A criação de fanfictions

constitui-se como uma ferramenta didática

interessante para desenvolver habilidades liga-

das à leitura e à escrita, na escola, tendo como

pano de fundo a história do livro literário que

os estudantes acabaram de ler. Qual é a mo-

tivação? Muito simples, mas instigante: poder

viver prolongadamente em um mundo que se

gosta! Escrever fanfics é ótimo, é divertido, é

motivador. Além disso, é um trabalho que

pode ser desenvolvido coletivamente, arti-

culando várias áreas do saber.

Para tanto, é necessário planejamento das

atividades, com a participação dos professo-

res envolvidos, com momentos para levantar

os pontos de conexão entre os saberes para o

desenvolvimento do projeto. Várias atividades

podem contribuir para que estes pontos de

interlocução sejam identificados e articulados.

Listamos algumas possibilidades de atividades

que o grupo de professores pode realizar para

organizar e afinar todo o trabalho.

• Roda de conversa com os professores

sobre a leitura do livro Imaginarium,

para que comentem sobre a temáti-

ca do livro, conteúdos e questões que

perpassam os objetos de Ensino Re-

ligioso conhecimentos das áreas de

Linguagem, Matemática, Ciências Hu-

manas, Ciências da Natureza e Ensino

Religioso.

• Pesquisa sobre as civilizações Asteca,

Maia e Inca, e catalogação das infor-

mações, focando a área ou o compo-

nente curricular.

• Pesquisas sobre a fantasia e o folclore

ligados às cultura pré-colombiana, ex-

ploração desse contexto.

• Análise de mapas das Américas e as-

pectos geográficos, históricos.

• Exploração dos aspectos da língua

portuguesa, recursos literários e voca-

bulário da obra.

• Listagem de diferentes fontes de in-

formações como indicação de site, e-

-zines, blogs que focam a temática do

livro: povos pré-colombianos, bestiá-

rios e mitos.

• Listagem de diversos tipos de gêneros

digitais, fontes de compartilhamentos

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de informações e registros, redes so-

ciais da atualidade e discussão sobre os

tipos de textos e linguagem utilizados

em cada um deles.

• Leitura de fanfictions e análise da sua

construção textual e digital.

• Identificação dos tipos de ferramentas

digitais que podem ser usadas para pu-

blicação de fanfiction.

• Produção, avaliação e utilização de

tecnologias digitais de informação e

comunicação de modo crítico, ético e

responsável, compreendendo seus sig-

nificados para os diferentes grupos ou

estratos sociais.

• Montagem de um cartaz ou um quadro

para socializar as informações discuti-

das em grupo.

Professor, são muitas as possibilidades e

necessidades de informação para o desenvol-

vimento do trabalho interdisciplinar, pois saí-

mos da nossa “zona de conforto”. O grupo de

professores deve escolher as atividades que

forem mais relevantes para o grupo, de acordo

com a necessidade do próprio grupo.

É muito trabalho, mas é muito produtivo!

2.1.2. Divisão de tarefas

Professor, para construção de uma fanfic-

tion, são muitas as tarefas. Há atividades para

todos os tipos e gostos!

Para criar a fanfiction com da turma, de-

pois de ler o livro Imaginarium – Monstros do

Novo Mundo, estes passos são fundamentais.

1. Escolha do tipo de relação dos estu-

dantes com a obra original.

Fanfics podem ter diversas abordagens

em relação à obra original, de acordo com o

tipo de “lacuna” que os estudantes decidirem

preencher. É ideal que se tome esta decisão

pensando no modelo de fanfic que a turma irá

construir. Estes são os formatos mais comuns:

• Continuação: história que se passa

após os eventos canônicos, normal-

mente, assume um estilo semelhante

ao do original.

• Side story: história que se passa simul-

taneamente aos eventos canônicos,

mas não faz parte da obra original.

• Spin-off: mesmo mundo e persona-

gens, mas tendo, como protagonista,

um dos coadjuvantes da história origi-

nal.

• Divergência: história em que o au-

tor muda um elemento importante da

obra original e mostra o que acontece-

ria nesse cenário; é o modelo clássico.

• Universo alternativo: história em que

as personagens vivem em um universo

diferente.

• Mesmo cenário, outras persona-

gens: história que se passa no mundo

criado pelo autor da obra original, mas

que tem as personagens criadas pelo

autor da fanfic .

2. Escolha o gênero da fanfic.

As fanfics têm seus gêneros específicos.

Os mais populares e adequados ao Ensino

Fundamental são:

• Mais do mesmo: são as fanfics que se-

guem exatamente o mesmo estilo e

gênero da história original.

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• Romance: são as fanfics voltadas para

um casal específico, o desenvolvimen-

to de sua relação.

• Angst: são fanfics que criam imagens

de dor e sofrimento.

• Songfic: são as fanfics que vêm acom-

panhadas pela letra de uma canção,

que não só atua como trilha sonora,

como também complementa a temá-

tica da história e pode até refletir os

pensamentos da personagem.

3. Escolha o estilo da sua fanfic.

É importante você saber bem que tipo de

texto está escrevendo antes de publicar. Os

leitores de fanfic gostam de ser bem informa-

dos antes de começarem uma nova leitura.

Estes são alguns dos estilos predominan-

tes em fanfics:

• Canon: o mais semelhante possível ao

original.

• Dark: fanfics pesadas, que apresentam

uma visão um pouco mais pessimista

do mundo

• Fluff: fanfics leves e bonitas, nas quais

as personagens têm todo o direito de

serem felizes e bem românticas.

• Humor negro: fanfics que combinam

uma perspectiva “dark” com um bom

senso de humor.

• Drama: fanfics bem emotivas e dramá-

ticas, que apresentam muita tragédia e

lágrimas

• Equilibrado: fanfics que unem bem os

momentos tristes e os felizes, e que

apresentam desafios para se superar,

com grande recompensa.

4. Evite problemas comuns em fanfics.

• Criação de personagens muito perfei-

tinhas.

• Criação de personagens totalmente in-

fiéis ao original.

• Falta de articulação entre o título, a si-

nopse e as tags da fanfic.

• Não escrever a fanfic até o fim.

• Não ter uma beta-reader, ou seja, um

revisor para seu texto.

5. Formatação da fanfics.

A fanfic tem um formato digital e, portan-

to, pressupõe o uso de ferramentas digitais.

Use uma ferramenta de publicação digital com

que você está familiarizado.

Use um editor de texto simples para a fan-

fic, mais básico.

Escolha um site de fanfics para publicação

da fanfics da turma/grupos ou desenvolva um

site para a turma publicar as suas hitórias.

Caso não seja possível o uso de tais fer-

ramentas em sua escola, crie uma fanfics em

uma versão impressão ou até de modo artesa-

nal, usando um caderno para escrever as his-

tórias.

2.1.3. Para ampliar a discussão

Professor, para ampliar essa discussão, su-

gerimos:

Livros:

MORAES, Roberto J. N. Religião de Ma-

triz Afro-Ameríndia-Umbanda: Aspecto Éticos

e Identidades. Núcleo de Direitos Humanos

e Cidadania Brasileira – Universidade Federal

do Amapá, 2009. Disponível em: https://pro-

fmoraes.files.wordpress.com/2012/02/religi-

c3a3o-de-matriz-afro-amerc3adndia-aspec-

tos-c3a9ticos-e-identidade.pdf

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RIBEIRO, Ana Elisa; NOVAIS, Ana Elisa Cos-

ta (Orgs). Letramento digital em 15 cliques,

Belo Horizonte: RHJ, 2012.

RIBEIRO, Ana Elisa. Novas Tecnologias para

ler e escrever. Belo Horizonte: RHJ, 2012.

SCHUBERT, Arlete P. A Sabedoria Amerín-

dia – uma antiga ecosofia. Trabalho de con-

clusão de curso de pós-graduação. Departa-

mento de Filosofia da Universidade Federal do

Espírito Santo. Vitória, 2001.

Sites:

Visite estes sites para ler algumas fanfics:

https://fanfiction.com.br/aulas.php, https://

fanfiction.com.br/categoria/1074/dirio_de_

um_adolescente/ e https://fanfics.com.br/,

entre outros.

Visite estes sites para saber mais detalhes

de como publicar as fanfics:

h t tp : / /www.caminhosparaoz .com.

br/2017/08/3-sites-para-voce-postar-sua-

-fanfic.html

Atlas Histórico do Brasil: As Américas an-

tes da conquista europeia. Capítulo 1. Funda-

ção Getúlio Vargas – CPDOC, 2016. Disponível

em: https://atlas.fgv.br/

Native american facts for kids: https://ki-

dzfeed.com/native-american-facts-for-kids/

Documentário:

Vídeo-documentário: Civilizações Secre-

tas: Maias, Astecas e Incas. 49min, idioma:

português. (Coprodução de Gedeon Pro-

grammes, France 5 e NHK, 2007. Exibido pela

rede Odisseia de TV. Disponível em: www.dai-

lymotion.com).

<https://www.dailymotion.com/video/

x2ab669>

Vídeos:

Mito Indígena – TV Mundi: Terceira Visão.

Entrevista com a psicóloga e pedagoga Maria

Inês do Espírito Santo.

Bloco 1: <https://www.youtube.com/

watch?v=vG9yIRj5JZ4>

Bloco 2: <https://www.youtube.com/

watch?v=FFDwKe3tHs8>

Bloco 3: <https://www.youtube.com/

watch?v=msvmr_9g-UU>

2.1.4. Projeto Interdisciplinar: Fanfiction:

“Sou fã do Imaginarium”

Professor, como já dissemos, a fanfiction é

uma ferramenta excelente para o desenvolvi-

mento de um projeto interdisciplinar, na esco-

la, pois é construída com base na articulação

de múltiplos saberes, linguagens e tecnolo-

gias. Além disso, é ancorada em um ponto de

vista que representa o que o estudante quer

dizer e que, de fato, diz a alguém, dando asas

à imaginação, com base em uma história do

livro literário lido. Trata-se de uma atividade di-

nâmica, viva e enriquecedora.

Em conjunto com a turma, os professores

envolvidos na criação da fanfiction “Sou fã do

Imaginarium” podem discutir estas questões

para dar início ao projeto com a turma. Alguns

testes podem (e devem) ser feitos e, somente

depois, a produção é iniciada.

1. O que é uma fanfiction?

Fanfiction é o nome que damos a uma obra

de ficção que é construída com base no am-

biente e nas personagens de um determinado

universo; no nosso caso, o livro Imaginarium.

Podemos escrever sobre as personagens de

que mais gostamos, dar continuidade à histó-

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Page 36: MANUAL DO PROFESSOR - RHJ Livros · 2019. 10. 2. · Caro Professor, Vamos falar sobre leitura literária, mas sob uma outra ótica: as ati-tudes do professor. Certamente, você já

ria original ou alterá-la completamente. É um

jeito divertido de expressar o seu gosto por um

livro, pois dá-se sequência à sua história.

2. Qual é o tema proposto para esta fanfic-

tion?

A fantasia, o folclore ligado às culturas

pré-colombianas, pois o objetivo é escrever

uma fanfiction do livro lido, Imaginarium. Os

estudantes podem definir subtemas que dese-

jarem.

3. Qual é a fundamentação teórica da his-

tória?

As civilizações dos Astecas, Maias e Incas;

a fantasia e o folclore ligados às culturas pré-

-colombianas; a obra Imaginarium.

4. Qual é o objetivo desta fanfiction?

Fanfics podem ter diversas abordagens em

relação à obra original, os estudantes podem

decidir qual será esta abordagem, com obje-

tivo de continuar um pouco no universo do

Imaginarium e divulgá-lo nas comunidades de

fanfic, afinal, você virou um grande fã dessa

história.

5. Quem é o público-alvo?

Sugerimos que o público tenha o mesmo

perfil da turma.

6. Qual será o nome da fanfic?

Os estudantes podem criar um nome bem

interessante, com base na sua leitura da obra

original.

7. Qual será o gênero textual e o estilo des-

ta fanfics?

8. como será a formatação on-line?

9. como atingir o público-alvo?

10. Qual a periodicidade de publicação?

11. Qual será o nosso cronograma de criação

de publicação desta fanfic?

As questões de 7 a 10 poderão ser deci-

didas desde que os estudantes conheçam a

possibilidade existente para a fanfic que vão

construir. Essa abordagem pode ser feita pelo

professor de Português. O cronograma, por

sua vez, é uma construção coletiva, combina-

do tempo e aulas específicas.

Professor, certamente, essas questões

não são esgotadas em uma única aula. Divida

as questões em blocos para discussão, testes

e/ou definições e articule esses momentos

ao seu cronograma. Este projeto pode durar

o ano inteiro, tendo o primeiro momento de

criação da fanfic e várias publicações dela!

Este é um roteiro que pode ser seguido

pelos professores e pelos(s) estudantes:

1. Explore o material original:

• Ler e reler a obra Imaginarium

• Ler a respeito do ambiente da obra de

ficção.

• Ler outras fanfics. 

2. Planejar a própria história:

• Decidir seu objetivo.

• Imaginar situações hipotéticas dentro

da obra original.

• Experimentar escrever  crossovers, ou

seja, encontro com personagens de

universos diferentes na história que

você leu.

• Pensar no nível de fidelidade à história

original.

• Escrever um esboço. 

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• Refinar o enredo. 

3. Escrever uma obra-prima, a fanfic:

• Apresentar a ação logo de início.

• Fazer referências à obra original. 

• Ser fiel às personagens. 

• Escrever todos os dias. 

• Editar o trabalho.

• Escreva com consistência. 

4. Divulgando o trabalho

• Publicar a história em um site de fan-

fics.

• Enviar o trabalho para editoras (para

uma possibilidade real de publicação

dos seus(suas) alunos.

• Conectar-se com outros escritores de

fanfic.

É importante que todos os assuntos sejam

discutidos com todos os envolvidos, professo-

res e estudantes, e que as decisões sejam con-

sensuais.

Língua Portuguesa

Professor, trabalhe com os alunos os as-

pectos textuais que envolvem a elaboração

de uma fanfic. Aborde os diversos gêneros

textuais e usos da língua, pois a fanfic é uma

ferramenta extraordinária para oportunizar a

produção textual contextualizada. Demonstrar

o caráter abrangente e variável da língua torna

os alunos mais críticos e criativos. Durante a

vigência do projeto, as aulas de Língua Portu-

guesa serão um grande laboratório.

Arte

Professor, solicite aos alunos que elejam

os responsáveis pela formatação da fanfic. É

importante destacar que estes estudantes cui-

dam dos aspectos visuais: tipo de fonte, corpo,

espaçamento, localização das fotos e outros

elementos imagéticos e sua disposição na pá-

gina.

Língua Inglesa

Professor, oriente os estudantes na elabo-

ração de uma tradução da fanfic e publique as

versões em português e inglês, ampliando as

possibilidades de leitores das histórias escritas

com base na obra Imaginarium!

ciências Humanas

Professor, sugerimos alguns conteúdos

que articulam os objetos de conhecimento

previstos na BNCC, as Ciências Humanas e o

livro “Imaginarium”, para que possam funda-

mentar a construção do texto da fanfic, explo-

rando ainda mais o universo da imaginação e

das ciências:

• Descoberta das Américas.

• Conquista Espanhola.

• Povos e civilizações pré-colombianas:

Maias, Incas, Astecas, Choctaw, Che-

rokee, Sioux, Chiapanecas, Chimús,

Inuítes, Tupi-Guaraní, Icamiabas, Doka-

puaras. Tribos indígenas amazônicas na

época do descobrimento do Brasil.

• Cidades reais citadas no livro: Chan-

-Chan, Tenochtitlán, Palenque, Chi-

chén-Itza, Cidade do México, Bogotá

(antiga Santa Fé), Chalula.

• Registros culturais e religiosos dos po-

vos ameríndios, propiciando o desen-

volvimento de ideias acerca da diversi-

dade cultural e religiosa.

• Vocabulário de origem pré-colombina.

• Impacto da conquista europeia da

América para a população ameríndia.

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• Línguas dos povos das Américas Qui-

ché (a língua dos Maias), Nauátle (o

dialeto dos Astecas) e quéchua (o idio-

ma dos Incas), Tupi-Guarani. (América

do sul)

• Minerais das Américas (ouro, prata,

cobre, turquesa, jade, obsidiana, etc.)-

Vulcões das Américas. - Montanhas das

Américas. - Desertos. - Rios.- Florestas

• Diferentes regiões das Américas. Mapas

das Américas.

• Locais, países e regiões reais citados no

livro: Cordilheira dos Andes, Lago Titi-

caca, Serra de Chiapas, Floresta Ama-

zônica, Rio Amazonas, Flórida, Bogotá,

Rio Negro, México, Peru, Península de

Yucatán, Canadá, Arizona, Califórnia,

Colorado, Nevada, Novo México, Utah,

Costa Rica, Cerro Rico, Região dos

Grandes Lagos (Michigan, Ontário, Hu-

ron, Erie e Superior - Canadá e EUA),

Ilha de Michipicoten, Rio Mississipi,

Louisiana, Grandes Pradarias America-

nas, Lago Okanagan, Lago Manitoba,

Lago Sincoe, Colúmbia Britânica, Mon-

tes Apalaches, Monte Katahdin, Maine,

Oceano Pacífico, Oceano Atlântico,

Ártico, Vulcão Popocatepetl, Chalula,

Virgínia, Grand Canyon, Rio Colorado.

• Referências arquitetônicas, musicais,

registros artísticos do povo pré-colom-

biano sugerindo explorar no âmbito do

componente curricular Artes.

• Escultura, arquitetura, pintura, música

e dança, arte e arquitetura dos povos

pré-colombianos – templos dos povos

pré-colombianos – Maias, Incas, Aste-

cas e outras culturas

ciências da Natureza

Professor, explore a diversidade das carac-

terísticas dos monstros para enriquecer o perfil

das personagens da fanfic: o hábitat, o número

de patas, de olhos, tipos de revestimento cor-

poral, mecanismos de defesa desses seres e

relacione-as com as características típicas dos

seres vivos, animais, desses ecossistemas.

Matemática

Professor, para abordar a Matemática

na criação da fanfic, que tem como pano de

fundo o livro Imaginarium – Monstros de um

Novo Mundo, sugerimos que um grupo seja

responsável por criar um calendário para ser

usado neste mundo “Imaginarium da fanfic”,

contribuindo para a criação temporal da nar-

rativa.

Você pode retomar, por exemplo, a civi-

lização dos Maias ou dos Astecas. Os Maias

compreendiam que a base numérica partiria

de um denominador zero e, através dele, cria-

ram o seu calendário, composto por 260 dias,

os quais eram determinados pela complexa

movimentação dos astros. Os Astecas, por sua

vez, criaram um calendário do ano solar que

era preciso e composto por 365 dias. A base

para a contagem era o 20.

Educação Física

Professor, a Educação Física também pode

fazer parte da construção da fanfic e enrique-

cê-la muito. Oriente os alunos em uma pes-

quisa sobre origem, técnica, instrumentos,

vestimenta e jogos praticados pelos povos da

Mesoamérica, e articule estas informações na

construção do enredo da fanfic.

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Ensino Religioso

Professor, utilize as narrativas do livro para

se trabalhar o Ensino Religioso, no que tange à

construção dos mitos, narrativas que se desen-

volvem por meio de divindades que encarnam

forças da natureza e aspectos da condição hu-

mana, tal como ocorre na obra Imaginarium.

Mostre imagens dessas divindades e de rituais

de festas religiosas que possuem relação com

os povos indígenas sul-americanos ou brasilei-

ros. Essas informações podem deixar a história

da fanfic ainda mais consistente e interessante.

utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acrésci-mos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/ alteran-do efeitos, ordenamentos etc.

(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, re-portagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a for-matação e uso adequado das ferramentas de edição (de tex-to, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.

(EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didá-tico, artigo de divulgação científica, reportagem de divulga-ção científica,

(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em con-ta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de for-ma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, com-preender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da in-teração entre os elementos linguísticos e os recursos paralin-guísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modu-lações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as as-sonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corpo-ral e a gestualidade, na declamação de poemas, apresenta-ções musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decor-rentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordi-nadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tem-pos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.

(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos po-pulares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narra-tivas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa pró-prios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais ade-quados à narração de fatos passados, empregando conhe-cimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.

(EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts varia-dos, e textos e vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fancli-pes, e-zines, gameplay, detonado etc.), entre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, lei-tores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fancli-pe, show, saraus, slams etc. – da busca de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, ele-mentos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo do game para posterior gravação dos vídeos.

Língua Portuguesa

Habilidades: (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de es-tabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e his-tórico de sua produção.

(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, consi-derando sua adequação ao contexto produção e circula-ção – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da tex-tualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero),

2.1.5. Habilidades acionadas no projeto

interdisciplinar fanfic “Sou fã do

Imaginarium”

Estas são algumas das habilidades que po-

dem ser desenvolvidas, com base na realização

do projeto interdisciplinar proposto, conforme

áreas de conhecimento da BNCC (2017).

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ciências da NaturezaArte

(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes vi-suais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimen-são, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.

(EF69AR08) Diferenciar as categorias de artista, artesão, pro-dutor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo refle-xivo, ético e responsável.

(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocên-tricas e as diversas categorizações da arte (arte,artesanato, folclore, design etc.).

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico--visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das ar-tes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, ani-mações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.

Língua Inglesa

(EF06LI07) Formular hipóteses sobre a finalidade de um tex-to em língua inglesa, com base em sua estrutura, organiza-ção textual e pistas gráficas.

ciências Humanas

(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos luga-res de vivência e os usos desses lugares em diferentes tem-pos.

(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferen-tes tipos de sociedade, com destaque para os povos origi-nários.

(EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas sobre o surgi-mento da espécie humana e sua historicidade e analisar os significados dos mitos de fundação.

(EF06HI04) Conhecer as teorias sobre a origem do homem americano.

(EF06HI05) Descrever modificações da natureza e da paisa-gem realizadas por diferentes tipos de sociedade, com des-taque para os povos indígenas originários e povos africanos, e discutir a natureza e a lógica das transformações ocorridas.

(EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoa-mento no território americano.

EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de or-ganização.

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc. correlacio-nando essas características à flora e fauna específicas.

Matemática

(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posi-cional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal.

(EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores divulgados pela mídia e compreender quando é possível ou conveniente sua utilização.

Educação Física

(EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (pro-fissional e comunitário/lazer).

(EF06LI07) Formular hipóteses sobre a finalidade de um tex-to em língua inglesa, com base em sua estrutura, organiza-ção textual e pistas gráficas.

(EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (pro-fissional e comunitário/lazer).

(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos luga-res de vivência e os usos desses lugares em diferentes tem-pos.

(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferen-tes tipos de sociedade, com destaque para os povos origi-nários.

(EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas sobre o surgi-mento da espécie humana e sua historicidade e analisar os significados dos mitos de fundação.

(EF06HI04) Conhecer as teorias sobre a origem do homem americano.

(EF06HI05) Descrever modificações da natureza e da paisa-gem realizadas por diferentes tipos de sociedade, com des-taque para os povos indígenas originários e povos africanos, e discutir a natureza e a lógica das transformações ocorridas.

(EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoa-mento no território americano.

EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de or-ganização.

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc. correlacio-nando essas características à flora e fauna específicas.

Ensino Religioso

(EF06ER06) Reconhecer a importância dos mitos, ritos, sím-bolos e textos na estruturação das diferentes crenças, tradi-ções e movimentos religiosos.

(EF06ER07) Exemplificar a relação entre mito, rito e símbolo nas práticas celebrativas de diferentes tradições religiosas.

(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posi-cional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal.

(EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores divulgados pela mídia e compreender quando é possível ou conveniente sua utilização.

(EF06ER06) Reconhecer a importância dos mitos, ritos, sím-bolos e textos na estruturação das diferentes crenças, tradi-ções e movimentos religiosos.

(EF06ER07) Exemplificar a relação entre mito, rito e símbolo nas práticas celebrativas de diferentes tradições religiosas.

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Neste material de apoio ao professor, atendendo às indicações de competências e habilidades a serem desenvolvidas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trazemos uma proposta reflexiva e direcionada para o trabalho com o livro literário Imaginarium - Monstros do Novo Mundo, do autor e ilustrador Roberto Lanznaster, no âmbito do PNLD 2020, para estudantes do 6º e 7º anos do ensino fundamental.

www.rhjlivros.com.br

ISBN: 978-85-7153-365-3