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Manual de
Procedimentos para
a realização do
atendimento na
Clínica Escola da
FAP
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Este manual consiste em material de auxílio para a realização do estágio curricular supervisionado em
nutrição clínica. Foi elaborado pela professora Izabelle Silva de Araujo e será revisado anualmente pelo
professor de estágio.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
PROCEDIMENTOS PARA ATENDIMENTO NA CLÍNICA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA FAP
1º CONSULTA:
- Montar um prontuário para o paciente com a ficha de acompanhamento da conduta nutricional e
ficha de primeira consulta (anamnese);
- Chamar o paciente que aguarda na recepção (somente poderá ter um acompanhante na sala de
atendimento);
- Apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição;
- Conduzir o paciente ao consultório sob sua responsabilidade e realizar as medidas
antropométricas pertinentes à faixa etária, explicando ao paciente o que será realizado;
- Realizar os cálculos antropométricos, diagnosticar o estado nutricional e informá-lo;
- Realizar anamanese alimentar;
- Ao acabar a anamnese, pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o supervisor
para discutir o caso com o prontuário completo;
- Anotar todas as condutas por escrito para o paciente e colocá-las na ficha, com letra legível e
seqüência lógica;
- Voltar ao paciente e tomar as condutas necessárias, de acordo com a discussão prévia com o
supervisor;
- Acompanhar o paciente até a porta de saída;
- Agendar o retorno conforme previamente discutido com o supervisor ou de acordo com as
possibilidades do paciente e agenda;
Obs: O atendimento sempre será realizado por um acadêmico de nutrição com supervisão de docente
nutricionista.
RETORNO
- Ler o prontuário do paciente, antes de chamá-lo, observando as condutas já tomadas, quadro clínico e
diagnóstico nutricional;
- Chamar o paciente e apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição, caso nunca
tenha atendido o paciente (sempre que possível, atender o mesmo paciente);
- Levar o paciente até o consultório para o atendimento e realizar a avaliação antropométrica
condizente com o caso;
- Realizar os cálculos antropométricos e comparar mudanças;
- Deixar o paciente relatar as mudanças na alimentação (Conduzir sem Induzir);
- Rever se as condutas propostas foram seguidas;
- Pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o supervisor para discutir o caso e as condutas;
- Anotar todas as condutas por escrito para o paciente e colocá-las na ficha, com letra legível e
seqüência lógica;
- Voltar ao paciente e tomar a conduta necessária, de acordo com a discussão prévia com o
supervisor;
- Acompanhar o paciente até a porta de saída;
- Agendar o retorno conforme previamente discutido com o supervisor ou de acordo com as
possibilidades do paciente.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
EXEMPLO DO PREENCHIMENTO DA FICHA DE CONDUTA NUTRICIONAL E
EVOLUÇÃO:
- Colocar a data;
- Se for retorno colocar tambem o período inter consulta – tempo da última consulta até hoje;
- Avaliar a evolução nutricional – se houve perda de peso ou não e o que está envolvido neste
contexto;
- Avaliar as intercorrências que houveram no período, relativo ou não à nutrição;
- Verificar se trouxe exames bioquímicos – anotar na ficha de evolução nutricional;
- Deixar o paciente relatar suas mudanças na alimentação, podendo perguntar: o que mudou na
alimentação da última consulta até hoje?
- Sempre que necessário, realizar um dia alimentar habitual ou recordatório de 24h;
- Anotar a conduta na ficha (VET, macronutrientes, peso utilizado para fazer os cálculos, etc.);
- Nunca deixar à critério do paciente um novo Plano alimentar;
- Anotar a programação para a próxima consulta;
- Colocar nome legível do acadêmico que atendeu;
- Conferência e assinatura do supervisor.
FICHA DE CONDUTA NUTRICIONAL E EVOLUÇÃO
DATA 1ª CONSULTA 21/02/11 CONDUTA :
Relato do paciente: hábito alimentar com horários irregulares (não realiza o café da manha), não esta comendo frutas. Conduta: Entrega de cardápio de 1800 kcal (peso ideal de 68 kg foi utilizado para os cálculos), % de carboidratos, lipídeos e proteínas, etc. Retorno: conferir a aceitação do cardápio proposto e as orientações trabalhadas.
Acadêmico (s): Assinatura
Supervisora: Assinatura
DATA RETORNO 21/03/11 após 30 dias
CONDUTA : Evolução: paciente não perdeu peso, manteve. Não conseguiu introduzir café da manhã . Trouxe exames laboratoriais (triglicerídeos e colesterol). Conduta: reformulação do cardápio de 1800 kcal, ressaltando evitar açúcares e carboidratos refinados, preferindo os alimentos ricos em fibras, etc. Entrega de orientação nutricional para hipercolesterolemia. Retorno: conferir a aceitação do cardápio proposto e as orientações trabalhadas.
Acadêmico (s): Assinatura
Supervisora: Assinatura
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
GESTANTE
Primeira consulta coletar os seguintes dados:
- Preencher adequadamente a ficha de anamnese para gestante. Observar:
- Idade gestacional, materna e atividade profissional;
- Fatores de risco: idade materna < 17 anos e > 35 anos; esforço físico; stress; exposição a
agentes físicos, químicos e biológicos; situação conjugal insegura; baixa escolaridade;
condições de moradia desfavorável; altura < 1,45m; peso <45kg e > 75kg; uso de drogas;
baixa renda per capta;
- História reprodutiva anterior desfavorável;
- Avaliação das condições para o aleitamento materno e orientações para a realização do mesmo;
- Avaliação de exames: glicemia, hemograma, lipidograma e PA (quando houver);
- Coletar peso (pré-gestacional e atual) e estatura;
- Calcular o IMC atual;
- Calcular o IMC pré – gestacional;
- Calcular a semana gestacional, considerando como semana seguinte a partir de 4 dias. Ex.
15 semanas e 4 dias = 16 semanas;
- Usar o gráfico de IMC para avaliar o estado nutricional da gestante;
- Classificar a gestante segundo o gráfico e a tabela de IMC (anexo);
- Calcular o ganho de peso até o final da gestação;
- Elaborar plano alimentar levando em consideração a avaliação nutricional e a anamnese realizada;
- Fazer as orientações pertinentes a cada caso (náuseas e vômitos, pica, pirose, constipação intestinal,
obesidade, pré-eclampsia, eclampsia, diabetes, etc.).
Consultas subseqüentes:
- Avaliação do ganho de peso e reavaliação deste ganho até a 40ª semana;
- Anamnese alimentar detalhada;
- Investigação de sinais e sintomas digestivos e da função intestinal;
- Acompanhamento dos exames complementares;
- Ajuste da orientação nutricional, conforme exames e ganho de peso;
- Reforço dos cuidados com as mamas e incentivo ao aleitamento materno.
Ganho de peso recomendado – Gestante
Estado Nutricional
Pré-gestacional
IMC – (Kg/m²)
Ganho de
peso total (kg)
no 1º trimestre
Ganho de peso
semanal (kg) no 2º e
3º trimestres
Ganho de peso
total (kg)
< 19,8 (baixo peso) 2,3 0,5 12,5 – 18,0
19,8 a 26 (eutrofia) 1,6 0,4 11,5 – 16,0
26 a 29 (sobrepeso) 0,9 0,3 7,0 – 11,5
> 29 (obesidade) - 0,3 7,0
Fonte: Institute of Medicine, 1998.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Ganho de peso recomendado - Gestação Gemelar
Ganho de peso (kg) /
semana no 1º trimestre
Ganho de peso semanal (kg)
no 2º e 3º trimestres
Ganho de peso total (kg)
- 0,75 16 a 20
Fonte: Institute of Medicine, 1990.
Idade gestacional Baixo peso Adequado Sobrepeso e obesidade
0 a 20 semanas 570 – 790 g 450 – 680 g 340 – 450 g
20 a 28 semanas 680 – 790 g 570 – 790 g 340 – 570 g
Mais de 28 semanas 570 g 450 g 340 g
Fonte: ACCIOLY, et al, 2009.
Obs: Ganho de peso por semana;
Recomendações energéticas:
RDA, 1989
Idade (anos) ou condição Kcal / Kg Kcal total / dia
Adolescente 11 – 14 47 2200
Adolescente 15 – 18 40 2200
Mulher 19 – 24 38 2200
Mulher 25 – 50 36 2200
Mulher + 51 30 1900
Gestante 1º trimestre - + 0
Gestante 2º trimestre - + 300
Gestante 3º trimestre - + 300
Lactante 1º trimestre - + 500
Lactante 2º trimestre - + 500
Observações:
- Gestantes que iniciem a gravidez com baixo peso ou adolescentes devem adicionar + 300 Kcal já no
1º trimestre;
- Gestantes que iniciam a gestação com sobrepeso e obesidade devem ser informadas quanto aos riscos
e não devem aumentar calorias adicionais durante a gravidez.
Recomendação RDA/ NRC (1989)
Calculo do gasto energético total mais o adicional de 300 kcal (a partir do 2º trimestre)
GET= TMB x fator atividade física
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Taxa de metabolismo basal segundo a idade materna (FAO/OMS, 1985):
Idade Taxa de metabolismo basal (kcal/dia)
10 a 18 anos 12,2 x Peso (kg) + 746
18 a 30 anos 14,7 x Peso (kg) + 496
30 a 60 anos 8,7 x Peso (kg) + 829
Fonte: FAO/ OMS, 1985
Fator atividade física, segundo FAO/OMS, 1985:
Natureza da atividade Fator de atividade física
Leve 1,56
Moderada 1,64
Intensa 1,82
Fonte: FAO/ OMS, 1985
Observação: mulheres residentes em regiões urbanas, o fator atividade física varia de 1,3 a 1,5
(VITOLO, 2008).
Calculo simplificado (VITOLO, 2008):
GET = Peso ideal pré-gestacional * x 36 kcal
* Peso ideal pré-gestacional pode ser determinado por :
- IMC ( 22 – mediano). Ex: gestante com 1,60- Peso ideal= 22 x (1,60)² = 56,3
Observação: Se estiver no 1º trimestre não há necessidade de calcular o adicional energético. A partir
do 2º trimestre adicionar 300 kcal.
Gestante adolescente (VITOLO, 2008)
Energia: 38 a 50 kcal/ kg de peso ideal
Proteína: < 15 anos – 1,7 g/ kg de peso
> 15 anos – 1,5 g/ kg de peso
Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI)
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
LACTANTES
Recomendações de energia: IOM 2002
GET Nutriz= EER (pré-gestacional) + energia para produção de leite – energia para perda de peso
Adolescente (14 a 18 anos)
- 1º semestre pós-parto= EER (pré-gestacional) + 500 - 170
- 2º semestre pós-parto= EER (pré-gestacional) + 400 – 0
Mulher (19 a 50 anos)
- 1º semestre pós-parto= EER (pré-gestacional) + 500 - 170
- 2º semestre pós-parto= EER (pré-gestacional) + 400 – 0
Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI)
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
CRIANÇAS
Recém-nascido
- Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso – AIG, GIG ou PIG ).
- Avaliar peso e estatura ao nascer.
- Classificação da OMS (1997):
Baixo peso ao nascer crianças que nasceram com menos de 2,5Kg
Muito baixo peso de 1,5 a 1Kg de nascimento
Extremo baixo peso com menos de 1Kg
- Medir peso, estatura.
- Avaliar ganho de peso/dia:
Ganho de peso diário: VITOLO, 2008
0 a 6 meses: > 20g/dia (> 600g/ mês)
6 meses: > 15 g/ dia (> 400g/ mês)
Curvas de desenvolvimento – (Anexo)
Crianças (< 10 anos de idade)
Valores
Críticos
Índices Antropométricos
Crianças de 0 a 5 anos incompletos Crianças de 5 a 10 anos incompletos
Peso/
idade
Peso/
estatura
IMC Estatura/
idade
Peso/ idade IMC Estatura/
idade
< P 0,1 Muito
baixo
Magreza
acentuada
Magreza
acentuada
Muito
baixa
Muito baixo Magreza
acentuada
Muito
baixa
≥ P 0,1
e < P3
Baixo Magreza Magreza Baixa Baixo Magreza Baixa
≥ P 3 e
< P 15
Peso
adequado
Eutrofia
Eutrofia
Estatura
adequada
Peso
adequado
Eutrofia
Estatura
adequada
≥ P 15 e
≤ P 85
> P 85 e
≤ P 97
Risco de
sobrepeso
Risco de
sobrepeso
Sobrepeso
> P 97 e
≤ P99,9
Peso
elevado
Sobrepeso Sobrepeso Peso
elevado
Obesidade
> 99,9 Obesidade Obesidade Obesidade
grave
Fonte: SISVAN, 2008.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Recomendações energéticas:
RDA (Anexo)
Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal:
OMS (1985).
Crianças no primeiro ano de vida:
Idade Kcal/ kg
0 a 3 meses 116
3 a 6 meses 99
6 a 9 meses 95
9 a 12 meses 101
Média 1º ano de vida 103
Crianças até os 10 anos de idade
Idade Gênero Kcal / kg
1 a 2 anos Masculino 104
Feminino 108
2 a 3 anos Masculino 104
Feminino 102
3 a 4 anos Masculino 99
Feminino 95
4 a 5 anos Masculino 95
Feminino 92
5 a 6 anos Masculino 92
Feminino 88
6 a 7 anos Masculino 88
Feminino 83
7 a 8 anos Masculino 83
Feminino 76
8 a 9 anos Masculino 77
Feminino 69
9 a 10 anos Masculino 72
Feminino 62
Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI) - Anexo
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Crianças de 0 a 6 meses
Orientação Nutricional
Em aleitamento materno:
- Checar a técnica de amamentação se está correta (pedir à mãe que oferte o peito a criança);
- Realizar a promoção do Aleitamento Materno (AM) informando seus benefícios à mãe e a criança.
- Conduta nutricional: aleitamento materno exclusivo até 6 mês e em livre demanda.
Em aleitamento artificial:
- Observar a duração do aleitamento materno;
- Levantar o tipo de leite usado, o nº de mamadeiras, volume das mamadeiras, a composição em
medidas caseiras, a diluição e a técnica de preparo;
- Instruir a mãe quanto ao preparo e reconstituição do leite;
- Verificar as condições de higiene;
- Observar o consumo de outros alimentos (tipo, início da introdução, consistência);
- Observar os critérios para a seleção do tipo de leite ou fórmula (renda e local de moradia da família -
urbana ou rural; acesso ao produto; condição de conservação; idade; maturidade e saúde da
criança).
Crianças de 3 meses a 2 anos - Fazer as orientações pertinentes a cada caso, seguindo as recomendações do guia alimentar para
crianças menores de 2 anos.
- Após os 6 meses orientar a mãe sobre a introdução correta da alimentação complementar.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
ADOLESCENTES
– Preencher adequadamente a ficha de anamnese.
- Coletar dados antropométricos conforme ficha de atendimento.
- Classificar
Peso ideal – IMC percentil 50
Curvas de desenvolvimento (Anexo)
Pontos de corte estabelecidos para adolescentes.
Valores críticos Índices antropométricos para adolescentes
IMC para idade Estatura para idade
< P 0,1 Magreza acentuada Muito baixa
≥ P 0,1 e < P3 Magreza Baixa
≥ P 3 e < P 15
Eutrofia
Estatura adequada
≥ P 15 e ≤ P 85
> P 85 e ≤ P 97 Sobrepeso
> P 97 e ≤ P99,9 Obesidade
> 99,9 Obesidade grave
Fonte: SISVAN, 2008.
Recomendações energéticas GET (kcal/ cm) – RDA (1989)
Idade (anos) Sexo masculino Sexo feminino
11 a 14 16,0 kcal/ cm 14,0 kcal/ cm
15 a 18 17,0 kcal/ cm 13,5 kcal/ cm
Determinação do GEB: DRI (2002/2005) Meninos (3 a 18 anos): GET (kcal/kg) = 68 – (43,3 x idade [a]) + 712 x estatura (m) + 19,2 x peso (kg) Meninas (3 a 18 anos): GET (kcal/kg) = 189 – (17,6 x idade [a]) + 625 x estatura (m) + 7,9 x peso (kg) Método para cálculo do GET:
GET = GEB x fator atividade
Detalhado: multiplicar as horas do dia de acordo com as atividades:
Atividades Cálculo do GET
Dormindo ou deitado GEB x 1,0
Atividades muito leves GEB x 1,3 a 1,5
Atividades leves GEB x 1,6 a 2,5
Atividades moderadas e intensas GEB x 2,5 a 5,0
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Simplificado: Multiplicar o GEB por 20% (1,2) ou 30% (1,3) no caso de crianças sedentárias Multiplicar o GEB por 40% (1,4) ou 50% (1,5) no caso de crianças ativas. Método para calculo Simplificado do VET: (VITOLO, 2008) 1000 kcal para o primeiro ano - Adicionar 100 kcal para cada ano até a idade de 11 anos A partir dos 11 anos de idade:
Sexo feminino Sexo masculino
11 a 15 anos: adicionar 100 kcal por ano após a idade de 10 anos. > 15 anos: calcular como para adulto
11 a 15 anos: adicionar 200 kcal por ano depois dos 10 anos > 15 anos: adicionar: - 10 kcal/ kg (muito ativo) - 8 kcal/ kg (atividades leves) - 7 kcal/ kg (sedentário)
Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI) - ANEXO
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
ADULTOS
– Coletar dados conforme ficha de anamanese.
- Coletar dados ( peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas...).
– Classificar:
Conforme: IMC – OMS 1998
IMC= Peso (kg) /(altura- m)²
Kg/ m² Classificação
< 16 Magreza grau III
16 a 16,9 Magreza grau II
17 a 18,4 Magreza grau I
18,5 a 24,9 Eutrofia
25 a 29,9 Pré-obeso
30 a 34,9 Obesidade grau I
35 a 39,9 Obesidade grau II
≥ 40 Obesidade grau III
Peso ideal: a partir do IMC (CUPPARI, 2005)
Peso ideal ou desejável: IMC desejável x Altura²
- Ponto médio do IMC (eutrófico) – 18,5 a 24,9 kg/m²
Homem (IMC)= 23 kg/h²
Mulher (IMC)= 22 kg/h²
Adequação de peso (CUPPARI, 2005)
Adequação de peso (%)= peso atual / peso ideal x 100
Adequação de peso (%) Estado nutricional
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 a 80 Desnutrição moderada
80,1 a 90 Desnutrição leve
90,1 a 110 Eutrofia
110,1 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
Peso ajustado (CUPPARI, 2005)
Peso ajustado= (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual
Obs: Será utilizado quando a adequação de peso for inferior a 95% ou superior a 115%.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Mudança de peso (CUPPARI, 2005)
Perda de peso (%)= (peso usual – peso atual) / peso usual x 100
Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%)
1 semana 1 a 2 > 2
1 mês 5 > 5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10
ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO AS PREGAS CUTÂNEAS
Circunferência do Braço (CB): CUPPARI, 2005
Adequação da CB (%)= CB obtida (cm) / CB percentil 50 x 100
Desnutrição
grave
Desnutrição
moderada
Desnutrição
leve
Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120%
Tabela Percentil 50 (Anexo)
Prega Cutânea Tricipital (PCT): CUPPARI, 2005
Adequação da PCT (%)= PCT obtida (mm) / PCT percentil 50 x 100
Desnutrição
grave
Desnutrição
moderada
Desnutrição
leve
Eutrofia Sobrepeso Obesidade
PCT < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120%
Tabela Percentil 50 (Anexo)
Circunferência Muscular do Braço (CMB): CUPPARI, 2005
CMB (cm) = CB (cm) – 3,14 x [ PCT (mm) / 10]
Adequação da CMB (%)= CMB obtida (mm) / CMB percentil 50 x 100
Desnutrição
grave
Desnutrição
moderada
Desnutrição
leve
Eutrofia
CMB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110%
Tabela Percentil 50 (Anexo)
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
% de Gordura Corpórea: CUPPARI, 2005
Fazer a somatória de 4 pregas (bíceps, tríceps, subescapular e supra-íliaca)
Ver tabela (Anexo)
Valores de referencia para percentuais de gordura corpórea
Homens Mulheres
Risco de doenças e distúrbios associados a desnutrição < 5 < 8
Abaixo da média 6 a 14 9 a 22
Média 15 23
Acima da média 16 a 24 24 a 31
Risco de doenças associadas a obesidade > 25 > 32
Circunferências
Circunferência da cintura:
Risco de complicações metabólicas associadas a obesidade
Elevado Muito elevado
Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm
Fonte: CUPPARI, 2005.
Razão cintura-quadril (RCQ):
RCQ= Circunferência da cintura / circunferência do quadril
Homens - > 1,0 Mulheres ≥0,85
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA
Taxa metabólica basal (TMB): FAO/OMS, 1985
VET = TMB x Fator atividade
Idade (anos) TMB (kcal)
Homem Mulher
18 – 30 anos
30 – 60 anos
≥ 60 anos
15,3 x P + 679
11,6 x P + 879
13,5 x P + 487
14,7 x P + 496
8,7 x P + 829
10,5 x P + 596
FONTE: FAO/OMS, 1985.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Atividade Fator atividade
Homem Mulher
Repouso
Leve
Moderada
Intensa
1,27
1,56
1,78
2,10
1,27
1,55
1,64
1,82
FONTE: FAO/OMS, 1985.
Aporte energético segundo atividade física e estado nutricional: (OLIVARES, et al, 1989)
VET = Kg PT X Kcal
ATIVIDADE FÍSICA
ESTADO NUTRICIONAL LEVE MODERADA INTENSA
Obeso 20 – 25 30 35
Normal 30 35 40
Desnutrido 35 45 45 – 50
Equação de Harris & Benedict:
GET = TMB x FI x FA x FT
TMB
Homens 66 + (13,7 X Peso em Kg) + (5 X Estatura em cm) – (6,8 X Idade em anos)
Mulheres 655 + (9,6 X Peso em Kg) + (1,7 X Estatura em cm) – (4,7 X Idade em anos)
FI = Fator Injúria
Paciente não complicado 1,0 Peritonite 1,4
Câncer 1,1 – 1,45 Sepse 1,4 – 1,8
Pequena cirurgia 1,2 Pancreatite 1,3 – 1,8
Pós operatório de câncer 1,1 – 1,4 Insuficiência renal aguda 1,3
Fratura 1,2 Insuficiência cardíaca 1,3 – 1,5
Fraturas múltiplas 1,2 – 1,35 Desnutrição 1,5
Pós operatório geral 1,0 – 1,5 Trauma esquelético 1,35
Infecção grave 1,3 – 1,35 Multitrauma + sepse 1,6
Queimaduras com até 20% SCQ
30 – 50% SCQ
50 – 70% SCQ
70 – 90% SCQ
100% SCQ
1,0 – 1,5
1,7
1,8
2,0
2,1
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Fator Atividade Fator térmico
38º = 1,1
ACAMADO = 1,2 39º = 1,2
ACAMADO + MÓVEL = 1,25 40º = 1,3
AMBULANTE = 1,3 – 1,6 41º = 1,4
Método Venta (valor energético do tecido adiposo): (LEÃO; GOMES, 2010)
Para estimar a redução ou ganho de peso por mês, considera-se o valor energético do tecido adiposo,
onde:
1 kg de tecido adiposo / mês = 7.700 kcal / 30 dias = 256,5 kcal/ dia
PROGRAMAÇÃO PARA ALTERAÇÃO PONDERAL
Para aumentar ou reduzir por mês Aumenta-se ou diminui-se do VET por dia
1 kg 256,5 kcal
2 kg 513,0 kcal
3 kg 769,5 kcal
4 kg 1026,0 kcal
Regra de Bolso: (GUIMARÃES; GALISA, 2008)
Necessidade energética total estimada por recomendações de energia por quilo de peso corporal
segundo o objetivo da intervenção nutricional:
Objetivo Recomendações
Para perda de peso 20 – 25 kcal/ kg peso
Para manutenção do peso 25 – 30 kcal/ kg peso
Para ganho de peso 30 – 35 kcal/ kg peso
Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal
segundo o objetivo da intervenção nutricional para indivíduos em condição de catabolismo:
Objetivo Recomendações
Para manutenção do peso 30 – 35 kcal/ kg peso
Para ganho de peso 35 – 40 kcal/ kg peso
DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES
Nutrientes SBAN RDA DRI
Carboidratos 60 – 70% 50 – 60% 45 – 65%
Proteínas 10 – 12% 10 – 15% 10 – 35%
Lipídeos 20 – 25% 25 – 30% 20 – 25%
Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI) – ANEXO
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
IDOSO
- Coletar dados conforme ficha de anamanese.
- Coletar dados ( peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas...).
- Classificar:
Conforme: IMC – OMS
IMC= Peso (kg) /(altura- m)²
IMC Classificação < 22 Baixo peso
22 – 27 Eutrofia
> 27 Excesso de peso
Percentis de PCT (mm)
Percentil Percentil
Idade 10º 50º 90º 10º 50º 90º
Homens Mulheres
60 a 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9
70 a 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1
80 + 6,6 11,2 18 9,3 18,1 28,9
Fonte: CUPPARI, 2005. Percentis de CMB (cm)
Percentil Percentil
Idade 10º 50º 90º 10º 50º 90º
Homens Mulheres
60 a 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4
70 a 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23 27
80 + 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26
Fonte: CUPPARI, 2005.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
Referencias Bibliográficas:
ACCIOLY, Eizabeth; SAUNDERS, Claudia; LACERDA, Elisa Maria de Aquino. Nutrição em
obstetrícia e pediatria. 2.ed.Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília: editora do
Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para
crianças menores de 2 anos. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2008.
CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2005.
GUIMARÃES, A. F; GALISA, M. S. Cálculos nutricionais: conceitos e aplicações práticas. São Paulo:
M. Books, 2008.
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber fat, fatty acids,
cholesterol, protein, and amino acids. 5 ed. Washington, DC: National Academy Press, 2002.
LEÃO, L. S. C. S.; GOMES, M. C. R. Manual de nutrição clínica: para atendimento ambulatorial do
adulto. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Recommended Dietary Allowances. 10 ed. Washington:
National Academy Press, 1989.
OLIVARES, S.; SOTO, D.; ZACARIAS, I. Nutricion: prevencion de riesgos y tratamiento dietético.
Santiago de Chile: El Acuario, 1989. (Para ambulatório).
OMS. Necessidade de energia y proteínas: informe de uma reunion consultiva conjunta
FAO/OMS/UNU de expertos. Genebra, OMS, 1985. (Série de informes técnicos, 724)
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
Material elaborado pela Profª Izabelle Silva de Araujo - Supervisora do Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica
ANEXOS