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COPYRIGHT © MIGUEL CANCELLA NABUCO. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS E PROTEGIDOS PELA LEI 9.610 DE 19/02/1998. NENHUMA PARTE DESTE MANUAL, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO AUTOR, PODERÁ SER REPRODUZIDA OU TRANSMITIDA.

AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA GAINCLONE LM3886

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APRESENTAÇÃO

Muito obrigado por ter adquirido o kit para a montagem do amplificador Gainclone LM3886.

O amplificador Gainclone LM3886 é atualmente um dos projetos mais executados entre os adeptos do DIY (faça você mesmo), graças ao seu excepcional desempenho e baixo custo. Ao final da montagem, você terá um amplificador de potência de alta fidelidade, que tem impressionado os audiófilos mais exigentes.

O Gainclone LM3886 entrega potência de 50W RMS contínuos por canal em 8 ohms e 90W RMS por canal em 4 ohms. Tal potência é mais que suficiente para preencher tranquilamente salas de audição de até 100 metros quadrados.

O kit é formado por uma única placa, contendo a etapa de fonte de alimentação e amplificação. Na etapa da fonte de alimentação, um banco de 6 capacitores de 2.200uF garante uma melhor reprodução de graves, com solidez e profundidade. Os diodos utilizados para retificação são do tipo ultrarrápido (encontrados apenas em aparelhos de alto desempenho). Todos os resistores são de tolerância 1%, os capacitores utilizados são da marca EPCOS (Siemens) e a placa de circuito impresso é feita em fibra de vidro, com máscara anti-solda.

O kit já inclui o dissipador de calor, anodizado preto fosco, facilitando assim o trabalho do montador.

Cada placa corresponde a um canal, e para montagem de um amplificador estéreo são necessárias duas placas. O montador pode optar por utilizar apenas um transformador para alimentar os dois canais (opção mais comum) ou um transformador para cada placa (configuração tipo monobloco). Essa última opção é a preferida dos audiófilos puristas, mas implica maiores custos, e a diferença sonora só é audível em sistemas de ponta.

Especificações técnicas:

Sensibilidade de Entrada: 0,9 V RMS (para potência máx)

Potência por canal (8 Ω): 50 W RMS (Vcc = +/- 30V e THD < 0,06%)

Potência por canal (4 Ω): 90 W RMS (Vcc = +/- 30V e THD < 0,06%)

Fator de Amortecimento: > 450 (em 1kHz 8 Ω):

> 170 (em 20kHz 8 Ω)

Resposta em Freqüência: 8Hz a 90kHz

Slew Rate: >10V/µs

Relação Sinal Ruído: 94dBA (1W / 8 Ω)

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RELAÇÃO DE COMPONENTES

Referência Valor Descrição

LM3886 LM3886TF Chip LM3886

R1, R3 1kΩ Resistor de 1/4W

R2, R4, R5 22kΩ Resistor de 1/4W

R6 2,7Ω Resistor de 2W

R7 10Ω Resistor de 2W

R8 10kΩ Resistor de 1/4W

R9 2,2 kΩ Resistor de 2W

C1 2,2µF Capacitor poliéster

C2 220pF Capacitor cerâmico

C3 22µF Capacitor eletrolítico

C4 47pF Capacitor cerâmico

C5 100µF Capacitor eletrolítico

C6, C7, C8 100nF Capacitor poliéster

C9, C10, C11, C12, C13, C14 2.200µF Capacitor eletrolítico

D1, D2, D3, D4 MUR460 Diodo retificador ultrarrápido

F1, F2 2A Fusível

L1 0,7µH Indutor

LED --- Led 3mm verde

IDENTIFICANDO OS COMPONENTES

Antes de iniciar a montagem do seu kit, é necessário que você identifique todos os componentes, para que não haja qualquer erro na hora de soldar os componentes na placa de circuito de impresso.

No seu kit há vários resistores, de diferentes valores. Recomendo que você meça cada resistor com um multímetro, para ter certeza de estar instalando o valor correto na placa.

Os resistores não possuem polaridade e podem ser soldados em qualquer direção na placa de circuito impresso. As figuras seguintes lhe ajudarão a identificar os resistores:

No seu kit existem capacitores eletrolíticos, cerâmicos e

MKT (poliéster). Os capacitores eletrolíticos são polarizados e exigem uma posição correta para serem instalados, ou não

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funcionarão. Na placa de circuito impresso há a indicação da polaridade do capacitor, marcada com um sinal de “+”, onde deve ser inserido o terminal positivo do capacitor eletrolítico. Para saber qual é o terminal positivo e qual o negativo, é muito fácil: o terminal negativo é menor que o positivo, e no lado negativo há uma faixa clara, com sinais de negativo desenhados no corpo do capacitor. Veja a figura a seguir:

Os capacitores cerâmicos e poliéster (figura anterior) não possuem polaridade e podem ser ligados em qualquer direção.

Os diodos (inclusive o Led) são polarizados e precisam ser ligados na posição correta. Observe que o diodo possui uma faixa de cor diferente, em um dos lados. Veja a figura:

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TUTORIAL DE SOLDAGEM

Caso você já tenha experiência com soldagem, sinta-se livre para pular este capítulo e iniciar a montagem do seu kit. Entretanto, caso você sinta dificuldade em soldar, leia com atenção essas instruções e dicas. Irei reproduzir aqui grande parte do excelente tutorial disponível no site curiousinventor.com. Neste site há inclusive um vídeo explicando todo o processo de soldagem, passo-a-passo. O dono do site autorizou a publicação das fotos e da tradução do texto neste manual.

O erro mais comum e grave em relação ao processo de soldagem é a chamada solda fria, que ocorre quando a solda não adere ao metal, o que gera mal contato e uma junção frágil. Abaixo, um exemplo de solda fria:

Repare que a solda não aderiu ao terminal do componente. Isso ocorre quando a solda não foi aquecida o suficiente e/ou quando há oxidação nas partes a serem soldadas. Por isso, é essencial que todas as partes que forem soldadas estejam perfeitamente limpas e livres de oxidação. O seu kit já vem com todas as peças perfeitamente limpas. A única preocupação deve ser com a ponteira do seu ferro de soldar, que deve passar pelo processo de limpeza e estanhagem, conforme mostro a seguir.

Você precisará de um ferro de solda com potência entre 30W e 40W, com ponteira fina. É extremamente importante que a ponta do ferro de solda esteja totalmente limpa. Para limpá-la, ligue o ferro de solda e espere que esquente. Em seguida, esfregue a ponta em uma esponja úmida, como mostra a figura a seguir:

Depois que a ponta estiver limpa, é necessário estanhá-la. Para isso, derreta um pouco de solda na ponta do ferro, conforme mostra a figura a seguir:

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Agora você já pode iniciar a soldagem. Siga os passos:

1) Insira o componente na placa de circuito impresso.

2) Espere o ferro esquentar e atingir sua temperatura máxima.

3) Encoste a ponta do ferro de solda na trilha a ser soldada e no terminal do componente ao mesmo tempo, como na figura:

4) Espere cerca de 2 segundos e encoste a solda no cobre da placa e no terminal. Não derreta a solda na ponta do ferro, mas sim no terminal e no cobre da placa, como mostra essa figura:

5) Espere a solda fluir e em seguida afaste-a. Geralmente não demora mais de 3 segundos para a formação de uma junção perfeita.

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6) Logo após afastar a solda, retire o ferro de solda. Não mova as partes até que a solda esteja totalmente endurecida. Verifique se a junção ficou bem feita, como nessa foto, e corte o terminal soldado próximo à junção, com um alicate de corte.

Não faça junções com muita solda. Caso você erre ou exagere na solda, utilize um sugador de solda para retirar o excesso e refaça a solda.

MONTANDO A PLACA

Na montagem de qualquer projeto, devemos sempre iniciar pela instalação dos componentes menores e mais baixos, e terminar com os componentes maiores.

1) Instale os resistores:

Ao instalar os resistores, faça com que eles fiquem afastados da placa de circuito impresso, pois eles precisam dissipar calor, conforme ilustra a figura ao lado.

2) Instale os porta-fusíveis. Insira um fusível entre dois porta-fusíveis, para deixá-los em posição. Em seguida encaixe o conjunto na placa e solde os terminais.

3) Instale os capacitores de 100nF (C6, C7, C8) e os dois capacitores cerâmicos (C2, C4).

4) Instale os dois capacitores eletrolíticos menores (C3, C5), observando a polaridade correta.

5) Instale os conectores (terminal blocks - verdes). Observe que há dois tipos: os de 2 vias e o de 3 vias. Instale-os nos locais corretos na placa.

6) Instale o resistor R6, e em seguida o capacitor C1. 7) Instale os diodos MUR860. Deixe-os afastados da placa,

como os resistores.

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8) O resistor R9 é montado verticalmente, como mostra a figura.

9) Em seguida, você precisa instalar o indutor e o resistor que irá dentro dele.

Primeiro, é preciso raspar as pontas do indutor, pois senão a solda não irá aderir, já que o fio de cobre é esmaltado. Com o auxílio de uma lima ou lixa, vá raspando aos poucos, até que o esmalte saia por completo (figura 1).

Pegue R7, passe-o por dentro do indutor L1 e enrole as pontas do resistor no fio do indutor, como mostra a figura 2.

Por fim, solde a junção (figura 3). Em seguida, insira o conjunto na placa e solde os terminais do indutor na placa, cortando o excesso com um alicate de corte.

10) Instale os capacitores eletrolíticos maiores (C9 a C14),

observando sua polaridade e a posição correta na placa. 11) Antes de soldar o CI LM3886T na placa de circuito

impresso, é necessário montá-lo no dissipador, para assegurar que ele esteja perfeitamente fixado, fazendo bom contato térmico. Siga as instruções dos próximos capítulos.

12) Verifique se todos os componentes foram instalados corretamente, e certifique-se de que os capacitores eletrolíticos não estão invertidos.

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MONTANDO O CI NO DISSIPADOR

O dissipador de calor fornecido é ideal para esse amplificador, e já vem com a furação para o LM3886, facilitando a vida do montador.

Antes de soldar o chip LM3886 na placa de circuito impresso, é necessário fixá-lo no dissipador. Você precisará de pasta térmica, à venda em lojas de eletrônica ou informática.

Aplique um pouco de pasta térmica no dissipador e no CI LM3886TF. Não utilize muita pasta, pois isto prejudica a transferência térmica. Feito isso, aparafuse o CI no dissipador.

Agora você já pode soldar o CI na placa de circuito impresso. Vire o dissipador ao contrário para facilitar o trabalho. Não deixe o ferro de solda nos terminais durante muito tempo, e vá alternando os terminais a serem soldados. Não solde terminais vizinhos um após o outro. Isso evita que o CI se sobreaqueça, o que poderia danificá-lo.

TRANSFORMADOR

Os transformadores são utilizados para mudar a tensão presente na rede de alimentação elétrica (127 ou 220V), transformando-a em um valor adequado para alimentar o equipamento eletrônico. Além disso, outra importante função do transformador é isolar o usuário da rede elétrica, evitando assim choques acidentais.

Você pode alimentar duas placas do kit com o mesmo transformador, sem problemas. Caso prefira, poderá utilizar um transformador em cada placa, fazendo assim um amplificador em configuração Dual Mono. Na prática, as diferenças entre as duas configurações só são percebidas em sistemas de ponta.

O transformador ideal para o kit amplificador Gainclone LM3886 é o seguinte (um só para duas placas):

• Primário: 0-127-220V (a depender da rele elétrica local) • Secundário: 22-0-22V • Potência: 220VA (ou seja, 5 amperes)

Como dito, com esse transformador, é possível alimentar dois canais simultaneamente. A potência indicada (220VA) já é suficiente, mas caso só encontre transformadores de maior potência, não há qualquer problema. Nesse caso, excesso de corrente não traz qualquer prejuízo, sendo apenas desperdício, já que estará pagando por algo desnecessariamente maior.

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Um transformador de 22-0-22V não é comumente encontrado no comércio. Recomendo que o mesmo seja encomendado na Plancton Transformadores, fábrica que faz transformadores a preços bastante acessíveis. A Plancton fabrica tanto transformadores toroidais quanto transformadores convencionais (núcleo E+I).

• Plancton Transformadores http://www.transformadoresplancton.com.br/

Caso prefira adquirir seu transformador no comércio, poderá utilizar um com saída de 18+18V, que é um valor comercial, sendo que o amplificador terá um pouco menos de potência ao utilizar essa tensão.

A potência do transformador geralmente vem expressa na unidade VA, que nada mais é que o produto entre as tensões do secundário e a capacidade de corrente. Sendo assim, um transformador que tenha secundários de 22+22V e forneça 5A totais, tem uma potência de 220VA.

Outra dúvida comum se relaciona com o tipo de transformador a utilizar: toroidal ou núcleo E+I, o mais convencional. Primeiramente, é importe ressaltar que os dois tipos de transformadores, quando bem construídos, podem ser utilizados sem qualquer preocupação, pois realizam sua função perfeitamente. A vantagem dos toroidais é que são mais eficientes e geralmente menores e mais leves que os transformadores de núcleo E+I. Além disso, os toroidais emitem menos EMI (interferência eletromagnética). Entretanto, caso você tenha acesso

a bons transformadores com núcleo E+I, não tenha medo de usá-los, servirão perfeitamente, além de serem mais baratos que os toroidais

Outros fabricantes de transformadores:

• DL Transformadores http://dltransformadores.com/

• Transformadores Líder http://www.transformadoreslider.com.br

• Hayama http://www.hayama.com.br/

• Tecnotrafo http://www.tecnotrafo.com.br

• Toroid http://www.toroid.com.br

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LIGANDO O TRANSFORMADOR

Dependendo do transformador que você adquiriu, há diferentes possibilidades de ligá-lo, o que será ensinado em seguida:

• PRIMÁRIO (ENTRADA)

O primário do transformador (entrada) deve ser ligado à rede elétrica (127 ou 220V). Os transformadores podem vir com 2, 3 ou 4 fios no primário. Aqueles fornecidos com 2 fios no primário são fabricados para uma única tensão de rede (127 ou 220). Nesse caso basta ligar um dos fios à fase e o outro fio ao neutro da rede. Aqueles com 3 ou 4 fios podem ser ligados tanto em 127 quanto em 220V, dependendo de como forem ligados. Os transformadores com 3 fios no primário são ligados da seguinte forma:

Os 3 fios do primário desses transformadores vêm em cores diferentes, sendo o preto referente ao 0V. Como não há uma padronização das outras cores, é sempre bom checar os fios corretos antes de ligar à rede. Para checar, basta medir com um multímetro a resistência entre o fio preto (0V) e os demais. A resistência entre o fio preto e o fio referente à entrada 220V deve ser maior que a resistência entre o fio preto e à entrada 110V.

Os transformadores com 4 fios no primário possuem dois enrolamentos separados, que devem ser ligados em paralelo para 110V e em série para 220V. Geralmente vêm com uma etiqueta identificando a cor dos fios, permitindo saber qual fio corresponde ao início e fim de cada enrolamento. Veja na figura abaixo como efetuar a ligação desses transformadores:

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• SECUNDÁRIOS (SAÍDA)

Os secundários do transformador correspondem à sua saída e devem ser ligados à placa, nos pontos AC, CT1 e AC. Novamente, existem transformadores que apresentam 3 fios em sua saída, e outros que apresentam 4 fios. Os que apresentam apenas 3 fios são ligados diretamente aos respectivos pontos na placa. Geralmente a cor preta indica o fio correspondente ao CT (0V). Os demais fios possuem tensões iguais (AC) e cada um deve ser ligado diretamente a um dos pontos AC na placa.

Se o seu transformador possui 4 fios em sua saída, significa que ele possui dois enrolamentos secundários separados. Para esses transformadores, é necessário unir os dois fios que serão posteriormente ligados ao ponto CT na placa. Os dois fios restantes são ligados nos dois pontos AC na placa, dessa forma:

CIRCUITO DE PROTEÇÃO PARA TESTES

Para testar seu amplificador de potência com segurança, é fundamental a utilização de um circuito protetor, formado por uma lâmpada incandescente de 60W ou 100W em série com a fase da rede elétrica, dessa forma:

Este eficiente circuito protegerá o aparelho caso haja alguma anomalia ou erro de montagem, pois ele reduzirá bruscamente a tensão do primário do transformador. Sendo assim, utilize a lâmpada em série ao proceder aos testes do próximo capítulo.

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TESTANDO O AMPLIFICADOR

Todos os testes devem ser feitos sem caixas acústicas conectadas, e sem nenhuma fonte sonora ligada à entrada do amplificador.

Inicialmente, teste seu transformador antes de ligá-lo à placa do amplificador. Utilizando a lâmpada em série, e com o multímetro na escala de medição de tensão AC, meça os valores entre o CT (fio preto) e os outros fios AC, conforme mostra a figura abaixo:

Verifique se a tensão AC do transformador corresponde à tensão correta do transformador que adquiriu (entre 18V e 22V, a depender do transformador). Se a tensão estiver errada (metade ou o dobro da esperada), pode ser que você tenha errado na ligação 110/220V do transformador. Verifique e corrija. Se a lâmpada acender com brilho forte, há algum problema na ligação ou no transformador. Desligue imediatamente, e verifique.

Depois que tudo estiver correto, desligue a energia elétrica.

Conecte agora os fios do transformador à placa do amplificador, nos pontos AC/CT/AC da placa. Não ligue o transformador diretamente à rede elétrica, utilize a lâmpada em série, conforme ilustrado anteriormente.

Ligue a energia elétrica e observe o comportamento da lâmpada. Se tudo estiver ligado corretamente e não houver erros de montagem, a lâmpada irá acender com força no momento em que ligar a energia, e rapidamente seu brilho irá diminuir, se tornando bem fraco.

Caso a lâmpada acenda e não reduza seu brilho, desligue imediatamente a energia elétrica. Há algum erro na montagem. Aguarde uns dois minutos antes de começar a verificar por erros (para que os capacitores sejam descarregados e você trabalhe com segurança). Verifique os componentes e certifique-se de que os capacitores eletrolíticos estão em posição correta. Repita o teste.

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Caso a lâmpada se comporte como o esperado (acenda forte e diminua o brilho), é sinal de que está tudo OK.

Verifique agora as tensões DC que alimentam o amplificador. Para isso, com o multímetro na escala DC, coloque a ponta de teste preta sobre o parafuso “CT”, e a ponta vermelha sobre o fusível que corresponde ao V+ da placa, conforme mostra a figura:

Se o seu transformador é de 22+22V, a tensão DC medida deverá ser de aproximadamente +30V, podendo variar um pouco.

Caso utilize um transformador de 18+18V, a tensão DC medida será de aproximadamente +24,5V. É normal haver variações nessa medição, pois a tensão da rede elétrica varia bastante.

Repita o teste, desta vez medindo a tensão negativa do amplificador, colocando a ponta de teste vermelha sobre o outro fusível, conforme ilustra a figura:

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Caso as tensões medidas estejam muito abaixo, ou muito acima do esperado, desligue o circuito e procure por erros.

Se tudo estiver OK, proceda ao próximo teste:

Meça a tensão DC nas saídas do amplificador, entre os pontos “OUT+” e “OUTG”. O valor lido deve estar próximo de zero, abaixo de 100 milivolts (mV), conforme mostra a figura:

Se o amplificador tiver passado nesses testes, já está pronto para uso.

Você já pode conectar uma fonte sonora à entrada e suas caixas acústicas na saída.

Depois que concluir toda a montagem final em um gabinete, utilize a lâmpada em série ao ligar o aparelho pela primeira vez. Se estiver tudo OK, retire o circuito de proteção (lâmpada em série) ligue suas caixas acústicas e fonte sonora, e boa audição!

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MONTANDO O AMPLIFICADOR NO CHASSIS

A figura da página anterior ilustra a montagem de um amplificador estéreo.

Observe que, utilizando um único transformador para os dois canais, é necessário bifurcar as saídas do mesmo, conforme mostra a figura.

O fusível da rede elétrica, instalado no painel traseiro, é calculado de acordo com a potência do transformador e da tensão de rede elétrica local. Caso tenha dúvidas em como calcular o valor desse fusível, entre em contato.

Caso venha a utilizar um transformador por canal, recomendo a instalação de um fusível por transformador. Basta instalar dois porta fusíveis, e ligar cada um a um transformador. Desse modo, seu aparelho estará mais protegido.

O chassis (gabinete) tem de estar aterrado. Para isso, basta ligar um fio unindo as malhas de aterramento dos conectores de sinal do painel traseiro e aparafusá-lo no chassis, como mostra a figura. No mesmo ponto, deverá ser aparafusado o fio de aterramento da rede elétrica (pino central da tomada). Parafuse o fio no fundo do gabinete, certificando-se de que o mesmo faça contato com o fio (se houver tinta no gabinete, raspe-a antes de aparafusar).

Procure posicionar o transformador o mais longe possível dos cabos de sinal, para evitar a inserção de ruídos no som. A

melhor posição em um amplificador de potência é na frente do gabinete.

Os cabos de sinal são blindados, ou seja, possuem uma malha de aterramento e um fio condutor interno. São semelhantes aos utilizados em instrumentos musicais e facilmente encontrados no comércio.

Para a conexão das caixas, é recomendada a utilização de bornes no painel traseiro, que permitam fixar o fio nu diretamente no conector. Não utilize conectores P10, pois eles não servem para essa aplicação.

A chave liga-desliga (mostrada no painel frontal) deve ser capaz de suportar até 10A / 250V.

Para montar o dissipador no chassis, você poderá aparafusar cantoneiras de metal no dissipador, e em seguida fixar no chassis.

É essencial que os dissipadores possam trocar calor com o ambiente. Por isso, faça diversos furos na base do gabinete, embaixo do dissipador, e certifique-se de que a tampa do gabinete também possua aberturas (ou furos). Assim, será criado um fluxo de ar, já que o ar frio entrará por baixo do gabinete e o ar quente sairá por cima.

É importante que a placa do amplificador fique bem sustentada. Por isso, instale espaçadores entre ela e o chassis, conforme mostra a figura. Os espaçadores podem ser facilmente feitos com pedaços de corpo de caneta esferográfica tipo BIC.

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Basta cortá-los em pequenos pedaços iguais, utilizando uma serra como esta da figura, disponível à venda e m casas de construção;

A figura a seguir mostra como fixar as placas no chassis, com os espaçadores:

O parafuso utilizado dentro do espaçador é de 1/8” (3,2mm).

CONTROLE DE VOLUME

Preferencialmente, o controle de volume é feito através da utilização de um preamplificador. O preamplificador é o aparelho ligado entre a fonte sonora (CD, DVD, Tape, etc) e o amplificador de potência, e tem por objetivo elevar o sinal da fonte sonora, de modo a adequá-lo ao nível necessário para que o amplificador de potência possa desenvolver sua máxima potência.

O kit preamplificador estéreo de alta fidelidade é recomendado para utilização em conjunto com o amplificador Gainclone. Com ele, você garantirá que seu amplificador irá desenvolver sua máxima potência. Consulte o site da Nabuco Eletrônica para maiores detalhes.

Caso opte por não utilizar o preamplificador, é possível instalar um potenciômetro de volume (atenuador) diretamente na entrada do amplificador Gainclone. Esteja ciente que, a depender da fonte sonora utilizada, o sinal pode estar abaixo da sensibilidade de entrada do amplificador Gainclone, o que resultaria em menor potência do que seria possível atingir.

Para instalar um atenuador diretamente em seu amplificador, você precisará de um potenciômetro duplo (controlando os dois canais simultaneamente), ou de dois potenciômetros simples (cada canal controlado por um controle, independentemente).

O potenciômetro utilizado para volume possui ação logarítmica, ou seja, conforme o cursor é girado, seu valor aumenta

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de forma não linear, em curva logarítmica. Sendo assim, você irá precisar de um (ou dois) potenciômetro(s) de valor 10kΩ e ação logarítmica. Basta ligá-lo à entrada do amplificador, utilizando cabos blindados (malha+condutor interno), conforme ilustrado a seguir:

O sinal vem do conector de entrada do amplificador (Jack RCA, P10, ou qualquer outro), passa pelo potenciômetro e segue para a entrada da placa do amplificador (IN+ e ING). Observe que é utilizado um isolante (espaguete termo retrátil) na malha aterradora, para evitar um curto-circuito acidental.

Entretanto, é possível simular um potenciômetro de ação logarítmica utilizando um potenciômetro linear, atingindo resultados muitas vezes melhores que os potenciômetros logarítmicos comumente encontrados no comércio. Para isso, você precisará de um potenciômetro de ação linear de valor 100k e um resistor de 10kΩ. O potenciômetro é associado ao resistor e ligado à entrada do amplificador da seguinte forma:

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CHASSIS (GABINETE)

Existem muitas possibilidades no que se refere ao gabinete no qual o amplificador será instalado (chassis). Dependendo do seu gosto e das opções de ferramentas e materiais que estão à sua disposição, você pode optar por diversos designs diferentes, utilizando alumínio, aço e até madeira.

É importante lembrar que o CI LM3886 precisa dissipar calor e, por isso, é necessário que o seu dissipador possa trocar calor com o ambiente. Sendo assim, é necessário que você se certifique que haja furos no gabinete que permitam que o dissipador efetue essa troca de calor.

A Naoko Metalurgica (http://www.naokometalurgica.com.br) comercializa diversos modelos de gabinete, e vende através da internet para o Brasil todo. O serviço deles é muito bom e os preços são bastante razoáveis. Vale a pena utilizar os gabinetes da Naoko.

O modelo RK-2UB acomoda perfeitamente um amplificador estéreo, caso utilize transformador toroidal (que possuem altura menor que os transformadores comuns).

Estas são apenas sugestões. Você pode utilizar a solução de gabinete que melhor lhe convier.