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7/30/2019 Manual Op Uso Mnt de Edif - CREA-PR
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CCuurrssoo aa DDiissttnncciiaa::
PPrrooggrraammaa ddee
EExxcceellnncciiaa
MMDDUULLOOMANUAL DE OPERAO, USO E MANUTENO DE
EDIFICAESORIENTAES PARA A ELABORAO E APRESENTAO
DE ACORDO COM A ABNT NBR 14037:1998
Eng. Civil Francisco Cludio Morato Leite
Londrina - 2010
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SUMRIO
ASSUNTO PG.
1 INTRODUO ...................................................................................... 03
2 OBJETIVO ............................................................................................. 04
3 JUSTIFICATIVAS PARA ELABORAR E ENTREGAR O MANUAL ...... 04
4 DEFINIES ........................................................................................ 06
5 FINALIDADE DO MANUAL ................................................................... 07
6 APRESENTAO DO MANUAL .......................................................... 07
7 CONTEDO MNIMO DO MANUAL ..................................................... 09
7.1 DESCRIO DA EDIFICAO COMO CONSTRUDA ............................................. 09
7.2 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A COLOCAO EM USO
DA EDIFICAO ......................................................................................................... 14
7.3 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS PARA A
OPERAO E USO DA EDIFICAO ....................................................................... 14
7.4 INSTRUES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA SITUAES DE
EMERGNCIA ............................................................................................................. 18
7.5 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS PARA
INSPEES TCNICAS DA EDIFICAO ................................................................ 18
7.6 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS PARA AMANUTENO DA EDIFICAO .............................................................................. 18
7.7 INFORMAES SOBRE RESPONSABILIDADES E GARANTIAS ........................... 24
8 CONSIDERAES FINAIS .................................................................. 29
REFERNCIAS .............................................................................................. 31
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1 INTRODUO
As edificaes esto sujeitas degradao provocada pelo ambiente, pelo uso ou
pelas prprias caractersticas intrnsecas de seus materiais constituintes, o que torna
obrigatrio a realizao de atividades de manuteno a fim de assegurar a existncia de
condies adequadas durante todo o seu tempo de uso (BONIN, 1988).
O proprietrio da edificao , em princpio, o responsvel pela realizao da
manuteno da prpria unidade e, para o caso de edifcios multifamiliares, ainda co-responsvel pela realizao e custeio da manuteno e das inspees prediais das reas
comuns. Conforme o caso, o usurio tem tambm responsabilidades e, principalmente,
interesse na realizao da manuteno.
Contudo, o proprietrio ou o usurio da edificao so, geralmente, leigos e
necessitam ser informados adequadamente quanto s caractersticas do imvel, as
condies de garantia e as melhores prticas para a sua operao, uso e manuteno.
O instrumento adequado para alcanar essa finalidade o Manual de Operao,
Uso e Manuteno que deve ser obrigatoriamente fornecido ao proprietrio no momento
da entrega do imvel e, conforme o caso, tambm ao sndico por imposio do Cdigo de
Proteo e Defesa do Consumidor CDC, dentre outros motivos.
A responsabilidade pela elaborao do manual do incorporador/construtor, sendo
este documento de vital importncia na relao entre a empresa e o seu cliente, pois
define no somente as suas responsabilidades e extenso, como tambm o protege do
mau uso ou da m f do proprietrio ou usurio, minimizando os riscos jurdicos e
financeiros. Por outro lado, pode ser um dos instrumentos de fidelizao do cliente.
O Manual de Operao, Uso e Manuteno tambm pode ser identificado por meio
de outros termos como Manual da Edificao, Manual do Usurio ou ainda Manual do
Proprietrio. Nesta apostila vamos trat-lo, por simplicidade, apenas com o ttulo de
Manual, assim como tambm no o distinguiremos entre Manual do Proprietrio,
destinado unidade privativa, e Manual do Sndico, direcionado s reas e instalaes
comuns; que passaremos a discutir.
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2 OBJETIVO
O objetivo geral deste trabalho orientar a elaborao e apresentao do Manual
seguindo as recomendaes estabelecidas na NBR 140371 (ABNT, 1998).
Muito embora essas orientaes possam ser aplicadas a quaisquer classes de
edificao, nesta apostila o foco o edifcio habitacional de pequeno a mdio porte.
Para o aprofundamento do assunto, recomendamos ao leitor adquirir e estudar as
Normas Tcnicas pertinentes, assim como os manuais publicados por alguns dos
sindicatos da indstria da construo civil no pas (SINDUSCON), particularmente o
SINDUSCON/MG2, SINDUSCON/PE3 e SINDUSCON/SP4; dentre outras referncias que
sero utilizadas neste trabalho.
3 JUSTIFICATIVAS PARA ELABORAR E ENTREGAR O MANUAL
Como mencionamos anteriormente, a elaborao e a entrega do Manual obrigatria em face do Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990),
posto que a informao sobre um produto colocado no mercado um dever do fornecedor
e um direito bsico e fundamental do consumidor. Para tanto, transcrevemos alguns dos
artigos do CDC de interesse, como:
Art 6. So direitos bsicos do consumidor: (...) III A informao
adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios, com
especificao correta de quantidade, caractersticas, composio,qualidade e preo, bem como sobre os riscos que apresentem .
1At o fechamento da redao desta apostila, a ABNT NBR 14037:1998 encontrava-se em reviso junto a
CE-02:140.01 Comisso de Estudo de Manuteno de Edificaes do Comit Brasileiro da Construo
Civil ABNT/CB-02. Portanto, o leitor dever acompanhar a publicao e adquirir a nova verso desta
Norma Tcnica para analisar as alteraes ocorridas ao contedo por ora apresentado; o que pode ser feito
diretamente junto a ABNT de modo fcil por meio do sitewww.abnt.org.br.2
Acesse www.sinduscon-mg.org.br.3Acesse www.sindusconpe.com.br.4Acesse www.sindusconsp.com.br.
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Art. 31. A oferta e apresentao de produtos ou servios devem
assegurar informaes corretas, claras, precisas, ostensivas e em
lngua portugus sobre suas caractersticas, qualidades, quantidade,
composio, preo, garantia, prazos de validade e origem, entre
outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam sade e
segurana dos consumidores.
Art. 50. A garantia contratual complementar legal e ser
conferida mediante termo escrito. Pargrafo nico. O termo de
garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de
maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a
forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os nus a
cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente
preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado
de manual de instruo, de instalao e uso do produto em
linguagem didtica, com ilustraes.
O Manual tambm exigido em outras Normas Tcnicas brasileiras que abordam a
manuteno de edificaes, como a:
NBR 5674 (ABNT, 1999), que fixa os procedimentos de orientao para
organizao de um sistema de manuteno de edificaes. Para funcionar
adequadamente, um sistema de manuteno deve possuir, dentre outros itens, uma
estrutura de documentao e registro de informaes permanentemente atualizado para
propiciar economia na realizao dos servios de manuteno, reduzir a incerteza noprojeto e na execuo dos servios de manuteno e auxiliar no planejamento de servios
futuros. Como um destes documentos, destaca-se a exigncia do Manual de Operao,
Uso e Manuteno.
NBR 15575-1 (ABNT, 2008), que estabelece requisitos e critrios de desempenho
que se aplicam aos edifcios habitacionais de at cinco pavimentos. A manutenibilidade
uma dentre as exigncias do usurio da edificao. Por manutenibilidade entende-se
manter a capacidade do edifcio e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeesprediais, bem como as intervenes de manuteno previstas no Manual de Operao,
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Uso e Manuteno, com os menores custos.
Alm disso, elaborar e entregar o Manual no se justifica apenas pela imposio
legal ou o cumprimento s Normas Tcnicas brasileiras, mas para minimizar os custos
cobertos pelo profissional ou construtora/incorporadora, principalmente ao longo do
perodo de garantia. O mau uso do imvel por desinformao do morador uma das
maiores causas de ocorrncias de chamadas de manuteno, e que gera custo no seu
atendimento no perodo ps-ocupao podendo chegar at 3,5% do custo total da obra,
como apontado pelo Grupo de Evoluo Conjunta GEC do SINDUSCON-SP e
SECOVI-SP(CONSTRUO MERCADO, 2002).
4 DEFINIES
Para efeito da elaborao do Manual, vamos inicialmente definir os principais termos
envolvidos no assunto, fundamentando-nos nas Normas Tcnicas NBR 14037 (ABNT,
1998) e NBR 15575-1 (ABNT, 2008):
Proprietrio: pessoa fsica ou jurdica que tem o direito de dispor da edificao;
Usurio: pessoa fsica ou jurdica, ocupante permanente ou no permanente da
edificao;
Manual de Operao, uso e manuteno: documento que rene
apropriadamente todas as informaes necessrias para orientar as atividades de
operao, uso e manuteno da edificao.
Operao: conjunto de atividades a serem realizadas para controlar o
funcionamento de instalaes e equipamentos com a finalidade de criar condies
adequadas de uso da edificao;
Uso: atividades normais projetadas para serem realizadas pelos usurios dentro
das condies ambientais5 adequadas criadas pela edificao;
Manuteno: conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou
5 Por condies ambientais entendem-se as exigncias do usurio quanto segurana, habitabilidade e
sustentabilidade da edificao.
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recuperar a capacidade funcional da edificao e de suas partes constituintes a atender
as necessidades e segurana dos seus usurios;
Inspeo predial de uso e manuteno: verificao, atravs de metodologia
tcnica, das condies de uso e de manuteno preventiva e corretiva da edificao;
Vida til (VU): perodo de tempo durante o qual o edifcio (ou seus sistemas)
mantm o desempenho esperado, quando submetido s atividades de manuteno
predefinidas em projeto;
Prazo de garantia: perodo de tempo em que elevada a probabilidade de que
eventuais vcios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar,
decorrentes de anomalias que repercutam em desempenho inferior quele previsto.
5 FINALIDADE DO MANUAL
De acordo com a NBR 14037 (ABNT, 1998), o Manual tem por finalidade:
Informar as caractersticas tcnicas da edificao construda;
Descrever os procedimentos recomendveis para o melhor aproveitamento da
edificao;
Orientar para a realizao das atividades de manuteno;
Prevenir a ocorrncia de falhas e acidentes decorrentes de uso e operao
inadequados;
Contribuir para o aumento da durabilidade da edificao.
6 APRESENTAO DO MANUAL
O Manual deve ser redigido em linguagem simples, clara, objetiva e neutra, bem
como apresentado de forma didtica e organizada a fim de melhor transmitir as
informaes tcnicas aos proprietrios e/ou usurios que so, geralmente, leigos.
Em face disto, podem ser empregados recursos visuais adequados e de fcilcompreenso, como figuras e ilustraes, variedades tipogrficas, quadros sntese dos
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contedos de cada parte, etc., a fim de melhor explicar ou alertar.
O nvel do detalhamento deve ser compatvel com a complexidade da edificao.
As informaes sobre os itens que afetem a segurana e salubridade da edificao
devem estar destacadas, alertando aos proprietrios e/ou usurios sobre os riscos
decorrentes da negligncia na ateno destes itens. Assim como os aspectos de difcil
percepo nas atividades de operao, uso e manuteno da edificao devem ser
descritos em detalhe, uma vez que sua importncia pode no ser to evidente aos
leitores.
O Manual deve conter um sumrio e um ndice remissivo.
Aps o sumrio, inserir uma tabela explicitando as revises do seu contedo
indicando quais foram os itens revisados, a data das revises e seus respectivos
responsveis tcnicos como sugerido no modelo da Tabela 1.
Tabela 1 Modelo para controlar as revises em relao ao originalmente construdo
Na introduo, informar, dentre outros aspectos, sobre o empreendimento e a
organizao do Manual aos leitores.
O Manual pode ser dividido em partes de acordo com o tamanho e a complexidade
da edificao, sendo que cada uma das partes pode ser dirigida a diferentes grupos de
leitores, permitindo a utilizao de linguagem mais especfica.
Ao final, anexar os manuais de componentes, instalaes e equipamentos que
compem a edificao.
O Manual deve ser produzido em meio fsico durvel e acessvel aos seus leitores,
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sendo que o uso dos meios eletrnicos permitido desde que possuam a alternativa de
fcil reproduo dos contedos em meios impressos convencionais.
7 CONTEDO MNIMO DO MANUAL
Para atingir a finalidade do Manual, este deve conter informao suficiente para que
os proprietrios e/ou usurios possam operar e utilizar a edificao e realizar as
atividades de manuteno, contendo, no mnimo, os itens apresentados a seguir, em
conformidade com a NBR 14037 (ABNT, 1998).
7.1 DESCRIO DA EDIFICAO COMO CONSTRUDA
Como estabelecido na NBR 14037 (ABNT, 1998), o Manual deve conter:
Informaes sobre aspectos importantes para os proprietrios e usurios, como
propriedades especiais previstas em projeto, sistema construtivo utilizado, etc.;
Definio dos limites de uso seguro da edificao, descrevendo as caractersticascomo os carregamentos mximos admissveis sobre os elementos estruturais, as cargas
mximas admissveis dos circuitos eltricos, etc.;
Descrio dos dispositivos previstos para facilitar a modificao, expanso e
modernizao da edificao e de seus componentes, instalaes e equipamentos;
Desenhos esquemticos atualizados em relao ao que foi realmente construdo, com
dimenses cotadas, que representem a posio de instalaes embutidas e componentes
no aparentes, como por exemplo, as tubulaes embutidas em paredes, os eletrodutos,
etc. Por exemplo, alertar o proprietrio e/ou usurio da necessidade de se verificar a
regio em que se fixaro os armrios, cortinas, quadros ou outros acessrios em paredes
e pisos e necessitem de furao para que no danifiquem tubulaes ou eletrodutos, que
atinjam elementos estruturais com dificuldade em perfurar ou que danifiquem camadas de
impermeabilizao. E, recomendar para os sistemas de fixao nesses elementos
construtivos. Nesse caso, empregar figuras (croquis) para melhor indicao dessas
regies e facilidade de interpretao pelo leitor, fundamentadas no projeto as built, e
sempre com cotas.
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Conjunto completo de projetos e discriminaes tcnicas atualizadas em relao
ao realmente construdo;
As datas de concluso da estrutura, do habite-se e da elaborao do Manual do
Proprietrio.
A Tabela 2, extrada do Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007) um
modelo sugerido para reunir as informaes necessrias para descrever a edificao.
A Tabela 3, tambm extrada do Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
apresenta um modelo para identificao dos materiais de cada ambiente da unidade. Os
ndices apresentados nesta tabela correspondem aos materiais apontados na Tabela 4.
Salientamos que estas tabelas, assim como as demais nesta apostila, so genricas,
servindo para orientar a sua elaborao e apresentao, devendo conter itens de acordo
com o tamanho e a complexidade da edificao.
Para a elaborao correta do projeto as built, recorra NBR 14645-3 (ABNT, 2005)que estabelece os requisitos exigveis para a locao e o controle dimensional da obra,
com as anotaes de todas as alteraes ocorridas no transcorrer da obra, e indica os
procedimentos para se chegar ao projeto executado, a partir de um projeto executivo.
Ressaltando que, de acordo com Aguilera (2005), o projeto como construdo ou as
built , na verdade, um conjunto de projetos ou de documentos tcnicos que registra,
textual e fielmente, de maneira grfica, o que foi executado na edificao.
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Tabela 2 Modelo de ficha tcnica da edificao como sugerido no Manual do
Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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Tabela 3 Modelo para identificao dos materiais de cada ambiente como sugerido no
Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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Tabela 4 - Modelo para identificao dos fornecedores de materiais como sugerido no
Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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7.2 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA A
COLOCAO EM USO DA EDIFICAO
O Manual deve informar quais os procedimentos para colocao em uso da
edificao, contendo, de acordo com a NBR 14037 (ABNT, 1998):
Descrio clara dos procedimentos para a solicitao de ligao dos servios
pblicos informando endereos, telefones, documentao necessria, etc. Por exemplo,
energia eltrica, telefone, gs, gua, etc.;
Instrues sobre onde e como instalar os equipamentos previstos em projeto que
sero instalados pelos proprietrios e/ou usurios. Por exemplo, a instalao de
equipamento de ar condicionado;
Quando necessrio, instrues para a movimentao de mobilirios e
equipamentos no interior da edificao construda, identificando as dimenses mximas
previstas. Por exemplo, informar, se existir, as dimenses internas do elevador de servioe o vo da porta.
7.3 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS
PARA A OPERAO E USO DA EDIFICAO
O Manual deve trazer informaes sobre os procedimentos recomendveis para a
eficiente operao e uso da edificao, contendo, conforme a NBR 14037 (ABNT, 1998):
Descrio e localizao de todos os controles de operao da edificao,
destacando os dispositivos de segurana e combate a incndio, os registros da rede
hidrulica e disjuntores das instalaes eltricas;
Descrio detalhada de procedimentos especiais recomendveis para a operao
e uso das instalaes no convencionais incorporadas edificao;
Descrio de procedimentos recomendveis para a verificao e relato de mau
funcionamento de componentes, instalaes e equipamentos da edificao, e eventualcorreo;
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Descrio dos riscos inerentes edificao, mesmo em operao e uso em
condies normais, e os procedimentos de segurana preventivos necessrios.
Atentar para descrever sobre os:
- sistemas hidrossanitrios;
- sistemas eletro-eletrnicos;
- sistema de proteo contra descargas atmosfricas SPDA;
- sistemas de ar condicionado, ventilao e calefao;- sistemas de automao;
- sistemas de comunicao;
- sistemas de incndio;
- fundaes e estruturas;
- vedaes verticais internas e externas;
- revestimentos internos e externos de paredes e tetos;
- pisos;
- coberturas;
- jardins, paisagismos e reas de lazer;
- esquadrias e vidros; etc.
Como exemplo, a Tabela 5 informa ao leitor a localizao dos registros de gua nointerior de um apartamento.
Quanto aos procedimentos para o uso e a limpeza dos revestimentos de pisos e
paredes, bem como das pinturas, vidros, esquadrias, utilizar ilustraes e ainda tabelas.
Como exemplo, o modelo da Tabela 6 que orienta o proprietrio e/ou usurio sobre a
limpeza das sujeiras ou manchas mais comuns em pisos de mrmore ou granito.
Tomamos como exemplo as instalaes eltricas. Nesse caso, informar a localizao
do quadro contendo os disjuntores e os respectivos circuitos. Alertar, para o caso deincndio, em desligar o disjuntor geral do quadro e, para a manuteno aquele
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correspondente ao circuito. E, instruir o leitor para os principais problemas que
eventualmente podero ocorrer e quais os procedimentos para correo. Descrever os
procedimentos tambm para as demais instalaes prediais, como telefone, interfone,
instalao de gs, exausto, portes, etc.
Tabela 5 Modelo para localizao de registros, baseado no Manual do Proprietrio doSINDUSCON/PE (2007)
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Tabela 6 Orientaes para a limpeza de sujeiras ou manchas em pisos de mrmore ou
granito, de acordo com o Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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7.4 INSTRUES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA SITUAES DE
EMERGNCIA
O Manual deve descrever os procedimentos referentes s situaes de emergncia
como incndios, vazamento de gs, falhas em instalaes e equipamentos considerados
como crticos ao funcionamento da edificao como os elevadores, as instalaes
eltricas, instalaes de ar condicionado, instalaes hidrossanitrias, etc.
7.5 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS
PARA INSPEES TCNICAS DA EDIFICAO
O Manual deve trazer informaes referentes s inspees prediais, contendo,
segundo a NBR 14037 (ABNT, 1998):
Definio da qualificao tcnica necessria do responsvel tcnico pelo trabalho;
Definio da freqncia de inspees prediais necessrias para componentes eelementos construtivos, instalaes e equipamentos da edificao;
Definio de roteiros de inspees prediais na edificao, destacando-se os itens
relacionados segurana e salubridade, ou os crticos ao funcionamento da edificao;
descrevendo as condies especiais de acesso necessrias a todos os componentes e
elementos construtivos, as instalaes e equipamentos no acessveis, como a utilizao
de escadas, andaimes, equipamentos especiais de iluminao e ventilao, etc.
7.6 INFORMAES SOBRE OS PROCEDIMENTOS RECOMENDVEIS
PARA A MANUTENO DA EDIFICAO
O manual deve informar sobre os procedimentos recomendveis para a
manuteno, contendo, conforme a NBR 14037 (ABNT, 1998):
Especificao de procedimentos gerais de manuteno para a edificao como um
todo e procedimento especficos para a manuteno de materiais, componentes e
elementos construtivos, de instalaes e equipamentos;
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Especificao de um programa de manuteno preventiva de materiais,
componentes e elementos construtivos, bem como de instalaes e equipamentos
relacionados segurana e a salubridade da edificao;
Identificao de componentes e elementos construtivos mais importantes em
relao freqncia ou riscos decorrentes da falta de manuteno, descrevendo as
conseqncias provveis da no realizao das atividades de manuteno;
Recomendao da reviso obrigatria do Manual quando ocorrerem modificaes
na edificao em relao ao originalmente construdo e documentado no Manual.
Aguilera (2005) destaca para a descrio dos procedimentos nos seguintes
materiais, componentes, instalaes ou equipamentos da unidade privativa, quando
houver:
Instalao de gs;
Instalao hidrulica;
Instalao eltrica;
Vidros;
Lareira;
Banheiras de hidromassagem;
Peas de ao inoxidvel;
Impermeabilizao;
Portas;
Esquadrias de alumnio;
Esquadrias de madeira;
Metais sanitrios;
Louas sanitrias;
Bancadas em mrmore/granito; Revestimentos de pisos;
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Revestimentos de paredes;
Revestimentos de teto, etc.
O modelo apresentado na Tabela 7, extrado do Manual do Proprietrio do
SINDUSCON/PE (2007), um exemplo de planilha que informa sobre os tipos e
periodicidade para a manuteno preventiva.
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Tabela 7 Modelo para informao quanto ao tipo e periodicidade da manutenopreventiva
Continua...
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... continuao da Tabela 7.
Ou, como descrito no modelo sugerido pelo Manual Garantias do SINDUSCON/MG
(2009) e apresentado na Tabela 8, que traz mais informaes sobre o sistema construtivo,
a inspeo e as garantias.
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Tabela 8 Modelo que compe o sistema de manuteno preventiva para alvenaria de
vedao com bloco de concreto ou cermico
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Para o caso de reformas, o Manual deve informar da necessidade em consultar
previamente a incorporadora/construtora, ou os projetistas responsveis tcnicos ou
contratar profissionais habilitados e capacitados para anlise. Em hiptese alguma
podero ser realizadas alteraes que levem demolio total ou parcial de elementos
estruturais ou das instalaes prediais da edificao. Os servios somente sero
realizados por profissionais com reconhecida capacidade tcnica.
7.7 INFORMAES SOBRE RESPONSABILIDADES E GARANTIAS
O Manual deve informar sobre as responsabilidades e garantias, contendo, seguindo
a NBR 14037 (ABNT, 1998):
Identificao clara e precisa do(s) responsvel(eis) tcnico(s) pela produo da
edificao, com nome, registro profissional e/ou empresarial, endereo completo e
telefone, e, se existir, as informaes para contato com o servio de atendimento ao
cliente;
Identificao das empresas e responsveis tcnicos pelos projetos executivos, pela
execuo e fiscalizao da edificao e de seus componentes e instalaes, com nome,
registro profissional e/ou empresarial, endereo completo e telefone;
Identificao dos fornecedores de componentes, instalaes e equipamentos, com
nome, registros profissional e/ou empresarial, endereo completo, telefone, e, se
existirem, as informaes para contato com os respectivos servios de atendimento ao
cliente, fazendo-se obrigatoriamente a ressalva que o contato direto com estes
fornecedores uma faculdade e no uma responsabilidade dos proprietrios e usurios
da edificao;
Descrio clara e precisa das garantias dadas pelo responsvel pela produo da
edificao, identificando-se os prazos de validade e as responsabilidades dos
proprietrios e/ou usurios da edificao para a validade destas garantias;
Descrio das garantias adicionais dadas pelos fornecedores de componentes,
instalaes e equipamentos da edificao, identificando-se os prazos de validade e asresponsabilidades dos proprietrios e/ou usurios da edificao para a validade destas
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garantias.
A Tabela 9, extrada do Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007), um
modelo para a identificao adequada dos profissionais e empresas envolvidas no
empreendimento. Assim como na Tabela 10 tem-se um modelo para a identificao dos
fornecedores de servios.
Quanto aos prazos de garantia, recomendvel apresent-los em tabelas como a
sugerida na NBR 15575-1 (ABNT, 2008) que reproduzimos em parte na Tabela 11,
contendo informaes sobre sistemas, elementos, componentes construtivos, instalaese equipamentos relacionados s reas privativas ou s comuns em manual direcionado
ao proprietrio e/ou usurio e ao sndico, conforme o caso.
Tabela 9 Modelo para identificao das empresas e profissionais envolvidos com o
empreendimento, fundamentado no Manual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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Tabela 10 - Modelo para identificao dos fornecedores de servios como sugerido noManual do Proprietrio do SINDUSCON/PE (2007)
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Tabela 11 Sugesto para apresentao dos prazos de garantia para algumas partes da
edificao, de acordo com a NBR 15575-1 (ABNT, 2008)
Continua ...
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... continuao da Tabela 11.
As condies de excluso da garantia devem ser claramente informadas, como as
apontadas no Manual do Proprietrio elaborada pelo SINDUSCON/PE (2007), que a
seguir transcrevemos:
Por no observao do que dispe o Manual e as orientaes estabelecidas na
NBR 5674 (ABNT, 1999);
Por decurso do prazo de garantia;
Nos termos do art. 393 do Cdigo Civil, ocorrer qualquer caso fortuito, ou de fora
maior, que impossibilite a manuteno da garantia concedida;
A realizao de quaisquer modificaes ou alteraes das caractersticas de
construo do projeto original;
O uso inadequado s caractersticas bsicas do projeto, tais como: sobrecargas
estruturais alm das permitidas, sobrecargas eltricas alm das previstas e outras
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eventuais descaracterizaes dos acabamentos, revestimentos e das instalaes
entregues;
Por m conservao, falta de manuteno preventiva e a interveno por
profissionais no qualificados;
Por reforma ou descaracterizaes dos sistemas na unidade privativa ou nas
reas comuns, com fornecimento de materiais e servios pelos proprietrios e/ou
usurios;
Por impedimento de acesso de profissional destacado pela
incorporadora/construtora para vistoriar ou realizar servios de assistncia tcnica no
imvel;
Caso forem identificadas irregularidades na vistoria tcnica realizada pela
incorporadora/construtora e as providncias sugeridas no forem realizadas por parte do
proprietrio e/ou usurio;
Caso no for elaborado e executado o programa de manuteno preventiva emconformidade com a NBR 5674 (ABNT, 1999).
recomendvel informar ao leitor sobre o servio de assistncia tcnica, no mbito
da garantia, cabendo ao proprietrio e/ou usurio a solicitao formal da visita de
representante da incorporadora/construtora. E, caso constatado que o servio no se
enquadre nas condies da garantia, informar que poder ser cobrada uma taxa de visita.
8 CONSIDERAES FINAIS
Logicamente que o assunto aqui apresentado no se esgota em si mesmo, devendo
o leitor adquirir principalmente a NBR 14037 (ABNT, 1998), estud-la minuciosamente e
passar a pratic-la de acordo com as caractersticas do empreendimento, ou sua fase, de
acordo com sua responsabilidade tcnica; alm dos manuais e outros autores citados
nesta apostila.
Quanto coleta de informaes para se elaborar o Manual, importante ressaltarque na fase da elaborao do projeto da edificao e da especificao de materiais e
componentes em que h maior potencialidade em influenciar as atividades de
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manuteno. Desta forma, para se confeccionar o Manual deve-se recorrer aos
profissionais projetistas a fim de colher informaes tratadas naquela oportunidade.
Da fase da execuo da obra, levantar todas as informaes necessrias junto aos
profissionais responsveis pela atividade para se elaborar o projeto as built.
Mariano et al. (2002) recomendam, ainda, que sejam arquivados todos os contratos
de manuteno, termos de garantia fornecidos pelos fabricantes e manuais de instalao
e uso de equipamentos e componentes para que possam ser repassados, anexados ao
Manual, ao proprietrio e/ou usurio.
Aguilera (2005) sugere que as informaes sobre as responsabilidades e garantias
da incorporadora/construtora sejam levantadas e conferidas por uma assessoria jurdica
para se evitar atritos futuros com os clientes.
O Manual dever ser entregue formalmente ao primeiro proprietrio e/ou sndico, se
condomnio. Lembrando de informar ao leitor que o mesmo deve ser atualizado sempre
que houver qualquer modificao em relao edificao originalmente construda e
documentada, tanto na unidade privativa quanto na rea comum, cabendo, nestes casos,
a responsabilidade ao proprietrio e ao sndico, respectivamente. E, que a atualizao
seja obrigatoriamente realizada por profissionais habilitados e capacitados para esta
funo.
Para finalizar, sugere-se que informe, ainda, ao proprietrio que no caso de venda
ou locao uma cpia do Manual dever ser entregue ao novo dono ou usurio, a fim de
que a edificao seja operada, utilizada e mantida adequadamente.
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REFERNCIAS
AGUILERA, Camila G. Uma contribuio para a formulao de diretrizes para
elaborao do manual do usurio de edifcios. Dissertao (Mestrado)
Universidade Federal de So Carlos. So Carlos: UFSCar, 2005. 215 p.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5674. Manuteno de
edificaes - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 6 p.
____. NBR 14037. Manual de operao, uso e manuteno das edificaes Contedo e
recomendaes para elaborao e apresentao. Rio de Janeiro: ABNT, 1998. 5 p.
____. NBR 14645-3. Elaborao do como construdo (as built) para edificaes. Parte
3: Locao topogrfica e controle dimensional da obra - Procedimento. Rio de
Janeiro: ABNT, 2005. 6 p.
____. NBR 15575-1. Edifcios habitacionais de at cinco pavimentos desempenho.
Parte 1: requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. 52 p.
BONIN, Luis C. Manuteno de edifcios: uma reviso conceitual. In: Seminrio sobreManuteno de Edifcios. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 1988. p. 1-31.
BRASIL. Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor. Lei n 8078, de 11 de setembro
de 1990. Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias.
Braslia, DF, 1990.
MARIANO, I. G. S.; SIMES, L. A.; VITTURI, M. D.; MARTINS, M. S.; MARTINS, S.
Diretrizes para a elaborao do manual de operao, uso e manuteno dos
proprietrios de imveis novos em edifcios residenciais no Norte do Paran.
Monografia (Especializao em Engenharia de Avaliao de Bens e Percias)
Centro Universitrio Filadlfia. Londrina: UNIFIL, 2002. 98 p.
REVISTA CONSTRUO. Dinheiro pelo ralo. n. 8. So Paulo: PINI, 2002.
SINDUSCON/PE SINDICATO DA INDSTRIA DA CONSTRUO CIVIL NO ESTADO
DE PERNAMBUCO. Manual de operao, uso e manuteno das edificaes
Manual do proprietrio. Coordenao Tcnica: Alberto Casado Lordsleem Jnior.Recife: SINDUSCON/PE, 2007. 60 p.
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SINDUSCON/MG SINDICATO DA INSDSTRIA DA CONSTRUO CIVIL NO ESTADO
DE MINAS GERAIS. Manual Garantias. 4 ed.Belo Horizonte: SINDUSCON/MG,
2009. 116 p.
Currculo resumido do autor
Engenheiro civil formado pela Universidade Estadual de Londrina UEL, em 1990.
Especialista em Engenharia de Avaliao de Bens e Percias pelo Centro Universitrio
Filadlfia UNIFIL, IBAPE-PR e IBAPE-SP, em 2003. Mestre em Engenharia deEdificaes e Saneamento pela UEL, em 2007. Professor assistente junto ao
Departamento de Construo Civil, do CTU/UEL, desde 1993. Atua na realizao e
desenvolvimento de ensaios no Laboratrio de Materiais de Construo do Centro de
Tecnologia e Urbanismo da UEL.