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Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI MANUAL PARA O DEPOSITANTE DE PATENTES DIRETORIA DE PATENTES DIRPA Abril de 2015

Manual Para o Depositante de Patentes

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PARA QUEM QUER PATENTEAR ALGO

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  • Ministrio do Desenvolvimento, da Indstria e Comrcio Exterior

    Instituto Nacional da Propriedade Industrial

    INPI

    MANUAL PARA O DEPOSITANTE DE PATENTES

    DIRETORIA DE PATENTES DIRPA

    Abril de 2015

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    APRESENTAO

    O objetivo desse manual auxiliar os depositantes de patentes com relao aos atos necessrios a serem praticados no INPI, bem como apresentar os principais conceitos de questes vinculadas Propriedade Industrial em matria de patentes.

    O manual contm, na sua introduo, informaes importantes relativas forma como os servios realizados pelo INPI devem ser iniciados e acompanhados pelo depositante, com destaque para os sistemas da Plataforma e-patentes, visando a modernizao do processamento dos pedidos de patentes e das patentes no INPI.

    O contedo do manual consiste de conceitos bsicos e disposies gerais sobre pedidos de patentes e patentes, procedimentos para elaborao, depsito e acompanhamento de um pedido de patente ou certificado de adio, obrigaes do titular da patente e informaes sobre os Exames Prioritrios relativos s Patentes Verdes e s Patentes relacionadas Sade Pblica e sobre a Opinio Preliminar de Patentes.

    Como referncias para elaborao do manual foram empregados: - Lei n 9279/1996 - Lei da Propriedade Industrial LPI, instrues normativas e

    resolues vigentes no INPI. - Diretrizes de Exames, disponveis no portal do INPI e no Sistema de Cadastramento

    da Produo (SISCAP); - Consultas sobre procedimentos administrativos s equipes da Diretoria de Patentes -

    DIRPA: Servio de Assuntos Especiais de Patentes SAESP e dos Servios da Coordenao de Suporte Administrativo de Patentes COSAP;

    - Manual original da Coordenao Geral de Ao Regional (CGAR) e Guias de Depsitos de 2008, anteriormente disponveis no portal do INPI.

    Elaborao: Servio de Assuntos Especiais da Diretoria de Patente SAESP/DIRPA/INPI

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    INTRODUO INFORMAES PRELIMINARES IMPORTANTES

    1- As dvidas e questionamentos dos depositantes podem ser enviados pelo sistema Fale Conosco, acessvel no portal do INPI e sero respondidas em at 8 (oito) dias corridos. O atendimento feito pelo Servio de Assuntos Especiais de Patentes SAESP da DIRPA. O SAESP presta tambm servio presencial para o usurio externo, de orientao tcnica e processual sobre pedidos de patentes (Rua So Bento, 1 17 andar Rio de Janeiro, telefones: (0xx21) 3037-3797 / 3314 / 3547 / 3662 / 3638 / 3679 / 3601 / 4178/ 4376) das 10:00 s 16:30h de segunda a sexta-feira. O atendimento presencial feito por ordem de chegada, sendo possvel tambm um agendamento de dia e horrio.

    2- Os servios do INPI so realizados mediante pagamento de retribuio recolhida atravs de Guia de Recolhimento da Unio (GRU). Esta guia gerada eletronicamente e acessada atravs do portal do INPI (www.inpi.gov.br). O INPI tem diversos servios realizados via Internet, que dependem da criao de login e senha. Para emitir a guia, o usurio deve, portanto, efetuar antecipadamente seu cadastro, acessando e-INPI - Cadastre-se aqui! na pgina inicial do portal.

    IMPORTANTE: NO SE ACEITA O AGENDAMENTO DE PAGAMENTO!

    3- Quem pode praticar ato junto ao INPI: Cliente: Pessoa fsica ou jurdica domiciliada no Pas, que no possua um

    procurador; Todo e qualquer cidado, em nome de terceiros, por meio de instrumento de

    mandato, nos termos do Art. 216, da Lei de Propriedade Industrial LPI (Lei n 9279/96 de 14/05/96) (Advogado ou Procurador, sem habilitao especial, e Agentes da Propriedade Industrial API);

    No caso de usurios estrangeiros, a pessoa fsica ou jurdica obrigada a constituir e manter um procurador no Brasil, com poderes para represent-la administrativamente e judicialmente, inclusive para receber citaes (Art. 217 da LPI).

    Para saber mais, acesse e-INPI - Cadastre-se aqui! na pgina inicial do portal e veja a pgina Cadastro nos Servios INPI.

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    4- No portal podem ser acessados os formulrios de requerimento dos pedidos.

    5- Aps depositar o pedido ou petio, o requerente dever consultar regularmente a Revista da Propriedade Industrial (RPI), disponibilizada gratuitamente no portal do INPI, publicada sempre s teras-feiras, que a publicao oficial do INPI.

    6- Sistema PUSH facultado ao usurio a inscrio no sistema PUSH, disponibilizado no portal do INPI, para receber automaticamente, via e-mail, informaes sobre o andamento dos processos previamente cadastrados, includas as exigncias formais. No entanto, esse cadastramento no substitui a consulta a RPI, pois caso o e-mail do usurio no esteja configurado corretamente o e-mail do INPI poder ser enviado para a Caixa de Spam/Lixo eletrnico.

    7- Sistema PAG Sistema de Protocolo Automatizado Geral o sistema responsvel pela confeco de etiquetas de protocolo quando feita a recepo da documentao referente aos servios solicitados ao INPI.

    8- Plataforma e-Patentes - Acessada na pgina inicial do portal do INPI - e-Patentes. O e-Patentes um amplo conjunto de solues que visam modernizao do

    processamento das patentes dentro do INPI. Esse conjunto de solues engloba sistemas tanto na rea de e-Administrao Pblica (melhorias internas e/ou na comunicao com outros rgos do governo) como na rea de e-Servios Pblicos (melhorias na comunicao com o pblico externo).

    Os mdulos para comunicao com o pblico externo na rea de e-Servios Pblicos so os seguintes:

    Mdulo 1 - Disponibilizao via web de Documentos e Estatsticas que compem um processo de Pedido de Patente

    Compreende os Sistemas e-Patentes/Parecer (e-parecer), e-Patentes/Carta-Patente (e-carta), e-Patentes/Vista (e-vista):

    Sistema e-Patentes/Parecer (e-parecer) permite ao usurio INPI acessar os pareceres gerados de acordo com o Art. 35 da LPI, por ocasio do exame dos pedidos de patente. Os pareceres que so publicados na RPI esto disponveis gratuitamente no portal do INPI na forma de arquivos com extenso PDF e

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    certificao digital, assim como os documentos de anterioridade citados. O principal objetivo deste sistema facilitar o acesso documentao produzida pelos examinadores de patentes do INPI e agilizar a manifestao do usurio no prazo determinado pelo Art. 36 da LPI.

    Sistema e-Patentes/Carta-Patente (e-carta) Permite ao usurio do INPI acessar Cartas-Patentes ou Certificados de Adio de Inveno concedidos de acordo com o Art. 38 da LPI. Estes documentos esto disponveis no portal do INPI na forma de arquivos com extenso PDF e certificao digital. O principal objetivo deste sistema facilitar o acesso documentao produzida pelo INPI e agilizar a manifestao de terceiros no prazo determinado pelo Art. 51 da LPI.

    Sistema e-Patentes/vista (e-vista) vista de Processos de Patentes. Tem como objetivo prover o acesso a informaes e documentos pblicos (no sigilosos) de pedidos de patentes. Os principais objetivos dessa ferramenta so: o trabalho sem papel, reduo de custos e a viabilidade de acesso para leitura dos processos do INPI via web. O que intenciona-se atravs dessa ferramenta o melhor e mais rpido acesso da sociedade s informaes de documentos de patentes, fornecendo acesso em tempo real documentao patentria do Instituto. O acesso ao e-Vista feito com a utilizao da senha/login da GRU.

    Mdulo 2 Depsito Eletrnico

    Compreende as ferramentas necessrias para realizao do depsito e/ou peticionamento eletrnico de documentos de patente no INPI por meio do Sistema e-Patentes/Depsito (e-depsito) com a utilizao obrigatria de Certificao Digital. O sistema foi lanado em 20/03/2013. Informaes sobre o sistema e manuais de uso, cartilha e apresentaes explicativas esto disponveis on-line. Os usurios podem fazer o download do programa e us-lo off-line para preenchimento do formulrio de depsito e incluir os documentos pertinentes. Para enviar os documentos para o INPI, necessrio, previamente, o credenciamento do certificado digital no Sistema e-depsito. Ou seja, o usurio precisa ter um dispositivo de certificao digital (certificado de software, token ou smartcard) para ter condies de assinar eletronicamente os documentos enviados de acordo com os padres estabelecidos pela ICP-Brasil1. Trata-se de um pr-requisito 1 Sigla no Brasil para Infra-estrutura de Chaves Pblicas, um conjunto de tcnicas, prticas e

    procedimentos elaborados para suportar um sistema criptogrfico com base em certificados digitais.

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    indispensvel para realizao do procedimento de depsito eletrnico. No portal do INPI podem ser encontrados maiores detalhes dos procedimentos necessrios, inclusive links para o ITI (Instituto de Tecnologia da Informao) que o rgo nacional responsvel pela determinao das autoridades certificadoras da ICP Brasil. Alm disso, importante atentar para o fato que assinatura digital do documento deve ser feita pelo responsvel legal (depositante ou procurador).

    Mdulo 3 Listagens de Sequncias Biolgicas

    Consiste do chamado SisBioList, ferramenta desenvolvida pela Diretoria de Patentes (DIRPA) para facilitar o cumprimento do Art. 2 da Resoluo PR n 70/2013, para o depsito eletrnico das listagens de sequncias: "O depositante de Pedido de Patente que contenha em seu objeto uma ou mais sequncias de nucleotdeos e/ou de aminocidos, que sejam fundamentais para a descrio da inveno, dever represent-las em uma Listagem de Sequncias, com vistas aferio da suficincia descritiva, de que trata o Art. 24 da LPI (vide item 3.1.3 do Manual). O Sistema SisBioList visa garantir que os processos de patente, envolvendo listagens de sequncias biolgicas, possam ser analisados mais eficientemente, garantindo uma melhor proteo das matrias reivindicadas.

    9- e-PCT - Depsito Internacional A partir de 20 de outubro de 2014, o sistema ePCT-filing o meio indicado pelo INPI para o depsito de pedidos internacionais PCT e documentos associados. O ePCT um servio online da OMPI que permite aos Escritrios receptores, Autoridades Internacionais e usurios cadastrados acesso eletrnico seguro aos pedidos internacionais depositados atravs do PCT.

    10- No portal do INPI em Legislao Patente, alm da LPI podem ser acessados a Lei n 10.196, de 14 de fevereiro de 2001 (que altera e acresce dispositivos LPI), as instrues normativas e resolues vigentes no INPI, incluindo as Diretrizes de Exame j publicadas:

    - Patentes de Modelo de Utilidade - Resoluo PR N 85/2013; - Patentes - Geral - Mdulo I (contedo do Pedido de Patente Resoluo PR N 124/2013; - Patentes de Biotecnologia - Resoluo PR N 144/2015; - Aplicabilidade do disposto no Art. 32 da Lei 9279/96 nos pedidos de patentes, no mbito do INPI- Resoluo PR N 93/2013

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    SUMRIO

    1 -CONCEITOS BSICOS 1.1 - O QUE UMA PATENTE 1.1.1 - O QUE PODE SER PATENTEADO NO BRASIL 1.2 - CARACTERSTICAS FUNDAMENTAIS DAS PATENTES 1.3 - TERRITRIO DE VALIDADE DE UMA PATENTE 1.4 - EXPECTATIVA DE DIREITO 1.5 - VIGNCIA DAS PATENTES 2 - DISPOSIES GERAIS SOBRE PATENTES 2.1 - NATUREZA DAS PATENTES 2.1.1 - PATENTE DE INVENO 2.1.1.1 - CERTIFICADO DE ADIO DE INVENO 2.1.2 - MODELO DE UTILIDADE 2.2 - REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE 2.2.1 - ESTADO DA TCNICA 2.2.1.1 - PERODO DE GRAA 2.2.1.2 - PRIORIDADE UNIONISTA 2.2.1.3 - PRIORIDADE INTERNA 2.2.2 - NOVIDADE 2.2.3 - ATIVIDADE INVENTIVA E ATO INVENTIVO 2.2.4 - APLICAO INDUSTRIAL 2.3 - CONDIES DE PATENTEABILIDADE (INVENO OU MODELO DE UTILIDADE) 2.3.1 - SUFICINCIA DESCRITIVA 2.3.2 - UNIDADE DO PEDIDO 2.3.3 - CLAREZA E PRECISO DAS REIVINDICAES 2.4 - MATRIA EXCLUDA DE PROTEO PATENTRIA 3 - ELABORAO DE UM PEDIDO DE PATENTE OU CERTIFICADO DE ADIO 3.1 - CONTEDO TCNICO 3.1.1 - RELATRIO DESCRITIVO 3.1.2 - REIVINDICAES 3.1.3 - LISTAGEM DE SEQUNCIAS 3.1.4 - DESENHOS 3.1.5 - RESUMO

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    4 - PROCEDIMENTOS PARA DEPSITO DO PEDIDO DE PATENTE OU CERTIFICADO DE ADIO 4.1 - ORIENTAES PRELIMINARES 4.2 - DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA O DEPSITO 4.2.1 - FORMULRIO PARA REQUERIMENTO 4.3 - PROCEDIMENTOS TCNICO-ADMINISTRATIVOS 4.3.1 - RECEPO DA DOCUMENTAO INICIAL 4.3.2 - RECEPO DE DOCUMENTAES ADICIONAIS 4.3.3 - CONFERNCIA DAS DOCUMENTAES 4.3.4 - ACOMPANHAMENTO DO DEPSITO DO PEDIDO 5 - OBRIGAES DO TITULAR DA PATENTE 5.1- PAGAMENTO DE ANUIDADES 5.2 - PEDIDO DE EXAME TCNICO 5.2.1- ACOMPANHAMENTO DO EXAME TCNICO 5.3 - PAGAMENTO DA EXPEDIO DA CARTA-PATENTE 5.4 - EXPLORAO EFETIVA DE PATENTE 5.5 - DA INVENO E DO MODELO DE UTILIDADE REALIZADO POR EMPREGADO OU PRESTADOR DE SERVIO 5.6 - OFERTA DE LICENA 6 - EXAMES PRIORITRIOS 6.1 - IDOSOS, CONTRAFAO E OBTENO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA A EXPLORAO DO RESPECTIVO PRODUTO OU PROCESSO 6 2 - PATENTES VERDES 6.3 - PRODUTOS E PROCESSOS FARMACUTICOS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS RELACIONADOS SADE PBLICA. 7 - OPINIO PRELIMINAR DE PATENTES

    ANEXOS ANEXO 1 - TRANSFERNCIA DE TITULARIDADE / ALTERAO DE NOME E SEDE ANEXO 2 - ORIENTAES PARA DEPSITO DE PEDIDO DIVIDIDO ANEXO 3 - DVIDAS MAIS FREQUENTES

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    1- CONCEITOS BSICOS 1.1 - O QUE UMA PATENTE um ttulo de propriedade temporrio, oficial, concedido pelo ESTADO, por fora de lei, ao seu titular ou seus sucessores (pessoa fsica ou pessoa jurdica), que passam a possuir os direitos exclusivos sobre o bem, seja de um produto, de um processo de fabricao ou aperfeioamento de produtos e processos j existentes, objetos de sua patente. Terceiros podem explorar a patente somente com permisso do titular (licena). Durante a vigncia da patente, o titular recompensado pelos esforos e gastos despendidos na sua criao.

    A Lei n 9.279, de 14 de maio de 1996 - Lei da Propriedade Industrial - LPI2, que regula direitos e obrigaes relativos Propriedade Industrial, estabelece a concesso de patentes (Art. 2 da LPI), cujos dispositivos constam do Art. 3 ao Art. 93 e do Art. 212 ao Art. 244, considerando o seu interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico do Pas.

    A concesso da patente um ato administrativo declarativo ao se reconhecer o direito do titular, e atributivo (constitutivo), sendo necessrio o requerimento da patente e o seu trmite junto administrao pblica. uma forma de incentivar a contnua renovao tecnolgica estimulando o investimento das empresas para o desenvolvimento de novas tecnologias e a disponibilizao de novos produtos para a sociedade.

    1.1.1 - O QUE PODE SER PATENTEADO NO BRASIL

    Todas as criaes que impliquem em desenvolvimento que acarrete em soluo de um problema ou avano tecnolgico em relao ao que j existe e que possuam aplicao industrial podem, a princpio, ser passveis de proteo.

    1.2 - CARACTERSTICAS FUNDAMENTAIS DAS PATENTES - Propriedade limitada temporalmente.

    Diferentemente de outros sistemas de propriedade, a validade limitada a um determinado perodo de tempo permite que aps o transcurso desse perodo a patente caia em domnio pblico, estando apta para ser usada por toda a sociedade, incentivando o

    2 Tanto a LPI quanto a Lei N 10.196, de 14 de fevereiro de 2001 (que altera e acresce dispositivos LPI e d outras providncias) encontram-se disponveis no portal oficial do INPI www.inpi.gov.br - (em Legislao Patente).

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    inventor a prosseguir na pesquisa de aperfeioamentos, bem como estimular seus concorrentes.

    - Interesse pblico na divulgao da informao contida no Pedido de Patente.

    O interesse pblico fica preservado na divulgao da informao, permitindo sociedade o livre acesso ao conhecimento da matria objeto da patente. Dessa forma, os concorrentes do inventor podem desenvolver suas pesquisas a partir de um estgio mais avanado do conhecimento, promovendo, assim, o desenvolvimento tecnolgico do pas.

    1.3 - TERRITRIO DE VALIDADE DE UMA PATENTE A patente vlida apenas nos pases onde foi requerida e concedida a sua proteo.

    Cada pas soberano para conceder ou no a patente, independentemente da deciso em outros pases sobre pedidos de patentes depositados nos mesmos patentes correspondentes (Art. 4 bis da "Conveno da Unio de Paris para Proteo da Propriedade Industrial" - CUP3). 1.4 - EXPECTATIVA DE DIREITO

    Quando o interessado deposita um Pedido de Patente ele passa a usufruir uma expectativa de direito. O direito exclusivo do titular nasce apenas com a concesso da patente, formalizada pela expedio da Carta-Patente. S a partir da concesso, o titular poder impedir que terceiros no autorizados por ele deixem de fazer as atividades que lhe so privativas, sob pena de sanes civil e penal, de acordo com as prerrogativas e limitaes previstas na legislao.

    1.5 - VIGNCIA DAS PATENTES Patente de Inveno - 20 anos Modelo de Utilidade - 15 anos Contados a partir da data do depsito do Pedido de Patente ou de Modelo de Utilidade Art. 40 da LPI.

    3 A CUP, concluda em 1883, constituiu o primeiro marco em nvel internacional para a proteo da Propriedade Industrial entre os diversos pases signatrios, estabelecendo tambm condies de depsito e exame de um pedido de patente em outros pases. O Brasil foi um dos 14 primeiros a aderir a essa conveno. Vrias foram as modificaes introduzidas no texto de 1883 atravs de 7 revises. Em 1990 o Brasil aderiu integralmente ao texto da Reviso de Estocolmo da CUP.

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    2 - DISPOSIES GERAIS SOBRE PATENTES 2.1 - NATUREZA DAS PATENTES

    A Lei da Propriedade Industrial, atravs do Art. 2, inciso I, prev a concesso de:

    Patente de Inveno (antigo PI) Patente de Modelo de Utilidade (antigo MU) A LPI estabelece, ainda, a concesso de Certificado de Adio de Inveno

    (antigos C1, C2, etc), como um acessrio da Patente de Inveno (Arts. 76 e 77), e a concesso de Registro de Desenho Industrial (Art. 2, inciso II). Ressalta-se que o Desenho Industrial no protegido como Patente, mas atravs de um Registro, tendo condies, trmites e exames distintos. O Certificado de Adio extingue-se junto com a Patente inicial. 2.1.1 - PATENTE DE INVENO

    Concepo resultante do exerccio da capacidade de criao do homem que represente uma soluo nova para um problema tcnico existente dentro de um determinado campo tecnolgico e que possa ser fabricada. As invenes podem ser referentes a produtos industriais (compostos, composies, objetos, aparelhos, dispositivos, etc.) e a atividades industriais (processos, mtodos, etc.). As Patentes de Inveno conferem proteo s criaes de carter tcnico, visando um efeito tcnico peculiar.

    2.1.1.1 - Certificado de Adio de Inveno4

    Aperfeioamento ou desenvolvimento introduzido no objeto da inveno, mesmo que destitudo de atividade inventiva, desde que a matria se inclua no mesmo conceito inventivo.

    O Certificado de Adio de Inveno que no apresentar o mesmo conceito inventivo do Pedido ou da Patente do qual se origina ser indeferido. O usurio poder, no prazo do recurso contra o indeferimento do Pedido de Certificado de Adio, requerer a sua transformao em Pedido de Patente de Inveno ou de Modelo de Utilidade (vide item 5.2.1). 2.1.2- PATENTE DE MODELO DE UTILIDADE5

    Criao referente a um objeto de uso prtico, ou parte deste, suscetvel de aplicao industrial, que apresente nova forma ou disposio, envolvendo ato inventivo, que resulte

    4 Consultar Norma de Execuo DIRPA N 01/2013.

    5 Consultar Diretrizes de Patentes de Modelo de Utilidade - Resoluo PR N 85/2013.

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    em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricao. Este objeto deve ser tridimensional (como instrumentos, utenslios e ferramentas) e suscetvel de aplicao industrial.

    possvel ter tambm criaes de forma ou disposio enquadradas como Inveno, se houver um novo efeito tcnico funcional do objeto. A diferenciao entre Patente de Inveno e Patente de Modelo de Utilidade de suma importncia para quem deseja proteger sua criao. Para determinar a definio da natureza correta, necessrio avaliar se h um aperfeioamento de efeito ou funcionalidade caso de proteo como Patente de Modelo de Utilidade - ou um novo feito tcnico-funcional caso de proteo como Patente de Inveno. O inventor poder identificar melhor a natureza (Inveno ou Modelo de Utilidade) da sua criao a partir do conhecimento prvio do estado da tcnica6, de modo a requerer devidamente a proteo.

    Exemplos: Estado da Tcnica Patente de Inveno Navalha Barbeador eltrico Telefone Telefone sem fio Estado da Tcnica Patente de Modelo de Utilidade Alicate de ponta Alicate de ponta e corte com cabo anatmico Jarra de gua sem tampa Jarra de gua com tampa acoplada

    2.2 REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE

    Uma Inveno patentevel quando atende simultaneamente aos trs requisitos bsicos: novidade, atividade inventiva e aplicao industrial (Art. 8o da LPI).

    Um Modelo de Utilidade patentevel quando o objeto de uso prtico (ou parte deste) atende aos requisitos de novidade na nova forma ou disposio, aplicao industrial e envolve um ato inventivo que resulte em melhoria funcional no seu uso ou na sua fabricao (Art. 9 da LPI).

    Para a melhor compreenso dos requisitos de patenteabilidade, necessria a definio do que vem a ser o "Estado da Tcnica".

    2.2.1 - ESTADO DA TCNICA Constitudo por tudo aquilo tornado acessvel ao pblico antes da data de depsito do Pedido de Patente, por descrio escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior (Art. 11, 1 da LPI), ressalvado o disposto nos Arts. 12 (Perodo de 6 Vide item 2.2.1 a seguir neste manual.

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    Graa), 16 (Prioridade Unionista) e 17 (Prioridade Interna) e excludo o que mantido em segredo de fbrica.

    2.2.1.1 - PERODO DE GRAA No ser considerada como estado da tcnica a divulgao de Inveno ou Modelo de Utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depsito ou a da prioridade do Pedido de Patente, se promovida pelo prprio inventor ou por pessoa por ele autorizada, seja em exposies, palestras ou publicaes (Art. 12 da LPI). Cabe observar que o INPI poder exigir declarao do inventor relativo divulgao, acompanhada de provas ou no, indicando a forma, local e data de ocorrncia da divulgao. Ainda, o inventor poder indicar essas informaes quando do depsito do pedido.

    2.2.1.2- PRIORIDADE UNIONISTA

    A prioridade unionista estabelecida pelo Art. 4 da CUP assegura que, no prazo de doze meses, a divulgao da Inveno, ou do Modelo de Utilidade, em decorrncia do primeiro depsito de um pedido em um dos pases signatrios desse acordo, no prejudica o depsito posterior do pedido correspondente em nosso pas (Art. 16 da LPI).

    Portanto, qualquer divulgao ocorrida entre a data de prioridade reivindicada e a data de depsito do pedido em nosso pas no prejudica a novidade e atividade inventiva do pedido brasileiro.

    Caso o referido pedido depositado no Brasil apresente matria adicional em relao ao primeiro depsito no exterior - cuja prioridade est sendo reivindicada - a data para a averiguao do estado da tcnica ser a data de depsito no Brasil. Cabe ressaltar que a vigncia da patente do pedido ser contabilizada a partir da sua data de depsito.

    2.2.1.3- PRIORIDADE INTERNA

    O Pedido de Patente de Inveno ou de Modelo de Utilidade depositado originalmente no Brasil (sem reivindicao de prioridade e no publicado) assegura o direito de prioridade a um pedido posterior (sobre a mesma matria depositada no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores), dentro do prazo de um ano (Art. 17 da LPI).

    A reivindicao de prioridade dever ser requerida no ato do depsito do pedido posterior, assinalando no formulrio de depsito o nmero e a data do pedido anterior. Assim, o pedido anterior que serve de base para a reivindicao da prioridade interna, no poder ser utilizado para invalidar a novidade do posterior. Alm disso, o pedido anterior ser considerado definitivamente arquivado.

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    A prioridade ser admitida apenas para a matria revelada no pedido anterior, no se estendendo matria nova introduzida (Art. 17, 1o da LPI). Tanto o pedido anterior quanto o posterior devero ter contedo tcnico completo (com relatrio descritivo, desenhos e quadro reivindicatrio), cada qual com sua numerao.

    Cumpre ressaltar que o Pedido de Patente originrio de diviso de pedido anterior no poder servir de base reivindicao de prioridade (Art. 17, 3o da LPI).

    A prioridade interna no amplia os prazos para reivindicao da prioridade unionista, isto , se o usurio desejar depositar pedidos correspondentes em outros pases, dever faz-lo no prazo de 12 meses do depsito do primeiro pedido (pedido anterior que serviu de base para a prioridade interna). 2.2.2 - NOVIDADE

    A Inveno e o Modelo de Utilidade so considerados novos quando no compreendidos pelo estado da tcnica, isto , quando no so antecipados de forma integral por um nico documento compreendido no estado da tcnica (Art. 11 da LPI). Ou seja, necessrio que no tenham sido revelados ao pblico, de qualquer forma, escrita ou falada, por qualquer meio de comunicao, por uso, apresentao em feiras e, at mesmo, comercializado em qualquer parte do mundo.

    2.2.3 - ATIVIDADE INVENTIVA E ATO INVENTIVO

    As Invenes e os Modelos de Utilidade so considerados patenteveis quando atendem tambm aos requisitos de atividade inventiva e ato inventivo, respectivamente (Art. 13 e Art. 14 da LPI).

    Uma Inveno apresenta atividade inventiva quando no decorre de maneira evidente ou bvia do estado da tcnica para um tcnico no assunto (Art. 13 da LPI). Assim, uma soluo apresentada em uma Inveno inventiva se no for alcanada de maneira bvia para um tcnico no assunto, poca do depsito, com os recursos disponveis no estado da tcnica. Portanto, a Inveno dotada de atividade inventiva deve representar algo mais do que o resultado de uma mera combinao de caractersticas conhecidas ou da simples aplicao de conhecimentos usuais para um tcnico no assunto.

    O Modelo de Utilidade apresenta ato inventivo quando, para um tcnico no assunto, a matria objeto da proteo no decorre de maneira comum ou vulgar do estado da tcnica (Art. 14 da LPI). Nos Modelos de Utilidade dotados de ato inventivo so aceitas combinaes bvias, ou simples combinaes de caractersticas do estado da tcnica, bem

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    como efeitos tcnicos previsveis, desde que o objeto a ser patentevel apresente nova forma ou disposio que resulte em melhoria funcional no seu uso ou na sua fabricao.

    2.2.4 - APLICAO INDUSTRIAL Uma Inveno e um Modelo de Utilidade so considerados suscetveis de aplicao

    industrial quando puderem ser produzidos ou utilizados em qualquer tipo de indstria (Art. 15 da LPI), aplicando-se tambm s indstrias agrcolas e extrativas e a todos os produtos manufaturados, desde que dotados de repetibilidade.

    2.3 - CONDIES DE PATENTEABILIDADE (INVENO OU MODELO DE UTILIDADE) 2.3.1 - SUFICINCIA DESCRITIVA

    O objeto de patente dever estar suficientemente descrito no relatrio descritivo, de forma clara e completa, de modo a permitir sua reproduo por um tcnico do assunto, devendo indicar, quando for o caso, a melhor forma de execuo (Art. 24 da LPI).

    Um tcnico no assunto, para este propsito, considerado ser o indivduo ciente no apenas do ensinamento da inveno em si e de suas referncias, mas tambm do conhecimento geral da tcnica poca do depsito do pedido.

    Observao: Quando o pedido tratar de material biolgico e esse for essencial realizao prtica do objeto do pedido, que no possa ser descrito na forma do Art. 24 da LPI e que no estiver acessvel ao pblico, o relatrio dever ser suplementado, mesmo aps o pedido de exame, por depsito do material em instituio autorizada pelo INPI ou indicada em acordo internacional vigente. Na inexistncia de tal instituio no pas, o usurio poder efetuar o depsito do material biolgico em qualquer uma das autoridades de depsito internacional reconhecidas pelo Tratado de Budapeste, devendo ser efetuado at a data de depsito do Pedido de Patente, e tais dados devero integrar o relatrio descritivo do mesmo.

    2.3.2- UNIDADE DO PEDIDO

    O pedido de Patente de Inveno dever se referir a uma nica inveno ou a um grupo de invenes inter-relacionadas de maneira a compreenderem um nico conceito inventivo (Art. 22 da LPI). O pedido de Patente de Modelo de Utilidade ter de se referir a um nico modelo principal que poder incluir uma pluralidade de elementos distintos desde que mantida a unidade tcnico-funcional e corporal do objeto (Art. 23 da LPI).

    O pedido de patente pode ser dividido em dois ou mais, de ofcio ou a requerimento do usurio, at o final do exame, desde que faa referncia especfica ao pedido original e no exceda matria revelada constante do pedido original (Art. 26 da LPI). Os pedidos

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    divididos tero a data de depsito do pedido original e o benefcio de prioridade deste, se for o caso, e estaro sujeitos a pagamento das retribuies correspondentes (Art. 27 e Art. 28 da LPI, respectivamente). 2.3.3- CLAREZA E PRECISO DAS REIVINDICAES

    As reivindicaes devero ser fundamentadas no relatrio descritivo, caracterizando as particularidades do pedido e definindo, de modo claro e preciso, a matria objeto da proteo (Art. 25 da LPI). 2.4 - MATRIA EXCLUDA DE PROTEO PATENTRIA

    Refere-se matria enquadrada no Art. 18 da LPI, incisos I a III, a saber: o que for contrria moral, aos bons costumes e segurana, ordem e sade pblica; matrias relativas transformao do ncleo atmico e o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgnicos (vide Pargrafo nico deste artigo), que atendam aos trs requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicao industrial, previstos no Art. 8 da LPI, e que no sejam mera descoberta.

    Alm disso, de acordo com o Art. 10 da LPI vrias matrias no so consideradas nem inveno nem modelo de utilidade (deve-se analisar atentamente todo os incisos de I a IX do Art. 10). Como exemplo, podemos citar: planos comerciais, planos de assistncia mdica, de seguros, esquemas de descontos em lojas, e tambm os mtodos de ensino, plantas de arquitetura, obras de arte, msicas, livros e filmes, assim, como apresentao de informaes, tais como cartazes ou etiquetas com o retrato do dono.

    Tampouco se pode conceder patentes para ideias abstratas, para tcnicas e mtodos operatrios ou cirrgicos, bem como mtodos teraputicos ou de diagnstico, para aplicao no corpo humano ou animal, e para o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biolgicos encontrados na natureza ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biolgicos naturais (vide incisos I a IX do Art. 10 e Diretrizes de Exame de Patentes Geral Mdulo I).

    3 ELABORAO DE UM PEDIDO DE PATENTE OU CERTIFICADO DE ADIO 3.1 - CONTEDO TCNICO

    Os Pedidos de Patente ou Certificado de Adio devem conter:

    1. relatrio descritivo;

    2. reivindicaes (quadro reivindicatrio);

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    3. listagem de seqncias7, se for o caso;

    4. desenhos, se for o caso; e

    5. resumo.

    As informaes bsicas para elaborao do Pedido de Patente ou Certificado de Adio constam a seguir, devendo ser consultados as Instrues Normativas 30/2013 e 31/2013, que dispe sobre a aplicao da LPI em relao s patentes e aos certificados de adio, e os demais normativos vigentes no INPI.

    3.1.1- RELATRIO DESCRITIVO O relatrio descritivo de um Pedido de Patente ou Certificado de Adio deve ter

    suficincia descritiva, o que quer dizer que deve conter todos os detalhes que permitam um tcnico da rea reproduzir o objeto e deve indicar, quando for o caso, a melhor forma de execuo (Art. 24 da LPI). O relatrio descritivo deve apontar o problema existente no estado da tcnica e a soluo proposta, especificando o setor tcnico a que se destina. Alm disso, o relatrio deve ressaltar nitidamente a novidade, o efeito tcnico alcanado (no caso de inveno) e as vantagens em relao ao estado da tcnica. A Inveno e o Modelo de Utilidade devem ser descritos de forma a permitir que um tcnico no assunto possa reproduzi-los.

    O relatrio descritivo de um Pedido de Patente de Modelo de Utilidade dever evidenciar a condio de melhor utilizao do objeto ou parte deste, resultante da nova forma e disposio introduzida, evidenciando a melhoria funcional alcanada.

    Como sugesto as seguintes etapas devem ser seguidas:

    Iniciar com o ttulo8 (no pode ser uma marca ou nome de fantasia; vide observaes aps item 3.1.4). O ttulo do pedido deve definir de forma concisa, clara e precisa o escopo tcnico da inveno, e deve ser o mesmo para o requerimento, o relatrio descritivo, o resumo, e a listagem de sequncias, se houver;

    Referir-se a uma nica inveno, ou a um grupo de invenes inter-relacionadas de maneira que constituam um s conceito inventivo;

    Descrever a finalidade, aplicao e campo tcnico de utilizao da inveno;

    Comparar a matria objeto de proteo com o estado da tcnica, ressaltando suas 7 Para pedidos de Patentes de Biotecnologia (vide item 3.1.3 neste manual).

    8 O ttulo do pedido deve definir de forma concisa, clara e precisa o escopo tcnico da inveno, e

    deve ser o mesmo para o requerimento, o relatrio descritivo, o resumo, e a listagem de sequncias, se houver. O ttulo deve representar adequadamente as diferentes categorias de reivindicaes.

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    vantagens e o problema que vem solucionar;

    Relacionar os desenhos apresentados, numerando-os consecutivamente e descrevendo o seu significado, por exemplo:

    Fig. 1 - representa uma vista frontal do objeto, Fig. 2 - representa uma perspectiva do objeto, etc.

    Descrever pormenorizadamente o objeto do pedido de patente, de acordo com os desenhos apresentados, reportando-se s referncias numricas de cada parte do desenho.

    3.1.2 - REIVINDICAES A redao das reivindicaes da maior importncia na elaborao de um pedido de

    patente. A extenso da proteo conferida pela patente determinada pelo contedo das reivindicaes, interpretado com base no relatrio descritivo e nos desenhos, ou seja, as reivindicaes definem e delimitam os direitos do autor do pedido (Art. 41 da LPI).

    Desta maneira, as reivindicaes devem ser fundamentadas no relatrio descritivo, caracterizando as particularidades do pedido, e definindo de forma clara e precisa a matria objeto da proteo, evitando expresses que acarretem em indefinies (Art. 25 da LPI). Formulao das Reivindicaes

    As reivindicaes devem, preferencialmente, ser iniciadas pelo ttulo, ou parte deste, enumeradas consecutivamente, em algarismos arbicos, e, obrigatoriamente, conter uma nica expresso "caracterizado por".

    As reivindicaes so classificadas como independentes e dependentes.

    - Reivindicaes independentes - so aquelas que, mantida a unidade de inveno - ou tcnico-funcional e corporal do objeto (no caso de Modelo de Utilidade) - visam a proteo de caractersticas tcnicas essenciais e especficas da inveno, ou do modelo de utilidade, em seu conceito integral. As reivindicaes independentes podem servir de base a uma ou mais reivindicaes dependentes.

    - Reivindicaes dependentes - so aquelas que, mantidas a unidade de inveno, ou tcnico-funcional e corporal, incluem caractersticas de outra(s) reivindicao(es) anterior(es), e definem detalhamentos dessas caractersticas e/ou caractersticas adicionais, contendo uma indicao de dependncia a essa(s) reivindicao(es).

    As reivindicaes devem, quando necessrio, conter, entre a sua parte inicial e a expresso "caracterizado por", um prembulo explicitando as caractersticas essenciais a

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    definio da matria reivindicada e j compreendidas pelo estado da tcnica. No pedido de patente de inveno, aps a expresso "caracterizado por" devem ser definidas as caractersticas tcnicas essenciais e particulares que, em combinao com os aspectos explicitados no prembulo, se deseja proteger. No caso de um pedido de patente de modelo de utilidade, aps a expresso "caracterizado por" devem ser definidos todos os elementos que o constituem, bem como os seus posicionamentos e interconexes em relao ao conjunto.

    No pedido de Patente de Modelo de Utilidade, o conjunto de disposio e forma responsvel pela melhor utilizao do objeto dever estar integralmente caracterizado em uma nica reivindicao principal e independente. O modelo poder incluir elementos complementares de uso opcional ou variao de forma caracterizada em reivindicaes dependentes, definidos na reivindicao principal e que no alterem a unidade do modelo e seu funcionamento. Caso o modelo seja uma estrutura planificada definida na reivindicao principal, admite-se uma reivindicao dependente descrevendo a forma tridimensional secundria do objeto decorrente daquela estrutura planificada.

    No pedido de Patente de Inveno, o quadro reivindicatrio pode ser composto por mais de uma reivindicao independente, uma vez que, neste caso, as reivindicaes podem ser enquadradas em uma ou vrias categorias, como por exemplo: produto e processo; processo e aparelho; etc... Elas devem estar ligadas pelo mesmo conceito inventivo e arranjadas da maneira mais prtica possvel, sendo admitidas mais de uma reivindicao independente da mesma categoria se tais reivindicaes definirem diferentes conjuntos de caractersticas alternativas e essenciais realizao da inveno. As reivindicaes independentes de categorias diferentes, em que uma das categorias seja especialmente adaptada outra, sero, de preferncia, formuladas de modo a evidenciar sua interligao, empregando-se, na parte inicial da reivindicao, expresses, como por exemplo: "Aparelho para realizao do processo definido na reivindicao...", "Processo para a obteno do produto definido na reivindicao...".

    Em resumo:

    - As reivindicaes devem, preferencialmente, ser iniciadas pelo ttulo, ou parte do ttulo correspondente sua respectiva categoria e, em seguida, conter, obrigatoriamente, uma nica expresso "caracterizado por", definindo aps a mesma as caractersticas tcnicas a serem protegidas, devidamente fundamentadas e harmonizadas com o relatrio descritivo.

    - As reivindicaes no podem conter textos do tipo "como descrito no relatrio

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    descritivo" ou "como representado pelos desenhos" nem textos explicativos com relao ao funcionamento, vantagens ou uso do objeto. - No caso do pedido conter desenhos, deve-se citar nas reivindicaes os respectivos sinais de referncia, entre parnteses, visando facilitar a compreenso do examinador do pedido.

    - A reivindicao deve ser escrita de modo afirmativo, sem expresses do tipo "... caracterizado por no possuir ... ", nem descrio de vantagens ou formas de utilizar.

    - Cada reivindicao dever ser em texto CONTNUO, SEM PONTO PARGRAFO. Utilizar somente (,) ou (;) no texto, terminando-se ento com o ponto final. - No caso de Patente de Modelo de Utilidade, o objeto dever estar integralmente caracterizado em uma nica reivindicao principal e independente. O modelo poder incluir elementos complementares de uso opcional ou variao de forma caracterizada em reivindicaes dependentes, definidos na reivindicao principal.

    3.1.3 LISTAGEM DE SEQUNCIAS Quando o objeto do pedido de patente contiver uma ou mais sequncias de nucleotdeos e/ou de aminocidos, que sejam fundamentais para a descrio da inveno, o depositante dever represent-las em uma Listagem de Sequncias, para possibilitar a aferio da suficincia descritiva de que trata o Art. 24 da LPI. A Resoluo PR n 81/2013 dispe sobre os procedimentos para a apresentao da Listagem de Sequncias em meio eletrnico.

    3.1.4 DESENHOS

    Os desenhos devero ser apresentados com clareza, em traos firmes, uniformes, em tinta indelvel e, sero tantos quantos forem necessrios perfeita compreenso do objeto da patente, sendo numerados consecutivamente. Cada parte, pea ou elemento do desenho, dever conter referncias numricas, as quais devero ser descritas no relatrio descritivo, bem como nas reivindicaes.

    Nos pedidos de Patentes de Modelo de Utilidade imprescindvel apresentar um ou mais desenhos, uma vez que a leitura do quadro reivindicatrio sempre associada a eles, tendo em vista que se referem especificamente a objetos tridimensionais. 3.1.5. RESUMO:

    Descrio sumria do objeto do pedido de patente devendo ser iniciado pelo ttulo, ressaltando de forma clara a matria objeto de proteo, contendo entre cinquenta (50) e

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    duzentas (200) palavras, e no mximo 25 linhas de texto. Deve englobar as caractersticas tcnicas, a soluo para o problema descrito e seus principais usos, tendo como finalidade principal facilitar a busca do pesquisador nos Bancos de Patentes.

    4 - PROCEDIMENTOS PARA DEPSITO DO PEDIDO DE PATENTE 4.1 ORIENTAES PRELIMINARES

    Para a obteno de uma patente, cabe ao autor da Inveno ou Modelo de Utilidade requerer a proteo legal junto ao INPI, observadas as condies e formalidades previstas na legislao.

    O depsito de documentos de patente no INPI pode ser feito eletronicamente pelo Sistema e-Patentes/Depsito (e-depsito)9 desde 20/03/2013, com a utilizao de Certificado Digital. Os usurios podem fazer o download do programa e us-lo off-line para preenchimento dos formulrios de requerimento e incluso dos documentos pertinentes. O sistema recebe a documentao e automaticamente emite um recibo ao fim do procedimento, alertando o usurio sobre a concretizao da ao. Informaes sobre o sistema e manuais de uso, cartilha e apresentaes explicativas esto disponveis on-line. Para enviar os documentos para o INPI, necessrio, previamente, o credenciamento do certificado digital no Sistema e-depsito. Ou seja, o usurio precisa ter um dispositivo de certificao digital (certificado de software, token ou smartcard) para ter condies de assinar eletronicamente os documentos enviados de acordo com os padres estabelecidos pela ICP-Brasil10. Trata-se de um pr-requisito indispensvel para realizao do procedimento de depsito eletrnico. No portal do INPI podem ser encontrados maiores detalhes dos procedimentos necessrios, inclusive links para o ITI (Instituto de Tecnologia da Informao) que o rgo nacional responsvel pela determinao das autoridades certificadoras da ICP Brasil. Alm disso, importante atentar para o fato que assinatura digital do documento deve ser feita pelo responsvel legal por ele (depositante ou procurador).

    O pedido continua a poder ser depositado presencialmente, em papel, na Sede do INPI no edifcio situado na Rua Mayrink Veiga, 9 Centro/RJ, ou em uma representao do INPI nas outras capitais do Brasil (vide endereos e telefones em Quem Somos no portal

    9 Acessar pela Plataforma e-PATENTES no portal do INPI, Mdulo 2 do sistema e-Servios

    Pblicos. 10

    Sigla no Brasil para Infra-estrutura de Chaves Pblicas, um conjunto de tcnicas, prticas e procedimentos elaborados para suportar um sistema criptogrfico com base em certificados digitais.

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    do INPI). Tambm pode ser depositado por via postal (pedido VP), com aviso de recebimento (AR), endereado ao INPI Diretoria de Patentes DIRPA Rua Mayrink Veiga, 9 21 andar Centro/RJ, CEP: 20090-910, escrevendo DVP no envelope. O usurio dever ser orientado a enviar um envelope selado para devoluo da via do mesmo mediante via postal ou malote, com orientaes sobre como acompanhar o pedido.

    Informa-se que o INPI presta um servio para o usurio externo de orientao tcnica e processual sobre pedidos de patentes, de responsabilidade do Servio de Assuntos Especiais de Patentes SAESP da DIRPA (localizado Rua So Bento, 1 17 andar Rio de Janeiro, telefones: (0xx21) 3037-3797 / 3314 / 3547 / 3662 / 3638 / 3679 / 3601 / 4178/ 4376).

    Recomenda-se a realizao de uma busca prvia antes do depsito de um pedido de patente, para avaliar o estado da tcnica relacionado matria a ser pleiteada, de modo a averiguar se a inveno nova ou inventiva. Caso a inveno no seja nova, mas se for, por exemplo, referente a uma melhoria funcional no objeto j existente, pode ser depositado um pedido de modelo de utilidade.

    Na pgina inicial do portal do INPI, em Informao Tecnolgica, o usurio pode acessar os links Busca de Patentes e Busca de Patentes Online, onde encontrar informaes de como fazer uma busca de patentes, podendo ser orientado por pesquisadores da Seo de Orientao e Busca de Patentes (SEBUS) do Centro de Disseminao da Informao Tecnolgica (CEDIN) do INPI, por meio do telefone (21) 3037-3343 ou atravs do e-mail [email protected]. Pode tambm ser orientado presencialmente no SEBUS localizado Rua Mayrink Veiga, 9 20 andar Rio de Janeiro.

    A busca prvia pode ser efetuada das seguintes maneiras:

    Pessoalmente pela Internet na base de patentes do INPI e em bases de dados internacionais gratuitamente. Algumas destas bases esto indicadas no portal. A data a ser utilizada nas buscas de anterioridades dever ser considerada a data relevante, ou seja, a data de depsito ou a data de prioridade quando houver.

    Tambm possvel realizar pessoalmente a busca no banco de patentes do INPI, bem como em sites internacionais indicados, num espao adequado para esta finalidade. O usurio recebe as orientaes de um pesquisador do SEBUS, de acordo com a rea de atuao, sobre os procedimentos de pesquisa. O usurio tambm poder comparecer com o Formulrio de Busca de Patentes pelo Prprio11, j preenchido, e com a Guia de Recolhimento da Unio (GRU) correspondente j paga, ou poder preencher o formulrio 11 Disponvel no Portal do INPI (acessar: Informao Tecnolgica).

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    na SEBUS e ter em seguida a GRU emitida. A GRU paga dever ser apresentada no banco de patentes ao realizar a busca. Aps iniciar a busca, o usurio ter um prazo de cinco dias para consultar o banco de patentes e, ao fim do servio, poder solicitar cpias (em papel ou em meio eletrnico) dos documentos de seu interesse, que sero pagos parte. Obs.: Este tipo de busca era denominado Busca Individual.

    A busca em patentes poder ser feita por um pesquisador do INPI. Para isso, preciso pagar uma taxa preliminar com GRU e preencher o Formulrio de Busca de Patentes pelo CEDIN12. Em seguida, ser preparado um oramento total e uma guia para complementar o pagamento da busca. Se o usurio aprovar, o servio ser realizado e enviado, com um relatrio, num prazo de at 30 dias da solicitao, dependendo da complexidade do assunto. Os detalhes e passo-a-passo desta busca podem ser obtidos no portal do INPI. Obs.: Este tipo de busca era denominado Busca Isolada.

    4.2 - DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA O DEPSITO O Pedido de Patente de Inveno ou de Modelo de Utilidade, ou o Certificado de

    Adio de Inveno dever conter, alm do contedo tcnico disposto no item 3.1, um requerimento formulrio Depsito do Pedido de Patente, disponvel no portal do INPI, acessando Formulrios, e o comprovante do pagamento da retribuio relativa ao depsito (GRU) (Art. 19 da LPI). Para retirar a GRU necessrio que o usurio se cadastre com senha e login no portal do INPI, conforme roteiro a seguir (caso j esteja cadastrado inicia-se pelo n 6): 1. Acessar o Portal oficial do INPI: www.inpi.gov.br

    2. Acessar a opo Cadastro no e-INPI disponvel na capa do portal. 3. Nesta pgina Cadastro nos Servios INPI, cadastrar-se conforme a opo Cliente ou Advogado ou Procurador. 4. Caso seja aceito o Termo de Adeso pressionar eu aceito para abrir a pgina de cadastro. 5. Preench-lo e clicar em salvar. 6. Acessar o link Emita a GRU no Acesso rpido na capa do portal, entrar com seu login e senha, e clicar em OK. 7. Escolher a unidade Patente de Inveno e Modelo de Utilidade. 8. Escolher o servio ou digitar o cdigo do servio, e teclar enter. 9. Em Peticionamento, informar como ser a apresentao do servio, em papel ou eletrnica e em Natureza, escolha a natureza do depsito, e clicar em Confirma. 10. Se o valor da guia estiver correto, clicar em Finalizar Servio e, a seguir, em Emisso da GRU.

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    Disponvel no Portal do INPI (acessar: Informao Tecnolgica).

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    11. Clicar no cone imprimir e em seguida em OK. 12. Pagar a guia preferencialmente em uma agncia do Banco do Brasil.

    Junto ao requerimento (2 vias do formulrio), devero ser apresentados 01 (UM) ORIGINAL + 01 (UMA) cpia do Pedido, TODOS os documentos em papel tamanho A4. Toda a matria descrita no Pedido deve obedecer s especificaes gerais, conforme definidas na IN 31/2013. No sendo o pedido depositado pelo prprio requerente (cliente), dever ser apresentada Procurao13 recente (vide IN 31/2013, Art. 42). Importante no esquecer seu login e sua senha, a fim de poder efetuar futuras emisses de guias; uma via do boleto impresso ficar no banco e a outra (original) tem que ser anexada obrigatoriamente ao processo.

    Observaes: 1- Custos bsicos para depsito de Pedido de Patente de Inveno ou Modelo de Utilidade

    no portal do INPI, acessar Patente Quanto Custa. 2- O Pedido de Patente pode ser depositado em outros pases via CUP Conveno da

    Unio de Paris e via PCT Patent Cooperation Treaty (Tratado de Cooperao em Matria de Patentes) para as Invenes e Modelo de Utilidade. Para informaes e procedimentos, no portal do INPI, acessar a opo Patente PCT. O Brasil uma das Autoridades Internacionais em Busca e Exame Preliminar de Patentes. Devem ser observados os formulrios e as guias de retribuio adequados para o caso do depsito internacional do PCT (Formulrio RO101, no site do PCT) e entrada na fase nacional de um pedido PCT (Formulrio PCT Entrada na Fase Nacional). Orientaes tcnicas e processuais so de responsabilidade da Coordenao Geral do Tratado de Cooperao em Matria de Patentes - CGPCT da DIRPA (localizada Rua So Bento, 1 17 andar Rio de Janeiro) e podem ser fornecidas pessoalmente ou pelos telefones: (0xx21) 3037- 3318 /4244 /3742/3686, pelo FAX 21 3037-3663 ou pelo endereo eletrnico [email protected]. No portal do INPI, acessar Patente PCT.

    3- Para pedidos de Patente de Inveno cujo objeto tenha sido obtido em decorrncia de acesso a amostra de componente do patrimnio gentico nacional (por exemplo: pedidos das reas biotecnolgica, farmacutica, cosmtica, alimentcia, agroqumica) a Resoluo PR n 69/2013 normatiza os procedimentos relativos ao requerimento dos mesmos e contm os formulrios especficos14 para o requerente informar ao INPI a

    13

    Instrumento para representar o cliente nos servios solicitados por advogado ou procurador sem habilitao especial (art. 216 da LPI). 14Formulrios Declarao Acesso (autorizao CGEN) e Declarao Negativa de Acesso (CGEN).

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    origem do material gentico e do conhecimento tradicional associado, quando for o caso, bem como o nmero da autorizao de acesso correspondente ou para declarar a negativa de acesso.

    4.3 - PROCEDIMENTOS TCNICO ADMINISTRATIVOS 4.3.1 RECEPO DA DOCUMENTAO INICIAL I - Na recepo da documentao sero verificadas as condies mnimas para recebimento do Pedido de Patente ou do Certificado de Adio, conforme disposto no item 4.2 (contedo tcnico, requerimento e o comprovante do pagamento da retribuio relativa ao depsito (GRU)). Se o pedido no atender a tais condies, mas contiver dados relativos ao objeto, ao usurio e ao inventor, poder ser entregue, mediante recibo datado, ao INPI, que estabelecer as exigncias a serem cumpridas, no prazo de 30 (trinta) dias (Art. 21 da LPI). II S ser protocolado o pedido que estiver atendendo as condies mnimas.

    Observaes:

    - O nmero do pedido atribudo automaticamente pelo sistema PAG. O novo cdigo de numerao dos pedidos de patente, bem como de desenho industrial e indicao geogrfica, representado por: BR ZZ XXXX YYYYYY K. O 1 bloco numrico - ZZ - corresponde natureza da proteo, de acordo com a natureza determinada pelo usurio no momento de emisso da GRU e apresentado aps as letras BR. Para patentes, estes nmeros sero:

    a) Patentes de Inveno: 10 para pedidos depositados por nacionais e via CUP (antigo PI); 11 para pedidos depositados via PCT (antigo PI PCT);

    12 para pedidos divididos (antigo PI); 13 para certificado de adio (antigo C1, C2, etc); 14 19 para atender necessidades da DIRPA.

    b) Patentes de Modelo de Utilidade: 20 para pedidos depositados por nacionais e via CUP (antigo MU); 21 para pedidos depositados via PCT (antigo MU PCT); 22 para pedidos divididos (antigo MU); 23-29 para atender necessidades da DIRPA.

    Os 2 e 3 blocos numricos do cdigo - XXXX e YYYYYY, respectivamente, correspondem ao ano de entrada no INPI e numerao da ordem de depsito dos pedidos

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    de patente e de certificado de adio. O nmero representado por K corresponde ao dgito verificador.

    - A recepo verificar se a natureza do pedido apresentada no Formulrio de Depsito de Pedido (inveno, modelo de utilidade ou certificado de adio) confere com aquela apresentada na GRU antes de protocolar, pois se forem diferentes, a natureza poder ser corrigida na GRU e somente depois o pedido protocolado, de modo a evitar a gerao do nmero do pedido com cdigo de numerao incorreta. A recepo verificar tambm se um pedido depositado por nacionais ou via CUP ou via PCT, se um pedido dividido, etc.

    III - A seguir, encontram-se descritos os procedimentos de entrega da documentao s regionais que possuem o sistema PAG e para as que no o possuem, em funo da atribuio do nmero do pedido:

    A RECEPO COM PAG: A.1 O pedido dever ser apresentado em 02 (duas) vias. A.2 O pedido ser protocolado e a este ser atribudo um nmero automaticamente pelo sistema PAG.

    Cabe destacar que o nmero do protocolo e o nmero do pedido sero gerados numa nica etiqueta.

    Abaixo apresentado o modelo de etiqueta adotado desde o dia 02 de janeiro de 2012.

    Figura 1. Novo modelo da etiqueta utilizada desde o dia 02 de janeiro de 2012 A.3 Uma das vias ser retida e encaminhada para a Diretoria de Patentes DIRPA. A outra via ser devolvida para o usurio. Cabe lembrar que, neste momento, o

    N DO PEDIDO, conforme NOVO

    CDIGO DE NUMERAO

    N DO PROTOCOLO

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    pedido j se encontra com o seu nmero e, portanto, o usurio dever acompanhar o andamento do seu pedido utilizando este nmero (vide item 4.3.4). B RECEPO SEM O PAG: (RELGIO DATADOR / CARIMBO) B.1 O pedido dever ser apresentado em 02 (duas) vias com os anexos obrigatrios.

    B.2 O pedido ser protocolado.

    B.3 Duas vias sero retidas e a outra devolvida ao usurio. O usurio dever retornar quela recepo em 30 (trinta) dias, para receber a 2 via do seu pedido com o nmero do pedido.

    B.4 As vias que ficaram retidas sero enviadas para a DIREG da sua rea de influncia, assim como os pedidos recebidos por via postal (VP - SEDEX com ou sem AR - Aviso de recebimento), os quais sero submetidos aos procedimentos descritos abaixo:

    B.4.1 A DIREG da respectiva rea de influncia atribuir o N do protocolo e o N do pedido nas 02 (duas) vias recebidas, devolvendo, em seguida, uma via para a recepo de origem e encaminhando a outra para Diretoria de Patentes DIRPA.

    B.4.2 Aps recebimento, a recepo de origem devolver a via de depsito do pedido para o usurio, orientando-o como acompanhar o andamento de seu pedido utilizando o novo nmero (vide item 4.3.4).

    Caso o usurio opte por sigilo no nome do autor, deve anexar envelope contendo o nome e os dados do autor.

    4.3.2 RECEPO DE DOCUMENTAES ADICIONAIS: O encaminhamento de documentaes adicionais tanto relativas ao depsito do pedido (por exemplo: cumprimento de exigncias de exame formal, modificaes15 na documentao tcnica, subsdios ao exame, etc.) quanto em fases posteriores ao depsito (por exemplo: cumprimento de exigncias ou manifestao e contestao, pedidos divididos, etc) feito por meio de Peties empregando o formulrio Petio Relacionada com Pedido (ou Certificado de Adio ou Patente): I Verificar os dados da petio e comprovante de pagamento.

    II Protocolar:

    15

    Vide item 5.2 - Exame do pedido Art. 32 da LPI.

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    2 vias da petio no campo reservado para o protocolo, quando for petio comum e para recepes sem o sistema de PAG necessria mais uma via.

    Observaes: - Alguns servios no necessitam petio: Pagamento de Anuidade, Expedio de Certificados, inclusive Carta-Patente, Publicao Antecipada e Pedido de Exame.

    - No caso de Transferncia de Titularidade / Alterao de Nome e Sede - vide Anexo 1 as solicitaes devem ser requeridas atravs do formulrio Transferncia ou Alterao de Nome ou Endereo.

    - No caso de Exame Prioritrio vide item 5.2 a petio de requerimento tambm feita com formulrio especfico (Requerimento de Exame Prioritrio). - No caso de Pedido Dividido vide informaes sobre requerimento e documentao no Anexo 2 o requerimento deve ser feito atravs do formulrio de Depsito de Pedido de Patente.

    III Conferir o nmero de folhas indicado no formulrio com o nmero de folhas apresentado.

    4.3.3 CONFERNCIA DAS DOCUMENTAES Aps conferncia da documentao, o usurio deve ficar atento a eventuais exigncias formais, tendo garantida a data de prioridade ou a data de depsito, desde que atendidas as condies mnimas para aceitao do pedido.

    O exame formal de pedidos de patente e certificados de adio realizado apenas pelo Servio de Exame Formal Preliminar da DIRPA Rio de Janeiro.

    4.3.4 ACOMPANHAMENTO DO DEPSITO DO PEDIDO Os atos, despachos e decises do INPI relativos a Propriedade Industrial so publicados na Revista de Propriedade Industrial RPI, disponvel gratuitamente no portal do INPI semanalmente. A fim de facilitar a leitura, adota-se uma tabela de cdigos de despachos e um ndice numrico remissivo, disponibilizados nas pginas iniciais da RPI, que permitem a identificao do andamento do pedido ou da patente.

    O usurio deve acompanhar seu pedido pela RPI com o nmero atribudo ao mesmo. O requerimento do pedido de patente ou certificado de adio de inveno notificado na RPI com o cdigo de despacho 2.10. Segue-se o exame formal relativo s disposies do Art. 19 da LPI e/ou s demais disposies quanto sua forma. Se tais disposies no tiverem sido atendidas, as exigncias formais sero publicadas com o

  • 28

    cdigo de despacho 2.516. O usurio obrigado a sanar as devidas exigncias, num prazo de at 30 dias, gratuitamente. Se as exigncias no forem cumpridas neste prazo, o depsito no ser aceito e a sua numerao ser anulada. Caso no haja exigncias formais, o cdigo de despacho 2.1 notificado. O pedido ser mantido em sigilo por 18 (dezoito) meses a contar da data de prioridade mais antiga (Art. 30 da LPI). Decorrido esse prazo, o pedido ser publicado (cdigo de despacho 3.1). Observao:

    No caso de certificado de adio de inveno, o prazo de sigilo de 18 (dezoito) meses contado da data de depsito do pedido principal. Quando houver ocorrido a publicao do pedido principal, o pedido de certificado de adio de inveno ser imediatamente publicado. O usurio pode requerer publicao antecipada do seu pedido (cdigo de despacho 3.2), porm no significa que o exame tcnico ser antecipado (vide item 5.2). IMPORTANTE

    O acompanhamento da tramitao do Pedido de Patente de inteira responsabilidade do usurio. O acompanhamento pela RPI de FUNDAMENTAL importncia, para se evitar um possvel arquivamento lRRECORRVEL. O acompanhamento tambm pode ser feito pelo sistema PUSH-INPI, cadastrando17 o processo desejado, e receber as publicaes pelo e-mail informado no seu cadastro. ATENO: o sistema PUSH-INPI no substitui o acompanhamento pela RPI. apenas uma ferramenta a mais para alertar o usurio das publicaes. Por exemplo: o sistema no avisa os prazos para pedido de exame tcnico e pagamento de anuidades, devendo o usurio estar atento aos prazos estabelecidos na LPI. S mesmo quando o INPI publica o arquivamento do pedido por motivos diversos que o e-mail direcionado ao usurio. Pode-se solicitar devoluo de prazo (formulrio Solicitao de Devoluo de Prazo) conforme disposto no Art. 221 da LPI, sendo necessrio provar que determinado ato previsto na LPI no foi realizado por justa causa. A Resoluo PR n 21/2013 disciplina os procedimentos relativos aos pedidos de devoluo de prazo. As peties devero ser protocoladas em tempo hbil junto ao INPI e acompanhadas do comprovante de pagamento original, quando for o caso, para produzirem efeitos legais.

    16

    O parecer deve ser consultado no portal do INPI, no sistema e-PATENTES (Mdulo 1 - e-Patentes/Parecer). 17

    Devem ser utilizados os mesmos login e senha do cadastro da GRU.

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    5 - OBRIGAES DO TITULAR DA PATENTE 5.1. PAGAMENTO DE ANUIDADES

    Anuidade a retribuio anual a que esto sujeitos os pedidos de patente e de certificado de adio de inveno, bem como as patentes e certificados de adio de inveno j concedidos, com o objetivo de:

    Assegurar o andamento do pedido de patente ou de certificado de adio de inveno enquanto a patente ou o certificado no forem concedidos, ou seja, ao longo do perodo de tramitao do processo;

    Assegurar a manuteno dos direitos conferidos aps a concesso da patente ou do certificado de adio de inveno.

    Esto sujeitos ao pagamento de anuidades todos os pedidos em andamento e todas as patentes e certificados de adio de inveno em vigor.

    Exemplo:

    A B C

    Data de 1 Pagamento Prazo Ordinrio Prazo Extraordinrio Depsito de Anuidade (Retribuio normal) (Retribuio com adicional)

    24/02/2010 aps 24 meses 24/02/2012 - 24/05/2012 25/05/2012 - 24/11/2012

    A. Pagamento das Anuidades dever ser efetuado a partir do 24(vigsimo quarto) ms a contar da data do depsito. Obs: chamada de terceira anuidade, pois devida no incio do terceiro ano.

    B. Nos 03 (trs) meses subsequentes a cada perodo anual do depsito, isto , no prazo ordinrio, a retribuio poder ser paga sem acrscimo.

    C. Dentro do prazo extraordinrio, isto , nos 06 (seis) meses subsequentes ao fim do prazo ordinrio, a retribuio ser paga com acrscimo.

    Observaes:

    A Resoluo PR n 113/2013 normaliza os procedimentos relativos ao pagamento de anuidade e restaurao de pedidos de patente e de patentes que tenham sido arquivados caso o pagamento no seja realizado. No realizado o pagamento, o pedido

  • 30

    ou patente ser arquivado (Art. 86 da LPI). O titular poder requerer a restaurao do pedido ou patente no prazo de 03 meses a contar da data da publicao do arquivamento na RPI, devendo para tanto comprovar junto ao INPI o pagamento da anuidade e da retribuio de restaurao. A no solicitao da restaurao levar ao arquivamento definitivo. O pagamento de anuidade no necessita de petio, porm, em caso de publicao de exigncias para comprovao ou complementao do pagamento de anuidades, bem como nos casos de pagamento de restaurao e das anuidades em atraso correspondentes (tenha o arquivamento sido publicado ou no), deve-se protocolizar petio junto ao INPI na qual constem todos os comprovantes de pagamento das retribuies devidas.

    5.2. PEDIDO DE EXAME TCNICO O exame do pedido de patente dever ser requerido pelo usurio ou por qualquer interessado no prazo de 36 meses contados da data do depsito, sob pena do arquivamento do pedido (Art. 33 da LPI). Notificado o arquivamento na RPI (cdigo de despacho 11.1), o requerente ter prazo de 60 (sessenta) dias para pagar a taxa de desarquivamento, juntamente com o requerimento do pedido de exame, sob pena de arquivamento definitivo (cdigo de despacho 11.1.1). O desarquivamento dever ser solicitado atravs do formulrio Petio Relacionada com Pedido (ou Certificado de Adio ou Patente). Caso no seja requerido o desarquivamento, a matria objeto de proteo do pedido de patente ficar disponibilizada ao pblico (domnio pblico). Observaes:

    - O requerente dever ficar alerta sobre as disposies do Art. 32 da LPI sobre alteraes na matria inicialmente revelada no pedido (consultar Resoluo PR N 93/2013).

    - Pode ser requerido o Exame Prioritrio de pedidos de patente pelo prprio depositante e por terceiros, acompanhado de documentos que justifiquem o requerimento, ou realizado de ofcio (Vide item 6).

    5.2.1- ACOMPANHAMENTO DO EXAME TCNICO O acompanhamento do exame tcnico dos pedidos de patente pode ser feito na RPI, ou pelo acesso rpido (faa uma busca) no Portal INPI ou pelo Sistema e-Patentes/Parecer no portal do INPI. Os pareceres de exame tcnico, gerados de acordo com o Art. 35 da LPI, esto disponveis gratuitamente no portal na forma de arquivos com extenso PDF e certificao digital, assim como os documentos de anterioridade citados.

    O exame poder concluir pela patenteabilidade do pedido (cdigo de despacho 9.1 - deferimento) ou pela necessidade de: adaptao do pedido natureza reivindicada, reformulao do pedido ou diviso do mesmo ou cumprimento de exigncias tcnicas

  • 31

    (cdigo de despacho 6.1 - exigncias tcnicas e formais) ou pela no patenteabilidade (cdigo de despacho 7.1 - cincia de parecer). O cumprimento das exigncias formuladas ou a manifestao sobre a patenteabilidade do pedido devero ser atendidos no prazo determinado pelo Art. 36 da LPI - 90 (noventa) dias. No respondida a exigncia, o pedido ser definitivamente arquivado (cdigo de despacho 11.2); no havendo manifestao quanto cincia, o pedido ser indeferido (cdigo de despacho 9.2); respondida a exigncia ou havendo manifestao sobre a patenteabilidade ou o enquadramento do pedido, dar-se- prosseguimento ao exame.

    Concludo o exame, ser proferida deciso, deferindo ou indeferindo o pedido (Art. 37 da LPI). Aps 60 (sessenta) dias da notificao do indeferimento na RPI cabe ser interposto recurso pelo depositante (Arts. 212 a 220 da LPI). 5.3.PAGAMENTO DA EXPEDIO DA CARTA-PATENTE O depositante do pedido e/ou titular da patente ter prazo de 60 dias (prazo ordinrio) a partir da publicao do deferimento na RPI (cdigo de despacho 9.1) para comprovar o pagamento da retribuio referente expedio da carta-patente. O referido pagamento poder tambm ser realizado no prazo de 30 (trinta) dias (prazo extraordinrio) a contar aps o fim do prazo anterior, mediante quitao de retribuio especfica, comprovando junto ao INPI (vide Resoluo PR n 72/2013), sob pena de arquivamento definitivo do pedido (cdigo de despacho 11.4). No necessrio peticionar o pedido de expedio da Carta-Patente.

    Importante: A Resoluo PR n 13/2013 disciplina a entrega da Carta-Patente somente em formato eletrnico e d outras providncias.

    5.4. EXPLORAO EFETIVA DE PATENTE Dentro do prazo de 3 (trs) anos, depois de concedida a Patente, o titular dever iniciar a explorao ou comercializao do produto. Se no o fizer, para no perder seus direitos, ele ter que conceder uma "licena de explorao a qualquer pessoa ou empresa que estiver interessada" (licena compulsria vide Seo III da LPI, Art. 68 5). A patente poder caducar por falta de explorao se, decorridos 2 (dois) anos da primeira licena compulsria, o desuso no for justificado (vide Captulo XI da LPI, Art. 80). 5.5. DA INVENO E DO MODELO DE UTILIDADE REALIZADO POR EMPREGADO OU PRESTADOR DE SERVIO A Inveno e o Modelo de Utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execuo ocorra no Brasil e que tenha por

  • 32

    objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos servios para os quais foi o empregado contratado (Art. 88 da LPI). Pertencer exclusivamente ao empregado a Inveno ou o Modelo de Utilidade por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e no decorrente da utilizao de recursos, meios, dados, materiais, instalaes ou equipamentos do empregador (Art. 90 da LPI). A propriedade da Inveno ou do Modelo de Utilidade ser comum, em partes iguais, quando resultar da contribuio pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalaes ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa disposio contratual em contrrio. Na falta de acordo prvio, o empregador ter 01 (um) ano, contado da data da concesso da patente, para explorar o objeto da mesma, sob pena de passar exclusiva propriedade do empregado a titularidade da patente, salvo razes legtimas para a falta de explorao (Art. 91 da LPI). O empregador, titular da patente, poder conceder ao empregado, autor de invento ou aperfeioamento, participao nos ganhos econmicos resultantes da explorao da patente, mediante negociao com o interessado ou conforme disposto em norma da empresa (Art. 89 da LPI). De acordo com o Art. 93, Pargrafo nico, da LPI, na hiptese do Art. 88, ser assegurada ao inventor premiao, na forma e condies previstas no estatuto ou regimento interno da entidade a que se refere este artigo, de parcela no valor das vantagens auferidas com o pedido ou com a patente, a ttulo de incentivo.

    5.6. OFERTA DE LICENA DA PATENTE A oferta de licena um mecanismo de promoo ao comrcio introduzido na LPI, conforme disciplinado nos seus Arts. 64 a 67 da LPI e disposto na IN 17/13, item 8.

    O titular de uma patente poder solicitar ao INPI que a coloque em oferta para fins de explorao. O titular dever apresentar uma petio solicitando que o INPI coloque a sua patente em oferta, de modo que ela possa ser explorada por terceiros (Art. 64 da LPI). O titular dever indicar na petio (pode ser uma minuta de um contrato) todas as condies contratuais inerentes oferta. O INPI publicar a oferta, aps verificao da situao da patente e das clusulas e condies impostas, providenciando a reduo das anuidades vincendas para metade do seu valor vigente (Art. 66 da LPI). A publicao ser promovida pelo menos uma vez por semestre. No estando a patente em condies de oferta, como por ex., sob licena voluntria exclusiva, sob argio de validade ou gravada

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    com nus, o INPI notificar o titular a respeito. A patente somente poder ser ofertada se estiver em dia com as anuidades.

    Da publicao da oferta constar, pelo menos, o nmero da patente, titular, prazo de sua vigncia, ttulo, objeto e prazo da licena. O titular dever renovar anualmente a solicitao de oferta, ratificando seus termos. Na falta de qualquer manifestao quanto renovao da oferta, pelo prazo de 2 (dois) anos consecutivos, contados da notificao da RPI, presumir-se- a desistncia do titular na oferta, extinguindo-se o benefcio da reduo de anuidade e da possibilidade de sua renovao.

    5.7. Servios Oferecidos no Processamento Administrativo

    Certides de Atos Relativos aos Processos

    Certido de Andamento de Pedido/Patente um documento oficial da Diretoria de Patentes informando a atual situao do

    processo. Neste documento, informa-se sobre a data do depsito, titulo, depositante do pedido, publicaes na RPI, situao quanto ao pagamento das anuidades e quanto ao requerimento do exame tcnico.

    Em caso de patente j concedida, informa-se na certido o titular da patente, o ttulo, a data da concesso, a situao quanto ao pagamento das anuidades, a interposio ou no de processo administrativo de nulidade, a existncia de ao judicial, transferncias de titularidade e anotaes.

    Esta solicitao deve ser requerida atravs do formulrio de petio acompanhado do respectivo comprovante de pagamento da retribuio relativa ao servio e de procurao (se necessrio).

    Em cada petio dever ser solicitada a certido relativa a um nico processo.

    Certido de Busca Nominal (Depositante/Titular) um documento oficial da Diretoria de Patentes informando os dados bibliogrficos

    e as respectivas publicaes na RPI dos pedidos, das patentes e dos certificados de adio de inveno existentes no banco de dados do INPI em nome de uma determinada pessoa fsica ou jurdica.

    Esta solicitao deve ser requerida atravs do formulrio de petio acompanhado do respectivo comprovante de pagamento da retribuio relativa ao servio e de procurao (se necessrio).

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    Cpia Oficial para Efeito de Reivindicao de Prioridade Unionista a cpia autenticada pelo INPI do pedido, conforme depositado originalmente no

    Brasil, para comprovao de prioridade reivindicada no exterior. Esta solicitao deve ser requerida atravs do formulrio de petio acompanhado do respectivo comprovante de pagamento da retribuio relativa ao servio.

    Vale ressaltar que somente o depositante ou seu representante legal no INPI pode solicitar a cpia oficial.

    Fotocpias A Diretoria de Patentes fornece cpias de pareceres, peties, manifestaes de

    terceiros, cpias dos documentos que integram a carta patente, bem como cpia integral do pedido. A cpia tambm pode ser autenticada, caso seja do interesse do requerente.

    O requerimento deve ser feito atravs de formulrio prprio de pedido de cpia e protocolizado por meio eletrnico, atravs do sistema e-Patentes. Alternativamente, o pedido de cpia pode tambm ser feito em papel. Neste caso o formulrio especfico deve ser preenchido em duas vias e entregue nas recepes (sede do INPI e representaes regionais), sendo uma via devolvida ao usurio protocolada.

    O formulrio deve vir acompanhado do comprovante de pagamento da retribuio relativa ao servio nos valores estipulados para cpia comum ou para cpia autenticada.

    A entrega das cpias solicitadas ser realizada por meio eletrnico, no portal do INPI. Em todos os casos, o requerente da cpia ser notificado do atendimento de sua solicitao por e-mail, no qual constaro as informaes especficas para acesso aos documentos.

    No caso de pedidos de cpias autenticadas, as mesmas sero atendidas em papel, sendo enviadas para retirada nas recepes do INPI.

  • 35

    6. EXAMES PRIORITRIOS 6.1. IDOSOS, CONTRAFAO E OBTENO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA A EXPLORAO DO RESPECTIVO PRODUTO OU PROCESSO

    Nos casos de imperiosa necessidade de uma deciso de um pedido de patente, visando a agilizao do exame tcnico, o presidente do INPI, disciplinou o exame prioritrio de pedidos de patentes por meio da Resoluo n 68/2013, disponvel no Portal do INPI clicando na aba Legislao.

    De acordo com esta resoluo, podero requerer gratuitamente o exame prioritrio tanto o prprio depositante quanto terceiros. No caso do prprio depositante, se:

    (a) comprovadamente, tiver idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, (b) o objeto do pedido de patente esteja sendo reproduzido por terceiros sem a sua

    autorizao ou

    (c) a concesso da patente seja condio para a obteno de recursos financeiros de agncias de fomento ou instituies de crditos oficiais nacionais, liberados sob a forma de subveno econmica, financiamento ou participao societria, ou originrios de fundos mtuos de investimento, para a explorao do respectivo produto ou processo.

    Observao: Requisitos do pedido de patente para o exame prioritrio (Norma operacional DIRPA N 01/07) I. Decorreram 60 (sessenta) dias da data de publicao; II. J tenha sido requerido o exame tcnico; III. Estar em dia com as anuidades; IV. Decorreram 24 (vinte e quatro) meses da data de depsito.

    Alm dos casos acima, o INPI introduziu Exames Prioritrios para as patentes abaixo relacionadas. Os formulrios so prprios para cada caso e esto disponveis no portal do INPI.

    6.2. PATENTES VERDES

    Com o objetivo de contribuir para o combate s mudanas climticas globais, o INPI iniciou em 17 de abril de 2012, o Programa Piloto de Patentes Verdes. O programa tem sido prorrogado, sendo estabelecidos novos critrios para participao (Resoluo PR n 134/2014 e 145/2015). Este programa visa acelerar o exame dos pedidos de patentes que se encaixem nesta definio (veja categorias abaixo). A inteno que os pedidos submetidos e aprovados neste programa obtenham uma deciso em cerca de dois anos. Com esta iniciativa, o INPI no s acelera decises em matria de pedidos de patentes de inveno, como tambm

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    possibilita a identificao de novas tecnologias que possam ser rapidamente usadas pela sociedade, estimulando o seu licenciamento e incentivando a inovao no pas.

    Condies para Elegibilidade no Programa Piloto de Patentes Verdes:

    Para solicitar o ingresso no Programa, o interessado dever entregar ao INPI um formulrio especfico (Solicitao para Programa de Patentes Verdes)18, bem como pedir publicao antecipada do pedido e requerer o exame do pedido em questo.

    Para efeito de definio, podero ser consideradas patentes verdes as tecnologias referentes s seguintes categorias (a lista completa das tecnologias est disponvel no portal do INPI, Patentes Verdes):

    Energias alternativas, Transportes, Conservao de energia, Gerenciamento de resduos, Agricultura.

    No podero participar do Programa Piloto de Patentes Verdes, pedidos com pendncias no pagamento de taxas ou que j tenha requerido qualquer tipo de exame substantivo publicado na RPI

    No caso de requerentes com pedidos de patentes j depositados no INPI, estes devero adequ-los, conforme os requisitos para ingresso no programa, e apresentar o formulrio Solicitao para Programa de Patentes Verdes devidamente preenchido.

    Caso ainda no tenha solicitado Publicao Antecipada do pedido, o requerente dever solicit-la. Simultaneamente, deve requisitar o Pedido de Exame Tcnico e comprovar conjuntamente o pagamento das respectivas taxas. Se ainda no depositou o pedido, dever faz-lo, empregando o formulrio Depsito do Pedido de Patente, devidamente preenchido. Aps concluso do exame formal do pedido de patente, dever solicitar simultaneamente (1) o Exame Prioritrio Estratgico do referido Pedido de Patente Verde por meio do formulrio Solicitao para Programa de Patentes Verdes (2) o Pedido de Publicao Antecipada e (3) o Pedido de Exame de Tcnico.

    Aps o depsito do formulrio de requerimento e pagamento das respectivas taxas, o requerente dever aguardar a anlise do pedido por uma Comisso Tcnica, convocada

    18

    Disponvel no portal do INPI, acessando Formulrios.

  • 37

    pelo Grupo de Trabalho do Programa, que analisar o atendimento aos critrios do Programa.

    6.3. PATENTES RELACIONADAS SADE PBLICA Considera, principalmente, a necessidade de dar celeridade ao exame de pedidos

    de patente de produtos e processos farmacuticos, bem como equipamentos e materiais relacionados sade pblica, em particular aqueles considerados estratgicos no mbito do Sistema nico de Sade (Resoluo PR N 80/2013).

    Sero examinados prioritariamente pedidos de patente depositados no INPI, diretamente relacionados ao diagnstico, profilaxia e tratamento da Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (AIDS), de Cncer ou de doenas negligenciadas.

    Os pedidos de patente devem ter tido o requerimento de exame tcnico, consoante o disposto no Art. 33 da LPI.

    A Comisso de Exame Prioritrio dever verificar se os pedidos de patente relacionados atendem s seguintes condies obrigatrias para que o exame prioritrio seja concedido:

    1. No se referir a pedido de patente cujo exame se encontre suspenso para cumprimento de exigncia formal anteriormente formulada;

    2. No se referir a pedido de patente ao qual j tenha sido concedido o exame prioritrio;

    3. Referir-se a pedido de patente que se encontre adimplido com as obrigaes de pagamento das anuidades de que trata o Art. 84 da LPI.

    7. OPINIO PRELIMINAR SOBRE A PATENTEABILIDADE A Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade um relatrio emitido por um

    Examinador de Patentes com opinio sobre a patenteabilidade de pedidos de patentes j depositados e na fila de exame de mrito, permitindo ao depositante a obteno de uma busca e de uma avaliao preliminar mais rpida sobre o seu pedido, quando comparada com o fluxo regular de exame.

    Consiste de um sistema oferecido para qualquer Pedido de Patente, que tenha o INPI como o primeiro escritrio de depsito e que preencha os seguintes requisitos obrigatrios (Resoluo PR N123/2013):

    1. O pedido deve ter tido a notificao de publicao na RPI ou a publicao do pedido deve ser antecipada a requerimento do usurio (o usurio pode solicitar a publicao

  • 38

    antecipada do pedido na mesma petio de requerimento da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade, devendo apresentar a GRU correspondente);

    2. O pedido deve estar em dia com o pagamento da retribuio anual;

    3. O exame tcnico propriamente dito do pedido de patente no pode ter sido publicado na RPI.

    4. O andamento do pedido de patente no pode estar suspenso para instruo regular da patente, para atendimento de exigncia(s) formulada(s).

    5. A concesso do exame prioritrio no pode ter sido publicada na RPI.

    A Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade compreender a anlise para o Pedido de Patente de acordo com os artigos pertinentes da LPI, um relatrio preliminar de busca do estado da tcnica e um relatrio preliminar dos requisitos de patenteabilidade.

    No relatrio preliminar, os requisitos de patenteabilidade possuem carter informativo e no h vnculo com o resultado do exame tcnico propriamente dito do Pedido de Patente.

    No relatrio preliminar de busca do estado da tcnica pertinente, os documentos citados no so exaustivos quando do exame tcnico propriamente dito do Pedido de Patente.

    Requerimento da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade

    1. O usurio ou o seu procurador legal deve utilizar o formulrio de requerimento Opinio Preliminar sobre Patenteabilidade.

    2. O formulrio de requerimento tambm pode ser usado para o requerimento de Publicao Antecipada, quando aplicvel, ou para apresentar documentos referentes ao pedido de patente (Inveno ou Modelo de Utilidade), tais como modificaes no relatrio descritivo, quadro reivindicatrio, resumo e figuras.

    3. O formulrio de requerimento tambm pode ser usado para apresentao de Listagem de Sequncias em formato eletrnico, de acordo com a Resoluo PR n 81/2013, para que se permita a realizao de uma busca mais completa.

    4. O usurio ou o seu procurador legal deve apresentar junto com o formulrio de requerimento as Guias de Recolhimento da Unio (GRU) referentes ao Requerimento da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade e da Publicao Antecipada, quando aplicvel.

    5. O requerimento ao INPI da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade deve ser apresentado no perodo de at 1 (um) ano a partir da data de publicao da Resoluo PR n 123/2013.

  • 39

    Avaliao do Requerimento da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade

    1. A data da solicitao para o ingresso no Programa Piloto da Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade deve ser correspondente data de recebimento formulrio de requerimento, na sede do INPI ou nas respectivas Divises Regionais e/ou Representaes de cada estado da federao.

    2. A avaliao dos requerimentos de Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade obedecer ordem cronolgica da data da solicitao para o ingresso no Programa Piloto.

    3. Sero admitidos at 50 pedidos de opinies preliminares por diviso da diretoria de patentes, totalizando um mximo de 1.000.

    4. O INPI notificar na RPI a Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade. Adicionalmente, o referido relatrio estar disponibilizado ao pblico no sistema e-Parecer.

    Manifestao Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade

    A manifestao do usurio Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade facultada. Caso o usurio deseje se manifestar, tal manifestao deve ser apresentada ao INPI por meio do formulrio Opinio Preliminar sobre Patenteabilidade. Adicionalmente, o usurio pode usar o mesmo formulrio para submeter documentos referentes ao Pedido de Patente (inveno ou modelo de utilidade), tais como modificaes no relatrio descritivo, quadro reivindicatrio, resumo e figuras.

    A manifestao referente Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade isenta do pagamento de retribuio.

    A Opinio Preliminar sobre a Patenteabilidade e eventuais manifestaes do usurio em relao a esta sero levadas em considerao no exame tcnico propriamente dito do Pedido de Patente. Entretanto, o exame tcnico do Pedido de Patente ser efetuado observando a ordem cronolgica das respectivas solicitaes de exame.

  • 40

    ANEXOS

    Anexo 1

    TRANSFERNCIA DE TITULARIDADE / ALTERAO DE NOME E SEDE19 Tanto o pedido quanto a patente, ambos de contedo indivisvel, podem ser cedidos total ou parcialmente (Art. 58 da LPI). 1) Para solicitar a transferncia de titularidade, deve ser apresentado formulrio de petio (vide observao) acompanhado de:

    - Documento de Cesso e Transferncia assinado pelo cedente, cessionrio e duas testemunhas (no caso de pessoa jurdica, apresentar documento comprovando poderes de quem representa a empresa para realizar a transferncia), conforme modelo disponibilizado no final deste anexo;

    - Procurao (se necessrio); - Traduo juramentada dos documentos com a devida legalizao consular (se

    necessrio); - Comprovao do pagamento da retribuio devida (guia de recolhimento). 2) Para alterao de nome ou sede, o formulrio de petio (vide observao) deve

    vir acompanhado de:

    - Documento de Alterao (no caso de pessoa jurdica, apresentar a documentao da empresa),

    - Procurao (se necessrio), - Traduo juramentada dos documentos com a devida legalizao consular (se

    necessrio); - Comprovao do pagamento da retribuio devida (guia de recolhimento). As anotaes produziro efeito em relao a terceiros a partir da data de sua

    publicao - Art. 60 da LPI.

    Observao: Ambas solicitaes devem ser feitas por meio do formulrio Transferncia ou Alterao de Nome ou Endereo.

    19

    Vide Captulo VII da LPI DA CESSO E DAS ANOTAES

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    DOCUMENTO DE CESSO E TRANSFERNCIA (M O D E L O PATENTE)

    Pelo presente instrumento de cesso e na melhor forma de direito, ..............(1)..................................., CNPJ/CIC N ..................(2) .............com sede ................. (3) ... , bairro ..........(4) ...... na cidade de ...........(5) ........ , Estado .............(6) ................., na qualidade de titular do PEDIDO ou PATENTE N............(7) ......................., de / / , devidamnte depositado perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI, em seu nome, CEDE e TRANSFERE, como de fato cedido e transferido tem, .................(8)..........., CNPJ............(9)................ com sede .............(10).........., bairro ...........(11)..........., na cidade de .........(12) ................., estado ..........(13) ...., todos os direitos sobre o referido PEDIDO ou PATENTE, POSSE e USO, em benefcio prprio ou de suas coligadas ou controladas.

    O cessionrio fica investido de todo o poder para promover a anotao desta transferncia para seu nome perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

    E por ser a expresso da verdade, este documento assinado perante duas testemunhas que tambm o assinam.

    ............................, ..... de .................... de ......... ..............................................(14) ....................................... CEDENTE ................................................(15) ..........................................

    CESSSIONRIO Testemunhas 1 ........................................................ Nome, RG, CPF 2.......................................................... Nome, RG, CPF

    Instrues para preenchimento (1) NOME DO CEDENTE (2) a (6) DADOS DO CEDENTE (7) DADOS DO PEDIDO/PATENTE (8) a (13) DADOS DO NOVO TITULAR DO PEDIDO/PATENTE (CESSIONRIO) (14) ASSINATURA DO CEDENTE RECONHECIDA EM CARTRIO (15) ASSINATURA DO CESSIONRIO (16) a (17) ASSINATURA DAS TESTEMUNHAS TAMBM RECONHECIDA EM CARTRIO

  • 42

    Anexo 2

    ORIENTAES PARA DEPSITO DE PEDIDO DIVIDIDO O depsito do pedido dividido dever conter:

    - requerimento atravs do Formulrio de Depsito, indicando no item 4 o nmero e a data de depsito do pedido original (me), acompanhado da guia de recolhimento respectiva selecionando no camp