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UFCD 8600 COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS E TÉCNICAS DE PROCURA DE EMPREGO

Manual Ufcd 8600 - Competências Empreendedoras e Técnicas de Procura de Emprego

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Manual Ufcd 8600 - Competências Empreendedoras e Técnicas de Procura de Emprego

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ATENDIMENTO PRESENCIAL E ENCAMINHAMENTO

Competncias empreendedoras e tcnicas de procura de emprego

ndice

Introduo2mbito do manual2Objetivos2Contedos Programticos2Carga horria31.Conceito de empreendedorismo mltiplos contextos e perfis de interveno42.Perfil do empreendedor83.Fatores que inibem o empreendedorismo124.Ideia de negcio e projeto165.Coerncia do projeto pessoal/ projeto empresarial206.Fases da definio do projeto237. Modalidades de trabalho298. Mercado de trabalho visvel e encoberto359. Pesquisa de informao para procura de emprego3810. Medidas ativas de emprego e formao4311. Mobilidade geogrfica5312. Rede de contactos5713. Curriculum vitae6114. Anncios de emprego6815. Candidatura espontnea7316. Entrevista de emprego76Bibliografia83Sites Consultados83

Introduo

mbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio unidade de formao de curta durao n 8600 Competncias empreendedoras e tcnicas de procura de emprego, de acordo com o Catlogo Nacional de Qualificaes.

Objetivos

Definir o conceito de empreendedorismo. Identificar as vantagens e os riscos de ser empreendedor. Identificar o perfil do empreendedor. Reconhecer a ideia de negcio. Definir as fases de um projeto. Identificar e descrever as diversas oportunidades de insero no mercado e respetivos apoios, em particular as Medidas Ativas de Emprego. Aplicar as principais estratgias de procura de emprego. Aplicar as regras de elaborao de um curriculum vitae. Identificar e selecionar anncios de emprego. Reconhecer a importncia das candidaturas espontneas. Identificar e adequar os comportamentos e atitudes numa entrevista de emprego.

Contedos Programticos

Conceito de empreendedorismo mltiplos contextos e perfis de interveno Perfil do empreendedor Fatores que inibem o empreendedorismo Ideia de negcio e projeto Coerncia do projeto pessoal / projeto empresarial Fases da definio do projeto Modalidades de trabalho Mercado de trabalho visvel e encoberto Pesquisa de informao para procura de emprego Medidas ativas de emprego e formao Mobilidade geogrfica (mercado de trabalho nacional, comunitrio e extracomunitrio) Rede de contactos Curriculum vitae Anncios de emprego Candidatura espontnea Entrevista de emprego

Carga horria

25 horas

1.Conceito de empreendedorismo mltiplos contextos e perfis de interveno

A noo de Empreendedorismo desenvolve-se atualmente como uma competncia transversal, fundamental para o desenvolvimento humano, social e econmico.

O esprito empreendedor caracteriza-se fundamentalmente pelo desejo e energia para agir, de forma persistente, sobre a realidade envolvente. Essa dinmica til, seja no mbito da vida pessoal, na vida comunitria, na vida das organizaes, seja na criao de iniciativas de carcter empresarial.

Pessoas empreendedoras produzem novas solues, criam inovao, resolvem problemas, correm riscos, falham e aprendem a ser mais eficazes; mobilizam recursos e pessoas em torno de ideias e, em toda essa dinmica, existe sempre a procura da criao de valor para si e para os outros.

Na perspetiva do empreendedor, a realidade que o envolve no esttica e inaltervel, mas algo que pode ser perturbado, que pode ser alterado; nesse sentido, um empreendedor um visionrio porque tem a capacidade de imaginar novas realidades futuras.

Ser empreendedor resulta fundamentalmente de um conjunto de atitudes e comportamentos que so acessveis a qualquer pessoa, em qualquer contexto, independentemente da sua origem, qualificaes ou recursos. , pois, necessrio criar ambientes que promovam e valorizem essas atitudes, de forma sustentada, para que um maior nmero de pessoas desenvolva as suas competncias empreendedoras.

Os contextos de formao/educao so um terreno excelente para a promoo do desenvolvimento de competncias empreendedoras. Por um lado, porque so orientados por profissionais; por outro, porque a introduo de mtodos pedaggicos experienciais (aprender-fazendo) pode ser complementar aos processos mais tradicionais de ensino, constituindo uma fonte de enriquecimento curricular.

Tendo presente a definio abrangente da competncia de Empreendedorismo e as suas componentes em termos de conhecimentos, capacidades e atitudes, podemos pensar no Empreendedorismo como sendo, fundamentalmente, a capacidade e o desejo de agir de forma continuada.

Trata-se de um agir consciente, determinado e voluntrio, tendente obteno de mudanas. Nesse sentido, ser empreendedor pode ser caracterizado como uma atitude dinmica perante a realidade em que, face a determinados contextos, internos ou externos, se imagina respostas de modificao dessa realidade.

por isso que se associa, regra geral, o Empreendedorismo inovao, porque o empreendedor tende a procurar realizar as suas aes de forma diferente para obter resultados diferentes e, nesse processo de inovar, est a (des)construir a realidade para a recriar.

O empreendedor olha para o mundo como algo em mudana, logo que pode ser mudado, aperfeioado, imaginando assim novas realidades possveis.

A capacidade de imaginar novas realidades determinante para a sociedade, seja na procura de um novo emprego, na procura de uma oportunidade de negcio ou dentro das prprias organizaes.

Os empreendedores bem-sucedidos, qualquer que seja a sua motivao pessoal (seja dinheiro, poder, curiosidade ou desejo de fama ou reconhecimento), tentam criar valor e fazer uma contribuio.

O termo Empreendedorismo est tradicionalmente associado criao de empresas e aos conhecimentos de gesto comercial; no entanto, nos ltimos dez anos o seu mbito foi alargado, passando-se a encarar as competncias de criao de negcios como sendo teis tambm no sector da economia social e dentro das empresas.

Nesta tica, o Empreendedorismo atualmente uma questo eminentemente cultural, j que promove valores e prticas.

A questo que se coloca atualmente utilizar o perfil do empreendedor com xito no mbito empresarial, no s na criao de negcios mas tambm dentro das organizaes e no projeto de vida das pessoas.

Os perfis mais orientados para a competio empresarial, mais pragmticos, so da maior utilidade quer dentro das empresas, quer em projetos de carcter social. Assim, importante transferir para outros contextos a experincia dos empreendedores que criaram empresas e no desejar apenas que todos criem empresas/negcios.

Importa distinguir a formao em saberes de gesto marketing, finanas, estratgia, logstica, etc. , muitas vezes identificada com o termo de Empreendedorismo/criao de empresas, da formao que visa o desenvolvimento do esprito empreendedor (inovao, risco, etc.), na medida em que um procura estabelecer organizao e rentabilizar atividades e o outro permite inventar e reinventar aes.

Se se encarar o Empreendedorismo fundamentalmente como uma questo cultural (ainda que com grande impacto na economia), a educao/formao surge como uma das ferramentas nucleares de transmisso de novos valores, atitudes e prticas.

Nesta tica, o esprito empreendedor deve ser fomentado de forma transversal, no s ao nvel da formao profissional como da educao.

2.Perfil do empreendedor

Um empreendedor um indivduo que cria um novo negcio face ao risco e incerteza, com o propsito de conseguir lucro e crescimento, atravs da identificao de oportunidades de mercado e do agrupamento dos recursos necessrios para capitalizar sobre estas oportunidades.

O perfil do empreendedor envolve alguns pontos crticos, no sentido de viabilizar a continuidade do negcio que, porventura, tenha iniciado. Entre estes pontos crticos salienta-se o desejo de responsabilidade pessoal pelo resultado do negcio, preferindo ter controlo sobre os recursos e procurando utiliz-los para alcanar os objetivos por ele determinados.

Tem preferncia por riscos moderados, trabalha com riscos calculados, possui confiana na sua habilidade para o sucesso (tende a ser otimista em relao sua possibilidade de sucesso e geralmente o seu otimismo baseado na realidade).

Apresenta um elevado nvel de energia, o que revela um fator crtico de sucesso uma vez que muitas horas de trabalho rduo so mais a regra que a exceo no incio da empresa, mantendo uma orientao futura com base no bom senso definido na busca de oportunidades, com forte capacidade de organizao no sentido de escolher as pessoas e recursos certos.

As caractersticas de um empreendedor bem-sucedido esto ligadas aos aspetos do seu perfil.

Ser o seu prprio patroPara ser um empreendedor de sucesso essencial que tenha algumas caractersticas especficas. A garra, a fora de vontade e a determinao so, talvez, as mais importantes, mas h outras a considerar.

Lidar com os riscosComo atua perante os riscos? Nem todas as pessoas agem da mesma forma e se h aqueles que preferem evit-los, h tambm quem os encare sem qualquer preocupao.

Como empreendedor, essencial que tenha disposio para correr riscos, mas todo o cuidado pouco. Arriscar enfrentar desafios conscientemente porque disso depende o seu sucesso. Seja capaz de conviver e sobreviver a essa instabilidade. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e s precisa de aprender a administr-los.

Se alguma coisa no correr da melhor forma e estiver em situao de crise, no tome o fracasso como uma derrota. apenas um resultado como qualquer outro. Reaja e aprenda com os erros.

Ter Iniciativa e ser otimistaUm empresrio de sucesso deve ser criativo e fazer muita pesquisa. A iniciativa envolve decises ousadas na procura de uma realizao e independncia. Determine os prximos passos do rumo da sua vida e seja otimista na sua concretizao. Enfrente os obstculos com confiana e tenha como meta o sucesso. A ambio necessria porque a estabilidade de um empreendedor pode ser um caminho longo e difcil. Seja dinmico e no se acomode.

Conhecer o ramo essencial que conhea o mercado e o ramo em que pretende atuar. Deste modo, -lhe mais fcil perceber as hipteses de sucesso e prevenir-se em relao a percalos que possam surgir.

Se no possui um bom conhecimento do ramo procure aprender tudo sobre o seu negcio com a ajuda de clientes, colaboradores, parceiros, etc. Faa algumas leituras e cursos. Lembre-se de que precisa manter-se atualizado e em constante aprendizagem.

Ser curiosoSe quer ser um empreendedor de sucesso prepare-se para pesquisar novos caminhos, seja nas frias ou no trabalho, nas revistas ou a ver televiso. Um empreendedor necessita de estar sempre atento s oportunidades de negcio e na altura certa em que surgem no mercado. No se canse de procurar porque pode sempre surgir um empreendimento melhor.

Saber organizarA organizao fundamental para o sucesso de qualquer negcio. Entenda por organizao possuir os melhores recursos, como a aplicao de recursos humanos, materiais e financeiros, e integr-los de uma forma lgica, racional e harmoniosa. Defina metas e garanta a execuo dos trabalhos dentro do prazo estabelecido.

Ser lderPara um empreendedor necessrio que tenha boas capacidades de liderana. Tem de organizar, redirecionar esforos e manter a motivao dos seus colaboradores. Eles esto sob a sua coordenao e por isso tem de criar uma filosofia de trabalho, definindo objetivos e mtodos, ao mesmo tempo que implementa um bom relacionamento entre a equipa de trabalho.

D um pouco de liberdade para conseguir extrair o que h de melhor neles e estabelea uma relao interpessoal expondo e ouvindo as suas ideias.

Uma das caractersticas que permitem o empreendedor ser bem-sucedido no seu negcio a sua capacidade de atribuir tarefas a outras pessoas. Um empreendedor torna-se no-efetivo quando tenta fazer tudo sozinho. A capacidade de delegao muito importante para o sucesso do empreendimento e colide com a tendncia natural do empreendedor centralizar.

3.Fatores que inibem o empreendedorismo

Erros frequentes do empreendedor:

1. Acreditar que basta uma ideia e dinheiro para ter um negcioO primeiro grande erro assumir que uma boa ideia somada a algum capital significa necessariamente um bom negcio.

Antes de mais porque necessrio perceber que uma ideia no um projeto: uma ideia no mais do que um novo uso para um produto, uma alternativa tecnolgica para um processo, um novo artigo para comercializar.

J um projeto exige adicionar ideia inicial uma reflexo apurada sobre a adequao ao mercado; um trabalho de escuta a potenciais clientes, fornecedores e/ou scios; previses econmicas; reflexo sobre as nossas competncias e limitaes.

Para passar da ideia ao projeto existe um grande esforo de diagnstico e de desenho do novo negcio.

Se aps este trabalho prvio se concluir que o projeto coerente, vendvel e vivel do ponto de vista econmico e financeiro, ento, juntamente com o dinheiro necessrio, ser possvel criar uma empresa com boas possibilidades de vir a ter sucesso.

2. Assumir que o mercado perfeitamente racional e que pensa e age como nsO empreendedor no deve assumir que todos os agentes agem racionalmente e que seguem os seus critrios de racionalidade.

Um erro frequente partir do princpio que os consumidores estaro dispostos a mudar mesmo que isso implique uma alterao no seu estilo de vida e hbitos de consumo. preciso estar consciente que as tendncias socioculturais no evoluem em funo do nosso projeto. nossa obrigao antecipar essa evoluo e ocupar o nosso espao no mercado, mas sempre de forma realista, informada e sem excesso de otimismo.

3. Sobrestimar as suas capacidadesUm erro frequente sobrestimar algumas das suas capacidades ou competncias subestimando as dos concorrentes. Nada melhor do que ser realista nesta avaliao para enfrentar da melhor forma os desafios que vo surgindo.

4. Ter dificuldade em assumir as prprias limitaesProcurar o xito competindo com os grandes, ou no terreno dos grandes, quando se pequeno, causa de fracasso de muitas empresas. O segredo est em definir o negcio com conscincia das suas limitaes.

5. Indefinio na hierarquia da empresa tentador, no arranque de um negcio, criar uma empresa de amigos, sem hierarquia nem chefes.

Contudo, aconselhvel pensar, desde o incio, a mdio e longo prazo. vital saber quem manda, quem assume responsabilidades, quem d a cara, em resumo, definir claramente a hierarquia da organizao, de forma a que, quando surgirem os primeiros problemas (que so inevitveis), estes sejam ultrapassados com maior facilidade sem criar traumas organizativos ou afetar a estrutura acionista da empresa.

6. Ter demasiados tripulantes no barcoOs jovens empreendedores tm uma tendncia natural para engordar a estrutura da empresa. Nesta empresa cabem todos (o irmo, a namorada, o primo, os amigos...).

Neste momento da empresa o planeamento deve ser o contrrio: a estrutura deve ser a estritamente necessria. De outra forma, desperdia-se a grande vantagem que partir do zero (relativamente a empresas j instaladas que tm, regra geral, estruturas mais pesadas).

Para ter a certeza que a estrutura montada atendendo exclusivamente ao negcio, poder ser til responder a algumas questes relativamente a cada um dos participantes no projeto: O que traz ao projeto (a nvel de perfil empreendedor, competncias tcnicas e de gesto, conhecimento do mercado, experincia profissional, carteira de clientes, recursos financeiros, rede de contactos, etc.)? Sem este elemento o que que o projeto perdia? possvel substituir este elemento por outro que j esteja no projeto e que tenha competncias mais abrangentes, ou recorrendo ao outsourcing (fazer uma anlise custo-benefcio da substituio)?

7. Assumir que inovao tudoA inovao s por si habitualmente encarada como algo positivo na avaliao de uma empresa.

Normalmente a inovao subentende uma majorao em projetos de apoio a PMEs. Contudo, a inovao no deve ser um fim em si, mas sim um meio que: Origine efetiva criao de valor; Permita satisfao de necessidades reais do mercado; Contribua efetivamente para o sucesso do projeto.

H que evitar a tecnoluxria, a incorporao do novo sem uma contextualizao empresarial, sem que haja efetiva satisfao de necessidades. Inovao no s tecnologia: tambm gesto, marketing, estratgia, servio, etc. O melhor projeto no tem de ser o mais tecnolgico ou o mais atraente. O melhor projeto de empresa o que funciona e sobrevive.

8. Confundir Negcio com ProdutoUm negcio no um produto, nem um mercado, nem um processo inovador. Um negcio tudo isto e muito mais. Um negcio a conjugao de um O qu, um Onde, um A quem, um Como, que nos permita satisfazer necessidades concretas.

S com uma resposta integral que considere em simultneo todos estes aspetos o empreendedor pode acertar no desenho da nova empresa.

4.Ideia de negcio e projeto

Consolidao da ideia de negcioAps ter chegado ideia de negcio, o empresrio poder tomar duas atitudes perante a mesma: tenta desvaloriz-la, achando que, uma vez que nunca foi explorada, no tem valor ou, pelo contrrio, adota uma postura demasiado otimista, levando-o a pensar que possui uma ideia extraordinria a que ir corresponder, sem sombra de dvidas, um projeto de sucesso.

Em qualquer dos casos, h que tomar algumas precaues face a todas as condicionantes que podem determinar o sucesso ou fracasso de um empreendimento.

Deste modo, uma postura realista a melhor forma de encarar este processo que no se esgota aqui. Bem pelo contrrio, esta constitui uma fase muito importante mas meramente embrionria. Em seguida, a ideia ir ser testada, por forma a determinar se pode levar constituio de uma empresa com srias probabilidades de xito. Chegando construo de uma ideia que se constitui como o alicerce do projeto, atravs das reflexes anteriores, haver que trabalh-la e desenvolve-la, de tal modo que se aproxime de um anteprojeto de criao de empresa.

pois neste fase, que poderia constituir uma etapa autnoma e intermdia entre a ideia de negcio e o projeto a si adstrito, que se ir fazer um diagnstico prvio da ideia encontrada, bem como um aprofundamento e desenvolvimento da mesma.

Para o efeito so utilizados vrios mtodos, normalmente enquadrados em duas categorias: Os relacionados com a envolvente socioeconmica, abarcando, algumas tcnicas de aprofundamento da ideia. Dentro destas so de destacar a anlise documental, o estudo de casos prticos com recurso a consultores e, mais uma vez, a observao. Os relacionados com a criatividade, que levam ao enriquecimento da ideia de negcio. Vrios processos podem ser utilizados, no entanto, os mais comuns so o brainstorming, as listas de atributos e as associaes foradas. Os mtodos referidos tm apenas carcter indicativo, implicando, nalguns casos, o domnio de determinadas tcnicas no acessveis a todos. Resultados semelhantes podero ser conseguidos recorrendo imaginao de cada um.

Antes de mais, o/a promotor/a da futura empresa deve tentar alicerar a ideia do projeto identificando quais as suas vantagens competitivas no(s) mercado(s) em que pretende atuar.

Deve, desta forma, realizar aquilo que designamos por anlise SWOT, identificando os pontos fortes e pontos fracos da sua capacidade empreendedora e identificando as ameaas e oportunidades que se apresentam em funo das capacidades reconhecidas, assentando na explorao das oportunidades recorrendo aos seus pontos fortes.

O termo SWOT um acrnimo que resume os conceitos de Pontos fortes (Strengths), Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaas (Threats). A anlise SWOT um modelo de cenrio ou de posio competitiva de uma empresa no mercado.

A metodologia de anlise consiste na construo de uma matriz de dois eixos: variveis internas (pontos fortes e pontos fracos) e variveis externas (Oportunidades e Ameaas) do cenrio empresarial que permitem a tomada de decises. uma ferramenta essencial para a criao de uma empresa (elaborao do plano de negcios) ou na tomada de decises de gesto correntes na empresa.

A matriz SWOT permite verificar a situao da empresa na sua envolvente empresarial. Os pontos fortes e fracos representam a situao interna da empresa num momento. As oportunidades e ameaas esto relacionadas com o futuro.

Um ponto fraco da empresa perante uma envolvente empresarial (ameaa ou oportunidade) exigir uma tomada de deciso da organizao que atuar com as medidas mais adequadas para limitar ou eliminar os seus efeitos.

A clientela potencial depende obviamente do mercado a atingir e das caractersticas do produto ou servio a prestar.

Na anlise de mercado devero ficar bem patentes e respondidas 3 questes:1 Quem compra o nosso produto?2 Quanto compra?3 A que preo compra?

O aperfeioamento da ideia faz-se em dois momentos:1. A definio do negcio2. A determinao dos objetivos

Definio do negcioO empreendedor dever responder por escrito, de forma clara e resumida, s seguintes questes: Qual o negcio? Qual o tipo de negcio? (Produo, distribuio, retalho, servio, ) Que produtos vai oferecer? Quem so os seus clientes? Quem so os seus fornecedores? Qual a sua vantagem sobre os seus concorrentes? (na tica dos seus clientes) Como vai colocar no mercado os seus produtos? Qual a imagem a transmitir? Est satisfeito? (Neste momento o empreendedor dever reler o que escreveu, de modo a responder questo com base na consolidao de ideias)

Determinar objetivosUm negcio vivel se existe uma probabilidade razovel de satisfazer os objetivos do seu criador: Objetivos financeiros Objetivos de satisfao pessoal Objetivos fundamentais Objetivos secundrios Objetivos a curto prazo Objetivos a mdio e longo prazo.

5.Coerncia do projeto pessoal/ projeto empresarial

A denominao Projeto Pessoal inspirada na Metodologia de Projeto, tcnica pedaggica iniciada por John Dewey (1859-1952) e que se aplica adequadamente ao desenvolvimento do esprito empreendedor.

Utilizamos o termo pessoal apesar de os projetos pessoais deverem ser realizados em grupo, por um lado para o diferenciar e, por outro, para reforar a ideia de que os projetos devem estar relacionados com a vida dos formandos/ as, as suas necessidades, interesses preocupaes e ambies porque, por esta via, haver uma maior probabilidade de se mobilizarem e atingirem, respetivamente, nveis superiores de motivao e de realizao.

Assim, o Projeto Pessoal, uma estratgia pedaggica de ao, que induz a criao de iniciativas empreendedoras junto dos formandos e formandas, com as decorrentes oportunidades de experimentao e aprendizagem.

Um projeto pessoal consiste, em primeiro lugar, na criao de um objetivo, que pode ser: o desenvolvimento pessoal, ou seja, como adquirir formao ou especializao numa rea, para melhorar a sua situao pessoal ou profissional; participar/organizar uma atividade coletiva de lazer, do seu agrado, na empresa ou no bairro; dar um contributo de solidariedade para uma entidade com cujos objectivos se identifique e seja sensvel; criar uma atividade com fins lucrativos; desenvolver um projeto inovador dentro da organizao em que se insere.

No nos podemos esquecer que o empreendedor ou empreendedora aquele/a que age sobre a sua realidade. Mas, para agir sobre a realidade, necessita de descobrir uma oportunidade de interveno e de ter a perceo de que o pode fazer.

Vrios autores apresentam razes para se ter o seu prprio empreendimento. Muitas vezes, o motivo bsico a necessidade de ser seu prprio patro, evitar a relao de subordinao tpica de mdias e grandes empresas, quando se assume o papel de empregado. Alm disso, a vontade de ganhar mais dinheiro do que aquele que se auferia como subordinado numa organizao de terceiros constitui uma outra motivao.

Existe uma grande variedade de motivos que levam as pessoas a ter o seu prprio negcio: vontade de ganhar dinheiro, desejo de sair da rotina e de levar ideias prprias avante, mais do que seria possvel na condio de empregado, necessidade de provar a si mesmo e aos outros de que capaz de realizar um empreendimento e desejo de desenvolver algo que traga benefcios, no s para si, mas para a sociedade.

Desenvolver uma ideia , no essencial, passar da definio inicialmente vaga para uma ideia concreta, trabalhada e clara que permita ajuizar os prs e os contras no mbito de uma fundamentao que confira confiana operativa, consistncia e que seja defensvel pela sua ligao com a prtica substantiva.Quando a ideia no est definida nestes termos fundamental que o promotor tenha bem presente aquilo que no deve e no quer fazer, centrando o seu esforo na observao da realidade no sentido de poder acrescentar algo a um produto/servio que permita torn-lo distinto ao nvel da melhoria da qualidade e do melhor ajustamento s necessidades dos consumidores.

6.Fases da definio do projeto

Fase 1: A Conceo da IdeiaO primeiro grande desafio na altura de criar um negcio prprio a conceo da ideia. Nesta fase o investimento do empreendedor no se contabiliza em euros, mas sim em tempo despendido na conceo da ideia.

Um projeto empresarial pode ter vrias fontes de inspirao. A ideia pode surgir da experincia profissional do empreendedor, dos seus hobbies, da constatao de uma necessidade do mercado. As fontes de inspirao so inmeras, mas o fundamental que neste processo - quase sempre solitrio - o potencial empresrio no perca a noo de que o seu projeto tem de ser acima de tudo realista.

Aqui so definidas as bases da empresa. das etapas mais importantes do processo de criao de um negcio e nenhum pormenor deve ser negligenciado. No momento de estruturar a ideia de negcio, o empreendedor deve considerar vrios aspetos que vo desde a sua experincia profissional ao perfil do consumidor, passando pela oportunidade do negcio e a existncia, ou no, de projetos empresariais semelhantes.

Fase 2: Testar a Ideia/Anlise de Mercado verdade que o segredo a alma do negcio. Mas no menos verdade que s faz sentido criar uma empresa se o mercado necessitar do produto ou servio que lhe quer oferecer.

Esta a fase em que vai comear a testar se a sua ideia tem potencial. Rodeie-se de pessoas da sua confiana, conte-lhes o seu projeto e procure avaliar as potencialidades do mesmo. tambm nesta fase que vai comear a procurar informao sobre aquilo que vai necessitar para concretizar o seu projeto.

Poder comear a fazer um levantamento das etapas legais que vai ter de cumprir, consultando um advogado se necessrio. O fundamental nesta fase analisar de forma rigorosa - com base em levantamentos e estudos concretos - as reais condicionantes do mercado.

Entre os aspetos a considerar nesta fase esto: a singularidade do produto/servio; o perfil do cliente-tipo; a dimenso do mercado; a concorrncia e quotas de mercado e as potencialidades de crescimento do negcio.

tambm o momento em que dever elaborar o Plano de Marketing descrevendo produtos/servios, escolhendo polticas de distribuio, preos e formas de promoo, tudo com oramentos previsveis.

Fase 3: Elaborao do Plano de NegciosEsta fase uma das fundamentais para o sucesso da sua empresa. Vai passar para o papel de forma estruturada todas as ideias que desenvolveu at ao momento. momento de discutir estratgias, definir prioridades, descartar ideias menos boas.

nesta fase que elabora aquele que ser o carto-de-visita da sua empresa junto de potenciais investidores e financiadores externos.

O objetivo desta fase que a equipa conceba um plano de negcios que exponha de forma realista como que a equipa planeia transformar as suas ideias num negcio exequvel, sustentvel e lucrativo. Esta uma das etapas mais complicadas e minuciosas do processo de criao de uma empresa.

Na elaborao do Plano de Negcios devem constar dados referentes Anlise de Mercado,Plano de Investimentos, Fontes de Financiamento, Plano de Tesouraria e Rentabilidade do Projeto.

O elevado grau de aspetos tcnicos inerentes elaborao do Plano de Negcios leva muitos empreendedores a recorrer a apoio especializado. Assim, alm da equipa, no ser demais ter a ajuda de um consultor, advogados e at empresas de contabilidade.

Fase 4: Conseguir o capital inicialO empreendedor e a sua equipa devem decidir como vo financiar o seu projeto. H vrias opes possveis. O ideal seria que conseguisse financiar o seu negcio com capitais prprios, mas a percentagem de empreendedores que consegue criar uma empresa sem recorrer a financiadores externos residual.

Assim, deve estar preparado para defender o seu projeto junto da Banca, de investidores privados ou empresas de capital de risco.

A vida do seu negcio depende do financiamento e por isso importante ter uma estimativa bastante realista das necessidades de capital inicial fundamentais para o arranque do negcio. A partir daqui ser mais fcil definir onde se dever dirigir para conseguir esse capital.

Qualquer que seja a sua escolha, dever ter uma estratgia para atrair os investidores e convenc-los de que o seu projeto vivel. O ideal ser encontrar uma forma de fazer com que o seu projeto se distinga da 'pilha' de projetos que as entidades financiadoras sempre tm para analisar.

Nesta fase o objetivo conseguir um compromisso de financiamento que assegure a criao da empresa. Depois de assumido esse compromisso, necessrio recorrer a um advogado para fechar o negcio com as fontes de financiamento.

Fase 5: Constituio Formal da EmpresaUma vez ultrapassada a questo do capital inicial o empreendedor poder avanar para a constituio formal da empresa. Esta uma das fases mais penosas, pela carga burocrtica que lhe est associada.

Dever comear por escolher a forma jurdica ideal para o caso da sua empresa. A partir daqui poder dirigir-se a um dos vrios Centros de Formalidades de Empresas (CFE) para cumprir as seguintes tarefas: Pedido do Certificado de Admissibilidade de Firma ou Denominao de Pessoa Coletiva; Pedido do Carto Provisrio de Pessoa Coletiva; Marcao de Escritura Pblica; Celebrao de Escritura Pblica; Declarao de incio de atividade; Requisio do Registo Comercial, publicao no DR e inscrio no Registo Nacional de Pessoas Coletivas; Inscrio na Segurana Social; Pedido de Inscrio no cadastro Comercial ou Industrial.

Fase 6: Encontrar o local idealO local que escolhe para instalar a sua empresa faz toda a diferena. Alm de ser uma das primeiras imagens que os seus clientes tm de si, dever adequar-se atividade que quer desenvolver, aos 'targets' que quer alcanar e a vrios outros fatores.A primeira deciso que ter de tomar se procura um espao prprio ou arrendado. A partir daqui, poder recorrer a um agente imobilirio que lhe poder ser til pela experincia que tem na rea.

No se precipite. Um erro pode causar-lhe um gasto desnecessrio de dinheiro. Seja prudente nas suas escolhas e lembre-se que fatores como: uma m localizao; uma rea desadequada; uma renda exagerada ou um compromisso de arrendamento excessivamente longo podem fazer de uma escolha aparentemente acertada um mau investimento.

Fase 7: Definio dos corpos diretivos e recrutamento de colaboradoresAgora que est prestes a iniciar a atividade da sua empresa e j tem uma estimativa do nmero e perfil de colaboradores de que vai necessitar para colocar a empresa a funcionar, altura de iniciar o processo de recrutamento.

Dever prestar particular ateno aos cargos de direo e lembrar-se que poder iniciar a atividade da empresa com um nmero reduzido de colaboradores e apostar num recrutamento posterior, medida da expanso da empresa.

Se apostou numa rea na qual no tem particular experincia e conhecimento, pode suprir eventuais lacunas de formao recrutando especialistas nesses sectores.

Lembre-se que o talento vital. Rodeie-se de profissionais empreendedores e com capacidade de iniciativa. Lembre-se tambm que o seu compromisso com os recursos humanos da sua empresa vai alm das condies salariais. Defina estratgias de reteno dos seus recursos.

Fase 8: Iniciar a atividade da empresaSe sobreviveu a todas estas fases chegado o momento de iniciar a atividade da sua empresa.

Assegure-se de que todos os pormenores esto operacionais para receber o cliente desde as instalaes, aos recursos humanos, s estruturas de comunicao (telefones, faxes, mails).

Nesta fase deve estabelecer os principais sistemas de gesto e definir reas de contabilidade, logstica, controlo de qualidade e outras.

tambm importante que defina e inicie o processo de promoo da empresa. Pode apostar em campanhas de publicidade, maillings para o seu pblico-alvo, 'press releases' e outros meios.

Dever ainda motivar os seus colaboradores para o incio de atividade, dar-lhes indicaes precisas daquilo que se espera e dos objetivos a atingir. tambm o momento de contactar os fornecedores e definir prazos.

7. Modalidades de trabalho

Atividade liberalOs trabalhadores liberais tm deveres para com as entidades a quem prestam servios e tm obrigaes relativamente aos empregados que tiverem a seu cargo.

Pode considerar-se que o trabalho executado sem subordinao aos clientes sempre que os trabalhadores: Tiverem, no exerccio das atividades, a faculdade de escolher os processos e meios a utilizar, sendo estes, total ou parcialmente, das suas propriedades; No se encontrarem sujeitos a horrio e ou a perodos mnimos de trabalho, salvo quando tal resulte da direta aplicao de normas de direito laboral; Possam subcontratar outros para a execuo do trabalho em sua substituio; No se integrem na estrutura do processo produtivo, na organizao do trabalho ou na cadeia hierrquica das empresas que servem.

Logo que decida avanar com uma profisso liberal tem de comunicar s Finanas que o pretende fazer. Atravs da declarao de incio de atividade, o profissional liberal vai fazer o seu enquadramento fiscal em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Para isso, o empreendedor tem de fazer uma estimativa do seu volume de negcios e identificar uma classificao da sua atividade. Com base no volume de negcios estimado, a Lei ou o obriga a organizar a sua contabilidade para efeitos fiscais ou, se a tal no for obrigado, a fazer essa opo, se assim o desejar.

Quando organiza a sua contabilidade, o profissional liberal tem de pensar tambm que ela no serve apenas para efeitos fiscais. Um bom sistema de contabilidade uma excelente ferramenta de apoio gesto e tomada de deciso (foi, alis, com essa inteno que a contabilidade foi "inventada").

Para alm disso, o seu Tcnico Oficial de Contas (TOC) vai apoi-lo em muitos aspetos prticos da sua vida de empresrio que excedem largamente a mera entrega de declaraes fiscais: ele(a) poder muito bem ser o seu brao-direito.

Se se enquadra no regime da contabilidade organizada, ento o lucro tributvel, sobre o qual incide o IRS, vai seguir as suas regras, subtraindo aos proveitos todos os custos necessrios para a realizao da sua atividade.

A opo que for feita no momento da declarao de incio de atividade vlida por um perodo de trs anos, renovvel automaticamente por perodo igual, caso nada se altere entretanto. Por isso, o momento de arranque muito importante e deve ser ponderado.

Empresrio em nome individualA empresa que tem o estatuto jurdico de Empresrio em Nome Individual titulada por uma nica pessoa que pode desenvolver a sua atividade em sectores como o comercial, industrial, de servios ou agrcola.

Os bens do Empresrio em Nome Individual passam a estar diretamente afetos explorao da sua atividade econmica e os credores de dvidas sero satisfeitos com os bens que integram a totalidade do seu patrimnio, isto , no existe separao entre o seu patrimnio pessoal e o patrimnio afeto a sociedade que tutela. A responsabilidade do empresrio confunde-se com a responsabilidade da sua empresa.

O proprietrio responde de forma ilimitada pelas dvidas contradas no exerccio da sua atividade perante os seus credores, com todos os bens pessoais que integram o seu patrimnio (casas, automveis, terrenos, etc.) e os do seu cnjuge (se for casado num regime de comunho de bens).

O inverso tambm acontece, ou seja, o patrimnio afeto explorao tambm responde pelas dvidas pessoais do empresrio e do cnjuge. A responsabilidade , portanto, ilimitada nos dois sentidos.

Para iniciar a sua atividade, o empresrio necessita de se inscrever na Repartio de Finanas da sua rea de residncia. A firma que matricular ser constituda pelo nome civil completo ou abreviado do empresrio individual e poder, ou no, incluir uma expresso alusiva ao seu negcio ou a forma como pretende divulgar a sua empresa no meio empresarial.

Cada indivduo apenas pode deter uma firma. Se tiver adquirido a empresa por sucesso, poder acrescentar a expresso Sucessor de ou Herdeiro de.

O Empresrio em Nome Individual no obrigado a ter um capital mnimo para iniciar a sua atividade. As empresas juridicamente definidas como Empresrio em Nome Individual tambm no necessitam de contrato social.

Vantagens: O controlo absoluto do proprietrio nico sobre todos os aspetos do seu negcio; A possibilidade de reduo dos custos fiscais. Nas empresas individuais, a declarao fiscal do empresrio nica e inclui os resultados da empresa. Assim, caso registe prejuzos, o empresrio pode engloba-los na matria coletvel de IRS no prprio exerccio econmico a que dizem respeito; A simplicidade, quer na constituio, quer no encerramento, no estando obrigado a passar pelos trmites legais de uma sociedade comercial. O empresrio individual no est obrigado a realizar o capital social.

Desvantagens: O risco associado afetao de todo o patrimnio do empresrio, cnjuge includo, s dvidas da empresa. Dificuldade em obter fundos, seja capital ou divida, dado que o risco de crdito est concentrado num s individuo. O empresrio est inteiramente por sua conta, no tendo com quem partilhar riscos e experincias.

Sociedade por quotasA principal caracterstica das sociedades por quotas advm do facto de o seu capital estar dividido em quotas e os scios serem solidariamente responsveis apenas pelas entradas convencionadas no contrato social: O nmero mnimo de scios de uma sociedade por quotas de dois; O montante de capital social livremente fixado no contrato da sociedade, correspondendo soma das quotas subscritas pelos scios. Cada quota tem um valor nominal mnimo de 1; A gesto das sociedades por quotas exercida por uma ou mais pessoas singulares, designadas de Gerentes, no sendo obrigatrio que os mesmos sejam scios da sociedade; Caso tal se encontre previsto nos estatutos da sociedade, a Assembleia-geral pode proceder eleio do rgo de Fiscalizao; O Cdigo Comercial dispe que, no mnimo, 5% do resultado lquido do exerccio, caso o mesmo seja positivo, deve ser afeto a constituio ou reforo da Reserva Legal. Esta obrigao cessa quando o fundo em questo represente, pelo menos, 20% do capital social. A Reserva Legal apenas pode ser utilizada para aumentar o capital ou absorver prejuzos.

A lei no admite scios de indstria (que entrem com o seu trabalho). Todos tm que entrar com dinheiro, ou com bens avaliveis em dinheiro. O montante do capital social livremente fixado no contrato da sociedade, correspondendo soma das quotas subscritas pelos scios.

Os scios devem declarar no ato constitutivo, sob sua responsabilidade, que j procederam entrega do valor das suas entradas ou que se comprometem a entregar at ao final do 1 exerccio econmico.

A responsabilidade dos scios tem uma dupla caracterstica: limitada e solidria; limitada porque est circunscrita ao valor do capital social. Quer isto dizer que por eventuais dvidas da sociedade apenas responde o patrimnio da empresa e no o dos scios; e solidria na medida em que, no caso do capital social no ser integralmente realizado aquando da celebrao do pacto social, os scios so responsveis entre si pela realizao integral de todas as entradas convencionadas no contrato social (mesmo que um dos scios no cumpra com a sua parte).

A firma pode ser composta pelo nome ou firma de algum ou de todos os scios, por uma denominao particular ou uma reunio dos dois. Em qualquer dos casos, tem que ser seguida do aditamento obrigatrio Limitada por extenso ou abreviado Lda.

Vantagens: A responsabilidade dos scios limitada aos bens afetos empresa, havendo uma separao clara do patrimnio da empresa. Logo, o risco pessoal menor; A existncia de mais do que um scio pode garantir uma maior diversidade de experincias e conhecimentos nos rgos de deciso da empresa; H maior probabilidade de se garantir os fundos necessrios, pois podem ser mais pessoas a entrarem no capital da empresa e o crdito bancrio tende a ser mais fcil.

Desvantagens: Um scio pode ser chamado a responder perante os credores pela totalidade do capital. O empresrio no tem o controlo absoluto pelo governo da sociedade, j que existe mais do que um proprietrio. As sociedades por quotas so mais difceis de constituir e dissolver por imperativos formais de carcter legal e, sobretudo, pela necessidade de acordo entre os scios. Os scios no podem imputar eventuais prejuzos do seu negcio na declarao de IRS (os resultados das sociedades so, obviamente, tributados em sede de IRC). obrigatria a entrada dos scios com dinheiro ou, pelo menos, com bens avaliveis em dinheiro.

8. Mercado de trabalho visvel e encoberto

Se compararmos o atual cenrio do mercado de trabalho com o de h uns anos atrs, verificamos que existem inmeras alteraes, tanto do ponto de vista do empregador como do empregado, como at os prprios meios de mo-de-obra sofreram alteraes.

Hoje em dia j no existem aqueles empregos que antigamente se diziam que eram para toda a vida. J no existem empregos definitivos.

Para todo o profissional ativo, chega um determinado momento em que so colocadas algumas questes que se prendem essencialmente com a maneira como a sua carreira est a ser gerida e vocacionada.

Passa muitas vezes pelas nossas mentes a ideia de que a nossa carreira possa ter estagnado, que j no podemos fazer nada por ela, que j no podemos aprender com as novas tcnicas. Por vezes, podemos ter a ideia de que a nossa carreira estagnou, que j nada mais podemos aprender ou evoluir no nosso atual local de trabalho.

nestas altura que deve assumir que quer mudar.

Esta mudana pode ser fora da empresa e passar por uma mudana de emprego, mudana de funes, etc.

Para progredir na carreira necessrio modificar a evoluo da mesma.

Quando esta deciso tomada, torna-se fundamental a aquisio do conhecimento do mercado de trabalho, das perspetivas que este oferece e da viabilidade da mudana. Tudo isto, para que a sua reorientao profissional seja produtiva.

No invista ansiosamente em todas as hipteses que lhe aparecem frente, voc precisa de saber o que realmente quer e ajustar todo o seu empenho nesse sentido.

importante voc responder, primeiro que tudo, a trs questes fundamentais:

Se feliz no seu trabalho? Se quer continuar a aprender e a evoluir? E se quer ser ultrapassado pelas novas tcnicas? A satisfao no trabalho extremamente importante para que tenha um desempenho exemplar.

A aprendizagem e o desenvolvimento so fatores igualmente importantes a ter em conta na altura de fazer a mudana.

A maioria das empresas j funciona com novas tcnicas, novos meios de trabalho, meios informticos, meios que antigamente eram desconhecidos. importante saber dominar estas novas tcnicas, s assim poder se adaptar ao novo mercado de trabalho e com ele aprender e evoluir.

A deciso de mudar no deve ser tomada de nimo leve. Antes de dar esse passo importante em direo ao mercado de trabalho, avalie a sua capacidade de autodeterminao, a sua capacidade para uma aprendizagem contnua e para se aventurar na era das novas tcnicas.

Enfrentar um mercado de trabalho diferente daquele que estava habituado a viver no seu dia-a-dia requer muito empenho e sacrifcio. Mas com vontade e dedicao tudo se h-de resolver e voc facilmente se habituar ao novo mundo do trabalho.

9. Pesquisa de informao para procura de emprego

A procura de empregoA situao do mercado de trabalho exige uma procura ativa de emprego. Faa-o de forma persistente e organizada e acredite que h oportunidades para si! V ao encontro delas.

A deciso de procurar emprego surge de diferentes situaes em que cada pessoa se encontra. A procura do primeiro emprego no final dos estudos; Quando o emprego atual no o mais adequado; Quando a insatisfao do emprego est relacionada com o prprio sector onde o indivduo est inserido; Situao de despedimento.

Seja qual for o mtodo de procura de emprego escolhido, para garantir o seu sucesso, algumas questes devem ser bem orientadas.

Como encontrar o melhor projeto profissional?O incio da procura de um projeto profissional deve ser devidamente estruturado e organizado. Assim, podem identificar-se cinco fases essenciais no desenvolvimento de um processo de procura de emprego: Balano pessoal e profissional Recolha de anncios de emprego Resposta aos anncios selecionados Mercado oculto de emprego (oportunidades de trabalho que no so publicitadas nos meios habituais) Entrevista de seleo

Neste processo essencial trabalhar trs regras bsicas:

Conhecer-se a si prprio Faa um balano de competncias, isto , reflita sobre as reas em que sente possuir competncias tcnicas e tambm competncias pessoais ( uma pessoa que gosta mais de desenvolver trabalho sozinho, em gabinete, de investigao, etc, ou prefere um trabalho que envolva sair, desenvolver contactos pessoais, gerir pessoas, atividades comerciais, etc.). Reflita nas reas profissionais onde poder ter prazer em estar envolvido. Para desempenhar bem uma funo deve ter gosto em execut-la. Depois de ter refletido sobre as suas competncias, os seus interesses e o tipo de trabalho que gostaria de desenvolver, procure emprego de uma forma organizada.

Conhecer o mercado de trabalho Analise quais os postos de trabalho mais oferecidos e quais os requisitos mais exigidos pelos empregadores. Pode faz-lo atravs da consulta de estatsticas de emprego; ofertas de emprego; ofertas de emprego comunitrias; rede de relaes, etc.

Conhecer as tcnicas de procura de emprego Defina objetivos, planeie uma estratgia e ponha-a em prtica de forma organizada. Crie um dossier onde poder colocar documentos importantes na procura de emprego: cartas de apresentao, cartas de candidatura espontnea, cartas de resposta, curriculum vitae, diplomas ou certificados, cartas de recomendao. Registe na sua agenda os locais para os quais se vai candidatando, as entrevistas s quais vai comparecendo e as respostas que vai obtendo.

Que perfil procuram os empregadores?A postura mais valorizada para ser um profissional de excelncia inclui: Vontade de aprender; Compromisso com a empresa e com o projeto; Automotivao; Trabalho de equipa; Competncias de comunicao oral e escrita; Cooperao com os outros, liderana e trabalho de equipa; Energia e proatividade; Motivao; Ponderao e bom senso; Capacidade de resoluo de problemas e criatividade na implementao de solues; Cordialidade e educao; Atitude de permanente escuta e disponibilidade para ajudar na resoluo de problemas; Curiosidade e iniciativa para melhorar desempenhos (no s como se faz mas porque se faz); Capacidade de lidar com o insucesso e ultrapassar adversidades; Honestidade, motivao e segurana.

Faa uma lista das atividades em que esteve envolvido, (associao desportiva, cultural, recreativa, part-time ou estgio, voluntariado, negcio de famlia, etc.). As empresas vo tentar encontrar aqui as suas atitudes proactivas, o sentido de responsabilidade, o cumprimento de horrios, o assumir compromissos e o desenvolvimento de atitudes profissionais.

Como voc que conta neste projeto de procura de emprego fique atento a si prprio como pessoa: que a sua personalidade, os seus princpios, os seus valores, as suas atitudes e as suas competncias vo ser transportados para o seu mundo profissional e podem ser trunfos para vencer na sua carreira.

Inicie agora uma procura ativa: O prximo passo dar-se a conhecer aos potenciais empregadores. Comece por definir que sectores de atividade lhe interessam (com que produtos ou servios gostaria de trabalhar). Depois, identifique as empresas que desenvolvem a sua atividade e consulte os sites de apoio procura de emprego, onde algumas empresas colocam anncios on-line. Esteja atento s propostas profissionais que so divulgadas nos jornais, selecione as que lhe interessarem e responda atempadamente. O tempo de resposta a um anncio tem a durao mdia de uma semana. A resposta deve chegar ao jornal durante esse perodo. Consulte e selecione os anncios afixados em painis nos Centros de Emprego, nas Juntas de Freguesia, nos Hipermercados, Supermercados, ou noutros locais pblicos. Visite os web sites das Associaes Empresariais do sector, onde, no item associados, pode encontrar as empresas pertencentes ao sector de atividade que mais o atrai. Para descobrir determinada empresa ou sector de atividade, consulte as Pginas Amarelas ou diretrios de empresas. As empresas de recrutamento e seleo so tambm uma boa fonte de informao. Visite o web site de algumas delas, onde pode responder a anncios ou preencher um formulrio de candidatura. Utilize as suas relaes interpessoais. Se conhece algum a trabalhar numa determinada empresa, pea para lhe darem o contacto pessoal a quem deve dirigir a sua candidatura, ou inform-lo de alguma vaga existente. importante dar ateno aos anncios divulgados nos jornais e nos sites de apoio procura de emprego, mas tambm muito importante o envio de candidaturas espontneas para as empresas onde gostaria de trabalhar.

O que NO deve fazer quando procura emprego? Desistir face aos nos. A persistncia e a autoconfiana so caractersticas que precisa de ter para vencer antes de conseguir o emprego e depois de o obter! Deixar de apostar na sua formao contnua. Frequente cursos que permitam aperfeioar as suas competncias profissionais bons conhecimentos de informtica e de lnguas so exigidos por 99% dos empregadores para o admitirem num emprego. Mentir ou exagerar nas informaes do seu currculo. A sua credibilidade fica a perder e uma forma pssima de comear uma carreira. Ser arrogante. A arrogncia uma arma francamente m para quem quer vencer na carreira. A atitude deve ser a de aprender continuamente s assim se cresce profissionalmente.

10. Medidas ativas de emprego e formao

Se tem uma ideia de negcio e pretende desenvolver uma atividade empresarial de pequena dimenso candidate-se ao Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criao do Prprio Emprego, que engloba as medidas de: Apoios Criao de Empresas Programa Nacional de Microcrdito Apoio Criao do Prprio Emprego por Beneficirios de Prestaes de Desemprego

Informe-se tambm sobre a medida de apoio ao empreendedorismo Social Investe, desenvolvida em parceria com a Cooperativa Antnio Srgio para a Economia Social.

Criao do Prprio Emprego

Apoios Criao do Prprio Emprego por Beneficirios de Prestaes de Desemprego - medida no mbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criao do Prprio Emprego, que consiste na atribuio de apoios a projetos de emprego promovidos por beneficirios das prestaes de desemprego, atravs da antecipao das prestaes de desemprego, desde que os mesmos assegurem o emprego, a tempo inteiro, dos promotores subsidiados.

Promotores / DestinatriosBeneficirios das prestaes de desemprego que apresentem um projeto que origine, pelo menos, a criao do seu emprego.

Nota: As prestaes de desemprego referidas respeitam apenas ao subsdio de desemprego ou ao subsdio social de desemprego inicial

Apoios

Apoio financeiro Pagamento, total ou parcial, do montante global das prestaes de desemprego, deduzido das importncias eventualmente j recebidas Possibilidade de cumulao com a modalidade de crdito com garantia e bonificao da taxa de juro (linhas MICROINVEST E INVEST+) Nota: O subsdio de desemprego ou o subsdio social de desemprego inicial a que os beneficirios tenham direito pode ser pago parcialmente de uma s vez, nos casos em que os interessados apresentem projeto de criao do prprio emprego sob a forma jurdica de trabalhador independente e as despesas elegveis no ultrapassem o valor do montante nico. Apoio tcnico criao e consolidao dos projetos Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta medida podem beneficiar de apoio tcnico sua criao e consolidao, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais credenciadas pelo IEFP.

Atividades de apoio tcnico: Acompanhamento do projeto aprovado Consultoria na gesto ou na operacionalidade da iniciativa Nota: Em caso de recurso ao financiamento de crdito MICROINVEST ao abrigo da medida Programa Nacional de Microcrdito, podem tambm beneficiar do apoio tcnico especfico durante a fase anterior submisso do pedido de crdito.

Condies de acesso O promotor deve ter pelo menos 18 anos de idade data da candidatura Os beneficirios no podem acumular o exerccio da atividade para a qual foram apoiados com outra atividade normalmente remunerada, durante o perodo em que so obrigados a manter aquela atividade O montante das prestaes de desemprego pode ser aplicado na aquisio de estabelecimento por cesso ou na aquisio de capital social de empresa preexistente que origine, pelo menos, a criao de emprego, a tempo inteiro, do promotor destinatrio No projeto que inclua, no investimento a realizar, a aquisio de capital social, esta tem de decorrer de aumento de capital social, isto , o montante das prestaes de desemprego s pode financiar o aumento de capital social, no podendo financiar a aquisio de partes sociais existentes O projeto deve apresentar viabilidade econmico-financeira

Criao de empresas

Apoios Criao de Empresas - medida no mbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criao do Prprio Emprego, que consiste na atribuio de apoios a projetos de criao de empresas de pequena dimenso com fins lucrativos, incluindo cooperativas, atravs do acesso a linhas de crdito com garantia e bonificao da taxa de juro concedido por instituies bancrias.

Promotores / Destinatrios Inscritos nos servios de emprego, numa das seguintes situaes: Desempregados inscritos h 9 meses ou menos, em situao de desemprego involuntrio ou inscritos h mais de 9 meses, independentemente do motivo da inscrio Jovens procura do 1. emprego com idade entre os 18 e os 35 anos, inclusive, com o mnimo do ensino secundrio completo ou nvel 3 de qualificao ou a frequentar um processo de qualificao conducente obteno desse nvel de ensino ou qualificao, e que no tenha tido contrato de trabalho sem termo Nunca tenham exercido atividade profissional por conta de outrem ou por conta prpria Trabalhadores independentes cujo rendimento mdio mensal, no ltimo ano de atividade, seja inferior retribuio mnima mensal garantida

Crdito ao investimento O crdito ao investimento concedido por instituies bancrias, atravs de 2 linhas de crdito, e beneficia de garantia, no quadro do sistema de garantia mtua, e de bonificao de taxa de juro.

Linha de Crdito - INVEST+

MONTANTESPRAZOSTAXA DE JURO

InvestimentoFinanciamento

Superior a 20.000 e at 200.000At 100.0002 anos de carncia de capital

Reembolso no prazo de 5 anos com prestaes mensais (amortizaes constantes de capital)Euribor a 30 dias, acrescida de 0,25% com taxa mnima de 1,5% e mxima de 3,5%

(o 1. ano de juros integralmente bonificado e o 2. e o 3. ano so bonificados parcialmente pelo IEFP)

Nota: Os crditos a conceder, no mbito do Invest+, tm como limites 95% do investimento total e 50.000 por posto de trabalho criado a tempo completo.

Linha de Crdito - MICROINVEST

MONTANTESPRAZOSTAXA DE JURO

InvestimentoFinanciamento

At 20.000At 20.0002 anos de carncia de capital

Reembolso no prazo de 5 anos com prestaes mensais (amortizaes constantes de capital)Euribor a 30 dias, acrescida de 0,25% com taxa mnima de 1,5% e mxima de 3,5%

(o 1. ano de juros integralmente bonificado e o 2. e o 3. ano so bonificados parcialmente pelo IEFP)

Apoio tcnico criao e consolidao dos projetos Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta Medida podem beneficiar de apoio tcnico sua criao e consolidao, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais credenciadas pelo IEFP.

Atividades de apoio tcnico:Acompanhamento do projeto aprovadoFormaoConsultoria na gesto ou na operacionalidade da iniciativa

Condies de Acesso O promotor do projeto de criao de empresa deve ter pelo menos 18 anos de idade data do pedido de financiamento, e no ter registo de incidentes no justificados no sistema bancrio Pelo menos metade dos promotores tm de, cumulativamente, ser destinatrios do programa, criar o respetivo posto de trabalho a tempo inteiro e possuir conjuntamente mais de 50% do capital social e dos direitos de voto O projeto de criao de empresa na sua fase de investimento e criao de postos de trabalho no pode envolver: A criao de mais de 10 postos de trabalho Um investimento total superior a 200.000, considerando-se para o efeito as despesas em capital fixo corpreo e incorpreo, juros durante a fase do investimento e fundo de maneio O projeto deve apresentar viabilidade econmico-financeira A realizao do investimento e a criao dos postos de trabalho devem estar concludas no prazo de um ano a contar da data da disponibilizao do crdito.

MicrocrditoPrograma Nacional de Microcrdito - medida no mbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criao do Prprio Emprego, que consiste no apoio a projetos de criao de empresas promovidos por pessoas que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, atravs do acesso a crdito para projetos com investimento e financiamento de pequeno montante.

Esta medida desenvolvida em parceria com a Cooperativa Antnio Srgio para a Economia Social (CASES).

Destinatrios Pessoas com perfil empreendedor que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de excluso social e que apresentem projetos viveis para criar postos de trabalho Microentidades e cooperativas at 10 trabalhadores que apresentem projetos viveis com criao lquida de postos de trabalho, em especial na rea da economia social

ApoiosLinha de Crdito ao investimento com garantia e bonificao de taxa de juro - MICROINVEST - O crdito ao investimento concedido pelas instituies de crdito ou pelas sociedades financeiras de microcrdito, atravs da linha de crdito MICROINVEST, beneficiando de bonificao de taxa de juro e de garantia, no quadro do sistema de garantia mtua.MONTANTESPRAZOSTAXA DE JURO

InvestimentoFinanciamento

At 20.000At 20.0002 anos de carncia de capital

Reembolso no prazo de 5 anos com prestaes mensais (amortizaes constantes de capital)Euribor a 30 dias, acrescida de 0,25% com taxa mnima de 1,5% e mxima de 3,5%

(o 1. ano de juros integralmente bonificado e o 2. e o 3. ano so bonificados parcialmente pelo IEFP)

Apoio tcnico criao e consolidao dos projetos Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta Medida podem beneficiar de apoio tcnico sua criao e consolidao, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais credenciadas pelo IEFP.

Atividades de apoio tcnico: Acompanhamento do projeto aprovado Formao Consultoria na gesto ou na operacionalidade da iniciativa

Condies de acesso O promotor do projeto de criao de empresa deve ter, pelo menos, 16 anos de idade data do pedido de financiamento Pelo menos metade dos promotores tm de, cumulativamente, ser destinatrios do programa, criar o respetivo posto de trabalho a tempo inteiro e possuir conjuntamente mais de 50% do capital social e dos direitos de voto O projeto de criao de empresa na sua fase de investimento e criao de postos de trabalho no pode envolver a criao de mais de 10 postos de trabalho O projeto deve apresentar viabilidade econmico-financeira A realizao do investimento e a criao dos postos de trabalho devem estar concludas no prazo de um ano a contar da data da disponibilizao do crdito Obter validao prvia da Cooperativa Antnio Srgio para a Economia Social (CASES)

Consulte ainda:

Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas (IAPMEI) Associao Nacional de Jovens Empresrios (ANJE) Associao Nacional de Direito ao Crdito (ANDC) Portugal Empreendedor O portal do Empreendedorismo e da Incubao Empreender Plataforma do Empreendedor Beta-i Associao para a Promoo da Inovao e Empreendedorismo IFDEP Instituto para o Fomento e Desenvolvimento do Empreendedorismo em Portugal

11. Mobilidade geogrfica

H muitas e boas razes para se contemplar a possibilidade de trabalhar no estrangeiro. Eis apenas algumas delas: Adquirir experincia profissional e melhorar o CV. Melhorar competncias pessoais como a capacidade de iniciativa, a determinao e a flexibilidade. Aumentar a autoconfiana. Aproveitar as oportunidades de formao profissional ou de estgio. Experimentar algo de novo e viver uma aventura. Ter a possibilidade de ganhar um salrio mais elevado. Conhecer uma nova cultura e melhorar as competncias lingusticas. Encontrar mais vagas no domnio de atividade escolhido. Beneficiar de um estilo de vida diferente, talvez melhor. Deixar a sua atividade habitual durante algum tempo e fazer algo diferente.

A mobilidade profissional importante e ajuda a equilibrar o mercado de trabalho. Por exemplo, as reas em grande crescimento podem ter dificuldade em preencher todas as vagas, enquanto noutras regies persiste uma elevada taxa de desemprego.

Os europeus que estejam interessados e dispostos a viver e trabalhar no estrangeiro ou mesmo a atravessar diariamente a fronteira de um pas vizinho para irem trabalhar podem ajudar a compensar esse desequilbrio, ao mesmo tempo que usufruem de todos os benefcios de participarem numa cultura diferente da sua.

Graas ao princpio de livre circulao de trabalhadores adotado pela Unio Europeia, tm agora a possibilidade de arranjar emprego, viver ou estudar em qualquer pas da Unio, bem como na Islndia, no Listenstaine, na Noruega ou na Sua.

Os trabalhadores e candidatos a emprego enfrentam desafios cada vez maiores. O mercado de trabalho evolui mais velozmente do que nunca, adaptando-se s exigncias da concorrncia global. Os empregadores esperam maior flexibilidade dos trabalhadores, mas oferecem-lhes menos segurana. So poucas as pessoas que ainda tm um emprego para toda a vida. A aprendizagem ao longo da vida tornou-se essencial para acompanhar as novas tecnologias e a procura de novas competncias.

Este novo panorama laboral tambm pode constituir uma oportunidade emocionante. As pessoas tm mais liberdade do que antes para explorar vrias funes, setores e locais.

Com flexibilidade e abertura de esprito, tanto os empregadores como os trabalhadores podem beneficiar da maior facilidade para encontrar trabalho e exercer uma atividade em toda a Europa.

A experincia de trabalhar no estrangeiro, tanto a curto como a longo prazo, pode ajudar a adquirir e melhorar as competncias, expandir os horizontes e interagir com pessoas de diferentes culturas. Muitas pessoas constatam que, para alm de ser uma experincia pessoal enriquecedora, trabalhar no estrangeiro tambm lhes permite encontrar um emprego melhor quando decidem regressar ao pas de origem.

No entanto, ir trabalhar para o estrangeiro no uma deciso que se deva tomar de um dia para o outro, necessitando de muita ponderao e reflexo. essencial estar bem preparado.

Onde procurar empregoProcure os anncios de emprego publicados na Internet, em jornais, nos centros de emprego e em empresas de recrutamento privadas. No se esquea de consultar tambm o portal EURES sobre mobilidade profissional. O prprio stio web de uma empresa pode conter informaes sobre as vagas existentes, sendo tambm possvel que ela recorra a uma agncia de recrutamento externa para proceder a uma pr-seleo dos candidatos.

Consulte os stios web e os meios de comunicao social direcionados para profisses e setores especficos, ou para determinadas regies da Europa. Podem ser-lhe teis para identificar empresas onde gostaria de trabalhar e os respetivos contactos. Alguns pases tm stios web especificamente destinados a candidatos a emprego estrangeiros.

Publique o seu CV no portal EURES sobre mobilidade profissional e noutros stios web destinados aos candidatos a emprego. No se esquea: caso o anncio no indique uma data-limite, verifique se a vaga ainda no foi preenchida antes de se candidatar. H stios web que contm anncios desatualizados.

Muitas agncias de recrutamento especializam-se em setores especficos e conservam os CV de candidatos promissores para apresentar aos empregadores. Identifique os recrutadores especializados na sua rea e contacte-os com vista a vagas de emprego atuais e futuras.

Em alguns pases, muitas ofertas de emprego so publicitadas boca a boca e atravs das redes de contactos pessoais. Em regra, so as empresas mais pequenas que recrutam colaboradores desta maneira. As maiores preferem divulgar as ofertas de emprego o mais amplamente possvel para atrarem os melhores candidatos.

Os servios EURESOs servios da EURES so muito completos e esto acessveis a todos os candidatos europeus antes, durante e aps a busca de emprego.

Abordam todos os aspetos da vida e do trabalho no estrangeiro, desde a orientao profissional, a reviso e traduo de curricula vitae, a anlise das ofertas de emprego e a facilitao da realizao de entrevistas por videoconferncia, at prestao de informaes sobre o mercado de trabalho europeu e de conselhos nos domnios jurdico e da segurana social, organizao de feiras de emprego e ao aconselhamento sobre as oportunidades de formao, aprendizagem de lnguas e financiamento.

O portal EURES contm mais de um milho de ofertas de emprego de 32 pases da Europa, quase o mesmo nmero de currculos vitae e milhares de empregadores registados. Nele, poder encontrar ferramentas para: Criar um perfil que lhe permita identificar setores ou pases que lhe interessem e receber notificaes de ofertas de emprego pertinentes atravs do correio eletrnico; Elaborar e manter um CV em uma ou mais verses lingusticas e public-lo em linha, onde poder ser visto pelos 30 000 empregadores registados no portal; Procurar informao sobre a vida e o trabalho no pas da sua preferncia; Procurar as jornadas europeias de emprego e outros eventos de recrutamento realizados na sua regio; e Conectar-se com outros candidatos a emprego e trocar dicas sobre a busca de emprego e a experincia de viver e trabalhar no estrangeiro.

12. Rede de contactos

O NETWORKING Consiste em estabelecer relacionamentos pessoais e profissionais com o objetivo de partilhar informaes, experincias e recursos. Net, significa rede, work, quase sempre traduzida apenas como "trabalho", tem um sentido mais amplo: qualquer aplicao de energia orientada para um propsito especfico.

Hoje em dia, um grau acadmico j no um diferencial entre candidatos, pelo que importante conhecer a pessoa certa, no lugar certo. Ou seja, para alm de um bom CV cada vez mais importante o candidato ter bons contactos. As redes sociais so um fenmeno em expanso e com muito potencial.

H estudos que mostram que cerca de 70% das ofertas de trabalho preenchidas no chegam a ser anunciadas/divulgadas. Apenas existem duas formas possveis para os candidatos terem acesso a estas ofertas: Atravs de contactos pessoais/sociais/profissionais ou realizando candidaturas espontneas.

Pesquisas recentes indicam que 50% a 70% das pessoas encontraram o seu ltimo emprego atravs de networking, ou seja, trabalhando a sua rede de contactos. Pode fazer networking de vrias formas: pessoal e presencialmente, por telefone e por e-mail.

Explore esta estratgia para conseguir a oportunidade profissional que procura, prepare-se para fazer Networking:

1) Comece por criar uma lista com as pessoas que vo fazer parte da sua rede de contactos. mais simples iniciar por pessoas conhecidas, como os colegas (de trabalho, de estudos, de casa) professores e familiares. A maioria das pessoas perde o contacto e desconhece o paradeiro de 95% dos seus antigos colegas.

No entanto, alguns destes antigos colegas podem ter progredido na carreira e poderiam ser contactos muito teis para quem procura novas oportunidades profissionais.

2) Identifique claramente os seus objetivos, para tal deve fazer uma reflexo acerca das competncias que possui e dos seus objetivos profissionais a curto e mdio prazo.

Neste contexto, tenha em ateno que para alm das competncias tcnicas (hard skills) adquiridas ao longo do seu percurso escolar e acadmico, tambm as competncias transversais (soft skills) so valorizadas e podem ser determinantes para o sucesso das funes que ambiciona.

3) Crie o seu carto-de-visita para fins profissionais, para oferecer s pessoas que integram/vo integrar a sua rede de contactos. Este carto deve ter na frente as seguintes informaes: Identificao (nome), Formao acadmica e Contactos (Telemvel e E-mail).

No verso deve colocar as reas de interesse profissional. Opcionalmente, o candidato pode colocar ainda na frente do carto uma foto tipo passe ( importante que seja atual). Sempre que possvel e oportuno partilhe os seus objetivos profissionais com as pessoas da sua rede de contactos e questione se possuem alguma informao ou contacto teis.

5) Faa um registo organizado destes contactos e das informaes conseguidas. Para tal, deve colocar o nome e contacto da pessoa que abordou, o contexto (evento profissional, social, outro) em que tiveram contacto e a data. Deve, tambm, registar as informaes que recolheu ou ento colocar uma nota a indicar a inexistncia de informaes pertinentes.

Se a outra pessoa lhe entregou o seu carto-de-visita pode fazer anotaes no mesmo, para mais tarde identificar facilmente quem era a pessoa do carto. Estes dados podero ser necessrios num prximo contacto.

6) Outro ponto importante manter sempre a sua palavra, pois o Networking para ser bem-sucedido assenta na confiana. Se combinou entrar em contacto mais tarde com a pessoa, cumpra o compromisso. importante manter a credibilidade que conquistou junto daquela pessoa, pelo que deve sempre honrar o acordado anteriormente.

7) Por ltimo e tambm muito importante, agradea sempre o apoio e interesse manifestados.

Para alm da linguagem verbal, a sua linguagem no-verbal igualmente importante e pode ser decisiva para que os seus contactos tenham sucesso. A linguagem corporal pode deixar transparecer uma presena positiva ou negativa, dependendo do grau de ateno que o candidato atrai e como ele se apresenta.

Existem quatro elementos de linguagem corporal positiva que transmitem uma presena positiva: apresentar um cumprimento agradvel, dar um sorriso acolhedor, ficar de p com a palma das mos abertas e manter o contacto visual.

Para ser bem-sucedido no seu networking o candidato deve praticar o comportamento vantajoso, atravs da linguagem corporal e da escuta ativa. Explore mais esta estratgia para encontrar a oportunidade profissional que ambiciona.

13. Curriculum vitae

Um CV bem escrito e estruturado meio caminho andado para arranjar um novo emprego. O seu CV um carto-de-visita que pode fazer a diferena entre um convite para uma entrevista ou uma recusa imediata.

Regras de elaborao de um currculo

Informaes relevantes Refira todas as informaes que salientem as suas mais valias e aumentem as possibilidades de obter uma entrevista.

O facto de organizar todos os anos um festival de sardinhas no interessa quando se candidata para a funo de Web Designer. Se, pelo contrrio, quer trabalhar numa agncia de organizao de eventos, a informao torna-se importante.

Molde o seu CV ao emprego para o qual se candidata.

Tamanho reduzido Tente reduzir o seu CV a duas folhas.

Bem organizado Divida o seu CV em seces claras (por ex. dados pessoais, formao, experincia profissional, observaes etc.) Coloque bastantes espaos em branco para o tornar mais legvel.

Exemplos concretos Esprito de equipa, capacidade de perseverana e facilidade de contacto so caractersticas bonitas, mas sem exemplos concretos ficam vazias de significado. Indique concretamente como, no passado, demonstrou o seu esprito de equipa ou onde j aplicou a sua capacidade de perseverana.

Sinceridade Uma pequena mentira a seu favor parece inocente mas pode ter consequncias negativas. Ao mentir no seu CV arrisca-se a ser apanhado mais cedo ou mais tarde.

Voz ativa Use verbos dinmicos e ativos como organizar, presidir, ensinar, etc.

Aparncia grfica Cada CV que envia deve ser uma impresso original. Manchas, dobras nos cantos e vincos so proibidos.

Tipo de CV Um CV cronolgico fornece uma listagem da sua formao e experincia de acordo com uma sequncia lgica no tempo. Um CV funcional junta qualidades e caractersticas por rea relevante.

O assistente de currculos do Word, os modelos predefinidos ou o modelo europeu de curriculum vitae podero servir de base, mas seja sempre original.

Um currculo deve ser o mais completo possvel. Isso implica que no haja tempos mortos entre um emprego e o outro. Estar sem fazer nada por um perodo superior a 6 meses no facilmente explicvel, porque se por um lado pode no ter ofertas de emprego, por outro, h sempre atividades com que pode ocupar o seu tempo ou investi-lo em formao contnua.

Se est desempregado, no fique sem fazer nada, dedique-se a: Aprender ou aperfeioar uma lngua estrangeira; Frequente um curso de informtica ou tecnologias da informao, que so sempre teis para melhorar o seu currculo; Arranje um part-time, de preferncia na sua rea, se no, um que lhe possibilite aprender uma atividade/profisso cujos conhecimentos possa vir a utilizar mais tarde; Participe em atividades culturais, conferncias, workshops; Compre revistas especializadas da sua rea, ponha-se a par de todas as evolues no mercado; Se tem interesse nalguma empresa aprenda tudo sobre ela;

Todos estes conhecimentos vo-lhe ser muito teis, principalmente se os mencionar no currculo. Para alm do empregador perceber que uma pessoa ativa e com objetivos, ajuda-o a traar o seu perfil e a encontrar motivos para o contratar.

Cada trabalhador traa o seu percurso e as suas escolhas profissionais no currculo, que no mais do que uma ferramenta para avaliar as capacidades e competncias de um indivduo. Para o empregador o currculo a imagem do prprio indivduo.

Ora se no estiver atualizado, se no mostrar dinamismo, versatilidade e no seguir uma determinada sequncia lgica, a sua imagem vai ficar confusa, fragmentada e no vai contribuir nada para ser contactado pela empresa que deseja.

Um currculo preenchido obriga a determinados sacrifcios, como ter de aceitar estgios ou empregos intermdios, com condies pouco aliciantes, mas que representam etapas importantes para alcanar o emprego que realmente deseja.

O importante ter uma viso a longo prazo. Nem sempre as oportunidades que aparecem so as melhores, mas para alm da experincia que cada uma proporciona, elas fomentam outras oportunidades.

Estar parado equivale a perder tempo e experincia. Um perodo, mesmo que pequeno, sem nenhuma ocupao difcil de explicar, porque no h uma linha contnua. Uma paragem um lapso no currculo que o obriga a ter de se justificar. O que s vai desviar a entrevista do que realmente interessa.

Um currculo claro e autoexplicativo a melhor forma de captar o interesse do empregador. A escolha de uma profisso, de um curso, por si s no basta. As exigncias atuais premeiam a diversificao de conhecimentos e competncias e a formao contnua.

O futuro comea a traar-se no presente. A procura da credibilidade e do respeito na sua profisso e na sua rea obriga-o a ser fiel a uma linha de atuao, que no mais do que a sua marca. isso que um empregador procura no seu currculo.

(Exemplo de CV cronolgico)

Curriculum vitae Dados pessoais Nome Susana Maria das Vilas Boas Saldanha Data de Nascimento 05/11/1986 Residncia Rua do Paraso, n23 - 2 Esq. 3800-105 Aveiro Telemvel XXX XXX XXX Telefone YYY YYY YYY E-mail [email protected] Nacionalidade Portuguesa Carta de Conduo Ligeiros

Formao acadmica e escolar - Setembro 2004 a Julho 2008: Licenciatura em Economia pela Universidade de Aveiro Principais qualificaes: Microeconomia, Macroeconomia, Contabilidade Financeira e Analtica, Econometria, Regulao e Organizao dos diversos mercados, Anlises Financeiras e de Risco e Programao e Avaliao de Projetos. Mdia Final: 17 Valores - Setembro 2003 a Julho 2004: Concluso do 12 ano na rea das Cincias Socioeconmicas, com a mdia de 18 valores, sendo distinguida como a melhor aluna da Escola Dr. Mrio Sacramento (Aveiro) naquela rea e naquele ano letivo.

Conhecimentos informticos Bons conhecimentos informticos na tica do utilizador em: Microsoft Word; Microsoft Excel; Microsoft Access; Microsoft PowerPoint e Internet.

Participao em congressos e seminrios - VIII Congresso Nacional de Estudantes de Economia e Gesto, nos dias 17 e 18 de Novembro de 2007, na Universidade Aveiro. - Seminrio Integrao Monetria e Poltica Oramental na EU, tendo como oradores XXXXXX, XXXXXXX e XXXXXXXXXXX e moderao do Professor XXXXXXXXXX, em 20 de Maio 2007, na Universidade de Aveiro. - Seminrio A Economia Portuguesa no Contexto Europeu, no dia 12 de Maro de 2006, na Universidade de Aveiro. - III Encontro Nacional de Estudantes de Economia realizado dia 18, 19, 20 Abril de 2005, na Universidade Aveiro. - Conferncia Economista: Formao e Profisso, o Papel da Ordem, com a exposio do Bastonrio da Ordem dos Economistas, Professor Doutor XXXXXX, realizada no dia 18 de Maio de 2004, na Universidade Aveiro.

Atividades extra profissionais (culturais, desportivas, associativas) - Voluntria na Viagem Medieval - projeto organizado pela Cmara Municipal de Santa Maria da Feira, em 2004 e 2005. Prestei apoio na rea de Informaes/Vendas/Bilheteiras. - Presidente do Ncleo de Estudantes de Economia da Universidade de Aveiro no ano letivo 2006-2007. - Frequncia do Conservatrio de Msica de Aveiro Calouste Gulbenkian, adquirindo conhecimentos de formao musical, coral e trompete, desde 1991.

Conhecimentos de outras lnguas Lngua materna: Portugus Ingls: Compreenso e expresso escrita: Bom Compreenso e expresso oral: Bom Francs: Compreenso e expresso escrita: Muito bom Compreenso e expresso oral: Muito bom

Competncias transversais - Elevada capacidade de aprendizagem, disponibilidade para aprofundar os conhecimentos j adquiridos; - Facilidade de comunicao ao nvel escrito e oral e de relacionamento interpessoal; - Capacidade de liderana e esprito empreendedor; - Facilidade de trabalhar em grupo e/ou de modo autnomo; - Grande sentido de responsabilidade, boa gesto do tempo e capacidade de trabalhar sobre presso; - Dinmica, responsvel e determinada.

Informao adicional Disponibilidade total ao nvel de horrio e deslocaes/viagens. Reno os requisitos necessrios para beneficiar de programas de apoio insero profissional para candidatos procura de Primeiro Emprego. Desde 2004, trabalho nas frias de Vero num Caf em Aveiro tendo as seguintes responsabilidades: atender e servir os clientes, repor os stocks dos produtos, receber os pagamentos, efetuar o fecho de caixa e garantir a limpeza e arrumao de todo o espao.

14. Anncios de emprego

Fontes de annciosH alguns locais e situaes junto dos quais se pode ter conhecimento de ofertas de emprego: Centros de Emprego (consultas das listagens no local, site do IEFP) UNIVAs (Unidades de Insero na Vida Activa) Estabelecimentos comerciais (anncios nas montras); empresas e instituies; nassociaes de estudantes/gabinetes de sadas profissionais das Universidades e Politcnicos; Juntas de Freguesia, etc. Jornais (esto disponveis em bibliotecas pblicas, alguns tm site na Internet) Empresas de recrutamento, seleco e trabalho temporrio (Adecco, Manpower; Select Vedior; Hays Selection; Stepstone, etc.). Internet (sites teis de pesquisa de emprego: www.empregos.online.pt; www.net-empregos.com; www.expressoemprego.pt: www.portalemprego.pt: www.superemprego.pt: www.pontodeemprego.com); Associaes industriais, de desenvolvimento ou tecnolgicas; Empresas e grupos empresariais de relevo; Amigos, conhecidos, familiares, ex-professores, colegas...

Precaues de salvaguarda da igualdade de oportunidadesOs anncios de recrutamento devem indicar claramente que a posio a concurso se destina a homens ou mulheres, e independentemente do estado civil.

Os mesmos podem reforar esta ausncia de descriminao atravs da incluso de uma frase no anncio do tipo convidam-se a responder os (as) candidatos homens e mulheres qualificados (as).

Esta sugesto particularmente recomendada em reas de trabalho claramente dominadas por um dos sexos num passado recente.

Devem ser evitados ttulos dos lugares a concurso que apontem especificamente para um dos sexos, como sejam por exemplo secretria, diretor, ou enfermeira.

Deve haver tambm o mximo cuidado na incluso de fotografias ou ilustraes dos anncios que possam indicar a preferncia por um dos sexos.

Sublinhe-se que os jornais, revistas e outros meios de comunicao utilizados na divulgao das candidaturas so corresponsveis pelos anncios que evidenciam potencial descriminao.

A resposta a um anncioA resposta a um anncio de emprego deve ser cuidada e bem redigida para que consiga obter uma entrevista. Dever necessariamente respeitar o formato que o empregador solicita (carta, fax, email ou outro), nunca se esquecendo de enviar o CV em conjunto.

Pode despertar o interesse do empregador com uma carta de apresentao e/ou resposta de anncio, mostrando as razes de candidatura e evidenciando alguns aspetos do seu Curriculum Vitae que sejam importantes, tendo em conta o lugar a que se candidata.

Para a elaborao da carta deve respeitar algumas regras:1) Deve indicar primeiro a sua identificao pessoal (nome, morada e email);2) Segue-se a identificao do destinatrio (dirigindo-se aos Recursos Humanos);3) Dever indicar a qual anncio se candidata (nome do jornal, data de publicao e nmero de referncia do anncio);4) Por fim dever fazer referncia funo a que se candidata enaltecendo as suas qualidades para o cargo.

No se esquea de mostrar interesse em estar presente em entrevistas ou provas, isso far com que a empresa acredite na sua vontade de ocupar o lugar vago.

Para finalizar a carta de resposta deve despedir-se cordialmente e de maneira formal, no esquecendo a data e a sua assinatura.

Referncias e recomendaesEm Portugal no muito habitual entregar referncias ou ainda menos apresentar cartas de recomendao. Contudo, ambas podem ser vantajosas na altura de se candidatar ao emprego que pretende.

Prepare-se com antecedncia, componha uma lista de referncias e junte algumas cartas de recomendao para estar preparado quando o possvel empregador as pedir.

Deve escolher as pessoas certas para pedir referncias sobre si. importante conhecer bem as pessoas que o vo recomendar e obter a autorizao delas para as usar como referncia.

Deve escolher pessoas responsveis, com um cargo elevado, se possvel, que possam confirmar que trabalhou em determinado stio com determinado cargo e que podem dizer porque saiu e outros detalhes.

Tambm importante saber o que elas vo dizer sobre os seus antecedentes profissionais, o seu desempenho ou conhecimentos.

perfeitamente aceitvel usar referncias que no sejam do seu anterior empregador. Pessoas conhecidas dos negcios, professores, clientes, etc. Todos eles podem ser boas referncias.

Se fizer trabalho voluntrio, pense em usar os 'chefes de grupo' ou outros membros da organizao como referncia pessoal.

No m ideia pedir uma carta de recomendao ao seu chefe direto ou a outra pessoa da direo quando se despede. Claro que pode faz-lo posteriormente, mas o tempo voa e as pessoas mudam de emprego. Nem sempre fcil encontrar 'ex-chefes'.

Exemplo: carta de apresentao (resposta a anncio)

15. Candidatura espontnea

Uma candidatura espontnea serve para demonstrar o interesse que um candidato tem em trabalhar numa determinada empresa.

Contrariamente s anteriores, esta carta no vem na sequncia da resposta a um determinado anncio da empresa, mas antes de uma inteno do candidato que, voluntria e espontaneamente procura estimular na empresa um interesse pelo seu perfil pessoal e profissional, relacionando-o com o perfil de competncias que requerido habitualmente pela organizao.

A carta de candidatura espontnea deve ser simples e objetiva. Esta desempenha as seguintes funes: Apresentar uma candidatura Pedir uma entrevista Descrever as competncias e habilitaes

Por isso invista numa carta bem elaborada. Deve, naturalmente, surpreender e suscitar a curiosidade para o(a) conhecerem.

Uma carta de candidatura deve incluir as seguintes partes com os seus respetivos contedos:

Cabealho: deve incluir a identificao do candidato e da empresa a que se dirige, que pode ser o Diretor de Recursos Humanos ou o Diretor Geral, no caso de empresas de menor dimenso ou mais centralizadas;

Introduo: comea por estabelecer o motivo do contacto, expressando o seu interesse pela atividade desenvolvida pela empresa assim como pelo tipo de trabalho que pretende fazer;

Desenvolvimento: no corpo da carta devem estar explcitas as competncias, qualificaes e experincias que se adequam ao trabalho a desempenhar e a forma como poder desenvolver a sua atividade no contexto daquela empresa em especial;

Concluso: deve referir novamente a disponibilidade para ser contactado pela empresa para qualquer prova ou entrevista mencionando a melhor forma de estabelecer esse contacto.

Dever escrever uma carta de Candidatura Personalizada para cada empresa e envi-la com o seu CV, esperando contacto posterior. A chave de uma candidatura espontnea saber dirigi-la para a empresa certa, para o destinatrio, o mais personalizada possvel, oferecendo servios especficos e referindo as principais competncias para o seu desempenho.

Exemplo: carta de apresentao (candidatura espontnea)

16. Entrevista de emprego

Tipo de entrevistas

Entrevista de recrutamento a sua funo principal estabelecer um primeiro contacto com os candidatos para a obteno do maior nmero possvel de informaes. So entrevistas rpidas que visam eliminar os candidatos que no se ajustem s qualificaes exigidas pelo cargo.

Entrevista de seleo so as mais frequentes e tm como objetivo obter informaes sobre o candidato. Servem para confirmar ou no a impresso deixada pela carta de candidatura recebida. Neste tipo de entrevista encontramos sete variantes.

1. Entrevista individual a mais comum e caracteriza-se pelo facto de existirem apenas dois interlocutores: o entrevistador e o entrevistado. Por este motivo, pode no ser das mais justas, pois a avaliao feita apenas por uma pessoa.

2. Entrevista de painel existem trs ou mais entrevistadores, sendo um deles geralmente o presidente. O candidato deve tentar identific-lo para lhe dirigir as suas respostas. Este tipo de entrevista pode ter a desvantagem para o entrevistado de o deixar inibido devido desvantagem numrica.

3. Entrevista em srie o entrevistado sucessiva e individualmente avaliado por diferentes entrevistadores. Para este tipo de entrevistas o candidato necessita de desenvolver todo o seu potencial, isto , estar muito bem preparado e ter uma boa capacidade de resistncia para no desmotivar.

4. Entrevista em grupo os vrios candidatos so entrevistados em simultneo por um ou mais entrevistadores. Este mtodo normalmente utilizado por grandes empresas e para cargos que exijam muita organizao e liderana. As questes podem ser colocadas individual ou coletivamente. Pode propor-se tambm o debate de um tema.

5. Entrevista social a mais informal de todas. Estas entrevistas podem assumir vrios formatos, desde levar o candidato a um bar para lanchar at ocasies altamente formais (almoo, jantar, cocktail). Tm como objetivo avaliar a capacidade de adaptao a novas situaes e comportamentos sociais.

6. Entrevista de stress um tipo de entrevista muito especfico e utilizado, habitualmente, no recrutamento para reas comerciais, sendo que exigem capacidade de argumentao e contra-argumentar com diplomacia e maturidade. O entrevistador assume uma atitude hostil e provocatria de forma a causar no candidato a perda de controlo das suas emoes.

7. Agncias de emprego todas as sugestes anteriormente apresentadas servem para este tipo de entrevista. O candidato no apenas sujeito entrevista, mas avaliado em termos de conhecimentos em reas bem especficas. O candidato deve ter bem definido o que pretende fazer e para que tipo de empresas lhe interessa trabalhar.

Fases da EntrevistaA entrevista de seleo ocorre em cinco fases.

A primeira etapa consiste na preparao da entrevista. Trata-se da preparao para o ato da entrevista e possibili