Manual Utilização FGTS

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MANUAL DO FGTSUTILIZAO NA MORADIA PRPRIA - MMP -

VIFUG Vice-Presidncia de Fundos de Governo e Loterias SUFUG Superintendncia do Fundo de Garantia GEPAS Gerncia Nacional de Administrao do Passivo do FGTS

Vig07/04/2008

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APRESENTAO

O Manual FGTS - Utilizao na Moradia Prpria serve de instrumento normativo a ser adotado pelos Agentes Financeiros do SFH - Sistema Financeiro da Habitao, na intermediao do uso do FGTS para aquisio de imvel residencial urbano, no pagamento de parte do valor das prestaes, na amortizao e na liquidao de saldo devedor de financiamento do SFH.

Este Manual se destina a fornecer uma viso ampla da regulamentao do uso do FGTS na aquisio de moradia prpria, e est diretamente subordinado legislao constitucional, trabalhista, civil, penal, comercial, tributria e imobiliria do Pas.

Assim sendo, no objeto deste Manual o detalhamento de situao ou circunstncia particular, pois estas encontram parmetro legal definido no ordenamento jurdico nacional, cujo cumprimento , por fora de premissa constitucional, responsabilidade de todo cidado.

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SUMRIOLegislao............................................................................................................................................... Definies............................................................................................................................................... Captulo I Aspectos Gerais Introduo................................................................................................................................................ Modalidades............................................................................................................................................. Procurao............................................................................................................................................... Utilizao por cnjuges............................................................................................................................ Unio estvel........................................................................................................................................... Determinao judicial............................................................................................................................... FMP.......................................................................................................................................................... Fiscalizao.............................................................................................................................................. Perodos de vigncia de normas do SFH................................................................................................ Captulo II Aquisio de imvel residencial concludo ou em construo Aquisio de imvel residencial concludo............................................................................................... Aquisio de imvel residencial em construo...................................................................................... Requisitos do trabalhador........................................................................................................................ Comprovao do tempo de trabalho sob o regime do FGTS.................................................................. Comprovao de no propriedade de imvel nas condies impeditivas utilizao do FGTS............ Comprovao da alienao de imvel impeditivo utilizao do FGTS................................................. Comprovao da renncia de usufruto.................................................................................................... Comprovao da perda do direito de residncia por fora de separao judicial................................... Comprovao da perda do direito de residncia por sinistro no imvel.................................................. Comprovao de nua-propriedade de imvel residencial....................................................................... Requisitos do imvel................................................................................................................................ Destinao............................................................................................................................................... Documentos do imvel............................................................................................................................. Valor mximo de avaliao...................................................................................................................... Limite do valor do FGTS.......................................................................................................................... Localizao do imvel.............................................................................................................................. Comprovao do local da ocupao principal......................................................................................... Comprovao do local da residncia atual.............................................................................................. Comprovao do perodo mnimo de 01 ano de residncia.................................................................... Situao legal do imvel.......................................................................................................................... Interstcio mnimo entre utilizaes.......................................................................................................... Situaes excepcionais............................................................................................................................ Imvel localizado em municpio diferente do municpio da ocupao principal do trabalhador............... Cnjuges que trabalham em municpios diferentes................................................................................. Trabalhador desempregado ou pertencente a categorias diferenciadas................................................. Trabalhador com mais de uma fonte de renda em municpios diferentes............................................... Compra e venda entre cnjuges.............................................................................................................. Aquisio de imvel por mais de um trabalhador.................................................................................... Imvel de madeira e pr-fabricados......................................................................................................... Imvel funcional da Unio........................................................................................................................ Imvel com diferena entre rea construda e rea construda averbada............................................... Imvel concludo sem a devida averbao da construo total............................................................... Imvel misto............................................................................................................................................. Aquisio de parte ideal........................................................................................................................... Consrcio................................................................................................................................................. Documentos do vendedor........................................................................................................................ Vendedor(es) pessoa fsica..................................................................................................................... Vendedor(es) pessoa jurdica.................................................................................................................. Cooperativa habitacional.......................................................................................................................... Administradora de consrcio imobilirio.................................................................................................. Documentos do construtor - pessoa fsica............................................................................................... Documentos do construtor pessoa jurdica........................................................................................... 4 5

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13 13 14 15 15 16 16 16 17 17 17 17 17 18 19 19 19 20 20 20 20 20 20 21 22 22 23 23 23 23 23 24 24 24 24 25 25 25 25 26 26 26

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Construtor/incorporador........................................................................................................................... Cooperativa Habitacional......................................................................................................................... Administradora de consrcio imobilirio.................................................................................................. Operacionalizao modalidade 91........................................................................................................ Crdito e liberao................................................................................................................................... Cancelamento.......................................................................................................................................... Restituio de valores conta vinculada................................................................................................. Operacionalizao modalidade 95........................................................................................................ Crdito e liberao................................................................................................................................... Liberao dos valores ao executor da obra............................................................................................. Tratamento do resduo............................................................................................................................. Cancelamento.......................................................................................................................................... OR Cancelamento operaes realizadas at 31/12/2007.................................................................... OR Cancelamento operaes posteriores a 31/12/2007...................................................................... Restituio de valores conta vinculada operaes realizadas at 31/12/2007.................................. Restituio de valores conta vinculada operaes posteriores a 31/12/2007................................... Captulo III Amortizao ou liquidao de saldo devedor de financiamento Requisitos do trabalhador........................................................................................................................ Requisitos do financiamento.................................................................................................................... Valor mnimo para uso do FGTS na amortizao.................................................................................... Interstcio mnimo entre utilizaes.......................................................................................................... Comprovao da operao de utilizao do FGTS................................................................................. Amortizao ou liquidao de emprstimos do FIEL............................................................................... Imveis de propriedade da Unio............................................................................................................ Operacionalizao modalidades 92/96................................................................................................. Crdito e liberao................................................................................................................................... Cancelamento.......................................................................................................................................... Restituio de valores conta vinculada................................................................................................. Captulo IV Pagamento de parte do valor das prestaes Requisitos do trabalhador........................................................................................................................ Requisitos do financiamento.................................................................................................................... Financiamento inadimplente.................................................................................................................... Limites para utilizao.............................................................................................................................. Prazo de utilizao................................................................................................................................... Execuo da dvida por falta de pagamento das prestaes.................................................................. Nova utilizao pelo mesmo trabalhador................................................................................................. Operacionalizao modalidade 93........................................................................................................ Emisso de DAMP tipo 3......................................................................................................................... Encaminhamento ao Agente Operador.................................................................................................... Efetivao do dbito................................................................................................................................. Processamento........................................................................................................................................ Ressarcimento e remunerao de valores.............................................................................................. Cancelamento.......................................................................................................................................... Ocorrncias.............................................................................................................................................. Ocorrncias DAMP tipo 3 utilizaes com data de operao at 31/12/2007 cujas parcelas no foram antecipadas pelo Agente Operador aps vigncia da RCC FGTS 541/2007................................ Ocorrncias DAMP tipo 3 utilizaes com data de operao posterior a 31/12/2007, ou utilizaes que tiveram parcelas antecipadas pelo Agente Operador aps vigncia da RCC FGTS 541/2007........ Processamento da ocorrncia de DAMP tipo 3 utilizaes com data de operao at 31/12/07, e que no tiveram parcelas antecipadas pelo Agente Operador aps vigncia da RCC FGTS 541/2007........ Restituio de valores conta vinculada operaes realizadas a partir de 01/01/2008...................... Anexos Anexo I DAMP (modelo e preenchimento)........................................................................................... Anexo II Comunicao de ocorrncia (modelo e preenchimento)........................................................ Anexo III Solicitao de resgate em FMP (modelo e preenchimento).................................................. Anexo IV OR- Ordem de Recebimento do FGTS modalidade 95........................................................ Anexo V OR- Ordem de Recebimento do FGTS modalidade 93..................................................

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LEGISLAO

Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964 (criao do SFH); Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990 (regncia do FGTS); Lei n. 9.514, de 20 de novembro de 1997 (criao do SFI); Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Novo Cdigo Civil); Lei n. 10.683, de 28 de maio de 2.003 (criao do PSH); Decreto n. 99.684, de 08 de novembro de 1990 (regula o FGTS); Resoluo Bacen n. 1.980, de 30 de abril de 1993 (regula o SFH); Resoluo Bacen n. 3.259, de 28 de janeiro de 2005 (regula o SFH); Medida Provisria 2.197-43, de 24 de agosto de 2001 (originria: MP 1.671, de 24/06/1998); Resoluo do Conselho Curador do FGTS de n. 66, de 24 de fevereiro de 1992; Resoluo do Conselho Curador do FGTS de n. 380, de 12 de maro de 2002; Resoluo do Conselho Curador do FGTS de n. 533, de 04 de julho de 2007; e Resoluo do Conselho Curador do FGTS n. 541 de 09 de novembro de 2007.

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DEFINIES

AGENTE OPERADOR DO FGTS - Caixa Econmica Federal CAIXA. AGENTE FINANCEIRO - Instituio financeira integrante do SFH responsvel pela operao de utilizao do FGTS na moradia prpria. AEROVIRIO Trabalhador que exerce sua atividade laboral a bordo de aeronaves. MBITO DO SFH -Que foi firmado dentro do Sistema Financeiro da Habitao. CADMUT - Cadastro Nacional de Muturios, administrado pela CAIXA. CAIXA - Caixa Econmica Federal. CARTA DE CRDITO Autorizao de despesa concedida pelo Agente Financeiro, para aquisio de imvel. CCB Cdigo Civil Brasileiro. CCFGTS - Conselho Curador do FGTS - Instncia composta por representantes da sociedade civil e do Governo. CESSIONRIO - Aquele que se beneficia ou o adquirente de certa cesso. CER - Controle de Emprstimos e Refinanciamentos. CLUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA - a clusula que foi inserida pelas partes no prprio contrato. A existncia expressa de clusula resolutiva acarreta a resciso de pleno direito do contrato em decorrncia de inadimplemento. CONTRATO DE EMPREITADA - Contrato pelo qual uma das partes se encarrega de fazer a obra certa e a outra de dar a remunerao contratada. CONTRATO DE FINANCIAMENTO - Operao de crdito firmada entre o Agente Financeiro e o Muturio/Trabalhador. CRF - Certificado de Regularidade do FGTS. CRI Cartrio de Registro de Imveis. DATA DA OPERAO - Data do dbito, na conta vinculada do trabalhador, do valor do FGTS utilizado. DIRPF Declarao de Imposto de Renda de Pessoa Fsica. DOU - Dirio Oficial da Unio. FAR Fundo de Arrendamento Residencial FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Servio. FISCALIZAO - Rotina do Agente Operador para fiscalizar as operaes de utilizao do FGTS em moradia prpria, realizadas pelos Agentes Financeiros. FINANCIAMENTO REGULAR - Financiamento concedido conforme as regras, as leis. GEPAS - Gerncia Nacional de Administrao do Passivo do FGTS. GIFUG - Gerncia de Filial de Administrao do FGTS. IN - Instruo Normativa. INTERSTCIO - Intervalo. INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social. LANCE Oferta de preo para obteno de Carta de Crdito de consrcio imobilirio. MMP - Manual FGTS Utilizao em Moradia Prpria. MUNICPIO(S) LIMTROFE(S) Aquele(s) que tem(m) limites territoriais em comum. MUTURIO - Beneficirio final da operao de emprstimo imobilirio. NU-PROPRIETRIO - o proprietrio que no detm o usufruto sobre o imvel. OPERAO - Utilizao do FGTS em moradia prpria. OPERAO REGULAR - Operao de saque para uso na moradia prpria realizada conforme as regras, as leis. PAR Programa de Arrendamento Residencial. PEF FGTS Planos Econmicos.

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PROMITENTE COMPRADOR - Aquele que promete comprar de algum. PSH - Programa de Subsdio Habitao de Interesse Social. RCCFGTS - Resoluo do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Servio. REGIO METROPOLITANA Regio constituda por municpios que, mesmo sem vinculao administrativa comum, pertencem a uma s e ampla comunidade socioeconmica. Os municpios integrantes de uma Regio Metropolitana so definidos por legislao estadual. REGIME ENFITUTICO - A Unio mantm consigo o domnio direto dos bens sob esse regime, ou seja, mantm a propriedade sobre o bem, atribuindo ao adquirente o direito real de uso do imvel, tambm conhecido como domnio til. A Constituio Federal tornou obrigatrio o regime enfitutico nos terrenos de marinha e acrescidos, situados na faixa de segurana, a partir da orla martima (art. 49, 3 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias). REQUISITO(S) - Condio(es) a ser(em) cumprida(s). SFH - Sistema Financeiro da Habitao. SIUMP - Sistema de Utilizao do FGTS em Moradia Prpria. SR - Superintendncia Regional do Agente Financeiro CAIXA. SUFUG - Superintendncia do Fundo de Garantia. TERRENO DE MARINHA Bem da Unio que, quando situado na faixa de segurana da orla martima, fica obrigatoriamente sujeito ao regime enfitutico. TRABALHADOR - Titular da(s) conta(s) vinculada(s) do FGTS. USUFRUTURIO Aquele que detm o usufruto, a posse, embora no seja o proprietrio. VIFUG Vice Presidncia de Fundos de Governo e Loterias

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CAPTULO I 1 1.1

ASPECTOS GERAIS INTRODUO A utilizao do FGTS na aquisio da moradia prpria do trabalhador o objeto do presente Manual, institudo pela CAIXA, na qualidade de Agente Operador do FGTS. A legislao vigente para o FGTS e para o SFH, e as Resolues do Conselho Curador do FGTS, norteiam as disposies normativas definidas para a utilizao do FGTS na aquisio da moradia prpria. Todas as modalidades de utilizao de FGTS na moradia prpria devem ser intermediadas por Agente Financeiro do SFH. No possvel utilizar o FGTS para pagamento de taxas, impostos e demais despesas decorrentes do contrato de aquisio de moradia prpria. Compete aos Agentes Financeiros do SFH viabilizar as operaes de utilizao do FGTS em moradia prpria, prestar o atendimento s partes envolvidas no processo, reunir e manter em arquivo a documentao comprobatria da operao realizada pelo trabalhador. Todos os documentos citados neste Manual devem ser apresentados pelo trabalhador ao Agente Financeiro que intermediar a operao. O Agente Financeiro, sempre que solicitado, enviar cpias desses documentos ao Agente Operador, para anlise e monitoramento da conformidade das operaes realizadas. Persistindo dvida sobre documento apresentado pelo trabalhador para comprovao de requisito ou condio, cabe ao Agente Financeiro exigir a apresentao de outros documentos que a esclaream. MODALIDADES O FGTS pode ser utilizado nas seguintes operaes: a) b) c) aquisio de imvel residencial concludo; aquisio de imvel residencial em construo; amortizao ou liquidao de saldo devedor de financiamento concedido regularmente no mbito do SFH; amortizao ou liquidao de saldo devedor de financiamento concedido com recursos do FGTS, em programas destinados moradia prpria do trabalhador, pelos Governos Municipais e Estaduais, pelo Governo do Distrito Federal e pelo Governo Federal. pagamento de parte do valor da prestao de financiamento concedido regularmente no mbito do SFH; pagamento de parte do valor da prestao de financiamento concedido com recursos do FGTS, em programas destinados moradia prpria do trabalhador, pelos Governos Municipais e Estaduais, pelo Governo do Distrito Federal e pelo Governo Federal;

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1.6.1

2 2.1

d)

e)

f)

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g)

aquisio, amortizao ou liquidao dos saldos devedores e no pagamento de parte do valor das prestaes de financiamentos realizados com recursos do FAR, para trabalhador adquirente de unidade residencial do PAR.

3 3.1

PROCURAO O trabalhador pode ser representado por procurador no pedido de movimentao da conta vinculada do FGTS para uso na moradia prpria, por meio de procurao pblica ou particular, que contenha poderes especficos para este fim. Para que o instrumento de procurao particular seja vlido, a assinatura do outorgante deve ser reconhecida em cartrio. UTILIZAO POR CNJUGES A possibilidade de utilizao de FGTS por cnjuges, no que se refere ao atendimento dos requisitos relativos propriedade de imvel em condies impeditivas utilizao do FGTS, deve ser avaliada a partir da verificao do regime de bens adotado no casamento e das disposies legais constantes no Cdigo Civil Brasileiro, para cada regime.Obs.: Os Regimes de Bens vigentes no Pas podem ser verificados no CCB - Ttulo II Subttulo I Do Regime de Bens Entre os Cnjuges.

3.1.1

4 4.1

5 5.1

UNIO ESTVEL Os trabalhadores que comprovem a situao de Unio Estvel devem receber o mesmo tratamento previsto para os trabalhadores casados civilmente, conforme a legislao civil vigente. Em conformidade com a legislao vigente, na Unio Estvel, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se s relaes patrimoniais, no que couber, o regime da Comunho Parcial de Bens. Para comprovao da Unio Estvel o trabalhador deve emitir documento, sob as penas da Lei, declarando a convivncia em Unio Estvel e esclarecendo qual o regime de bens adotado pelas, no caso em que for diferente do regime da comunho parcial de bens. No caso da adoo dos regimes de separao de bens, comunho universal de bens e o de participao final nos aqestos, tal documento deve ser registrado em Cartrio de Notas. DETERMINAO JUDICIAL A determinao judicial que delibere sobre o pagamento do FGTS para utilizao em moradia prpria em situaes que no atendam legislao vigente s pode ser cumprida aps o trnsito em julgado da sentena ou quando tratar-se de deciso judicial mandamental em que no h recurso com efeito suspensivo. A operao deve ser realizada por meio do cdigo de saque 88M, e o Agente Financeiro, com exceo do Agente Financeiro CAIXA, cuja rede de Pontos de Venda est credenciada a providenciar esse saque, deve encaminhar a Solicitao de Saque FGTS devidamente preenchida e assinada e o documento judicial Filial de Administrao do FGTS de sua vinculao, para as providncias cabveis.

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5.3

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6.1.2

Quando o fato relativo ao imvel, em que pese a determinao judicial, puder ser caracterizado em uma das hipteses de saque de que tratam o presente Manual Moradia Prpria, deve ser utilizado, conforme o caso, o SIUMP ou o DAMP tipo 3. Ao Agente Financeiro compete, de acordo com os dados contidos no processo, verificar se o titular da conta vinculada a ser debitada o beneficirio da determinao judicial. Para os saques efetuados por meio do cdigo 88M, o valor ressarcido em parcela nica ao Agente Financeiro para cumprimento da deciso e a data do dbito no pode ser anterior a data de expedio da deciso judicial, salvo se esta deciso, expressamente, estabelecer data retroativa. Na hiptese do valor do dbito no ser estabelecido na ordem judicial, este deve ser igual ao montante necessrio para a amortizao, liquidao, abatimento das prestaes do financiamento ou pagamento das prestaes em atraso, conforme o determinado na sentena. Incumbe ao Agente Financeiro credor do financiamento objeto da utilizao do FGTS, controlar e informar, ao Juzo competente, quanto ao cumprimento da deciso. Aps os procedimentos da Filial de Administrao do FGTS, o Agente Financeiro fica responsvel pela destinao do valor utilizado e por noticiar o juzo competente acerca do cumprimento da determinao judicial. FMP FUNDOS MTUOS DE PRIVATIZAO O trabalhador pode utilizar, tambm, o saldo dos recursos aplicados nos Fundos Mtuos de Privatizao, mesmo durante o prazo de carncia, nas seguintes modalidades: a) compra de imvel residencial concludo, sem financiamento, concedido dentro ou fora do SFH; financiamento ou com

6.1.3

6.1.4

6.1.5

6.1.6

6.1.7

7 7.1

b)

pagamento da parcela de recursos prprios na construo de imvel residencial, com financiamento, concedido dentro ou fora do SFH ou em programas de autofinanciamento; amortizao ou liquidao de saldo devedor de financiamento concedido no mbito do SFH; e pagamento de parte do valor das prestaes de financiamento habitacional concedido no mbito do SFH.

c)

d)

7.2

Para uso dos recursos aplicados nos Fundos Mtuos de Privatizao, o trabalhador deve ser orientado pelo Agente Financeiro a requerer previamente o resgate dos valores pretendidos, junto (s) Administradora(s) FMP, ou para as operaes encaminhadas por intermdio do SIUMP, a solicitao de resgate pode ser realizada junto ao Agente Financeiro. No ato de abertura do processo de utilizao do FGTS aplicado em FMP, o trabalhador deve ser alertado para o fato de que o(s) DAMP ou arquivo SIUMP, conforme o caso, s ser(o) encaminhado(s) ao Agente Operador para dbito/ressarcimento, depois de comprovado o enquadramento da operao nas normas vigentes e concretizado o crdito de todas as aplicaes requeridas para esse fim, na(s) respectiva(s) conta(s) vinculada(s), salvo se o prprio interessado declarar, formalmente, sua desistncia em aguardar tal procedimento com relao a todas ou parte das aplicaes.

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7.2.2

A comprovao do crdito supracitado caber ao prprio interessado, mediante apresentao do(s) respectivo(s) extrato(s) de conta ao Agente Financeiro ou quando do retorno sobre o resgate, realizado via SIUMP. Tendo havido desistncia formal do(s) interessado(s) de aguardar o retorno de sua aplicao em FMP (total ou parcial), o mesmo no poder alegar sua falta para requerer complementao de saque para a mesma operao de utilizao. Para utilizao dos recursos aplicados nos Fundos Mtuos de Privatizao cujo prazo mnimo de aplicao no tenha decorrido, o(s) interessado(s) deve(m) entregar ao Agente Financeiro a Solicitao de Resgate em FMP - Fundo Mtuo de Privatizao (anexo III), devidamente assinada e aguardar a disponibilizao dos respectivos valores em sua(s) conta(s) vinculada(s), para efetivao da operao. De posse da Solicitao de Resgate em FMP, o Agente Financeiro analisa previamente o enquadramento da operao nas normas vigentes para a modalidade pretendida, observando as condies estabelecidas neste Manual e, se concludo positivamente, encaminha-a ao Agente Operador. Em qualquer das situaes, a data da operao dever ser igual ou posterior efetivao do crdito dos valores aplicados em FMP na conta vinculada do trabalhador. FISCALIZAO O Agente Operador realizar a verificao da conformidade dessas operaes por amostragem, mensalmente, e para tanto, solicitar ao Agente Financeiro o envio da documentao comprobatria da operao selecionada. O Agente Financeiro tem 45 (quarenta e cinco) dias corridos, contados a partir do recebimento da solicitao, para encaminhar ao Agente Operador cpia da documentao, devidamente autenticada pelo prprio Agente Financeiro ou por Cartrio. A solicitao da documentao, pelo Agente Operador, efetuada preferencialmente at o ltimo dia til do segundo ms subseqente ao ms em que tenha ocorrido o ressarcimento do FGTS ao Agente Financeiro. As irregularidades detectadas nessas operaes sero tratadas conforme a natureza do erro e as responsabilidades apuradas na forma a seguir: a) irregularidades referentes instruo formal do dossi e demais erros operacionais, sero notificadas ao Agente Financeiro, que providenciar as regularizaes necessrias no prazo mximo de 20 (vinte ) dias corridos a contar da notificao emitida pelo Agente Operador; irregularidades decorrentes de inobservncia de normas vigentes sero notificadas ao Agente Financeiro, que formalizar justificativa no prazo mximo de 20 (vinte ) dias corridos a contar da notificao emitida pelo Agente Operador; constatada a responsabilidade do Agente Financeiro, por inobservncia de norma(s), o Agente Operador realizar o cancelamento da operao, com a conseqente reposio dos valores utilizados indevidamente, na(s) conta(s) vinculada(s) do(s) trabalhador(es), s expensas do Agente Financeiro; no constatada a responsabilidade do Agente Financeiro na inobservncia detectada, o Agente Operador noticiar o ilcito ao Ministrio Pblico Federal, no

7.2.3

7.3

7.3.1

7.4

8 8.1

8.1.1

8.1.2

8.2

b)

c)

d)

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caso de burla s normas vigentes e atos lesivos do trabalhador ou dos demais envolvidos na operao irregular, e promover a cobrana ao trabalhador dos valores liberados de forma indevida. 8.3 A constante inobservncia de normas, por parte do Agente Financeiro, ser notificada, pelo Agente Operador, ao Conselho Curador do FGTS e ao Banco Central do Brasil, para as providncias pertinentes. PERODOS DE VIGNCIA DE NORMAS DO SFH Para fins de enquadramento do financiamento nas normas vigentes para o SFH, para a utilizao do FGTS na amortizao/liquidao de saldo devedor de financiamento, ou no pagamento de parte do valor das prestaes de financiamento, verificam-se as normas vigentes para o SFH, na data da concesso do financiamento, de acordo com os perodos listados abaixo: a) antes de 01 de Maio de 1993, era permitida a concesso de mais de um financiamento no SFH desde que os imveis adquiridos se localizassem em diferentes municpios, caso o adquirente fosse proprietrio de outro imvel no mesmo municpio, poderia contratar financiamento no SFH desde que se comprometesse a alienar o imvel adquirido anteriormente, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias (Circular Bacen 1.278/88); entre 01 de Maio de 1993 e 24 de Junho de 1998, era permitida a aquisio de mais um imvel com financiamento no SFH, em localidades distintas e desde que o muturio se comprometesse a alienar o imvel adquirido anteriormente, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias; aps 25 de Junho de 1998, permitida a concesso de mais de um financiamento no SFH.

9 9.1

b)

c)

9.1.1

Com relao norma vigente no perodo anterior a 01 de Maio de 1993, se o trabalhador contratou financiamento de imveis localizados no mesmo municpio, ferindo a regra vigente, somente poder utilizar o FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do primeiro financiamento concedido, pois o segundo no foi regular. Nesse perodo, se o trabalhador era proprietrio de outro imvel no seu municpio de residncia, somente poderia contratar financiamento no mbito do SFH mediante instituio de clusula contratual, em carter penal, na qual se comprometesse a alienar o imvel impeditivo contratao do financiamento, dentro do prazo mximo e improrrogvel de 180 (cento e oitenta) dias. (Circular Bacen 1.278/88) Com relao norma vigente no perodo compreendido entre 01 de Maio de 1993 e 24 de Junho de 1998, se no houve a alienao do primeiro imvel adquirido no mbito do SFH, dentro do prazo estabelecido, no possvel a utilizao do FGTS no segundo imvel em virtude do no cumprimento da clusula firmada. Nesse perodo no era permitida a concesso de mais de um financiamento no mbito do SFH, ainda que com clusula de alienao em 180 (cento e oitenta) dias, se os imveis se localizassem no mesmo municpio, o que somente torna possvel ao trabalhador a utilizao do FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do primeiro financiamento contratado no SFH.

9.1.1.1

9.1.2

9.1.2.1

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9.1.2.2

A alienao do imvel impeditivo utilizao pretendida, em data posterior data da contratao do financiamento, no torna o referido financiamento regular, impedindo a utilizao do FGTS, para os perodos compreendidos nos itens a e b do subitem 9.1. Com relao ao perodo vigente, posterior a 25 de Junho de 1998, o trabalhador pode utilizar seu FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do primeiro financiamento contratado no mbito do SFH, desde que no momento dessa aquisio no seja titular de outro financiamento ativo concedido no mbito do SFH, e desde que no seja proprietrio ou promitente comprador ou cessionrio de outro imvel residencial, concludo ou em construo, no mesmo municpio onde exera sua ocupao principal, incluindo seus limtrofes ou integrantes da mesma Regio Metropolitana, e no municpio de residncia. A alienao/transferncia do imvel/financiamento impeditivo utilizao do FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do financiamento contratado sob a legislao desse perodo, torna possvel a utilizao do FGTS no outro financiamento, devendo ser observadas, entretanto, as demais normas vigentes para a modalidade. O atendimento s condies previstas para os requisitos do trabalhador e do financiamento atestado pelo trabalhador, mediante declarao firmada sob as penas da lei, de que no titular de imvel nas condies impeditivas ao uso do FGTS, conforme o perodo de vigncia pertinente ao contrato de financiamento objeto do FGTS. A declarao de no titularidade de imvel e financiamento no SFH, deve ser exigida por ocasio da utilizao do FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do financiamento contratado aps 25 de junho de 1998, caso no tenha sido apresentada na data da contratao do financiamento. A partir da primeira utilizao no ser exigida a apresentao de nova declarao, desde que a mesma conste do processo do financiamento. Para utilizao do FGTS na amortizao/liquidao, ou no pagamento de parte do valor das prestaes, do financiamento anterior a 25 de junho de 1998, deve ser verificada a existncia da declarao de no titularidade de imvel e financiamento no SFH na data da contratao do financiamento ou, se no houve utilizao do FGTS na contratao original, deve ser exigida por ocasio da utilizao pretendida.

9.1.3

9.1.3.1

9.1.4

9.1.5

9.1.5.1

9.1.6

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CAPTULO II 10 10.1

AQUISIO DE IMVEL RESIDENCIAL CONCLUDO OU EM CONSTRUO AQUISIO DE IMVEL RESIDENCIAL CONCLUDO Esta modalidade pode ser realizada com ou sem financiamento, dentro ou fora do SFH, inclusive em operaes realizadas com os recursos do PSH Programa de Subsdio Habitao de Interesse Social, na forma da Lei n. 10.683, de 28 de Maio de 2.003, da Medida Provisria n. 2.212, de 30 de Agosto de 2001 e da Portaria Interministerial n. 186, de 07 de Agosto de 2003, Anexo I. Na aquisio de imvel residencial concludo o valor do FGTS debitado da conta vinculada do trabalhador e ressarcido ao Agente Financeiro para repasse ao vendedor do imvel. A partir do ressarcimento ao Agente Financeiro, e at o repasse do valor ao vendedor do imvel, devida a atualizao monetria e juros, do referido valor, pelo mesmo ndice de remunerao das contas de poupana. obrigatrio o registro da escritura do contrato de aquisio com o uso do FGTS, no CRI competente. O valor referente ao FGTS somente deve ser liberado para o vendedor do imvel aps a entrega do contrato/escritura de compra e venda, devidamente registrado no Cartrio de Registro Imobilirio. AQUISIO DE IMVEL RESIDENCIAL EM CONSTRUO Esta modalidade somente pode ser realizada em uma das formas abaixo descritas: a) se vinculada a um financiamento concedido dentro ou fora do SFH, inclusive em operaes realizadas com os recursos do PSH Programa de Subsdio Habitao de Interesse Social, na forma da Lei n. 10.683, de 28 de Maio de 2.003, da Medida Provisria n. 2.212, de 30 de Agosto de 2001 e da Portaria Interministerial n. 186, de 07 de Agosto de 2003, Anexo I; ou por meio de programa de autofinanciamento contratado junto a Cooperativa Habitacional, Companhia de Habitao, Administradora de Consrcio Imobilirio e por Contrato de Empreitada, este formalizado de acordo com a legislao em vigor e demais disposies normativas contidas neste Manual.

10.2

10.2.1

10.3

10.3.1

11 11.1

b)

11.2

Para efeito deste Manual, autofinanciamento o financiamento obtido pelo trabalhador junto a Cooperativas Habitacionais, Administradoras de Consrcio Imobilirio e as obras contratadas atravs de Contrato de Empreitada. Na aquisio de imvel em construo por meio de Contrato de Empreitada, alm dos dados exigidos por Lei, deve constar do referido instrumento contratual: a) clusula declaratria na qual o trabalhador se comprometa a apresentar a matrcula do imvel contendo a averbao da construo, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da expedio do Habite-se pela Prefeitura; valor total da obra; valor da avaliao da obra;

11.3

b) c)

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d)

descrio de forma de pagamento, contendo, necessariamente, o valor dos recursos prprios e o valor do FGTS utilizado na composio dos recursos prprios do trabalhador.

11.3.1

O Contrato de Empreitada deve estar registrado, para efeito de utilizao do FGTS, na forma exigida por este Manual, no Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos. Na aquisio de imvel em construo, requisito essencial para a utilizao do FGTS que o terreno objeto da construo do imvel seja de propriedade do trabalhador. No caso de Cooperativa Habitacional, aps a concluso da obra e individualizao de todas as unidades do empreendimento constitudo de mais de um bloco ou torre, devido o registro do imvel objeto de uso do FGTS, em nome do trabalhador, no respectivo Cartrio de Registro de Imveis. Na aquisio de imvel em construo, o valor do FGTS a ser utilizado debitado na conta vinculada do trabalhador, e ressarcido ao Agente Financeiro interveniente na operao em parcela nica. Os Agentes Financeiros mantero os recursos sob seu controle, em nome do trabalhador titular da conta vinculada, responsabilizando-se pela liberao das parcelas ao construtor ou incorporador, de acordo com o cumprimento do cronograma fsico-financeiro da obra, e pela remunerao desses valores a partir da data do ressarcimento, at a sua utilizao total, pelo ndice praticado para atualizao das contas de poupana, acrescidos de juros de 0,5% ao ms. A liberao da ltima parcela est condicionada comprovao da concluso da obra, mediante apresentao do Laudo de Avaliao emitido por engenheiro credenciado do Agente Financeiro responsvel pela operao, ou da apresentao da averbao da construo na matrcula imobiliria do imvel. No caso de construo de imvel por Cooperativa Habitacional, quando o empreendimento for constitudo por mais de um bloco ou torre, a liberao da ltima parcela efetuada aps a apresentao do Habite-se ou do Laudo de Avaliao emitido por engenheiro credenciado do Agente Financeiro, ou ainda, laudo do Corpo de Bombeiros atestando a concluso da unidade habitacional objeto do uso do FGTS, independentemente da concluso de todas as unidades a serem construdas no citado empreendimento. O valor do FGTS somado ao valor do financiamento, na aquisio de imvel em construo, no pode exceder ao menor dos seguintes valores: a) b) valor de avaliao, dentro do limite mximo estabelecido para o SFH; custo total da obra acrescido do menor dos dois valores atribudos ao terreno (valor da avaliao efetuada pelo Agente Financeiro ou o de compra e venda).

11.4

11.5

11.6

11.6.1

11.6.1.1

11.6.1.2

11.7

12 12.1

REQUISITOS DO TRABALHADOR O trabalhador, para fazer uso do FGTS na aquisio da moradia prpria na modalidade de aquisio de imvel residencial, concludo ou em construo, deve atender os seguintes requisitos: possuir 03 (trs) anos de trabalho sob o regime do FGTS, somando-se os perodos trabalhados, consecutivos ou no, na mesma ou em diferentes empresas;

12.1.1

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12.1.2

no ser titular de financiamento ativo no mbito do SFH, localizado em qualquer parte do territrio nacional; no ser proprietrio, promitente comprador, usufruturio, ou cessionrio de imvel residencial, concludo ou em construo, nas seguintes condies: a) imvel localizado no mesmo municpio do exerccio de sua ocupao principal, incluindo os municpios limtrofes e integrantes da mesma Regio Metropolitana; e imvel localizado no municpio de sua atual residncia.

12.1.3

b)

Obs.: Para efeito deste Manual, no considerado promitente comprador ou proprietrio de imvel residencial, aquele que detenha frao ideal igual ou inferior a 40% de um nico imvel. Obs.: As Regies Metropolitanas existentes no Pas podem ser verificadas no site do IBGE ou nos sites dos Governos estaduais que disponibilizem tal informao. Obs.: A propriedade de imvel rural no fator im peditivo aquisio de imvel residencial urbano com recursos da conta vinculada FGTS.

12.2

COMPROVAO DO TEMPO DE TRABALHO SOB O REGIME DO FGTS a) carteira de Trabalho (CTPS) folhas da identificao civil e do(s) contrato(s) de trabalho; ou extrato(s) da(s) conta(s) vinculada(s) do FGTS, caso o tempo de durao do (s) respectivo(s) contrato(s) no seja(m) suficiente(s) para compor o perodo de 03 (trs) anos, dever ser exigida a apresentao das folhas da CTPS; ou declarao do rgo gestor da mo de obra ou do sindicato, conforme o caso, em se tratando de trabalhador avulso. DE IMVEL NAS CONDIES

b)

c)

12.3

COMPROVAO DE NO PROPRIEDADE IMPEDITIVAS UTILIZAO DO FGTS

12.3.1

O trabalhador deve comprovar a no propriedade de imvel nas condies impeditivas utilizao do FGTS para aquisio de moradia prpria, mediante a apresentao dos seguintes documentos: a) declarao firmada, sob as penas da Lei, de no ser possuidor nem proprietrio de imvel em condies impeditivas utilizao do FGTS em moradia prpria, nem titular de financiamento ativo no mbito do SFH; e apresentao da DIRPF do ltimo exerccio vigente, na qual conste a declarao de bens do trabalhador, ou DAI, nos moldes estabelecidos pela Receita Federal. no ser aceito, em substituio aos documentos mencionados na alnea "b", o recibo de pagamento do valor devido para regularizao da situao fiscal do trabalhador perante a Receita Federal.

b)

c)

12.3.1.1

Na impossibilidade de apresentar a DIRPF ou a DAI o trabalhador deve apresentar a(s) certido(es) negativa(s) de propriedade de imvel emitida(s) pelo(s) competente(s) CRI localizado(s): a) b) no mesmo municpio onde exera sua ocupao principal; nos municpios limtrofes ao municpio no qual exera sua ocupao principal;

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c)

nos municpios integrantes da mesma regio metropolitana na qual se situe o municpio onde o trabalhador exera sua ocupao principal; e no municpio onde comprove residir h mais de 1(um) ano.

d) 12.4

COMPROVAO DA ALIENAO DE IMVEL IMPEDITIVO UTILIZAO DO FGTS Se o trabalhador for proprietrio, promitente comprador, cessionrio, promitente cessionrio ou usufruturio de imvel enquadrado em uma das condies impeditivas, somente poder fazer uso do FGTS na aquisio de nova moradia aps a alienao do imvel impeditivo utilizao pretendida, alienao esta que deve ser objeto de registro imobilirio. Na impossibilidade de realizar o registro imobilirio da alienao, o trabalhador deve informar o fato ao Agente Financeiro, mediante entrega de declarao acompanhada da escritura pblica de compra e venda. Inexistindo escritura pblica da transao o trabalhador deve apresentar o instrumento particular de cesso de direitos ou de promessa de compra e venda que contenha autenticao cartorria ou reconhecimento de firmas com data de at 60 (sessenta) dias corridos aps a data de formalizao da compra e venda do imvel impeditivo utilizao. A doao de imvel a filho menor no comprova a alienao de imvel impeditivo utilizao do FGTS, pois, em conformidade com o Artigo 1.689 do Cdigo Civil, o pai e a me, enquanto no exerccio do poder familiar, so usufruturios dos bens dos filhos menores. COMPROVAO DA RENNCIA DE USUFRUTO No caso de trabalhador usufruturio de imvel residencial urbano, somente poder fazer uso do FGTS na aquisio de moradia aps renncia expressa do usufruto, comprovado atravs do devido registro do ato na matrcula do referido imvel, em data anterior ou na mesma data da contratao da utilizao do FGTS.Obs.: Artigo 1.410, do CCB de 2002.

12.4.1

12.4.1.1

12.4.1.2

12.4.2

12.5 12.5.1

12.6

COMPROVAO DA PERDA DO DIREITO DE RESIDNCIA POR FORA DE SEPARAO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL permitida a utilizao do FGTS para aquisio de nova moradia, por trabalhador que tenha perdido o direito de residir em imvel de sua propriedade, por fora de separao judicial, divrcio ou separao extrajudicial na forma da Lei 11.441/07, independente da frao ideal da propriedade a ele atribuda e da responsabilidade pelo pagamento de prestao do financiamento para aquisio do imvel, se houver. Nessa situao, o trabalhador deve apresentar a Carta de Sentena da Separao Judicial ou a Escritura pblica de Inventrio e Partilha, no caso de separao extrajudicial, devidamente homologada pelo Juzo competente, na qual conste a perda do direito de residncia em favor do ex-cnjuge ou de filho(s).

12.6.1

12.6.1.1

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12.6.1.2

Quando a Carta de Sentena no mencionar a perda do direito de residncia, o trabalhador deve apresentar cpia do Formal de Partilha, em que conste a perda do direito de residncia no imvel por fora da diviso de bens. COMPROVAO DA PERDA DO DIREITO DE RESIDNCIA POR SINISTRO NO IMVEL permitida a utilizao do FGTS para aquisio de nova moradia ao trabalhador que perdeu o direito de residir em seu imvel em decorrncia de sinistro, desde que sejam apresentados documentos que comprovem a ocorrncia de sinistro e atestem a definitiva inabitabilidade do imvel sinistrado. Podem ser aceitos os seguintes documentos: a) Laudo do Corpo de Bombeiros atestando a ocorrncia do sinistro e as condies de uso do imvel sinistrado; Laudo emitido pela Defesa Civil do municpio onde se localize o imvel sinistrado, atestando a ocorrncia do sinistro e a conseqente inabitabilidade do imvel; e/ou Laudo emitido pela Seguradora, no caso de imvel financiado, atestando a ocorrncia e a conseqente inabitabilidade do imvel.

12.7

12.7.1

12.7.2

b)

c)

12.8 12.8.1

COMPROVAO DE NUA-PROPRIEDADE DE IMVEL RESIDENCIAL No h bice utilizao do FGTS para aquisio de moradia prpria ao trabalhador nuproprietrio de imvel residencial. O trabalhador deve apresentar a matrcula do imvel na qual conste a condio de nuproprietrio. REQUISITOS DO IMVEL DESTINAO O imvel deve ser residencial urbano e destinar-se a moradia do trabalhador. A destinao do imvel deve ser declarada pelo trabalhador, sob as penas da Lei. Caso venha a ser detectado pelo Agente Operador do FGTS, posteriormente e a qualquer tempo, por denncia, ou no ato da fiscalizao, que o imvel adquirido nunca serviu de moradia ao trabalhador, o ilcito ser noticiado ao Ministrio Pblico, na forma da Lei, e ser promovida a cobrana ao trabalhador do valor utilizado de forma indevida. DOCUMENTOS DO IMVEL Para ser objeto de utilizao do FGTS nas modalidades de aquisio de imvel residencial concludo ou em construo, o trabalhador deve apresentar os seguintes documentos, referentes ao imvel a ser adquirido/construdo: a) Certido de Inteiro teor da matrcula imobiliria do imvel (na aquisio de imvel concludo);

12.8.1.1

13 13.1 13.1.1 13.1.2 13.1.2.1

13.2 13.2.1

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b)

Opo de Compra e Venda, ou documento similar (na aquisio de imvel concludo ou em construo); Laudo de Avaliao emitido pelo Agente Financeiro responsvel pela operao (na aquisio de imvel concludo ou em construo); IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano ou Certido da Prefeitura Municipal ou do GDF (na aquisio de imvel concludo ou em construo); Projeto aprovado pela Prefeitura, para imvel em construo; Oramento da obra, para imvel em construo; Cronograma fisico-financeiro da obra, para imvel em construo; CREA do responsvel tcnico pela obra, para imvel em construo; Certido de Inteiro Teor da matrcula do terreno, em nome do trabalhador, para imvel em construo; e, Documento que comprove que o imvel no foi objeto de utilizao do FGTS, em sua aquisio ou construo, nos ltimos 03 (trs) anos (na aquisio de imvel concludo ou em construo).

c)

d)

e) f) g) h) i)

j)

13.3 13.3.1

VALOR MXIMO DE AVALIAO O valor do imvel no pode ultrapassar o valor limite de avaliao estabelecido para o mbito do SFH. O valor mximo da avaliao de imvel financiado no mbito do SFH estabelecido pelo CMN mediante publicao de resoluo pelo Bacen. O Laudo de Avaliao deve ser emitido por engenheiro credenciado pelo Agente Financeiro responsvel pela operao, e a validade, a contar da data de sua emisso, de 360 (trezentos e sessenta) dias corridos. Para utilizao dos recursos do FGTS no caso de unidade residencial nova cuja aquisio tenha sido comprovadamente contratada pelo trabalhador durante a fase de construo de empreendimento financiado pelo agente financeiro, a verificao do enquadramento da operao dentro dos limites mximos de valor de avaliao e de financiamento pode ter como parmetro a situao informada no laudo de avaliao da unidade transacionada vigente na data da aquisio contratada com o construtor ou incorporador ou, se for o caso, por ocasio de ulterior alterao do projeto de construo. A observncia do limite mximo do valor de avaliao do imvel e do valor de financiamento, quando houver, estabelecido para as operaes no mbito do SFH, dispensvel quando se tratar de alienao, sem desembolso adicional de recursos, de imvel recebido em dao em pagamento, adjudicado ou arrematado pelo Agente Financeiro credor, desde que o valor de avaliao original do imvel estivesse enquadrado no limite estabelecido para o SFH poca.

13.3.2

13.3.3

13.3.4

13.3.5

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13.4 13.4.1

LIMITE DO VALOR DO FGTS O valor do FGTS a ser utilizado na aquisio, somado ao valor do financiamento, se houver, est limitado ao menor dos dois valores, o de compra e venda ou o de avaliao do imvel. LOCALIZAO DO IMVEL O imvel deve localizar-se: a) b) c) no mesmo municpio onde o trabalhador exera sua ocupao principal; ou em municpio limtrofe ao municpio da ocupao principal; ou em municpio integrante da mesma regio metropolitana da qual faa parte o municpio da ocupao principal.

13.5 13.5.1

13.5.2

Caso o imvel no se localize em um dos municpios definidos no subitem anterior, deve localizar-se no municpio onde o trabalhador comprove residir h mais de um ano. COMPROVAO DO LOCAL DA OCUPAO PRINCIPAL O trabalhador comprova onde exerce sua ocupao principal mediante apresentao de documentos relativos sua atividade laboral ou vnculo empregatcio. Para trabalhador cujo empregador seja Pessoa Jurdica ou Fsica, a comprovao se d mediante a apresentao de contrato de trabalho, ou anotao do contrato de trabalho na CTPS, ou Declarao do Empregador, em papel timbrado ou emitido com carimbo do CNPJ da empresa e com a identificao funcional do responsvel pela declarao, ou contracheque que contenha o local da ocupao principal. No caso de trabalhador autnomo ou profissional liberal, explorando uma atividade econmica, com ou sem scios, com ou sem empregados, necessria a apresentao do registro de autonomia, obtido junto prefeitura do municpio onde reside. Caso o referido trabalhador venha a constituir uma empresa, com finalidade de prestao de servio, o que implica fazer um contrato social, registrado em Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas, deve apresentar um dos documentos abaixo: a) Comprovante de recolhimento de ISS - Imposto Sobre Servios, de qualquer natureza; ou Inscrio no CCM Cadastro de Contribuintes Mobilirios; ou Contrato Social devidamente registrado no Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas, se houver; e Declarao firmada, sob as penas da Lei, com firma reconhecida, informando o tipo de atividade laboral e o local onde a exerce.

13.6 13.6.1

13.6.1.1

13.6.1.2

13.6.1.2.1

b) c)

d)

Obs.: A Lei Complementar n. 116, de 31/07/2003, apresenta lista anexa contendo as atividades passveis de recolhimento de ISS.

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13.7 13.7.1

COMPROVAO DO LOCAL DA RESIDNCIA ATUAL Comprova-se mediante apresentao de 01 documento, entre os listados abaixo, em nome do trabalhador titular da conta FGTS a ser utilizada: a) contas de gua, luz, telefone, gs, TV por assinatura ou outra conta de concessionria pblica; ou extrato(s) da(s) conta(s) vinculada(s) do FGTS ou extrato(s) de conta(s) bancria(s) ou fatura(s) de carto de crdito; ou recibo(s) de condomnio ou de aluguel, acompanhados do contrato de locao registrado, na data da contratao, em Cartrio de Ttulos e Documentos, ou, na falta do registro do instrumento, o contrato deve ser apresentado acompanhado da Declarao IRPF do trabalhador, referente ao ltimo exerccio fiscal ou Declarao Anual de Isento DAI, conforme legislao vigente.

b)

c)

13.8 13.8.1

COMPROVAO DO PERODO MNIMO DE 01 (UM) ANO DE RESIDNCIA Comprova-se a residncia pelo perodo mnimo de 01 (um) ano, apresentando 01(um) tipo de documento, entre os citados no subitem 13.7.1, na forma a seguir exemplificada: Conta de luz de JAN/2007 e conta de luz de JAN/2008.

13.9 13.9.1

SITUAO LEGAL DO IMVEL O imvel deve estar devidamente matriculado no Cartrio de Registro de Imveis competente. Na matrcula do imvel no deve existir gravame que resulte em impedimento sua comercializao. O imvel deve ser financivel no mbito do SFH. INTERSTCIO MNIMO ENTRE UTILIZAES Para utilizao do FGTS na modalidade de aquisio, o imvel transacionado no pode ter sido objeto de utilizao do FGTS h menos de 03 anos, conforme exemplo: Imvel adquirido com uso do FGTS, em 31 de Agosto de 2004, somente pode ser adquirido com uso FGTS aps 31 de Agosto de 2007.

13.9.2

13.9.3 13.10 13.10.1

13.10.2

Em caso de uso de FGTS para aquisio de imvel construdo com recursos da conta vinculada do trabalhador o interstcio de 3 (anos) deve ser contado a partir da data do registro do contrato de financiamento. SITUAES EXCEPCIONAIS IMVEL LOCALIZADO EM MUNICPIO DIFERENTE DO MUNICPIO DA OCUPAO PRINCIPAL DO TRABALHADOR OU DE ONDE RESIDA H MAIS DE 1 (UM) ANO Caso o imvel se situe em municpio diferente daquele onde o trabalhador exerce sua ocupao principal, municpios limtrofes e integrantes da respectiva regio

14 14.1

14.1.1

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metropolitana, este deve comprovar que reside h, no mnimo, 01 (um) ano no mesmo municpio onde deseja adquirir imvel com o uso do FGTS. 14.1.2 O trabalhador poder substituir a comprovao do municpio de exerccio de sua ocupao principal e a comprovao do municpio de sua residncia atual pelo perodo de 01 (um) ano, pela apresentao de comprovante de residncia no mesmo municpio onde pretenda adquirir um imvel com o uso do FGTS, desde que no seja proprietrio de imvel residencial em qualquer parte do Pas, ou titular de financiamento ativo no mbito do SFH. Ressalta-se que, nesse caso, no dispensada a comprovao de residncia no mesmo municpio onde o trabalhador pretenda adquirir imvel com o uso do FGTS, independente do tempo em que l resida. Para habilitar-se a essa exceo o trabalhador deve apresentar, alm da declarao de no possuir imvel nas condies impeditivas utilizao do FGTS, os seguintes documentos: a) b) c) DIRPF, do ltimo exerccio, ou. DAI - Declarao Anual de Isento, na forma exigida pela Receita Federal, e, 01 (um) comprovante de residncia relativo ao mesmo municpio onde pretenda adquirir imvel com o uso do FGTS, com data atual.

14.1.2.1

14.1.2.2

14.1.2.3

Em substituio aos documentos mencionados nas alneas "a" e "b", pode(m) ser aceita(s) a(s) certido(es) negativa(s) de propriedade de imvel, emitida(s) pelo(s) Cartrio(s) de Registro de Imvel dos seguintes municpios: a) Do municpio onde o trabalhador pretenda adquirir imvel com os recursos de sua conta vinculada do FGTS; Do municpio onde exera sua ocupao principal Dos municpios limtrofes ao municpio no qual exera sua ocupao principal; Dos municpios integrantes da mesma regio metropolitana na qual se situe o municpio onde o trabalhador exera sua ocupao principal; Do municpio da atual residncia.

b) c) d)

e) 14.1.2.4

A no apresentao ou inexistncia dos documentos relativos ao imposto de renda e a no apresentao das citadas certides, inviabilizam a dispensa de comprovao de residncia pelo perodo mnimo de 01 (um) ano.

14.2 14.2.1

CNJUGES QUE TRABALHAM EM MUNICPIOS DIFERENTES permitida a utilizao do FGTS de ambos na aquisio de imvel localizado no municpio da ocupao principal de um deles, observado o disposto no subitem 4.1, e os requisitos dos subitens 12.1.1 e 12.1.2, deste Manual, para cada um dos cnjuges.

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14.3

TRABALHADOR DESEMPREGADO DIFERENCIADAS

OU

PERTENCENTE

A

CATEGORIAS

14.3.1

facultado ao trabalhador desempregado ou pertencente a uma das categorias profissionais abaixo, substituir o cumprimento s exigncias do subitem 13.5.1, pela comprovao de residncia no municpio onde se localiza o imvel a ser adquirido, independente do tempo em que l resida, desde que atendidas as demais condies vigentes para a utilizao do FGTS na aquisio de imvel: a) b) c) trabalhadores martimos que prestem servios em embarcaes martimas; trabalhadores aeronautas; trabalhadores rodovirios/ferrovirios que prestem servios de transporte de cargas ou de pessoas; petroleiros embarcados em plataformas martimas; representantes comerciais que atuem em municpios distintos da sede da empresa representada.

d) e)

14.4

TRABALHADOR COM MAIS DE UMA FONTE DE RENDA EM MUNICPIOS DIFERENTES O trabalhador que possua mais de uma fonte de rendimentos, em municpios diferentes, pode utilizar recursos do FGTS para aquisio de imvel em qualquer desses municpios, desde que no seja titular de financiamento ativo do SFH em qualquer parte do territrio nacional, nem proprietrio, promitente comprador, cessionrio, usufruturio, de imvel residencial concludo ou em construo nas condies impeditivas utilizao do FGTS em nenhum dos municpios onde exera atividade remunerada, incluindo os municpios limtrofes e integrantes da respectiva regio metropolitana. Para habilitar-se utilizao referida, o trabalhador deve apresentar, alm da declarao de no possuir imvel nas condies impeditivas a utilizao do FGTS, a declarao de bens efetuada Receita Federal, DIRPF do ltimo exerccio ou a DAI, na forma exigida pela Receita Federal, conforme o caso. No ser aceito, em substituio aos documentos mencionados no subitem 14.4.2, o recibo de pagamento do valor devido para regularizao da situao fiscal do trabalhador perante a Receita Federal. Em substituio aos documentos mencionados no subitem 14.4.2, pode(m) ser aceita (s) a(s) certido(es) negativa(s) de propriedade de imvel, emitida(s) pelo(s) Cartrio(s) de Registro de Imvel dos seguintes municpios: a) Do municpio onde o trabalhador pretenda adquirir com os recursos de sua conta vinculada do FGTS; Do municpio onde exera sua ocupao principal; Dos municpios limtrofes ao municpio no qual exera sua ocupao principal;

14.4.1

14.4.2

14.4.2.1

14.4.2.2

b) c)

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d)

Dos municpios integrantes da mesma regio metropolitana na qual se situe o municpio onde o trabalhador exera sua ocupao principal; e Do municpio onde comprove residir h mais de 1 (um) ano.

e) 14.5 14.5.1

COMPRA E VENDA ENTRE CNJUGES A compra e venda de imvel entre cnjuges deve obedecer estritamente legislao vigente para a matria, conforme subitem 4.1 deste Manual, e o atributo principal a ser observado no regime de casamento adotado pelas partes a incomunicabilidade do bem adquirido com o FGTS, observada tambm a regra prevista no subitem 13.10 deste Manual. AQUISIO DE IMVEL POR MAIS DE UM TRABALHADOR admitida aquisio de imvel residencial concludo por mais de um trabalhador, independentemente da existncia de grau de parentesco entre eles, desde que o imvel se destine residncia de todos os adquirentes que fizerem uso do FGTS na aquisio e que estes declarem a referida destinao sob as penas da Lei e,ainda, desde que atendam aos demais requisitos para a operao. IMVEL DE MADEIRA E PR-FABRICADOS Desde que seja aceito como garantia de financiamento no mbito do SFH, ainda que a aquisio se d desvinculada de financiamento concedido dentro ou fora do SFH, no h bice utilizao do FGTS para aquisio de imvel de madeira. IMVEL FUNCIONAL DA UNIO Conforme o disposto na Lei n. 8025/90, de 12/04/1990 e no Decreto n. 99.664, de 01/11/1990, na alienao de imveis funcionais de propriedade da Unio, admitida a utilizao do FGTS nas modalidades de aquisio, amortizao/liquidao de saldo devedor de financiamento e pagamento de parte do valor da prestao de financiamento. No caso de aquisio de imvel funcional, o valor de utilizao do FGTS, somado ao valor parcelado ou financiado, se houver, est limitado ao menor dos dois valores entre venda e avaliao. A venda de bem imvel residencial, de propriedade da Unio, somente pode ser realizada mediante concorrncia ou leilo pblico, observadas as disposies e procedimentos institudos pela Lei n. 9.636/98, de 15 de maio de 1998. IMVEL COM DIFERENA CONSTRUDA AVERBADA ENTRE REA REAL CONSTRUDA E REA

14.6 14.6.1

14.7 14.7.1

14.8 14.8.1

14.8.2

14.8.3

14.9

14.9.1

admitida utilizao do FGTS para aquisio de imvel cuja rea averbada seja diferente da rea construda, conforme constatao do engenheiro avaliador. O trabalhador dever promover a averbao da rea construda correta, se instado pelo Cartrio de Registro de Imveis competente, por ocasio do registro imobilirio da operao com o FGTS. Considera-se o valor de avaliao total do imvel, mesmo no caso em que a matrcula cartorria conste somente a descrio do imvel sem a correspondente metragem.

14.9.1.1

14.9.2

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14.10 14.10.1

IMVEL CONCLUDO SEM A DEVIDA AVERBAO DA CONSTRUO TOTAL No admitida utilizao do FGTS para aquisio de imvel cuja edificao no esteja averbada na matrcula do terreno. IMVEL MISTO No caso de imvel misto, ou seja, aquele destinado residncia do trabalhador e instalao de atividade comercial, o FGTS somente pode ser utilizado para a compra da unidade residencial, cujo valor deve constar discriminado no Laudo de Avaliao. AQUISIO DE PARTE IDEAL possvel utilizao de FGTS para aquisio de parte ideal de imvel, desde que o mesmo se destine moradia prpria do adquirente/trabalhador, e que este atenda aos demais requisitos para a aquisio de imvel residencial com o FGTS. CONSRCIO No caso de autofinanciamento por meio de Administradora de Consrcio Imobilirio a aquisio de imvel residencial, concludo ou em construo, viabilizada pelos Agentes Financeiros do SFH, que devem dar o suporte necessrio referida Administradora, para a concretizao da operao desejada pelo trabalhador. A utilizao do FGTS no mbito do sistema de consrcio imobilirio pode se dar por meio de Lance, para obteno da Carta de Crdito, ou, ainda, como complementao do valor da Carta de Crdito obtida pelo trabalhador para compra de imvel residencial, concludo ou em construo. A Administradora de Consrcio Imobilirio deve estar devidamente credenciada a operar no Sistema Financeiro Nacional, junto ao Banco Central do Brasil e essa condio pode ser verificada, pelo trabalhador, diretamente no site do Banco Central do Brasil, www.bacen.gov.br, pgina BC ATENDE Item 3 Situao das Administradoras de Consrcio. Para verificao desse credenciamento, os Agentes Financeiros devem consultar o SISBACEN. Para efeito de credenciamento a Administradora de Consrcio Imobilirio deve apresentar o CRF em dia. Essas operaes, envolvendo financiamento obtido junto Administradora de Consrcio Imobilirio, devem atender aos seguintes requisitos: a) o valor do FGTS deve ser debitado na conta vinculada do trabalhador e ressarcido ao Agente Financeiro para repasse ao vendedor do imvel. A partir do ressarcimento ao Agente Financeiro, e at o repasse do valor ao vendedor do imvel, devida a atualizao monetria e juros do referido valor, pelo mesmo ndice de remunerao das contas de poupana; o trabalhador e o imvel devem atender a todas as condies normativas previstas neste Manual para a modalidade de aquisio de imvel residencial concludo ou em construo; e

14.11 14.11.1

14.12 14.12.1

14.13 14.13.1

14.13.2

14.13.3

14.13.3.1

14.13.3.2

14.13.4

b)

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c)

o valor referente ao FGTS somente deve ser liberado para o vendedor do imvel aps a entrega do contrato/escritura de compra e venda, devidamente registrado no Cartrio de Registro Imobilirio.

15 15.1

DOCUMENTOS DO VENDEDOR VENDEDOR(ES) PESSOA FSICA a) b) c) Carteira de Identidade; Cadastro de Pessoa Fsica CPF; e Comprovao de estado civil.

15.2

VENDEDOR(ES) PESSOA JURDICA a) Contrato Social ou documento de constituio ou estatuto de criao e ata de eleio da ltima diretoria, publicados no Dirio Oficial da Unio, conforme o caso; Certido simplificada da Junta Comercial, quando for o caso; CNPJ Cadastro nacional de Pessoa Jurdica; CRF Certificado de Regularidade do FGTS.

b) c) d) 15.3

COOPERATIVA HABITACIONAL a) b) Estatuto, Regimento e Certido Simplificada da Junta Comercial se houver; Certido de aprovao do ato constitutivo e situao atual, expedida pela OCB Organizao das Cooperativas Brasileiras, ou de suas afiliadas; Registro na Junta Comercial se houver; Ata da assemblia de aprovao do empreendimento; Cpia do Termo de Adeso do trabalhador Cooperativa; Cpia do Livro de Matrcula do cooperado, adquirente do imvel; Termo de Cesso de Direitos se for o caso; Declarao de no utilizao do FGTS nos ltimos 03 (trs) anos, para aquela unidade ou frao ideal, no caso de Cesso de Direitos; CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica; e CRF Certificado de Regularidade do FGTS.

c) d) e) f) g) h)

i) j)

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15.4

ADMINISTRADORA DE CONSRCIO IMOBILIRIO a) A Administradora de Consrcio Imobilirio deve estar autorizada a operar no sistema Financeiro Nacional, pelo Banco Central do Brasil - BACEN.

Obs.: Essa autorizao do BACEN constatada pelo Agente Financeiro responsvel pela operao, atravs de consulta ao SISBACEN ou por pesquisa no site do BACEN.

b) c) 16

CRF Certificado de Regularidade do FGTS; e CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica.

DOCUMENTOS DO CONSTRUTOR - PESSOA FSICA a) b) c) Registro no CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura; Carteira de Identidade; e CPF Cadastro de Pessoa Fsica.

17 17.1

DOCUMENTOS DO CONSTRUTOR - PESSOA JURDICA CONSTRUTOR/INCORPORADOR a) Contrato Social ou documento de constituio ou estatuto de criao e ata de eleio da ltima diretoria, publicados no Dirio Oficial da Unio, conforme o caso; Certido simplificada da Junta Comercial, quando for o caso; CNPJ Cadastro nacional de Pessoa Jurdica; CRF Certificado de Regularidade do FGTS.

b) c) d) 17.2

COOPERATIVA HABITACIONAL a) b) Estatuto, Regimento e Certido Simplificada da Junta Comercial se houver; Certido de aprovao do ato constitutivo e situao atual, expedida pela OCB Organizao das Cooperativas Brasileiras; Registro na Junta Comercial se houver; Ata da assemblia de aprovao do empreendimento; Cpia do Termo de Adeso do trabalhador Cooperativa; Cpia do Livro de Matrcula do cooperado, adquirente do imvel; Termo de Cesso de Direitos se for o caso; Declarao de no utilizao do FGTS nos ltimos 03 (trs) anos, para aquela unidade ou frao ideal, no caso de Cesso de Direitos; CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica; e

c) d) e) f) g) h)

i)

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j) 17.3

CRF Certificado de Regularidade do FGTS.

ADMINISTRADORA DE CONSRCIO IMOBILIRIO a) A Administradora de Consrcio Imobilirio deve estar autorizada a operar no sistema Financeiro Nacional, pelo Banco Central do Brasil BACEN;

Obs.: Essa autorizao do BACEN constatada pelo Agente Financeiro responsvel pela operao, atravs de consulta ao SISBACEN ou por pesquisa no site do BACEN.

b) c)

CRF Certificado de Regularidade do FGTS; e CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica.

18 18.1 18.1.1

OPERACIONALIZAO MODALIDADE 91 CRDITO E LIBERAO As operaes de aquisio de imvel concludo so processadas e ressarcidas diariamente ao Agente Financeiro, que envia ao Agente Operador o arquivo eletrnico preenchido conforme instrues/lay out constantes no Caderno do Agente Financeiro, por meio do SIUMP Sistema de Utilizao do FGTS em Moradia Prpria. O Agente Financeiro deve efetuar o repasse dos valores ressarcidos pelo Agente Operador, aps a entrega da escritura /contrato registrado ou a apresentao da certido atualizada da matrcula do imvel, em que constem as informaes sobre a utilizao de FGTS na operao. Os valores ressarcidos pelo Agente Operador, a ttulo de atualizao monetria, em razo de atraso no ressarcimento, devem ser repassados ao vendedor do imvel. O Agente Financeiro responsvel pela remunerao do valor total ressarcido, a partir da data do ressarcimento e at o repasse do valor ao vendedor do imvel, com base no ndice de remunerao das contas de poupana. CANCELAMENTO O cancelamento de uma operao da modalidade 91, pode ocorrer, a pedido do Agente Financeiro, devido a erro no preenchimento do documento/arquivo eletrnico, por desistncia da utilizao por parte do trabalhador, por erro no momento da efetivao do dbito, ou, ainda, por iniciativa do Agente Operador, em decorrncia de irregularidade apurada na anlise do respectivo processo. Quando o cancelamento se der por iniciativa do Agente Financeiro, deve ser encaminhado ao Agente Operador expediente em que conste o motivo do cancelamento, o valor histrico a ser devolvido a cada conta vinculada e o nmero da operao. Para dbitos efetuados de forma manual, deve ser anexada ao expediente, cpia dos DAMP envolvidos na operao. Se o cancelamento ocorrer aps o ressarcimento da operao, os respectivos valores devem ser devolvidos ao FGTS, por meio de OR - Ordem de Recebimento, a ser emitida e liquidada pelo Agente Operador, mediante informaes prestadas pelo Agente Financeiro.

18.1.2

18.1.3

18.1.4

18.2 18.2.1

18.2.2

18.2.3

18.2.4

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18.2.5

Quando da emisso da OR deve ser cobrada atualizao monetria, a partir da data do ressarcimento, at o efetivo recebimento da devoluo, acrescido de juros capitalizados diariamente, taxa de 6% (seis por cento) ao ano. As operaes da modalidade 91, enviadas para processamento via arquivo eletrnico, podem ser canceladas pelo Agente Financeiro, at um dia til antes do ressarcimento, mediante o envio do registro de cancelamento correspondente, ou pelo Agente Operador, atravs de comando on line a ser realizado no SIUMP. RESTITUIO DE VALORES CONTA VINCULADA Uma vez devolvidos ao FGTS, os valores de operaes 91 canceladas devem retornar conta vinculada do trabalhador, acrescidos da atualizao monetria e dos juros a que faz jus a conta vinculada. Para restituio dos valores no utilizados conta vinculada do trabalhador, o Agente Operador emite uma CPR - Comunicao Para Restituio para cada conta. Deve ser consignada, no campo prprio da CPR, a data de sua validade, que ser sempre o prximo dia 09 aps sua emisso. O Agente Operador efetua o crdito do valor constante no formulrio CPR na conta vinculada, observando o prazo de validade fixado no documento. Se, por qualquer motivo, a CPR no for cumprida dentro de seu prazo de validade, ter que ser reemitida, com novo prazo de validade, para contemplar os rendimentos devidos no perodo vencido. OPERACIONALIZAO MODALIDADE 95 CRDITO E LIBERAO As operaes de aquisio de imvel em fase de construo so processadas e ressarcidas diariamente ao Agente Financeiro, que envia ao Agente Operador o arquivo eletrnico preenchido conforme instrues/lay out constantes no Caderno do Agente Financeiro, por meio do SIUMP Sistema de Utilizao do FGTS em Moradia Prpria. Para operaes realizadas at 31/12/2007, o Agente Financeiro deve efetuar o crdito dos valores ressarcidos pelo Agente Operador em conta de poupana, bloqueada, nominal ao trabalhador titular das contas vinculadas envolvidas na operao. Para operaes realizadas a partir de 01/01/2008, o Agente Financeiro deve manter controle individual dos recursos oriundos das contas vinculadas, responsabilizando-se pela transferncia dos valores ao executor da obra em parcelas proporcionais a cada etapa executada. O Agente Financeiro responsvel pelo crdito de rendimentos sobre o valor total ressarcido, enquanto houver saldo remanescente referente utilizao, pelos ndices adotados para atualizao das contas de poupana, acrescido de juros de 0,5% ao ms, a partir da data em que o ressarcimento se tornou devido e at sua utilizao total. O ressarcimento devido no 5 dia til posterior data da contratao. Compete ao Agente Financeiro enviar aos trabalhadores, a cada trimestre civil, extrato das movimentaes e atualizao dos valores repassados. O referido extrato dever conter o saldo anterior, o valor dos dbitos, o valor dos rendimentos e o saldo atual.

18.2.6

18.3 18.3.1

18.3.2 18.3.3 18.3.4 18.3.5

19 19.1 19.1.1

19.1.2

19.1.3

19.1.4

19.1.4.1 19.1.5 19.1.5.1

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19.2 19.2.1

LIBERAO DOS VALORES AO EXECUTOR DA OBRA O total do FGTS a ser repassado ao executor da obra no pode exceder parcela de recursos prprios integrante do preo de aquisio do imvel ou do material de construo, conforme o caso. A liberao dos recursos do FGTS ao executor da obra deve ocorrer em parcelas, no mnimo mensais, preferencialmente no aniversrio da assinatura do contrato/ressarcimento dos valores ao Agente Financeiro, na proporo do cumprimento do cronograma fsico-financeiro, atestado por declarao do responsvel tcnico pela obra, incluindo os rendimentos da poupana, no limite dos recursos prprios integrantes do preo de aquisio. A liberao em data distinta do aniversrio da assinatura do contrato/ressarcimento dos valores ao Agente Financeiro, tem que ser precedida de autorizao expressa do adquirente, na qual ele declare estar ciente da perda dos respectivos rendimentos. Os valores do FGTS devem ser liberados ao prprio trabalhador, nos casos de obra executada em terreno prprio e ao vendedor/construtor, nos demais casos. Para as operaes realizadas at 31/12/2007, em que devida a abertura de conta de poupana para crdito dos valores do FGTS utilizados, aps a liberao de cada parcela, o saldo remanescente na conta deve permanecer bloqueado, at que seja liberada a ltima parcela, ou que seja procedida a devoluo respectiva conta vinculada, se for o caso. A liberao da primeira parcela, pelo Agente Financeiro, s deve ser efetuada aps apresentao da certido de registro/averbao da Escritura/Contrato de Compra e Venda/Promessa de Compra e Venda no competente Cartrio de Registro de Imveis, se for o caso, conferindo se os dados e valores esto corretamente lanados na matrcula do imvel, com exceo de operao que envolva construtora/incorporadora, Cooperativa ou Consrcio Habitacional, quando no houver a individualizao da frao do imvel nesse momento. Constatado atraso no cumprimento de qualquer etapa do cronograma de produo da obra, o Agente Financeiro libera apenas os recursos relativos ao percentual concludo da etapa. A liberao da parcela correspondente ltima etapa do cronograma fsico-financeiro est condicionada ao recebimento da certido atualizada da matrcula do imvel, com averbao da construo, ou, na impossibilidade de sua entrega imediata, confeco de laudo de avaliao, promovida pelo Agente Financeiro. A ltima liberao ao executor da obra deve ocorrer, em regra, ao trmino do prazo de construo estabelecido no respectivo cronograma fsico-financeiro, contudo, se houver atraso no cumprimento do cronograma, por prazo superior ao estabelecido no respectivo contrato de financiamento, a liberao dos recursos se encerra na data correspondente comprovao da ltima etapa, total ou parcialmente, cumprida da obra.

19.2.2

19.2.3

19.2.4

19.2.5

19.2.6

19.2.7

19.2.8

19.2.9

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19.3 19.3.1

TRATAMENTO DO RESDUO Havendo interesse formalizado pelo trabalhador e concordncia do Agente Financeiro, os eventuais resduos decorrentes dos respectivos rendimentos creditados sobre o valor ressarcido, apurados na data da liberao da ltima parcela, podem ser utilizados para pagamento dos encargos incidentes sobre o financiamento durante o perodo de construo e/ou para reduo do valor do financiamento. Aps a liberao da ltima parcela, havendo resduo que no seja decorrente dos rendimentos creditados sobre o valor ressarcido, este dever retornar conta vinculada do trabalhador. Os valores de resduos referentes a operaes realizadas at 31/12/2007, devem retornar ao FGTS, por meio de OR - Ordem de Recebimento a ser emitida pelo Agente Operador, mediante informaes prestadas pelo Agente Financeiro. O valor principal da OR a ser informado pelo Agente Financeiro ao Agente Operador corresponde ao valor do FGTS constante na conta de poupana na data do ltimo aniversrio desta, anterior data da concluso da obra/liberao da ltima parcela, deduzindo-se os valores porventura liberados aps esta data. Os valores de resduos referentes a operaes realizadas aps 31/12/2007, devem ser devolvidos ao FGTS, devidamente atualizados pelo ndice adotado para atualizao das contas de poupana acrescido de juros de 0,5% ao ms, at o dia do efetivo retorno, por meio de OR RCCFGTS 541/07 (Ordem de Recebimento) a ser emitida e quitada pelo Agente Financeiro. A OR RCCFGTS 541/07 deve indicar o nmero da operao a ser cancelada, o nome do trabalhador e o nmero das respectivas contas vinculadas (Cod. Estab./Cod.Empreg.). Tais OR devero conter, ainda, o valor total a ser devolvido, discriminado para cada conta que compe a operao. Uma via da OR devidamente quitada dever ser entregue pelo Agente Financeiro unidade do FGTS de vinculao para a realizao do crdito nas contas vinculadas. O valor a ser creditado na conta vinculada corresponde ao valor total da OR referente a cada conta da operao. CANCELAMENTO O cancelamento total ou parcial de uma operao da modalidade 95 pode ocorrer devido a erro no preenchimento do documento/arquivo, por alguma ocorrncia durante a utilizao, ou, ainda, por iniciativa do Agente Operador, em decorrncia de irregularidade apurada na anlise do respectivo processo. As ocorrncias que ensejam o cancelamento de uma operao podem ser: a) desistncia da utilizao, por parte do trabalhador, desde que com anuncia do Agente Financeiro interveniente na operao; encerramento antecipado do financiamento, decorrente do no cumprimento dos prazos contratuais para concluso da obra; transferncia do imvel, durante a fase de construo;

19.3.2

19.3.3

19.3.4

19.3.5

19.3.6

19.3.7

19.3.8

19.3.9

19.4 19.4.1

19.4.2

b)

c)

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d) e)

paralisao da obra por mais de 180 ( cento e oitenta ) dias; demora de mais de 90 (noventa) dias, entre o ressarcimento do DAMP e a assinatura do respectivo contrato; cobertura securitria do valor dos recursos prprios da obra, decorrente de falecimento do trabalhador; apurao de resduos/sobras; outros motivos, justificados pelo Agente Financeiro.

f)

g) h) 19.4.3

Se o cancelamento se der aps a assinatura do respectivo contrato, o valor do FGTS relativo ltima etapa concluda do cronograma fsico-financeiro, ainda que parcial, dever ser liberado ao executor da obra, antes da devoluo do saldo remanescente da utilizao, exceto nos casos em que, por falecimento do adquirente, o seguro, porventura existente, cobrir, inclusive, a parcela de recursos prprios da obra. As operaes da modalidade 95, enviadas para processamento via arquivo eletrnico, podem ser canceladas pelo Agente Financeiro, at um dia til antes do ressarcimento, mediante o envio do registro de cancelamento correspondente, ou pelo Agente Operador, atravs de comando on line a ser realizado no SIUMP. OR CANCELAMENTO OPERAES AT 31/12/2007 Havendo cancelamento, total ou parcial, da operao, os valores ressarcidos e no utilizados, inclusive os liberados indevidamente ao executor da obra, se for o caso, devem retornar ao FGTS, acrescidos de atualizao monetria, calculada pela variao da TR (Taxa Referencial) ou ndice que venha a substitu-la, e juros, pro-rata die, taxa de 6% ao ano, da data do ressarcimento at o dia da efetiva restituio, nos casos de cancelamentos totais e de cancelamentos parciais no decorrentes de ocorrncias durante a utilizao, da data do ltimo aniversrio da conta de poupana anterior ocorrncia at o dia da efetiva restituio, nos casos de cancelamentos parciais decorrentes de ocorrncias durante a utilizao e, da data do ltimo aniversrio da conta de poupana anterior concluso da obra/liberao da ltima parcela at o dia da efetiva restituio, nos casos de cancelamentos parciais decorrentes de apurao de resduos/sobras. Os valores ressarcidos e no utilizados devem ser devolvidos ao FGTS, por meio de OR - Ordem de Recebimento, a ser emitida pelo Agente Operador, mediante informaes prestadas pelo Agente Financeiro. Quando o cancelamento se der por iniciativa do Agente Financeiro, este deve enviar ao Agente Operador, expediente solicitando o cancelamento em que conste: a) b) motivo do cancelamento; nmero da operao ou nmero do(s) DAMP, principal e coobrigados, a serem cancelados; nome dos respectivos titulares das contas vinculadas a serem restitudas; valor do FGTS a ser devolvido a cada conta vinculada da operao, posicionado na data do respectivo dbito, nos casos de cancelamentos totais ou de cancelamentos parciais no decorrentes de ocorrncias durante a utilizao;

19.4.3.1

19.4.4 19.4.4.1

19.4.4.2

19.4.4.3

c) d)

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e)

saldo do FGTS constante na conta de poupana, posicionado no dia do ltimo aniversrio desta anterior data da ocorrncia, excludos os valores porventura liberados aps esta data e includos valores indevidamente liberados ao executor da obra, se for o caso, nos casos de cancelamentos parciais decorrentes de ocorrncias durante a utilizao; saldo do FGTS constante na conta de poupana referente a resduos/sobras, posicionado no dia do ltimo aniversrio desta anterior data da concluso da obra/liberao da ltima parcela, excludos valores porventura liberados, aps esta data, se for o caso, nos casos de cancelamentos parciais decorrentes de apurao de resduos/sobras; data da ocorrncia, se for o caso.

f)

g) 19.4.4.4

Ao expediente encaminhado ao Agente Operador, o Agente Financeiro deve anexar cpia dos DAMP que compem a operao, sempre que o dbito for manual. Quando o cancelamento se der por iniciativa do Agente Operador, o Agente Financeiro dever fornecer todas as informaes necessrias para a efetivao do cancelamento. As OR podem ser compostas de um valor principal, de atualizao monetria a ser devolvida pelo Agente Financeiro, quando for o caso e demais cominaes (atualizao monetria e juros). Tratando-se de devoluo total, o valor principal da OR corresponde ao somatrio dos valores totais debitados nas contas envolvidas na operao e ressarcidos. Tratando-se de devoluo parcial no decorrente de ocorrncias durante a utilizao, o valor principal da OR corresponde ao somatrio dos valores debitados a maior nas contas vinculadas e ressarcidos da mesma forma, ou ao valor principal ressarcido a maior ou indevidamente. Tratando-se de devoluo parcial decorrente de ocorrncias durante a utilizao, o valor principal da OR informado pelo Agente Financeiro no expediente que solicita o cancelamento, e corresponde ao valor do FGTS constante na conta de poupana na data do ltimo aniversrio desta, anterior ocorrncia, excluindo-se os valores porventura liberados aps esta data e includos os valores liberados indevidamente ao executor da obra, se for o caso. Tratando-se de devoluo parcial decorrente de apurao de resduos/sobras, o valor principal da OR informado pelo Agente Financeiro no expediente que solicita o cancelamento, e corresponde ao valor do FGTS constante na conta de poupana na data do ltimo aniversrio desta, anterior data da concluso da obra/liberao da ltima parcela, deduzindo-se os valores porventura liberados aps esta data. Se a operao objeto da devoluo total ou parcial, no decorrente de ocorrncias durante a utilizao, tiver sido ressarcida fora do prazo, a atualizao monetria paga ao Agente Financeiro por atraso no ressarcimento ser devolvida ao FGTS por intermdio da OR. Em se tratando de devoluo parcial decorrente de ocorrncias durante a utilizao, ou de devoluo parcial decorrente de apurao de sobras/resduos de FGTS, a atualizao monetria paga no ressarcimento por atraso, no ser discriminada na OR, uma vez que esse valor j estar includo no saldo da conta de poupana informado pelo Agente Financeiro.

19.4.4.5

19.4.4.6

19.4.4.7

19.4.4.8

19.4.4.9

19.4.4.10

19.4.4.11

19.4.4.12

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19.4.4.13

A atualizao monetria a ser paga pelo Agente Financeiro ao Fundo, incide sobre o valor principal da OR acrescido da atualizao monetria a ser devolvida, se for o caso, e calculada pela variao da TR (ndice da atualizao monetria das contas de poupana), do dia do ressarcimento do DAMP (inclusive), nos casos de devoluo total e de devoluo parcial no decorrente de ocorrncias durante a utilizao, ou do dia do ltimo aniversrio da conta de poupana anterior ocorrncia (inclusive), nos casos de devoluo parcial decorrente de ocorrnc