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1 Sumário

1 Comissão Organizadora da IV CESAN ____________________________________________________ 3

Comissão Executiva da IV CESAN _________________________________________________________ 3

Subcomissão de Conteúdo, Metodologia e Relatoria da IV CESAN _______________________________ 3

Subcomissão de Infraestrutura da IV CESAN ________________________________________________ 3

Subcomissão de Mobilização e Comunicação da IV CESAN _____________________________________ 3

Mesa Diretiva do CONSEA Ceará __________________________________________________________ 4

Secretaria Executiva do CONSEA Ceará _____________________________________________________ 4

2 Apresentação ______________________________________________________________________ 6

3 Siglas _____________________________________________________________________________ 8

4 Introdução _________________________________________________________________________ 9

5 Decreto de Convocação da IV CESAN ___________________________________________________ 10

6 Organização da IV Conferência Estadual ________________________________________________ 11

6.1 Lema ________________________________________________________________________ 11

6.2 Data e local ___________________________________________________________________ 11

6.3 Objetivo Geral _________________________________________________________________ 11

6.4 Objetivos Específicos ___________________________________________________________ 11

6.5 Eixos Temáticos ________________________________________________________________ 12

6.6 Subtemas ____________________________________________________________________ 12

6.7 Orientação para as etapas nos Municípios e nos Territórios _____________________________ 13

6.8 Orientação para as Conferências Territoriais e Municipais ______________________________ 14

6.9 Prazos _______________________________________________________________________ 17

6.10 Programação da IV CESAN _______________________________________________________ 17

6.11 Temário e Metodologia__________________________________________________________ 18

7. Participantes da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará - IV CESAN 23

Das vagas de delegados e representantes dos Municípios para as Conferências Territoriais __________ 23

Dos(as) delegados(as) para as conferências territoriais e para a 4ª CESAN________________________ 31

Regimento da IV CESAN _________________________________________________________________ 33

Linha do Tempo: Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil ________________________ 43

LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006) 48

Decreto 7.272/10, de 25 de agosto de 2010 _________________________________________________ 52

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2 Comissão Organizadora da IV CESAN

Comissão Executiva da IV CESAN

Emanuel Barreto de Oliveira Fed. dos Trabalhadores/as na Agricultura do Estado do Ceará – FETRAECE

Derlange Belizário Diniz Universidade Estadual do Ceará – UECE

Elza Maria Franco Braga Universidade Federal do Ceará – UFC / Consea Nacional

Francisco José Tabosa Consea Ceará

Helena Selma Azevedo Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional – FCSAN

Regina Ângela Sales Praciano Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Regina Barros Miranda Federação do Comércio – FECOMÉRCIO

Ricardo Kaminski Prefeitura Municipal de Fortaleza - Secretaria Mun. de Assistência Social

Shandra Carmem Sales de Aguiar Universidade Federal do Ceará – UFC

Subcomissão de Conteúdo, Metodologia e Relatoria da IV CESAN

Emanuel Barreto de Oliveira Fed. dos Trabalhadores/as na Agricultura do Estado do Ceará – FETRAECE

Regina Ângela Sales Praciano Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Elza Maria Franco Braga Universidade Federal do Ceará – UFC / Consea Nacional

Derlange Belizário Diniz Universidade Estadual do Ceará – UECE

Francisco José Tabosa Consea Ceará

Graça Araújo Secretaria das Cidades

Luísa Maria Oliveira Pinto Secretaria de Saúde

Maria Madalena V. de Lucena Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Ricardo Kaminski Prefeitura Municipal de Fortaleza - Secretaria Mun. de Assistência Social

Salete Salomoni Consea Ceará

Subcomissão de Infraestrutura da IV CESAN

Regina Ângela Sales Praciano Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Cristiane de Paiva Bezerra Consea Ceará

Francisco José Tabosa Consea Ceará

Lisiane Moraes de Holanda Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Mary Alice Pessoa da Silva Centro de Desenvolvimento Infantil

Regina Barros Miranda Federação do Comércio – FECOMÉRCIO

Sandra Maria Gomes de Oliveira Controladoria e Ouvidoria Geral

Suzy Anne Alves Pinto Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico - CEDE

Subcomissão de Mobilização e Comunicação da IV CESAN

Helena Selma Azevedo Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional – FCSAN

Ana Luiza Maia Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior - SECITECE

Ana Maria de Paiva Moreira Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Eliane Mara Viana Henriques Secretaria Especial da Saúde Indígena - MS

Felipe Farias Barbosa Consea Ceará

Francisca Honorina de A. Pires Secretaria de Educação Básica - SEDUC

Jacqueline Maria Cruz Gurgel Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

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Jaqueline Meneses de Andrade Secretaria de Recursos Hídricos - SRH

Jussara Maria Bisol Menezes Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC

Leila Santos Prefeitura Municipal de Fortaleza - Sec. de Desenvolvimento Econômico

Maria Madalena V. de Lucena Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Maria Neila Ferreira dos Santos Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador - CETRA

Mônica Maria Macêdo de S. Santos Secretaria do Desenvolvimento Agrário - SDA

Salete Maria Salomoni Consea Ceará

Shandra Carmem Sales de Aguiar Universidade Federal do Ceará – UFC

Mesa Diretiva do CONSEA Ceará

Presidente: Emanuel Barreto de Oliveira

Fed. dos Trabalhadores/as na Agricultura do Estado do Ceará – FETRAECE

Secretária: Regina Ângela Sales Praciano

Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Secretaria Executiva do CONSEA Ceará

Secretário Executivo: Francisco José Tabosa

Consea Ceará

Cristiane de Paiva Bezerra Consea Ceará

Felipe Farias Barbosa Consea Ceará

Salete Maria Salomoni Consea Ceará

Sayonara Silveira da Silva Consea Ceará

Coordenações das Conferências Territoriais

Carirí

Alessandro Antônio Lopes Nunes CNBB/Pastoral Social

Antônio Silvio Pinto Lima Federação de Entidades Comunitárias do Ceará

Jacqueline Maria Cruz Gurgel Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Mônica Mª Macêdo de S. Santos Secretaria do Desenvolvimento Agrário

Regina Barros Miranda Federação do Comércio

Chapada da Ibiapaba

Ana Luiza Maia Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior

Graça Araújo Secretaria das Cidades

Helena Selma Azevedo Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional

Litoral Leste

Ana Kelly Cláudio Gonçalves Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará

Derlange Belizário Diniz Universidade Estadual do Ceará

Lúcia Barreto Universidade Estadual do Ceará

Maria José Galdino do Vale Secretaria da Fazenda

Litoral Extremo Oeste

Aguilkia Secretaria de Educação Básica

Antônia Evilauba G. da Silva Secretaria de Educação Básica

Francisca Honorina de A. Pires Secretaria de Educação Básica

Vales do Curu e Aracatiaçu

Ana Maria de Paiva Moreira Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Eliane Mara Viana Henriques Secretaria Especial da Saúde Indígena/MS

Maria Neila Ferreira Santos Centro de Estudos do Trabalho e de Ass. ao Trabalhador

Shandra Carmem Sales de Aguiar Universidade Federal do Ceará

Maciço do Baturité

Adriano Lima CNBB/Pastoral Social

Derlange Belizário Diniz Universidade Estadual do Ceará

Elza Maria Franco Braga Universidade Federal do Ceará

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Médio Jaguaribe Luísa Maria Oliveira Pinto Secretaria de Saúde

Socorro Maria Pinho Penteado Secretaria de Saúde

Região Metropolitana de Fortaleza

Leila Santos Prefeitura Municipal de Fortaleza / SDE

Lúcia Barreto Universidade Estadual do Ceará

Regina Barros Miranda Federação do Comércio

Ricardo Kaminski Prefeitura Municipal de Fortaleza / SEMAS

Shandra Carmem Sales de Aguiar Universidade Federal do Ceará

Sertão Central Mônica Mª Macêdo de S. Santos Secretaria do Desenvolvimento Agrário

Maria Neila Ferreira Santos Centro de Estudos do Trabalho e de Ass. ao Trabalhador

Sertão Centro-Sul Regina Ângela Sales Praciano Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Margarida Heloisa Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Sertões de Inhamuns

Maria Madalena V. de Lucena Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Lisiane Moraes de Holanda Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Adriano Lima CNBB/Pastoral Social

Janecélia Gomes das Neves Federação do Comércio

Sertões de Canindé

Mary Alice Pessoa da Silva Centro de Desenvolvimento Infantil

Maria Madalena V. de Lucena Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Jussara Maria Bisol Menezes Federação das Indústrias do Estado do Ceará

Sobral

Shandra Carmem Sales de Aguiar Universidade Federal do Ceará

Ana Maria de Paiva Moreira Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Jacqueline Menezes Secretaria de Recursos Hídricos

Organização e Arte Gráfica do Manual Orientador da IV CESAN: Ricardo S. Kaminski

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3 Apresentação

No Brasil, como em outras partes do mundo, a fome e a insegurança alimentar e nutricional permanecem como desafios à capacidade do ser humano em produzir transformações na estrutura social, nos modelos econômicos e na própria cultura social e política para a realização de direitos conquistados com a modernidade e que se desenvolveram na sociedade contemporânea. O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) é indispensável para a sobrevivência e as normas internacionais reconhecem o direito de todos à alimentação adequada e o direito fundamental de toda pessoa a estar livre da fome, como pré-requisitos para a realização de outros direitos humanos. Entretanto, o direito à alimentação adequada e o direito de estar livre da fome estão distantes da realidade de muitas pessoas em todo o mundo. Para que uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) seja coerente com a abordagem de direitos humanos, deve incorporar princípios e ações essenciais para a garantia da sua promoção e realização.

A despeito do desenvolvimento econômico e social que ocorreram nos últimos séculos, a fome ainda mata milhares de pessoas em diversas partes do mundo e, por outro lado, a insegurança alimentar e nutricional assume diversas facetas, à exemplo do aumento da obesidade e as profundas transformações de culturas alimentares seculares. O conceito de soberania alimentar defende que cada nação tenha o direito de definir políticas que garantam a Segurança Alimentar e Nutricional de seus povos, incluindo aí o direito à preservação de práticas de produção e alimentares tradicionais de cada cultura. Além disso, se reconhece que este processo deva se dar em bases sustentáveis, do ponto de vista ambiental, econômico e social.

A IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional está sendo convocada num momento particularmente relevante quando se amplia a mobilização social pelo direito humano à alimentação adequada e saudável e pela soberania e segurança alimentar e nutricional no Brasil. Além dos avanços já obtidos, em razão de firme decisão política e intensa participação social, temos o direito à alimentação inscrito na Constituição Federal e um Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional em fase de elaboração. A realização da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (IV CESAN) constitui parte do 4º ciclo de conferências realizadas pelo Consea Nacional e por conselhos estaduais e municipais em todo o território nacional, ocorre no contexto da IV CNSAN que se realizará considerando os seguintes motivos:

Desde a criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), em 2006, com a LOSAN (Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional, Lei 11.346 de 15 de setembro de 2006), há a necessidade de se afirmar a perspectiva de direitos e de reforçar que a realização do direito à alimentação requer do Estado e da Sociedade ações e iniciativas que não se restrinjam ao aspecto quantitativo do acesso à alimentação, mas também ao seu aspecto qualitativo;

A aprovação da Emenda Constitucional n° 064/2010 que incluiu o direito à alimentação entre os direitos fundamentais do art. 6° da Constituição Federal, requer o engajamento da sociedade na Campanha Nacional: “Alimentação: Direito de Todos – Faça valer”, considerando-se também a necessidade de universalização das condições de acesso à alimentação;

O potencial de sustentabilidade dos sistemas de produção de base agroecológica que requer ser incorporado nas políticas públicas;

A transição do perfil nutricional e epidemiológico da população brasileira, com avanço do sobrepeso e da obesidade;

As ameaças à soberania alimentar e à segurança alimentar e nutricional, tais como as restrições ao uso livre da biodiversidade por parte dos agricultores familiares, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais, o avanço das monoculturas, o uso abusivo de agrotóxicos e a liberação de transgênicos, entre outras.

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Desde a sua criação, em 2003, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (Consea Ceará), tem como missão discutir e propor políticas e programas de Segurança Alimentar e Nutricional; acompanhar e socializar experiências e projetos de SAN; acompanhar e exercer o controle social das políticas de SAN; estimular a criação e fortalecimento de Conseas Municipais; promover e apoiar as Conferências de SAN em nível municipal, regional e estadual. A construção democrática exige a discussão permanente da política, do espaço público e da institucionalidade que lhe é inerente. Considerando os motivos e objetivos da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (IV CESAN) e o papel que o CONSEA Ceará vem desempenhando na articulação de atores sociais é de fundamental importância a sua atuação no que se refere ao enfrentamento à fome e à insegurança alimentar e nutricional na agenda política do estado cearense.

A partir do Consea Ceará se ampliam e qualificam as discussões sobre o uso dos recursos federais e estaduais aplicados em projetos e programas, formando e capacitando para o controle social; referendando programas e projetos com base nos princípios e diretrizes da segurança alimentar e nutricional. No bojo deste processo, desde 2009 iniciou-se o processo de elaboração e discussão com a sociedade pela inclusão na agenda política governamental a LOSAN Estadual do Ceará, como ordenação jurídica que propõe a criação do SISAN e de uma Política de SAN, institucionalizando e regulamentando a segurança alimentar e nutricional como política pública do Estado do Ceará, em consonância com a Lei Nacional.

Um modelo de desenvolvimento que privilegia a SAN deve ser balizado pela noção de Direito Humano à Alimentação Adequada e passa, necessariamente, pela discussão de como se concebem e incorporam as concepções que darão origem à política e aos direitos prescritos na lei. O processo da Conferência Nacional que inclui as conferências municipais, territoriais e estaduais, deverá ser mais um passo para tornar o espírito da lei um princípio reconhecido e de acesso universal pelos sujeitos do direito à alimentação, a saber, toda a sociedade brasileira. Daí emerge a relevância de garantir um processo que promova a mobilização social democrática e participativa, a partir da construção e socialização de conhecimentos, de balanços sobre a situação de SAN e de proposições definidas e indicando as prioridades. Para tanto, é decisivo o envolvimento dos Conselhos Municipais, de representantes governamentais das três esferas de governo e, especialmente, das organizações da sociedade civil.

A IV CESAN deverá resultar no avanço da definição dos princípios e diretrizes da Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional no Ceará e na contribuição para a criação e implantação do SISAN estadual e nacional, contando com a ativa participação de todos os setores da sociedade em prol da pactuação pelo direito humano à alimentação adequada e pela soberania alimentar. As atividades e a programação da IV CESAN devem reforçar o seu caráter político, formativo e de mobilização, como instância do Sisan que concretiza a participação democrática e cidadã, levando os debates e os avanços obtidos para a agenda da União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios.

Conclamamos, portanto, a todos os atores sociais a participarem dos momentos preparatórios nas etapas municipais e territoriais a constituírem elos fortes de uma corrente cidadã, tendo em vista a realização do direito à alimentação, enquanto direito humano e direito social fundamental, previsto na Constituição Federal e à garantia da soberania alimentar em todo o território nacional, em especial, no estado do Ceará.

Emanuel Barreto de Oliveira Presidente do Consea Ceará

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4 Siglas

Caisan – Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional CESAN – Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional CFP – Companhia de Financiamento da Produção Cibrazen – Companhia Brasileira de Armazenamento CMA – Comissão Nacional de Alimentação CME – Campanha da Merenda Escolar CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPCT – Comissão Nacional Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais CNSAN – Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Cobal – Companhia Brasileira de Alimentos Codeter – Colegiado de Desenvolvimento Territorial dos Estados Cofap – Comissão Federal de Abastecimento e Preços Consad – Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local Consea – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional DF – Distrito Federal DHAA – Direito Humano à Alimentação Adequada Ebia – Escala Brasileira de Insegurança Alimentar Endef – Estudo Nacional de Despesa Familiar Inan – Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição Ipea – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FBSSAN – Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional FCSAN – Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional FNDE – Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INN – Instituto Nacional de Nutrição INSAN – Insegurança Alimentar e Nutricional ITA – Instituto Técnico de Alimentação Losan – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e

Nutricional MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MESA – Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar PAA – Programa de Aquisição de Alimentos PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador PBF – Programa Bolsa Família PEC – Proposta de Emenda Constitucional Pidesc – Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Pnae – Programa Nacional de Alimentação Escolar Pnan – Política Nacional de Alimentação e Nutrição Pnater – Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária PNDS – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde PNSAN – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Pronan – Programa Nacional de Alimentação e Nutrição Pronater – Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária Saps – Serviço de Alimentação da Previdência Social SAN – Segurança Alimentar e Nutricional SBA – Sociedade Brasileira de Alimentação Secom – Secretaria de Comunicação da Presidência da República Sesan – Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sisan – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sisvan – Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional Stan – Serviço Técnico de Alimentação Nacional SUS – Sistema Único de Saúde

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5 Introdução

A realização da IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (IV CNSAN) e de todas as etapas que a antecedem, nos municípios, territórios e estados, constitui uma importante referência no processo de implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), o que inclui a criação e regulamentação do Sisan nos estados e municípios. O ciclo de conferências ora em curso no país, também deverá contribuir na efetivação dos instrumentos previstos no Decreto n° 7.272, de 25 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e que prevê o prazo de um ano para a elaboração do Plano Nacional.

Este manual orientador visa facilitar e colaborar com a preparação das reuniões ampliadas, conferências municipais e territoriais, de modo a garantir o cumprimento das definições e dos objetivos conforme dispõe o Regimento da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (IV CESAN). O manual é composto por um conjunto de informações básicas sobre a IV CESAN, orientações e sugestões metodológicas que poderão ser utilizadas e adaptadas para as conferências territoriais e etapas nos Municípios.

Como etapas preparatórias para a IV CESAN serão realizadas 13 (treze) conferências territoriais, considerando as especificidades e distintas realidades de cada território no que se refere à garantia, promoção e proteção do direito humano à alimentação adequada, da soberania alimentar e da segurança alimentar e nutricional da população. Da mesma forma deverão ser característicos de cada território os resultados dos diagnósticos de situações de insegurança alimentar e nutricional e o mapeamento das ações da sociedade civil. A fim de atingir os objetivos pretendidos para a IV CESAN, será necessária a mobilização de atores sociais que atuam nos territórios para que contribuam de forma qualificada nas discussões e propostas a partir dos trabalhos em grupo e das plenárias previstas, tanto nas conferências territoriais, quanto nas etapas que as antecedem nos municípios.

A realização de diagnósticos das situações de insegurança alimentar e nutricional, associados à mapeamento das ações/programas desenvolvidos pela sociedade civil em cada território, constituirá um rico subsídio para a definição de estratégias e prioridades do Plano Estadual de SAN, que será instituído a partir do resultado das conferências territoriais, culminando na IV CESAN. Da mesma importância será a contribuição do balanço das ações/programas governamentais e a indicação de prioridades, bem como a definição de estratégias e compromissos para pactuação e adesão ao SISAN Nacional e Estadual, firmados entre os entes federados, incluídos os municípios e o Estado do Ceará.

O momento é de regulamentação da LOSAN, pactuação para adesão ao SISAN nos estados e municípios, além da definição de prioridades para os Planos de SAN em nível nacional e estadual. A avaliação dos avanços, ameaças e perspectivas quanto à realização do DHAA e da Soberania Alimentar (no âmbito internacional, no país, no Ceará, e nos municípios) constituem desafios e convidam os participantes à atuação qualificada nas conferências e nos trabalhos em grupos da IV CESAN, os quais têm inicio já nas esferas municipais e territoriais.

As orientações contidas neste manual servirão de base para a realização tanto de reuniões ampliadas nos municípios, como das conferências municipais e territoriais, de modo que sejam organizadas observando-se os objetivos e a metodologia prevista para a IV CNSAN e, consequentemente, para a IV CESAN. É fundamental a atuação qualificada das comissões organizadoras e subcomissões, além da observância das atividades e dos eixos propostos para as etapas que antecedem a IV CESAN. Considerando que os resultados e produtos das conferências deverão culminar em relatórios a serem sistematizados, de forma a subsidiar as discussões no âmbito estadual, resguardando as peculiaridades e especificidades de cada território no que se refere à promoção da SAN, do DHAA e da soberania alimentar no Estado do Ceará, os produtos e resultados da IV CESAN servirão de base para a definição de princípios e diretrizes da política estadual de SAN, assim como as prioridades que irão compor o Plano estadual e nacional de SAN, além de sensibilizar o Governo Estadual para apreciar e aprovar o projeto de Lei Orgânica que criará o SISAN no Estado, já elaborado pelo Consea Ceará.

Subcomissão de Conteúdo, Metodologia e Relatoria

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6 Decreto de Convocação da IV CESAN

MINUTA

DECRETO nº …....de....de..............de 2011

Convoca a IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso da atribuição que lhe confere o art. 88, inciso IV e VI da constituição do Estado do Ceará e considerando a deliberação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará – CONSEA Ceará,

DECRETA:

Art. 1º – Levando em consideração o Decreto Presidencial de 1º de dezembro de 2010 que convoca e intitula a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional “Alimentação Adequada e Saudável: Direito de Todos”, fica convocada a IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional que passará a vigorar, com a seguinte redação:

A IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional realizar-se-á na cidade de Fortaleza-Ceará de 24 a 26 de agosto de 2011, conforme deliberação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará – CONSEA Ceará, que a coordenará, observando o que se refere ao funcionamento.

Art. 2º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Fortaleza, de de 2011

Cid Ferreira Gomes Governador do Estado do Ceará

Está é a Minuta do Decreto convocatório da IV CESAN, que poderá servir de base para decretos de convocação das conferências municipais.

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As informações e orientações deste capítulo deverão servir de base para a organização das reuniões ampliadas, das conferências territoriais e municipais de Segurança Alimentar e Nutricional no Estado Ceará, consideradas as devidas adaptações em função do estado da arte de implantação do SISAN (Consea Municipal, CAISAN, LOSAN, Política e Plano) no âmbito dos municípios, refletindo no resultado das discussões, definições de prioridades e nas propostas nos territórios.

7 Organização da IV Conferência Estadual

7.1 Lema

O lema da IV CESAN e IV CNSAN será “Alimentação Adequada e Saudável: Direito de Todos”. Esse lema foi escolhido pelas seguintes razões:

necessidade de se afirmar a perspectiva de direitos e de reforçar que a realização do direito à alimentação requer do Estado e da Sociedade ações e iniciativas que não se restrinjam ao aspecto quantitativo do acesso à alimentação, mas também ao seu aspecto qualitativo;

aprovação da Emenda Constitucional n° 064/2010 que incluiu o direito à alimentação entre os direitos fundamentais do art. 6° da Constituição Federal, que requer o engajamento da sociedade na Campanha Nacional: “Alimentação: Direito de Todos – Faça valer”;

necessidade de universalização das condições de acesso à alimentação;

potencial de sustentabilidade dos sistemas de produção de base agroecológica que requer ser incorporado nas políticas públicas;

transição do perfil nutricional e epidemiológico da população brasileira, com avanço do sobrepeso e da obesidade;

ameaças à soberania alimentar e à segurança alimentar e nutricional, tais como as restrições ao uso livre da biodiversidade por parte dos agricultores familiares, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais, o avanço das monoculturas, o uso abusivo de agrotóxicos e a liberação de transgênicos, entre outras.

7.2 Data e local

Data: de 24 a 26 de Agosto de 2011. Local: Hotel Ponta Mar (85) 4006-2200 Avenida Beira Mar, 2200 – Meireles, CEP: 60.165-121 Fortaleza - Ceará

7.3 Objetivo Geral

Construir compromissos para efetivar o direito humano à alimentação adequada e saudável, previsto no artigo 6° da Constituição Federal e promover a soberania alimentar por meio da implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) nas esferas de governo e com a participação da sociedade civil.

7.4 Objetivos Específicos

I – Analisar os avanços, as ameaças e as perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e para a promoção da soberania alimentar em âmbito nacional e internacional;

II - Apresentar recomendações relacionadas ao Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, assim como a Política e o Plano Estadual de SAN;

III - Avaliar e fazer recomendações para avançar e qualificar o processo de implementação do SISAN nas três esferas de governo, visando o fortalecimento da intersetorialidade, da exigibilidade do direito

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humano à alimentação adequada e saudável e da participação e do controle social;

IV - Sensibilizar, mobilizar e comprometer os atores para a discussão e aprovação da Lei que cria o SISAN estadual para a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável.

7.5 Eixos Temáticos

I - Eixo 1 – Avanços, ameaças e perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar;

II – Eixo 2 – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;

III – Eixo 3 – Sistema e Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional;

7.6 Subtemas

Considerando a natureza propositiva dos eixos e das atividades propostas para os trabalhos em grupos foram delimitados seis subtemas. Para que os objetivos da IV CESAN sejam alcançados as atividades dos três eixos ocorrerão conforme as temáticas descritas abaixo:

Os trabalhos em grupo e os relatórios finais das conferências territoriais deverão estar agrupados segundo as temáticas acima descritas. As atividades previstas para o Eixo I, 2 e 3 serão realizadas a partir das orientações e dos instrumentais descritos neste manual com o objetivo de facilitar a metodologia dos trabalhos em grupo e a sistematização dos documentos contendo as propostas aprovadas em plenária.

Caso algum Território ou Município considere que seja pertinente agrupar algumas das dimensões supracitadas, em função do tamanho da delegação presente na conferência ou do número de participantes nos grupos de trabalho, após as inscrições, será necessário que no relatório final, as mesmas sejam agregadas conforme o esquema acima antes de ser encaminhado ao CONSEA Ceará.

Para maiores esclarecimento quanto à metodologia dos trabalhos em grupo e as atividades preparatórias, vide item “Temário e Metodologia” subscrito logo em seguida.

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7.7 Orientação para as etapas nos Municípios e nos Territórios

Como etapas preparatórias da IV CESAN estão previstas reuniões ampliadas e/ou Conferências nos Municípios (onde exista CONSEA) e nos 13 Territórios, abaixo descritos:

1) Cariri;

2) Chapada da Ibiapaba;

3)Litoral Leste;

4) Litoral Extremo Oeste;

5) Itapipoca (Vales do Curú e Aracatiaçu);

6) Maciço de Baturité;

7) Médio Jaguaribe;

8) Região Metropolitana de Fortaleza;

9) Sertão Central;

10) Sertão Centro-Sul;

11) Sertões de Inhamuns/ Crateús;

12) Sertões de Canindé;

13) Sobral.

Cada Município deverá avaliar a pertinência e necessidade da realização de uma conferência ou uma reunião ampliada. O número e a delimitação dos municípios que compõem cada um dos territórios, foi definida considerando a delimitação territorial adotada pela da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Agrário (SDA) e Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA).

Para os processos preparatórios nos territórios o CONSEA Ceará designou de dois a três conselheiros e colaboradores com a finalidade de assessorar e articular reuniões da comissão organizadora em cada um dos territórios acima descritos. Os Municípios deverão realizar, pelo menos, uma reunião ampliada de modo a cumprir com as atividades preparatórias (conforme passo-a-passo) para as conferências territoriais, incluindo a realização das atividades previstas para os três eixos e a eleição de delegados, conforme o número de vagas descritas neste manual.

Já nos Municípios onde existir conselhos municipais de SAN, orienta-se que se realize uma conferência Municipal, a partir da formação de uma comissão organizadora (conforme modelo proposto no Regimento da IV CESAN e no passo-a-passo), considerando-se as especificidades e as devidas adaptações no que se refere aos grupos de trabalho, número de participantes, metodologia e objetivos propostos para o nível estadual, julgada sua pertinência no âmbito municipal.

Mobilização de atores sociais e de representantes governamentais

1. Convocar para a reunião ampliada com representação da sociedade civil e governo. Para isso devem adotar as seguintes estratégias, sem esquecer que em todo reunião de SAN tem que ter um terço de governo e dois terço de sociedade civil:

Identificar todas as entidades da sociedade civil - sindicato, associação de moradores, pastorais, ONGs, representações de segmentos específicos (indígenas, quilombolas, terreiros, pescadores, afrodescendentes, catadores de lixo), comércio e indústria local, igrejas, fórum de assentados, mídia local, sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, Movimento Sem Terra (MST), movimentos atingidos por barragens, representação do CONSAD, representação de pessoas com deficiências, e outros específicos do município, entidades de ensino e pesquisa. Organizações governamentais – Representantes governamentais em nível municipal, estadual e federal, afetos à segurança alimentar e nutricional e aos programas basilares do município.

2. Enviar convite para estas entidades, com antecedência mínima de uma semana, indicando local e horário.

Reunião Ampliada (nos Municípios onde não existe CONSEA)

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3. Divulgar na mídia local, nas igrejas, nos sindicatos, associações, e em todos os espaços públicos existentes no município.

Proposta de atividades e de programação para reunião ampliada

A comissão de metodologia propõe a programação, o conteúdo e a metodologia da reunião ampliada, considerando os eixos temáticos, objetivos e atividades propostas para a IV CESAN, resguardadas as devidas proporções e as especificidades dos Municípios, além do número de participantes.

Sugerimos que as reuniões ampliadas sejam iniciadas com uma abertura com a apresentação e discussão sobre a temática e os objetivos da conferência, com participação de uma representação local; a realização das atividades propostas para os três eixos, conforma regimento da IV CESAN e orientação deste manual; e, a escolha da delegação que representará de defenderá as propostas e encaminhamentos aprovados, na Conferência Territorial; encerramento com uma mística.

Após a reunião deverá ser elaborado um relatório e a ata de escolha dos delegados que deverão ser encaminhados ao Consea Ceará por correio (na forma impressa) e por e-mail (na forma digital).

7.8 Orientação para as Conferências Territoriais e Municipais

1. Identificar a existência de CONSEA municipal no Território para conhecimento das possibilidades de contribuir na organização da territorial;

2. Articular em parceria com a Coordenação dos Territórios da Cidadania (Secretaria de Desenvol-vimento Agrário) os municípios que compõem o território para identificar quais irão realizar reu-niões ampliadas ou conferências municipais. Acompanhar as datas das reuniões e dar o suporte explicativo necessário;

3. Realizar visita ao gestor/a do Município-sede, com o objetivo de explanar todo o processo da Conferencia;

4. Identificar pessoas do Município-sede e do Território para constituir a Comissão Organizadora Territorial, utilizando diferentes formas de mobilização informal – telefone, e-mails, jornal local, líderes comunitários, programas de rádio, cartazes, rádio comunitárias, etc. – para garantir uma ampla participação, envolvendo os vários setores organizados no Território;

5. A Comissão Organizadora Territorial deverá ser composta por representantes do poder público do município (1/3) e da sociedade civil (2/3), assegurando a participação dos segmentos organiza-dos dos municípios (Conselhos municipais, sindicatos de trabalhadores rurais, , Pastorais Sociais, Fóruns Regionais, representações territoriais e outros). Envolver as entidades estaduais com capi-laridade municipal. Por Exemplo, CUT, FETRAECE, MST, Fórum Cearense de Convivência com Semi-árido, pastorais sociais, ONGs e outros.

6. Principais tarefas da Comissão Organizadora Territorial:

6.1 Planejar a Conferência Territorial orientando-se pelos documentos elaborados pelo CONSEA Ceará;

6.2 Estimar o número aproximado de participantes levando em consideração o número de delegados dos municípios e os convidados.

1ª. Etapa – PREPARAÇÃO

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6.3 Providenciar a infraestrutura necessária para a realização da Conferências, contando com a ajuda dos municípios participantes e de outros parceiros;

6.4 Considera-se como infraestrutura: a) local da conferência; b)material de expediente (papel madeira, pincel, folha A4, fita gomada, DVD, CD, tesoura); c)refeições (2 café da manhã, 4 lanches, 2 almoço e 1 jantar); d) salas para grupos de trabalho com computadores e projetores para facilitar os trabalhos em grupo.

OBSERVAÇÃO: Cada município componente do Território ficará responsável pelo transporte e hospedagem da sua delegação.

6.5 Solicitar apoio dos órgãos públicos e privados a disponibilidade de equipamentos: 06 computadores, 01 impressora a laser, data show, serviços técnicos de memorização e síntese (vídeo, foto, documento escrito);

6.6 Solicitar dos órgãos públicos e privados a disponibilidade de pessoal de apoio tais como: 06 digitadores, 04 auxiliares administrativo, 01 cerimonialista;

6.7 Solicitar apoio da mídia local para a divulgação da Conferência (Radialistas, jornalistas e outros);

6.8 Articular parcerias locais para a captação de recursos tais como: com o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica, Correios, Petrobrás, SENAC, SESC, SESI, SEBRAE, Bradesco, FIEC, Comerciantes e Empresários locais, Setores da Igreja e outros. Eles poderão aportar recursos para cobrir algumas despesas.

6.9 Elaborar a Minuta do Regimento Interno da Conferência Territorial, levando em consideração a proposta do CONSEA.

6.10 Definir a programação, levando em consideração o Manual Orientador do CONSEA Ceará, incluindo atividades culturais, que valorize os arranjos produtivos locais tais como, feiras da agricultura familiar (priorizando os produtos agros ecológicos), artesanatos, grupos folclóricos e outros existentes;

6.11 Convocar para a abertura do evento a mídia e as autoridades locais;

1. Monitorar a realização da conferência de acordo com o horário programado, em local adequado

para os trabalhos em grupo e plenária; 2. Monitorar o credenciamento dos participantes; 3. Organizar a solenidade de abertura; 4. Propiciar a leitura e aprovação do regimento; 5. Conduzir os trabalhos em grupo e o processo de eleição dos delegados (conforme proposto por

este Manual Orientador).

Os Produtos Finais da Conferencia Territorial serão os seguintes:

• Relatório Final; • Ata de escolha dos delegados; • Declaração Política; • Moções.

Esses documentos deverão ser entregues no CONSEA Ceará impressos e digital

2ª. Etapa - REALIZAÇÃO

3ª. Etapa – PRODUTOS FINAIS

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A comissão organizadora deverá ser criada a partir da reunião articulada por representantes do CONSEA Ceará, responsáveis pelo assessoramento e acompanhamento da conferência territorial.

Deve ser composta por representações governamentais e da sociedade civil organizada (respeitando a proporcionalidade, com as responsabilidades de garantir a infra estrutura, a mobilização e comunicação, metodologia e relatoria)

A estrutura e composição da comissão organizadora e subcomissões da conferência territorial, deverão considerar os objetivos e atribuições constantes na proposta de regimento (vide anexo) e, preferencialmente, constituírem-se da seguinte forma:

Comissão Executiva; Subcomissão de Metodologia, Conteúdo e Relatoria; Subcomissão de Infraestrutura; Subcomissão de Mobilização e Comunicação.

A comissão organizadora deverá ser composta por uma subcomissão de metodologia, conteúdo e relatoria com o objetivo de organizar as etapas preparatórias, os instrumentais, a programação e os trabalhos em grupo. A metodologia deverá seguir as orientações do item 6.17 que trata do temário e da metodologia.

Criar comissão de infraestrutura no município que irá sediar a conferência territorial, tendo as seguintes atribuições:

1. Mobilizar recursos financeiros para garantir a realização da conferencia territorial;

2. Definir local com as seguintes especificações:

- auditório ou salão amplo que contemple em torno de 150 pessoas

- espaços para trabalho em grupo (OBS: Observar acessibilidade para pessoas com deficiência)

3. Destinar equipamentos (som, microfone, computador, data show). OBS: Os equipamentos de informática devem ser em número suficiente ao atendimento aos trabalhos em grupo,(sugere-se em torno de 05);

4. Disponibilizar pessoal para credenciamento (inscrição, entrega de crachás e pastas); além de pessoal específico para digitação dos trabalhos em grupos e demais produtos;

5. Providenciar cópias e impressos se necessário;

6. Ofertar água, café, almoço e lanches para os dois dias de conferência a todos os participantes; devendo prioritariamente organizar espaço no próprio local da conferência, evitando deslocamento;

7. Cada município que irá participar da conferência territorial, responsabilizar-se-á por seus delegados e representações, no tocante a hospedagem e deslocamento.

Comissão Organizadora

Metodologia, Conteúdo e Relatoria

Infraestrutura

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7.9 Prazos

A Comissão Organizadora da Conferência Territorial deverá encaminhar os produtos finais, incluído o Relatório Final até o dia 10 de Julho de 2011 à Comissão Organizadora da IV CESAN.

OBS: Os documentos deverão ser encaminhados via correio, observado o prazo limite. O Relatório Final deverá ser encaminhado antecipadamente, até uma semana após a realização da Conferência Territorial à comissão de Relatoria da IVCESAN para o endereço eletrônico [email protected] com cópia para [email protected].

7.10 Programação da IV CESAN

1° Dia (24 de agosto) 14h – Credenciamento 16h – Painel Temático

18h – Jantar

19h - Abertura 20h - Votação do Regimento

2° Dia (25 de agosto)

8h30min - Apresentação da Metodologia do Trabalho em grupo Eixo I - Avanços, ameaças e perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar.

9h - Trabalho em Grupo do Eixo I (Atividades 1, 2 e 3 / Quadros 1, 2 e 3)

12h - Almoço

13h30min - Apresentação da Metodologia do Trabalho em grupo Eixo II - Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

14h - Trabalho em Grupo do Eixo II (Atividade 1 / Quadro 4)

3° Dia (26 de agosto)

8h30m - Apresentação da Metodologia do Trabalho em grupo Eixo III - Sistema e Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

9h - Trabalho em Grupo do Eixo III (Quadro 5) 10h30m - Plenária Final – Apresentação e Aprovação dos Trabalhos dos Grupos (Eixos 1,2 e 3), Carta Política e Moções.

12h - Almoço

13h – (continuação) Plenária Final – Apresentação e Aprovação dos Trabalhos dos Grupos (Eixos 1,2 e 3), Carta Política e Moções. 17h - Eleição de Delegados/as para a IV CNSAN 18h - Homologação de Delegados 18h30m – Encerramento

A Programação da IV CESAN pode ser adaptada para as reuniões ampliadas, conferências municipais e territoriais.

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7.11 Temário e Metodologia

Inscrições nas conferências territoriais e na IV CESAN

A inscrição e o credenciamento de delegados/as nas conferências municipais, territoriais e estadual, constitui uma etapa importante para a organização dos grupos de trabalho e do temário, na medida em que possibilita a escolha de um ou mais subtemas, os quais servirão de base para agregar (por área de interesse) os participantes e as propostas, considerando as dimensões da SAN, conforme segue:

EIXO I – Avanços, ameaças e perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar.

Diagnóstico sobre a insegurança alimentar e nutricional.

O diagnóstico é um ponto basilar para qualificar a definição de prioridades para o planejamento. Assim, o diagnóstico é pensado como a atividade fundamental para a discussão de prioridades para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (no caso de uma Conferência Estadual) e Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (no caso de uma Conferência Municipal).

Os diagnósticos locais de insegurança alimentar e nutricional, elaborados nas Conferências Municipais e/ou Territoriais, deverão ser sistematizados e apresentados na Conferência Estadual. Durante a Conferência Estadual, este diagnóstico será apresentado e comentado por conselheiros(as) ou convidados(as) representantes da sociedade civil (universidades e movimentos sociais, por exemplo) e do poder público, fundamentando a discussão sobre prioridades para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

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Atividade 1 – Levantamento das situações de INSAN mais recorrentes nos municípios ou território

Cada Grupo de Trabalho reunido na Conferência Territorial ou Municipal irá trabalhar com o objetivo de apontar as principais situações de insegurança alimentar e nutricional, indicando quais os grupos populacionais mais atingidos, as possíveis causas e as estratégias para a sua superação.

Para realizar esta etapa, segue, abaixo, a proposta de instrumental, que deverá ser preenchido pelos delegados/as que estiverem participando dos Grupos de Trabalho. O CONSEA Ceará irá disponibilizar este instrumental na reunião de articulação, em seu sítio virtual (http://conseaceara.blogspot.com/) ou enviar via correio eletrônico para a Comissão Organizadora / Subcomissão de Metodologia, Conteúdo e Relatoria de cada território, para ser preenchida durante os trabalhos em grupo do Eixo 1.

Quadro 1 - Levantamento das situações de INSAN mais recorrentes nos municípios e/ou território. (deverão ser agregadas conforme os seis subtemas no relatório final)

Situação de insegurança alimentar e nutricional (mais recorrentes no município/território)?

Grupos populacionais mais atingidos?

Quais as possíveis causas?

Quais as estratégias para superá-la?

Atividade 2 – Avanços, ameaças e perspectivas para garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Soberania Alimentar. (deverão ser agregadas por subtemas no relatório final)

Quadro 2 – Perguntas Geradoras

Quais os avanços? (para efetivação do DHAA e da Soberania Alimentar)

(focar a discussão nos avanços ocorridos até 2011 no país/território/município)

Quais as principais ameaças? (para efetivação do DHAA e da Soberania Alimentar)

(ameaças têm caráter externo/exterior e podem impedir ou inviabilizar que o objetivo seja alcançado)

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Quais as perspectivas para o futuro?

(perspectivas para efetivação do DHAA e da Soberania Alimentar no Brasil/Ceará/Território/Município)

Atividade 3- Apresentação de ações de segurança alimentar e nutricional desenvolvidas pela sociedade civil

É fundamental que se abram espaços nas conferências para o conhecimento e o intercâmbio de experiências e de ações de segurança alimentar e nutricional, desenvolvidas pela sociedade civil, priorizando aquelas de maior abrangência e incidência em políticas públicas. É importante mapear previamente as ações mais significativas das organizações da sociedade civil e convidá-las a relatar suas experiências, com o objetivo de incluir a sociedade civil na definição de prioridades para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

Para a realização dessa atividade, propõe-se a utilização do seguinte instrumental:

Quadro 3 – Instrumental para apresentação de ações de segurança alimentar e nutricional desenvolvidas pela sociedade civil. (deverão ser agregadas por subtemas no relatório final)

Ação/Projeto/Programa que contribui para a Segurança Alimentar e Nutricional no Município/Território?

Quem Desenvolve?

Quando foi Iniciado?

Principais Avanços

Principais Dificuldades

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Eixo II – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

O Eixo II da IV CESAN abordará aspectos relacionados ao Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional a partir dos temas definidos pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), conforme descrito no artigo 22 do Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010.

Os trabalhos em grupo deste eixo serão compostos por uma atividade de Balanço das ações de programas governamentais e a indicação dos programas prioritários que deverão compor o Plano Estadual e Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

Atividade 1 - Balanço das ações e programas de segurança alimentar e nutricional: avanços e desafios (indicação dos programas prioritários, que mais contribuem para a efetivação da Política Nacional, do DHAA e da Soberania Alimentar no país)

A Comissão Organizadora da Conferência Territorial deverá mapear os programas, projetos e políticas relacionadas, ou que concorram para a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional da população que existirem no âmbito dos municípios e/ou território, sejam de iniciativa municipal, estadual ou federal.

Com o mapeamento realizado (Agrupados conforme os temas/dimensões da SAN) cada grupo de trabalho da Conferência Territorial irá realizar o balanço, de acordo com a temática de cada grupo, dos AVANÇOS e DESAFIOS para cada ação, projeto ou programa elencado.

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Quadro 4 – Instrumental para balanço das ações, projetos e programas de segurança alimentar e nutricional: avanços e desafios. (deverão ser agregadas conforme os seis subtemas no relatório final)

Ação/Projeto/Programa Avanços Desafios Prioritário

Eixo III – Sistema e Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

Para esta atividade, os representantes municipais deverão indicar quais dos elementos listados existem ou não (marcar com um X) no seu Município.

Quadro 5 – Situação do SISAN nos Municípios

Município CONSEA LOSAN CAISAN FUNDO Célula ou Supervisão ou

Coord. de SAN Conferência

de SAN Política Plano

Quadro 6 – Propostas para implantação e consolidação do SISAN em nível local

Propostas (deverão ser agregadas conforme os seis subtemas no Relatório Final)

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8 Partic ipantes da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará - IV CESAN

Das vagas de delegados e representantes dos Municípios para as Conferências Territoriais (por município, segundo critérios definidos no Regimento da IV CESAN)

1. Carirí Nº de Delegados 198

Nº de Municípios 28

Nº de Rep. do Poder Público 54

Nº de Rep. da Sociedade Civil 108 + 36

Total de Delegados(as) 198

Indigena (15%) 5

Quilombola (15%) 5

Terreiro (15%) 5

Pop. Negra (40%) 14

Pov e Com. Trad. (15%) 5

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 36

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Abaiara 6 2 4

Altaneira 6 2 4

Antonina do Norte 6 2 4

Araripe 6 2 4

Assaré 6 2 4

Aurora 6 2 4

Barbalha 3 1 2

Barro 6 2 4

Brejo Santo 3 1 2

Campos Sales 6 2 4

Caririaçu 6 2 4

Crato 3 1 2

Farias Brito 6 2 4

Granjeiro 6 2 4

Jardim 6 2 4

Jati 6 2 4

Juazeiro do Norte 12 4 8

Mauriti 6 2 4

Milagres 6 2 4

Missão Velha 6 2 4

Nova Olinda 6 2 4

Penaforte 3 1 2

Porteiras 6 2 4

Potengi 6 2 4

Salitre 6 2 4

Santana do Cariri 6 2 4

Várzea Alegre 6 2 4

Tarrafas 6 2 4

Total 162 54 108

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2. Chapada da Ibiapaba Nº de Delegados 62

Nº de Municípios 9

Nº de Rep. do Poder Público 17

Nº de Rep. da Sociedade Civil 34 + 11

Total de Delegados(as) 62

Indigena (15%) 2

Quilombola (15%) 2

Terreiro (15%) 2

Pop. Negra (40%) 4

Pov e Com. Trad. (15%) 2

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 11

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Carnaubal 6 2 4

Croatá 6 2 4

Guaraciaba do Norte 6 2 4

Ibiapina 6 2 4

Ipu 3 1 2

São Benedito 6 2 4

Tianguá 6 2 4

Ubajara 6 2 4

Viçosa do Ceará 6 2 4

51 17 34

3. Litoral Leste Nº de Delegados 59

Nº de Municípios 9

Nº de Rep. do Poder Público 16

Nº de Rep. da Sociedade Civil 32 + 11

Total de Delegados(as) 59

Indigena (15%) 2

Quilombola (15%) 2

Terreiro (15%) 2

Pop. Negra (40%) 4

Pov e Com. Trad. (15%) 2

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 11

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Aracati 3 1 2

Beberibe 6 2 4

Cascavel 3 1 2

Fortim 6 2 4

Icapuí 6 2 4

Itaiçaba 6 2 4

Jaguaruana 6 2 4

Palhano 6 2 4

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Pindoretama 6 2 4

48 16 32

4. Litoral Extremo Oeste Nº de Delegados 88

Nº de Municípios 12

Nº de Rep. do Poder Público 24

Nº de Rep. da Sociedade Civil 48 + 16

Total de Delegados(as) 88

Indigena (15%) 2

Quilombola (15%) 2

Terreiro (15%) 2

Pop. Negra (40%) 6

Pov e Com. Trad. (15%) 2

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 16

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Acaraú 6 2 4

Barroquinha 6 2 4

Bela Cruz 6 2 4

Camocim 6 2 4

Chaval 6 2 4

Cruz 6 2 4

Granja 6 2 4

Jijoca de Jericoacoara 6 2 4

Marco 6 2 4

Martinópole 6 2 4

Morrinhos 6 2 4

Uruoca 6 2 4

72 24 48

5. Vales do Curu e Aracatiaçu Nº de Delegados 124

Nº de Municípios 17

Nº de Rep. do Poder Público 34

Nº de Rep. da Sociedade Civil 68 + 22

Total de Delegados(as) 124

Indigena (15%) 3

Quilombola (15%) 3

Terreiro (15%) 3

Pop. Negra (40%) 9

Pov e Com. Trad. (15%) 3

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 22

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Amontada 6 2 4

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Apuiarés 6 2 4

General Sampaio 6 2 4

Irauçuba 6 2 4

Itapagé 6 2 4

Itapipoca 6 2 4

Itarema 6 2 4

Miraíma 6 2 4

Paracuru 6 2 4

Paraipaba 6 2 4

Pentecoste 6 2 4

São Luís do Curu 6 2 4

Tejuçuoca 6 2 4

Trairi 6 2 4

Tururu 6 2 4

Umirim 6 2 4

Uruburetama 6 2 4

102 34 68

6. Maciço do Baturité Nº de Delegados 92

Nº de Municípios 13

Nº de Rep. do Poder Público 25

Nº de Rep. da Sociedade Civil 50 + 17

Total de Delegados(as) 92

Indigena (15%) 3

Quilombola (15%) 3

Terreiro (15%) 3

Pop. Negra (40%) 7

Pov e Com. Trad. (15%) 3

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 17

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Acarape 6 2 4

Aracoiaba 6 2 4

Aratuba 6 2 4

Barreira 6 2 4

Baturité 6 2 4

Capistrano 6 2 4

Guaramiranga 6 2 4

Itapiúna 6 2 4

Mulungu 6 2 4

Ocara 6 2 4

Pacoti 3 1 2

Palmácia 6 2 4

Redenção 6 2 4

75 25 50

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7. Médio Jaguaribe Nº de Delegados 73 Nº de Municípios 13

Nº de Rep. do Poder Público 20

Nº de Rep. da Sociedade Civil 40 + 13

Total de Delegados(as) 73

Indigena (15%) 2

Quilombola (15%) 2

Terreiro (15%) 2

Pop. Negra (40%) 5

Pov e Com. Trad. (15%) 2

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 13

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Alto Santo 6 2 4

Ererê 6 2 4

Iracema 6 2 4

Jaguaretama 6 2 4

Jaguaribara 6 2 4

Jaguaribe 3 1 2

Limoeiro do Norte 3 1 2

Morada Nova 3 1 2

Pereiro 6 2 4

Quixeré 6 2 4

Russas 3 1 2

São João do Jaguaribe 3 1 2

Tabuleiro do Norte 3 1 2

60 20 40

8. Região Metropolitana de Fortaleza Nº de Delegados 216

Nº de Municípios 13

Nº de Rep. do Poder Público 59

Nº de Rep. da Sociedade Civil 118 + 39

Total de Delegados(as) 216

Indigena (15%) 6

Quilombola (15%) 6

Terreiro (15%) 6

Pop. Negra (40%) 16

Pov e Com. Trad. (15%) 6

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 39

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Aquiraz 3 1 2

Caucaia 18 6 12

Chorozinho 6 2 4

Eusébio 3 1 2

Fortaleza 111 37 74

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Guaiúba 6 2 4

Horizonte 3 1 2

Itaitinga 3 1 2

Maracanaú 9 3 6

Maranguape 3 1 2

Pacajus 3 1 2

Pacatuba 3 1 2

São Gonçalo do Amarante 6 2 4

177 59 118

9. Sertão Central Nº de Delegados 92

Nº de Municípios 13

Nº de Rep. do Poder Público 25

Nº de Rep. da Sociedade Civil 50 + 17

Total de Delegados(as) 92

Indigena (15%) 3

Quilombola (15%) 3

Terreiro (15%) 3

Pop. Negra (40%) 7

Pov e Com. Trad. (15%) 3

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 17

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Banabuiú 6 2 4

Choró 6 2 4

Deputado Irapuan Pinheiro 6 2 4

Ibaretama 6 2 4

Ibicuitinga 6 2 4

Milhã 6 2 4

Mombaça 6 2 4

Pedra Branca 6 2 4

Piquet Carneiro 6 2 4

Quixadá 3 1 2

Quixeramobim 6 2 4

Senador Pompeu 6 2 4

Solonópole 6 2 4

75 25 50

10. Sertão Centro-Sul Nº de Delegados 99 Nº de Municípios 14

Nº de Rep. do Poder Público 27

Nº de Rep. da Sociedade Civil 54 +18

Total de Delegados(as) 99

Indigena (15%) 3

Quilombola (15%) 3

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Terreiro (15%) 3

Pop. Negra (40%) 7

Pov e Com. Trad. (15%) 3

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 18

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Acopiara 6 2 4

Baixio 6 2 4

Cariús 6 2 4

Catarina 6 2 4

Cedro 6 2 4

Icó 6 2 4

Iguatu 3 1 2

Ipaumirim 6 2 4

Jucás 6 2 4

Lavras da Mangabeira 6 2 4

Orós 6 2 4

Quixelô 6 2 4

Saboeiro 6 2 4

Umari 6 2 4

81 27 54

11. Sertões de Inhamuns Nº de Delegados 143

Nº de Municípios 20 População

Nº de Rep. do Poder Público 39

Nº de Rep. da Sociedade Civil 78 + 26

Total de Delegados(as) 143

Indigena (15%) 4

Quilombola (15%) 4

Terreiro (15%) 4

Pop. Negra (40%) 10

Pov e Com. Trad. (15%) 4

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 26

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Aiuaba 6 2 4

Ararendá 6 2 4

Arneiroz 6 2 4

Catunda 6 2 4

Crateús 3 1 2

Hidrolândia 6 2 4

Independência 6 2 4

Ipaporanga 6 2 4

Ipueiras 6 2 4

Monsenhor Tabosa 6 2 4

Nova Russas 6 2 4

Novo Oriente 6 2 4

Parambu 6 2 4

Pires Ferreira 6 2 4

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Potiretama 6 2 4

Poranga 6 2 4

Quiterianópolis 6 2 4

Santa Quitéria 6 2 4

Tamboril 6 2 4

Tauá 6 2 4

Total 117 39 78

12. Sertões de Canindé Nº de Delegados 44

Nº de Municípios 6

Nº de Rep. do Poder Público 12

Nº de Rep. da Sociedade Civil 24 + 8

Total de Delegados(as) 44

Indigena (15%) 1

Quilombola (15%) 1

Terreiro (15%) 1

Pop. Negra (40%) 3

Pov e Com. Trad. (15%) 1

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 8

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Boa Viagem 6 2 4

Canindé 6 2 4

Caridade 6 2 4

Itatira 6 2 4

Madalena 6 2 4

Paramoti 6 2 4

36 12 24

13. Sobral Nº de Delegados 124

Nº de Municípios 17

Nº de Rep. do Poder Público 34

Nº de Rep. da Sociedade Civil 68 + 22

Total de Delegados(as) 124

Indigena (15%) 3

Quilombola (15%) 3

Terreiro (15%) 3

Pop. Negra (40%) 9

Pov e Com. Trad. (15%) 3

Subtotal Cotas (Sociedade Civil) 22

Município Nº delegados Poder Público Sociedade Civil

Alcântaras 6 2 4

Cariré 6 2 4

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Coreaú 6 2 4

Forquilha 6 2 4

Frecheirinha 6 2 4

Graça 6 2 4

Groaíras 6 2 4

Massapê 6 2 4

Meruoca 6 2 4

Moraújo 6 2 4

Mucambo 6 2 4

Pacujá 6 2 4

Reriutaba 6 2 4

Santana do Acaraú 6 2 4

Senador Sá 6 2 4

Sobral 9 3 6

Varjota 3 1 2

102 34 68

Das vagas de delegados/as para as conferências territoriais (eleitos/as nos Municípios)

DAS VAGAS DE DELEGADOS MUNICIPAIS PARA AS TREZE CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONALDELEGADOS

Nº. Total de Delegados

Poder Público

Sociedade Civil

Pop. Geral Cotas (22% do Total)

RM Fortaleza 216 59 118 39

Carirí 198 54 108 36

Sertões de Inhamuns 143 39 78 26

Vales do Curu e Aracatiaçu 124 34 68 22

Sobral 124 34 68 22

Sertão Central 92 25 50 17

Sertão Centro-Sul 99 27 54 18

Litoral Extremo Oeste 88 24 48 16

Maciço do Baturité 92 25 50 17

Médio Jaguaribe 73 20 40 13

Chapada da Ibiapaba 62 17 34 11

Litoral Leste 59 16 32 11

Sertões de Canindé 44 12 24 8

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Total de Delegados(as) 1.414 386 772 255

Das vagas de delegados/as para a IV CESAN (eleitos/as nas Conferências Territoriais)

DAS VAGAS DE DELEGADOS ELEITOS NAS CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS PARA A IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - IV CESAN

Total de Vagas

Poder Público

Sociedade Civil

Pop. Geral Cotas

(22% do total)

Carirí 88 23 46 19

Chapada da Ibiapaba 27 7 14 6

Litoral Leste 27 7 14 6

Litoral Extremo Oeste 35 9 18 8

Vales do Curu e Aracatiaçu 50 13 26 11

Maciço do Baturité 35 9 18 8

Médio Jaguaribe 31 8 16 7

RM Fortaleza 92 24 48 20

Sertão Central 42 11 22 9

Sertão Centro-Sul 39 10 20 9

Sertões de Inhamuns 65 17 34 14

Sertões de Canindé 19 5 10 4

Sobral 50 13 26 11

Total de Delegados(as) 600 156 312 132

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ANEXO I – Regimento da IV CESAN

REGIMENTO DA IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO CEARÁ- IV CESAN

Aprovado em 21 de Fevereiro de 2011 pelo

Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará

- CONSEA Ceará -

21 de Fevereiro de 2011

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CAPITULO I

SEÇÃO I DO TÍTULO

Art. 1º - A IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - IV CESAN, a ser convocada pelo Governo do Estado do Ceará, será intitulada “Alimentação Adequada e Saudável: Direito de Todos”.

SEÇÃO II DOS OBJETIVOS E DOS EIXOS

Art. 2º - Observado o disposto no artigo 11, inciso I, da Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006, e no artigo 7°, inciso I, do Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010, a IV CESAN terá por objetivo geral construir compromissos para efetivar o direito humano à alimentação adequada e saudável, previsto no artigo 6° da Constituição Federal e promover a soberania alimentar por meio da implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) nas esferas de governo e com a participação da sociedade civil, assim como os seguintes objetivos específicos:

I – Analisar os avanços, as ameaças e as perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e para a promoção da soberania alimentar em âmbito nacional e internacional;

II - Apresentar recomendações relacionadas ao Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, assim como a Política e o Plano Estadual de SAN;

III - Avaliar e fazer recomendações para avançar e qualificar o processo de implementação do SISAN nas três esferas de governo, visando o fortalecimento da intersetorialidade, da exigibilidade do direito humano à alimentação adequada e saudável e da participação e do controle social;

IV - Sensibilizar, mobilizar e comprometer os atores para a discussão e aprovação da Lei que cria o SISAN estadual para a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável. Art. 3º - A IV CESAN será orientada pelos seguintes eixos temáticos:

I - Eixo 1 – Avanços, ameaças e perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar;

II – Eixo 2 – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;

III – Eixo 3 – Sistema e Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional;

Parágrafo Único - Os debates da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará serão orientados pelas seguintes premissas: Equidade; Diversidade; Sustentabilidade; Soberania alimentar; Direito humano à alimentação adequada; Participação e controle social; Descentralização; Intersetorialidade.

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CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO

Art. 4º - A Presidência da IV CESAN será de competência do Presidente do CONSEA Ceará e, na sua ausência ou impedimento eventual, da Secretária do CONSEA Ceará.

Art. 5º - Para a organização e desenvolvimento de suas atividades, a IV CESAN contará com uma Comissão Organizadora.

SEÇÃO I ESTRUTURA DA COMISSÃO ORGANIZADORA

Art. 6º - A Comissão Organizadora da IV CESAN é composta por representantes do CONSEA Estadual e colaboradores, distribuídos em:

I – Comissão Executiva; II – Subcomissão de Conteúdo, Metodologia e Relatoria; III – Subcomissão de Infra-estrutura; IV – Subcomissão de Mobilização e Comunicação. § 1º. Será criada, no âmbito da Secretaria Executiva do CONSEA Estadual, uma Equipe Operacional para viabilizar a logística e infra-estrutura da IV CESAN. § 2º. Fica estabelecido que a Comissão Organizadora atuará de forma articulada a fim de apoiar e assessorar a realização das Conferências Territoriais.

SEÇÃO II ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO ORGANIZADORA

Art. 7º - A Comissão Executiva da IV CESAN, será constituída pelo Presidente do Consea Ceará, coordenadores/as de Câmaras Temáticas – CT, Grupos de Trabalho – GT, representante do CONSEA Nacional e o Secretário Executivo do CONSEA Ceará, com as seguintes atribuições:

I - Coordenar, supervisionar, dirigir e promover a realização da IV CESAN, atendendo aos aspectos técnicos, políticos, administrativos e financeiros;

II - Apreciar e deliberar sobre as propostas das Subcomissões de Conteúdo, Metodologia e Relatoria; de Infra-estrutura; e de Mobilização e Comunicação;

III – Informar à Plenária do CONSEA Estadual e submeter à sua apreciação as questões da IV CESAN consideradas pertinentes;

IV - Reconhecer e validar as etapas da IV CESAN e as inscrições das delegações territoriais, bem como elaborar a lista de convidados(as) e observadores(as).

Art. 8º - A Subcomissão de Conteúdo, Metodologia e Relatoria tem as seguintes atribuições:

I - Elaborar o Regimento, o Manual Orientador e o Documento- Base da IV CESAN, levando em consideração o Documento de Referência elaborado pelo CONSEA Nacional;

II – Propor e supervisionar a metodologia de sistematização dos produtos da IV CESAN;

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III – Propor critérios para a composição da equipe de relatoria, bem como definir suas estratégias de trabalho;

IV – Consolidar o Relatório Final da IV CESAN para divulgação.

Art. 9º - A Subcomissão de Infra-estrutura, tem as seguintes atribuições:

I – Propor condições de infra-estrutura e de orçamento necessárias à realização da IV CESAN;

II – Buscar parcerias e mobilizar recursos junto a potenciais co-financiadores e patrocinadores;

III - Avaliar, juntamente com a Comissão Executiva, a prestação de contas de todos os recursos destinados à realização da IV CESAN.

Art. 10 - A Subcomissão de Mobilização e Comunicação tem as seguintes atribuições:

I – Elaborar plano de comunicação e de mobilização para a IV CESAN;

II – Estimular e apoiar a organização e realização das Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito territorial, como etapas importantes da IV CESAN;

III – Estimular o encaminhamento, em tempo hábil, dos produtos das Conferências Territoriais de Segurança Alimentar e Nutricional à Comissão Organizadora da IV CESAN;

IV – Manter a interlocução permanente com as comissões organizadoras dos municípios que sediarão as Conferências Territoriais de SAN.

CAPÍTULO III DA REALIZAÇÃO E DOS PRAZOS

Art. 11 - A IV CESAN será realizada na cidade de Fortaleza, nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2011 e terá abrangência estadual e nacional nas suas análises, formulações e proposições.

Parágrafo Único. A Comissão Organizadora disponibilizará Manual Orientador até 25 de março de 2011 para subsidiar as Conferências Territoriais.

Art. 12 - A IV CESAN será precedida de etapa preparatória mediante a realização de 13 (treze) Conferências Territoriais.

Parágrafo Único. As Conferências Territoriais deverão ser realizadas até 30 de junho de 2011.

Art. 13 - A Conferência Nacional será realizada no período de 07 a 10 de novembro de 2011, na cidade de Salvador/Bahia.

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CAPÍTULO IV DAS ETAPAS

SEÇÃO I DAS CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS

Art. 14 - O Estado do Ceará deverá realizar 13 (treze) Conferências Territoriais1, assim distribuídas: 1) Cariri; 2) Chapada da Ibiapaba; 3)Litoral Leste; 4) Litoral Extremo Oeste; 5) Itapipoca (Vales do Curu e Aracatiaçu); 6) Maciço de Baturité; 7) Médio Jaguaribe; 8) Região Metropolitana de Fortaleza; 9) Sertão Central; 10) Sertão Centro-Sul; 11) Sertões de Inhamus/ Crateús; 12) Sertões de Canindé; 13) Sobral. Art. 15 - As contribuições das Conferências Territoriais serão encaminhadas à Conferência Estadual, conforme procedimentos e orientações definidos no Manual Orientador. Art. 16 - Para efeito de reconhecimento e validação das Conferências Territoriais de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará pela Comissão Organizadora da IV CESAN, deverão ser encaminhados, no ato de inscrição das respectivas delegações:

I – Cópia de Ato de Convocação;

II – Cópia do Regimento;

III – Relatório Final da Conferência Territorial;

IV – Ata de Eleição da Delegação.

Parágrafo Único. Os documentos citados acima e a inscrição dos (as) delegados (as) das Conferências Territoriais deverão ser encaminhados ao CONSEA Ceará até 10 dias após a realização das mesmas, na forma estabelecida pelo Manual Orientador da IV CESAN.

SEÇÃO II DA IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL DO CEARÁ

Art. 17 - A Comissão Organizadora elaborará um Documento Base Estadual sistematizando as discussões das 13 (treze) Conferências Territoriais, o qual servirá como subsídio para os(as) delegados(as) da IV CESAN.

Parágrafo Único. O Documento Base Estadual será disponibilizado até 15 de agosto de 2011.

Art. 18 - O Poder Executivo do Estado do Ceará terá a prerrogativa de convocar a IV CESAN, mediante ato específico até o dia 29 de abril de 2011.

Parágrafo Único. No caso do Executivo Estadual não convocar a Conferência Estadual, esta poderá ser convocada por organizações e instituições com atuação em segurança alimentar e nutricional no âmbito do respectivo ente federativo, mediante validação e reconhecimento da Comissão Organizadora da IV CESAN.

1 Considerando a delimitação territorial adotada pela da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Agrário (SDA) e

Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA)

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Art. 19 - O principal produto da Conferência Estadual será o Relatório Final, aprovado em plenária, cujo formato deverá seguir as orientações da Comissão Organizadora da IV CESAN.

Art. 20 - Caberá à Comissão Organizadora definir os métodos, critérios e procedimentos para os trabalhos da IV CESAN.

Art. 21 - Os principais produtos da IV CESAN serão os seguintes:

I – Relatório Final; II – Carta Política; III – Moções.

CAPÍTULO V DOS DELEGADOS

Art. 22 - Os (as) delegados(as) da IV CESAN, com direito à voz e voto, serão compostos da seguinte forma:

I – 68 (sessenta e oito) delegados(as) natos(as), assim distribuídos(as):

a. 40 (quarenta) conselheiros(as) da sociedade civil - titulares e suplentes do CONSEA Ceará;

b. 28 (vinte e oito) representantes governamentais - titulares e suplentes do CONSEA Ceará;

II – 600 (setecentos) delegados(as) escolhidos( as) nas Conferências Territoriais, sendo 2/3 (duas terças partes) de representantes da sociedade civil e 1/3 (uma terça parte) de representantes do governo, conforme distribuição apresentada nos quadros do Anexo I, obtida a partir dos seguintes parâmetros:

a. Cada Município terá um mínimo de 3 (três) delegados (as), distribuídos de forma proporcional à população total de cada município, número que será acrescido com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de forma inversamente proporcional2, segundo os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

b. 22% (vinte e dois por cento) do total de delegados(as) serão indicados pelo critério de cotas, quando organizados em instituições reconhecidas social e politicamente, sendo que esse total de cotas será distribuído da seguinte forma:

1 – 15% (quinze por cento) de representantes dos povos indígenas, com base em dados disponibilizados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI em 2010;

2 – 15% (quinze por cento) de representantes de comunidades quilombolas, com base na lista das comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares de 2010;

3 – 15% (quinze por cento) de povos de terreiro, de acordo com estimativas dos movimentos sociais;

4 – 40% (quarenta por cento) de representantes da população negra em geral, com base nos dados do Censo de 2010 do IBGE;

5 – 15% (quinze por cento) de representantes dos demais povos e comunidades tradicionais.

2 Significando que quanto maior o IDH (índice de Desenvolvimento Humano) menor será o acréscimo à delegação em

relação à proporção da população e do mínimo de 3 (três) para cada município.

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§ 1º São considerados povos e comunidades tradicionais os "grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam os territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição", conforme definição contida no inciso I do artigo 3° do Decreto n° 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.

§ 2° O critério de cotas será aplicado às representações da sociedade civil nas delegações das Conferências Territoriais e na IV CESAN. § 3º Vagas de cotas eventualmente não preenchidas poderão ser destinadas a outros segmentos, desde que estejam dentro do critério de cotas e de acordo com o número de vagas definidos no Anexo I. § 4º Na escolha dos (as) delegados (as) territoriais deverão ser contempladas pessoas com deficiência, com prioridade para os(as) portadores( as) de necessidades alimentares especiais. § 5º Deverá ser garantida a participação de pelo menos 30% das mulheres nas delegações, bem como nas mesas de debate e demais atividades nos vários níveis do processo preparatório e na IV CESAN. § 6º A distribuição do número de delegados (as) por Território consta no Anexo I deste Regimento, incluindo a indicação do número de delegados (as) por município para as Conferências Territoriais.

Art. 23 - Poderão atuar, na qualidade de convidados (as) ou de observadores (as) para a IV CESAN, com direito à voz, representantes de órgãos, entidades, instituições estaduais, nacionais e internacionais, personalidades nacionais e internacionais, com atuação de relevância na área de segurança alimentar e nutricional e setores afins, devidamente inscritos (as) mediante critérios a serem definidos e comunicados pela Comissão Organizadora, até o limite máximo de 100 (cem) pessoas.

CAPÍTULO VI METODOLOGIA

SEÇÃO I DOS DEBATES

Art. 24 - Após as exposições dos debatedores, será facultado a qualquer participante credenciado, por ordem e mediante prévia inscrição junto à mesa coordenadora dos trabalhos, manifestar-se, verbalmente ou por escrito, durante o período dos debates, através de perguntas ou observações pertinentes ao tema, com duração de até 3 (três) minutos.

SEÇÃO II DOS GRUPOS DE TRABALHO

Art. 25 - Os grupos de trabalho que debaterão os eixos temáticos definidos no Art. 3° deste regimento, serão compostos pelos participantes, os quais deverão indicar, no ato de inscrição, o subtema de sua preferência.

Parágrafo Único – Caso o número de inscrições para o subtema escolhido pelo participante tenha atingido o limite de sessenta inscrições, ele deverá fazer uma segunda opção em um grupo que ainda tenha vagas

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disponíveis, haja vista que as inscrições serão realizadas por ordem de credenciamento.

Art. 26 - Os grupos de trabalho escolherão um Coordenador e um Relator. Ao Coordenador compete conduzir as discussões, controlar o tempo e estimular a participação, de acordo com roteiro previamente recebido. Ao Relator, cabe a síntese dos trabalhos e o encaminhamento à Comissão de Relatoria.

§ 1º - Além do Coordenador e Relator, cada grupo de trabalho contará com um facilitador e um relator designados pela Comissão Organizadora.

§ 2º - Ao facilitador caberá a abordagem de cada eixo temático nos grupos, que será precedida de uma exposição/problematização de aproximadamente 10 minutos, cujo objetivo é aprofundar a temática e instigar o debate com os participantes.

§ 3º - Os relatórios dos grupos de trabalho deverão conter propostas que obtiverem, no mínimo, maioria simples (cinquenta por cento mais um) da aprovação dos delegados presentes. Em caso de divergência, ouvida a plenária dos grupos, as propostas poderão ser encaminhadas à plenária final, contendo a ressalva.

§ 4º - Os relatórios dos grupos serão encaminhados à Comissão de Relatoria, ao final do trabalho em grupo em cada eixo, para sintetizar em relatório único para apreciação da Plenária Final.

CAPÍTULO VII DA PLENÁRIA

Art. 27 - A Plenária é a instância máxima de deliberação da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará, constituída pelos participantes credenciados, com competência para discutir o tema da mesma. É prerrogativa dos delegados aprovar ou rejeitar, em parte ou na totalidade, as conclusões e propostas relacionadas com o temário, observando-se o Regimento e a programação desta Conferência.

§ 1º - Em casos de propostas divergentes, a plenária poderá se posicionar a favor da inclusão no relatório final, com ressalva.

§ 2º - A Plenária Final reunir-se-á para aprovação da Carta Política, de acordo com a programação.

§ 3º - A Plenária Final será dirigida pelo presidente da mesa, pelo vice-presidente e por três secretários, indicados pela Comissão Organizadora, com a participação de uma comissão auxiliar constituída de três membros indicados pela Comissão de Relatoria.

CAPÍTULO VIII DO FUNCIONAMENTO DA PLENÁRIA FINAL E DAS VOTAÇÕES

Art. 28 - Os relatórios com as propostas discutidas e aprovadas pelos grupos de trabalho serão encaminhados à Comissão de Relatoria e submetidos à Plenária Final, após sua leitura.

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§ 1º - Os destaques poderão ser para alteração, supressão ou inclusão de propostas a partir do resultado dos trabalhos em grupo.

§ 2º - Cada destaque será encaminhado para votação com 02 (dois) minutos para defesa contrária e favorável, após a apresentação do resultado dos trabalhos em grupo, compreendendo o tempo de eventuais apartes, havendo preferência para o autor da proposição.

§ 3º - Em casos de divergências, ouvida a Plenária, as referidas propostas poderão ser encaminhadas contendo a ressalva no relatório final.

Art. 29 - As decisões da Plenária serão tomadas por maioria simples.

§ 1º - Cada delegado, devidamente credenciado, terá direito a 01 (um) voto.

§ 2º - Os Observadores e os Convidados terão direito apenas à voz.

§ 3º - As votações na Plenária serão feitas levantando o cartão de votação.

Art. 30 - Serão levadas à Plenária Final as moções entregues à Comissão Executiva, por escrito, até as 15:00 horas do dia 26 de Agosto de 2011, contendo assinatura de, no mínimo, dez por cento dos delegados credenciados.

CAPÍTULO IX DA HOMOLOGAÇÃO DOS DELEGADOS PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAN

Art. 31 - A homologação dos 60 (sessentao) delegados(as) e suplentes será realizada na Plenária Final.

§ 1º - Somente serão homologados os delegados que participam da IV CESAN.

§ 2º - Em caso de não preenchimento da delegação estadual, as vagas remanescentes serão preenchidas na plenária final, dentre os demais participantes.

Art. 32 - A eleição dos delegados da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará para a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, será realizada através dos segmentos abaixo relacionados de acordo com o número de vagas estabelecidas.

I - Poder Público (20 vagas)

II - Sociedade Civil (40 vagas)

a - Pastorais sociais e entidades religiosas (2 vagas); b - Movimentos sociais e populares (4 vagas) ; c - ONGs e Fóruns (8 vagas); d - Trabalhadores urbanos através de suas entidades sindicais (2 vagas); e - Trabalhadores rurais, através de suas entidades sindicais (4 vagas);

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f - Federações ligadas à indústria, ao comércio e à agricultura (2 vagas); g - Entidades de ensino e pesquisa (2 vagas); h- Juventude e Movimento Estudantil (1 vaga); i – Movimentos de Mulheres (1 vaga); j – Entidades representativas de pessoas com necessidades alimentares especiais (1 vaga); k – Entidades representativas de pessoas com deficiências (1 vaga).

III - Cotas para populações específicas (12 vagas)

a – População Negra (5 vagas); b – População Indigena (2 vagas); c – Comunidades de Terreiro (2 vagas); d – Quilombola (2 vagas); E – Outros Povos e Comunidades Tradicionais (1 vaga).

Art. 33 - Caso algum segmento não preencha o número de delegados definido, caberá à Comissão Executiva da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Fortaleza a redistribuição de vagas entre os setores com maior representação.

Art. 34 - Para efeito de reconhecimento e validação da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará pela Comissão Executiva, deverão ser encaminhados no ato de inscrição da delegação:

- Cópia do Regulamento ou Regimento Interno; - Cópia do Ato de Convocação; - Documento Final da Conferência Estadual; - Ata de eleição da delegação.

CAPÍTULO X DOS RECURSOS

Art. 35 - Os recursos necessários para o financiamento da IV CESAN serão oriundos de no mínimo duas fontes:

I – Aporte do Governo do Estado;

II – Parcerias com instituições públicas e privadas.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 36 - Os casos não previstos neste Regimento serão resolvidos pela Comissão Executiva da IV CESAN.

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Linha do Tempo: Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasi l

1932

Lançamento do primeiro inquérito no Brasil, feito por Josué de Castro3, de denúncia do flagelo dos trabalhadores e a fome, intitulado “As condições de vida das classes operárias no Recife”.

1939

Criação da Comissão de Abastecimento pelo Governo Federal.

Criação do Serviço Central de Alimentação, vinculado ao Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários.

1940

Criação do Serviço de Alimentação da Previdência Social (Saps) no Brasil, sob a direção de Josué de Castro. O Saps investia no funcionamento de restaurantes a preços populares para os trabalhadores. Foi extinto em 1967.

1943

Criação do Serviço Técnico de Alimentação Nacional (Stan).

1944

Criação do Instituto Técnico de Alimentação (ITA).

1945

Contribuição de Josué de Castro para o debate e a ativa participação do Brasil na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que foi criada nesse mesmo ano.

Criação da Comissão Nacional de Alimentação (CNA).

1946

Publicação da obra “Geografia da Fome”, do autor Josué de Castro, que abordou o retrato da fome no Brasil em sua época, destacando seus fatores sociais e econômicos.

Criação do Instituto Nacional de Nutrição (INN).

1951

Publicação da obra “Geopolítica da Fome”, do autor Josué de Castro.

Criação da Comissão Federal de Abastecimento e Preços (Cofap), sendo uma das primeiras medidas de intervenção direta no abastecimento em tempos de paz. Isto refletia a maior preocupação política com a área de abastecimento.

1955

Criação da Campanha da Merenda Escolar (CME) também defendida por Josué de Castro, subordinada ao Ministério da Educação.

1962

Criação da Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) e da Companhia Brasileira de Armazenamento (Cibrazen).

1967

Lançamento da primeira Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

1972

Criação do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan) e apresentação da primeira proposta

3 Médico, professor, geógrafo, sociólogo e político, Josué de Castro fez da luta contra a fome a sua bandeira. Nascido em 1908, em Pernambuco, Josué de Castro foi autor de inúmeras obras, apresentando ideias revolucionárias para a época, como os primeiros conceitos sobre o desenvolvimento sustentável. Josué de Castro foi um homem que estudou a fundo as causas da miséria em nosso país e no mundo e afirmava que ambas eram frutos de uma sociedade injusta. Suas ideias o levaram a ser reverenciado em todo o mundo, com livros traduzidos em mais de 25 idiomas e duas indicações para o Prêmio Nobel da Paz. Sua obra mais conhecida é a Geografia da Fome.

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de criação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan).

1973

Criação do I Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (I Pronan).

1974

Publicação do primeiro Estudo Nacional de Despesa Familiar (Endef).

1976

Criação do segundo Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (II Pronan).

Criação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho via Departamen- to Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho.

1979

Substituição da campanha lançada em 1955 pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

1982

Criação da Companhia de Financiamento da Produção (CFP).

1985

Surgimento da primeira referência de segurança alimentar e nutricional no Brasil no documento intitulado “Segurança Alimentar – proposta de uma política contra a fome”, elaborado por uma equipe de técnicos da Superintendência de Planejamento do Ministério da Agricultura. Encontra-se nesse documento a primeira recomendação de instituição de um Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), presidido pelo Presidente da República.

Lançamento do Plano de Subsídios para Ação Imediata contra a Fome e o Desemprego, elaborado pela Comissão para o Plano do Governo (Copag).

1986

Realização no Brasil da 1ª Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição no âmbito da 8ª Conferência Nacional de Saúde, que resultou na incorporação do adjetivo “nutricional” à noção de segurança alimentar e sugeriu a criação de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional integrado por Conselhos e Sistemas nas esferas estadual e municipal.

1989

Publicação dos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), que mostrou uma melhora no perfil nutricional da população em relação à pesquisa do Endef de 1974.

1990

Criação do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), resultante da fusão da Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), da Companhia Brasileira de Armazenamento (Cibrazen) e Companhia de Financiamento da Produção (CFP).

1991

Elaboração, no âmbito do Governo Paralelo criado pelo Partido dos Trabalhadores e presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, de uma proposta de Política Nacional de Segurança Alimentar, na qual o combate à fome foi posto como prioridade do Movimento pela Ética na Política.

1992

Lançamento do Mapa da Fome, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), que denuncia a situação de fome de 32 (trinta e dois) milhões de pessoas no Brasil.

1993

Surgimento da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, que se originou do movimento iniciado em 1991, cujo principal líder foi Herbert de Souza (Betinho), sob o lema “A fome não pode esperar”.

Aprovação da proposta de criação do primeiro Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), no governo do então Presidente Itamar Franco, com base na proposta do Governo Paralelo.

O primeiro Consea Nacional foi instituído como órgão de consulta e assessoria do Presidente da Repúbli- ca, composto por 10 Ministros de Estado e 21 representantes da sociedade civil designados

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por iniciativa do Presidente da República a partir de indicações do Movimento pela Ética na Política.

1994

Realização da I Conferência Nacional de Segurança Alimentar entre os dias 27 e 30 de julho em Brasília, reunindo cerca de 2.000 delegados(as), que aprovaram o documento intitulado “Declaração em defesa de uma política nacional de segurança alimentar” e um documento programático com as condições e requisitos para uma Política Nacional de Segurança Alimentar organizados em três eixos gerais.

Extinção do primeiro Consea Nacional no governo do então Presidente Fernando Henrique Cardoso.

1995

Criação do Comitê Setorial de Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito do Conselho da Comunidade Solidária para dar continuidade às medidas do extinto Consea Nacional que resultou, porém, em retro- cesso desse tema na agenda nacional.

Instituição do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

1996

Constituição pelo governo brasileiro de uma comissão tripartite composta por representantes do Governo Federal, da sociedade civil e da iniciativa privada no âmbito da Cúpula Mundial da Alimentação para a elaboração do Relatório Nacional Brasileiro para a Cúpula, que propôs uma definição ampliada de segurança alimentar que foi aprovada pela II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) e adotada pelo Consea Nacional.

Lançamento da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS).

1997

Extinção do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan).

1998

Criação do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN) como desdobramento da mobilização social resultante dos eventos internacionais recentes e com repercussão nas esferas estadual e municipal por meio da criação de Fóruns Estaduais, congregando entidades distribuídas por todas as regiões do país. O Fórum esteve na base na recriação do Consea em 2003. A partir de 2008, passou a ser chamado de Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN).

1999

Aprovação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que representou uma referência para as áreas de segurança alimentar e nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), na medida em que resistiu como política pública no contexto da saúde, durante os anos em que esses temas não estiveram presentes na agenda do Governo Federal.

2001

Lançamento do Projeto Fome Zero – uma Política Nacional de Segurança Alimentar para o Brasil – pelo Instituto Cidadania, que foi a base do Programa Fome Zero, instituído pelo primeiro governo do Presidente Lula, e que culminou na criação do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (Mesa) localizado na Presidência da República em 2003.

Criação do Programa Bolsa Alimentação pelo Governo Federal.

2002

Realização do I Encontro Nacional de Agroecologia e criação da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

2003

Recriação do Consea Nacional, lançamento da Estratégia Fome Zero e instituição do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome (Mesa) no governo do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A criação do Mesa teve como finalidade coordenar a implantação dos programas e ações de segurança alimentar, articular instituições governamentais, gerir o Fundo Constitucional de Combate à Pobreza e apoiar o funcionamento do Consea Nacional. O novo Consea Nacional passou a ter uma natureza supraministerial com caráter consultivo à Presidência

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da República, composto por 17 Ministros de Estados e 42 representantes da sociedade civil e das entidades empresariais, bem como observadores de outros conselhos e de organismos nacionais e internacionais. Nesse período, iniciou-se o processo de criação de Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados e num grande número de municípios.

Criação do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).

Primeira aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) pelo Conselho Nacional de De- senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financiou um conjunto de pesquisas, mediante pro- jeto coordenado pela Universidade de Campinas (Unicamp), com aplicação da escala para estimar a prevalência de segurança alimentar em várias cidades brasileiras.

2004

Criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), transformando-se o Mesa na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan).

Realização da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) entre os dias 17 a 20 de março em Olinda, organizada principalmente pelo Consea Nacional, e que gerou importantes desdobramentos em termos de ações e políticas públicas. Contou com a participação de aproximadamente 1.379 delegados(as). Também acrescentou a visão da soberania alimentar ao conceito da segurança alimentar e nutricional.

Criação do Programa Bolsa Família (PBF) pelo Governo Federal.

Lançamento da Pesquisa Suplementar de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Do- micílios (Pnad 2004), financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que foi o primeiro diagnóstico, no Brasil, de segurança e insegurança alimentar com abrangência nacional.

Criação da Comissão de Monitoramento de Violações do Direito Humano à Alimentação Adequada no âmbito do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana vinculado a Secretaria Especial de Direitos Humanos.

2006

Aprovação da Lei n° 11.346 (Losan) que criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e que resultou de uma ampla mobilização nacional. A sanção da Losan representou a consagração, em lei, de uma concepção abrangente e intersetorial da segurança alimentar e nutricional, que inclui o conceito de Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA).

Aprovação da Lei n° 11.326 que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricul- tura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

Realização do II Encontro Nacional de Agroecologia.

Lançamento da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS 2006), pelo Ministério da Saúde.

2007

Realização da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) entre os dias 3 a 6 de julho, intitulada “Por um Desenvolvimento Sustentável com Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional” na cidade de Fortaleza, Ceará. A organização da Conferência foi feita pelo Consea Nacional em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e contou com a participação de dois(duas) mil e cem delegados(as).

Criação da Frente Parlamentar Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional. Publicação do Decreto n° 6.040 que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.

2008

Instalação da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) como instância do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) sob a coordenação do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

2009

Promoção da “Campanha Alimentação: direitos de todos” pelo Consea Nacional e pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), com abrangência nacional, com o

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objetivo de incluir o direito à alimentação de forma explícita entre os direitos sociais constantes do Art. 6º da Constituição

Federal Brasileira, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 047/2003.

Aprovação da Lei n° 11.947, que consolidou e fortaleceu o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) por meio de uma Lei.

Lançamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009).

2010

Sanção da Lei n° 12.188 que instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pnater) e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater).

Aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n° 047/2003 pelo plenário da Câmara dos Depu- tados, em segundo turno, incluindo explicitamente no artigo 6° a alimentação entre os direitos sociais da Constituição Federal.

Início da articulação para a promoção da Campanha “Alimentação: Direito de Todos - Faça valer!”, dando continuidade à campanha iniciada em 2009.

Assinatura do Decreto n° 7.272, pelo Presidente da República, durante a reunião plenária do Consea Na- cional de 25 de agosto de 2010, que regulamentou a Lei n° 11.346 (Losan) e instituiu a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN), definindo diretrizes e objetivos desta Política e dispondo sobre a sua gestão, mecanismos de financiamento e monitoramento e avaliação, no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Publicação do relatório “A segurança alimentar e nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada no Brasil: indicadores e monitoramento da Constituição de 1988 aos dias atuais”, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Indicadores de Monitoramento do Consea Nacional. O relatório mostrou que houve avanços importantes na realização do direito humano à alimentação no país nos últimos anos e destacou o período de 2003 a 2010, pela inserção do combate à fome e a promoção da segurança alimentar e nutricional como prioridades do governo. O Relatório destaca também as ameaças e desafios atuais.

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LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Al imentar e Nutric ional (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 )

Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada.

Art. 2º - A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimen-tar e nutricional da população.

§ 1o A adoção dessas políticas e ações deverá levar em conta as dimensões ambientais, culturais, econômi-cas, regionais e sociais.

§ 2o É dever do poder público respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avali-ar a realização do direito humano à alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade.

Art. 3º - A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras ne-cessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversi-dade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

Art. 4º - A segurança alimentar e nutricional abrange:

I - a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, incluindo-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição dos alimentos, incluindo-se a água, bem como da gera-ção de emprego e da redistribuição da renda; II - a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos; III - a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e populações em situação de vulnerabilidade social; IV - a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis que respeitem a diversidade étnica e racial e cultural da população; V - a produção de conhecimento e o acesso à informação; e

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VI - a implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comerci-alização e consumo de alimentos, respeitando-se as múltiplas características culturais do País.

Art. 5º - A consecução do direito humano à alimentação adequada e da segurança alimentar e nutricional requer o respeito à soberania, que confere aos países a primazia de suas decisões sobre a produção e o consumo de alimentos.

Art. 6º - O Estado brasileiro deve empenhar-se na promoção de cooperação técnica com países estrangei-ros, contribuindo assim para a realização do direito humano à alimentação adequada no plano internacio-nal.

CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 7º - A consecução do direito humano à alimentação adequada e da segurança alimentar e nutricional da população far-se-á por meio do SISAN, integrado por um conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, afe-tas à segurança alimentar e nutricional e que manifestem interesse em integrar o Sistema, respeitada a legislação aplicável.

§ 1º A participação no SISAN de que trata este artigo deverá obedecer aos princípios e diretrizes do Sistema e será definida a partir de critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutrici-onal - CONSEA e pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, a ser criada em ato do Poder Executivo Federal.

§ 2º Os órgãos responsáveis pela definição dos critérios de que trata o § 1o deste artigo poderão estabele-cer requisitos distintos e específicos para os setores público e privado.

§ 3º Os órgãos e entidades públicos ou privados que integram o SISAN o farão em caráter interdependente, assegurada a autonomia dos seus processos decisórios.

§ 4º O dever do poder público não exclui a responsabilidade das entidades da sociedade civil integrantes do SISAN.

Art. 8° O SISAN reger-se-á pelos seguintes princípios:

I - universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; II - preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas; III - participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políti-cas e dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; e IV - transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua con-cessão.

Art. 9° O SISAN tem como base as seguintes diretrizes:

I - promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não-governamentais; II - descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo; III - monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo;

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IV - conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população; V - articulação entre orçamento e gestão; e VI - estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos.

Art. 10 - O SISAN tem por objetivos formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional do País.

Art. 11 - Integram o SISAN:

I - a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, instância responsável pela indicação ao CONSEA das diretrizes e prioridades da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar, bem como pela avaliação do SISAN; II - o CONSEA, órgão de assessoramento imediato ao Presidente da República, responsável pelas seguintes atribuições: a) convocar a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, com periodicidade não superior a 4 (quatro) anos, bem como definir seus parâmetros de composição, organização e funcionamento, por meio de regulamento próprio; b) propor ao Poder Executivo Federal, considerando as deliberações da Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, as diretrizes e prioridades da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo-se requisitos orçamentários para sua consecução; c) articular, acompanhar e monitorar, em regime de colaboração com os demais integrantes do Sistema, a implementação e a convergência de ações inerentes à Política e ao Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; d) definir, em regime de colaboração com a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, os critérios e procedimentos de adesão ao SISAN; e) instituir mecanismos permanentes de articulação com órgãos e entidades congêneres de segurança ali-mentar e nutricional nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, com a finalidade de promover o diálogo e a convergência das ações que integram o SISAN; f) mobilizar e apoiar entidades da sociedade civil na discussão e na implementação de ações públicas de segurança alimentar e nutricional;

III - a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, integrada por Ministros de Estado e Secretários Especiais responsáveis pelas pastas afetas à consecução da segurança alimentar e nutricional, com as seguintes atribuições, dentre outras:

a) elaborar, a partir das diretrizes emanadas do CONSEA, a Política e o Plano Nacional de Segurança Alimen-tar e Nutricional, indicando diretrizes, metas, fontes de recursos e instrumentos de acompanhamento, mo-nitoramento e avaliação de sua implementação; b) coordenar a execução da Política e do Plano; c) articular as políticas e planos de suas congêneres estaduais e do Distrito Federal;

IV - os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e

V - as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respei-tem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN.

§ 1º A Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional será precedida de conferências estadu-ais, distrital e municipais, que deverão ser convocadas e organizadas pelos órgãos e entidades congêneres

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nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, nas quais serão escolhidos os delegados à Conferência Nacional.

§ 2º O CONSEA será composto a partir dos seguintes critérios:

I - 1/3 (um terço) de representantes governamentais constituído pelos Ministros de Estado e Secretários Especiais responsáveis pelas pastas afetas à consecução da segurança alimentar e nutricional; II - 2/3 (dois terços) de representantes da sociedade civil escolhidos a partir de critérios de indicação apro-vados na Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e III - observadores, incluindo-se representantes dos conselhos de âmbito federal afins, de organismos inter-nacionais e do Ministério Público Federal.

§ 3º O CONSEA será presidido por um de seus integrantes, representante da sociedade civil, indicado pelo plenário do colegiado, na forma do regulamento, e designado pelo Presidente da República.

§ 4º A atuação dos conselheiros, efetivos e suplentes, no CONSEA, será considerada serviço de relevante interesse público e não remunerada.

CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 12 - Ficam mantidas as atuais designações dos membros do CONSEA com seus respectivos mandatos.

Parágrafo único. O CONSEA deverá, no prazo do mandato de seus atuais membros, definir a realização da próxima Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a composição dos delegados, bem como os procedimentos para sua indicação, conforme o disposto no § 2o do art. 11 desta Lei.

Art. 13 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de setembro de 2006; 185° da Independência e 118° da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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Decreto 7.272/10, de 25 de agosto de 2010

Regulamenta a Lei N° 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Ali-mentar e Nutricional - SISAN com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada, institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, estabelece os parâmetros para a elabora-ção do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", e tendo em vista o disposto no art. 6°, ambos da Constituição, e no art. 2° da Lei n°. 11.346, de 15 de setem-bro de 2006, DECRETA:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Este Decreto define as diretrizes e objetivos da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutrici-onal - PNSAN, dispõe sobre a sua gestão, mecanismos de financiamento, monitoramento e avaliação, no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, e estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA

NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 2º - Fica instituída a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, com o objetivo geral de promover a segurança alimentar e nutricional, na forma do art. 3°. da Lei n°. 11.346, de 15 de se-tembro de 2006, bem como assegurar o direito humano à alimentação adequada em todo território nacio-nal.

Art. 3º - A PNSAN tem como base as seguintes diretrizes, que orientarão a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional:

I - promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional; II - promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroe-cológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos; III - instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada; IV - promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais de que trata o art. 3°., inciso I, do Decreto n°. 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, povos indígenas e assentados da reforma agrária; V - fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional; VI - promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

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VII - apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional e a negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei n°. 11.346, de 2006; e VIII - monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

Art. 4º - Constituem objetivos específicos da PNSAN:

I - identificar, analisar, divulgar e atuar sobre os fatores condicionantes da insegurança alimentar e nutrici-onal no Brasil; II - articular programas e ações de diversos setores que respeitem, protejam, promovam e provejam o di-reito humano à alimentação adequada, observando as diversidades social, cultural, ambiental, étnico-racial, a equidade de gênero e a orientação sexual, bem como disponibilizar instrumentos para sua exigibi-lidade; III - promover sistemas sustentáveis de base agroecológica, de produção e distribuição de alimentos que respeitem a biodiversidade e fortaleçam a agricultura familiar, os povos indígenas e as comunidades tradi-cionais e que assegurem o consumo e o acesso à alimentação adequada e saudável, respeitada a diversida-de da cultura alimentar nacional; e IV - incorporar à política de Estado o respeito à soberania alimentar e a garantia do direito humano à ali-mentação adequada, inclusive o acesso à água, e promovê-los no âmbito das negociações e cooperações internacionais.

Art. 5º - A PNSAN deverá contemplar todas as pessoas que vivem no território nacional.

CAPÍTULO III DA GESTÃO DA POLÍTICA E DO SISTEMA NACIONAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 6º - A PNSAN será implementada pelos órgãos, entidades e instâncias integrantes do SISAN, elencadas no art. 11 da Lei nº 11.346, de 2006, de acordo com suas respectivas competências.

Art. 7º - Os órgãos, entidades e instâncias integrantes do SISAN terão as seguintes atribuições, no que con-cerne à gestão do Sistema e da PNSAN:

I - Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional:

a) indicação ao CONSEA das diretrizes e prioridades da PNSAN e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e b) avaliação da implementação da PNSAN, do Plano e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutri-cional;

II - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA, órgão de assessoramento imediato da Presidência da República, sem prejuízo das competências dispostas no art. 2º do Decreto nº 6.272, de 23 de novembro de 2007:

a) apreciação e acompanhamento da elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e manifestação sobre o seu conteúdo final, bem como avaliação da sua implementação e proposição de alte-rações visando ao seu aprimoramento; e

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b) contribuição para a proposição e disponibilização de mecanismos e instrumentos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada e monitorar sua aplicação;

III - Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, sem prejuízo das competências dispostas no art. 1º do Decreto nº 6.273, de 23 de novembro de 2007:

a) instituição e coordenação de fóruns tripartites para a interlocução e pactuação, com representantes das câmaras governamentais intersetoriais de segurança alimentar e nutricional estaduais, municipais e do Distrito Federal, das respectivas políticas e planos de segurança alimentar e nutricional; b) interlocução e pactuação com os órgãos e entidades do Governo Federal sobre a gestão e a integração dos programas e ações do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e c) apresentação de relatórios e informações ao CONSEA, necessários ao acompanhamento e monitoramen-to do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;

IV - órgãos e entidades do Poder Executivo Federal responsáveis pela implementação dos programas e ações integrantes do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional:

a) participação na Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional com vistas à definição pac-tuada de suas responsabilidades e mecanismos de participação na PNSAN e no Plano Nacional de Seguran-ça Alimentar e Nutricional; b) participação na elaboração, implementação, monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, nas suas respectivas esferas de atuação; c) interlocução com os gestores estaduais, distritais e municipais do seu respectivo setor para a implemen-tação da PNSAN e do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional; d) monitoramento e avaliação dos programas e ações de sua competência, bem como o fornecimento de informações à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional e ao CONSEA; e e) criação, no âmbito de seus programas e ações, de mecanismos e instrumentos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada;

V - órgãos e entidades dos Estados e do Distrito Federal:

a) implantação de câmaras governamentais intersetoriais de segurança alimentar e nutricional, com atri-buições similares à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional; b) instituição e apoio ao funcionamento de conselhos estaduais ou distrital de segurança alimentar e nutri-cional; c) elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos respectivos Planos de Segurança Alimentar e Nutricional, com base no disposto neste Decreto e nas diretrizes emanadas das respectivas conferências e conselhos de segurança alimentar e nutricional; d) interlocução e pactuação com a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, nos fó-runs tripartites, por meio das respectivas câmaras governamentais intersetoriais de segurança alimentar e nutricional, sobre os mecanismos de gestão e de cooperação para implementação integrada dos planos nacional, estaduais, distrital e municipais de segurança alimentar e nutricional; e) no caso dos Estados, instituição de fóruns bipartites para interlocução e pactuação com representantes das câmaras governamentais intersetoriais de segurança alimentar e nutricional dos municípios sobre os mecanismos de gestão e de implementação dos planos estaduais e municipais de segurança alimentar e nutricional; f) criação, no âmbito dos programas e ações de segurança alimentar e nutricional, de mecanismos e ins-trumentos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada; e g) monitoramento e avaliação dos programas e ações de sua competência, bem como o fornecimento de informações às respectivas câmaras governamentais intersetoriais e aos conselhos de segurança alimentar e nutricional;

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VI - órgãos e entidades dos Municípios:

a) implantação de câmara ou instância governamental de articulação intersetorial dos programas e ações de segurança alimentar e nutricional, com atribuições similares à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional; b) implantação e apoio ao funcionamento de conselhos municipais de segurança alimentar e nutricional ou definição de instância de participação e controle social responsável pela temática; c) elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos respectivos planos de segurança alimentar e nutricional, com base no disposto neste Decreto e nas diretrizes emanadas das respectivas conferências e dos conselhos de segurança alimentar e nutricional; d) interlocução e pactuação, nos fóruns bipartites, com as câmaras governamentais intersetoriais de segu-rança alimentar e nutricional dos seus Estados, sobre os mecanismos de gestão e de cooperação para im-plementação integrada dos planos nacional, estaduais e municipais de segurança alimentar e nutricional; e e) monitoramento e avaliação dos programas e ações de sua competência, bem como o fornecimento de informações às respectivas câmaras ou instâncias governamentais de articulação intersetorial e aos conse-lhos de segurança alimentar e nutricional.

Art. 8º - O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, resultado de pactuação intersetorial, será o principal instrumento de planejamento, gestão e execução da PNSAN.

Parágrafo único. Poderão ser firmados acordos específicos entre os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal responsáveis pela implementação dos programas e ações de segurança alimentar e nutricional, com o objetivo de detalhar atribuições e explicitar as formas de colaboração entre os programas e sistemas setoriais das políticas públicas.

Art. 9º - A pactuação federativa da PNSAN e a cooperação entre os entes federados para a sua implemen-tação serão definidas por meio de pactos de gestão pelo direito humano à alimentação adequada.

§ 1º O pacto de gestão referido no caput e os outros instrumentos de pactuação federativa serão elabora-dos conjuntamente pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, por representantes das câmaras intersetoriais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e deverão prever:

I - a formulação compartilhada de estratégias de implementação e integração dos programas e ações con-tidos nos planos de segurança alimentar e nutricional; e II - a expansão progressiva dos compromissos e metas, e a qualificação das ações de segurança alimentar e nutricional nas três esferas de governo.

§ 2º A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional deverá realizar reuniões periódicas com representantes de suas congêneres estaduais, distrital e municipais, denominadas fóruns tripartites, visando:

I - a negociação, o estabelecimento e o acompanhamento dos instrumentos de pactuação entre as esferas de governo; e II - o intercâmbio do Governo Federal com os Estados, Distrito Federal e Municípios para o fortalecimento dos processos de descentralização, regionalização e gestão participativa da política nacional e dos planos de segurança alimentar e nutricional.

§ 3º As câmaras intersetoriais de segurança alimentar e nutricional dos Estados que aderirem ao SISAN deverão realizar reuniões periódicas com representantes dos Municípios, denominadas fóruns bipartites, visando aos objetivos definidos no § 2o.

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Art. 10 - Os procedimentos necessários para a elaboração dos instrumentos de pactuação, assim como definições quanto à composição e a forma de organização dos fóruns tripartite e bipartites, serão discipli-nados pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, após consulta ao CONSEA.

CAPÍTULO IV

DA ADESÃO AO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISAN

Art. 11 - A adesão dos Estados, Distrito Federal e Municípios ao SISAN dar-se-á por meio de termo de ade-são, devendo ser respeitados os princípios e diretrizes do Sistema, definidos na Lei n°.11.346, de 2006.

§ 1º A formalização da adesão ao SISAN será efetuada pela Secretaria Executiva da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional.

§ 2º São requisitos mínimos para a formalização de termo de adesão:

I - a instituição de conselho estadual, distrital ou municipal de segurança alimentar e nutricional, composto por dois terços de representantes da sociedade civil e um terço de representantes governamentais; II - a instituição de câmara ou instância governamental de gestão intersetorial de segurança alimentar e nutricional; e III - o compromisso de elaboração do plano estadual, distrital ou municipal de segurança alimentar e nutri-cional, no prazo de um ano a partir da sua assinatura, observado o disposto no art. 20.

Art. 12 - A adesão das entidades privadas sem fins lucrativos ao SISAN dar-se-á por meio de termo de parti-cipação, observados os princípios e diretrizes do Sistema.

§ 1º Para aderir ao SISAN as entidades previstas no caput deverão:

I - assumir o compromisso de respeitar e promover o direito humano à alimentação adequada; II - contemplar em seu estatuto objetivos que favoreçam a garantia da segurança alimentar e nutricional; III - estar legalmente constituída há mais de três anos; IV - submeter-se ao processo de monitoramento do CONSEA e de seus congêneres nas esferas estadual, distrital e municipal; e V - atender a outras exigências e critérios estabelecidos pela Câmara Interministerial de Segurança Alimen-tar e Nutricional.

§ 2º As entidades sem fins lucrativos que aderirem ao SISAN poderão atuar na implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, conforme definido no termo de participação.

Art. 13 - A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, após consulta ao CONSEA, regu-lamentará:

I - os procedimentos e o conteúdo dos termos de adesão e dos termos de participação; e II - os mecanismos de adesão da iniciativa privada com fins lucrativos ao SISAN.

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CAPÍTULO V DOS MECANISMOS DE FINANCIAMENTO DA POLÍTICA E DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E DE SUAS INSTÂNCIAS DE GESTÃO

Art. 14 - O financiamento da PNSAN será de responsabilidade do Poder Executivo Federal, assim como dos Estados, Distrito Federal e Municípios que aderirem ao SISAN, e se dividirá em:

I - dotações orçamentárias de cada ente federado, destinadas aos diversos setores que compõem a segu-rança alimentar e nutricional; e II - recursos específicos para gestão e manutenção do SISAN, consignados nas respectivas leis orçamentá-rias anuais.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que aderirem ao SISAN, e o Poder Executivo Federal deverão dotar recursos nos orçamentos dos programas e ações dos diversos setores que compõem a segu-rança alimentar e nutricional, compatíveis com os compromissos estabelecidos nos planos de segurança alimentar e nutricional e no pacto de gestão pelo direito humano à alimentação adequada.

§ 2º O CONSEA e os conselhos estaduais, distrital e municipais de segurança alimentar e nutricional pode-rão elaborar proposições aos respectivos orçamentos, a serem enviadas ao respectivo Poder Executivo, previamente à elaboração dos projetos da lei do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual, propondo, inclusive, as ações prioritárias.

§ 3º A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional e as câmaras governamentais interse-toriais de segurança alimentar e nutricional dos Estados, Distrito Federal e Municípios, observando as indi-cações e prioridades apresentadas pelo CONSEA e pelos congêneres nas esferas estadual e municipal, arti-cular-se-ão com os órgãos da sua esfera de gestão para a proposição de dotação e metas para os progra-mas e ações integrantes do respectivo plano de segurança alimentar e nutricional.

Art. 15 - A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional discriminará, por meio de resolu-ção, anualmente, as ações orçamentárias prioritárias constantes do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e proporá:

I - estratégias para adequar a cobertura das ações, sobretudo visando ao atendimento da população mais vulnerável; e

II - a revisão de mecanismos de implementação para a garantia da equidade no acesso da população às ações de segurança alimentar e nutricional.

Art. 16 - As entidades privadas sem fins lucrativos que aderirem ao SISAN poderão firmar termos de parce-ria, contratos e convênios com órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, observa-do o disposto no art. 2º, inciso II, do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, e na legislação vigente sobre o tema.

CAPÍTULO VI DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA POLÍTICA NACIONAL

DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 17 - A União e os demais entes federados, que aderirem ao SISAN, deverão assegurar, inclusive com aporte de recursos financeiros, as condições necessárias para a participação social na PNSAN, por meio das

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conferências, dos conselhos de segurança alimentar e nutricional, ou de instâncias similares de controle social no caso dos Municípios.

§ 1º Para assegurar a participação social, o CONSEA, além de observar o disposto no Decreto nº 6.272, de 2007, e no art. 7°, inciso II, deste Decreto, deverá:

I - observar os critérios de intersetorialidade, organização e mobilização dos movimentos sociais em cada realidade, no que se refere à definição de seus representantes; II - estabelecer mecanismos de participação da população, especialmente dos grupos incluídos nos progra-mas e ações de segurança alimentar e nutricional, nos conselhos e conferências; e III - manter articulação permanente com as câmaras intersetoriais e com outros conselhos relativos às ações associadas à PNSAN.

§ 2º Os conselhos de segurança alimentar e nutricional dos Estados, Distrito Federal e Municípios, que ade-rirem ao SISAN, deverão assumir formato e atribuições similares ao do CONSEA.

§ 3º O CONSEA disciplinará os mecanismos e instrumentos de articulação com os conselhos estaduais, dis-trital e municipais de segurança alimentar e nutricional.

CAPÍTULO VII DA OPERACIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 18 - A PNSAN será implementada por meio do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a ser construído intersetorialmente pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, com base nas prioridades estabelecidas pelo CONSEA a partir das deliberações da Conferência Nacional de Segu-rança Alimentar e Nutricional.

Art. 19 - O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional deverá:

I - conter análise da situação nacional de segurança alimentar e nutricional; II - ser quadrienal e ter vigência correspondente ao plano plurianual; III - consolidar os programas e ações relacionados às diretrizes designadas no art. 3º e indicar as priorida-des, metas e requisitos orçamentários para a sua execução; IV - explicitar as responsabilidades dos órgãos e entidades da União integrantes do SISAN e os mecanismos de integração e coordenação daquele Sistema com os sistemas setoriais de políticas públicas; V - incorporar estratégias territoriais e intersetoriais e visões articuladas das demandas das populações, com atenção para as especificidades dos diversos grupos populacionais em situação de vulnerabilidade e de insegurança alimentar e nutricional, respeitando a diversidade social, cultural, ambiental, étnico-racial e a equidade de gênero; e VI - definir seus mecanismos de monitoramento e avaliação.

Parágrafo único. O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional será revisado a cada dois anos, com base nas orientações da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, nas propostas do CONSEA e no monitoramento da sua execução.

Art. 20 - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que aderirem ao SISAN, deverão elaborar planos nas respectivas esferas de governo, com periodicidade coincidente com os respectivos planos plurianuais, e com base nas diretrizes da PNSAN e nas proposições das respectivas conferências.

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CAPÍTULO VIII DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA

POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Art. 21 - O monitoramento e avaliação da PNSAN será feito por sistema constituído de instrumentos, me-todologias e recursos capazes de aferir a realização progressiva do direito humano à alimentação adequa-da, o grau de implementação daquela Política e o atendimento dos objetivos e metas estabelecidas e pac-tuadas no Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

§ 1º O monitoramento e avaliação da PNSAN deverá contribuir para o fortalecimento dos sistemas de in-formação existentes nos diversos setores que a compõem e para o desenvolvimento de sistema articulado de informação em todas as esferas de governo.

§ 2º O sistema de monitoramento e avaliação utilizar-se-á de informações e indicadores disponibilizados nos sistemas de informações existentes em todos os setores e esferas de governo.

§ 3º Caberá à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional tornar públicas as informações relativas à segurança alimentar e nutricional da população brasileira.

§ 4º O sistema referido no caput terá como princípios a participação social, equidade, transparência, publi-cidade e facilidade de acesso às informações.

§ 5º O sistema de monitoramento e avaliação deverá organizar, de forma integrada, os indicadores existen-tes nos diversos setores e contemplar as seguintes dimensões de análise:

I - produção de alimentos; II - disponibilidade de alimentos; III - renda e condições de vida; IV - acesso à alimentação adequada e saudável, incluindo água; V - saúde, nutrição e acesso a serviços relacionados; VI - educação; e VII - programas e ações relacionadas a segurança alimentar e nutricional.

§ 6º O sistema de monitoramento e avaliação deverá identificar os grupos populacionais mais vulneráveis à violação do direito humano à alimentação adequada, consolidando dados sobre desigualdades sociais, ét-nico-raciais e de gênero.

CAPÍTULO IX DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 22 - A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, em colaboração com o CONSEA, elaborará o primeiro Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no prazo de até doze meses a contar da publicação deste Decreto, observado o disposto no art. 19.

Parágrafo único. O primeiro Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional deverá conter políticas, programas e ações relacionados, entre outros, aos seguintes temas:

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I - oferta de alimentos aos estudantes, trabalhadores e pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar; II - transferência de renda; III - educação para segurança alimentar e nutricional; IV - apoio a pessoas com necessidades alimentares especiais; V - fortalecimento da agricultura familiar e da produção urbana e periurbana de alimentos; VI - aquisição governamental de alimentos provenientes da agricultura familiar para o abastecimento e formação de estoques; VII - mecanismos de garantia de preços mínimos para os produtos da agricultura familiar e da sociobiodi-versidade; VIII - acesso à terra; IX - conservação, manejo e uso sustentável da agrobiodiversidade; X - alimentação e nutrição para a saúde; XI - vigilância sanitária; XII - acesso à água de qualidade para consumo e produção; XIII - assistência humanitária internacional e cooperação Sul-Sul em segurança alimentar e nutricional; e XIV - segurança alimentar e nutricional de povos indígenas, quilombolas, demais povos e comunidades tra-dicionais.

Art. 23 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de agosto de 2010; 189º. da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA