MAPEAMENTO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS LATENTESlivre.jor.br/latentes/wp-content/uploads/2018/12/... · Analise de dados geográficos e tabulares de áreas de conflitos como: Reservas

PROJETO CONFLITOS SOCIOAMBIENTAL LATENTES – LIVRE.JOR

1

MAPEAMENTO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS LATENTES

Trabalho de geoprocessamento realizado pelas consultoras Ágatha Branco e Taciana

Vannucci – Engenheiras Cartógrafas, especialistas em Geotecnologias para atender

demanda de pesquisa para o Livre.jor, solicitado pelo jornalista José Lazaro, para

estudos do Fundo Brasil de Direitos Humanos

OBJETIVO:

Analise de dados geográficos e tabulares de áreas de conflitos como: Reservas

Indígenas, Assentamentos, Quilombolas e Unidades de Conservação para o território

Brasileiro. A partir do uso de software de geoprocessamento para desenvolver métodos

e parâmetros de processamentos para análises estatísticas para pontos e áreas

georreferenciados. Para publicação em uma plataforma online http://livre.jor.br/latentes

O PROJETO

1. Insumos

Obtivemos os dados da base do cliente e feito o download no formato com dados para

visualizar em software de Geoprocessamento.

E trabalhamos com fonte de dados da base cartográfica do IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística) Entre eles limite dos estados e municípios do Brasil, estradas e

hidrografia com o objetivo de analisar as informações por estado e agregar mais

detalhes ao projeto.

http://livre.jor.br/latentes


2

1.1 Processamentos

1.1.1 Exportar Arquivos

Exportou se os arquivos no formato da base do cliente para nossa plataforma conforme

prints a seguir:


3

1.1.2 Conversão da base cartográfica

Os dados disponibilizados estavam em extensão kml/kmz*, foram convertidos para

extensão shp** para poderem ser utilizados na plataforma ESRI.

* Keyhole Markup Language (KML) é uma linguagem baseada em XML e serve para

expressar anotações geográficas e visualização de conteúdos existentes nessa linguagem

como mapas em 2D e navegadores terrestre em 3D. KML foi desenvolvido para uso

com o Google Earth, que era originalmente chamado de Keyhole Earth Viewer.

Arquivos KML são muito frequentemente distribuídos como pacotes KMZ, que são

arquivos KML zipados e usam a extensão a .kmz.

**O “shape” é na verdade um conjunto de vários arquivos. Três arquivos individuais

são obrigatórios para armazenar os dados do núcleo que compreende um shapefile. São

eles o arquivo “.shp”, o arquivo “.shx” e o arquivo “.dbf”. Os arquivos shape (.shp)

foram originados, desenvolvidos e regulamentados pela ESRI (fabricante dos softwares

da família ArcGIS), porém, com especificação aberta (livre) para a interoperabilidade

de dados entre a ESRI e outros produtos de softwares diversos que também trabalham

com geoprocessamento.


4

2.0 Plataforma de Geoprocessamento

Utilizou-se o software ArcGIS, uma plataforma de geoprocessamento da empresa Esri,

que tem como um dos objetivos utilizar ferramentas para análises estatísticas

geoespaciais, facilitando a visualização das informações.

2.1 Primeira analise

Utilizou-se o arquivo DNPM Novo – polígono


5

Foram gerados os centroides de cada polígono utilizando a ferramenta do ArcToolBox

Também foi gerado Buffer com raio de 10 Km para cada centroide criado

anteriormente, conforme prints:


6


7

2.2 Reservas Indígenas

Neste primeiro estudo foi analisado a proximidade de áreas DNPM novo, a partir do

buffer de dez quilômetros de cada centroide, com sua proximidade em relação as

reservas indígenas, através de aplicação de ferramentas de geoprocessamento é possível

visualizar áreas latentes.

Nesta etapa realizou se processamento de intersecção do Buffer de dez quilômetros

(centroides – DNPM Novo) com as áreas de reserva indígenas para indicar PONTOS

que mostram os conflitos até o limite do raio, conforme figura a seguir.


8

Foi feito o cálculo da interseção de áreas do conflito Buffer de dez quilômetros

(centroides – DNPM Novo) com as áreas de reservas indígenas para indicar ÁREAS de

cenários de conflitos, conforme mostra figura a seguir:

Na figura abaixo com um zoom, é possível identificar os polígonos em laranja mais

escuro as áreas latentes nas reservas indígenas.


9

Na próxima imagem é possível visualizar os centroides e o buffer de dez quilômetros e

como resultado de intersecção os pontos dentro do limite do buffer em áreas indígenas

Abaixo é possível visualizar as reservas indígenas, os pontos dos centroides do DNPN

novo, o Buffer de dez quilômetros e os resultados de interseções pontos e áreas,

devidamente identificando nas cores da legenda na esquerda da imagem.


10

2.3 Assentamentos

A mesma metodologia foi adotada para esse segundo tema Assentamentos.

A figura abaixo é possível visualizar as áreas de assentamento, os pontos de centroide e

o buffer de dez quilômetros.

Nesta etapa realizou se processamento de intersecção do Buffer de dez quilômetros

(centroides – DNPM Novo) com as áreas de assentamentos para indicar PONTOS que

mostram os conflitos até o limite do raio, conforme figura a seguir.


11

Na mesma linha realizou se a interseção para gerar áreas do conflito do buffer dos

centroides do DNPN Novo com as áreas de Assentamento, o que resultou em cenários

de conflitos, conforme vamos visualizar nas próximas figuras:

Na figura abaixo com um zoom, é possível visualizar em magenta as áreas latentes nas

reservas indígenas em rosa.


12

Na próxima imagem o resultado de intersecção indicados pelos pontos em verde e áreas

em magenta que mostram conflitos nos assentamentos, dentro do limite do buffer

Nas próximas duas imagens é possível visualizar os assentamentos em rosa, os pontos

dos centroides do DNPN novo, o Buffer de dez quilômetros e os resultados de

interseções indicados por pontos (verdes) e áreas (magenta), devidamente identificando

nas cores da legenda na esquerda da imagem.


13


14

2.3 Quilombolas

O terceiro tema do estudo foi analisado igualmente com a proximidade de áreas DNPM

novo, a partir do buffer de dez quilômetros de cada centroide, com sua proximidade em

relação áreas quilombolas, através de aplicação de ferramentas de geoprocessamento é

possível visualizar pontos apenas. Já que a aplicação da mesma metodologia para área

não foi possível, pois o arquivo vetorial indicava erros. Por isso vamos precisar analisar

melhor esse arquivo para realizar novo estudo de área.


15

Neste terceiro tema de estudo foi repetido a intersecção do Buffer de dez quilômetros

dos centroides com as áreas de assentamento, indicando pontos que mostram os

conflitos no limite do raio, do centroide do DNPM.


16

Por problemas de erro no arquivo vetorial não foi possível realizar a interseção gerando

áreas do conflito do buffer dos centroides do DNPN com as áreas de Quilombolas, e

para este item não foi gerado áreas de conflito (polígonos), apenas pontos.


17

2.4 Unidades de Conservação

O quarto e último tema do estudo foi analisado com a proximidade de áreas DNPM

novo, a partir do buffer de dez quilômetros de cada centroide, com sua proximidade em

relação Unidades de Conservação, através de aplicação de ferramentas de

geoprocessamento é possível visualizar pontos apenas. Já que a aplicação da mesma

metodologia para área não foi possível, pois o arquivo vetorial indicava erros. Por isso

será preciso analisar melhor esse arquivo para realizar novo estudo de área.

Unidades de Conservação na imagem abaixo

Buffer de dez quilômetros gerado a partir do centroide do DNPM novo


18

Na imagem abaixo Unidade de Conservação, Buffer e centroides

Zoom


19

No mapa abaixo, já processado fica visível os PONTOS em roxo, onde há intersecção

de Unidades de Conservação e o arquivo Buffer dez quilômetros dos centroides.

No mapa abaixo, já processado fica visível os pontos em roxo, onde há intersecção de

Unidades de Conservação e os Buffer’s


20

No mapa a seguir, já processado fica visível das ÁREAS em marrom, onde há

intersecção de Unidades de Conservação e o arquivo Buffer dez quilômetros dos

centroides.


21

3.0 Analises Tabulares

Com as informações preparadas e após a aplicações de técnicas de geoprocessamento

dos dados, realizou-se uma seleção para atuar com indicativos por Estado, onde

mostram-se os pontos obtidos a partir do cruzamento do Buffer de dez quilômetros com

o tema indicado.

Abaixo um exemplo de seleção, onde se verifica todos os pontos resultados das

intersecções para reservas Indígenas no estado de Alagoas. Com o objetivo de

identificar como essas interferências de DNPM Novo atua no Brasil.

Essa aplicação foi realizada para os três temas estudados, Reservas indígenas,

Assentamentos e Quilombolas. Resultou em uma tabela com as informações para todos

os Estados que indicam áreas conflitantes em números.

A tabela abaixo é refente ao arquivo Limite_estados_IndicativosLatentes.kmz, indica

todos os resultados de processamento de intersecção de áreas e pontos, onde pode se

visualizar em números conflitos latentes seja pontual ou representado por uma área

sobreposta, para cada um dos quatro temas. Apenas o arquivo quilombolas não foi

possivel realizar a intersecção que resultaria em área, tivemos o resultado pontual de

sobreposição.

Lembrando que para todos os quatro temas, utilizamos o mesmo métodos de intersecção

e posteiormente união de áreas para cálculo estatístico de somatório por Estado:

Gerou se o centroide dos poligonos do DNPM – novo, posteriomente o Buffer de dez

quilometros de raio. A partir desses arquivos inciamos as intersecções do buffer com os

temas, gerando novos arquivos de pontos e de áreas que tinham sobreposição ou apenas

intersecção. Os quantitativos estão representados em um aquivo com o limites dos

estados, fazendo um somatório de áreas de conflito socioambiental latente.


22


23

4.0 Identificação de áreas de conflitos socioambientais.

Nesta etapa, já com a identificação de pontos de áreas com conflitos, analisamos quais

eram as Reservas Indígenas, Quilombolas, Assentamentos e Unidades de Conservação

para se obter um resultado mais preciso em relação a quantitativo e localização.

Trabalhamos nos arquivos anteriores que contam com complemento de uma ou duas

colunas (quando não tem a informação de Unidade de Federação)

A primeira coluna criada foi "conflitos" (texto - 50 caracteres) preenchida com a

informação de "sim" (quando a área teve uma intersecção do buffer de 10KM, criado a

partir do centroide das áreas do arquivo DNPM) ou "não" (quando a área não tem

intersecção - ou seja não está em risco)

Para os arquivos que não tinha a informação de UF também criamos essa coluna, para

identificar e classificar a seleção de áreas que estão ou não em risco socioambientais por

Estado.

Limite de Estados - Limite_estados_02

Esse arquivo conta com as seguintes colunas e suas descrições:

Nome na Tabela e Descritivo

RI_CON_S Reservas Indígenas conflito Sim, ou seja Reservas Indígenas latentes

RI_CON_N Reservas Indígenas conflitos Não

RI_PONTOS Reservas Indígenas Pontos de Intersecção

RI_AREA Reservas Indígenas área total de intersecção

AS_CON_S Assentamentos Conflito Sim

AS_CON_N Assentamentos Conflito Não

AS_PONTOS Assentamento Pontos de Intersecção

AS_AREA Assentamento área total de Intersecção


24

QU__CON_S Quilombolas Conflitos Sim

QU_CON_N Quilombolas Conflitos Não

QU_PONTOS Quilombolas Pontos de Intersecção

QU_AREA Quilombolas área total de intersecção

UC_CON_S Unidades de Conservação conflito Sim

UC_CON_N Unidades de Conservação conflito não

UC_PONTOS Unidades de Conservação Pontos de Intersecção

UC_AREA Unidades de Conservação Áreas


25

5.0 Mapas Temáticos

Foram produzidos quatro mapas temáticos básico para visualizar a incidência de cada

tema abordado. Esse é apenas um exemplo do que se pode obter a partir dos números

gerados.


26


27


28


29

6.0 Dados Cartográficos

O sistema de projeção adotado foi o constante nos insumos, Projeção Geográfica,

Datum WGS-84

7.0 Arquivos e formatos finais

Serão disponibilizados dados em formato KML e XLS visando a integração com a base

do sistema da contratante.

Dados KMZ:

Dados XLS:


30

8.0 Respostas

A partir do resultado dessa primeira etapa de estudos e processamento de dados é

possível incluir parâmetros mais específico para detalhar ainda mais a informação.

Que gera a possibilidade de analises mais pontuais, como agregar dados históricos de

áreas que mostramos a partir dos mapas, que estão passando por conflitos

socioambientais latentes e que sofrem de resultados desastrosos da falta de políticas

públicas ou da atuação de órgãos competentes.

Até o momento conseguimos indicar onde estão os conflitos e sua dimensão

relacionados a intersecção por proximidade. Com esses dados já é possível visualizar

quais são as aldeias no mapa.

Acreditamos que com esse material já seja possível trabalhar com indicativos e

visualização de onde estão os casos que precisam de um olhar jornalístico, com objetivo

de render matérias investigativas de qualidade ou estudos de ambientalistas bem como

ações de órgãos não governamentais.

Documents

MAPEAMENTO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS LATENTESlivre.jor.br/latentes/wp-content/uploads/2018/12/... · Analise de dados geográficos e tabulares de áreas de conflitos como: Reservas