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Marcio valadão n°164 palavra de vida

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: novembro/2010

Transcrição:

Marisa Rodrigues

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

Matheus Freitas

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Introdução

Vou dividir com você uma palavra sobre o significa-do da cruz, e para isso, o convido a ler o capítulo 15 de Êxodo, versos 22 a 27. Este nos mostra, de forma glo-riosa, o momento da cruz. Mas como sempre fazemos, antes de iniciar, oremos a Deus:

“Pai, essa é a certeza que o nosso coração possui de que não há um momento sequer quando nos aproximamos da sua Palavra que ela não nos transforme, que ela não nos alimente, que ela não nos exorte, que ela não nos edifique, que ela não venha trazer salvação também. Senhor, eu reivindico, na autoridade do nome de Jesus, que o coração de cada leitor seja boa terra, e que a sua Palavra caia como semente viva e floresça para a glória do teu nome. Amém!

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o Plano

João, por meio de seu evangelho, nos diz que se tudo aquilo que Jesus fez fosse registrado, nem no mundo inteiro caberiam os escritos. “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” (João 21.25.) A Bíblia não apenas apresenta a histó-ria de um povo ou de uma pessoa, e, sim, as inter-venções de Deus na história de um povo, de uma pessoa. Por isso, não existe um texto que seja mais poderoso do que outro. Toda a Palavra de Deus pos-sui o mesmo poder. Agora vamos ao texto de Êxodo,

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conforme citado anteriormente, que relata uma das intervenções do eterno Deus na caminhada do povo de Israel.

“Fez Moisés partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam água. Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que ha-vemos de beber? Então, Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou, e disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus esta-tutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara. Então, chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.” (Êxodo 15.22 a 27.)

Novamente, o verso 25: “Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou uma árvore.” A tradução literal é essa: “Ele mostrou o madeiro”. Precioso leitor,

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quando Jacó e seus filhos foram para o Egito, em um clã de cerca de setenta pessoas, esse número cresceu em um período de 430 anos para cerca de 600 mil homens, sem contar mulheres e crianças. Se levarmos em conta os setenta que foram, Jacó e seus onze filhos, mais José que estava lá, para completar esse número de setenta, veremos que dava uma proporção de aproximadamente quatro mulheres e crianças. Esses 600 mil homens nessa mesma proporção correspondem exatamente a esse número: cerca de três milhões de pessoas. Em 430 anos, que foi o tempo em que o povo ficou no Egito, no cativeiro, o número de pessoas, que era de setenta, passou para três milhões. Três milhões de pessoas que saíram do Egito e que viveram exila-dos, como escravos. Durante 300 anos, foram mãos de obra escrava, que viveram sob o domínio do fa-raó, dos egípcios.

Certa vez tive uma informação sobre um levan-tamento feito por um general do exército ame-ricano, especializado em logística. Na época, ele comparou o número de soldados americanos no Iraque, que era mais de cem mil, com os três mi-lhões que entraram no deserto e que enfrentaram

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uma caminhada de quarenta anos até chegarem à terra prometida, à terra que manava leite e mel. Ele mostrou que foi preciso cerca de mil e quinhen-tas toneladas de alimento por dia. Isso equivalia a uma carga de cem caminhões médios para cada três quilômetros de percurso. Foi preciso cerca de quatro mil toneladas de lenha por dia para prepa-ração dos alimentos. Foi preciso mais de um milhão de galões de água para todos os dias, e apenas para transportar um milhão de galões de água por dia, foi preciso um trem de ferro, em que cerca de três quilômetros de vagões levava água. Segundo esse estudo, o espaço para acomodar os três milhões de pessoas era duas vezes maior do que a cidade de São Paulo. E Deus, de uma forma milagrosa, supriu cada uma das necessidades daquele povo. Todos os dias tiveram a Sua intervenção, seja o alimento, a roupa ou calçado que não se desgastara. Todos os dias contemplaram muitos milagres.

Porém, logo depois que o povo de Israel atra-vessou o mar Vermelho, eles experimentaram sede. Chegaram a um oásis, mas ao tomarem um gole de água, perceberam que a mesma era amarga. As águas de Mara, que significa amargura, não serviam

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para beber. Eles haviam saído do Egito, experimen-tado o milagre da abertura do mar Vermelho e o atravessado a pés enxutos. Veja o texto: “Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o de-serto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam água. Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amar-gas; por isso, chamou-se-lhe Mara.” (Êxodo 15.22-23.)

Talvez você possa se identificar com a situação do povo de Israel, não geograficamente, mas em re-lação ao relacionamento com o Senhor. Você já cami-nha com ele, já teve muitos livramentos, já recebeu muitas bênçãos, enfim, experimentou muitas inter-venções de Deus, mas por causa de um obstáculo, de algumas dificuldades, a amargura toma conta da sua vida. Muitas pessoas, quando se casam, pensam que a vida conjugal será apenas de alegria, sem proble-mas, e quando surgem as primeiras dificuldades, vem o desgosto na vida do casal. O mel se torna amargo. Outras pessoas depositam todas as expectativas na realização profissional. Pensam que a obtenção de um título, de um diploma, trará a felicidade, que a vida entrará numa dimensão bonita, mas ao concluir o tão desejado curso e receber o diploma, o vazio

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ainda existe. Surge então o “gosto amargo” na boca, a frustração. Muitas pessoas carregam no semblante uma tristeza, apesar de terem tudo aquilo que, aos “olhos do mundo”, pode oferecer alegria. O povo de Israel também deixava transparecer essa tristeza. Se na época existissem câmeras e alguém tivesse tirado uma foto satélite das águas de Mara, poderia julgá-las como um oásis de água doce, própria para o consu-mo, e por isso o povo de Israel estaria muito feliz, pois tinham tudo. Contudo, esse julgamento seria errado, pois o povo não estava feliz. Na verdade, havia um oá-sis, água com abundância, porém esta não podia sa-ciar a sede daquele povo. No instante em que o povo constatou a amargura das águas, passou a murmurar contra Moisés. “E o povo murmurou contra Moisés, di-zendo: Que havemos de beber?” (Êxodo 15.24.)

Todos murmuraram. Imagine tal multidão mur-murando, reclamando contra Moisés! Diante de tal situação, ele não se deixou contaminar e clamou ao Senhor: “Então, Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces.” (Êxodo 15.25.)

Deus não tem o plano A e o plano B. “Ah, se o plano A não funcionar, tem o plano B”. Deus tem apenas um

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plano. Ele não arquitetou dois planos para redenção do homem. O plano dele foi apenas um: a cruz! Não existe um momento, em qualquer circunstância, que a cruz não seja a resposta de Deus para o homem. A Bíblia nos mostra o único plano de redenção de Deus, Jesus Cristo, antes mesmo da fundação do mundo, morto, crucificado por amor ao mundo. Há mais de dois mil anos, Jesus Cristo foi levado à cruz a nosso fa-vor. Este momento foi terrível e o próprio Pai não pôde ver a crueldade cometida contra o próprio Filho, que é santo, puro, imaculado e inculpável, mas que se tor-nou maldição, carregando nos ombros toda a sujeira, o pecado do mundo. Era dia, mas o sol escureceu e houve trevas sobre a Terra durante aquelas três horas (Lucas 23.44.).

Jesus absorveu toda a amargura do mundo, to-das as nossas enfermidades, todas as maldições, to-dos os nossos pecados. A Palavra diz que tudo isso caiu sobre ele. Foi como se ele realmente tivesse es-ponjando, sugando tudo de ruim que não o perten-cia. Foi um quadro tão terrível que ninguém pôde olhar. Por este motivo, o sol escureceu durante três horas. Jesus tomou nosso lugar. Esta foi a resposta de redenção para a humanidade: Jesus Cristo. Ele

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nos justificou. Em Romanos 5.1 está escrito: “Justi-ficados, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na es-perança da glória de Deus.” (Romanos 5.1-2.)

Em 2 Coríntios 5.21 está escrito: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feito justiça de Deus.” Essa deve ser a primeira coisa a ser ensinada: que não precisamos viver sob culpa, sob condenação. A culpa é algo ter-rível. Pessoas desistem da vida por causa dela. Casa-mentos, lares, relacionamentos, sonhos, são destru-ídos por causa da culpa. Esta também faz com que a vida seja amarga, e, muitas pessoas passam a so-breviver por causa dela. Mas Jesus, que não conhe-ceu o pecado, Ele o fez pecado, ali na cruz, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. Usando uma metáfora, podemos dizer que quando a árvore, o madeiro (que simboliza a cruz) foi colocado nas águas amargas, elas ficaram doces. Essa é a mensa-gem da cruz. A palavra ‘justo’ nos diz que Deus nos vê como se nós não tivéssemos cometido um único pecado, e Ele nos concede a graça e autoridade de

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entrarmos na sua presença sem nenhum complexo de culpa ou condenação. Falando de uma maneira bem simples, isso é que é ser justo na Terra.

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as realIdades concernentes

à cruz

Quando uma pessoa se converte a Cristo, o pas-sado dela é apagado, zerado. Deus a declara justa. Ela passa a ser uma nova criatura, tendo a oportu-nidade de escrever uma nova história de vida. Se Adolf Hitler (mundialmente conhecido como líder nazista) tivesse recebido a cruz (não estou afirman-do que ele não tenha recebido, pois isso ninguém pode ter a certeza), Deus o declararia justo. Querido

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leitor, querida leitora, não é a quantidade de nossos pecados que nos condena, mas o fato de estarmos separados de Deus. A justificação é a primeira rea-lidade da cruz.

A segunda realidade que a cruz provoca é a re-conciliação. Estávamos separados de Deus porque o homem virou as costas para Ele. E essa jamais foi a vontade do Senhor. No Jardim do Éden, quando o homem pecou, voltando as costas para Deus, dizen-do com essa atitude que não o queria, Deus disse que a única maneira de se reconciliar com o homem seria através da cruz, da morte de Jesus. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconci-liação, a saber, que Deus estava em Cristo reconcilian-do consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da recon-ciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermé-dio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos recon-cilieis com Deus.” (2 Coríntios 5.18-20.) Em Romanos, capítulo 5, versos 10 e 11, está escrito: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando

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já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem re-cebemos, agora, a reconciliação.”

A fé cristã não é um conjunto de doutrinas ou dogmas religiosos. Ela proporciona ao homem uma experiência que nada e nem ninguém pode proporcionar. Ela proporciona, também, a reconci-liação do homem com Deus. Jesus disse que “se al-guém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” (João 14.23.)

A terceira realidade da cruz é a regeneração. E o que é a regeneração? É sermos gerados de novo. E esse “nascer de novo” acontece no plano espiritual, por meio do Espírito Santo. Em João 3.3-6 está as-sim escrito: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nico-demos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em ver-dade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da

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carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” Em João 1.12-13 está escrito: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

A regeneração é uma mudança extraordinária, e somente aquelas pessoas que experimentaram po-dem descrevê-la. Não é algo simples, que acontece externamente, mas interiormente. Para que possa entender, podemos fazer uma simples comparação. A borboleta é um inseto lindíssimo, contudo, ela não nasce linda como é. Antes, fora uma lagarta, e as lagartas normalmente não atraem olhares e não transmitem beleza alguma. Esta é nojenta, rasteja e pode causar queimaduras nas pessoas. Mas quando esta passa pelo momento de transformação, a cha-mada metamorfose, ela vira uma crisálida, e depois de alguns dias, nasce a tão admirada e bela borbo-leta. E diferentemente da sua antiga vida, a nova vida desse inseto é bem melhor. Ela não espanta as pessoas, não causa ferimentos, não rasteja... Ela se torna modelo para muitos artistas pintarem seus quadros, tecidos, objetos, passa a viver junto das

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flores e voa, voa alto. Passa a viver em outro mundo, passa a ter outros prazeres. Passa a viver uma nova realidade de vida. A borboleta jamais voltará à sua condição inicial. Isso jamais acontecerá.

De maneira parecida, assim também aconte-ce com aquele que se reconcilia com Deus. Antes, lagarta, depois, borboleta. Eu me “transformei em borboleta” no dia 19 de maio de 1966, quando me converti. E você? Já foi transformado por Deus ou continua sendo uma lagarta? Reflita sobre isso! Quando o madeiro foi colocado nas águas amar-gas de Mara, elas se tornaram doces. A estrutura da água mudou, as moléculas mudaram. O que acon-teceu somente Deus pôde fazer. Isso não é obra de homens, por mais bondosos que possam parecer. A mudança que uma pessoa experimenta ao se encontrar com Jesus pode ser comparada a este exemplo.

Uma nova criatura, é isso o que todos os que O recebem se tornam. Há uma mudança de vida profunda, a pessoa passa a ter uma nova natureza, passa a ser uma nova criatura, porque ela passou a ter a vida de Deus nela. E esta vida precisa testificar a nova natureza que ela possui. Esta verdade está

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registrada em 1 Pedro, capítulo 1, verso 23: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” Na língua grega a palavra “se-mente” significa esperma, e no natural, nós fomos gerados por meio dessa semente, que veio do nos-so pai. Essa é a semente natural. Mas no espiritual, a semente é outra, é a Palavra de Deus. Esta quan-do cai no coração, traz vida. “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é perma-nente.” A semente do meu pai biológico me trouxe algumas características que passei para os meus fi-lhos e eles estão repassando aos meus netos, mas o poder da semente da Palavra de Deus vai trazer as características do Pai Celestial. E as características do Pai Celestial lançam fora todo o passado, confor-me nos mostra o texto que está em 2 Coríntios 5.17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” A palavra criatura vem de criação, logo se alguém está em Cristo, é uma nova criação.

Novas águas. Nova criação. Isso foi o que acon-teceu com as águas de Mara quando o madeiro foi

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colocado nas mesmas. Houve uma transformação radical. O que era imprestável tornou-se algo dese-jável, bom. Lembro-me que naquele dia, 19 de maio de 1966, quando eu voltei para casa após ter minha vida transformada por Jesus Cristo, todas as pesso-as que olharam para mim viram algo diferente, que antes não haviam visto: a beleza de Cristo em mim.

Antes do madeiro não era possível beber daque-las águas, nem mesmo os animais, mas depois do madeiro, todos puderam dessedentar-se. A água não ficou sólida, não virou gelo, nem vapor. Ela con-tinuou sendo líquida, sem cheiro e sabor, ela foi re-generada.

A quarta realidade que a cruz provoca é a reden-ção. O povo de Israel viveu no Egito como escravo. José também foi vendido como escravo para Poti-far, mas houve o momento no qual eles foram res-gatados. No mercado de escravos, a palavra reden-ção foi muito usada. Obviamente, o maior desejo de um escravo era ser liberto, ter a sua carta de alforria, a libertação, ou pelo menos ser comprado por um dono que não o maltratasse tanto. Graças a Deus, hoje não temos mais essa escravidão física. Pelo menos não é para se ter, mas no mundo espiritual,

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há muitas pessoas escravas do diabo. Muitas pes-soas estão nas águas amargas da escravidão, seja a escravidão do álcool, das drogas, da licenciosidade, da lascívia, da mentira, enfim, de tudo aquilo que traz morte. Mas a boa notícia é que Jesus veio resga-tar todo aquele que está escravizado. Ele pagou um alto preço exatamente para nos outorgar a reden-ção. “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6.20.)

Jesus Cristo pagou um preço muito alto, que nin-guém, nunca, jamais, irá pagar por mim e por você. Por isso, não permita que mentiras do tipo “Você não vale nada, não tem valor nenhum, não presta, você não é ninguém” entrem em seus ouvidos. Você e eu vale-mos muito. O preço que Jesus pagou por cada um de nós está além do ouro e da prata, do real, do dólar ou do euro. Quando Jesus estava na cruz, antes de Ele morrer, antes de dizer: “Pai, nas tuas mãos entre-go meu espírito”, Ele disse: “Está consumado”, que em grego quer dizer tetelestai, que significa “está pago”.

Mas o que Ele havia pagado? Ele pagou o preço da nossa redenção. Ele pagou o preço da sua, amado leitor, amada leitora, redenção. Em Gálatas, 4, versos 4 e 5, está assim escrito: “Vindo, porém, a plenitude do

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tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nas-cido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” Em 1 Pe-dro, capitulo 1, versos 18 a 21 diz: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós, que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que vossa fé e esperança estejam em Deus.”

Ele nos comprou com seu precioso sangue. Ele nos resgatou não para vivermos como se ainda fôs-semos escravos, mas para sermos livres. Ele também disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos liber-tará [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” É preciso conhecer a verdade para não ser destruído. Saber que você tem um dono, que Ele pagou, fez, o que ninguém fez ou fará por você.

A identificação é a quinta realidade da cruz. Jesus tomou o nosso lugar ali no calvário. Não era para Ele estar ali, mas por amor Ele nos substituiu.

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E quando você contemplar essa realidade, identi-fique-se com ela. Em Gálatas 2, versos 19 e 20, le-mos: “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”

A vida cristã não é o que muitas pessoas imagi-nam: esforço próprio, força do pensamento ou pen-samento positivo. Imagine as águas amargas falando para elas mesmas: “Ah, nós vamos ficar doce. Vamos melhorar, pode ter certeza que vamos conseguir por nós mesmas!” Jamais aquelas moléculas amargas po-deriam ser justificadas, reconciliadas, regeneradas, terem a redenção ou identificação pelo esforço pró-prio. Foi o “madeiro” que as transformou.

Nós somos um espírito, temos uma alma e mo-ramos num corpo. E a obra de Jesus toca em todas as áreas. Quando Saulo perseguia os cristãos, Jesus o confrontou numa visão e disse: “Saulo, Saulo, por-que me persegues?” (Atos 9.4.). Mas se Jesus já tinha morrido, ressuscitado e assunto aos céus, como Sau-lo o estava perseguindo? Jesus se identificou com os

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cristãos que estavam sendo perseguidos por ele. A identificação.

A sexta realidade da cruz é a santificação. O texto de 1 Coríntios, capítulo 1, verso 30, diz assim: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glo-rie-se no Senhor.” Muitos pensam que “santo” refere-se às imagens de esculturas conhecidas como sacras. No momento no qual o madeiro foi colocado nas águas amargas de Mara, elas passaram a ser santas, pois santo significa separado. Elas não continuaram as mesmas, assim como acontece com aquele que passa a caminhar com Jesus Cristo. Tudo na vida da pessoa passa a ser santo, seja o namoro, o casamen-to, as relações pessoas, a vida financeira, profissional. Na vida do crente não pode haver espaço para tre-vas, somente a luz. A vida do crente é uma vida de santidade, uma vida separada. O Senhor disse assim: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8.12.)

A última realidade da cruz, segundo a Palavra, é a glorificação: “E aos que predestinou, a esses também

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chamou; e aos que chamou, a esses também justifi-cou; e aos que justificou, a esses também o glorificou. [...] Porque para mim tenho por certo que os sofrimen-tos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Romanos 8.29; 18.) Isso nos dá força para suportar as lutas nesse mundo. Ainda que passemos por humilhações, ca-lúnias, enfermidades, rejeição, podemos ter a cer-teza, porque a Palavra não mente, de que seremos glorificados. Assentaremos com Cristo nas regiões celestiais. Os sofrimentos de hoje não podem ser comparados, jamais, com a glória que será revelada em nós. Em 1 Pedro, capítulo 5, verso 1, está escri-to: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada.” Filipenses 3.20 diz exatamente assim: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” E o último versículo, João, capitulo 17, versos 22 a 24: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que seja um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os

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amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comi-go os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amas antes da funda-ção do mundo.”

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conclusão

Jesus disse: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam comigo os que me deste, para que vejam a minha glória.” Pode ser que você esteja no meio de águas amargas, sem poder saciar a sua sede. Ou talvez você não esteja mais no Egito, mas a falta do conhecimento tem destruído você. Contudo, hoje você ouviu a solução de Deus: o madeiro. A cruz é a solução para a crise no casa-mento, para a enfermidade, para o relacionamen-to com os filhos. A cruz é a solução para tudo na vida. Deus fez tudo aquilo que era preciso ser fei-to por você, por meio de Jesus, ali na cruz. Ele o

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justificou, reconciliou, regenerou, ofereceu a reden-ção, identificação, santificação e a glorificação.

Amado leitor, a vida não é apenas para ser so-brevivida. Muitas pessoas sobrevivem a uma difi-culdade, algumas vezes através de circunstâncias esdrúxulas, como beber urina para não morrer de sede debaixo de escombros. Entretanto, há uma diferença entre viver e sobreviver. Ao ler a Bíblia pode-se perceber que o desejo de Deus para os seus filhos não é o de que eles apenas sobrevivam na Terra. Ele quer que vivamos, e para isso nos doou seu Filho, Jesus Cristo: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (João 10.10.)

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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Jesus te aMa e Quer

VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-que me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

Twitter: @Lagoinha_com