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Marcio valadão n°186 um olhar de amor

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: abril/2011

Transcrição:

Marisa Rodrigues

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Nicibel Silva

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

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Introdução

Na Bíblia não existe nenhuma palavra que seja mais poderosa do que outra. Tudo o que foi escri-to na Bíblia tem um propósito, para que pudésse-mos reconhecer que Jesus Cristo é o filho de Deus. E crendo, pudéssemos ter vida através da vida de Cristo em nós. O capítulo 9 do livro de João traz uma revelação gloriosa sobre Jesus. Este é um ca-pítulo marcado por perguntas e respostas. É o ca-pítulo da Bíblia com mais sinais de interrogações. São perguntas que normalmente as pessoas fazem. São indagações da vida, questionamentos que in-quietam o coração do homem. E por causa dessas

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indagações muitas vezes os homens buscam res-postas nas pessoas erradas, correm por religiões, e não encontram as devidas respostas. Se tivéssemos apenas o capítulo 9 da Bíblia, ainda sim teríamos a Bíblia toda, pois teríamos as perguntas e respostas que inquietam a nossa alma. São perguntas: como, quem, onde, o que, crês tu, acaso? As pessoas bus-cam respostas, mas não querem apenas saber, elas querem atitude, mudança. Elas querem uma res-posta concreta, não somente uma resposta para satisfazer uma indagação, ou curiosidade. Elas bus-cam algo diferente. Algo que preencha todo vazio que está em sua alma, contudo estas respostas elas só encontrarão na comunhão, na intimidade com o Senhor Jesus. Nesta mensagem, quero explanar so-bre o milagre de Jesus na vida de um homem cego de nascença. Deste milagre, muitas indagações sur-giram por parte dos religiosos da época e também por parte do próprio homem que era cego. Que através desta leitura, você possa refletir acerca da salvação e da pessoa de Jesus Cristo.

“Pai, declaramos o poder transformador da tua Palavra, ela é espada de dois gumes que divide a alma e o espírito. O martelo que esmiúça a penha, o pão

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que sustenta a nossa alma. Luz para os nossos pés é a tua Palavra. Conceda, Senhor, aos teus filhos, gra-ça, sabedoria e unção do teu Espírito Senhor, para que a tua bendita Palavra possa cumprir o propósito pela qual ela existe, que é consolar, edificar, exortar, e acima de tudo, salvar. E levar os homens a serem per-feitos, habilitados, para toda boa obra, em nome de Jesus. Amém”!

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o olhar de Jesus sobre

nós

Em João, capítulo 9, verso 1, lemos a seguinte expressão: “Caminhando Jesus”. Jesus está sempre caminhando, em movimento, se aproximando das pessoas, se achegando a elas. Normalmente os re-ligiosos, os fundadores de religiões, não se movi-mentam, ficam como se tivessem presos a um lu-gar, à espera das pessoas, e por isso estas vão até eles. Mas Jesus não. Não importa onde você esteja,

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se você clamar por Ele, se você abrir o coração para Ele, você sempre o encontrará de braços abertos para recebê-lo. Na fé cristã, querido, não há um úni-co lugar sagrado, não existe um lugar para onde as pessoas precisam ir para ouvir uma resposta. Jesus está em movimento, Ele está em todo lugar e nos vê como únicos. De Gênesis a Apocalipse, você encon-trará Deus caminhando, se aproximando, revelando a você. Lemos o versículo 1 de João que diz: “Cami-nhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (v.1). Aquele homem era cego, ele não podia ver Jesus, mas Jesus o viu, porque o Senhor vê além, Ele vê o nosso interior, sabe o motivo da nossa dor, do nosso choro, do nosso gemer, sabe a causa de nossa triste-za. E este mesmo Senhor que nos vê viu um homem cego de nascença.

Infelizmente, a nossa maneira de ver as pessoas machuca. Isso porque enxergamos apenas o exte-rior. Se a pessoa está com enfermidade, enxerga-mos apenas a doença dela, mas Cristo vê além, ele contempla o coração, o interior. Ele vê a pessoa, e não a doença dela. Ele vê uma mulher na prostitui-ção e não uma prostituta. Ele a vê como mulher por-que Deus a criou; criou o homem e a mulher, e não a

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prostituta. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1.27.) Ele enxerga a dignidade do homem, a dignidade intrínseca da sua própria criação.

Precisamos ver o outro tal como o Senhor ver. Temos que enxergar todos com a compaixão, misericórdia e com o carinho dele. Se olhássemos para as pessoas como o Senhor as vê, o mundo já teria se rendido aos pés de Cristo. Muitas vezes as pessoas têm dificuldade em aceitar o evangelho por conta do nosso olhar sobre elas. Julgamos pela aparência, pois para nós o que importa muitas ve-zes é o ter. Julgamos os homens pelos seus pecados e os denominamos como “aquele pecador, aquele assassino etc.” Mas essa maneira de ver as pessoas é completamente contrária aos ensinamentos cris-tãos. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2.10.)

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wa cura de um cego de nascença

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mes-tre, quem pecou, este ou seus pais, para que nasces-se cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando

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ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. En-tão, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que esta-va assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Ou-tros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo. Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego. E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Então, os fariseus, por sua vez, lhe per-guntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo. Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam ou-tros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles. De novo, pergun-taram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que

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te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele. Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais e os interro-garam: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora? Então, os pais respon-deram: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo. Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga. Por isso, é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o. En-tão, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador. Ele retrucou: Se é peca-dor, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? Como te abriu os olhos? Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porven-tura, quereis vós também tornar-vos seus discípulos? Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é.

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Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos. Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende. Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito. Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram. Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor, e o adorou. Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”. (João 9.1 a 41.)

No verso 2 de João capítulo 9, os discípulos co-meçaram a indagar o Senhor. “E os seus discípulos

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perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego”? Inicia-se agora, uma série de perguntas. Houve uma inquietação e eles qui-seram saber por que aquele homem nasceu cego. Naquela época, a compreensão que as pessoas ti-nham era a de que se o pai pecasse, o pecado dele afetaria o filho e assim sucessivamente. Havia uma concepção de que o pecado era como uma doen-ça. Principalmente as doenças como cegueira, pa-ralisia, lepra entre outros tipos de doenças, eram consideradas um castigo que Deus infligia sobre o homem, como consequência dos pecados dos pais. No verso 3 está escrito: “Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”. Ou seja, Deus nos criou para manifestar em nós as suas próprias obras. E Ele ma-nifesta sua obra não somente nos cegos, paralíticos, aleijados etc, mas na vida de todo ser humano. Sen-do assim, nós fomos criados para a manifestação da sua obra.

No verso 4, Jesus continua respondendo à per-gunta dos discípulos: “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Verso

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5: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. É necessário fazer a obra enquanto é dia, cumprir o propósito para o qual Deus nos criou. Devemos honrar a Deus, glorificá-lo, bendizê-lo, exaltá-lo. Jesus Cristo exaltou e honrou o Pai, nosso Senhor, não apenas com palavras, mas com ações. Ele fez a vontade do Pai, também no momento que curou este cego de nascença. “Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo”. (Verso 6.)

Nesta passagem, vemos a simplicidade das coisas de Deus. É algo tão natural, simples. Não há complicação nenhuma em como Jesus conduz sua vida. A Palavra de Deus não é complicada. Querido, o caminho do Senhor é simples. Ele diz que nem os loucos errarão este caminho (Isaías 35.8). Então, diante de Jesus estava aquele homem cego de nas-cença, que após receber o lodo feito da saliva do Senhor, recebeu a ordem para se lavar no tanque de Siloé, que significa “enviado”. O homem lavou-se ali e passou a enxergar. O Senhor tem uma forma muito simples de fazer as coisas, mas para tudo há

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um propósito. Quando Ele mandou moço lavar os olhos, Ele queria trabalhar alguns aspectos na vida dele, e em primeiro lugar a obediência. Existem pes-soas que são teimosas, que têm dificuldade em crer. O lodo que Jesus fez para passar nos olhos do ho-mem tinha areia, e esta incomoda quando entra em contato com a pele, por isso creio que quando Je-sus o mandou se lavar, ele fora imediatamente, pois aquilo deveria estar incomodando, e isso me leva a acreditar que algo chega às nossas vidas como um incômodo. Muitas pessoas vão para a igreja, que podemos chamar de tanque de Siloé, por causa de um incômodo, uma dor etc. Não só porque Jesus mandou, mas porque há algo em suas vidas que está doendo, machucando, elas vão em busca de refrigério.

Nos versos 8 e 9 está escrito: “Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendi-go, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu”. Quando recebemos a Jesus, a nossa vida é trans-formada, é impactada pelo seu amor, pela sua cura, pelos milagres que Ele opera em nós. A nossa vida

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– o modo de viver, o falar, o carinho, o amor, a com-paixão – precisa refletir o milagre da salvação. As pessoas serão impactadas, também, por meio das obras de Deus na nossa vida.

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Jesus é o nosso modelo

A palavra ‘cristão’ significa parecido com Cristo, ou seja, a mesma natureza, a mesma realidade da vida de Jesus Cristo. As pessoas precisam olhar para mim, para você, querido e ver Jesus na nossa vida. Ele é o nosso modelo, o nosso exemplo. No dia 19 de maio de 1966, eu entreguei a minha vida para Jesus e quando voltei para minha casa, para o meu trabalho, as pessoas olhavam para mim e diziam

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que alguma coisa tinha acontecido comigo. Queri-do, não é uma mudança de religião, é um mudança de vida. Antes, aquele homem não via, era cego, mas depois “perguntaram-lhe, pois: como te foram abertos os olhos”? E ele respondeu. “O homem cha-mado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então fui, lavei-me e estou vendo”. (Verso 11.) A nossa fé é um relaciona-mento com Deus, não é algo como as pessoas, mui-tas vezes, imaginam, superstição, em que as pesso-as atribuem poderes espirituais a coisas naturais, buscando assim uma resposta de Deus. Superstição é isso, mas a fé cristã exclui toda superstição. Algu-mas pessoas acreditam que se colocarem a Bíblia aberta em sua mala, antes de viajar, terão proteção. A Bíblia não é um talismã, ela é a Palavra de Deus que deve ser lida, deve estar em nosso coração.

No capítulo 21 de Números, versos 4 a 9, temos o relato do comportamento do povo de Israel, que murmurava contra Deus e contra Moisés. Por causa disso, eles receberam serpentes abrasadoras que picavam o povo, como lição, e muitos morreram. Diante dessa situação, o povo confessou que havia cometido pecado, falando contra Deus e Moisés, e

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pediram para Moisés orar a Deus, para que os livras-se das serpentes. Moisés atendeu ao pedido e cla-mou a Deus em favor do povo. O Senhor mandou que fizesse uma serpente abrasadora e a colocasse sobre uma haste, e todo aquele que fosse picado por esse animal, ao olhar para ele na haste, seria curado e não morreria. Aqueles que creram foram curados. Em João, capítulo 3, verso 14 e 15, Jesus falou desse episódio dizendo: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”. Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, o Senhor Je-sus foi levantado na cruz, para que tivéssemos vida, e vida em abundância (João 10.10). Todos os nossos pecados, as nossas, dores, feridas, doenças, Ele le-vou sobre si e fomos sarados. Ele é o nosso salvador, o nosso exemplo de vida, assim como Ele curou o homem cego de nascença, Ele cura hoje, Ele sara feridas. Ele é o mesmo, o Senhor não mudou. Se-jamos como Ele, como sua imagem e semelhança. Que a nossa vida seja como a vida de Jesus, santa, irrepreensível, cheia de amor, compaixão, cuidado para com os nossos irmãos.

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onde ele está?

Em João, capítulo 9, verso 12, está escrito: “Dis-seram-lhe, pois: onde está ele? Respondeu: Não sei”. Jesus (enquanto homem) podia estar em um lugar de cada vez, mas desde que Ele ascendeu aos céus, veio através do seu Espírito, e está em todos os lu-gares ao mesmo tempo, por isso ninguém pode di-zer que não sabe onde Ele está porque a Palavra de Deus diz: “Perto está o Senhor de todos os que o invo-cam, de todos os que o invocam em verdade”. (Salmo 145.18.) Basta você dizer: “Jesus”! E Ele responderá:

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“Eis-me aqui”. Onde está Ele? Onde está o que res-taurou seus olhos? Onde está o que trouxe vida a sua vida? Muitas vezes as pessoas querem ouvir de você. Elas veem, mas é preciso que você diga, mos-tre para elas. E você vai dizer não apenas que Ele está na igreja ou na sua casa, Ele vai estar onde você mostrar. Ele é onisciente, onipresente, está em toda parte, onde você estiver você pode chamá-lo e Ele estará de braços abertos para recebê-lo.

“Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego. E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos”. (Versos 13 e 14.) O homem foi leva-do para os fariseus, religiosos da época que eram judeus radicais, com um propósito. Jesus Cristo po-deria ter curado aquele homem um dia antes, mas não o fez. O propósito era que Deus fosse glorifica-do, para que se manifestassem ali as obras de Deus. “Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver”. (Verso 15) Os vizinhos perguntaram, os religiosos perguntaram, como passou a ver, ao que lhes respondeu: “Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo”. “Por isso alguns fariseus di-ziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam os outros: Como pode um homem

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pecador, fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles”. (Verso 16).

Alguns diziam que para Jesus ser um homem de Deus, Ele tinha que guardar o sábado. Quanto engano! A compaixão do Senhor vai tão além, mais tão além, de preceitos e do senso de valor do ho-mem. Quantas vezes as pessoas querem fazer os princípios da lei valerem mais do que a própria vida do homem? “De novo perguntaram ao cego: Que di-zes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta. Respondeu ele”. (Verso 17.) Ele não sabia o que significava ser profeta, apenas sabia que pro-feta era uma pessoa piedosa. Então, quem sabe ele começou a recordar do que havia ouvido falar dos profetas, como Elias, Eliseu, como tantos outros que fizeram sinais. “Não acreditaram os judeus que ele fora cego, e que agora via, enquanto não lhe chama-ram os pais”. (verso 18) Os vizinhos, os religiosos, e depois os pais... Nos primeiros meses de vida, ele foi alimentado pela mãe. Ela e o pai certamente ensi-naram-lhe a dar os primeiros passos, a tatear e co-nhecer as coisas. Os pais o conheciam tão bem, tão intimamente, sabiam que ele era cego de nascença, e depois foram avisados de que milagrosamente o

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filho passou a enxergar. Já os fariseus “os interroga-ram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora? Então os pais responde-ram: Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego” (Verso 19 e 20). “Mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabe-mos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo”. (Verso 21.)

Algumas pessoas quando se converteram, ou-viram dos próprios pais e de outras pessoas, algu-mas indagações: “O que houve”? “Como você mu-dou tanto”? “O que aconteceu”? “Como esse milagre aconteceu na sua vida?” “Como você está vendo a vida agora?” Tudo isso porque estas pessoas ainda não conhecem a Jesus, não ouviram falar dele. Eles desconhecem aquilo que Jesus é, mas passam a ver Jesus através da sua vida. Por isso, querido, é pre-ciso que você tenha uma vida santa, plena diante do Senhor, porque quem olhar para você verá Jesus em sua vida, verá o milagre dele em você.

Os pais daquele homem deram tal resposta porque estavam com medo dos judeus, pois ha-viam assentado que se alguém confessasse ser Je-sus o Cristo, seria expulso da sinagoga (verso 22). E

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de maneira semelhante, muitas pessoas nos nossos dias se agarram a uma religião, uma tradição, e di-zem que “nasceram na tal religião e nela vão morrer”. Estes não têm entendimento de que dessa forma perdem a grandeza do amor de Deus, tudo o que Jesus fez, por causa de uma tradição. Os pais do ho-mem cego pertenciam à religião judaica e tinham medo de confessar que Jesus era o Cristo, medo de serem expulsos da sinagoga. Eles estavam vendo o milagre na vida do filho, mas não queriam afirmar aquele milagre. Muitas pessoas por medo de serem colocadas de lado, medo do preconceito, temem confessar Jesus como Senhor e Salvador, por receio de serem expulsas, de serem menosprezadas. As-sim aconteceu aos pais do homem que fora cego, por medo eles não assumiram o milagre na vida do filho, não assumiram o testemunho de fé.

“Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que este homem é pecador” (verso 24), fa-lavam a respeito de Jesus. Então o homem que fora cego retrucou: “Se é pecador, não sei; uma coisa eu sei: eu era cego e agora eu vejo” (Verso 25). “Pergun-taram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos?

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Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura quereis tornar-vos seus discípulos? Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discí-pulos de Moisés” (Versos 26 e 28). Eles diziam que eram daquela religião e que não iriam mudar, os fariseus eram homens religiosos, a religiosidade era tudo para eles, não importava os milagres de Jesus, porque em primeiro lugar estava a religião. Em ne-nhum momento Jesus falou em religião, nem mes-mo aquele cego estava dizendo sobre religião. Mas os fariseus estavam questionando a respeito de religião. O Senhor não tem nos chamado para con-fessarmos uma religião, uma doutrina, Ele tem nos chamado para sermos seguidores de Cristo, para se-guirmos o exemplo de Jesus, para o confessarmos como Senhor e Salvador das nossas vidas.

“Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é”. (Verso 29.) Será que você sabe de onde Jesus é? Ele veio de Deus, Ele é o próprio Deus. As Escrituras dizem que Ele, “[...] se esvaziou, assu-mindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana”. (Fi-lipenses 2.7.) Nós sabemos de onde Ele é. Aquele

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homem que era cego voltou e disse: “Nisto é de es-tranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos”. (Verso 30.) Ele estava dizendo: “Vejam os milagres de Jesus, vejam o que Ele tem feito, parem de olhar para a religião de vocês”.

Amado, Jesus um dia mudou a minha vida, mu-dou a minha história, abriu os meus olhos, por isso hoje posso falar dele para você. E o nosso irmão de João traz uma afirmação dizendo: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende. Desde que há mundo, jamais se ouviu que al-guém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito”. (Verso 31 a 33.) Mas os religiosos, o retruca-ram: “Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram”. (Verso 34.) Eles expulsaram aquele homem que era cego de nascença, mas que passou a ver, entretanto, eles enxergavam com os olhos físicos, mas eram cegos espirituais e se nega-vam a ver.

“Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encon-trando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem”? (Verso 35) Jesus nos faz uma única pergunta: “Crês

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tu no Filho do Homem? Você crê, confia”? “Ele respon-deu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou. Prosse-guiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”. (Versos 36 a 41.)

São essas as perguntas que encontramos: Como? Quem? Que? Onde? Crês tu? Acaso? No ver-so 10 está escrito: “Como te foram abertos os olhos”? verso 36: “Quem é senhor para que eu nele creia”? Versículo 26: “Perguntaram-lhe pois: que te fez ele? Como te abriu os olhos”? Verso 12: “Onde está ele”? Verso 17: “Que dizes tu a respeito dele”? No verso 35 a pergunta é: “Crês tú no filho do homem”? Verso 40: “Acaso, também nós somos cegos”? Hoje nós somos confrontados com essas perguntas. Mas qual é a sua resposta? Que a sua resposta seja: “Eu creio”.

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consIderações

fInaIs

O milagre que Jesus operou na vida do homem de João 9 pode ser realizado em qualquer área de sua vida, basta que você o busque, abra o coração para Ele. Pode ser que a causa de sua cegueira seja a religião, preconceitos religiosos do tipo: “Eu nasci numa religião, e vou morrer nesta religião”. Mas Je-sus Cristo não quer discutir isso com você, o que Ele quer é abrir, limpar os seus olhos de todo pecado, de toda névoa que o tem impedido de vê-lo verda-

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deiramente como seu Senhor e Salvador, de con-templar os milagres que somente Ele pode operar.

Da mesma forma que Moisés levantou a ser-pente no deserto, Jesus Cristo foi levantado na cruz, para que todo aquele que nele crê, não pe-reça, mas tenha a vida eterna (João 3.16). O que Jesus tem para você é vida, vida eterna. Ele de-seja abrir os seus olhos, mas antes é preciso que você obedeça. Jesus traz Siloé até você, para que você se lave. “Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou ven-do”, então obedeça ao Senhor, pois por meio da sua obediência Ele trará a sua cura. Caminhando Jesus, viu o Márcio, viu você, viu a nós, pobres pecadores, mas mesmo diante de tudo o que so-mos, Ele nos ama e por isso deseja abrir os nossos olhos e transformar a nossa vida. Para encerrar, compartilho com você essa canção entoada pela minha filha Mariana, ela traduz um pouco da nos-sa realidade. Desejo que o Espírito Santo ministre ao seu coração, também, por meio dessa letra:

Mesmo sendo assim, pobre pecador Deus me ama

Mesmo sendo falho, mesmo sem merecer Deus

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me amaSe eu estou forte, se eu estou de pé Deus me

amaSe eu sou fraco, se eu estou caídoEle não deixa de me amarSem o seu amor, sem o seu perdão, o que seria

de mimDeus me amou tanto que entregou seu filhoPara morrer em meu lugarDeus me ama, e o seu amor é tão grande incon-

dicionalDeus me ama, e Ele está sempre de braços aber-

tos pra mim.Deus abençoe!Márcio Valadão

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Jesus te ama e Quer

VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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