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A relação do marxismo com a educação - pontos centrais para compreender a educação na abordagem de Marx.
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MARXISMO E EDUCAÇÃO
Prof. Dr. Paulo Gomes LimaProf. Dr. Paulo Gomes Lima Professor Adjunto da Faculdade de Educação
( ) - FAED Universidade Federal da Grande – ( ) .Dourados UFGD MS200 9
2Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
MARXISMO E EDUCAÇÃO• Marx concebe o homem como um ser construído nas relações de trabalho, sendo sobretudo um ser social, portanto seu processo educacional deve ser entendido à luz da realidade de como produz sua existência, a este respeito diz o próprio Marx:
•“O modo pelo qual os homens produzem seus meio de vida depende, antes de tudo, da natureza dos meios de vida já encontrados e quer têm de reproduzir. Não se deve considerar tal modo de produção de um único ponto de vista, a sabe: a reprodução da existência física dos indivíduos. Trata-se, muito mais, de uma determinada forma de atividade dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo de vida dos homens.”
[Marx & Engels, 1987, p. 27 – A ideologia alemã]
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• Neste sentido o marxismo se opõe à uma educação burguesa, que vê somente o desenvolvimento do intelecto como o mais importante. Assim, conclui que não são as idéias que movem o mundo, mas elas são determinadas pelas condições materiais da existência humana.
MARXISMO E EDUCAÇÃO
• A educação formal encontra-se na dependência das forças econômicas, daí a importância do posicionamento social e político das classes oprimidas em busca de uma educação emancipadora.
• São as condições de produção de sua existência que solicitam uma educação condizente do homem como ser histórico que se mobiliza na história e se mobiliza com a história.
4Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
MARXISMO E EDUCAÇÃO• A educação deve acompanhar o processo revolucionário, preparando por meio da conscientização aqueles que querem instaurar uma nova sociedade.
• O marxismo enfatiza a importância de uma escola unitária em que todos tenham o mesmo tipo de escolarização e não haja separação entre trabalho intelectual e trabalho braçal. Nesta escola o sujeito como ser social toma consciência das relações entre a força de trabalho e os meios de produção.• A educação deve ser entendida e discutida à luz da dialética materialista histórica, uma vez que é historicamente situada e, conseqüentemente, determinada por meio de das condições materiais da existência humana.
5Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
MARXISMO E EDUCAÇÃO• O saber deve estar voltado para a transformação do mundo do trabalho, para a desmistificação da alienação e da ideologia/conscientização da classe oprimida.
• Para Marx seria necessário mudar as condições sociais para se criar um novo sistema de ensino, por outro lado, um novo sistema de ensino contribuiria para a transformação das condições sociais.• A escola unitária, proposta pelo marxismo, envolvendo o trabalho produtido e a educação deveria compreender 3 momentos:1. Educação intelectual,
2. Educação corporal – ginástica/exercícios físicos
3. Educação tecnológica – princípios gerais e científicos de todos os processos de produção
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MARXISMO E EDUCAÇÃO• Cambi (1999, p.555-556) sintetiza em cinco pontos os
aspectos específicos da pedagogia marxista:
1.Uma conjugação dialética entre educação e sociedade, segundo a qual todo o ideal formativo e de prática educativa implica valores e interesses ideológicos, ligados à estrutura econômico-política da sociedade que os exprime e aos objetivos práticos das classes que a governam;
2. Um vínculo, muito estreito, entre educação e política, tanto em nível de interpretação de várias doutrinas pedagógicas, quanto em relação as estratégias educativas voltadas para o futuro que recorrem (devem recorrer) explícita e organicamente à ação política, à práxis revolucionária;
Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
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MARXISMO E EDUCAÇÃO
3. A centralidade do trabalho na formação do homem e o papel prioritário que ele vem assumir no interior de uma escola caracterizada por finalidades socialistas;
4. O valor de uma formação integralmente humana de todo homem, que recorre explicitamente à teorização marxista do homem “multilateral”, libertado de contradições, inclusive culturais, de submissão e de alienação;
5. A oposição, quase sempre decisivamente frontal, a toda forma de espontaneísmo e de naturalismo ingênuo, dando ênfase, pelo contrário, à disciplina e ao esforço, ao papel de “conformação” que é próprio de toda educação eficaz.
Prof. Dr. Paulo Gomes Lima