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DIREITO AMBIENTAL 1ª aula – apenas um bate-papo - Quais são os constituintes dos microecossistemas ambientais? UPI – Unidade de Proteção Integral – áreas totalmente protegidas; não pode ter intervenção; não pode criar gado, nem ter fazenda dentro de uma área dessas. Ex.: Parque Nacional de Bodoquena. - Siglas: APP - Área de Proteção Permanente. SNUC- Sistema Nacional de Unidade de Conservação. US – Unidade de Uso Sustentável – projeto chamado APA: área de uso sustentável/área de proteção ambiental – aquilo que você pode trabalhar. Aquilo que você pode trabalhar, intervir, é chamado uso sustentável. - Competência quanto à natureza: Executiva; Administrativa; Legislativa. - Competência quanto à extensão: Comum; Exclusiva; Privativa;

Matéria Ambiental

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DIREITO AMBIENTAL1 aula apenas um bate-papo

- Quais so os constituintes dos microecossistemas ambientais?

1 UPI Unidade de Proteo Integral reas totalmente protegidas; no pode ter interveno; no pode criar gado, nem ter fazenda dentro de uma rea dessas. Ex.: Parque Nacional de Bodoquena.- Siglas:

APP - rea de Proteo Permanente.

SNUC- Sistema Nacional de Unidade de Conservao.

US Unidade de Uso Sustentvel projeto chamado APA: rea de uso sustentvel/rea de proteo ambiental aquilo que voc pode trabalhar. Aquilo que voc pode trabalhar, intervir, chamado uso sustentvel.- Competncia quanto natureza:

Executiva;Administrativa;Legislativa.- Competncia quanto extenso:

Comum;

Exclusiva;

Privativa;

Suplementar;

Concorrente.

- ISO Organizao Internacional de Padronizao

Sries:

9.000: qualidade do material.

14.000: qualidade ambiental.- CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente: ele que cria Resolues quanto ao padro da qualidade ambiental. Ele normatiza toda a questo do controle ambiental do pas. Ex.: j existe a Resoluo para o carro, quanto ao farol de xnon aceito aquele que j vem de fbrica (padro de qualidade ambiental, j que pode afetar a sade humana), porque j vem calibrado, caso contrrio voc pode ser multado e obrigado a tirar, j que est fora do padro do CONAMA.- Tudo que decorre do Direito Ambiental voltado para a qualidade/dignidade de vida do ser humano.

- PRAD Projeto de Recuperao de rea Degradada.

- IMASUL um dos rgos que tem a competncia/atribuio de fazer o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e exigir o PRAD.

- EPIARIMA Estudo Prvio de Impacto Ambiental com seu respectivo Relatrio de Impacto Ambiental.2 aula INTRODUO AO DIREITO AMBIENTAL1. Ramo do Direito?

Alguns doutrinadores entendem que no existe um novo ramo do Direito. Direito Ambiental na realidade no um ramo novo do Direito como o Previdencirio e o Penal. O Direito Ambiental apenas uma rea do conhecimento jurdico que est entremeado em outras reas, por exemplo, tem direito tributrio ambiental, tem tutela cvel ambiental, lei de crimes ambientais (dentro da rea criminal). Enfim, no existe uma nova rea a ser trabalhada.

A corrente majoritria entende que sim. Tem uma nova rea, uma nova vertente. Comeou como um apndice/um pedao do Direito Administrativo, que pensava apenas em multa, e hoje um novo pensar, haja vista que hoje voc discute a questo ambiental em todas as vertentes do conhecimento humano (ex.: Rio+20 acontecimento mundial, de grande relevncia). Ento, isso tudo normatizado dentro dessa rea prpria do Direito que o Direito Ambiental.

Ento, o Direito Ambiental trabalha um objeto; um objetivo e uma meta (esses trs elementos que norteiam o Direito Ambiental, se que se pode se dizer assim), tem como: Objeto a ser trabalhado ( a manuteno dos ecossistemas.

O que ecossistema? todo o sistema ecolgico.

O que qu o sistema ecolgico? Ecos vm de locos Ecologia estudo do lugar aonde se vive. Logo, sistema ecolgico o sistema do lugar aonde se vive.Ex.: ecossistema universitrio ou ecossistema 10 B noturno, aonde ns temos caractersticas peculiares.

Ento, cada lugar tem uma caracterstica prpria, e ai voc vai trabalhar isso nas vrias reas do meio ambiente, como o natural, por exemplo, o ambiente que voc vai encontrar no Pantanal totalmente diferente do Cerrado; o ambiente urbano que voc vai encontrar em uma grande metrpole, como So Paulo, e totalmente diferente de uma cidade como Jardim, Miranda. Ento, cada sistema ecolgico, ou seja, o objeto a ser trabalhado, vai suscitar determinado tipo de norma. Ento, por exemplo, quando voc trabalha normativas urbanas, so todas as normas voltadas para o sistema urbano (diretrizes urbansticas normativas prprias municipais).

Ento essa manuteno do ecossistema, logicamente dentro do Direito Ambiental, se d atravs de normas criao de normas especficas.

Outro exemplo: meio ambiente laboral (art. 200, VIII, CF). Objetivo a ser alcanado por essa disciplina: a sade humana (que se desdobra em dignidade da pessoa humana, da vida humana).Ento, o Direito Ambiental predominantemente voltado, e somente voltado, para a qualidade de vida. Ento, a gente pode dizer que Direito Ambiental trabalha qualidade de vida, que o desdobramento l dos Direitos Humanos de 3 Gerao direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Metas a serem cumpridas/alcanadas: *Conservar aquilo que ns estamos usando/usar com parcimnia, com cuidado, para que possa ser usado mais tarde. Ex.: gua; macete: Biblioteca.O oposto a degradao ambiental: perda da qualidade, perda do valor. E a degradao, leva a um ltimo estgio chamado: poluio (atmosfrica, sonora, hdrica, do solo, luminosa) ex.: Rio Tiet.*Preservar aquilo que deve ser mantido, ou seja, no intervir/no mexer. Ex.: APP rea de Preservao Permanente uma rea que permanentemente no pode se intervir/intocvel; macete: Museu (voc no pode tirar foto, no pode tocar no objeto, porque voc est intervindo contra o bem, e aquele bem deve ser preservado para as futuras geraes).*Recuperar aquilo que est degradado, no podemos deixar sem recuperar.Obs.: no existe a palavra lixo, resduo.

2. Princpios Constitucionais:

Legalidade: porque est dentro de um arcabouo legal, jurdico, constitucional.Reserva Legal: porque existe uma rea especfica normativa que trata do Direito Ambiental (no sentido estrito) ( art. 225, CF o qual trabalha exatamente o Direito Ambiental.

Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

O termo usado pelo legislador (preservar no intervir) na verdade conservar usar com parcimnia.O ramo do Direito Ambiental um ramo novo, comeou na dcada de 80, com a Poltica Nacional de Meio Ambiente Lei n 6.938/81.3. FonteApenas a lei (o Direito Ambiental foi pensado juridicamente, foi criado em cima de lei).

Voc no encontra muito julgado de ambiental ainda, porque uma rea nova ainda.

4. Meio ambienteTecnicamente falando, um local onde se est em harmonia.- Conceito legal: Lei 6.938/81 conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica, biolgica, que regem, permitem, abrigam a vida em todas as suas formas.

- Objeto: imediato a qualidade do prprio meio/ambiente. mediato sadia qualidade de vida.

Ento, voc vai sempre encontrar a sadia qualidade de vida (objeto mediato) ligada (diretamente relacionada) qualidade do ambiente (objeto imediato). inerente isso, porque uma coisa leva outra uma consequncia da outra. Ex.: se voc tem infraestrutura, saneamento, alimentao, voc tem uma qualidade de vida boa; se voc no tem saneamento (ou seja, no tem esgoto tratado), no tem gua de qualidade, come mal ( desnutrido), voc tem uma pssima qualidade de vida, consequentemente o meio ambiente que voc est no pode ser bom.

- Caractersticas Constitucionais:

Amplo indeterminado porque o preceito constitucional (art. 225, CF) deu um sentido indeterminado para a coisa: todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Qual o meio ambiente? Ele no falou. Surgiu nessa Constituio (88), que no existia, o meio ambiente laboral (art. 200, VIII, CF). Ns temos o artificial, o cultural... (ento, quantos existirem). - Classificao ao Meio Ambiente:a) Meio Ambiente Natural (mato, bicho, gua, solo, vegetao, fauna, flora) esses bens so tutelados pelo Estado. Bem ambiental hoje (CF/88), no entendido como bem pblico.b) Meio Ambiente Artificial (urbano).c) Meio Ambiente Cultural d) Meio Ambiente do Trabalho caracterizado por uma rea salubre, onde tem condies favorveis de vida. Tudo que ao contrrio/oposto disso e a degradao desse meio.*Baseia-se na salubridade do meio, onde se desenvolve atividades laborais, de no apresentar nesse meio agentes patognicos (aqueles que causam mal sade). Por isso dos percentuais (adicionais) de insalubridade e periculosidade, devendo o indivduo optar por um deles.5. Bens AmbientaisBem ambiental tudo aquilo que necessrio para a sua sobrevivncia (segurana, educao, lazer... art. 6, CF) em relao qualidade de vida. O bem ambiental est ligado diretamente qualidade de vida. Tudo aquilo que essencial a nossa qualidade de vida, bem ambiental.Ex.: gua de boa qualidade ( um bem ambiental) voc no precisa de uma gua contaminada, voc precisa de uma gua potvel; alimentao de boa qualidade; educao.

Ento, bem ambiental tudo aquilo que essencial para a nossa sadia qualidade de vida de uso comum do povo, essencial!

*Cdigo Civil/16 (diferente) Cdigo Civil/2002 quanto aos bens ambientais: o Cdigo Civil/16 inclua como sendo bem pblico, os bens de uso comum do povo, e a CF/88 rompeu com essa ideia.*Bem Pblico (diferente) Bem Particular (diferente) Bem Difuso: bem pblico aquele que tem como caracterstica o agente/sujeito desse bem ser pblico; bem particular aquele que tem como caracterstica o agente/sujeito desse bem ser particular; bem difuso (bem de uso comum do povo) aquele que tem como caracterstica o agente/sujeito desse bem ser todos/todo mundo (art. 225, CF).3 aulaDiferena entre bem difuso e bem coletivo: art. 61, , CDC (Cdigo de Defesa do Consumidor). O bem ambiental coletivo.

6. Estrutura do Bem Ambiental (continuao da aula anterior) - Uso comum do povo

- Essencial

- Ligado sadia qualidade de vidaO bem ambiental est ligado dignidade da vida/ vida.

*Quanto ao objeto: o bem ambiental trabalhado como objeto (ex.: ar, gua, solo, bens culturais) indivisvel.*Quanto titularidade (titular/sujeito): indeterminado porque o bem de uso transindividual, cujo sujeito indeterminado.*Quanto forma: complexo, necessrio/essencial, interdependente (ele nunca est isolado depende de mais alguma coisa), e inter-relacionado (quando voc tem uma pssima qualidade da flora, por exemplo, voc tem de tabela, uma pssima qualidade do recuso hdrico; se voc tem uma degradao da flora, em uma determinada regio, com certeza o seu recurso hdrico vai estar degradado).*Quanto ao interesse: difuso ( de todos ns).*Quanto finalidade: a sadia qualidade de vida.PRINCPIOS DO DIREITO AMBIENTAL (mais importantes)Princpio: aquilo que norteia, que orienta, a base.

a) Princpio do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado: Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225, CF). Foi o primeiro princpio recepcionado explicitamente na Constituio, porque ele advm do primeiro princpio: 1972 CNUAH Conferncia das Naes Unidas para o Ambiente Humano (Estocolmo ( colocou como princpio primeiro no documento o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado). At ento, Estocolmo entendia que o meio ambiente era um acessrio, porque o entendimento era antropocntrico (o homem est no centro e o resto ao seu redor). Tem como caractersticas ser transcendental, ou seja, transcende o individuo e de ser clusula ptrea, ou seja, no d para tirar mais da CF.

Est ligado dignidade da pessoa humana.Obs.: a evoluo do Direito Ambiental passou primeiro, por Estocolmo; 20 anos depois, pela Eco 92 (Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente que repetiu o mesmo princpio: direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Agora o homem faz parte do bem, um dos integrantes), no Rio de Janeiro; agora, Rio+20 (Biodiversidade).

b) Princpio da Natureza Pblica da Proteo Ambiental:A tutela dos bens ambientais est sob a tica pblica. O Poder Pblico tem a obrigao, o dever-poder de proteo aos bens ambientais, seja em qual rea for (laboral, cultural, natural, artificial). bem de uso comum.

Primazia do Poder Pblico.

Prevalncia do interesse pblico sobre o interesse privado (Direito Administrativo).O interesse pblico est ligado diretamente a essa proteo do bem ambiental.c) Princpio do Controle do Poluidor pelo Poder Pblico:Est diretamente relacionado com o Poder de Polcia Administrativo. O Fiscal da Prefeitura, ao vistoriar uma obra, ele est exercendo o Poder de Polcia Administrativo frente questo ambiental.

Poltica Ambiental tambm uma das maneiras, uma das prerrogativas que o Poder Pblico lana para controlar o poluidor, de que maneira? Educao Ambiental (a qual dever ser aplicada em todos os nveis do conhecimento/ensino, ou seja, no primeiro nvel, no segundo nvel, inclusive na Universidade. uma obrigao constitucional.).Nesse tipo de controle, tambm se usa como ferramenta o TAC, pelo MP, pelos rgos ambientais, que vo exigir o PRAD. No existe direito adquirido em questes ambientais (Ah no! Aquela rea j est degradada faz tempo! No foi culpa minha). A responsabilidade objetiva, propter rem (do dono da rea, do dono da propriedade).d) Princpio da Varivel Ambiental: o entendimento de que, como vai ficar aquele ambiente com ou sem aquela interveno.

Exemplo: Igreja Universal (Av. Mato Grosso), quando da instalao dessa catedral, a Prefeitura pediu um estudo de viabilidade, porque preciso saber como vai ficar aquele meio ambiente com e sem. Como a quadra estava vazia (os feirantes usavam para guardar os carrinhos de lanche)... O cara comprou a quadra inteira - socializou a regio! Contudo, ele tinha um problema: estacionamento (aonde colocar os carros? Na Mato Grosso ia ficar invivel!). No caso do shopping, coloca ou em cima ou embaixo do mesmo. No caso da Igreja em tela, colocou a catedral no meio da quadra e colocou o estacionamento ao redor, ai saiu a GDU (Guia de Diretrizes Urbansticas). Ele atendeu, dentro da varivel ambiental, a questo ambiental, apresentando alternativa locacional (locou aonde o estacionamento? Ao redor da catedral). E mesmo assim causou impacto (sempre causa) qual foi o impacto? Vrios vendedores ambulantes.EIA Estudo de Impacto Ambiental (est dentro do EPIARIMA tipo de licenciamento, em que o EIA est dentro. No confundir!!). Ligar a varivel ambiental ao Estudo de Impacto Ambiental. Ai pede trs alternativas locacionais (de locao), que para voc ter a possibilidade de instalar um empreendimento, para que ele seja mais benfico para o meio ambiente.Para protocolar o EIA no Estado necessrio entregar a GDU (Guia de Diretrizes Urbansticas), porque o Municpio precisa falar para o Estado: o que ele quer fazer ali ns aprovamos!

O aeroporto de Congonhas uma exemplo da no aplicabilidade da varivel ambiental. Ele era uma aeroporto rural, que atendia os aviezinhos rurais. Comeou a fechar bairros, residncias em torno, aumentou a populao. Virou aeroporto nacional. Houve uma adequao ambiental, no d para mudar, voc mitiga s (regula os horrios de funcionamento).e) Princpio da Participao Comunitria:Como que a comunidade participa? Cumprindo com o dever legal explicitado na CF: ... impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes (art. 225, CF).1 - atravs da informao (voc pede informaes ambientais);

2 - atravs da participao em audincia pblica (a comunidade deve participar das decises ambientais nas audincias pblicas) ( EIARIMA vai ser realizada em audincia pblica. No nosso Estado, audincia pblica ambiental obrigatria (constitucional), embora ela seja facultativa na norma.4 aulaContinuao...f) Princpio do Poluidor Pagador:A partir da dcada de 80, houve uma mudana no pensar ambiental no pas, com a Lei 6.938/81 art. 4, VII: aquele que poluir e degradar o meio ambiente dever ressarcir, recuperar. Poluiu pagou: esfera cvel, administrativa e penal.Essa ideia veio para dar uma nova vertente para aquilo que acontecia no pas (antes era pagador poluidor, eu pagava, eu polua antes era o inverso: os custos ficavam com a sociedade e os lucros com os empresrios), atravs da Poltica Nacional de Meio Ambiente: socializao dos lucros e a privatizao dos custos. Qual o lucro para o Meio Ambiente? Social, natural, urbano. Ento voc tem programas ambientais, educao ambiental, voc v uma srie de medidas hoje obrigatrias frente atividade poluidora, no mais voc pode poluir, voc tem que tomar todas as medidas e ainda socializar os lucros.g) Princpio da Funo Socioambiental da Propriedade: a viso de que no existe mais o direito total sobre a propriedade, ao contrrio, existe a restrio de direito. Voc no tem mais o direito de usar totalmente a propriedade a reserva legal um exemplo disso. Ento, existe a restrio administrativa de uso da reserva legal.

Tanto a propriedade urbana (art. 182, 2, CF) quanto a propriedade rural (art. 186, CF) devero contemplar a funo socioambiental. Ex.: terrenos vazios, na cidade, sem nenhuma edificao, mas que tem outdoor, tem um lava-jato, isso ai dar funo social para a propriedade. A propriedade que no cumprir a funo socioambiental, tanto urbana quanto rural, vai incidir o que a gente chama de IPTU ou ITR progressivo, passivo de desapropriao para assentamento agrrio.A propriedade que no tem a reserva legal ou a APP adequada/regularizada tambm deixa de cumprir a funo socioambiental. A ideia antes era: desmatar e produzir. Hoje: no pode desmatar mais um grande problema hoje (que no foi resolvido ainda), porque eu no posso desmatar, mas eu tenho que produzir, que dar funo social para a propriedade!h) Princpio do Desenvolvimento Sustentvel:Est explicitado na Declarao das Naes Unidas para o Ambiente Humano, tambm na Eco 92, onde o indivduo tem direito ao seu desenvolvimento. um princpio basilar dos Direitos Humanos, inclusive, de 3 Gerao.i) Princpio da Cooperao entre os Povos:Est explicitado na CNUAH e na Lei de Crimes Ambientais (art. 77) ( dever haver colaborao dos Estados estrangeiros, ou seja, dos Estados-Membros, para que eles possam mutuamente se auxiliar frente ao combate ao crime ambiental.j) Princpio da Precauo e Preveno:Art. 54, da Lei dos Crimes Ambientais.

Precaver (se voc no conhece voc vai se precaver) diferente de Prevenir (voc vai usar a preveno quando voc j conhece a situao).

COMPETNCIAQuanto natureza:

- Executiva (execuo): projeto, plano. Ex.: Plano Nacional de Recursos Hdricos; Plano Nacional de Resduos Slidos; Poltica Nacional de Recursos Hdricos. Exclusiva da Unio (executada em todos os mbitos - regra geral); Estadual regional; Municipal local. No grande plano, sempre vai caber a Unio. Todos os grandes programas (infraestrutura, educao, recursos hdricos, ambiental) a competncia sempre vai ser Executiva, exclusiva da Unio.

Outra competncia Executiva, exclusiva da Unio, o ordenamento territorial geral a Unio, atravs de uma Lei Federal (leis ordinrias) vai trabalhar o que? As Faixas (ex.: a faixa de APP para os rios).Qual a competncia Executiva, exclusiva do Estado? Residual. Aquilo que a Unio no tratar, o Estado poder fazer. Em questes ambientais a Unio trata tudo, ento no sobra nada para o Estado residualmente.

No ordenamento territorial, o Estado pode constituir as reas metropolitanas, s isso!Qual a competncia Executiva, exclusiva do Municpio? O Municpio tem uma caracterstica: tem competncia Executiva exclusiva para o ordenamento territorial urbano. E o resto? Unio (por exemplo, a parte rural). Diferena entre privativa e exclusiva?

Exclusiva no se delega; Privativa pode ser delegada.- Administrativa: Poder de Polcia; fiscalizao, autorizao. comum a todos (Unio, Estados, DF e Municpios trabalham juntos no combate; na proteo da fauna, da flora; fiscalizao). O que no pode voc receber uma autuao/multa de manh do IBAMA, a tarde da Polcia Militar Ambiental e a noite, do Fiscal da Prefeitura. No se pode penalizar pelo mesmo fato, no se imputa uma sano pelo mesmo fato. Prevalece a primeira. Princpio do non bis in idem.- Legislativa: para elaborar normas. Privativa aquela que pode ser delegada. A Unio pode delegar (jazidas, energia nuclear, guas).Exclusiva Estado: (tambm residual). Tambm pode criar normas do ordenamento dessas metrpoles (criao de Distritos ex.: Distrito de Indubrasil).

Municpio: pode criar normas de interesse local em matria ambiental.

Concorrente tratar sobre o mesmo assunto entre os Entes Federados Unio, Estados e DF concorrem em normativas ambientais controle de poluio, elaborao de normativas que visem a proteo do meio ambiente (o MUNICPIO NO entra aqui). Mas sempre usando uma regrinha (se no afrontar essa regrinha, existe a concorrncia entre esses Entes Federados):

Se o Estado elaborar uma norma concorrentemente com a Unio, aonde ela mais gravosa para o poluidor e mais benfica para o meio ambiente, ele no precisa obedecer a hierarquia, ele pode concorrer, criando uma norma mais gravosa para o poluidor.Se ele (Estado) no criar uma norma mais gravosa para o poluidor, deve obedecer a hierarquia.

Exemplo: voc no quer ser advogado e resolve montar uma fbrica de giz no Mato Grosso do Sul. A fabrica produz o p do giz, que sai pela chamin. E na fiscalizao, observa-se que voc produz, por dia, 80 microgramas/dia de particulado. Existe uma norma federal Unio (ex.: Resoluo n. 01/14 CONAMA) que fala que o mximo a ser produzido 78 microgramas/dia de particulado. Mas o Estado pode concorrer, tanto que ele cria uma norma (Lei MS) que fala que o mximo a ser produzido 90 microgramas/dia de particulado. Minas Gerais j tinha uma norma (Lei MG) que fala que o mximo a ser produzido 75 microgramas/dia de particulado. Rio de Janeiro j tinha uma norma (Lei RJ) que fala que o mximo a ser produzido 80 microgramas/dia de particulado, e So Paulo j tinha uma norma (Lei SP) que fala que o mximo a ser produzido 98 microgramas/dia de particulado.Pergunta-se: quem est certo e quem est errado?

Inconstitucional: MS e SP (a norma ou vai ser derrogada ou vai ser revogada) e prevalece da Unio;

MG E RJ PREVALECEM (OK) NO ESTO FERINDO A HIERARQUIA - porque est sendo mais gravosa ao poluidor e ao mesmo tempo, mais benfica para o meio ambiente.Agora imagine que no exista a norma do CONAMA, s as dos Estados qual est sendo inconstitucional? Nenhuma. Todos esto dentro da conformidade, porque eles podem concorrer entre si, e ai cada Estado aplica a sua norma.

De repente o CONAMA lana uma Resoluo, dizendo que 60 microgramas/dia de particulado...

Ai todos os Estados vo ter que alterar as suas normas, porque no existe direito adquirido em questes ambientais.Suplementar s cabe ao Municpio. Municpio no concorre, mas sim, suplementa! O Municpio no pode alterar aquilo que o Estado e a Unio tratam de ndice de padro de qualidade, mas ele pode exigir relatrios que ao invs de serem anuais, serem mensais, quinzenais, de acordo com aquilo que ele ache importante suplementando o controle do poluidor trabalhado pelo Estado e pela Unio.Quanto extenso:- Exclusiva.- Privativa.- Comum.- Concorrente.- Suplementar.5 aula POLTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE

Essa Poltica foi a maneira pela qual o Estado, dentro de uma competncia Executiva da Unio, reuniu toda uma srie de pensamentos diretamente ligados para o meio ambiente.

Estrutura do Sistema Nacional do Meio Ambiente (como que vai funcionar?):- CONAMA: o rgo que vai trabalhar os padres de qualidade. Por qu? A partir dessa lei, toda a questo ambiental seria controlada, e para isso precisaria de padres de qualidade, normas efetivas.

Ento a primeira coisa: vamos adotar uma Poltica, da mesma maneira que hoje ns temos uma normativa que instituiu a Poltica Nacional de Resduos Slidos. Por qu? Ante ento, todos os Entes Federados (Unio, Estados, Municpio) estavam empurrando com a barriga a questo do resduo slido. Todo mundo botava a culpa em alguma coisa, menos na sua responsabilidade. Agora no! At 2014 todo Municpio que no tiver a sua adequao da Poltica Nacional de Resduos Slidos a nvel federal, no recebe verba da Unio adequao do aterro sanitrio. A partir da primeira Lei Lei 6.938/81 ns comeamos a pensar, e isso tudo tem desdobramento, oriundos dessa Lei: a Poltica Nacional de Recursos Hdricos; de Resduos Slidos; a questo da Lei de Agrotxicos, que j foi ampliada. Por isso que a gente fala que foi o marco. O Brasil antes dessa Lei era uma coisa, depois dessa Lei comeou a mudar, e ai realmente comeou a efetivar o direito ambiental. Tanto verdade que 7 (sete) anos depois, na CF/88, houve uma nova roupagem para a questo ambiental, tendo um artigo especfico para isso, com caracterstica de clusula ptrea, ou seja, no tem como tirar hoje da CF o nosso direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. uma consequncia do pensar Internacional. Ento o objeto dessa Lei nada mais que a qualidade ambiental em comum acordo/concomitantemente/em concordncia a um desenvolvimento sustentvel.

Quais so os objetivos a serem criados:

1) estabelecer padres de qualidade ambiental (para cobrar tem que ter um padro);

2) estabelecer critrios tcnicos para esse padro de qualidade (ex.: o que uma qualidade do ar? Vamos estabelecer um padro de qualidade para o ar! 0, 8% de enxofre, 1,8% de dixido de carbono. Estabeleceu-se o padro. Quais so os critrios tcnicos? Qual o nmero a ser colocado ali para que se possa ser controlado?);

3) desenvolver tecnologias. O que ns chamamos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo). A usina de lcool e acar um MDL. Voc praticamente no gera poluentes, transforma tudo em energia (tanto em energia eltrica como em energia bioqumica). O subproduto que a linhaa (exemplo clssico desse mecanismo), tambm energia, hoje canalizada como adubo verde/adubo orgnico, no se perde uma gota.

4) que criou o Princpio do Poluidor Pagador: impor sanes e o dever de recuperar o meio ambiente, ao poluidor impor ao poluidor a obrigao de recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente frente ao bem ambiental.5) difundir tecnologias (Embrapa Gado de Corte; Embrapa Pantanal; Embrapa Cerrado, em Cuiab cada um um polo de tecnologia, de incentivo tecnologia, onde voc tem vrias pesquisas em andamento). Princpios aplicados: todos os princpios que ns j discutimos e mesmo aqueles da Administrao Pblica (LIMPE). Ento, todos os princpios ligados ao Direito Ambiental e ligados, principalmente, Administrao Ambiental.O que importante dessa Lei para a gente: objetivos, instrumentos e o SISNAMA e o CONAMA. Diretrizes: est ligado aos programas e projetos de grande envergadura. Ento, a prpria Poltica Ambiental um grande programa. A questo dos Projetos de Recursos Hdricos, de Energia, de Comunicao suas diretrizes esto ligadas s diretrizes dessa Poltica Nacional do Meio Ambiente.*PCH (Pequena Central Hidreltrica gera menos impacto que uma grande central hidreltrica) uma nova modalidade de MDL.

Instrumentos (mais importantes): 1- Licenciamento: a partir da dcada de 80 todo estabelecimento/toda atividade dever ser licenciada.

2- Zoneamento Ambiental: em todas as formas (industrial, urbana, rural), ns temos no Estado, e hoje voc que est fazendo do licenciamento uma atividade, vocs tero a coordenada do empreendimento, entra no site da SEMAC IMASUL, voc joga as informaes e ele vai dizer aonde voc quer instalar o empreendimento se est num Parque; ao lado, numa linha contgua ao Parque; em uma Reserva Ecolgica; em uma Reserva de Interesse Ambiental onde tudo zoneado, justamente para ver quais so os impactos, o que pode, o que no pode. Zona de amortecimento (onde esto as zonas de amortecimento), os Parques, tem atividades que no podem ser instaladas.3- AIA (Avaliao de Impacto Ambiental), que voc vai encontrar dentro do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que vai se dar, entre outros, no licenciamento.4- Padres de qualidade.Entre outros... SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente): trata das questes ambientais a nvel nacional.

Composio (no necessariamente existe uma hierarquia para isso so os rgos que compem o SISNAMA, cada um tem uma atribuio, no necessariamente tem que ter um mandando no outro):

1) Conselho de Governo: composto pelo Presidente da Repblica;

2) CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente);

3) SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) ligada Presidncia da Repblica ou ao Conselho de Governo da Presidncia da Repblica a que d sustentao para o Conselho.

4) IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis) rgo tcnico a nvel federal, que tratava da questo de fauna e flora, fiscalizao a nvel federal e tambm da questo, principalmente, de florestas. E hoje j foi desdobrado, essa situao. Hoje ns temos um apndice do IBAMA chamado Instituto Chico Mendes (que trabalha hoje a questo dos Parques, das reas protegidas; uma autarquia; rgo poltico decisrio). Antigamente, para voc pedir autorizao de uma atividade em torno do Parque, voc recorria ao IBAMA; Hoje, com o Instituto Chico Mendes.6) rgo Estadual de Meio Ambiente (SEMAC Secretaria Estadual de Meio Ambiente, aqui o SEMAC/IMASUL; em Cuiab chama FEMA Fundao Estadual do Meio Ambiente).7) rgo Municipal de Meio Ambiente (SEMADS).

Esses rgo setoriais tm alguns institutos, alguns outros rgos que vo dar suporte tcnico, por exemplo, no nosso caso aqui: SEMAC/IMASUL (porque barra IMASUAL? Porque IMASUL o rgo tcnico que d suporte. Lembra-se dos padres de qualidade? Dos objetivos: estabelecer padres de qualidade? Quem vai analisar se est dentro do padro? O rgo tcnico! No o rgo administrativo, a Secretaria. Ento, o IMASUL faz a vez do rgo tcnico ligado a esse rgo Estadual. Ento, ele vai pegar e fazer a anlise dos trabalhos tcnico-ambientais, v se est dentro do correto, se o padro exigido por lei est sendo cumprido etc.).

*IMASUAL (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente): tem algumas competncias; caractersticas prprias, por exemplo:

serve de grau de recurso administrativo (ltimo grau de recurso) para voc recorrer ao CONAMA, de uma multa, por exemplo, antes voc vai ter que adimpli-la, para depois recorrer;

estabelece padres de qualidade;

estabelece normas frente qualidade ambiental.

*Conselho: colegiado; grupo.

Qual o tipo de instituio o que CONAMA? rgo consultivo e deliberativo.

Ex.: Suponhamos que a gente no tenha um padro luminoso. Quantos lumes (padro de controle de exposio luz) no prejudica a sade humana? Ai o Governo fala: CONAMA, ns precisamos estabelecer um padro tcnico de controle ambiental frente luz! Qual o padro? O Governo est consultando o CONAMA. O que qu o CONAMA faz? Cria um grupo chamado GT Lumes; convoca as pessoas que so cadastradas nessas reas tcnicas e vai estudar. Dentro desse estudo, eles vo deliberar. Ai, sai uma normativa, chamada Resoluo CONAMA, que passa a ser norma aplicada na qualidade ambiental, de modo que todo mundo tem que seguir erga omnes (todo mundo que se encaixa no caso concreto).

Zoneamento ambiental: j foi explicado.

Zoneamento Industrial: um dos tipos de zoneamento ambiental. E ai, ns temos que fazer uma ressalva: na mesma poca que surgiu a Poltica Nacional de Meio Ambiente, surgiu tambm uma norma federal que trabalhou o zoneamento apenas industrial (Lei 6.803/80).

Modalidades:

ZEI (Zona Estritamente Industrial): nessa rea s pode indstria; no pode nenhuma outra atividade. Ex.: vedado ter padaria, qualquer outro tipo de atividade que no seja industrial. O Funcionrio no pode reclamar para o MP, por exemplo, do cheiro da indstria (incmodo), porque ele est dentro de um Ncleo Industrial; se fosse algo txico, o mesmo dever ser controlado.Trs nveis:

- No saturada

- Em via de saturao

- Saturada ZUPI ou ZPI (Zona de Utilizao Predominante Industrial ou Zona Predominantemente Industrial): utiliza-se, se aceita determinadas indstrias mas que no as mais poluentes. Por qu? Nessa categoria, voc j pode ter suporte para a indstria. Pode ter, por exemplo, uma borracharia, uma farmcia, no entorno mediato dessa Zona. Mas no pode instalar uma indstria petroqumica (a qual tem que ser instalada na ZEI, uma vez que altamente poluidora), por exemplo. Existe o incmodo, e esse incmodo tem que ser mitigado ao mximo (at compensado, se for o caso); voc tem que se adequar a ele. Ex.: Kibon. ZUD (Zona de Utilizao Diversa): no pode ter incmodo e voc tem que mitigar sempre. Se for incmodo, tem que sair. 6 aulaContinuao...

Macrozoneamento Ambiental: Decreto 4.297/2002: esse Decreto, ele veio regulamentar o art. 9, II, da Poltica Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81), regulamentando o qu? O zoneamento ecolgico econmico ambiental (ZEE).Zoneamento Ecolgico Econmico (ZEE): Objetivo geral: organizar decises. Quais decises? Essas decises sero sempre pblicas ou privadas. Porque uma srie de documentos no s dos rgos pblicos, mas dos rgos privados, para o empresrio e o consultor tomarem as decises. Objetivo especfico:

- estabelecer medidas e padres de proteo ambiental;

- assegurar qualidade ambiental (fauna, flora, bens sociais);

- conservar a biodiversidade (ao se trabalhar a proteo ambiental, voc trabalha tambm a biodiversidade).

Metas: - buscar a sustentabilidade (ecolgica, econmica e social);

- compatibilizar crescimento e produo (economia x ecologia);

- valorizar o conhecimento cientfico (qual dos bens, hoje, est sob presso dentro da sociedade? A gua. Pela perda da qualidade, pela falta de educao social).

Estrutura da ZEE (ATENO! diferente de ZEI):

- Dividir o territrio.

- Zonas: proteo, conservao e recuperao (ligada atividade humana).

Diretrizes e Contedo Documental:

CONTEDO:

- diagnstico ambiental completo (fsica, biolgica e social);- informao (SIG Sistema de Informaes Geoespaciais);- cenrios e tendncias.DIRETRIZES:

- Programas e Projetos Ambientais Nacionais Disposio e Finalidade (pblica e privada)- formato eletrnico com temas, etc. Alteraes vide caderno.PREVENO:

A preveno est ligada ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Ento, no licenciamento voc tem o Estudo de Impacto Ambiental. Ento, ns podemos dizer que ao desenvolver o licenciamento ambiental da empresa, eu estou fazendo o Estudo de Impacto Ambiental, que o princpio da preveno. A preveno voc trabalha em caso concreto. Ex.: usina de lcool (j conhecida h trs dcadas no mnimo) causa conhecida (produo de lcool). Voc consegue responder trs perguntas: Onde? Quando? E como?

Ento, o princpio da preveno se aplica quelas atividades j conhecidas, aonde voc tem uma causa conhecida, o caso concreto e voc vai aplicar o Estudo de Impacto Ambiental. Ao aplicar o EIA, voc responde: Onde vai ser o impacto? Quando vai ser (em que fase, em que poca)? E como vai ser esse impacto? E ai voc tira e transforma esse conhecimento em medidas mitigadoras, ou seja, para diminuir o impacto, e em programas de monitoramento. Ento, a preveno sempre ser aplicada naquilo que j se conhece. Ex.: posto de gasolina; fbrica de tecido; fbrica de carro.

PRECAUO:

Eu vou implementar em Campo Grande uma fbrica de sei l o qu. Se voc no sabe o que sei l o qu, voc no pode aplicar o Princpio da Preveno, porque a causa desconhecida (e ai cabe precauo).

Ento a precauo voc vai aplicar no EAR (Estudo de Anlise de Risco). Ex.: criao de javonteiro (mistura de javali com porco monteiro) a causa desconhecida, no se sabia qual seria o comportamento do javonteiro no meio ambiente o caso em abstrato (s conheo a ideia em abstrato a atividade no est sendo feita em outro lugar, voc vai implantar isso). Ento, o princpio a ser aplicado ser: na dvida proteja-se o meio ambiente in dubio pro ambiente.

Existe a aplicao da inverso do nus da prova. Se eu falo que no vai causar impacto, cumpre a mim provar isso.

A precauo antecede a preveno uma atividade NO conhecida, o primeiro princpio a ser aplicado o da precauo, porque eu vou fazer um estudo de todos os riscos possveis ambientais princpio in dubio pro ambiente. Ento, antes de eu liberar uma atividade, ou seja, a criao de javonteiro (por exemplo), eu vou mandar estudar (tanto que na Lei de Crimes Ambientais crime a introduo de espcies exticas no territrio brasileiro sem a prvia autorizao ou pesquisa, porque extico, voc no sabe qual a situao).

A partir do momento que voc entendeu quais so os impactos, atravs da anlise dos riscos ambientais, a partir do momento que eu vou criar o javonteiro, eu vou ao IBAMA e peo autorizao, e ele vai me dar um Termo de Referncia (TR) e ai eu vou aplicar o princpio da preveno (ATENO agora, preveno, e no precauo), porque agora eu j conheo a causa, o caso em concreto, e agora eu vou fazer o estudo de impacto ambiental.

Exemplo em que o Princpio em tela no foi aplicado: termoeltricas. O CANAMA registrou uma Resoluo dizendo que para as termoeltricas no seria necessrio o estude de impacto ambiental, bastaria o LAS (Licenciamento Ambiental Simplificado).

1) hierarquia (entre Unio e Estado)

+

2) mais gravoso para o poluidor

+

3) mais benfico para o meio ambiente