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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 MATÉRIA SECA DA RAIZ, RELAÇÃO RAIZ PARTE AÉREA DO MORANGUEIRO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL EM AMBIENTE CONTROLADO Emilene Cristina Guadanin 1 , Ledir Schroeder Junior 2 , Vicente de Paula da Silva 3 , Marcos André Silva Souza 4 1 Graduanda em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected] 2 Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected] 3 Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected] 4 Professor Dr. Solos e nutrição de Plantas Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected] Resumo – Atualmente existem vários tipos de manejo para a cultura do morangueiro, uma vez que essa cultura assim como as demais é perseguida por pragas e doenças. Dentre os sistemas mais utilizados para reduzir o aparecimento de doença e pragas destaca-se o sistema orgânico em ambiente protegido. A adubação orgânica apresenta inúmeras vantagens em relação a adubação convencional, em especial quanto a qualidade dos frutos. Diante do exposto, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento radicular e a relação raiz parte aérea da cultura do morangueiro submetido à utilização de adubação mineral e orgânica combinada ou não com gesso agrícola. O delineamento experimental foi ao acaso DIC em esquema fatorial 3 x 2 com 3 repetições. Após a quantificação das variáveis matéria seca da parte aérea, matéria seca da raiz e sua relação procedeu-se a análise estatistica e conclui-se que o gesso agrícola com a adubação orgânica, em especial o esterco de ovino proporcionaram melhor crescimento radicular. Palavras-chave: morango; fertilidade, adubo Área do Conhecimento: Agronomia Introdução O padrão básico do desenvolvimento radicular é controlado por fatores genéticos e a quantidade de raízes e sua distribuição horizontal e vertical podem ser controlados pelos fatores ambientais os quais são modificados pelos sistemas de manejos adotados (MITCHELL & TELL, 1977). Vários fatores ambientais afetam o crescimento e distribuição das raízes que podem ser influenciados pelos sistemas de manejo, entre eles destacam-se: fertilidade, porosidade, oxigênio, dióxido de carbono, pH, temperatura, água, competição entre plantas e desfolhamento. Dentre esses fatores acima mencionados o manejo da adubação é ponto primordial para um bom crescimento do sistema radicular, pois é através da adubação que ocorre o fornecimento de nutrientes, alteração de pH em função das fontes utilizadas o que interfere diretamente no crescimento e morfologia do sistema radicular. A adubação orgânica além de suprir a demanda de nutrientes exigida pela planta pode melhorar o ambiente radicular por efeitos diretos e indiretos na parte física, química e biológica do solo (PAULUS, 2000). Diante do exposto, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito da adubação orgânica e mineral na produção da matéria seca da raiz, matéria seca da parte aérea e na relação raiz parte aérea. Metodologia O experimento foi conduzido em casa de vegetação da faculdade de agronomia da Universidade de Rio Verde, em colunas de PVC de 150 mm de diâmetro por 400 mm de altura. A coluna foi subdividida em dois anéis de 200 mm de altura recebendo os tratamentos no anel superior e no anel inferior foi preenchido como solo retirado do horizonte B de um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico que simulou as condições naturais de subsuperfície Após coleta, secagem e peneiramento em malha de 2 mm foram retirados subamostras para a caracterização química e textural do solo conforme apresentados pelas Tabelas 1 e 2.

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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

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MATÉRIA SECA DA RAIZ, RELAÇÃO RAIZ PARTE AÉREA DO M ORANGUEIRO

SUBMETIDO À ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL EM AMBIENTE CONTROLADO

Emilene Cristina Guadanin 1, Ledir Schroeder Junior 2, Vicente de Paula da Silva 3,

Marcos André Silva Souza 4

1 Graduanda em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário

Rio Verde, e-mail: [email protected] 2 Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio

Verde, e-mail: [email protected] 3 Graduado em Agronomia Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio

Verde, e-mail: [email protected] 4 Professor Dr. Solos e nutrição de Plantas Universidade de Rio Verde, fazenda Fontes do Saber Campus

Universitário Rio Verde, e-mail: [email protected]

Resumo – Atualmente existem vários tipos de manejo para a cultura do morangueiro, uma vez que essa cultura assim como as demais é perseguida por pragas e doenças. Dentre os sistemas mais utilizados para reduzir o aparecimento de doença e pragas destaca-se o sistema orgânico em ambiente protegido. A adubação orgânica apresenta inúmeras vantagens em relação a adubação convencional, em especial quanto a qualidade dos frutos. Diante do exposto, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento radicular e a relação raiz parte aérea da cultura do morangueiro submetido à utilização de adubação mineral e orgânica combinada ou não com gesso agrícola. O delineamento experimental foi ao acaso DIC em esquema fatorial 3 x 2 com 3 repetições. Após a quantificação das variáveis matéria seca da parte aérea, matéria seca da raiz e sua relação procedeu-se a análise estatistica e conclui-se que o gesso agrícola com a adubação orgânica, em especial o esterco de ovino proporcionaram melhor crescimento radicular. Palavras-chave: morango; fertilidade, adubo Área do Conhecimento: Agronomia Introdução

O padrão básico do desenvolvimento radicular é controlado por fatores genéticos e a quantidade de raízes e sua distribuição horizontal e vertical podem ser controlados pelos fatores ambientais os quais são modificados pelos sistemas de manejos adotados (MITCHELL & TELL, 1977). Vários fatores ambientais afetam o crescimento e distribuição das raízes que podem ser influenciados pelos sistemas de manejo, entre eles destacam-se: fertilidade, porosidade, oxigênio, dióxido de carbono, pH, temperatura, água, competição entre plantas e desfolhamento.

Dentre esses fatores acima mencionados o manejo da adubação é ponto primordial para um bom crescimento do sistema radicular, pois é através da adubação que ocorre o fornecimento de nutrientes, alteração de pH em função das fontes utilizadas o que interfere diretamente no crescimento e morfologia do sistema radicular.

A adubação orgânica além de suprir a demanda de nutrientes exigida pela planta pode melhorar o ambiente radicular por efeitos diretos e

indiretos na parte física, química e biológica do solo (PAULUS, 2000).

Diante do exposto, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito da adubação orgânica e mineral na produção da matéria seca da raiz, matéria seca da parte aérea e na relação raiz parte aérea.

Metodologia

O experimento foi conduzido em casa de vegetação da faculdade de agronomia da Universidade de Rio Verde, em colunas de PVC de 150 mm de diâmetro por 400 mm de altura. A coluna foi subdividida em dois anéis de 200 mm de altura recebendo os tratamentos no anel superior e no anel inferior foi preenchido como solo retirado do horizonte B de um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico que simulou as condições naturais de subsuperfície

Após coleta, secagem e peneiramento em malha de 2 mm foram retirados subamostras para a caracterização química e textural do solo conforme apresentados pelas Tabelas 1 e 2.

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TABELA 1 - Atributos químicos do LATOSSOLO VERMELHO Distrófico horizonte B Ca +2 Mg +2 Al +3 H + Al SB (t) (T) ...........................cmol c dm -3..............................

0,13 0,1 0,01 0,9 0,23 0,24 1,13 pH P K S V m

......mg dm -3....... ......%..... 4,1 0,1 7 1,7 20,0 4,0

P e K – Extrator Mehlich 1; Ca, Mg e Al – Extrator KCl 1N; H + Al – Extrator SMP; Soma de Bases- (SB); – CTC efetiva (t); (T) – CTC potencial (a pH 7,0); V- saturação por bases; m – saturação por alumínio; Embrapa, (1999). TABELA 2 - Análise textural do LATOSSOLO VERMELHO Distrófico horizonte B

Os tratamentos foram constituídos da utilização

de adubos minerais e orgânicos combinados ou não com gesso agrícola. Na adubação orgânica foi utilizado o esterco curtido de ovino e o vermicomposto dejeto de suíno + bagaço de cana após compostagem apresentando as seguintes características químicas, Figura 1.

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Esterco de ovino Dejeto de suino + bagaço decana

Adubos orgânicos

Con

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raçõ

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ag /

L)

N P K Ca Mg S (SO4-2)

A adubação mineral foi composta da aplicação

de fontes inorgânicas dos nutrientes recomendada para a adubação de vaso conforme Malavolta (1980). Antes de ser efetuada a adubação de base o tratamento composto pela adubação mineral recebeu calagem, anel superior, pelo método do cálcio, magnésio e alumínio trocável preconizado pela Comissão de fertilidade de Solo do Estado de Minas Gerais (CFSEMG, 1999). As parcelas do tratamento mineral ficaram incubadas por um período de 40 dias como umidade do solo próximo a 70% da capacidade de campo para correção do

pH do solo e neutralização do alumínio trocável. Nesse mesmo período as parcelas dos tratamentos com adubação orgânica, esterco de ovino e dejeto de suíno + bagaço de cana-de-açúcar foram incubados e posteriormente tanto a adubação mineral como a orgânica receberam nos respectivos tratamentos o gesso agrícola na dose de 1t ha-1. O delineamento experimental foi ao acaso, DIC, em esquema fatorial 3 x 2 com 3 repetições totalizando 18 parcelas (Figura 1 a e b).

(a)

(b)

Figura 1- Visão geral dos diferentes tratamentos submetido ao cultivo do morangueiro.

Textura

Argila Silte Areia

....................%...................

50 4 46

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Após montagem das colunas foi transplantada

uma muda por vaso. Após a finalização do ciclo da cultura foi quantificada a matéria seca da parte aérea, matéria seca da raiz no anel superior e inferior e contabilizando a matéria seca total das raízes, após secagem em estufa a 65 º C até peso constante. Finalizadas as quantificações procedeu-se a análise estatística dos dados com o auxílio do software Sisvar 4,3 utilizando o teste de Tukey para o comparativo de médias a 5 % de probabilidade (FERREIRA, 2000) Resultados e Discussão

Observou-se através da análise de variância que o gesso agrícola não influenciou o comportamento na produção da matéria seca da parte aérea, Figura 2. A ausência de diferença estatística quanto à aplicação do gesso provavelmente deve-se ao bom suprimento de cálcio e enxofre advindo da adubação orgânica e também do suprimento via nutrientes inorgânicos no tratamento que recebeu a adubação mineral.

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Figura 2- Matéria seca da parte aérea (MSPA) submetido a presença e ausência do gesso agrícola.

Para a matéria seca das raízes (MSR) total, Figura 3, matéria seca das raízes na profundidade de 0-20 cm, Figura 4, matéria seca das raízes na profundidade 20-40 cm, Figura 5, e na relação raiz parte aérea, Figura 6, o gesso agrícola promoveu benefícios quando da sua aplicação.

Comparativamente nos tratamentos que tiveram a aplicação de gesso agrícola o sistema radicular do morangueiro desenvolveu mais como pode ser observada pelas figuras 8, 9 e 10 menos para a matéria seca da parte aérea Figura 7. O gesso agrícola embora não corrija o pH do solo condiciona a complexação do alumínio com o sulfato deixando o ambiente do solo mais propicio ao crescimento radicular.

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Figura 3 – Matéria seca total da raiz submetida

à presença e ausência do gesso agrícola.

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Figura 4 – Matéria seca da raiz na profundidade (0-20cm)na presença ou ausência do gesso agrícola.

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Figura 5 – Matéria seca da raiz na profundidade (20-40cm) na presença ou ausência do gesso agrícola.

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Figura 6 – Relação matéria seca da raiz/matéria seca da parte aérea.

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Figura 7 – Matéria seca da parte aérea (MSPA) submetidos a diferentes fontes de adubos na presença ou ausência do gesso agrícola.

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Figura 8 – Matéria seca da raiz total submetidos a diferentes fontes de adubos na presença ou ausência do gesso agrícola.

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Figura 9 – Matéria seca da raiz na profundidade 0-20 cm submetidos a diferentes fontes de adubos na presença ou ausência do gesso agrícola.

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gesso sem gesso

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Mineral Suino Ovino

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Figura 10 – Matéria seca da raiz na profundidade 20-40 cm submetidos a diferentes fontes de adubos na presença ou ausência do gesso agrícola.

Para a relação raiz parte aérea verifica-se pela

figura 11 na presença de gesso o melhor tratamento foi o mineral. Provavelmente a aplicação de gesso no tratamento que recebeu a adubação mineral pode ter promovido a movimentação de íons positivo e negativo para a camada inferior (20-40cm), camada que não recebeu correção do solo em todos os tratamentos. Nessa condição o gesso melhorou subsuperfície reduzindo a toxidez do alumínio permitindo assim, o crescimento do sistema radicular. Essa movimentação dos nutrientes para camada mais profunda pode ter acontecido pela pequena capacidade de troca (T= 1,13 cmolc dm-3) catiônica (CTC) que esse solo apresenta (Tabela 1). Nos tratamentos contendo a adubação orgânica por apresentar uma Capacidade de Troca Catiônica (CTC) maior e maior fertilidade superficial em comparação a adubação mineral o sistema radicular acomodou-se e concentrou mais na camada de 0-20 cm onde só a presença da adubação orgânica. Justificando assim maior relação raiz parte aérea nesse tratamento.

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Figura 11 – Relação matéria seca da raiz matéria seca da parte aérea.

Quanto à aplicação dos adubos indenpedente da presença ou ausência do gesso verifica-se pelas figuras 11; 12; e 13 para todos os caracteres estudados, exceto a produção de matéria seca da raiz na profundidade de 20-40 cm, Figura 14, e a relação raiz parte aérea do morangueiro, Figura 15, a adubação orgânica promoveu melhor crescimento vegetativo em especial a adubação com esterco de ovino.

Potencialmente o dejeto de suíno por sua composição química apresenta grande potencial para utilização na agricultura. Podendo substituir em parte ou totalmente a adubação mineral como pode ser verificadas pelas figuras supra mencionadas anteriormente. Segundo Scherer, (1999) a adubação com dejeto de suino além de melhor a fertilidade do solo pode aumentar consequentemente a produção das culturas e reduzir custos. Entretanto, no experimento esse resíduo foi combinado com o bagaço de cana que é um material muito pobre em nutrientes e de

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elevada relação C/N. Dessa forma, o composto resultante da compostagem apresenta menor concentração de nutrientes em relação ao esterco de bovino como pode ser observado pela figura1.

A superioridade das fontes organicas em relação a fonte mineral não deve-se apenas ao fornecimento de nutrientes para as plantas. De acordo com Silva (1994) os adubos orgânicos trazem outros benefícios além dos químicos, tais como: melhora as propriedades físico-químicas do solo, favorece o estabelecimento dos microorganismos benéficos.

Sendo assim, por esse conjunto de benefícios apresentado pelos adubos orgânicos há um melhor ambiente para o crescimento e desenvolvimento das raizes e consequentemente da parte aérea do morangueiro.

Trabalhando com adubação orgânica Santos et al., (1999) observaram incremento na produção de massa seca tanto da parte aérea como do sistema radicular. Também Freitas et al., (1999) observaram maior incremento na produção de raízes quando do uso de adubos orgânicos e de suas doses na cultura da batata-doce, corroborando assim os resultados encontrado por esse trabalho.

A relação raiz/folha foi mais expressiva no tratamento composto por adubação mineral, Figura15. Esse resultado teve-se ao fato provavel do gesso ter movimentado os nutrientes da camada 0-20 cm para 20-40 cm, camada que nãorecebeu calagem, forçando o sistema radicular acompanha a movimentação dos nutrientes. Essa movimentação para a camada de 20-40 cm poder ter sido promovida pelo baixo valor de CTC que esse solo possui como já comentado anteriormente.

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Figura 13 – Matéria seca da raiz total nas diferentes adubações

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Figura 14 – Matéria seca da raiz na profundidade de 20-40 cm nas diferentes adubações

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Figura 15 – Relação raiz parte aérea na profundidade 20-40 cm nas diferentes adubações.

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Conclusão O gesso agrícola com a adubação orgânica, em especial o esterco de ovino proporcionaram melhor crescimento radicular Referências - COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (CFSEMG) Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais – 5 Apoximação /Antonio Carlos Riberio, Paulo Tácio Gontijo Guimarães, Victor Alvarez V., editores – Viçosa, MG, 1999. 359 p. - FERREIRA, D.F. Sisvar 4.3. 2000. Disponível em: http:://www.dex.ufla.br/danielff/sisvar>. Acesso em 13 jul. 2007 - FREITAS, S. P., SEDIYAMA, T., SEDIYAMA, M. A. N., SILVA, A. A. Efeito de composto orgânico na produção da batata-doce (Ipomea batatas L.) Lam., na incidência de plantas daninhas e na eficiência do diuron. Revista Ceres , Viçosa, v.46, n. 265, p.251-265, 1999. - MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral das plantas . São Paulo: Agronômica Ceres, 1980. 251 p. - MITCHELL, W. H. & TELL, M.R. Writer-annual cover crops for no tillage corn production. Agronomy Journal , 69:569-573, 1977. - PAULUS, G.; MULLER, A.M.; BARCELLOS,L. A. R. Agroecologia aplicada: praticas e métodos para uma agricultura de bases ecológicas. Porto Alegre: Emater/RS, 2000. 86p. - SANTOS A. M.; MEDEIROS, A.R.M. sistemas de produção do morangueiro Nutrição, calagem e adubação . Embrapa Clima Temperado, sistema de produção. 5 versão eletrônica, 2005. Acesso 02/09/2009 Http: www. Sistema de produção Ccnptia. Embrap.br/morango/sistemade produção morango/cap 0,5 htm - SCHERER, E.E. Utilização de dejeto de suínos como fonte de nitrogênio: bases para adubação dos sistemas milho/feijão e feijão/milho, em cultivos de sucessão. Florianópolis: EPAGRI, 1999. SILVA, M.C.L. da. Adubação organomineral na cultura da batata ( Solanumtuberosum ) em regossolos do agreste pernambucano . Recife, v.8, p. 49-56, 1994. (número especial).

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