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Para começar Creditar o resultado de uma pescaria ao fator sorte é coisa do passado, ao menos para aqueles pescadores que aprenderam a trocar experiências e que usam equipamentos adequados às suas pretensões. Nesta matéria nosso colaborador Geraldo Petersen ensina algumas técnicas para maior sucesso na pesca de Pacus, Tambacus, Patingas e Tambaquis — comumente conhecidos em pesqueiros como “redondos”, uma das espécies mais esportivas encontradas em pesque-pagues PESCAVENTURA l 32 [ pesque-pague ] bem 32 a 36.indd 1 29/07/2011 13:53:05

Matéria sobre pesque-pague

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Matéria publicada na Revista Pescaventura 2, em novembro de 2009

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Para começarCreditar o resultado de uma pescaria ao fator sorte é coisa do passado, ao menos para aqueles pescadores que aprenderam a trocar experiências e que usam equipamentos adequados às suas pretensões. Nesta matéria nosso colaborador Geraldo Petersen ensina algumas técnicas para maior sucesso na pesca de Pacus, Tambacus, Patingas e Tambaquis — comumente conhecidos em pesqueiros como “redondos”, uma das espécies mais esportivas encontradas em pesque-pagues

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[ pesque-pague ]

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POR: GERALDO PETERSEN E JANAÍNA QUITÉRIO FOTOS: WILSON FEITOSA l ARTE: ARI CARLOS

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Pegar um bom peixe — seja pela satisfação que a captura pode proporcionar ou pelo prazer de degustá-lo com os familiares

— é o objetivo da maioria dos frequentadores de pesqueiros. E, quando esse objetivo é almejado por um pescador iniciante, isso se torna ainda mais importante. Isso porque, caso saia frustrado em sua primeira experiência, as chances de que se proponha a tentar novamente são muito remotas. Por todos esses fatores, os deno-minados “redondos” — Pacu, Tambaqui, Pirapitinga e seus híbridos — indiscutivelmente se tornam a melhor opção para essas situa-ções, já que, além de ser encontrados em grandes quantidades nos lagos, também são peixes de hábitos alimentares diversificados, o que permite que sejam capturados com diversos tipos de equipa-mentos e iscas. Em função dessas características, é muito comum, ao longo de uma pescaria em que foram escolhidos como alvo, apa-recerem outras espécies, sobretudo as de couro e as Tilápias.

No entanto, adequar o equipamento e absorver as técnicas mais indicadas para essas espécies diminuem substancialmente a dependência do acaso ou da sorte. Assim, preparamos um mini-manual para que você amplie suas chances de ficar plenamente realizado quando se propuser a pescar os “redondos”.

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Pesca de fundo: modalidade indicada para dias com ventos fortes ou quando a água está fria. De um modo geral, recomendada quando o peixe não está subindo.

•Com chumbo soltoJustificativa: o grande diferencial é que a linha passa livre pelo orifício do chumbo e, por mais sutil que seja a batida do peixe, é possível percebê-la e não perder a oportunidade da fi sgada.

Montagem: coloque um chumbo formato oliva ou bola de 20 gramas solto na linha; instale o stop (re-gulador de altura do chumbo) a aproximadamente dez centímetros antes do fi nal da linha. Na ponta, amarre o chuveirinho ou anzol encastoado tipo ma-ruseigo 16 a 20.

Técnica: arremessar em direção ao meio do lago, es-perar o chumbo se acomodar no fundo, colocar a vara no suporte e recolher lentamente até que a linha fi que esticada e a ponta da vara levemente pressionada.

•Com chumbo preso Justificativa: Indicado para lagos que têm muita lama no fundo, pois evita que a isca fi que escondida.

Montagem: amarrar um chicote de mais ou menos um metro e duas ou três pernadas com anzóis maruseigo tamanho 16 a 20. Prender um chumbo oliva ou pirâmi-de com peso acima de 20 gramas no fi nal do chicote.

Técnica: arremessar em direção ao meio do lago, es-perar o chumbo se acomodar no fundo, colocar a vara no suporte e recolher lentamente até que a linha fi que esticada e a ponta da vara levemente pressionada. Va-ras com tamanho acima de 1,80 metro são mais in-dicadas. Isso porque, ao serem colocadas no suporte em posição perto de 90 graus, mantêm as iscas mais distantes do fundo.

Equipamentos: carretilha ou molinete em varas de 1,70 a 2,70 metros.

•Com chuveirinho: o diferencial nesse estilo é que sua montagem lembra um cacho de coquinhos e, embora os peixes não estejam na natureza, seu instin-to selvagem os faz se interessarem pela silhueta desse tipo de isca.

** vale lembrar que alguns pesqueiros não permitem a utilização de chuveirinho.

Chuveirinho

Encastoado simples

Encastoado ideal para massa

Chumbos oliva

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Pesca com boia: indicada para os dias sem vento ou quando o peixe está ativo na su-perfície. Esse estilo ainda tem como diferencial proporcionar ao pescador a oportunidade de ob-servar o interesse do peixe por meio do contato visual com a boia.

•Torpedinho ou “ joão bobo” com giradorJustificativa: a boia provida de girador evita a torção da linha ao acompanhar a ação do peixe fi sgado — que roda na tentativa de se livrar do anzol. Boias coloridas melhoram a visualização na superfície do lago.

Montagem: amarrar a linha do equipamento no mesmo elo do girador que prende a boia e uma pernada com aproximadamente 20 centímetros com um anzol encastoado do outro lado.

Técnica: arremesse a boia com a isca onde seja visível a movimentação dos peixes e fi que aten-to para qualquer agitação dela. Quando inclinar ou afundar, promova a fi sgada.

Equipamento: carretilha ou molinete em vara com comprimento entre 1,50 a 2,70 metros e um anzol encastoado maruseigo entre 16 e 20, ou de haste longa modelo 4330, tamanho en-tre número 2 e 3/0.

•Cevadeira: indicada para juntar os peixes em uma área específi ca perto da superfície.

Justificativa: a ração fl utuante carregada por ela, após liberada, promove uma ceva ao re-dor da boia, o que, consequentemente, acaba atraindo o peixe para o anzol.

Montagem: amarrar a linha do equipamento no mesmo elo do girador que prende a boia e uma pernada de aproximadamente 20 centíme-tros com um anzol encastoado do outro lado. É fundamental abastecer o copinho com ração fl utuante.

Técnica: arremesse a boia para determinado ponto do lago e aguarde que seu trabalho atraia os peixes. Fique atento para qualquer movimen-tação e, quando ela inclinar ou afundar, promo-va a fi sgada.

Cevadeira

João-bobo

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Equipamento e acessórios: Varas de ação média, molinete ou carre-tilha com linha de boa qualidade entre 0,28 e 0,37 milímetro (mono-fi lamento) ou monofi lamento com resistência ao redor de 50 libras (23 quilos); Chicotes de aço fl exível com duas ou três pernadas de aço rí-gido; Stop (artefato normalmente em borracha com a função de deixar o chumbo solto e proteger o nó, o qual regula a altura do chumbo).

Iscas: naturais — massas, queijo, salsicha, minhoca ou minhocuçu, fi lé de peixe, goiaba, acerola etc. Ao pescar com boias também é possível capturar essas espécies com iscas artifi ciais feitas com miçangas — imi-tação de ração artifi cial confecciona-das em EVA — ou cortiça.

Stop

Ração EVA

O Tambacu figura entre os tipos de “redondos” mais comuns nos pesqueiros por ter grande resistência e atingir os maiores tamanhos

Ração EVA

Miçanga

Massa

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serviços

(11) 4155-1217

[email protected]

Agradecemos o apoio do Feroz Pesqueiro & Restaurante para a realização desta matéria. Rua Madagascar, 200Recanto Maravilha III - Santana de Parnaíba-SP. Altura da Rodovia Castelo Branco, Km 44

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