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26%
[ taipa de pilão ]
24%
[ aço corten ]
40%
[ madeira de reflorestamento ]
10%
[ concreto ] MATERIALIDADE | MOBILIÁRIO URBANO Em relação à tectônica, optamos por uma galeria de materiais que, além das características de adequação ambiental, térmicas, construtivas e de manutenção fácil, fossem capazes de conferir ao conjunto do parque uma linguagem particular identificando por similaridade o pertencimento de todas as partes ao todo.
Percebe-se no uso da taipa de pilão, para além de todas as características e propriedades físicas que configuram sua adequação às circunstancias propostas, uma oportunidade pedagógica que permeia todo o desenho do parque de falar sobre o conhecimento acumulado e sábio que nos legaram gerações anteriores de muito melhor convivência com o meio natural. Nas ultimas décadas, vários incrementos tecnológicos foram acrescidos à técnica original e, atualmente, uma série de empresas brasileiras e internacionais dedica-se a esse tipo de construção agregando inovações tecnológicas que potencializam sua adequação e eficiência ambiental. As áreas edificadas usam, portanto, todas elas esse sistema construtivo.
Tentando fugir da folclorização e do elogio simplista às técnicas tradicionais, na outra ponta dessa gama de materiais, utilizamos o aço Corten industrializado para estruturar as passarelas, os pórticos de acesso e os suportes de informação. Suas propriedades de reciclagem, suas possibilidades de fabricação fora do ambiente do parque e posterior montagem, sua capacidade de envelhecer dignamente como material oxidado e a necessidade mínima de manutenção orientaram nossa escolha.
Em alguns momentos o aço Corten combina-se com a madeira de reflorestamento como no caso das passarelas sobre o rio e nas que passeiam entre as árvores. O assoalho dos pisos e os decks de chegada e saída dessas estruturas são em madeira podendo, eventualmente, ser trocados em função do desgaste provocado pelo tempo.
É importante nesse ponto reforçar a pedagogia envolvida em cada uma das decisões de projeto, notadamente as construtivas.
Além do caráter de santuário do lugar, é preciso atestar, através das inevitáveis interferências humanas, que essas podem ser exercidas mitigando os danos e sublinhando o meio natural como parceiro, elegendo técnicas antigas e contemporâneas que viabilizam essa convivência, transformando todo o parque em uma monumental e poderosa escola de educação ambiental.
Foi nesse sentido que não nos furtamos, como foi dito no início, de promover a interiorização das visitações e percursos do parque, desde suas franjas até o interior mais desconhecido de suas manifestações, conhecendo sua dinâmica, seus movimentos, seus silêncios e barulhos. Dessa intimidade surgirá o sentimento de respeito e proteção da cidade pelo seu parque.
O princípio de continuidade presente na proposta, através do conjunto de caminhos, nós e travessias que interligam as zonas de intercace do Parque, aplica-se também ao mobiliário. Seguindo uma paleta restrita de materiais, a ideia é que, sempre que possível, o assoalho presente no piso dos decks, zonas de descanso e nós se deforme verticalmente no sentido de suas ripas e transforme-se em mesas, bancos, conversadeiras e toténs para suporte de informações.
O resultado são áreas mais homogêneas, simples, com repertório limitado e suave, deixando espaço para a natureza protagonizar emoldurada por um desenho reverente e contido. Nos limites com o tecido urbano, as áreas mais caracterizadas como praça recebem bancos em concreto com módulos conjugados alternando-se como assentos, lixeiras e paraciclos. Em alguns trechos o tabuado de madeira oferece maior possibilidade de conforto podendo ou não apresentar-se com encosto.
Nas peças de suporte à comunicação visual usamos o aço Corten com desenhos e tamanhos diversos adequados aos vários tipos de informação. O uso do aço se deveu, mais uma vez, ao seu caráter 100% reciclável e a sua resistência às intempéries, uma vez que se distribui pelo interior do parque em locais de mais difícil acesso e manutenção.
As peças suporte em aço, em muitos casos, assumem forma de dobraduras produzindo faces para expositores de vários tamanhos e inclinações gerando peças esculturais disseminadas pelo parque inteiro. Nesse particular, lembramos a existência do museu aberto da área 05, onde figuras recortadas no aço aludem à fauna e a flora do parque acompanhadas de texto explicativo sobre as espécies representadas.
Outro equipamento que se repete em várias situações são os quiosques de serviço e as pérgulas de sombreamento. Os quiosques, assim como todas as edificações do parque, são executados segundo a técnica da taipa de pilão. Os pergolados, que ora acontecem ligados aos quiosques e ora sozinhos, sombreando bancos e permitindo seu uso como caramanchões, são executados em peças de madeira de reflorestamento tipo Pinus com conexões e tirantes em aço Corten.
taipais: formas em madeira que podem ser reutilizadas quantas vezes forem necessárias.
coberturas em laje nervurada ou concreto
corten
suporte em corten
suporte em corten
infografico
mapa ou informações específicas sobre a região onde está inserido
texto e ícone recortados na peça
contrapiso
piso acabado em cimento queimado
alvenaria de barro compactado
horizontalmente, criando uma estrutura durável e
resistente barro: matéria prima de baixo custo e baixo impacto ambiental
módulo de 60x60cm de fácil execução e de baixa manutenção
tóten informativo presente na área 5 que
compõe o museu aberto
(1) solução ecológia, sustentável e de baixo impacto ambiental
(2) até 90% de materiais provenientes da própria construção
(3) paredes tão duráveis quanto às de concreto
(4) beleza e personalidade, desde que bem aplicada
(5) redução de custos
(6) possibilidade de inclusão de mão de obra local no processo
de construção
conversadeiras em madeira Pinus de reflorestamento
base em madeira
painel de informação
módulo de mesas simples
módulo de mesas duplas
tóten informativo tipo dobradura disposto ao
longo do parque
tóten informativo disposto em diversas
áreas do parque
suporte para sinalização vertical disposto nos circuitos internos ao parque
variação do módulo c/ lixeiras, acopladas no próprio banco ou separadas
variação do módulo c/ paraciclo
variação do banco em “L”
banco com lixeira acoplada e assento sem encosto em madeira
banco com paraciclo acoplado e assento com encosto em madeira
fundação: pedras médias e grandes
esquema construtivo representativo da técnica taipa de pilão utilizada nas edificações da proposta
BANCOS, LIXEIRAS E PARACICLOS EM CONCRETO
TÓTENS INFORMATIVOS
TAIPA DE PILÃO
SINALIZAÇÃO VERTICAL
MESAS SIMPLES, DUPLAS E CONVERSADEIRAS
PAINEL INFORMATIVO
ASSENTOS EM MADEIRA SOBRE BANCO DE CONCRETO