MATÉRIAS DE ESTUDO DE DIREITO DIREITO DA COMUNICAÇÃO

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MATRIAS DE ESTUDO DE DIREITO DIREITO DA COMUNICAO

Disciplina: Direito da Comunicao 2 Ano de Licenciatura de Cincias de ComunicaoUniversidade Jean Piaget de Cabo Verde - 2 Semestre: Ano Letivo de 2010-2011 Docente: Dr. Marco Paulo Monteiro Silva

CONCEITO DE DIREITO

conjunto de regras obrigatrias que disciplinam a convivncia

social humana um conjunto de preceitos impostos a todos os homens pela

necessidade da manuteno da ordem social

REGRAS E PRECEITOS

Regras ou preceitos que so chamados de : NORMA JURDICA

Que a condio garantida pelo poder coercitivo do Estado, tendo como objetivo terico a garantia da vida em sociedade e a promoo de Justia.

Diferente de outras tipos de normas (ex. religiosa, moral, de obedincia) a NORMA JURDICA tem caractersticas distintas:A- COERCIBILIDADE = a possibilidade de a conduta transgressora

sofrer coero, isto , represso, uso da fora. As normas jurdicas distinguem-se pelo fato de contarem com a fora coercitiva do Estado, para impor-se sobre as pessoas;B- IMPERATIVA e ATRIBUTIVA= em decorrncia da coercibilidade,

a norma jurdica assume uma caracterstica imperativa e atributiva.Impera sobre a vontade dos cidados e atributiva porque atribui outra parte o direito de exigir o cumprimento do dever imposto por ela.C- PROMOO DA JUSTIA= o contedo da norma tem como

finalidade conhecer e fazer valer a Justia, dando a cada um o que seu, solucionando e equilibrando os interesses em conflito;D- PROVIDA DE SANA = Punio ou castigo (de vrias espcies)

para aquele que transgrediu a norma jurdica.

DIREITO OBJETIVO = (norma agendi)

conjunto de normas jurdicas escritas e no escritas,independente do momento do seu exerccio e aplicao concreta, para reger as relaes humanas, e que so impostas, coercitivamente obedincia de todos. DIREITO SUBJETIVO = (facultas agendi)

Encerra o poder de ao derivado da norma, isto , a faculdade ou prerrogativa de o individuo invoca- la na defesa de seus interesses.Assim,o direito subjetivo de um, corresponde sempre ao dever de outra pessoa, que poder ser contestado atravs de medidas judiciais.

FONTES DO DIREITO

A palavra fonte tem significado comum de lugar onde nasce a gua. A palavra pode ser utilizada tambm no sentido amplo quando falamos em fontes do Direito. Neste caso queremos saber qual a origem do Direito e da Norma, de onde elas provm. So quatro as fontes formais clssicas do DIREITO: 1- A LEI;2- OS COSTUMES; 3- A JURISPRUDNCIA; 4- DOUTRINA.

1. A LEI:

a mais importante fonte formal do direito.Entende-se por Lei a Norma Jurdica escrita emanada do poder competente. A Lei est presente na chamada Legislao, que o conjunto das Leis (normas jurdicas) vigentes em um Pas. 2. OS COSTUMES: a norma que no faz parte da legislao criado espontaneamente pela sociedade, sendo produzida por uma prtica geral constante e prolongada. Nas comunidades primitivas Era a principal fonte do Direito. Usado reiteradamente, passando de gerao a gerao,pode tornar-se uma forma de novas regras jurdicas.

3. A JURISPRUDNCIA:

o conjunto de decises judiciais reiteradas,sobre determinadas questes. Vai se formando a partir de repetidas decises iguais que, acabam por formar um novo entendimento para referida questo jurdica. Isto leva a jurisprudncia, em certos e determinados casos, se tornar uma norma jurdica ou uma Lei.

4. DOUTRINA:

A doutrina jurdica o conjunto sistemtico de teorias sobre o Direito elaborado por renomados juristas, produto de reflexo e de estudo ao longo do tempo.Lies de especialistas de notrio saber jurdico constituem grande e valioso material para que Legisladores introduzam atualizao nas Leis do pas.

A Lei pode assumir vrias formas. Nesse sentido existe uma hierarquia dessas mesmas formas, que so: 1.Constituio; 2.Lei; 3.Decreto-Lei; 4.Decreto Regulamentar; 5.Portaria; 6.Postura. etc.

PIRMIDE DA HIERARQUIA DA LEI EM SENTIDO AMPLO

Constituio da Repblica

Principios Fundamentais:1. Cabo Verde uma Repblica soberana, unitria e

democrtica, que garante o respeito pela dignidade da pessoa humana e reconhece a inviolabilidade e inalienabilidade dos direitos humanos como fundamento de toda a comunidade humana, da paz e da justia.(Art. 1 da Constituio da Repblica de Cabo Verde-CRCV)

OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIO DA REPBLICA DE CABO VERDE

DIREITOS LIBERDADES E GARANTIAS

Direitos de Liberdade - no implicam nenhuma prestao do Estado.Exigem uma absteno por parte do Estado. Exs.: Direito Liberdade, direito a constituir familia, liberdade de expresso, etc. So direitos diretamente invocveis quer contra o Estado, quer quanto s entidades privadas. Ex.: Posso invocar o meu direito liberdade, quer contra o Estado, quer contra qualquer outra pessoa. Qualquer pessoa est obrigada a respeitar os meus Direitos, Liberdades e Granatias.

O que so os direitos fundamentais?

Conjunto de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade bsica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteo contra o abuso do poder do Estado e o estabelecimento de condies mnimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana. Voc um cidado: Sujeito dos Direitos Fundamentais.

Direitos humanos? Direitos do homem? Direitos fundamentais?

Todas essas denominaes querem dizer a mesma coisa: conjunto de direitos polticos, civis, sociais, econmicos e culturais garantidos pelo Estado a todos os cidados.

Direitos polticos e civis relativos liberdade (de locomoo, de pensamento, de reunio, de associao, de profisso, de ao, sindical, de greve) do ser humano. Direitos sociais, culturais e econmicos relativos igualdade. Para que haja existncia de uma sociedade justa, o Estado tem que garantir que seus indivduos vivam livremente em condies de igualdade.

Os primeiros direitos humanos, entre o sculo XVII e o XVIII, foram civis, isto , associados a um cidado que seria, tambm, proprietrio. o direito de ir e vir, o de manter a propriedade, o de s pagar impostos votados, o de assinar contratos, o de no viver atemorizado por um governo caprichoso e arbitrrio. Depois, entre o sculo XVIII e o XIX, crescem os direitos polticos. Os homens deixam de ser sditos ("sub"= sob, "dictus" = dito), isto , subordinados ao que um rei manda, e passam a ser realmente cidados, isto , sujeitos que decidem o que a cidade (= o Estado) vai fazer. Aqui esto o direito de voto, de expresso do pensamento, de organizao poltica. Na Democracia Moderna nem o Poder do Povo pode eliminar esse ncleo de direitos. Os Direitos Humanos antecedem o prprio poder de Estado, isto , que so superiores prpria poltica. por isso que se fala em declarao de direitos: uma assemblia (como a da ONU, em 1948, autora da Declarao Universal) pode declarar que tais direitos existem, mas no pode cri-los, nem suprimi-los, porque eles so mais importantes do que ela prpria. como se eles fossem "naturais", palavra que vem do verbo "nascer" e que indica que, enquanto seres humanos, nascemos com eles. Mais tarde, desde o sculo XIX, aparecem os direitos sociais. O direito de livre organizao sindical e as leis laborais, garantindo condies de trabalho melhores. Alguns falam em mais um tipo de direito, que seriam os direitos difusos. Nos trs tipos anteriores sabemos muito bem, sempre, quem est sendo beneficiado (o proprietrio, o eleitor, o trabalhador). Mas, quando se trata, por exemplo, do meio ambiente, de certa forma todos os seres, e at os no humanos, so beneficiados.

Os direitos fundamentais so histricos, inalienveis, imprescritveis e irrenunciveis. Histricos: so criados num contexto histrico; Inalienveis: no podem ser negociados, nem vendidos; Imprescritveis: no perdem a validade, voc pode reivindic-los a qualquer tempo; Irrenunciveis: no podemos renunci-los de forma alguma.

Eles possuem caractersticas prprias, que facilitam sua compreenso, e foram resumidos pelo iderio poltico dos revolucionrios franceses de 1789 : LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

O Ideal de Liberdade (Libert)

Corresponde primeira gerao dos direitos fundamentais. Significa uma prestao negativa, um no fazer do Estado em prol do cidado. Exemplos: liberdade de locomoo e inviolabilidade de domiclio e de correspondncia.

O Ideal de Igualdade (galit)

Corresponde segunda gerao dos direitos fundamentais. Significa uma prestao positiva, um fazer do Estado em prol dos menos favorecidos pela ordem social e econmica. Exemplos: salrio mnimo, aposentadoria, previdncia social, 13 salrio e frias remuneradas.

O Ideal de Fraternidade (Fraternit)

Corresponde terceira gerao dos direitos fundamentais. Direitos decorrentes de uma sociedade de massas, surgida em razo dos processos de industrializao e urbanizao. Exemplos: desenvolvimento, paz, meio ambiente, sade, educao pblica, proteo ao consumidor, infncia e juventude, ao idoso e ao deficiente fsico.

Alm desses trs ideais democrticos da Revoluo Francesa, hoje encontramos a quarta gerao, que seriam os Direitos da Responsabilidade: Promoo e manuteno da Paz, promoo e manuteno da Autodeterminao dos Povos, promoo da tica da Vida defendida pela Biotica, etc.; bem como os direitos difusos.

Direitos individuais e coletivos Correspondem queles direitos ligados diretamente ao conceito de pessoa humana e sua personalidade, tais como os direitos vida, igualdade, segurana, dignidade, honra, liberdade e propriedade. Direitos sociais So as liberdades positivas dos indivduos, que devem ser garantidas pelo Estado Social de Direito. So basicamente direito educao, sade, trabalho, lazer, segurana, previdncia social, proteo maternidade e infncia, assistncia aos desamparados. Tm por finalidade a melhoria das condies de vida dos menos favorecidos, de forma que possa se concretizar a igualdade social que um dos fundamentos do Estado Democrtico.

Direitos de nacionalidade

Nacionalidade " o vnculo jurdico poltico que liga um indivduo a um certo e determinado Estado, fazendo deste indivduo um componente do povo, da dimenso pessoal deste Estado, capacitando-o a exigir sua proteo e sujeitando-o ao cumprimento de deveres impostos.

Direitos polticos So direitos pblicos subjetivos que permitem ao indivduo exercer sua cidadania participando de forma ativa nos negcios polticos do Estado.

Qual a diferena entre direitos fundamentais e garantias fundamentais? Direitos Fundamentais possuem natureza declaratria, cujo objetivo consiste em RECONHECER, NO PLANO JURDICO, a existncia de uma prerrogativa fundamental do cidado.

Garantias Fundamentais possuem contedo ASSECURATRIO, cujo propsito consiste em FORNECER MECANISMOS OU INSTRUMENTOS, para a proteo, reparao ou reingresso em eventual Direito Fundamental violado. Cidadania Cidado toda pessoa que sabe da existncia desses direitos e os exige, participando ativamente da vida de seu bairro, de sua cidade e de seu pas.

Essa participao ocorre no dia-a-dia de cada pessoa quando ela, por exemplo, reclama do mau atendimento em reparties pblicas, quando denncia a m aplicao de recurso pblico, quando vota, quando participa de reunies de sua associao de bairro, quando integra uma organizao social e assim por diante. O CASTIGO DOS BONS QUE NO FAZEM POLTICA SEREM GOVERNADOS PELOS MAUS. (Plato)

OS DIREITOS HUMANOS

ORIGEM

Os direitos humanos so o resultado de uma longa histria, foram debatidos ao longo dos sculos por filsofos e juristas. O incio desta caminhada, remete-nos para a rea da religio, quando o Cristianismo, durante a Idade Mdia, a afirmao da defesa da igualdade de todos os homens numa mesma dignidade, foi tambm durante esta poca que os matemticos cristos recolheram e desenvolveram a teoria do direito natural, em que o indivduo est no centro de uma ordem social e jurdica justa, mas a lei divina tem prevalncia sobre o direito laico tal como definido pelo imperador, o rei ou o prncipe. Com a idade moderna, os racionalistas dos sculos XVII e XVIII, reformulam as teorias do direito natural, deixando de estar submetido a uma ordem divina. Para os racionalistas todos os homens so por natureza livres e tm certos direitos inatos de que no podem ser despojados quando entram em sociedade. Foi esta corrente de pensamento que acabou por inspirar o actual sistema internacional de proteco dos direitos do homem. A evoluo destas correntes veio a dar frutos pela primeira vez em Inglaterra, e depois nos Estados Unidos. A Magna Carta (1215) deu garantias contra a arbitrariedade da Coroa, e influenciou diversos documentos, como por exemplo o Acto Habeas Corpus (1679), que foi a primeira tentativa para impedir as detenes ilegais. A Declarao Americana da Independncia surgiu a 4 de Julho de 1776, onde constavam os direitos naturais do ser humano que o poder poltico deve respeitar, esta declarao teve como base a Declarao de Virgnia proclamada a 12 de Junho de 1776, onde estava expressa a noo de direitos individuais. A Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado, proclamada em Frana em 1789, e as reivindicaes ao longo dos sculos XIV e XV em prol das liberdades, alargou o campo dos direitos humanos e definiu os direitos econmicos e sociais. Mas o momento mais importante, na histria dos Direitos do Homem, durante 1945-1948. Em 1945, os Estados tomam

conscincia das tragdias e atrocidades vividas durante a 2 Guerra Mundial, o que os levou a criar a Organizao das Naes Unidas (ONU) em prol de estabelecer e manter a paz no mundo. Foi atravs da Carta das Naes Unidas, assinada a 20 de Junho de 1945, que os povos exprimiram a sua determinao em preservar as geraes futuras do flagelo da guerra; proclamar a f nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como das naes, grande e pequenas; em promover o progresso social e instaurar melhores condies de vida numa maior liberdade.. A criao das Naes Unidas simboliza a necessidade de um mundo de tolerncia, de paz, de solidariedade entre as naes, que faa avanar o progresso social e econmico de todos os povos. Os principais objetivos das Naes Unidas, passam por manter a paz, a segurana internacional, desenvolver relaes amigveis entre as naes, realizar a cooperao internacional resolvendo problemas internacionais do cariz econmico, social, intelectual e humanitrio, desenvolver e encorajar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais sem qualquer tipo de distino. Assim, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Naes Unidas proclamou a Declarao Universal dos Direitos Humanos. A Declarao Universal dos Direitos Humanos fundamental na nossa Sociedade, quase todos os documentos relativos aos direitos humanos tem como referncia esta Declarao, e alguns Estados fazem referncia direta nas suas constituies nacionais. A Declarao Universal dos Direitos Humanos, ganhou uma importncia extraordinria contudo no obriga juridicamente que todos os Estados a respeitem e, devido a isso, a partir do momento em que foi promulgada, foi necessrio a preparao de inmeros documentos que especificassem os direitos presentes na declarao e assim fora-se os Estados a cumprila. Foi nesse contexto que, no perodo entre 1945-1966 nasceram vrios documentos. Assim, a juno da Declarao Universal dos Direitos Humanos, os dois pactos efetuados em 1966, nomeadamente O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos e o Pacto

Internacional dos Direitos Econmicos, scias e Culturais, bem como os dois protocolos facultativos do Pacto dos Direitos Civis e Polticos ( que em 1989 aboliu a pena de morte), constituem A Carta Internacional dos Direitos do Homem. Evoluo Histrica dos Direitos Humanos

Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos o Cilindro de Ciro, que contm uma declarao do rei persa (antigo Ir) CiroII depois de sua conquista da Babilnia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser resultado de uma tradio mesopotmica centrada na figura do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido o rei Urukagina, de Lagash, que reinou durante o sculo XXIV aC, e de onde cabe destacar tambm Hammurabi da Babilnia e seu famoso Cdigo de Hammurabi, que data do sculo XVIII aC. O Cilindro de Ciro apresentava caractersticas inovadoras, especialmente em relao a religio. Nele era declarada a liberdade de religio e abolio da escravatura. Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a primeira declarao de direitos humanos. Documentos muito posteriores, como a Carta Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de Mandn, de 1222, se tem associado tambm aos direitos humanos. Na Roma antiga havia o conceito de direito na cidadania romana a todos romanos. Confirmao do conceito A conquista da Amrica no sculo XVI pelos espanhis resultou em um debate pelos direitos humanos na Espanha. Isto marcou a primeira vez que se discutiu o assunto na Europa. Durante a Revoluo inglesa, a burguesia conseguiu satisfazer suas exigncias de ter alguma classe de seguridade contra os abusos da coroa e limitou o poder dos reis sobre seus sditos, proclamando a Lei de Habeas corpus em 1679, em 1689 o Parlamento imps a Guilhermo III da Inglaterra na Carta de Direitos (ou Declarao de direitos) uma srie de princpios sobre os quais os monarcas no podiam legislar ou decidir. No sculo XVII e XVIII, filsofos europeus, destacando-se John Locke, desenvolveram o conceito do direito natural. Os direitos

naturais, para Locke, no dependiam da cidadania nem das leis de um Estado, nem estavam necessariamente limitadas a um grupo tnico, cultural ou religioso em particular. A teoria do contrato social, de acordo com seus trs principais formuladores, o j citado Locke, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, se baseia em que os direitos do indivduo so naturais e que, no estado de natureza, todos os homens so titulares de todos os direitos.

A primeira declarao dos direitos humanos da poca moderna a Declarao dos Direitos da Virgnia de 12 de junho de 1776, escrita por George Mason e proclamada pela Conveno da Virgnia. Esta grande medida influenciou Thomas Jefferson na declarao dos direitos humanos que se existe na Declarao da Independncia dos Estados Unidos da Amrica de 4 de julho de 1776, assim como tambm influenciou a Assemblia Nacional francesa em sua declarao, a Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado de 1789 esta ltima definia o direito individual e coletivo das pessoas. A noo de direitos humanos no experimentou grandes mudanas at o sculo seguinte com o incio das lutas operrias, surgiram novos direitos que pretendiam dar soluo a determinados problemas sociais atravs da interveno do Estado. Neste processo so importantes a Revoluo Russa e a Revoluo Mexicana. Desde o nascimento da Organizao das Naes Unidas em 1945, o conceito de direitos humanos se tem universalizado, alcanando uma grande importncia na cultura jurdica internacional. Em 10 de dezembro de 1948 a Declarao Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assemblia Geral das Naes Unidas em sua Resoluo 217 A (III), como resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial e como intento de sentar as bases da nova ordem internacional que surgia atrs do armistcio. Coincidncia ou no, foi proclamada no mesmo ano da proclamao do estado de Israel. Posteriormente foram aprovados numerosos tratados internacionais sobre a matria, entre os quais se destacam os Pactos Internacionais de Direitos Humanos de 1966, e foram criados numerosos dispositivos para sua promoo e garantia.

Classificao Dos Direitos Humanos Em 1979, em uma conferncia do Instituto Internacional de Direitos Humanos, Karel Vasak props uma classificao dos direitos humanos em geraes,inspirado no lema da Revoluo Francesa (liberdade, igualdade, fraternidade).[5] Assim, os direitos humanos de primeira gerao seriam os direitos de liberdade, compreendendo os direitos civis, polticos e as liberdades clssicas. Os direitos humanos de segunda gerao ou direitos de igualdade, constituiriam os direitos econmicos, sociais e culturais. J como direitos humanos de terceira gerao, chamados direitos de fraternidade, estariam o direito ao meio ambiente equilibrado, uma saudvel de vida, progresso, paz, autodeterminao dos povos e outros direitos difusos.[6] qualidade Posteriormente, com os avanos da tecnologia e com a Declarao dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta gerao de direitos como sendo os direitos tecnolgicos, tais como o direito de informao e biodireito.[7] O jurista brasileiro Paulo Bonavides, defende que o direito paz, que segundo Karel Vasak seria um direito de terceira gerao, merece uma maior visibilidade, motivo pelo qual constituiria a quinta gerao de direitos humanos.[8]

Os direitos humanos so os direitos e liberdades bsicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia tambm de liberdade de pensamento e de expresso, e a igualdade perante a lei. A Declarao Universal dos Direitos Humanos da Organizao das Naes Unidas afirma: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razo e de conscincia, devem agir uns para com os outros em esprito de fraternidade.

HABEAS DATA E DIREITOS DE PERSONALIDADE

Noes Iniciais A Constituio Cabo Verdiana a partir do artigo 45, no prev, o remdio constitucional do habeas data. O instituto foi introduzido na ordem jurdica brasileira em atendimento ao grave problema da proteo da privacidade ante a evoluda organizao dos bancos de dados mantidos pelo Estado ou entidades de larga atuao no interior do tecido social. Volta-se garantia do direito ao conhecimento pleno e retificao de dados. Enquanto segurana para a observncia e garantia da reserva legal da intimidade ou privacidade, tem suporte no art. 45 do diploma constitucional no qual assegurada a amplitude do direito informao, oponvel a rgos pblicos ou entidades de carter pblico. HABEAS DATA

o habeas data, tema do presente estudo, desperta o interesse dos profissionais, pesquisadores e demais interessados da rea jurdica, especialmente os que se dedicam aos campos do Direito Constitucional, Administrativo e Processual, visto que possui implicaes nessas trs esferas do saber jurdico. Conceituao de Habeas Data

Costuma-se apontar na doutrina a sua origem legislao

ordinria dos Estados Unidos da Amrica, por meio do Freedom of Information Act, de 1974, que fora alterado pelo Freedom of Information Reform Act, do ano de 1978, o qual visava a possibilitar o acesso do particular s informaes constantes de registros pblicos ou particulares permitidos ao pblico(1). Consiste o instituto em um direito que assiste a todas as pessoas de solicitarem, por via judicial, a exibio de registros pblicos ou privados em que estejam includos seus dados pessoais, a fim de que deles se tome conhecimento e, caso se faa necessrio, promovam-se as competentes retificaes de dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem em discriminao. Ilustre constitucionalista Jos Afonso da Silva, citando a lio de

Firmin Morales Prats, entende que tal remdio possui como objeto a proteo da esfera ntima dos indivduos contra: a) usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilcitos; b) introduo nesses registros de dados sensveis(discriminatrios); c) conservao de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei. No se deve confundir o instituto em exame com a garantia do

direito informao, previsto pelo mesmo art. 5 da Carta Magna, em seu inciso XXXIII, segundo o qual todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, as quais sero prestadas no prazo legal, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado. No se confunde porque a informao protegida pelo habeas data sempre relativa pessoa do impetrante, com a particularidade de constar de banco ou registro de dados. J o direito informao, exercido na via administrativa, mais amplo e pode se referir a assuntos mais variados. 4. Natureza Jurdica do Instituto O habeas data uma ao constitucional, de carter civil,

contedo e rito sumrio, o qual tem por objeto a proteo de direito lquido e certo do impetrante em conhecer todas as informaes e registros relativos sua pessoa e constantes de reparties pblicas ou particulares acessveis ao pblico, para eventual retificao de seus dados pessoais.

5. Finalidades O instituto do habeas data objetiva fazer com que todos tenham acesso s informaes que o Poder Pblico ou mesmo entidades de carter pblico, como o Servio de Proteo ao Crdito, por exemplo, possuam a seu respeito. Antes da Constituio Federal de 1988, que instituiu entre ns tal remdio, vrias decises judiciais admitiam a utilizao do mandado de segurana, com a finalidade hoje estabelecida no habeas data. Deve-se analisar o habeas data sobre uma dupla finalidade, depreendendo-se de seu texto constitucional. Uma se refere obteno de informaes existentes na entidade governamental ou de carter pblico, e outra corresponde a uma eventual retificao dos dados nelas constantes.

DIREITOS DE PERSONALIDADE-Art.s 28 e s.s. da CRCV

DIREITO DA PERSONALIDADE O termo privacidade quando relacionado ao direito de informao ser usado por ser mais genrico, amplo e estreitamente interligado. O texto constitucional consagrou o direito intimidade, vida privada, a imagem, e tomando-se como um todo, temos a privacidade. Utiliza-se essa expresso "direito privacidade" de modo a comportar toda e qualquer forma de manifestao da intimidade, da vida privada e, at mesmo, da personalidade da pessoa humana. Pelo direito privacidade, apenas ao titular compete a escolha de divulgar ou no seu conjunto de dados individuais, e, no caso de divulgao, decidir quando, como, onde e a quem. Os dados em questo so todos aqueles que decorram da vida familiar, domstica ou particular do cidado, envolvendo fatos, atos, hbitos, pensamentos, segredos atitudes e planos de vida.

Evoluo dos direitos da personalidade Muito se fala sobre a origem dos direitos personalidade, entretanto duas verses ganharam mais destaque junto aos doutrinadores, a primeira que o surgimento se deu na Grcia e a segunda que teve sua origem com a actio injuriarum em Roma. H ainda os que defendem que na Idade Mdia o homem j teria conscincia de sua prpria personalidade. Mas o certo que com a evoluo dos direitos fundamentais aperfeioou a idia do homem como sujeito de direitos, direitos esses que se dava como prolongamento natural do indivduo onde poderiam dispor livremente de tais direitos. A idia de irrenunciabilidade surgiu com o Iluminismo nos sculos XVIII e XIX, para Gilberto Haddad Jabur: " o reconhecimento da importncia do homem, centro de irradiao de direitos e preocupao protetiva, despertou mais tarde com a consolidao do cristianismo. Foi ele responsvel pela construo de fortes alicerces morais, sobre os quais se edificam os direitos que derivam da individualidade, da prpria personalidade humana." Conceito As diferenas no residem somente no campo da terminologia, mas tambm no que diz respeito aos conceitos, h os positivistas e os naturalistas. Dentre os positivistas est Adriano de Cupis, que para ele os direitos da personalidade so compostos por direitos que constituem um minimum necessrio e indispensvel que compe a personalidade "cuja ausncia torna a personalidade uma suscetibilidade irrealizvel, sem valor concreto: todos os outros direitos subjetivos perderiam o interesse para o indivduo e a pessoa no existiria como tal". Tomando-se por base essas medidas, os direitos da personalidade ficariam restritos aos direitos juridicamente reconhecidos pelo Estado, como todo positivista s seriam direitos os albergados pela lei escrita, positivada. J os naturalistas citados a seguir, crem que os direitos da personalidade so extenses do prprio homem, dentre os

doutrinadores que seguem essa corrente est Carlos Alberto Bittar, onde leciona:

"Os direitos da personalidade constituem direitos inatos cabendo ao Estado apenas reconhec-los e sancion-los em um ou outro plano do direito positivo em nvel constitucional ou em nvel de legislao ordinria -, e dotando-os de proteo prpria, conforme o tipo de relacionamento a que se volte, a saber: contra o arbtrio do poder pblico ou as incurses de particulares". Jos Afonso da Silva, que prefere a terminologia de "direito privacidade", o conceitua como "Conjunto de informaes acerca do individuo que ele pode decidir manter sob seu exclusivo controle, ou comunicar, decidindo a quem, quando, onde e em que condies, sem a isso poder ser legalmente sujeito. Classificao dos direitos da personalidade Como pode ser notado aps breve explanao, quo complexo o estudo acerca dos direitos da personalidade, destarte, necessrio se faz restringir queles mais ligados ao direito informao, objeto especifico do presente trabalho. No h uma classificao unnime, por assim dizer, nem to pouco definitiva, pela prpria historicidade e evoluo dos direito, iremos disp-la de forma exemplificativa, at porque a prpria Constituio assegura inmeros outros direitos no decorrer de todo o seu texto. Direito Intimidade - Art. 41/2 - CRCV O direito intimidade caracteriza-se como uma das expresses dos direitos da personalidade, ou seja, os direitos da personalidade gnero enquanto aquele espcie. Segundo Ren Ariel Dotti, a intimidade a esfera secreta da vida do indivduo na qual este tem o poder legal de evitar os demais. o prprio direito de estar s. Mas este est s, refere-se a momentos, pois o homem no vive s, necessita da companhia de seus semelhantes para encontrar razo de existir e desenvolver aspectos de sua personalidade. Mas como nem s de relaes em sociedade

vive o homem, pois prescinde de momentos reservados ao seu ntimo, onde possa refletir sobre sua prpria vida e existncia.

Celso Bastos leciona, "intimidade consiste na faculdade que tem cada indivduo de obstar a intromisso de estranhos na sua vida privada e familiar, assim como de impedir-lhes o acesso a informaes sobre a privacidade de cada um, e tambm impedir que sejam divulgadas informaes sobre esta rea da manifestao existencial do ser humano". Atualmente imperioso levarmos em considerao a evoluo tecnolgica e o crescente poder de informao dos meios de comunicao, a velocidade com que o homem desenvolve novas formas de adentrar na intimidade do outro, tem-se com isso a progressiva reduo da privacidade, tornando-se assim desafio quase impossvel para todos os operadores de direito que primam em defender a intimidade do cidado. Oportunas, portanto, as palavras de J.J. Calmon de Passos: "A famlia dos nossos dias, fragilizada pelo poder da mdia, pela presso da sobrevivncia econmica de seus sobreviventes, pela massificao da convivncia, descaracteriza-se em sua privacidade, faz-se cada vez mais vulnervel ao "pblico", em sua dimenso social e em sua dimenso estatal. Consequentemente, a privacidade recua tambm, fazendo-se individual, personalssima, quase. A privacidade hoje o reduto ltimo da resistncia do indivduo s foras que operam no sentido do seu aniquilamento econmicas, polticas, culturais." Andr Ramos Tavares faz ainda uma subdiviso do direito intimidade em: inviolabilidade do domicilio, sigilo das comunicaes e o segredo profissional. Pois segundo o autor "a intimidade tudo quanto diga respeito nica e exclusivamente pessoa em si mesma, a seu modo de ser e de agir". Importante aqui frisar que a Constituio Federal de 1988 menciona tais direitos em incisos apartados, talvez apenas para dar maior nfase.

Inviolabilidade de Domicilio Art. 43 da CRCV

Em seu art. 5 inciso XI, da Carta Magna, est escrito "a casa

asilo inviolvel do indivduo". Nesse sentido o domicilio local onde a pessoa pode exercer livremente sua privacidade, na certeza de que no ser incomodado por estranhos, onde poder relaciona-se com seus familiares e desfrutar da sua intimidade sexual. Sendo, portanto inviolvel, salvo as previses previstas no prprio inciso, (flagrante delito, desastre, para prestar socorro e durante o dia, por determinao judicial). Assim acentua-se que o termo "casa" tem significado em parte

diverso daquele que lhe confere a linguagem comum. Entendese que a relao estabelecida entre a pessoa e o espao que ocupa implica uma expresso da prpria personalidade, que h de ser resguardada em funo da vida privada da pessoa. Restando claro, portanto, que a proteo outorgada pela Constituio Federal no tem como escopo que a casa ou domicilio sirva de escudo para a prtica de atos ilcitos no seu interior. E como j mencionado anteriormente que no h direito

absoluto, no caso do inciso em testilha, a prpria Constituio expressa duas limitaes do direito ao sigilo das comunicaes. A primeira esta na parte final do prprio inciso "para fins de investigao criminal ou instruo processual penal e para a defesa do Estado e da democracia quando decretado Estado de Defesa ou Estado de Stio.

Vida privada Art. 41/2 - CRCV Os conceitos de vida privada e de intimidade se confundem restando tarefas difceis apartar-los, pois entendemos que a vida privada engloba a intimidade, ou seja, tem um campo de abrangncia maior, ficando relacionado a ela direito que visa a proteo de toda a sua esfera ntima, social e profissional, direito de evitar que o pblico sem autorizao tenha acesso de tais informaes.

Na viso de Alexandre de Moraes no que se refere vida privada, "os direitos intimidade e a prpria imagem formam a proteo constitucional vida privada, salvaguardando um espao ntimo instransponvel por intromisses ilcitas externas". E mais, o autor ressalta ainda que constitucionalmente os conceitos de intimidade e vida privada esto interligados, mas doutrinariamente citando Manoel Gonalves Ferreira Filho, faz uma conceituao de vida privada mais ampla, que o conceito destinado intimidade. intimidade "relaciona-se s relaes subjetivas e de trato ntimo

da pessoa, suas relaes familiares e de amizade, enquanto vida privada envolve todos os demais relacionamentos humanos, inclusive os objetivos, tais como relaes comerciais, de trabalho, de estudo etc."

TEORIA DOS CIRCULOS CONCENTRICOS Todos ns durante nossas vidas, transitamos entre a esfera

privada e a esfera pblica, a doutrina costuma mencionar a teoria das esferas e crculos concntricos da vida privada, criada por autores alemes, e citada aqui por Pedro Frederico Caldas, verbis: "A teoria dos crculos concntricos fecharia o sistema ao

estabelecer a existncia de trs crculos, sendo que o exterior, de maior dimetro, abarcaria o direito privacidade, a que os alemes chamam de privatsphare (sem sentido restrito) ou ainda intimsphare correspondente privatezza dos italianos e sphere of privacy dos americanos.

O segundo circulo corresponderia esfera de confiana, crdito

ou fidcia, a que os juristas alemes denominaram vertrauenssphare, e, finalmente, o terceiro e ltimo, o circulo do segredo (geheimsphare ou vertraulichkeitsphare), correspondente riservatezza dos italianos e sphere of privacy dos americanos, crculo onde ficaria agasalhada a reserva, o sigilo ou a vida ntima no seu sentido restrito."

Teoria essa tambm aceita no Brasil, onde tem como escopo delimitar as distncias entre a vida pblica e a vida privada das pessoas, e com base nessa teoria, estabeleceu-se quatro indicadores, que seria o termmetro a indicar a violao dos direitos em comento, que seriam: 1 intrusion, que seria a intromisso (fisicamente ou no) "na

solido de outrem de uma maneira altamente ofensiva"; 2 public disclosure of private facts, que consiste na

"publicao de um fato da vida privada a respeito do qual no h interesse pblico que justifique sua divulgao"; 3 false light, consiste na criao de uma imagem falsa a

respeito de algum, 'publicando uma altamente ofensiva e falsa impresso de outrem'; 4 appropriation, que "consiste no uso do nome ou imagem

de outrem sem a devida autorizao". [31]

Imagem Art. 41 /2 da CRCV O termo imagem to utilizado que parece difcil apresentar uma definio simples e que abarque todas as possibilidades de empreg-lo. Primeiramente esclareceremos a origem do termo imagem.

Vem do latim imago e significa representao visual de um objeto. E dentre as vrias definices encontradas nos nossos dicionrios de lngua portuguesa, encontraremos algumas que se coadumam com o sentido do presente trabalho. Na primeira delas, tem-se a definio de imagem como

"representao visvel de um ser ou objeto por meios artsticos ou tcnicos", na segunda, "conceito de que uma pessoa goza junto a outras"

"Consiste no direito que a pessoa tem sobre a sua forma

plstica e respectivos componentes distintivos (rosto, olhos, perfil, busto) que a individualizam no seio da coletividade."

Ou seja, a representao da pessoa que a vincula diretamente com o meio externo, sendo um conjunto das caractersticas dos direitos da personalidade. A imagem, portanto, estaria envolvida num processo de representao, e seria um segundo objeto de uma imagem inicial que ela representaria, relacionando esses conceitos com o ser humano, a imagem nossa representao, ou seja, aquilo que somos e aquilo que os outros pensam que ns somos, e como aspectos da personalidade humana tambm recebe proteo constitucional. O uso da imagem uma das excees indisponibilidade dos direitos da personalidade, pois permite ao seu titular a ttulo oneroso ou no, fazer uso de sua imagem, onde dever, de preferncia, firmar com o interessado, contrato de licena ou de concesso de uso, caso seja para veiculao em meios de comunicao, onde constaro explicitamente todos os ajustes decorrentes do acordo de vontade das partes contratantes, como bem preceitua a Lei 6.533, de 24 de maio de 1978 em seu art. 14, lei que regulamenta as profisses de artistas e tcnicos em espetculos diversos. Pois caso no feitas todas essas observaes, constitui ato ilcito no s o uso sem autorizao como tambm o uso que extrapola os limites contratados. utilizao da imagem do cidado, com fins econmicos, sem a

sua devida autorizao, constitui locupletamento indevido, ensejando a devida indenizao, seja qual for o meio utilizado para tal. No necessria a demonstrao do prejuzo. Tratando-se de

direito imagem, "a obrigao de reparar decorre do prprio uso indevido do direito personalssimo" Nesse sentido so as palavras de De Cupis citado por Jos

Afonso da Silva, verbis: "A inviolabilidade da imagem a pessoa consiste na tutela do

aspecto fsico, reflete tambm personalidade moral do indivduo -, satisfaz uma exigncia espiritual de isolamento, uma necessidade eminentemente moral." Honra Art. 41/2 - CRCV

A honra o conjunto de qualidades que caracterizam a dignidade da pessoa, o respeito dos concidados, o bom nome, a reputao, na definio de Jos Afonso da Silva, direito fundamental da pessoa resguardar essas qualidades. [38] Na definio encontrada no pequeno dicionrio da lngua portuguesa, temos: "considerao e homenagem virtude, ao talento, coragem, s boas aes ou s qualidades de algum" e, ainda, como "sentimento de dignidade prpria que leva o individuo a procurar merecer e manter a considerao geral, pundonor, brio". [39] Portanto trata-se de bem material inviolvel que traduz o sentimento de dignidade prpria. Do exposto acima podemos observar que o direito honra,

apesar de guardar todas as caractersticas dos direitos da personalidade, como a incomunicabilidade, a irrenunciabilidade e a indisponibilidade, como todos os outros direito j expostos no ilimitado. Contra ele pode incidir, por exemplo, o animus jocandi prprio das apresentaes humorsticas e que no ofendem a pessoa conquanto fiquem nos limites da comicidade apenas. Ressaltando que a proteo aqui elencada abrangem as pessoas vivas, os mortos, bem como as pessoas jurdicas, embora at pouco tempo houvesse muita discusso doutrinria e jurisprudencial sobre o seu cabimento. O dano, no caso, honra objetiva da pessoa jurdica, posto inexistir, para ela, a honra subjetiva.

SOCIEDADE DE INFORMAO

CONCEITO: Ao analisar-se a origem da Sociedade da Informao, objecto do presente livro, constata-se a existncia de trs elementos que a compem, sendo tais, o Computador , a Internet com o consequente surgimento massivo da interactividade, e finalmente, as Telecomunicaes. Estamos perante trs pressupostos "sine qua non" da Sociedade da Informao dos dias de hoje, que juntos constituem o Direito da Sociedade da Informao, e separados, do origem a trs

ramos de Direito distintos, respectivamente, o Direito da Informtica , o Direito da Internet, e o Direito das Telecomunicaes. CONCEITO DE COMPUTADOR:

A noo de computador empregue neste prembulo, a de computador em sentido amplo, que incorpora tanto o hardware como o software. Sendo assim, por computador, entende-se o conjunto de todos

os dispositivos fsicos electrnicos (hardware), que sob o controlo de programas armazenados internamente ou externamente, executam tarefas prticas teis por via da aceitao de dados, do seu processamento e do consequente Output (software). CONCEITO DE INTERNET: Nome genrico que designa o conjunto de redes, os meios de

transmisso e comutao, roteadores (2), equipamentos e protocolos necessrios comunicao entre computadores, bem como o 'software' e os dados contidos nestes computadores;"

CONCEITO DE TELECOMUNICAES Entende-se por Telecomunicaes: "a transmisso, recepo

ou emisso de sinais, representando smbolos, escrita, imagens, sons ou informaes de qualquer natureza por fios, por sistemas pticos por meios radioelctricos e por outros sistemas electromagnticos."

HISTORIAL DOS ELEMENTOS QUE COMPEM A SOCIEDADE DE INFORMAO

INTERNET:

O incio desse processo evolutivo verificou- se em 1957 nas instalaes da ARPA - Advanced Research Projects Agency. Cinco anos mais tarde (1962), iniciaram-se os primeiros estudos

de utilizao de cumutao de pacotes (6) para redes de computadores, e em 1967, nasceu o projecto Arpanet, que possibilitou operaes com apenas 4 computadores ligados em rede. No ano de 1969, o Departamento de Defesa Americano implementou um sistema de computadores descentralizado em vrios locais dos Estados Unidos, que para alm de facilitar a troca de Informaes entre os militares e os investigadores, veio permitir que os centros de deciso permanecessem em contacto mesmo aps um ataque nuclear. Este sistema, inicialmente designado por Darpanet (7), acabou por ser totalmente acessvel, quer ao sistema educativo e investigao acadmica, quer ao Estado e aliados. O primeiro e-mail na rede Arpanet foi enviado em 1972 , ano

da criao e especificao do Telnet (8), e um ano mais tarde, foi efectuada a primeira conexo internacional da Arpanet, entre a Inglaterra e a Noruega.Esse grande passo marcou o incio das pesquisas sobre a criao da Internet, a ideia bsica de Internet foi apresentada num congresso por Vinton Cerf e Bob Kahn. Por mrito dos mesmos Cerf e Kahn, nasceu em 1974 o TCP, e trs anos mais tarde surgiram a especificao do Mail e a primeira ligao de redes homogneas (Arpanet, Packet Radio, Santnet) via protocolos da Internet. No ano de 1979 nasceu a Usenet (10), e as primeiras escolas foram conectadas Arpanet, surgindo assim o primeiro MUD (Multi-User Dungeon or Dimension). Em 1982 formou-se o conjunto de protocolos da Arpanet-TCP/IP, nascendo ento a Internet, e em 1983, foi desenvolvido o primeiro servidor de nomes, tendo a ARPANET sido dividida em ARPANET e MILNET. No ano de1984 o nmero de redes interligadas ultrapassou as 1.000, sendo criado o conceito de DNS (11), e em 1986 a National Science Foundation - NSF- criou a NSFNET, com o objectivo de ligar cinco supercomputadores utilizando um Backbone de 56Kbps. O comrcio da Internet foi pela primeira vez liberalizado em 1987, nos EUA. Em 1988 foi lanado o primeiro vrus na rede, que afectou 6.000 subredes das 60.000 j existentes, sendo criado o IRC (Internet Relay Chat). J em 1989 surgiu a IETF (12), responsvel pela homologao dos padres de rede. A Arpanet extinguiu-se em

1990 e nesta mesma data surge o primeiro servidor comercial de Internet. Em 1991, nasceu o Gopher (13), a rede mundial j operava a

44.736 Mbps (14), e a criao da World Wide Web veio possibilitar a apresentao da informao depositada na rede num modo grfico e em Hipertexto (15) , o que se traduz num acesso facilitado ao contedo da Internet. Mas, foi em 1992 que a Rede se afirmou como um fenmeno mundial. Comearam a surgir nos EUA vrias empresas fornecedoras de acesso Internet (ISP-Internet Service Provider), e centenas de milhares de pessoas comearam a disponibilizar informao na Rede mundial, tornando-a na "via comunicativa" mais poderosa face da terra . A Internet revolucionou o mundo dos computadores e das comunicaes como nenhuma outra inveno. O telgrafo, o telefone , o rdio , e o computador podem considerar-se como as sementes do nascimento deste meio de comunicao sem precedentes, em termos de integrao de capacidades. A Internet consegue ser uma rede informtica com capacidade internacional, um mecanismo capaz de difundir informao, e um meio para que as pessoas interajam e se interajudem, sem que os entraves geogrficos lhes causem transtornos. Pode dizer-se que a Internet hoje uma infra-estrutura de grande dimenso , cuja construo implicou a conjugao de esforos de vrios quadrantes, entre eles o tecnolgico, o organizacional, o empresarial, e o quadrante da comunidade internacional.

EVOLUO HISTRICA DAS TELECOMUNICAES Desde sempre que se comunica, uma faculdade inerente ao Homem. Mas telecomunicar diferente, significa comunicar distncia, e embora determinados povos j o tenham feito outrora , nomeadamente com recurso a sinais de fumo, o verdadeiro incio das telecomunicaes verificou-se em 1792, com a inveno do telgrafo ptico. Esta inveno foi fruto da imaginao de franceses, os irmos Chappe, e enviava sinais a 12 km de distncia. Em 1838, Samuel Morse inventou o telgrafo elctrico e o cdigo Morse. Mais tarde , em 1854, a rede do telgrafo expandia-se por 37 mil km. J em 1876, Alexander Graham Bell, inventava nos EUA o telefone, aparelho

que atingia o nmero de 25 mil exemplares, espalhados pelo mundo, no ano de 1879. Em 1895, Guglielmo Marconi, em Itlia, trocou pela primeira vez sinais de rdio distncia de 400 metros, tendo-o feito mais tarde a 2000 metros , podendo dizer-se que nesse momento nasceu a rdio em termos tcnicos , embora s em 1920 surja a primeira estao de rdio. J no sculo XX (em 1907), tem lugar a primeira ligao Hertziana permanente transatlntica. E em 1925 nasceu uma das mais importantes invenes de todos os tempos: A televiso, por John Baird, nos laboratrios do Instituto Real em Londres.

O Modem (16) nasceu em 1958 , criado pela Bell Company nos EUA e veio revolucionar as comunicaes entre computadores. Em 1959 existiam 87 milhes de receptores de televiso no mundo e 65% estavam nos EUA.

J no ano de 1974 o satlite ATS6 , demonstrava a sua fiabilidade na transmisso de programas de televiso para os EUA. Em 1974 foi criado o Teletexto (19), sistema criado pela inglesa BBC. Em 1977 havia 419 milhes de receptores de televiso no mundo e 29% estavam nos EUA. Em 1980 havia 1,3 bilhes de aparelhos de rdio a funcionar em todo o mundo. Em 1983 nascia o telefone celular pela AT&T , EUA , empresa que atingia no mesmo ano a fasquia dos 100 mil assinantes. No ano de 1985 o telefone fixo j tinha 407 milhes de linhas.

Em 1992 nasceu o GSM (17) na Europa , primeiro padro digital para telefonia mvel. No entanto, a recm criada especificao UMTS (18) poder impr-se como padro para as telefonias mveis no incio do Sculo XXI.

FACTORES QUE COMPEM A SOCIEDADE DE INFORMAO O primeiro o homem, que ter necessariamente de ser mais

qualificado e de trabalhar em equipa, e tambm de privilegiar o servio e o cliente. O segundo a velocidade de acesso, que inevitavelmente ser diferente da actual, ou seja, mais velocidade em melhores plataformas, uma melhor harmonizao das normas de funcionamento da Internet.

Finalmente, o quarto factor, o inevitvel surgimento de

Mercados virtuais, o futuro do comrcio a nvel mundial, de tal modo, que quem no o explorar arrisca-se falncia. Mas o que a Sociedade da Informao? A denominao comum de mbito internacional, definidora do

conjunto de determinadas actividades relacionadas com a informtica e a comunicao, que tm por objecto primordial a difuso da informao atravs de meios electrnicos e interactivos. Sem dvida que o surgimento da Sociedade da Informao fez emergir um sem nmero de questes: A divulgao de obras na Internet, a problemtica das bases de dados e da proteco de dados pessoais, o nascimento de monoplios no comrcio electrnico e no software, a celebrao de contratos informticos, a criao de dinheiro electrnico, a criminalidade informtica; A questo da existncia ou no de "algum" a governar a Internet ou antes, se esta deve manter-se nos moldes actuais de descentralizao legislativa, e, se se decidir dever existir uma entidade fiscalizadora e deliberativa, em que moldes o ser. Muitas outras questes se levantam alm das mencionadas, mas o importante que para todas o legislador apresente solues legais vlidas. Tecnologias de Informao Mecanismos automticos (electrnicos) que fazem o

Tratamento, Armazenamento e Comunicao da Informao Conjunto de dados que relacionados entre si nos transmitem conhecimento

A Histria da evoluo da Sociedade Humana... Revoluo Agricula : Passou a trabalhar a Terra Utilizou a Terra como Recurso Revoluo Industrial: Passou a trabalhar com Mquinas.Utilizou as Matrias Primas como Recurso Revoluo Tecnolgica: Passou a trabalhar os Dados e a Informao. Utilizou o Conhecimento como Recurso

O homem desde que vive em sociedade tem necessidade de partilhar conhecimento. Interage com o meio que o rodeia e troca informao para melhorar o seu nvel de vida. O ser humano recolhe os dados que necessita e processa-os no crebro para armazenar na memria ou transmitir os resultados. No entanto somos um ser limitado em termos de memria e processamento e no conseguimos transmitir a informao a grandes distancias em velocidades desejadas. O aparecimento e a disseminao de novas tecnologias capazes

de Processar, Armazenar e Comunicar grandes volumes de informao, teve um efeito na evoluo das sociedades a tal ponto de vrios historiadores se referirem ao sculo XX como a Sociedade de Informao.

Sociedade da Informao

Incapacidade Humana de reter toda a informao Fraca velocidade de processamento do crebro humano Troca de Informao entre as pessoas

TIC: Telecomunicaes

Suportes de Armazenamento, Base de Dados. Computador e sistemas Informticos

Organizao e Seleco da Informao

Execuo de clculos e tarefas complexas em curto espao de tempo Comunicar a longa distancia em tempo real

TIC: ESTRUTURA

Televiso por Cabo Internet com acesso de Banda Larga Sistemas de GPS Telemveis da 3 Gerao (Norma UMTS) PDA, Notbooks, Terminais POS e ATM Sistemas de armazenamento digitais Leitores de musica de vrios formatos Redes de computadores Computadores Servidores (MainFrames) Bases de Dados ( Civis, Genticos, Veculos ) Computadores pessoais (PC)

Controlo e Automao: Interveno de sistemas informticos nocontrolo de mecanismos e processos industriais:

Exemplos: SATD, Cad-Cam, Robs Domtica: Utilizao de meios informticos para gesto das tarefasdomsticas

Exemplos: Controlo automtico ou remoto da Iluminao, Aquecimento, Estores, Rega...

BURTICA: Aplicao de meios informticos no tratamento da informao que circula num escritrio. Exemplos: Suites de Produtividade (Office), Redes e dispositivos de comunicao.

TELEMTICA: Utilizao conjunta de meios informticos comdispositivos de comunicao distancia.

Exemplos : Satlites (GPS), Internet (Telnet, E-Mail), TV-Digital (Vdeo on Demande, Vdeo Conferencia, Tv-Interactiva).

INFORMTICA

INFORmao e autoMTICA Cincia do Tratamento Automtico da Informao, utilizando para tal mquinas automticas. Funo de um Sistema Informtico

Componentes de um Sistema Informtico HARDWARE Parte fsica de um Sistema Informtico. Conjunto de equipamentos e peas que constituem fisicamente o computador. Tudo que visvel e palpvel. SOFTWARE

Parte lgica de um Sistema Informtico. Conjunto de programas (instrues lgicas) que servem para comandar e programar o computador. FIRMWARE Conjunto de Hardware e Software que se destina a gesto de operaes de entrada e sada de dados do computador

Software Aplicao (Programas comerciais com fins especficos) Sistema

Software de Base (Sistemas Operativos) Utilitrios (Ferramentas para efectuar tarefas comuns

Shareware Programas de partilha para demonstrao( Tempo parcial ou

verses reduzidas)

Freeware Programas de aquisio gratuita (Publicidade e Promoo)

CONCEITO DE SOCIEDADE DE INFORMAO

Ao analisar-se a origem da Sociedade da Informao, objecto do presente livro, constata-se a existncia de trs elementos que a compem, sendo tais, o Computador , a Internet com o consequente surgimento massivo da interactividade, e finalmente, as Telecomunicaes. Estamos perante trs pressupostos "sine qua non" da Sociedade da Informao dos dias de hoje, que juntos constituem o Direito da Sociedade da Informao, e separados, do origem a trs

ramos de Direito distintos, respectivamente, o Direito da Informtica , o Direito da Internet, e o Direito das Telecomunicaes.

CONCEITO DE COMPUTADOR:

A noo de computador empregue neste prembulo, a de computador em sentido amplo, que incorpora tanto o hardware como o software. Sendo assim, por computador, entende-se o conjunto de todos

os dispositivos fsicos electrnicos (hardware), que sob o controlo de programas armazenados internamente ou externamente, executam tarefas prticas teis por via da aceitao de dados, do seu processamento e do consequente Output (software). CONCEITO DE INTERNET: Nome genrico que designa o conjunto de redes, os meios de

transmisso e comutao, roteadores (2), equipamentos e protocolos necessrios comunicao entre computadores, bem como o 'software' e os dados contidos nestes computadores;"

CONCEITO DE TELECOMUNICAES: Entende-se por Telecomunicaes: "a transmisso, recepo

ou emisso de sinais, representando smbolos, escrita, imagens, sons ou informaes de qualquer natureza por fios, por sistemas pticos por meios radioelctricos e por outros sistemas electromagnticos."

HISTORIAL DOS ELEMENTOS QUE COMPEM A SOCIEDADE DE INFORMAO

INTERNET:

O incio desse processo evolutivo verificou- se em 1957 nas instalaes da ARPA - Advanced Research Projects Agency. Cinco anos mais tarde (1962), iniciaram-se os primeiros estudos de utilizao de cumutao de pacotes (6) para redes de computadores, e em 1967, nasceu o projecto Arpanet, que possibilitou operaes com apenas 4 computadores ligados em rede. No ano de 1969, o Departamento de Defesa Americano implementou um sistema de computadores descentralizado em vrios locais dos Estados Unidos, que para alm de facilitar a troca de Informaes entre os militares e os investigadores, veio permitir que os centros de deciso permanecessem em contacto mesmo aps um ataque nuclear.

. Este sistema, inicialmente designado por Darpanet (7), acabou por ser totalmente acessvel, quer ao sistema educativo e investigao acadmica, quer ao Estado e aliados. O primeiro e-mail na rede Arpanet foi enviado em 1972 , ano

da criao e especificao do Telnet (8), e um ano mais tarde, foi efectuada a primeira conexo internacional da Arpanet, entre a Inglaterra e a Noruega.Esse grande passo marcou o incio das pesquisas sobre a criao da Internet, a ideia bsica de Internet foi apresentada num congresso por Vinton Cerf e Bob Kahn. Por mrito dos mesmos Cerf e Kahn, nasceu em 1974 o TCP, e trs anos mais tarde surgiram a especificao do Mail e a primeira ligao de redes homogneas (Arpanet, Packet Radio, Santnet) via protocolos da Internet. No ano de 1979 nasceu a Usenet (10), e as primeiras escolas foram conectadas Arpanet, surgindo assim o primeiro MUD (Multi-User Dungeon or Dimension). Em 1982 formou-se o conjunto de protocolos da Arpanet-TCP/IP, nascendo ento a Internet, e em 1983, foi desenvolvido o primeiro servidor de nomes, tendo a ARPANET sido dividida em ARPANET e MILNET. No ano de1984 o nmero de redes interligadas ultrapassou as 1.000, sendo criado o conceito de DNS (11), e em 1986 a National Science Foundation - NSF- criou a NSFNET, com o objectivo de ligar cinco supercomputadores utilizando um Backbone de 56Kbps. O comrcio da Internet foi pela primeira vez liberalizado em

1987, nos EUA. Em 1988 foi lanado o primeiro vrus na rede,

que afectou 6.000 subredes das 60.000 j existentes, sendo criado o IRC (Internet Relay Chat). J em 1989 surgiu a IETF (12), responsvel pela homologao dos padres de rede. A Arpanet extinguiu-se em 1990 e nesta mesma data surge o primeiro servidor comercial de Internet. Em 1991, nasceu o Gopher (13), a rede mundial j operava a

44.736 Mbps (14), e a criao da World Wide Web veio possibilitar a apresentao da informao depositada na rede num modo grfico e em Hipertexto (15) , o que se traduz num acesso facilitado ao contedo da Internet. Mas, foi em 1992 que a Rede se afirmou como um fenmeno mundial. Comearam a surgir nos EUA vrias empresas fornecedoras de acesso Internet (ISP-Internet Service Provider), e centenas de milhares de pessoas comearam a disponibilizar informao na Rede mundial, tornando-a na "via comunicativa" mais poderosa face da terra.

A Internet revolucionou o mundo dos computadores e das comunicaes como nenhuma outra inveno. O telgrafo, o telefone , o rdio , e o computador podem considerar-se como as sementes do nascimento deste meio de comunicao sem precedentes, em termos de integrao de capacidades. A Internet consegue ser uma rede informtica com capacidade internacional, um mecanismo capaz de difundir informao, e um meio para que as pessoas interajam e se interajudem, sem que os entraves geogrficos lhes causem transtornos. Pode dizer-se que a Internet hoje uma infra-estrutura de grande dimenso , cuja construo implicou a conjugao de esforos de vrios quadrantes, entre eles o tecnolgico, o organizacional, o empresarial, e o quadrante da comunidade internacional.

EVOLUO HISTRICA DAS TELECOMUNICAES

Desde sempre que se comunica, uma faculdade inerente ao Homem. Mas telecomunicar diferente, significa comunicar distncia, e embora determinados povos j o tenham feito outrora , nomeadamente com recurso a sinais de fumo, o verdadeiro incio das telecomunicaes verificou-se em 1792, com a inveno do telgrafo

ptico. Esta inveno foi fruto da imaginao de franceses, os irmos Chappe, e enviava sinais a 12 km de distncia. Em 1838, Samuel Morse inventou o telgrafo elctrico e o cdigo Morse. Mais tarde , em 1854, a rede do telgrafo expandia-se por 37 mil km. J em 1876, Alexander Graham Bell, inventava nos EUA o telefone, aparelho que atingia o nmero de 25 mil exemplares, espalhados pelo mundo, no ano de 1879. Em 1895, Guglielmo Marconi, em Itlia, trocou pela primeira vez sinais de rdio distncia de 400 metros, tendo-o feito mais tarde a 2000 metros , podendo dizer-se que nesse momento nasceu a rdio em termos tcnicos , embora s em 1920 surja a primeira estao de rdio. J no sculo XX (em 1907), tem lugar a primeira ligao Hertziana permanente transatlntica. E em 1925 nasceu uma das mais importantes invenes de todos os tempos: A televiso, por John Baird, nos laboratrios do Instituto Real em Londres.

O Modem (16) nasceu em 1958 , criado pela Bell Company nos EUA e veio revolucionar as comunicaes entre computadores. Em 1959 existiam 87 milhes de receptores de televiso no mundo e 65% estavam nos EUA.

J no ano de 1974 o satlite ATS6 , demonstrava a sua fiabilidade na transmisso de programas de televiso para os EUA. Em 1974 foi criado o Teletexto (19), sistema criado pela inglesa BBC. Em 1977 havia 419 milhes de receptores de televiso no mundo e 29% estavam nos EUA. Em 1980 havia 1,3 bilhes de aparelhos de rdio a funcionar em todo o mundo. Em 1983 nascia o telefone celular pela AT&T , EUA , empresa que atingia no mesmo ano a fasquia dos 100 mil assinantes. No ano de 1985 o telefone fixo j tinha 407 milhes de linhas.

Em 1992 nasceu o GSM (17) na Europa , primeiro padro digital para telefonia mvel. No entanto, a recm criada especificao UMTS (18) poder impr-se como padro para as telefonias mveis no incio do Sculo XXI.

FACTORES QUE COMPEM A SOCIEDADE DE INFORMAO

O primeiro o homem, que ter necessariamente de ser mais

qualificado e de trabalhar em equipa, e tambm de privilegiar o servio e o cliente. O segundo a velocidade de acesso, que inevitavelmente ser diferente da actual, ou seja, mais velocidade em melhores plataformas, uma melhor harmonizao das normas de funcionamento da Internet. Finalmente, o quarto factor, o inevitvel surgimento de

Mercados virtuais, o futuro do comrcio a nvel mundial, de tal modo, que quem no o explorar arrisca-se falncia. Mas o que a Sociedade da Informao? A denominao comum de mbito internacional, definidora do

conjunto de determinadas actividades relacionadas com a informtica e a comunicao, que tm por objecto primordial a difuso da informao atravs de meios electrnicos e interactivos.

Sem dvida que o surgimento da Sociedade da Informao fez emergir um sem nmero de questes: A divulgao de obras na Internet, a problemtica das bases de dados e da proteco de dados pessoais, o nascimento de monoplios no comrcio electrnico e no software, a celebrao de contratos informticos, a criao de dinheiro electrnico, a criminalidade informtica; A questo da existncia ou no de "algum" a governar a Internet ou antes, se esta deve manter-se nos moldes actuais de descentralizao legislativa, e, se se decidir dever existir uma entidade fiscalizadora e deliberativa, em que moldes o ser. Muitas outras questes se levantam alm das mencionadas, mas o importante que para todas o legislador apresente solues legais vlidas. Criminalidade Informtica.

H uma franja da sociedade que no cumpre a lei, e f-lo de um modo assumido - Os hackers (melhor dito - cracker). Mas antes, convm explicar que o termo hacker est a ser erroneamente usado pela generalidade das pessoas , pois um hacker um entusiasta dos computadores, ou algum que tem curiosidade acerca do meio informtico. De facto , na maioria dos casos , quando nos referimos a um hacker , queremos dizer

cracker, pois s estes praticam crimes informticos com a necessria inteno, que de resto caracterstica da tipicidade dos crimes informticos. Introduo:

1. Os crimes digitais so um fenmeno mundial e se alastram rapidamente. 2. O Direito Penal parece no est conseguindo acompanhar o ritmo da tecnologia, deixando muitas vezes os criminosos digitais impunes. 3. Nosso objetivo fazer uma introduo a criminalidade informtica e um estudo sobre os tipos penais e propriamente informticos e no informticos, mas que utilizam da informtica para prtica de crimes. 4. Analise da evoluo de crimes na Internet no tempo e no espao 5. Estudo sobre a estrutura das redes e os crimes.

Criminalidade informtica Evoluo

Recente Pesquisa da Transactional Records Acess Clearinghouse mostra o crescimento dos crimes na Internet. O Estudo mostra que, em 1998, 419 casos de crimes por computador foram levados a julgamento nos EUA, que representa 43% de crescimento do ano anterior. O nmero representa trs vezes em relao a 1992.

Ataques Hackers no Mundo

1. Casos de ataques de hackers no mundo no so recentes. Em

1998 um estudante Alemo invadiu 450 computadores militares no EUA, Europa e Japo; em 1995 um russo invadiu

computadores do Citbank, em NY e transferiu 2.8 milhes de dlares para sua conta em outros bancos. 2. Com a popularizao da Internet, os ataques de hackers ficaram cada vez mais freqentes e nem mesmo grandes rgos governamentais, como NASA e o Pentgono, se saram ilesos. O Pentgono sofre, em mdias, dois ataques de hackers por dia. 3. Na Europa h casos recentes de invases a bancos. Os hackers acessam os sistemas bancrios, roubam informaes sigilosas e as utilizam para extorquir dinheiro dos bancos. 4. Na China irmo gmeos foram condenados a morte por invadirem os PC do Banco de Ind e Com da China.

Crimes contra a pessoa 1. Homicdio (art. 121 CP) . Rob invade os computadores da UTI de um grande hospital e altera a lista de remdios a ser ministrada em Bob. Um enfermeira induzida a pela falsa recita, acaba matando Bob com a superdosagem de medicao. 2. Crimes contra a honra (art. 138 e art. 145 CP) - Rob cria uma pgina na Internet com o sugestivo ttulo de BOb falso e odeio BOB na qual, alm de insult-lo, descreve aes e fatos caluniosos ou difamantes que supostamente Bob realizara. 3. Induzimento, instigao ou auxlio a suicdio (art. 122 CP) - BOb e Renata nunca se viram pessoalmente. Conheceram-se pela Internet em uma sala de Chat e logo tornaram-se amigos e confidentes. Passaram ento a trocar e-mail. Em um deles Bob revela a Renata uma tragdia em sua vida. Ela sugere ento que Bob se suicide e passa a incetiv-lo, inclusive com ensinamentos de tcnicas eficazes de suicdio. 4. Violao de segredo profissional (art. 155 CP) DR Mrio, famoso psicanalista, aps enorme sucesso no programa de TV cria uma pgina na Internet na qual analisa casos de seus clientes ( citando inclusive seus nomes) e revela detalhes da vida pessoal deles dos quais tomou conhecimento durante as sesses de anlise.

Crimes contra o patrimnio Furto (art. 155 CP) Pablo invade os computadores de um banco e desvia os centavos das contas de todos os clientes para sua conta fantasma.

Crimes contra a propriedade Imaterial1. Violao de Direito autoral (art. 12 da Lei n 9.609/1998)

Patrcia cria uma pgina na Internet na qual permite aos visitantes baixar programas completos sem qualquer custo.2. Essa prtica, conhecida como Warez, um dos crimes

internacionais pela Internet mais comuns.3. Concorrncia desleal (art. 195 da Lei n 9.279/1996) Carlos

Eduardo, dono de uma fbrica de refrigerantes KAK-COLA, cria uma home page divulgando que em suposta pesquisa feita nos EUA comprovou que o refrigerante do concorrente cancergeno.

Crimes contra os Costumes Pedofilia - Divulgao de pornografia infantil (art. 241 do ECALei 8.069/1990) - Jack cria uma pgina na Internet onde expe fotos pornogrficas de crianas e adolescentes.

Conceito de Criminalidade Informtica Todo o acto em que o computador serve de meio para atingir um objectivo criminoso ou um alvo simblico desse acto ou objecto do crime. Criminalidade que especificamente gerada pelo computador enquanto instrumento de trabalho e de comunicao; o objecto material de agresso so bens ou meios informticos (Oliveira Ascenso). Burla informtica : Inteno de enriquecimento

ilegtimo.Causar prejuzo patrimonial. Interferir no resultado de tratamento de dados. Estruturar programas informticos incorrectamente

Utilizar incorrecta ou incompletamente dados Utilizar dados sem autorizao Intervir por qualquer outro modo no autorizado no processamento Pena: priso at 3 anos ou multa Inteno de benefcio ilegtimo Causar prejuzo patrimonial Usar programas, dispositivos electrnicos ou outros meios Diminuir, alterar ou impedir o normal funcionamento ou explorao de servios de telecomunicaes

Falsidade informtica: Inteno de enganar.Introduzir,

modificar, apagar ou suprimir dados ou programas informticos.Interferir num tratamento informtico de dados. Quando os dados ou programas sirvam como meio de prova. Pena: priso at 5 anos ou multa. Usar documento produzido a partir de dados ou programas informatizado. Inteno de prejudicar ou obter benefcio ilegtimo

Dano relativo a dados ou programas informticos Falta de autorizao Inteno de prejudicar ou de obter benefcio ilegtimo Apagar, destruir, danificar, suprimir ou inutilizar dados ou programas informticos alheios Pena: priso at 3 anos ou multa

Sabotagem informtica : Introduzir, alterar, apagar ou

suprimir dados ou programas informticos Interferir em sistema informtico

Inteno de entravar ou perturbar o funcionamento de um sistema ou de comunicao distncia Pena: priso at 5 anos ou multa

Acesso ilegtimo: Falta de autorizao

Inteno de obter um benefcio ilegtimo Aceder a um sistema ou rede informticos Pena: priso at 1 ano ou multa Violao de regras de segurana Pena: priso at 3 anos ou multa Conhecer um segredo comercial ou industrial ou dados confidenciais Benefcio de valor consideravelmente elevado Pena: priso de 1 a 5 anos

Intercepo ilegtima :

Falta de autorizao

Interceptar comunicaes processadas no interior de um sistema ou rede informticos Pena: priso at 3 anos ou multa

Reproduo ilegtima de programa protegido: Falta de

autorizao Reproduzir, divulgar ou comunicar ao pblico um programa informtico protegido por lei Pena: priso at 3 anos ou multa Reproduzir topografia de um produto semicondutor Ou a explorar comercialmente

Ou a importar Hacker: o o Quebra-sistemas ou pirata informtico Utiliza as falhas de procedimento e de segurana no acesso aos sistemas

GLOBALIZAO

PARTE I CONTEXTUALIZAO

1. As transformaes tecnolgicas. 2. O Processo de Globalizao.

As Transformaes Tecnolgicas:

1268 Roger Bacon inventou as primeiras lentes de cristal para corrigir distores da vista;

1462 - A inveno da imprensa por Gutenberg foi uma das invenes mais poderosas, a imprensa permitiu que o conhecimento fosse divulgado em todos os nveis da sociedade; 1736 James Watt inventou o motor a vapor e entre 1765 e 1776 transformou-o em um provedor econmico de energia, dando inicio Revoluo Industrial; 1776 Aperfeioamento do motor a vapor por James Watt; 1876 - Alexander Graham Bell, inventou o telefone iniciando uma das maiores revolues no setor econmico da era industrial, percussor da revoluo nas telecomunicaes.

1879 Thomas Alva Edison, inventou a revolucionria lmpada eltrica de filamento ( uma simples inovao hoje omnipresente que mudou os rumos do desenvolvimento da humanidade); 1906 Em outubro, o brasileiro Santos Dumont faz seu primeiro vo em um aparelho mais pesado que o ar,inventa o meio de transporte que revolucionou o mundo moderno O AVIO. 1946 construdo do primeiro computador com 1,5de altura e 24m de comprimento denominado ENIAC. 1947 a televiso invade os lares; 1957 A antiga Unio Sovitica lana o Sputnik1 Primeiro Satlite Artificial; 1969 criado um sistema de comunicao por computador ligado em uma rede denominada Web Wilde Word, que revolucionou o mundo a Internet. 1977 Steven Jobs e Stephen Wozniak apresentam o primeiro computador pessoas, chamado Apple Microcomputador.

E, ...ainda estamos claramente no meio dessas transformaes, se a histria servir de guia, ela no estar concluda at 2010 ou 2020.

...Ningum nascido em 1990 poder imaginar o mundo em que seus avs seus avs ou seus pais nasceram. DRUCKER , 1994.

O PROCESSO DE GLOBALIZAO

O processo de GLOBALIZAO e de PROSPECO DE TENDNCIAS nasceu com a necessidade de troca de produtos, conhecimento de novos mundos e troca de informaes.

Chama-se globalizao, ou mundializao, o crescimento da interdependncia de todos os povos e pases da superfcie terrestre. Alguns falam em aldeia global, pois parece que o planeta est ficando menor e todos se conhecem(assistem a programas semelhantes na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que ocorre no mundo inteiro).

Em 1865 a notcia da morte de Abraham Lincoln levou 13 dias para atravessar o Atlntico e chegar Europa. Em 1997 a notcia da queda da Bolsa de Valores de Hong Kong levou 13 segundos para cair feito um raio sobre So Paulo, Nova York, Tel Aviv, Buenos Aires e Frankfurt. Eis o efeito da globalizao Rossi, Clvis. Editorial-Folha de So Paulo.

A abertura da economia e a Globalizao so processos irreversveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso.

Comrcio Eletrnico

O que Comrcio Eletrnico?

O comrcio eletrnico (ou e-commerce) a automao das transaes comerciais pela utilizao das empresas de tecnologias de informtica e telecomunicaes. Exemplo: Compra de Mveis, Imveis, Automveis, etc. Pela Internet.

Mudanas provocadas pela Internet:

Toda companhia torna-se uma empresa de mdia;

As companhias no precisam ser gigantes para competir no mercado global; e Giro mais veloz de produtos e servios devido ao maior poder aquisitivo do pblico.

FACILIDADE A internet possibilita aos compradores a oportunidade de fazerem compras 7 dias por semana, 24 horas por dia e em qualquer lugar que estejam, no escritrio, em casa, em viagem ou em qualquer lugar do mundo. Ciclo da Venda

Preparao do Pedido; Processamento do Pedido; Atendimento do Pedido; e Entrega.

Tipos de Comrcio Electrnico

De uma forma generalista, quando pensamos em comrcio electrnico, pensamos numa transaco comercial entre um fornecedor e um cliente a decorrer na Internet. No entanto, embora certa esta ideia, podemos ser mais especficos e dividir o comrcio em quatro grandes tipos, com caractersticas distintas entre si. Assim sendo, existem quatro tipos bsicos de comrcio electrnico: Business-to-Business (B2B); Business-to-Consumer (B2C); Business-to-Administration (B2A);

Consumer-to-Administration (C2A).

Business-to-Business (B2B) O comrcio Business-to-Business (B2B) engloba todas as transaces electrnicas bens ou servios efectuadas entre empresas. Neste tipo de comrcio electrnico actuam normalmente os produtores e grossistas no comrcio tradicional.

Business-to-Consumer (B2C) O tipo de comrcio electrnico Business-to-Consumer distinguese pelo estabelecimento de relaes comerciais electrnicas entre as empresas e os consumidores finais. Corresponde seco de retalho do comrcio electrnico, onde operam normalmente os retalhistas no comrcio tradicional. Este tipo de relaes pode ser mais dinmico e mais fcil, mas tambm mais espordico ou descontinuado. Este tipo de comrcio tem-se desenvolvido bastante devido ao advento da web, existindo j vrias lojas virtuais e centros comerciais na Internet que comercializam todo o tipo de bens de consumo, tais como computadores, software, livros, CDs, automveis, produtos alimentares, produtos financeiros, publicaes digitais, etc.. Quando comparado com uma situao de compra a retalho no comrcio tradicional, o consumidor tem normalmente mais informao disponvel na forma de contedos informativos e existe a ideia generalizada de que compra mais barato, sem prejuzo de obter, muitas vezes, um atendimento igualmente personalizado e de assegurar a rapidez na concretizao do seu pedido. Business-to-Administration (B2A) Esta parte do comrcio electrnico engloba todas as transaces realizadas on-line entre as empresas e a

Administrao Pblica. Esta uma rea que envolve uma grande quantidade e diversidade de servios, designadamente nas reas fiscal, da segurana social, do emprego, dos registos e notariado, etc. O tipo de servios tem vindo a aumentar consideravelmente nos ltimos anos com os investimentos feitos em e-government (Governo Electrnico).

Exemplos: Portal Compras.gov.pt O Portal das Compras Pblicas pretende ser uma ferramenta para todos os intervenientes no mercado de compras pblicas: os compradores (a Administrao Pblica) e os fornecedores. Disponibiliza um conjunto de servios e informaes de relevo ao nvel das compras pblicas, mantendo todos os intervenientes informados sobre as iniciativas e projectos em curso. Declaraes Electrnicas Este servio foi criado para facilitar o relacionamento dos Utilizadores com a Direco-Geral dos Impostos (DGCI).

Consumer-to-Administration (C2A) O modelo Consumer-to-Administration engloba todas as transaces electrnicas efectuadas entre os indivduos e a Administrao Pblica. Exemplos de aplicaes: Educao - divulgao de informao, formao distncia, etc. Ex.: e-U (universidade electrnica). Segurana social - atravs da divulgao de informao, realizao de pagamentos, etc. Impostos - entrega das declaraes, pagamentos, etc. Sade - marcao de consultas, informao sobre doenas, pagamento de servios de sade, etc. Ambos os modelos que envolvem a Administrao Pblica (B2A e C2A) esto fortemente associados ideia da eficincia e facilidade de uso dos servios prestados aos cidados pelo

Estado com apoio nas tecnologias da informao e comunicao.

Vantagens do comrcio electrnico

A principal vantagem do comrcio electrnico a sua capacidade atingir um mercado escala global, sem que isso implique, necessariamente, um grande esforo financeiro. Os limites deste tipo de comrcio no so definidos geograficamente, o que permite aos consumidores proceder a uma escolha global, obter a informao necessria e comparar as ofertas de todos os potenciais fornecedores, independentemente das suas localizaes. Ao permitir a interaco directa com o consumidor final, o comrcio electrnico permite diminuir o comprimento da cadeia de distribuio dos produtos, ou mesmo, por vezes, elimin-la completamente. Cria-se desta forma um canal directo entre o produtor ou prestador de servios e o consumidor final, permitindo oferecer produtos e servios que se adeqem s preferncias individuais do mercado-alvo. O comrcio electrnico permite aos fornecedores estarem mais prximos dos seus clientes, traduzindo-se em ganhos de produtividade e competitividade para as empresas; como consequncia, o consumidor sai beneficiado com a melhoria na qualidade do servio, resultante da maior proximidade e de um suporte pr e ps-venda mais eficiente. Com as novas formas de comrcio electrnico, os consumidores passam a dispor de lojas virtuais abertas 24 horas por dia. A reduo de custos outra das vantagens muito importantes, normalmente associada ao comrcio electrnico. Quanto mais trivial for um determinado processo comercial, maior ser a probabilidade do seu xito, resultando numa significativa reduo dos custos de transaco e, logicamente, dos preos praticados aos clientes.

Desvantagens do Comrcio Electrnico

As principais desvantagens associadas ao comrcio electrnico so as seguintes: Forte dependncia das tecnologias da informao e da comunicao (TIC); Insuficincia de legislao que regule adequadamente as novas actividades do comrcio electrnico, quer ao nvel nacional, quer ao nvel internacional; Cultura de mercado avessa s formas electrnicas de comrcio (os clientes no poderem tocar ou experimentar os produtos); A perda de privacidade dos utilizadores, a perda de identidade cultural e econmica das regies e pases; Insegurana na realizao das transaces comerciais.

Publicidade

um dinamizador essencial do mercado, capaz de influenciar massivamente os consumidores, leva a uma perspectiva defensiva na elaborao do chamado CDIGO DA PUBLICIDADE. Qualquer forma de comunicao feita por entidades de natureza pblica ou privada, no mbito de uma actividade comercial, Industrial, Artesanal ou Liberal. No entanto, tem o objectivo directo ou indirecto de promover quaisquer bens ou servios com vista comercializao e por outro lado promover ideias, princpios, iniciativas ou instituies. (Artigo 3., numero 1, alnea a) e b) do Capitulo I, das Disposies Gerais do Cdigo da Publicidade). Qualquer forma de comunicao da Administrao Pblica, que tenha por objectivo directo ou indirecto, promover o fornecimento de bens ou servios (Artigo 3., numero 2 do Capitulo I das Disposies Gerais do Cdigo da Publicidade). NO se considera publicidade a propaganda poltica (Artigo 3., nmero 3 do Capitulo I, das Disposies Gerais do Cdigo da Publicidade).

Princpios Gerais da Publicidade

Princpios da Publicidade (Artigo 6 Cdigo da Publicidade-CP) : A Publicidade rege-se pelos princpios da Licitude, Identificabilidade, Veracidade e Respeito pelos direitos do consumidor. Princpio da Licitude (Artigo 7)

proibida a publicidade que, pela sua forma, objecto ou fim, ofenda os valores, princpios e instituies fundamentais constitucionalmente consagrados. proibida a publicidade que: - se socorra depreciativamente de instituies e simbolos nacionais; - estimule ou faa apelo violncia, ou actividades criminais; - atente contra a dignidade humana - contenha qualquer tipo de descriminao; - utilize sem autorizao prvia, imagens de outras pessoas; - utilize linguagem obscena; - encoraje comportamentos contra a proteco do ambiente - tenha como objecto ideias politicas, sindicais ou religiosas. Princpio da Identificabilidade (Artigo 8)

A publicidade tem de ser identificada como tal, qualquer que seja o meio de difuso utilizado. Na rdio e na televiso, a publicidade deve ser separada da restante programao atravs de um separador no inicio e no fim de cada espao publicitrio.

Na Rdio: Sinais acsticos Na televiso: sinais pticos ou acsticos, devendo conter de forma perceptvel a palavra publicidade Publicidade oculta ou dissimulada (Artigo 9)

vedado o uso de imagens subliminares, de forma a transmitir a mensagem, sem que o destinatrio se aperceba da natureza publicitria da mesma.

Princpio da Veracidade (Artigo 10) - A Publicidade deve respeitar a verdade

- As afirmaes relativas origem, natureza, composio, propriedades e condies de aquisio dos bens ou servios publicitados devem ser exactas e passveis de prova. Publicidade Enganosa (Artigo 11) proibida toda a publicidade que por qualquer forma, incluindo a sua apresentao, e devido ao seu carcter enganador, induza ou seja susceptvel de induzirem erro os seus destinatrios. De forma a determinar se uma mensagem enganosa devem se ter em conta todos os seus elementos, nomeadamente: - caractersticas dos bens ou servios; - preo, modo de pagamento; - condies de fornecimento dos bens ou da prestao de servios; - natureza, caractersticas, direitos e qualificaes do anunciante - direitos e deveres do destinatrio

Considera-se tambm publicidade enganosa a mensagem que induza ou seja susceptvel de induzir em erro o seu destinatrio ao favorecer

a ideia de que determinado prmio, oferta ou promoo lhe ser concedido, independentemente de qualquer contrapartida econmica, sorteio ou necessidade de efectuar qualquer encomenda.

Princpio do respeito pelos direitos do consumidor ( ARTIGO 12. CP)

proibida a publicidade que atente contra os direitos do consumidor.

Sade e Segurana do Consumidor ( Artigo 13CP)

proibida a publicidade que encoraje comportamentos prejudiciais sade e segurana do consumidor, nomeadamente por deficiente informao acerca da perigosidade do produto ou da especial susceptibilidade da verificao de acidentes em resultado da utilizao que lhe prpria.

A publicidade no deve comportar qualquer apresentao visual ou descrio de situaes onde a segurana no seja respeitada, salvo justificao de ordem pedaggica.

Estas situaes devem ser particularmente acauteladas no caso da publicidade especialmente dirigida a crianas, idosos, adolescentes ou deficientes.

Restries ao contedo da Publicidade:

Menores (Artigo 14CP)

- Deve ter em conta: * Vulnerabilidade Psicolgica, abstendo-se nomeadamente de: - Incitar directamente os menores; - Incitar os menores a persuadirem os seus pais ou terceiros;

- Conter elementos susceptveis de fazerem perigar a sua integridade fsica ou moral; - os menores s podem ser intervenientes principais nas mensagens publicitrias: * No caso de se verificar a existncia de uma relao directa entre os mesmos ou o produto vinculado;

Publicidade Testemunhal (Artigo 15CP) Deve integrar: * Depoimentos personalizados, genunos e comprovaveis;

-

Publicidade Comparativa (Artigo 16CP) Identificar explicita ou implicitamente um concorrente ou os bens ou servios oferecidos por um concorrente; A publicidade comparativa , independentemente do suporte utilizado para a sua difuso s consentida, desde que: * No seja enganosa;

-

* Compare bens ou servios que respondam s mesmas necessidades; * Compare objectivamente uma ou mais caractersticas; * No gere confuso no mercado entre um anunciante e um concorrente ou entre marcas; * No desacredite ou deprecie marcas e designaes comerciais;No apresente um bem ou servio como sendo imitao;

- O nus da prova da veracidade da publicidade comparativa recai sobre o anunciante;

Restries ao Objecto da Publicidade:

Bebidas Alcolicas (Artigo 19CP)

-

A publicidade s consentida se:

* No se dirija a menores; * No encoraje consumos excessivos; * No menospreze os no consumidores; * No sugira xito social ou sucesso; * No sugira a existncia de propriedades teraputicas nas mesmas;

proibida a publicidade entre as 7 horas e 22 horas e 30 minutos; Tabaco (Artigo 20CP)

- Publicidade proibida atravs de todos os suportes sob a Jurisdio do Estado Portugus;

Tratamentos e medicamentos (Artigo 21CP) Proibida a publicidade a medicamentos que possam ser obtidos atravs de receita mdica; Excepo: * Publicaes tcnicas destinadas a profissionais da sade;

Jogos de Fortuna ou Azar (Artigo 23CP) * No podem ser objecto de publicidade, enquanto objecto essencial da mensagem, exceptuando-se os jogos promovidos pela Cruz Vermelha de Cabo Verde; Cursos (Artigo 24CP) Cursos ou quaisquer outras aces de formao ou aperfeioamento intelectual: * Natureza; * Durao; Veculos Automveis (Artigo 25CP) proibida a publicidade que:

* Contenha situaes ou sugestes de utilizao do mesmo que possam por em risco a segurana pessoal do utente ou terceiros; * Perturbao do meio ambiente; * Apresente situaes de infraco das regras do Cdigo da Estrada;

-

Produtos e servios milagrosos (Artigo 22-B) Considera-se publicidade a bens ou servios milagrosos:

* A publicidade, que explorando, a ignorncia, o medo, a crena ou superstio dos destinatrios, apresente: - Quaisquer bens - Produtos - Objectos - Aparelhos - Materiais - Substncias - Mtodos - Servios

Efeitos especficos automticos ou garantidos na sade ,bemestar, sorte ou felicidade do CONSUMIDOR OU TERCEIROS.

DIREITOS DE AUTOR E DIREITOS CONEXOS

O que a propriedade Intelectual? Breve introduo

A importncia da Propriedade Intelectual

At dcada dos anos 90, os activos de uma empresa eram habitualmente classificados como capital fsico, ou seja, propriedade imobiliria, maquinaria, outros equipamentos e capital financeiro. Mais recentemente houve a consciencializao relativamente existncia de outro tipo de propriedade: os activos intangveis. Estes activos so gerados pela criatividade, o pensamento e a inventividade humana, e constituem o capital intelectual de uma empresa.

Propriedade Intelectual

DIREITOS DE AUTOR O direito de autor pertence ao criador intelectual da obra, salvo disposio em contrrio

Software Caractersticas Especficas ...adaptao de software...

um programa de computador penalmente protegido contra a reproduo no autorizada, por analogia proteco conferida s obras literrias

No entanto, no ser necessria a autorizao do titular dos direitos sobre o programa, quando a reproduo do cdigo e a traduo da sua forma se revelarem indispensveis para obter as informaes necessrias interoperabilidade de um programa de computador criado independentemente com outros programas (reverse engineering) Software caracteristicas especficas Reproduo/transformao de software

Apesar do titular ter o direito de fazer ou autorizar a reproduo ou transformao do programa, todo o utente legtimo de um programa pode, sem autorizao do titular observar, estudar ou testar o funcionamento do programa, para determinar as ideias e os princpios que estiveram na base de algum dos seus elementos, quando efectuar qualquer operao de carregamento, visualizao, excepo, transmisso ou armazenamento. Software caractersticas especficas Programas criados por conta de outrm:

Quando os informticos contratam com uma empresa a realizao de um programa aplicacional ou a adaptao de um outro, e lhe fornecem um conjunto de elementos de sua propriedade, a titularidade dos direitos de natureza econmica so para o empregador (a empresa). Permite-se que sejam introduzidas alteraes no programa sem necessidade de o empregador, ou aquele que encomendou pedir o consentimento do criador. O empregado s poder utilizar esse software caso se encontre devidamente autorizado para o efeito.

Como registar um software? ...Como Direito de Autor...

O Direito de autor reconhecido independentemente de registo, depsito ou qualquer outra formalidade, no sendo portanto obrigatrio. Como identificar a anterioridade? Atravs do depsito das sources.