Mateus 19

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Comentário sobre o capítulo 19 de Mateus

Citation preview

Mateus 19:24: ... mais fcil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Como assim?

Como explicar essa comparao?

Os judeus tinham uma noo errada sobre os ricos e os pobres. Compreendiam ser a prosperidade uma prova do favor divino simbolizando bnos de Deus materializadas na vida do homem. Dessa forma criam que era mais fcil a salvao para os ricos do que para os pobres. Coube a Jesus trazer o entendimento necessrio a essa questo. O vemos antes deste incidente com o moo rico, relatando a histria do Rico e Lzaro, aonde o rico vai para a perdio e o pobre para a salvao.No devemos nos deixar levar por concluses simplistas de que todos ricos vo para o inferno, e de outro lado os pobres por essa condio se salvaro. O que Jesus est realmente ensinando? Que as riquezas podem ser perigosas para aqueles que as possuem.O telogo William Barclay ao comentar Mateus 19:24, ressalta que os perigos para quem confia nas riquezas so trs: 1) As posses numerosas fomentam uma falsa independncia. 2) As riquezas prendem as pessoas a este mundo. (Mateus 6:21). 3) As riquezas tendem a fazer a pessoa egosta. De igual forma, mormente trs Interpretaes so dadas para Mateus 19: 24:1) Houve uma substituio da palavra grega kmilos corda, para kmelos o animal. O fundo da agulha considerar-se-ia literalmente. 2) A palavra camelo deve ser considerada literalmente, mas o fundo da agulha era uma pequena porta ao lado da porta principal de Jerusalm, pela qual um camelo passaria, aps tirar-lhe a carga e, mesmo assim ajoelhado e aos empurres. 3) Tanto o camelo quanto o fundo da agulha so considerados literalmente.Essa terceira a interpretao que mais simpatizo. Assim como a repetio e a metonmia, Cristo usa uma figura de linguagem chamada hiprbole, que nesse caso se caracteriza pelo exagero, com o objetivo de despertar a ateno dos ouvintes para melhor fixar a narrativa na memria.Ento, para enfatizar uma verdade divina, Jesus usou o recurso do exagero para que, causando o impacto esperado, todas as pessoas em todos os tempos repetissem essa comparao aprendendo uma verdade divina.Marcos Bizerrahttp://marcosbizerra.blogspot.com.br/2011/06/mateus-1924-e-mais-facil-passar-um.htmlO que Jesus quiz dizer com a expresso passar um camelo pelo fundo de uma agulha (Mateus 19:24)?

As palavras passar um camelo pelo fundo de uma agulha so uma expresso proverbial semelhante a vrias outras usadas no mundo antigo para descrever uma impossibilidade

Em Mateus 19:16-30 (ver tambm Mc 10:17-31; Lc 18:18-30) aparecem o relato do jovem rico, que no conseguiu se desvencilhar de suas posses materiais, e as declaraes de Cristo sobre o perigo das riquezas. Depois que o jovem retirou-se triste, Cristo afirmou: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrar no reino dos cus. E ainda vos digo que mais fcil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mt 19:22-24).

Alguns comentaristas bblicos procuraram minimizar o efeito paradoxal da expresso passar um camelo pelo fundo de uma agulha reinterpretando o significado dos termos camelo e fundo de uma agulha. Por exemplo, h quem diga que a palavra camelo se refira aqui no ao prprio animal conhecido por esse nome, mas a um cabo ou corda de navio. Os defensores dessa teoria se baseiam no fato de que alguns manuscritos bblicos, produzidos vrios sculos depois de Cristo, trazem nesse verso a palavra cabo em vez de camelo. Como no original grego os termos camelo (kmelos) e cabo (kmilos) possuem certa semelhana entre si, provvel que alguns copistas e tradutores do Novo Testamento tenham substitudo intencionalmente o termo camelo por cabo. Outra teoria popular pretende identificar o fundo de uma agulha com uma suposta portinhola lateral nos muros de Jerusalm, pela qual passavam os pedestres quando os grandes portes daquela cidade j estavam fechados. Embora as portinholas de algumas cidades mais recentes da Sria fossem denominadas de olho da agulha, no existem evidncias de que esse era o caso com Jerusalm nos dias de Cristo. Como a teoria da portinhola surgiu sculos depois de Cristo, no cremos que Ele a tivesse em mente no texto em considerao.

As palavras passar um camelo pelo fundo de uma agulha so, sem dvida, uma expresso proverbial semelhante a vrias outras usadas no mundo antigo para descrever uma completa impossibilidade. Mesmo na literatura judaica posterior aparecem aluses ao elefante como incapaz de passar pelo fundo de uma agulha. Sendo que os discpulos estavam bem mais familiarizados com o camelo do que com o elefante, Cristo decidiu contrastar o maior dos animais da Palestina (o camelo) com o menor dos orifcios conhecidos na poca (o fundo de uma agulha).

As tentativas de interpretar o camelo como um cabo e o fundo de uma agulha como uma portinhola acabam enfraquecendo, portanto, a fora do argumento de Cristo. O texto de Mateus 19:16-30 deixa claro que o propsito de Jesus era levar Seus discpulos a entender a completa impossibilidade de algum, semelhante ao jovem rico, ser salvo enquanto ainda apegado s suas riquezas. O problema no est nas riquezas em si, mas no apego indevido a elas. Mas quando o ser humano aceita o convite renncia de si mesmo (ver Mt 16:24-26), aquilo que impossvel aos homens se torna possvel ao poder transformador da graa divina (Mt 19:26).

Alberto Ronald Timm,Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2003, p. 30

http://biblia.com.br/blog/artigos/atuacao-do-espirito-santo/Respondendo, a sua pergunta o seguinte...

Na poca de Jesus, havia uma passagem para entrar em Jerusalm,ao lado do portal principal, que era o "Buraco da Agulha"... este era o portal principal de Jerusalm para os mercadores e traseuntes que chegavam que era estreito e mais baixo que os camelos e por isso eles tinham que se abaixar (ajoelhar-se) e mts vezes qdo vinham carregados, retirar as cargas do dorso para passar. Da o Senhor ter comparado o amor ao dinheiro como motivo principal de uma pessoa no herdar o Cu. O que ele pediu quele homem rico foi muito... mas ele sabia o que ele responderia, o que se passava no corao dele e o que Jesus quis dizer, "vc se acha perfeito, porque faz tantas obras e caridades pra mim, mas ainda tem muito o que mudar e aprender" OK? Como sempre o mestre quis nos deixar uma lio.

Qto s dvidas sobre a traduo da Bblia, isso assim: as pessoa falam do que no sabem!!! Eu sou tradutora e digo que erros de traduo podem ocorrer, mas no um que mude totalmete o sentido do que foi dito! Podem no perceber parte do contedo (do significado) da estrutura lingustica em questo, por motivos culturais, a cultura uma entidade muito ampla de perceber e ns estamos sempre aprendendo algo de novo de um outro povo ou pas, mas no um erro puramente lingustico ou crasso > simples, grosseiro.

Lembro ainda que os tradutores da Bblia so escolhidos a dedo pela Sociedade Bblica Internacional, uma equipe multicultural, de 10 -15 pessoas que se rene vrias vezes por ano, nos EUA e revisa a Bblia pelo menos umas 4 vezes em vrias fases, antes de sair uma nova edio. Esta equipe composta inclusive por cristos de diferentes credos, com conhecimento de causa, de reas adjacentes.

Cheguei a ler isso em outra pergunta: "Trata-se de uma citao Biblica popular mas inexata,devido a um erro de traduo.O texto grego original no menciona um camelo,mas uma corda {komilos}.Quando foi traduzida para o latim,a palavra kumilos foi confundida com kamelos(camelo)O erro foi perpetuado em todas as linguas em que a biblia foi traduzida... " mas no acho que isso seja certo. Motivo? Simples. Se os tradutores tm competncia para traduzir a Bblia inteira ento vc acha que eles no sabem a diferena de um camelo para uma corda grossa??? como se eu traduzisse um texto inteiro do ingls e uma pessoa me acusasse no fim de no saber o que o verbo "to do"... sinto muito! Argumento mt fraco.

Acho que a interpretao bblica do...do... (deixa eu ver o nome) PINGO est correta. Qto aos fatos histricos e lingusticos, isso. Bjs. da amiga Bri

https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070220194142AARYzGjO Senhor Jesus falou esta frase devido a um convite que Ele tinha feito a um jovem rico e perguntara a Jesus o que faria para segu-lo, ento Jesus o disse o que deveria faz-lo, o jovem respondeu que isto ele j fazia, ento Jesus conhecendo o corao do jovem disse que era pra ele vender tudo o que tinha e dar aos pobres e depois segu-lo, mas o jovem se entristeceu e virou as costas e foi embora pois era muito rico. Ele s no acompanhou Jesus por causa da sua riqueza. No significa que todo rico no pode herdar o reino dos cus, significa que todo aquele que colocar sua esperana na riqueza ou trocar a salvao dada pelo Senhor Jesus em funo dela, no digno de entrar no reino.

Deus te abenoe irmo!Um camelo pode passar pelo fundo de uma agulha? (mp3) Jesus disse: E ainda vos digo que mais fcil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mateus 19:24). Este comentrio apresenta desafios de, pelo menos, quatro tipos: (1) A tentao de aceitar explicaes convenientes inventadas por homens. Durante muito tempo, tem se circulado algumas explicaes para tornar possvel o que Jesus disse. Alguns tem dito que a palavra certa no seria camelo e sim, cabo. Outra explicao mais difundida que o fundo da agulha se refere a um porto baixo que supostamente existia em Jerusalm, pelo qual os camelos passavam de joelhos. Mas as evidncias para estas explicaes so muito fracas. No devemos nos perder com explicaes foradas e inventadas. (2) O problema com interpretaes literais de linguagem figurada. Muitas coisas na Bblia so literais, e normalmente aceitamos as palavras exatamente como foram dadas. Mas, Deus tambm usa linguagem figurada, e corremos o risco de errar em no compreend-la. Jesus criticou seus discpulos por no compreenderem linguagem figurada (Mateus 16:6-12). Muitas pessoas erram por no reconhecer o sentido figurado de referncias a 144.000 selados (Apocalipse 7:4; 14:3). Erramos, tambm, quando no reconhecemos o uso de hiprbole, linguagem intencionalmente exagerada para enfatizar um ponto. No podemos tratar hiprbole como linguagem literal sem cair em contradio. Por exemplo, as avaliaes de Ezequias (2 Reis 18:5) e Josias (2 Reis 23:25) seriam contraditrias se a linguagem fosse literal. E a promessa a Abrao sobre descendentes to numerosos como as estrelas e a areia do mar (Gnesis 22:17) no pode ser tratada como uma afirmao literal. O comentrio de Jesus sobre o camelo e a agulha mais um exemplo de exagero proposital. (3) O perigo de interpretar um versculo de uma maneira que contradiga outros ensinamentos bblicos. Outros trechos esclarecem o sentido. A dificuldade das riquezas vem nas prioridades (Mateus 6:19-21,24; Colossenses 3:1-5) e na confiana (Mateus 6:25-33; 1 Timteo 6:17-19), no apenas na questo de possu-las. (4) O desafio principal das palavras de Jesus: o perigo de buscar ou confiar em riquezas. Talvez o maior perigo de todos seja o erro de no prestar ateno na lio que Jesus ensinou. Tantas pessoas buscam prosperidade, e tantos pastores incentivam estes desejos. Mas Jesus avisa que muitos perdero as suas almas por causa do dinheiro. Quer se tornar rico? Cuidado! Voc est entrando numa rea de grande perigo! por Dennis AllanLeia mais sobre este assunto: Errado Ser Rico?

HYPERLINK "http://www.estudosdabiblia.net/1999217.htm" Riquezas efmerasA Verdadeira RiquezaO perigo da avareza

HYPERLINK "http://www.estudosdabiblia.net/bd84.htm" Temos que vender tudo para seguir a Cristo?

HYPERLINK "http://www.estudosdabiblia.net/d7.htm" Entendendo as Promessas de Deus Quanto s Bnos Materiaishttp://www.estudosdabiblia.net/bd15_03.htmNs no estamos acostumados em procurar por coisas engraadas na Bblia. No entanto Jesus de vez em quando, verdadeiramente contava uma piada. Uma delas lemos em Mateus cap.19, Versos 16-29.Um dia veio um jovem rico conversar com Jesus. Primeiro ele pergunta a Jesus o que ele teria que fazer para ser merecedor da vida eterna; Jesus lhe respondeu que deveria guardar todos os mandamentos. assim tenho feito, disse o jovem. ento v e vende tudo que tens, respondeu-lhe Jesus, e d o dinheiro aos pobres, ento vem e segue-me.

Mas a ele no lhe era possvel agir assim, porque era demasiadamente apegado aos seus bens materiais. Quando, no entanto ele se foi, voltou-se Jesus para seus discpulos e disse - lhes: mais fcil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.

Um camelo passar pelo fundo de uma agulha?Observao estranha! A mim me vem imagens inacreditveis mente quando leio este verso. Quero dizer, como poderamos passar um camelo pelo minsculo buraquinho de uma tpica agulha de costura? Teramos que comear pelo rabo dando uma lambidinha na ponta para que fique bem pontudinho e assim enfi-lo e enseguida pux-lo do outro lado?

E se realmente consegussemos atravessar o camelo por ali, como seria seu estado depois de ter passado?

Estudiosos da Bblia pesquisaram para nos dar a explicaoCreia voc ou no, existem estudiosos que discutem este assunto e supem-se que havia naqueles tempos nos muros de Jerusalm uma portinha muito estreita, que provavelmente era chamada de buraco de agulha, pela qual s se podia passar com muita dificuldade. Supostamente o camelo teria que ser espremido para passar por ela, seria necessrio tirar-lhe a cela e coloc-lo de joelhos e assim empurra-lo pela passagem. Mas...

Talvez estejamos nos esquecendo do ponto principal da ideia que Jesus estava tentando dar a seus discpulos. Ele possivelmente estava tentando faze-los entender que um rico dificilmente encontra o caminho para o reino de Deus, que realmente quase to impossvel quanto fazer passar um camelo pelo fundo de uma agulha. Hoje em dia provavelmente usaramos o termo: to difcil como fazer passar uma minhoca por um canudinho...

Os discpulos conheciam Jesus bem o suficiente para entenderem seu raciocnio. Eles sabiam que ele falava de algo muito impossvel ou bastante difcil de acontecer. E quando enfim pararam de rir (segundo a traduo Ken-Davis-), disseram eles: quem poder ento salvar-se?. (Mateus 19:25)

Como Deus Acho boa a resposta de Jesus: isto impossvel aos homens, mas para Deus tudo possvel. (Mateus 19:26).

Isto no forte? igual o quo distante se encontra algum de Deus, o quanto ele no gosta de renunciar as coisas que esto entre ele e Deus; mesmo assim o amor de Deus pode perfurar esta barreira na vida desta pessoa.

Talvez tambm na sua vida seja o dinheiro que se encontra entre voc e Deus, talvez seja algum tipo de vcio como drogas, ou qualquer tipo de coisa como o reconhecimento, roupas, a televiso, a falta de conscincia do seu valor, revoltas, orgulho ou at mesmo a ganncia. Seja o que for, Deus pode vencer tudo isto, talvez voc no esteja nesta condio, mas Deus esta, pois para Deus todas as coisas so possveis.

O que tem se colocado na maior parte do tempo entre voc e Deus? Um relacionamento? Bens que te pertencem? O teu amor ao dinheiro, amor ao sucesso ou qualquer outra coisa? Tambm tudo isto Deus pode vencer por voc; no, porm se voc se afastar dele com tristeza, como o jovem rico desta histria, voc precisa entregar tudo a Ele.

E eu espero ainda pelo grande acontecimento, o que vem aps o camelo ter passado foradamente por aquele buraco da agulha, fino, exprimido, cumprido e bastante desgastado...

De Ken Davis, Resumo tirado do livro: Suco fresco para a pera cansada

Tema:

Conhecendo aquele que tambm divertido

Autora: Miriam Hinrichs

Fonte: Suco fresco para a pera cansada, Gerth Medien

Tradutora: Lcia Frehner

Autor: Miriam HinrichsQuelle: Suco fresco para a pera cansada, Gerth Medien

http://www.mundogospel.ch/po/temas/devocional/235692-passar_um_camelo_pelo_buraco_de_uma_agulha.htmlCamelo pelo fundo da agulha? PERGUNTA : O que Jesus queria dizer com a expresso passar um camelo pelo fundo de uma agulha?

"E outra vez vos digo que mais fcil um camelo passar pelo fundo duma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus." Mateus 19:24

Muitos concluem: Os ricos no podero entrar no reino do Cu, desde que um camelo jamais passar pelo fundo de uma agulha.

Comentrios Gerais:

A palavra camelo usada seis vezes no Novo Testamento:

1. Trs vezes relatando uma ilustrao de Cristo. Mat. 19:24; Mar. 10:25 e Luc. 18:25. 2. Duas vezes com referncia s vestes de Joo Batista. Mat. 3:4 e Mar. 1:6. 3. Uma crtica de Cristo aos escribas e fariseus que coavam um mosquito e engoliam um camelo. Mat. 23:24.

Uma leitura rpida da passagem tem levado muitos seguinte concluso: Os ricos nunca podero entrar no reino dos Cus, desde que um camelo jamais passar pelo fundo de uma agulha.

Vejamos primeiro o estudo do contexto porque ele nos ajudar na boa compreenso do texto.

Um moo rico aproximou-se de Cristo dirigindo-Lhe a pergunta: "Mestre, que farei de bom, para alcanar a vida eterna?" Mat. 19:16. Jesus o informa da necessidade de guardar os mandamentos. A resposta do jovem foi incontinente: "Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?"

Preso aos bens materiais, a sua maneira de guardar os mandamentos, no se coadunava com as diretrizes divinas. Diante desta realidade foi que Cristo lhe exps a necessidade de guardar os mandamentos no de maneira fria, ritualstica e farisaica, mas sim de modo apropriado ao desprendimento celeste.

O jovem rico, embora houvesse guardado os mandamentos literalmente, a sua atitude egosta no se harmonizava com o que Deus espera de ns, guardara na letra, mas no no esprito, por isso de maneira franca e sincera Cristo lhe apresentou o que lhe faltava desprender-se completamente das posses terrestres. O pedido do Mestre lhe pareceu exigente demais para ser cumprido, portanto o dilogo foi encerrado.

Cristo espera que Seus filhos no vejam as possesses com o nica objetivo de trazer-lhes comodidade e conforto, mas como um privilgio outorgado por Deus para converter-se numa bno aos mais carentes.

Os judeus tinham noes erradas sobre os ricos e os pobres, Inclinavam-se a pensar que a prosperidade era a prova mxima do favor divino e um smbolo das bnos de Deus; iam mesmo alm em suas conjeturas, pois criam que era mais fcil a salvao para os ricos do que para os pobres. Cristo teve que desarraigar estas concluses erradas, por isso O vemos antes deste incidente com o moo citar a parbola do Rico e Lzaro, onde o rico vai para a perdio e o pobre para a salvao. Longe de ns a concluso simplista de que os ricos vo se perder, e de outro lado os pobres se salvaro. O ensinamento bblico de acordo com esta passagem este: mais difcil para um rico ser salvo do que para um pobre. As riquezas podem ser perigosas para aqueles que as possuem.

O Comentrio tem para o verso 23 a seguinte observao:

" difcil para um homem rico obter o reino dos Cus, no porque ele rico mas por causa da sua atitude para com as riquezas."

O contexto de Mateus 19:24 no apresenta a impossibilidade da salvao para os ricos, mas apenas as maiores dificuldades que eles tero de vencer, basta ler os versos 23 e 26.

Os trs maiores perigos das riquezas, de acordo com William Barclay, ao comentar Mateus 19:24 so estes:

1) As posses numerosas fomentam uma falsa independncia.

Quem tem bens materiais inclinado a pensar que pode vencer qualquer situao inesperada. O dinheiro leva a pessoa a pensar que pode comprar o caminho da felicidade, bem como aquele que o livrar da dor. Pensa ainda que pode afastar todas as dificuldades sem Deus.

2) As riquezas prendem as pessoas a este mundo.

"Porque onde est o teu tesouro, a estar tambm o teu corao." Mat. 6:21. Se tudo o que o homem deseja pertence a este mundo, se todos os seus interesses esto centralizados aqui, nunca pensa em ir alm disto. Apegado demasiadamente Terra possvel esquecer que h um Cu.

3) As riquezas tendem a fazer a pessoa egosta.

Por mais que possua natural ao homem desejar um pouco mais. O suficiente sempre um pouco mais do que se tem. A pessoa que chegou a desfrutar do luxo e da comodidade sempre tende a temer viver sem eles. A vida se converte em uma luta cansativa para reter o que se possui. O resultado que quando o homem enriquece, em lugar de sentir o impulso de dar, s experimenta o desejo de prender-se s coisas. O seu instinto o leva a possuir mais e mais, em busca da segurana, que cr, as coisas lhe possam dar.

O perigo das riquezas que estas levam o homem a esquecer que perde o que retm e ganha aquilo que d aos outros.

Trs Interpretaes Para Mateus 19: 24

1) Houve uma substituio da palavra grega kmilos corda, para kmelos o animal. O fundo da agulha considerar-se-ia literalmente.

2) A palavra camelo deve ser considerada literalmente, mas o fundo da agulha era uma pequena porta ao lado da porta principal de Jerusalm, pela qual um camelo passaria, aps tirar-lhe a carga e, mesmo assim ajoelhado e aos empurres.

3) Tanto o camelo quanto o fundo da agulha so considerados literalmente.

1) A Substituio por uma Palavra Semelhante:

Jlio Nogueira em seu livro A Linguagem Usual e a Composio pg. 350, sem citar nenhuma fonte, nem autoridade declara: "Tem-se visto em Mateus 19:24 um engano de traduo do texto grego, feita por Jernimo: Em vez de kmilos, corda grossa, cabo, ele tomou a palavra kmelos, camelo."

O que aconteceu foi o inverso, pois Robertson, na pg. 192, da sua memorvel gramtica afirma: "Alguns poucas manuscritos cursivos substituem kmelos por kmilos, mas isto evidentemente um erro, um mero esforo para solucionar uma dificuldade do texto."

R. C. H. Lenski, na obra The Interpretation of St. Mathew's Gospel, pg. 755, confirma: "Antes do quinto sculo kmelos no foi mudado para kmilos."

O renomado comentarista Henry Alford na obra An Exegetical and Critical Commentary, vol. l, pg. 197 acrescenta:

"Nenhuma alterao para kmilos necessria ou admissvel. Esta palavra, com o significado de corda ou cabo, parece ter sido inventada para escapar da dificuldade encontrada aqui."

O Dicionrio Enciclopdico da Bblia da Editora Vozes de Petrpolis corrobora as declaraes anteriores:

"Sem muito fundamento autores mais recentes quiseram ler kmilos, corda grossa, em vez de kmelos, alegando que no Talmud se encontram expresses anlogas e que no tempo bizantino essas duas palavras pronunciavam-se da mesma maneira.

A Crtica Textual nos esclarece que algum copista, sculos depois de Cristo fez a substituio para kmilos. Este fato apareceu em apenas alguns manuscritos cursivos, isto , minsculos.

A prova de que Cristo usou a palavra camelo, ns a temos no fato de que assim aparece nos primitivos manuscritos e nas primeiras tradues da Bblia, como a Menftica, Latina e Peshita.

2) A Explicao da Porta Estreita Chamada Fundo de Agulha

Aquino apresenta um comentrio sobre Anselmo, observe a data (1033-1109 AD) declarando que este autor afirma que em Jerusalm havia certa porta, chamada "fundo de agulha" pela qual um camelo s passava se entrasse de joelhos, depois de lhe ser retirada toda a carga.

Existem muitas outras vagas citaes, mais ou menos idnticas seguinte:

Lorde Nugent, ouviu falar, faz muitos anos em Hebrom de uma entrada estreita para os que passavam a p, ao lado da porta grande e que se denominava "o fundo de uma agulha".

Talvez um dos livros que mais contribuiu, para que esta idia se generalizasse foi Memrias de um Reprter dos Tempos de Cristo do Padre Carlos M. de Heredia, onde ele faz meno a esta porta estreita chamada "fundo de uma agulha". Devemos notar bem que o prprio autor nos adverte no Prlogo, que sua obra uma novela.

O comentarista Lenski, no mesmo livro e pgina j citados, prossegue: "No sculo quinze foi tentado o oposto, o fundo de agulha foi aumentado pela referncia a um pequeno portal, que era usado por viajores a p ao entrarem em uma cidade murada, pelo qual um camelo poderia passar ajoelhado, depois de removida a sua carga. Isto mudou o impossvel para o possvel e tornou-se atrativo porque sugeria que, como o camelo tinha de deixar sua carga e arrastar-se sobre seus joelhos assim o homem rico teria que desprender-se de suas riquezas ou de seu amor por elas e humilhar-se sobre seus joelhos. Mas como em Mateus 23: 24 Jesus tinha em mente um mosquito e um camelo reais, assim aqui camelo e fundo de agulha so reais."

O livro Jias do Novo Testamento Grego, de Kenneth S. Wuest, pg. 25 diz: "Alguns tm imaginado que o buraco da agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalm, atravs do qual pudesse finalmente passar um camelo, depois de muitos puxes e empurres.

"O grego de Mateus 19:24 e de Marcos 10:25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de Lucas 18:25 usa o termo mdico que indica uma agulha usada nas operaes cirrgicas. evidente que ali no considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequeno orifcio de uma agulha de costura."

A palavra grega usada por Mateus (19:24) "rhafis" = agulha de costura; enquanto Lucas por ser mdico empregou "belone" = agulha cirrgica.

Note bem a afirmao seguinte, encontrada na obra: A New Testament Commentary, G. C. Howley. Consulting Editors F. F. Bruce e H. L. Ellison: "A interpretao popular em certos crculos de que o fundo de uma agulha uma pequena porta dentro do porto de uma cidade sem fundamento."

Dentre os mais considerados estudiosos do Novo Testamento Grego se acha Vincent; este autor aps comentar o verso 24 de Mateus 19, sintetiza enfaticamente: "A aluso no deve ser explicada como se referindo a uma porta estreita chamada o fundo de uma agulha."

Segundo o comentarista Broadus, esta explicao nada mais do que uma conjetura sugerida da seguinte observao alegrica de Jernimo: "Assim como os camelos de Midi e Ef (Isa. 60:6), vindos com ddivas, torcidos e apertados entravam pelas portas de Jerusalm, assim os ricos podem entrar pela porta estreita despojando-se de sua carga de pecados e de toda a deformidade corporal."

O preeminente estudioso F. F. Bruce, conceituado entre ns por suas notveis obras, no livro Answers to Questions, pgs. 55 e 56, respondeu da seguinte maneira um de seus inquiridores. Eis a pergunta e a resposta dada: "Tem-se afirmado recentemente que a passagem que menciona um camelo passando pelo fundo de uma agulha (Mar. 10:25) tem sido mal traduzido devido a uma confuso entre as palavras gregas kmelos ('camelo') e kmilos ('corda'), e que nosso Senhor realmente falou de uma corda passando pelo fundo de uma agulha. isto assim?

"Em Marcos 10:25 a evidncia textual parece ser unnime em favor de kmelos ('camelo'). No tocante s duas analogias sinticas, um punhado de minsculos e a Verso Armnia atestam kmilos ('corda') em Mat. 19:24, bem como o fazem um mais recente uncial e uns poucos minsculos em Luc. 18:25. Em todos os trs lugares a evidncia esmagadora em favor de 'camelo', e isto reconhecido pela maioria das tradues. Eu penso que no momento a nica verso inglesa que d a traduo de 'corda' The Book of Books, publicada em 1938. Os poucas escribas ou editoras que substituram 'camelo' por 'corda' podem ter sido inconscientemente influenciados pelo desejo de fazer a entrada de um rico no reino de Deus levemente menos difcil do que nosso Senhor disse que era.

"O mesmo pode ser dito da idia de que Suas palavras se referem a uma pequena passagem subterrnea em um grande porto, atravs da qual um camelo poderia comprimir-se quando as entradas principais estivessem fechadas, por cujo motivo sua carga deveria ser primeiramente removida. Nosso Senhor Se referia aos embaraos na impossibilidade da entrada de um rico no reino. Se vssemos um camelo entrando pelo fundo de uma agulha, diramos ser isto um milagre; e igualmente um milagre um homem rico ser salvo. Esta no minha interpretao, a clara afirmao de nosso Senhor: 'Para os homens impossvel, mas no para Deus; porque para Deus todas as coisas so possveis' (Mar. 10:27). Uma observao adicional: em comparao com as condies da Palestina nos dias de nosso Senhor, muitos de ns que gozamos os padres do viver comum atravs de nossa 'opulenta saciedade' ocidental, hoje seramos classificados como 'ricos'."

3) A nica Explicao Defensvel:

"Tanto o camelo, como o fundo da agulha devem ser compreendidos literalmente. . . no necessrio sugerir que camelo poderia significar uma corda, ou que o fundo de agulha era um nome, s vezes, dado a um pequeno porto lateral para passageiros a p. Nenhum expositor antigo adota este mtodo de explanao, mas toma o fundo de agulha em sentido literal, como podemos crer que Cristo fez."

Estas declaraes foram feitas por Alfred Plummer na obra An Exegetical Commentary on the Gospel of Mathew, pg. 269.

Outro comentarista apreciado, especialmente por suas idias conservadoras, William Hendriksen. Em New Testament Commentary (Mathew), pgs. 727 e 728, ele nos afirma: "Para explicar o que Jesus quer dizer intil e injustificado tentar mudar camelo para cabo veja Mat. 23:24, onde um camelo real deve ter sido empregado ou definir o fundo de agulha como o porto estreito no muro de uma cidade, atravs do qual um camelo pode passar apenas de joelhos e depois de ter sido removida sua carga."

Os comentaristas nos informam que Jesus Se valeu de uma ilustrao, que j existia em forma de provrbio no seu tempo, como prova o Talmud. Em Babilnia, nesta mesma poca, havia uma frase idntica, apenas com a seguinte variante: " mais fcil um elefante passar pelo fundo de uma agulha."

Os exemplos poderiam ser multiplicados, como os do The Interpreter's Bible, The Anchor Bible e muitos outros, porque nesta mesma tecla insistem os exegetas e comentaristas, mas para trmino de nossas consideraes, apenas mais um relato: o do Comentrio Adventista sobre Mateus 19:24.

Fundo de Uma Agulha

"A explicao que o fundo de uma agulha, se refere a uma porta menor aberta no painel de uma grande porta da cidade pela qual os homens podiam passar quando a grande porta estava fechada para o trfego principal, originou-se nos sculos depois dos dias de Cristo. No h portanto nenhum fundamento para tal explicao, embora ela possa parecer plausvel, Jesus est tratando com impossibilidades (v. 26) e no h nenhum apoio para se defender uma explicao pela qual se possa traduzir como possvel o que Jesus especificamente salientou como impossvel."

Ser que h necessidade de aduzir mais exemplos comprobatrios, para a eliminao completa de explicaes no aliceradas em bases seguras?

Concluso:

Das trs explicaes existentes apenas uma defensvel para os telogos e eruditos das organizaes religiosas.

Cristo estava usado uma hiprbole, figura que se caracteriza pelo exagero, com o objetivo de despertar a ateno dos ouvintes, para melhor fixar o fato na memria.

A informao de uma porta estreita se espalhou pelo mundo por influncia de suposies e de relatos no fidedignos.

Jamais devemos usar explicaes populares vulgarizadas, porque no so sancionadas pelos grandes estudiosas da Bblia.

O seguinte princpio exegtico no deve ser esquecido por ns:

O pregador deve ser bastante cuidadoso para no tirar do texto o que seu autor nunca tencionou dizer.

O contexto nos mostra que os impossveis para os homens, tornam-se possveis para Deus.

(Pedro Apolinrio - Explicao de textos difceis da Bblia)

http://www.jesusnosama.com.br/perguntas/pergunta7.htm