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11/02/2015 Essência sobre a forma http://www.essenciasobreaforma.com.br/colunistas_base.php?id=85 1/5 Olá, visitante! Cadastrese aqui Adicionar a favoritos esq PUBLICIDADE Home Novidades Compartilhamentos Mundo contábil Atualizações Acadêmico Mais Essência Email: Senha: OK Matriz de Risco uma Ferramenta para Avaliação de Riscos Por Ricardo Bertolucci Como vimos em nosso artigo anterior, a Avaliação dos Fatores de Risco é um das etapas componentes de qualqu Gerenciamento do Risco Corporativo. Existem diversas formas de proceder tal avaliação, e uma das mais conhecidas Risco. Algumas das qualidades da Matriz de Risco são um grande poder de comunicação visual (ela será usualmente monta com um sistema do tipo verde/amarelo/vermelho), e simplicidade (aparente?) de elaboração e gestão. Discutiremos a seguir as principais características dessa técnica, e alguns dos desafios para sua aplicação prática. Como funciona a Matriz de Risco? Basicamente, a Matriz de Risco apresenta nos seus eixos escalas de probabilidade de ocorrência e impacto corpor dado fator de risco (não existe alocação formal para as escalas entre horizontal e vertical). Observe o exemplo a segu Desenhada a estrutura da matriz, cada um dos fatores de risco identificado (a identificação dos fatores de risco é a p de um sistema de Gerenciamento do Risco Corporativo) deve ser avaliado (qualitativamente, a priori) em termos de e impacto, e posicionado na Matriz de Risco. A região vermelha engloba os riscos que devem ser tratados prioritariam Sob essa concepção simples, entretanto, muitas perguntas emergem quando da aplicação dessa técnica. Existe padronizada para os eixos? Quantos "níveis" a avaliação qualitativa deve apresentar? Eventuais controles existent considerados ao definir Probabilidade e/ou Impacto (ex. seguros ou estruturas de investimento diversificadas)? Eixo da Probabilidade A escala das probabilidades é regra geral, mais facilmente associável a técnicas quantitativas ou histórico de eve parte das referências existentes sugere escalas com 3 a 9 classes de probabilidade. A AS/NZS 4360, por exemplo escala de 5 classes: A Quase certo, B Provável, C Possível, D Improvável, E Raro. Naturalmente, essa escala deve ser ajustada às particularidades da organização, mas uma prática interessante é escala quantitativa. Observe um exemplo: COLUNISTAS Ricardo Bertolucci Graduação em Engenharia Mecânica ênfase Projeto e Fabricação – USP; • Mestrado em Administração – ênfase Gestão Estratégica UNIMEP, tendo defendido a dissertação “Estudo sobre o Gerenciamento do Risco Corporativo: Proposta de um Modelo”; • Consultor e instrutor em Lean Seis Sigma, tendo treinado centenas de profissionais como Green Belts, Black Belts, Master Black Belts e Designers for Six Sigma, para empresas de manufatura e serviços, nas mais diversas áreas; • Ex engenheiro de qualidade da Ford do Brasil; Artigos publicados na Revista Extr@ato, Congresso Brasileiro de Contabilidade, CLADEA e ENEGEP; • Agraciado com o Troféu Cultura Econômica 2009, categoria Melhor Livro de Contabilidade, com o livro “Gerenciamento do Risco Corporativo em Controladoria: ERM Enterprise Risk Management”, escrito em co autoria com o Prof. Dr. Clóvis Luiz Padoveze;

Matriz de Risco - Essência Sobre a Forma

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Matriz de Risco uma Ferramenta para Avaliação de Riscos

Por Ricardo Bertolucci

Como vimos em nosso artigo anterior, a Avaliação dos Fatores de Risco é um das etapas componentes de qualquer modelo deGerenciamento do Risco Corporativo. Existem diversas formas de proceder tal avaliação, e uma das mais conhecidas é a Matriz deRisco.

Algumas das qualidades da Matriz de Risco são um grande poder de comunicação visual (ela será usualmente montada de acordocom um sistema do tipo verde/amarelo/vermelho), e simplicidade (aparente?) de elaboração e gestão.

Discutiremos a seguir as principais características dessa técnica, e alguns dos desafios para sua aplicação prática.

Como funciona a Matriz de Risco?

Basicamente, a Matriz de Risco apresenta nos seus eixos escalas de probabilidade de ocorrência e impacto corporativo para umdado fator de risco (não existe alocação formal para as escalas entre horizontal e vertical). Observe o exemplo a seguir:

Desenhada a estrutura da matriz, cada um dos fatores de risco identificado (a identificação dos fatores de risco é a primeira etapade um sistema de Gerenciamento do Risco Corporativo) deve ser avaliado (qualitativamente, a priori) em termos de probabilidadee impacto, e posicionado na Matriz de Risco. A região vermelha engloba os riscos que devem ser tratados prioritariamente.

Sob essa concepção simples, entretanto, muitas perguntas emergem quando da aplicação dessa técnica. Existe uma "escala"padronizada para os eixos? Quantos "níveis" a avaliação qualitativa deve apresentar? Eventuais controles existentes devem serconsiderados ao definir Probabilidade e/ou Impacto (ex. seguros ou estruturas de investimento diversificadas)?

Eixo da Probabilidade

A escala das probabilidades é regra geral, mais facilmente associável a técnicas quantitativas ou histórico de eventos. A maiorparte das referências existentes sugere escalas com 3 a 9 classes de probabilidade. A AS/NZS 4360, por exemplo, sugere umaescala de 5 classes: A Quase certo, B Provável, C Possível, D Improvável, E Raro.

Naturalmente, essa escala deve ser ajustada às particularidades da organização, mas uma prática interessante é associar umaescala quantitativa. Observe um exemplo:

COLUNISTAS

Ricardo Bertolucci

• Graduação em Engenharia Mecânica –ênfase Projeto e Fabricação – USP;• Mestrado em Administração – ênfase GestãoEstratégica – UNIMEP, tendo defendido adissertação “Estudo sobre o Gerenciamento doRisco Corporativo: Proposta de um Modelo”;• Consultor e instrutor em Lean Seis Sigma,tendo treinado centenas de profissionais comoGreen Belts, Black Belts, Master Black Belts eDesigners for Six Sigma, para empresas demanufatura e serviços, nas mais diversasáreas;• Ex engenheiro de qualidade da Ford doBrasil; • Artigos publicados na Revista Extr@ato,Congresso Brasileiro de Contabilidade,CLADEA e ENEGEP;• Agraciado com o Troféu Cultura Econômica2009, categoria Melhor Livro de Contabilidade,com o livro “Gerenciamento do RiscoCorporativo em Controladoria: ERM –Enterprise Risk Management”, escrito em coautoria com o Prof. Dr. Clóvis Luiz Padoveze;

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Eixo do Impacto

A escala de Impacto deveria levar em conta, como um mínimo, as consequências econômicofinanceiras (fluxo de caixa, valor parao acionista e lucro) e as consequências estratégicooperacionais (político, comunidade, imagem, participação no mercado,viabilidade e objetivos) de um dado evento de risco. Para as consequências econômicofinanceiras, também é possível associaruma escala quantitativa (ex. uma fração do patrimônio líquido, ou dos ativos totais da organização, uma fração da receita ou dolucro etc.). Já os eventos com efeitos estratégicooperacionais costumam ficar restritos a uma avaliação de impacto puramentequalitativa, como no exemplo a seguir:

Quando da avaliação do Impacto, o usual é que não se levem em conta eventuais contramedidas existentes (é sempre importantelembrar que a matriz trata os riscos de acordo com sua natureza inerente). Por essa razão, é comum associar ao risco algum tipode código que identifique se ele já tem algum mitigador em ação.

Observe a seguir um exemplo:

Fonte: Adaptado de IFAC (1999, 21)

E um interessante modelo de ajuste de escalas, extraído de ACTIA (2004, 20):

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Todos os artigos deste autor:

O uso do FMEA na Gestão do Risco Parte 1 26/02/2013

Matriz de Risco uma Ferramenta para Avaliação de Riscos 13/10/2012

Gerenciamento do Risco Corporativo – Definição e principais técnicas envolvidas 20/09/2012

Edson Narciso

Auditor BancarioLuanda Angola

ACMembro desde:13/04/2012

Boa tarde carissimo Dr.Ricardo Bertolucci

Estou fazendo um trabalho sobre matriz de Risco de um Banco, propriamente na area comercial, mas nao sei como começar, voçespoderiam me ajudar?

Dia 03/10/2013 às 12:19:13

LEONARDO

ADMINISTRADORRIO DE JANEIRO

RJMembro desde:13/03/2013

Prezado Professor, excelente artigo sobre matriz de riscos.O Sr. pode enviarme alguns modelos de matrizes de risco em planilha?Att.

Dia 13/03/2013 às 16:13:32

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No próximo artigo, discutiremos o FMEA como metodologia alternativa de avaliação de fatores de risco.

Postado dia 13/10/2012 Fonte: Essência Sobre a Forma

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Ricardo Bertolucci

EngenheiroPiracicaba SPMembro desde:11/11/2012

Caríssimo Edno, vamos às suas oportunas observações:1) As técnicas de levantamento de fatores de risco são as mais variadas, indo desde o tradicional brainstorming, passando pelasentrevistas com gestores, podendo avançar até técnicas mais sofisticadas, tomadas de empréstimo da Qualidade (como o Espinhade Peixe) ou da Engenharia (como a Análise de Árvore de Falhas FTA). Sobre esse tema, vale à pena dar uma olhada em COSO Gerenciamento de Riscos Corporativos Estrutura Integrada Sumário Executivo (2007), IBGC Guia de Orientação paraGerenciamento de Riscos Corporativos (2007) e, por que não, no livro por mim escrito em coautoria com o Prof. Dr. Clóvis LuizPadoveze, Gerenciamento do Risco Corporativo em Controladoria (Cengage Learning 2008). No livro, abordo o tema sugerindo umchecklist de fatores de risco como iniciador de idéias nas entrevistas com gestores.2) Para a avaliação de riscos de processos (que não deixam de ser corporativos...), a Matriz de Risco pode ser utilizada, sim, assimcomo em projetos, mas pareceme padecer de uma certa fragilidade analítica para a detecção de riscos específicos. Eu,particularmente, entendo haver ferramentas mais adequadas para isso, especificamente recomendo o uso da Análise dos Modos deFalha e seus Efeitos (FMEA). No próximo artigo, lançarei as bases para o uso dessa técnica.

Obrigado pelo apoio, e um forte abraço!

Ricardo Bertolucci

Dia 26/02/2013 às 22:04:03

Edno Costa

Auditor InternoRio de Janeiro RJMembro desde:10/01/2013

Parabéns pelo artigo professor! Se possível gostaria se solicitar alguns esclarecimentos:1) Existem técnicas consolidadas e publicadas para a etapa de mapeamento dos riscos inerentes e residuais? O Sr.poderia citaralguma bibliográfica que trate do tema?

2) A aplicação da matriz também seria eficiente para o tratamento de riscos de processos específicos (ex.: compras, faturamento,estoques, etc.) e não necessariamente corporativos?

Mais uma vez parabéns e obrigado.

Dia 10/01/2013 às 09:31:23

Ricardo Bertolucci

EngenheiroPiracicaba SPMembro desde:11/11/2012

Reinaldo, sua pergunta é muito pertinente!Antes de mais nada, é fundamental recordar que a Matriz de Riscos deve abordar tanto aquilo que habitualmente chamamos deriscos correntes (ou seja, já conhecidos e presentes, fruto de processos mentais convergentes), quanto os riscos futuros (ou seja,aquilo que poderia vir a ser, fruto de processos mentais divergentes). É fundamental lembrar que as etapas de um bom Gerenciamento do Risco Corporativo devem preservar a mais estreita conexão.Antes de surgir a Matriz de Riscos, é necessário que tenhamos conduzido o levantamento de fatores de risco. A Matriz será tão boaquanto tiver sido esse levantamento, visto que deverá englobar a avaliação de probabilidade e impacto de cada fator identificado.Tentando colocar a coisa sob uma perspectiva prática, a recomendação é que a Matriz de Risco seja revisada, formalmente, nomínimo a cada exercício, mas qualquer mudança de cenário ou fato novo relevante, vivenciado ou imaginado (!), deve serincorporado. Ou seja, a Matriz de Risco é o que chamamos de documento vivo.

Saudações!

Dia 11/11/2012 às 22:17:06

Reinaldo PereiraSantos

contadorSão paulo SPMembro desde:01/04/2012

A abordagem está muito boa, porém fiquei com algumas dúvidas: A Avaliação é feita para cada exercício, ou é feita uma projeçãopara os próximos anos, se é que isso é possível, já que estamos lidando com riscos.

Dia 15/10/2012 às 11:01:16

Ronnie de Sousa

Profissional deContabilidadeSão Paulo SPMembro desde:03/04/2012

Professor Ricardo,

Excelente abordagem sobre "matriz de riscos", uma ferramenta de extrema importância para a analise dos ricos das empresas.Parabéns!

Dia 13/10/2012 às 22:58:54

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