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1 INTRODUÇÃO A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares. Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal. A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares

Matriz extra celelular

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INTRODUÇÃO

A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares. Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal. A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos organismos multicelulares. Os tecidos, os órgãos e sistemas são resultados de associações de diferentes tipos de células e matrizes extracelulares

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CONCEITOS BÁSICOS

Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal, interposta entre as células e o tecido conjuntivo sobre o qual se apoiam.

QUANTO A SUA FORMAÇÃO

A matriz extracelular é formada por elementos fluidos e fibrosos. Os fluidos são as glicosaminoglicanas (polissacarídeos) e proteoglicanas (complexos Glicoprotéicos). Os fibrosos são proteínas estruturais (colágeno ou fibras colágenas) e proteínas adesivas (fibronectina e laminina ambas glicoproteínas fibrosas).

As células de alguns tecidos conjuntivos unem-se com componentes da matriz extracelular através de contatos focais. Cada contato focal consiste em uma proteína Integrina unida a proteínas Ligadoras. O componente focal conecta-se com a fibra colágena da matriz, esta conexão ocorre devido à Fibronectina.

As células da camada basal dos epitélios ligam- se a lamina basal. A conexão entre a célula e a lamina ocorre através das Hemidesmossomas (estruturas de proteínas Integrinas que formam junção de adesão).

A matriz extracelular é uma característica única dos animais – as plantas e

outros organismos multicelulares não possuem este elemento estrutural.

QUANTO A SUA CARACTERÍSTICA

São as seguintes, em resumo, as características dos vários constituintes da

matriz extracelular:

Os Colágenos são Proteínas que formam longas cadeias e se enrolam num hélice triplo, resultando em fibras com uma grande força Tênsil;

Os Proteoglicanos são longas cadeias de polissacarídeos ligados a proteínas, formando igualmente uma massa de grande resistência (a cartilagem é um tecido formado essencialmente por Proteoglicanos e colágenos);

As Glicoproteínas desenvolvem moléculas ramificadas com uma grande viscosidade, protegendo assim as células, como acontece com a clara do ovo;

As Integrinas são as moléculas que asseguram a “comunicação” entre as células e entre estas e a matriz extracelular (são glicoproteínas especiais).

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A matriz extracelular é o agrupamento de elementos intercelulares dos

organismos multicelulares. Assim, corresponde ao complexo de macromoléculas, dentre elas

componentes fibrosos, proteínas e polissacarídeos, que são produzidas, exportadas e

complexadas pelas células. Sendo adaptável a depender do tecido em que se localiza.

Sua variação é responsável, junto aos diferentes tipos de células, pela

formação dos diferentes tipos de tecidos, órgãos, e por consequência pelos diversos

sistemas.

Sendo mais abundante nos tecidos conjuntivos, porém apresentado papel

de suma importância nos demais tecidos. Como nos epitélios de revestimento que

apresentam uma delgada matriz extracelular, denominada lamina basal, situada entre o

tecido conjuntivo e as células que se apoia sobre o mesmo.

QUANTO A SUA FUNCIONALIDADE

Várias são as funções da matriz extracelular, nas quais as mais importantes

são:

Preencher os espaços não ocupados pelas células;

Resistência aos tecidos;

Meio por onde chegam os nutrientes e sejam eliminados os dejetos

celulares;

Ancoragem para as células;

Veículo de migração das células;

Meio para transporte de sinais intercelulares.

A matriz extracelular é formada por elementos fluidos e fibrosos.

Os fluidos são: as Glicosaminoglicanas (polissacarídeos), Polímeros

lineares são ramificados de dissacarídeos -polissacarídeos longos, não-flexíveis, com carga

negativa elevada. Contribuindo para a resistência as forças de compressão (água); e

Proteoglicanas (Complexos Glicoprotéicos), formadas pelas ligações covalentes entre

Glicosaminoglicanase e uma molécula de proteína. Podendo ser moléculas grandes,

Agrecana, ou moléculas pequenas.

Os fibrosos são: as proteínas estruturais, colágeno ou fibras colágenas,

que são fibra flexível e inelástica com grande força de tensão, apresentando diversos

tamanhos e formas de organização.

Os diversos tipos de colágenos são representados por algarismos romanos,

sendo os principais os do tipo I, II, III, IV, V e VII, que são encontrados em maior

quantidade no organismo humano; e proteínas adesivas, que são a Fibronectina e Laminina,

ambas glicoproteínas fibrosas.

A primeira ajuda as células a aderirem à matriz, encontrada em todos os

vertebrados, possuindo vários domínios de ligação para outras moléculas da matriz e para

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receptores da superfície celular. A derradeira uma glicoproteína grande em forma de cruz

composta de 3 cadeias polipeptídicas (A, B1e B2), localizada predominantemente na lâmina

basal.

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CONCLUSÃO

Chama-se Matriz Extracelular à massa que une as células dos animais e que é composta de colágeno, proteoglicanos, glicoproteínas e integrinas, segregadas pelas próprias células. Para além de permitir a migração das células durante o desenvolvimento embrionário, esta matriz é também um fator de coesão e de flexibilidade do corpo dos animais e as funções mais importantes dela são:

Preencher os espaços não ocupados pelas células; Resistência aos tecidos; Meio por onde chegam os nutrientes e sejam eliminados os dejetos

celulares; Ancoragem para as células; Veículo de migração das células; Meio para transporte de sinais intercelulares.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 8 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DE ROBERTIS. Bases da Biologia Celular e Molecular. 4 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.