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• Na década de 1990, verifica-se fluxo de imigrantes, principalmente coreanos, bolivianos, chineses, argentinos e uruguaios para os grandes centros urbanos do país, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. • A situação de clandestinidade de muitas dessas comunidades impede a obtenção de dados mais Brasil e as migrações

Matrizes culturais iv 2 parte

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• Na década de 1990, verifica-se fluxo de imigrantes, principalmente coreanos, bolivianos, chineses, argentinos e uruguaios para os grandes centros urbanos do país, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.

• A situação de clandestinidade de muitas dessas comunidades impede a obtenção de dados mais precisos.

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• Sem a documentação necessária para a sua legalização, esses imigrantes ficam sujeitos a condições precárias de subsistência, formando mão-de-obra barata e até escravizada, explorada por grupos mais antigos de imigrantes de quem dependem para obter emprego e moradia.

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• Como grupo social migrante enfrentam as dificuldades de assimilação mútua para integração e reconstrução de sua identidade em outro país.

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TRABALHO MATRIZES IV CASA PARA SER ENTREGUE ATÉ 19/09 (OS TRABALHOS DEVEM SER FEITOS A CANETA OU LÁPIS)• Com base nos conceitos de assimilação cultural,

etnocentrismo e identidade, tendo como pano de fundo a diversidade cultural brasileira comente a questão da identidade de um grupo enquanto migrante.

• Pesquise sobre uma característica típica de um dos grupos migrantes da década de 1990 (tradição, costumes, festas, músicas, danças e comidas).

• Através de reportagens nos jornais (procurar na internet) apresente um caso de um brasileiro que foi vítima de tráfico internacional de pessoas.

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CORÉIA - A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO COREANA NO BRASIL

• Oficialmente, a imigração coreana no Brasil teve seu início em 23 de Fevereiro de 1963. Mas antes dessa data pequenos grupos de coreanos que haviam sido prisioneiros na Guerra da Coréia (1950-53), já haviam chegado ao Brasil. 

• Esta corrente migratórias para o Brasil, intensificou no final dos anos 60, e nos anos 70 como resultado de uma série de razões, particularmente os conflitos existentes em seu país.

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CORÉIA - A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO COREANA NO BRASIL

• Contrariamente aos italianos e japoneses, os coreanos não vieram para a lavoura. Imigrantes de classe média, fixaram-se de imediato na cidade de São Paulo, com presença muito grande nos bairros da Aclimação, Liberdade e, mais recentemente, no Bom Retiro. 

• Herdeiros da habilidade e concentração, fundamentais no Tae Kwon Do, “caminho dos pés e mãos”, além de trabalhadores obstinados, logo ganharam espaço no ramo da confecção e no comércio de produtos importados.Os imigrantes coreanos trouxeram para o Brasil as suas artes marciais, o taekondô é bastante popular no Brasil. 

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• TAEKONDÔ • Esta arte marcial foi criada há dois mil anos na península onde

hoje estão a Coréia do Sul e a Coréia do Norte. A origem do Taekondô se confunde com a própria história do povo coreano, e a luta é considerada uma manifestação cultural do país. Atualmente, o taekondô é um esporte Olímpico e está nos Jogos Pan-americanos e Sul-americanos. É praticado em mais de 160 países, e está espalhado pelos cinco continentes. A tradução de taekondô quer dizer “o caminho dos pés e das mãos”. De acordo com sua filosofia, só há três razões para usar suas habilidades: para defesa pessoal ou da família, para defesa de sua equipe de arte marcial em torneios e para defesa de seu país. 

• A imigração coreana no Brasil que está comemorando 45 anos em 2008 e tem como referência muito mais do que as simples idéias formuladas quando se pensa nos imigrantes que vivem por aqui.

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ENTRE O TRÁFICO HUMANO E A OPÇÃO DA MOBILIDADE SOCIAL: A SITUAÇÃO DOS IMIGRANTES BOLIVIANOS NA CIDADE DE SÃO

PAULO

A comunidade boliviana na cidade de São Paulo pode reunir até 100 mil pessoas pelas estimativas da Pastoral dos Migrantes Latino-americanos, embora o consulado da cidade de São Paulo reconheça a existência de 50 a 70 mil imigrantes clandestinos. Dentre os seus membros estima-se que um terço se constitui de profissionais liberais, comerciantes e donos de oficina, enquanto dois terços representam trabalhadores clandestinos, denominados também de indocumentados, muitos trabalhando como costureiros em oficinas de confecção. A maioria dos imigrantes é do sexo masculino, não ou pouco qualificado, entre 20 e 40 anos, a idade melhor do ponto de vista produtivo.

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A Bolívia se constitui em um pólo de emigração de mão-de-obra, pela baixa expectativa de desenvolvimento que se origina de sua estrutura social e econômica, pela instabilidade política e pela miséria de determinadas regiões. O Brasil e a Argentina constituem-se em pólos receptores dos emigrantes mais pobres devido ao menor custo de transporte relativamente aos países centrais e a extensa fronteira que separa a Bolívia dos dois países.

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SITUAÇÃO DOS IMIGRANTES BOLIVIANOS NA CIDADE DE SÃO PAULO

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As sucessivas crises econômicas e sociais da Argentina desde meados da década de 1990 redirecionam e intensificam o fluxo de emigração para o Brasil.

A Pastoral dos Migrantes Latino-americanos e o Centro de Estudos Migratório são duas organizações que mantêm informações valiosas para compreender o fluxo e as características da emigração dos andinos para o Brasil.

A Pastoral, além de sediar encontros e festas, mantém um serviço de atendimento para essa comunidade, proporcionando esclarecimentos sobre os procedimentos para conseguir a documentação necessária.

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A Pastoral dos Migrantes Latino-americanos e o Centro de Estudos Migratório são duas organizações que mantêm informações valiosas para compreender o fluxo e as características da emigração dos andinos para o Brasil.

A Pastoral, além de sediar encontros e festas, mantém um serviço de atendimento para essa comunidade, proporcionando esclarecimentos sobre os procedimentos para conseguir a documentação necessária.

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• Bolivianos que Trabalham nas Oficinas de Confecção na Cidade de São Paulo

• Tradicionalmente no Brasil, assim como em outros países, a indústria do vestuário se utiliza de mão-de-obra imigrante clandestina. A comunidade judia lidera essa atividade na cidade de São Paulo ao longo do século XX até a década de 1970, iniciando a contratação de mão-de-obra coreana clandestina em torno de 1960.

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• Fluxos migratórios ampliam a comunidade coreana até o final dos anos de 1970, prosperando e passando a liderar essa atividade no Município de São Paulo, empregando o trabalho clandestino de seus compatriotas.

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• Quando cessa o fluxo de emigração coreana, inicialmente os empregadores do setor contratam mão-de-obra nordestina, que não se adapta nem ao ritmo, nem às condições de trabalho que lhes são impostas. Os trabalhadores nordestinos são cidadãos brasileiros, encontram-se protegidos pela legislação trabalhista e freqüentemente recorrem à Justiça do Trabalho para obter os seus direitos trabalhistas, em especial as horas-extras.

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• A indústria de vestuário é altamente competitiva tanto domesticamente quanto no cenário do comércio internacional, caracterizando-se por poucas barreiras à entrada e por uma oferta de mão-de obra infinitamente elástica, considerando-se os diferentes fluxos de emigração originários dos países periféricos. A redução dos custos através do rebaixamento dos salários, e de quaisquer outros custos indiretos de mão-de obra, é frequentemente empregada nessa atividade.

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• Os trabalhadores são recrutados nas cidades de Santa Cruz de la Sierra, La Paz e Cochabamba, que funcionam como pólos receptores dos emigrantes procedentes das regiões andinas mais pobres da Bolívia onde as atividades econômicas mercantis são muito reduzidas. Nessas localidades o recrutamento é realizado por várias mídias nas cidades de maior porte e de redes de contatos informais nas vilas andinas. No início da viagem, o agenciador apreende os documentos dos emigrados. A viagem é realizada principalmente pelo Paraguai, onde os emigrantes aguardam em ninhos o momento para atravessar a fronteira pela Ponte da Amizade. Durante a espera muitas vezes não há comida ou água. A viagem para São Paulo é realizada de ônibus. A viagem também pode ser realizada através da região de Corumbá ou da região amazônica.

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• O Brasil não está menos sujeito que os demais países do globo que padecem da presença de uma sofisticada rede dedicada ao tráfico de seres humanos, cujo destino parece ser principalmente o antigo centro industrial da cidade de São Paulo no norte da zona leste, Pari, Brás e Bom Retiro, e suas adjacências, como São Miguel Paulista. Hipoteticamente estamos falando da existência de redes de tráfico humano que assolam todo o planeta atuando num setor específico da economia brasileira, o ramo das confecções, no qual proprietários de confecções aqui estabelecidos, principalmente coreanos ou bolivianos, contratam recrutadores para incitar e motivar a vinda de trabalhadores com promessas de emprego, moradia, alimentação e bons salários.

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Kantuta é um pedaço de Bolívia na capital paulista• Estou a poucos metros do metrô Armênia, no

bairro do Pari, centro de São Paulo. Ao meu redor, pessoas de olhos levemente puxados, pele morena e cabelos escuros e brilhantes. Todas falam espanhol. Aqui, sou a estrangeira. É como se estivesse andando pelas ruas movimentadas de Cochabamba ou as intermitentes feiras da capital La Paz - uma barraca atrás da outra, uma malha de lã de lhama, um pote de barro, uma flauta de pã. Em São Paulo, a Bolívia fica na praça Kantuta, todo domingo, das 11h às 19h.

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Kantuta é um pedaço de Bolívia na capital paulista

• É preciso deixar que a curiosidade do viajante se sobreponha ao preconceito. A experiência gastronômica obrigatória, por exemplo, está logo à entrada da feira, na rua Pedro Vicente: o anticuchovendido pela señora Berta Valdés. "As pessoas vem, comem, adoram e depois perguntam o que é", diz ela. O anticuchoé coração de boi no espeto, e o churrasquinho acompanha batata e molho de amendoin (maní). "Se perguntam antes de comer, fazem uma careta e dizem não.

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 Menina boliviana em trajes de festa, na região central de São Paulo (Foto: Paula

Takada)

 Malhas, programas de tv, comidas típicas: toda Bolívia está na Kantuta

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Migração e Fronteira

• Levados pela procura de melhores condições de vida, milhares de brasileiros atravessam as fronteiras do país e se instalam em terras vizinhas. São os casos dos garimpeiros de Roraima, que se mudaram para a Venezuela, de seringalistas do Acre que foram para a Bolívia e dos agricultores do Sul, os brasiguaios moram nas áreas de fronteira com o Paraguai desde 1970.

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• Em 2000, eram 50 mil pessoas, principalmente do PR e SC. São sem-terra, agricultores desempregados do sul, médios e grandes proprietários.

• Os principais fatores responsáveis pela migração de brasileiros para o Paraguai foram a oferta de terras por preço baixo, as facilidades de crédito, os impostos de exportação inferiores aos nossos.

Migração e Fronteira

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• Brasil também é um país de emigrante. Segundo pesquisas do Itamaraty, mais de 2 milhões de brasileiros vivem em outros países, geralmente exercendo tarefas de baixa qualificação apesar de terem alguma formação profissional.

• Os primeiros movimentos de saída são de 1970, com a ida para o Paraguai.

Imigração de brasileiro

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• Representando mais de 5% da população do Paraguai, a partir da segunda metade dos anos 80 milhares de brasileiros de descendência japonesa vão para o Japão, atuar como operário e com baixa remuneração para os padrões deles.

• Esses brasileiros são conhecidos como decasséguis, que atualmente são 200 mil.

Imigração de brasileiro

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• E nos EUA, a maioria trabalha em serviço doméstico e de baixa remuneração: babá, faxineiro, balconista, engraxate, a maioria em situação ilegal, em especial nas cidades de Miami e NY.

Imigração de brasileiro

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Decasséguis

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TRABALHO MATRIZES IV CASA PARA SER ENTREGUE ATÉ 19/09 (OS TRABALHOS DEVEM SER FEITOS A CANETA OU LÁPIS)• Com base nos conceitos de assimilação cultural,

etnocentrismo e identidade, tendo como pano de fundo a diversidade cultural brasileira comente a questão da identidade de um grupo enquanto migrante.

• Pesquise sobre uma característica típica de um dos grupos migrantes da década de 1990 (tradição, costumes, festas, músicas, danças e comidas).

• Através de reportagens nos jornais (procurar na internet) apresente um caso de um brasileiro que foi vítima de tráfico internacional de pessoas.