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Mediação na Separação e Divórcio A melhor solução para os filhos Alda de Fátima Tomás Ferreira 1 Mediação na Separação e Divórcio A melhor solução para os filhos Alda de Fátima Tomás Ferreira A mediação é, em primeiro plano, vontade: Uma vontade de abrir caminhos, de construir pontes, de estabelecer ligações onde elas não existem, permitindo que as pessoas ou grupos se unam, permitindo também que um ser encontre o caminho de si próprio”. Jean François Six Sumário : RESUMO; INTRODUÇÃO; MEDIAÇÃO NA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO: a) O Casal na Mediação, b) Os Filhos na Mediação; VANTAGENS DA MEDIAÇÃO FAMILIAR; FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO MEDIADOR; CONCLUSÃO; BIBLIOGRAFIA. RESUMO O presente trabalho tem como objectivo reflectir sobre a mediação como forma de ajudar os “pais a continuarem a ser pais” após a separação, que quase sempre causa sofrimento aos filhos, porque a separação é, não só para os pais, mas também para as crianças, uma transição de vida e consequentemente um processo de luto e de readaptação às mudanças que surgem na família. Nestes casos, a mediação procura que o casal construa um divórcio o menos traumatizante possível, facilitando a comunicação entre si e ajudando os pais a manter com os filhos um relacionamento equilibrado, próximo, participativo e responsável, pois

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Mediação na Separação e Divórcio - A melhor solução para os Filhos

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Mediação na Separação e Divórcio

A melhor solução para os filhos

Alda de Fátima Tomás Ferreira

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Mediação na Separação e Divórcio

A melhor solução para os filhos

Alda de Fátima Tomás Ferreira

“A mediação é, em primeiro plano, vontade: Uma vontade de abrir caminhos, de construir

pontes, de estabelecer ligações onde elas não existem, permitindo que as pessoas ou grupos se

unam, permitindo também que um ser encontre o caminho de si próprio”.

Jean François Six

� Sumário: RESUMO; INTRODUÇÃO ; MEDIAÇÃO NA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO: a) O Casal

na Mediação, b) Os Filhos na Mediação; VANTAGENS DA MEDIAÇÃO FAMILIAR; FUNÇÕES E

CARACTERÍSTICAS DO MEDIADOR; CONCLUSÃO; BIBLIOGRAFIA.

� RESUMO

O presente trabalho tem como objectivo reflectir sobre a mediação como forma de

ajudar os “pais a continuarem a ser pais” após a separação, que quase sempre causa

sofrimento aos filhos, porque a separação é, não só para os pais, mas também para as

crianças, uma transição de vida e consequentemente um processo de luto e de

readaptação às mudanças que surgem na família.

Nestes casos, a mediação procura que o casal construa um divórcio o menos

traumatizante possível, facilitando a comunicação entre si e ajudando os pais a manter

com os filhos um relacionamento equilibrado, próximo, participativo e responsável, pois

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os pais são os que conhecem o que melhor convém à dinâmica da sua vida familiar, e,

por isso, na mediação trabalham em conjunto para chegarem a um acordo em

conformidade com este princípio.

Para tanto, a mediação auxilia os cônjuges a redefinirem os papéis enquanto pais

capazes de colaborar um com o outro para criar novas metas familiares, através de um

processo de negociação a fim de evitar futuras disputas, responsabilizando os pais para

uma participação activa e afectiva na educação e bem-estar dos seus filhos.

Para que tal suceda, o recurso à mediação para resolver a dissolução conjugal é a

melhor solução para os filhos, uma vez que o mediador, imparcial, actua no sentido de

estimular os pais a colocarem de lado as suas amarguras sobre o relacionamento

conjugal, concentrando-se nas necessidades dos seus filhos, que também devem ser

abordados e considerados na mediação.

Nestas circunstâncias, encara-se como um factor positivo a possibilidade das crianças

poderem ser ouvidas pelo mediador, desde que este esteja habilitado para fazer a

entrevista. Com efeito, o mediador deve auxiliar a criança na compreensão dos factos e

na expressão dos seus sentimentos diante da situação que está a viver. Todavia, é

preciso explicar às crianças as razões da separação, de maneira condizente com sua

idade e maturidade, o que facilitará a sua adaptação à separação dos pais.

O mediador faz isso conduzindo a comunicação para que possa haver uma discussão

racional, onde todos possam ser ouvidos, incluindo as crianças, sem lhes atribuir

responsabilidade pelas decisões.

Nestes termos, sem tomar partido e sem decidir pelo casal, o mediador tenta ajudar

os pais a compreender as necessidades dos filhos visando o seu bem-estar, através de

um relacionamento parental cooperativo. Ainda que, o mediador possa apresentar

sugestões e ajudar o casal a formular planos de cuidado parental, o acordo final cabe aos

pais.

A sua finalidade não é contribuir para a reconciliação do casal, mas ajudar as

famílias a resolver as questões relativas ao divórcio e fazer acordos bem sucedidos.

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Todavia, o sistema não funciona para todos, assim, alguns casos precisam ser

decididos em Tribunal. Contudo, para a maioria das famílias a mediação é a melhor

alternativa para resolver os complexos problemas criados pelo divórcio.

Quando os pais resolvem as controvérsias no Tribunal, a rispidez, a mágoa e a

desconfiança entre eles são sempre exacerbadas pelo processo de litígio judicial. Na

maioria dos casos, o ressentimento perdura por décadas e os filhos sofrem quando vêem

os seus pais a discutirem no Tribunal. Os pais podem discutir por causa do dinheiro ou

imóveis, mas não é benéfico para os filhos que eles discutam por causa deles.

Sempre que possível, os conflitos que surgem durante e após o divórcio devem ser

solucionados através de um mediador, pois as crianças conseguem adaptar-se muito

melhor ao divórcio dos pais quando a mediação substitui o litígio.

Assim, recomenda-se aos pais divorciados que façam esforços para resolverem os

seus problemas através da Mediação Familiar, antes de partirem para o processo

judicial, altamente perturbador, longo e litigioso, o qual aumenta drasticamente o

conflito parental e a desconfiança que se traduz directamente em problemas adicionais

de adaptação dos filhos.

Para além desses benefícios emocionais para pais e filhos, os acordos mediados são

menos onerosos que as lutas judiciais. Todavia, não significa que a mediação seja

mágica na resolução das separações, as emoções são as mesmas, mas o mais importante

é que as partes procurem voluntariamente a mediação.

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� INTRODUÇÃO

O casal deve compreender que, embora o relacionamento afectivo entre eles tenha

terminado, os filhos continuam a precisar da figura do pai e da mãe, os quais devem

conduzir da melhor maneira possível a separação ou a dissolução da união de facto,

visando sempre o bem-estar dos filhos, que sofrem directamente as consequências do

divórcio dos pais. Nestas condições, verifica-se muitas vezes que as crianças precisam

dos pais durante o processo de separação e é exactamente nesse período que tanto o pai

quanto a mãe estão mais vulneráveis e frágeis, pois há muitos sentimentos que não são

compreendidos e aspectos práticos a serem resolvidos. Assim, quando os pais estão em

litígio, a intervenção de um mediador é bastante apropriada. Muito embora não se trate

de uma terapia, a mediação familiar apresenta benefícios pessoais, na medida em que

fortalece a auto confiança das partes, mostrando-lhes que são capazes de tomar decisões

sobre o rumo das suas vidas.

A resposta tem sido encorajar aqueles pais, que não são capazes de entrar num

acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais, a evitarem o tribunal e

resolver os conflitos através da mediação. Aqui, os pais são estimulados a colocar de

lado as suas mágoas sobre o relacionamento conjugal e evidenciar as necessidades dos

seus filhos, que durante esse período de transição, têm necessidade de falar a respeito da

separação sem terem que se envolver no conflito. É importante para os filhos serem

informados sobre o que está a acontecer, sentirem que os seus pais são capazes de

conversar entre si e que a decisão sobre o divórcio lhes cabe apenas a eles, pois só assim

as crianças podem compreender que não são as responsáveis pela separação. Portanto, a

mediação para casais com filhos, procura servir, potencialmente, os interesses das

crianças, uma vez que a qualidade das relações entre pais e filhos está intimamente

vinculada à qualidade do relacionamento entre os pais pós-separação.

Normalmente, os pais nesta ocasião necessitam de orientação profissional, para

saberem lidar com as questões decorrentes de uma ruptura conjugal. É nesta óptica, que

a intervenção do mediador se concentra: em ajudar os pais a identificar as implicações

do divórcio e a maneira de resolver as futuras dificuldades. Portanto, o mediador deve

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saber identificar as verdadeiras necessidades do casal e trabalhar em prol da sua

resolução.

Ao mesmo tempo que se trabalha com o casal, no caso de existirem filhos, deverá o

mediador ter como preocupação fundamental, não apenas a questão do casal em si, mas

também a questão da parentalidade.

Num processo de divórcio ou separação, muitas emoções e interesses estão em jogo,

e, por diversas vezes, os pais são incapazes de tratar das necessidades dos filhos, no

entanto, o mediador deverá ter conhecimento dessas necessidades para os informar e

esclarecer. Para que tal suceda, o mediador apoia o casal ao fazer circular as ideias,

fomentando desta forma a reflexão sobre a história de cada um deles, visto que, na

maioria das vezes, cada um chega à mediação com ideias definidas e convencionadas

sobre o problema e não consegue ser objectivo na resolução do mesmo.

A mediação vem actuar nos aspectos emocionais da crise da separação vivida pelo

casal, reconhecendo que as emoções não são só o problema como também a solução.

Nestas circunstâncias, a mediação visa melhorar o relacionamento entre o casal

separado e consequentemente facilitar a convivência dos filhos com ambos os pais.

Além disso, permite ao mediador uma maior compreensão do sistema familiar,

favorecendo a sua adequada actuação e também uma conduta mais cooperativa entre o

casal.

Contudo, muito se verbaliza a respeito do envolvimento das crianças no processo de

mediação, sobre a separação dos pais, no qual se acredita que os filhos ao serem

ouvidos, se sentem mais preservados do conflito conjugal, porém, para que se possa

fazer a sua audição, o mediador tem que estar habilitado a conduzir a entrevista. Assim,

é imprescindível que o mediador possua um aguçado discernimento para determinar

quais os casos em que esse envolvimento é benéfico para as crianças. Se estas condições

se confirmarem, o mediador deve auxiliá-las na compreensão dos factos e na

exteriorização dos seus sentimentos diante da situação. Todavia, não se pode permitir

que tais sentimentos influenciem de modo decisivo a separação de um casal, uma vez

que essa responsabilidade deve ser dos pais. Não obstante, o facto de os filhos serem

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ouvidos, pode diminuir a sua sensação de abandono perante a separação, permitindo-

lhes partilhar as suas opiniões e preocupações.

Quando os filhos expressam os seus medos, os seus desejos e as suas necessidades, é

mais fácil para os pais oferecerem-lhes o apoio necessário. Por outro lado, o facto de o

mediador entrar em contacto com as crianças, possibilitará não só a recolha de

informações pertinentes sobre as suas necessidades e sobre os seus laços afectivos,

como também poderá observar directamente a interacção entre pais e filhos. Por fim, a

presença das crianças na mediação pode incentivar os pais, a adoptar uma conduta mais

cooperativa no decorrer da mesma, levando-os a conduzir da melhor maneira a

separação, para que os filhos sofram o menos possível, visando sempre o seu bem-estar.

Em síntese, os casais procuram através da mediação familiar, uma solução mais

benéfica para as crianças, uma vez que, a mediação contribui para suprir ou diminuir o

impacto negativo do divórcio nos filhos, e, se for bem conduzida não deixará de

privilegiar os reais interesses dos pais, atendendo ao superior interesse das crianças.

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� MEDIAÇÃO NA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO

A separação e divórcio judiciais foram vistos, ao longo de décadas, como um

processo com interesses em conflito, porventura antagónicos, em que era necessário

dirimir apenas através da via do litígio e, como tal, os cônjuges, como em qualquer

outro processo, eram representados por advogados, para defenderem os seus interesses

legítimos, o que em última análise, não era de todo favorável ao consenso entre as

partes, as quais eram coagidas a adoptar as directivas impostas pelo sistema judiciário.

Subjacente a esta situação, a burocracia, o volume processual e a morosidade dos

seus procedimentos, dificultam a solução dos conflitos familiares de forma satisfatória

pelo aludido poder judicial.

Concomitantemente, no panorama conturbado de uma separação, constatamos que os

Juízes ainda continuam a ignorar os aspectos emocionais do caso, apoiando-se em

parâmetros estanques e restringindo o problema à questão da razão versus justiça, o que

nos leva a perguntar: será possível fazer-se justiça nesta área, principalmente sem se

considerar o lado emocional da questão?

É um equívoco conceber o divórcio como um acontecimento que termina quando o

juiz bate com o martelo, porque a decisão de se separar pode ser a etapa final de um

longo processo de desagregação do casal, que vai sendo construída passo a passo, de

modo progressivo e desapaixonado, o que torna difícil colocar as coisas nos seus

devidos lugares.

Nestas circunstâncias, surge a necessidade de se resolver este problema de maneira

diferente. O ideal passa pela resolução pacífica dos conflitos que não pode ser feita

senão com a colaboração activa dos interessados.

Assim, desde os anos sessenta, que a mediação familiar se tem assumido como

alternativa ao modelo judicial tradicional de resolução dos conflitos decorrentes do

divórcio, pois os pais tenderão a cooperar mais num plano pós divórcio, se o acordo for

mutuamente negociado, do que no caso de ser imposto contra a vontade de uma das

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partes. Por outro lado, a mediação pode fazer emergir em ambas as partes, o sentimento

de que são ambos vencedores.

Não obstante, a ruptura da relação familiar é marcada por inúmeras peculiaridades,

subjacentes a uma carga emocional que dificulta a resolução adequada dos problemas,

uma vez que essas emoções não permitem, na maioria das vezes, que as partes consigam

argumentar ou defender o seu ponto de vista de forma racional. Acontece que, as

pessoas não conseguem ouvir outros pontos de vista e argumentam, aparentemente, a

mesma coisa de maneira diferente, o que dá origem a mal-entendidos.

É, portanto, interessante perceber que os conflitos nem sempre se referem às reais

necessidades do problema, ou seja, nem sempre estão relacionados com o problema que

deu origem aos desentendimentos.

Parafraseando Lisa Parkinson, os mediadores deverão ter uma antena sintonizada

para captar sinais de dor ou sofrimento que se escondam, atrás de uma aparência

exterior fria, ou seja, nas discussões é comum existirem ataques pessoais que se

revelam como motivações dos conflitos, mas na verdade são consequências de uma

razão maior que envolve emoções que dificultam o diálogo, logo, para uma solução

eficaz, é importante ter em consideração os aspectos emocionais e afectivos.

Nestes casos, o mais indicado é procurar um mediador familiar, que não interfere no

desejo do casal em se separar, simplesmente acompanha o casal de modo a haver um

mínimo de desgaste emocional possível, pois o divórcio expõe as partes a uma grande

hostilidade.

� O Casal na Mediação

A separação de um casal, assim como a sua união é construída por ambos, contudo, a

decisão da separação é expressa normalmente por um, o que faz com que a pessoa que

toma a iniciativa seja considerada a “traidora” , ainda que a “vítima” tenha participado

na decisão e no desenvolvimento da separação, mas como não assume a sua quota-parte

de responsabilidade, gera-se uma convivência hostil, cheia de acusações e queixas.

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Embora as decisões possam parecer repentinas e impulsivas, o divórcio não é algo

que sucede de um dia para o outro, é o resultado de um longo processo de

deteriorização, vivido por ambas as partes, cada uma à sua maneira.

O foco do divórcio é a rejeição, porque quem rejeita vive, geralmente, uma situação

de grande culpabilidade e quem é rejeitado vive inúmeros sentimentos negativos,

porém, não há como negar, que toda a separação é dolorosa, porque por mais amigável

que seja, a extinção de um sonho deixa sempre marcas.

Todo este processo não costuma ser mutuamente aceite. Uma das partes quer pôr fim

a uma situação frustrante que já não lhe traz felicidade, ao passo que para a outra, a

separação não tem sentido e é vivida com sofrimento.

Por isso, é que as pessoas envolvidas nos conflitos relativos ao fim de um

matrimónio se vêem no meio de uma série de sentimentos, que podem influenciar e

determinar o poder de negociação, facto que leva, muitas vezes, os pais a acelerar o

processo para aliviarem as tensões e ansiedade, não obstante, o risco de resultados

desfavoráveis.

Assim, a mediação promove a responsabilização dos pais, ainda que não procure

identificar o culpado pelo terminus da relação. É quase impossível imputar essa culpa

somente a um dos cônjuges. Objectiva-se, que ambos os mediados trabalhem a relação

futura e não os problemas do passado, encontrando as melhores soluções possíveis para

a situação.

A mediação oferece ao casal separado a oportunidade de reorganizar, de modo

pacífico, as suas relações parentais. Nesta reorganização, é importante realçar a co -

parentalidade, demonstrando as necessidades dos filhos manterem o contacto/relação

com os seus pais.

Grosso modo, a mediação vem melhorar a relação do casal separado e,

consequentemente, facilitar a convivência dos filhos com ambos os pais.

Desta forma, o mediador tem uma enorme responsabilidade ao gerir o conflito

existente, sendo a abordagem mais eficaz, aquela que possibilita uma mudança nas

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pessoas, de forma a obterem uma convivência menos desgastante e mais saudável,

consciencializando os pais para a importância de uma solução mutuamente satisfatória e

sensibilizando-os para a importância da sua participação cooperativa nas decisões da

reorganização familiar.

� Os Filhos na Mediação

A história de casais que não foram felizes para sempre, torna-se cada vez mais

comum na sociedade contemporânea. Mas os casamentos por mais efémeros que

possam ser costumam dar frutos eternos, que são os filhos.

Decidir com quem vão ficar as crianças quando o casamento acaba é a grande

questão dos pais; enquanto os filhos têm medo de ficar longe do pai e da mãe, sem

terem alguém para cuidar deles.

As crianças têm mais probabilidade para desenvolver medo de abandono e ansiedade

pela separação, quando não são informadas de antemão sobre o que está acontecer e o

que devem esperar.

Todavia, os interesses das crianças devem também ser relevados e levados em

consideração na mediação. O clima da mediação familiar é vantajoso para ouvir a

criança; caracteriza-se por ser um clima de paz: nele, dois pais, com a ajuda do

mediador procuram encontrar as soluções para a vida dos filhos.

É, pois, natural que o mediador ou até os pais sugiram a audição das crianças com o

objectivo de perceber os seus desejos, as suas experiências e sentimentos, e nunca numa

óptica de lhes atribuir o poder de decisão, isto é, de ouvi-las para que elas decidam

aspectos relevantes da separação. Quem decide são os pais, elas apenas são ouvidas,

auscultando-se-lhes os seus desejos.

O trabalho do mediador é criar um ambiente favorável aos pais para detectar as

necessidades dos filhos, que devem vir sempre em primeiro lugar. O mediador detecta

com maior facilidade as necessidades das crianças e com o seu consentimento

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transmita-as aos pais, com a finalidade destes as poderem compreender e tê-las em

conta nas suas decisões.

Atento a todas as considerações que a criança faz, o mediador funciona como

“confidente”, pois revela-se como um elemento neutro.

A melhor maneira de fazer com que a criança concorde em participar e cooperar com

este processo, está na informação, portanto, é necessário que ela saiba o que se está a

passar com a família, de preferência a partir das palavras dos próprios pais, assim, uma

criança com menos de seis anos poderá ser informada da seguinte forma: “o papá e a

mamã chateiam-se muito e por isso vamos conversar com uma pessoa que nos vai

ajudar e que também quer conversar contigo”.

Embora cada mediador tenha o seu perfil, o essencial é estar preparado para fazer a

entrevista, dando à criança a maior segurança possível.

Nestes casos, verifica-se a necessidade de se ter o maior cuidado ao envolver as

crianças no processo de mediação. O mediador deve usar todas as técnicas que facilitem

a actuação dos envolvidos, assim como, vocabulário adaptado à criança; ambiente

agradável para que todos se sintam à vontade e para que os sentimentos possam fluir

com naturalidade, por exemplo, as crianças revelam mais sobre si com gestos

espontâneos do que com perguntas.

Os pais devem saber o que se passou na entrevista, pese embora, deva ser preservada

a confiança que o mediador transmitiu à criança. Assim, da mesma forma que a

entrevista é delicada, também o é, a comunicação aos pais do ocorrido e do que se

mostrou relevante. Como não existem regras rígidas em relação à revelação do que deve

ser veiculado, tudo deve ser considerado de acordo com os efeitos que possam produzir.

Deve-se tentar encontrar sempre, dados que possam beneficiar cada um dos pais,

atendendo às necessidades dos filhos e às próprias necessidades daqueles. Por isso, o

mediador deverá ter sempre em consideração a opinião das crianças, tendo em atenção a

sua idade e a sua maturidade.

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Benefícios com o Envolvimento dos Filhos no Processo de Mediação Familiar:

1) É-lhes dada a oportunidade de exprimirem, a um profissional, neutro e imparcial,

os seus próprios pontos de vista sobre a situação. A expressão dos seus sentimentos tem

uma função favorável, que contribui para o bem-estar da criança.

2) O mediador pode sempre fazer algo acerca dos seus desejos, expectativas e

pedidos. Os filhos, por vezes, dizem ao mediador coisas que receiam dizer aos próprios

pais, talvez porque temem magoá-los.

3) Frequentemente, os pais têm dificuldade em falar com os filhos sobre o divórcio e

as suas implicações. A vergonha e o sentimento de falha para com as crianças entravam

a boa comunicação entre pais e filhos, cujo resultado é uma deficiente informação, o

que gera muitas dúvidas e questões. O mediador, quando se apercebe desta realidade,

pode ter uma actuação pró-activa.

4) No decurso do processo de mediação, ou mesmo numa fase posterior, os filhos, se

necessitarem, podem pedir ajuda ao mediador.

5) É dado cumprimento ao art.º12.º da Convenção sobre os Direitos da Criança:

todas as crianças têm direito de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões

que lhe dizem respeito, sendo devidamente tomadas em consideração as suas opiniões,

de acordo com a sua idade e maturidade.

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� VANTAGENS DA MEDIAÇÃO FAMILIAR

A mediação apresenta-se como um processo extrajudicial, onde o casal tem a

oportunidade de expor os pontos de dissonância relacionados com a ruptura, de forma a

reduzir o custo emocional e económico da separação ou do divórcio, com benefícios

para todos os envolvidos. É uma eficiente técnica de resolução de conflitos,

proporcionando, em tempo útil, a solução para os problemas, bem como a continuidade

da relação entre as partes, por meio do diálogo e da mútua compreensão.

O casal é conduzido para uma cultura de compromisso e de participação, evitando

condutas hostis, agressivas ou vingativas. Assim, na mediação não existem adversários,

as partes devem procurar, de forma pacífica, a solução do problema, construindo

conjuntamente a solução que mais lhes convém. Para que tal possa acontecer, a

mediação introduz a cultura do diálogo, realçando a importância da comunicação.

Nestes termos, ambas as partes têm a oportunidade de construir em conjunto as bases

de uma solução, que justifica a participação voluntária de todos os envolvidos, a fim de

minimizar os conflitos, facilitando a comunicação entre os intervenientes, para que

possam compreender os pontos de vista de cada um. Logo, a mediação propõe um

trabalho de desconstrução do conflito, fazendo com que os mediados encontrem as

verdadeiras motivações dos seus desentendimentos e os possam solucionar. Para tanto,

na mediação mostra-se o respeito pelas necessidades do outro, ao colocar-se no seu

lugar; faz-se entender e faz com que o outro se sinta entendido; ataca o problema e não

a pessoa; conduz e gere melhor as emoções, e portanto, transforma os problemas em

possibilidades, quando as partes passam a encarar o futuro, num contexto mais amplo.

O enfoque vitória versus derrota é suprimido pela cooperação, substituindo-se, assim, a

expressão do “eu ganho/tu perdes” para “eu ganho e tu também ganhas”.

É um processo informal, particular e confidencial, que permite aumentar o

entendimento e o reconhecimento dos participantes; constrói, de maneira criativa, a

possibilidade de acções coordenadas, mesmo que na diferença, alargando a capacidade

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das pessoas para se comprometerem com suas decisões e acordos, uma vez que, são as

partes que tomam as decisões.

Embora não seja como uma terapia, a mediação contém um efeito terapêutico, capaz

de permitir a substituição de comportamentos que podem ser agressivos, como a culpa,

e as condutas vingativas, por comportamentos que estabelecem uma linguagem

consensual, um convívio harmonioso, com diferenças e com princípios éticos, que

legitimam as partes e satisfazem as pessoas, preservando a integridade física e

emocional do casal, bem como protegendo os filhos de situações indesejáveis.

Nestes termos, a mediação visa também atender às necessidades dos filhos na

formação do acordo entre o casal, para que a criança não se sinta excluída do meio

familiar.

Em síntese, a informalidade da mediação faz com que o processo seja mais acessível,

porque além de consensual, busca soluções auto-determinadas, com a adesão voluntária

das partes.

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� FUNÇÕES E CARACTERISTICAS DO MEDIADOR

Para actuar na área de família, o mediador deve conhecer a natureza desses

conflitos, bem como as suas peculiaridades.

Os conflitos familiares possuem uma carga emocional, que muitas vezes

dificultam uma resolução adequada do problema. Geralmente, as pessoas que chegam a

uma sessão de mediação para resolver uma querela familiar já possuem um ponto de

vista formado, que foi construído ao longo das discussões, e que querem ver defendido

a qualquer custo. Assim, quando é facultada a palavra a um dos mediados, este já possui

um discurso preparado, que é proferido de modo contínuo, sem pausas. O outro, por sua

vez, também possui o seu ponto de vista, que é proclamado da mesma forma.

O mediador familiar deve proporcionar a desconstrução desses discursos,

levando as partes a conseguirem restabelecer a comunicação. Nesse processo, o

mediador deve permanecer atento, para poder compreender a realidade daquele núcleo

familiar.

Desta feita, o mediador deve frisar a capacidade que os mediados têm para

resolver os seus conflitos, salientando, que os efeitos da sessão de mediação devem

contribuir para a reorganização e manutenção das relações parentais. Ao realçar esses

resultados, o mediador deve também utilizar palavras que sirvam para aumentar a auto-

estima dos mediados, até porque, de um modo geral, as pessoas ingressam num

processo depressivo, aquando iniciam o divórcio.

Para uma mediação ser bem sucedida, é necessário que o mediador conquiste a

confiança das partes, porque as pessoas precisam sentir-se confortáveis e confiantes

para exporem as suas intimidades: traições, desilusões, amor não correspondido, abusos

físicos e psicológicos, etc. Para tanto, o mediador precisa esclarecer o princípio da

confidencialidade, informando que a privacidade da família não será exposta.

O mediador necessita estar atento às suas próprias emoções, no sentido de conservar

a sua imparcialidade, controlando os seus instintos, para não deixar transparecer as suas

opiniões. O seu poder é apenas de conduzir a decisão sem exercer qualquer influência

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sobre as partes. Assim, por ser um profissional que trabalha como “gestor da

comunicação”, necessita dominar certas técnicas fundamentais que auxiliam as partes a

dialogar e a ouvir o que uma e outra estão a dizer, para que ambas entendam e se façam

entender.

O sucesso da mediação também depende das técnicas e estratégias do mediador, que

deve transformar o ambiente de uma discussão, ao produzir reacções nos mediados, sem

tomar partido, de forma a procurar entender os aspectos técnicos de cada alegação. O

seu papel é transmitir o argumento de cada um numa linguagem que seja ao mesmo

tempo, confiável e compatível com os desejos de uma parte e reformulada para

assegurar uma maior compreensão e receptividade do outro lado. O mediador deve

ainda, usar algum humor, imprescindível para que as mediados possam relaxar.

O processo de mediação é um meio utilizado pelos cônjuges para resolverem

conflitos numa separação, como tal deve ser preservado pelo mediador, a fim de se

evitar que a sua participação seja um veículo utilizado para afectar o outro, portanto o

mediador não pode ser constituído como testemunha no processo judicial. Porém,

quando haja desinteresse do casal em resolver o conflito ou no caso da inexistência da

boa-fé entre as partes, o mediador pode encerrar a sessão, considerando que alguns

casos precisam ser decididos no Tribunal.

Na mediação, a integridade do acordo é de inteira responsabilidade do mediador.

Este profissional tem que estar preparado para oferecer sugestões e procedimentos, bem

como tem o dever de reconhecer que os acordos feitos durante a mediação são

inteiramente voluntários e feitos pelas partes, visto que, o mediador faz o levantamento

das informações necessárias junto das partes; esclarece, redefine e organiza os dados;

facilita a comunicação; estrutura as sessões e dá seguimento às negociações; administra

o conflito; recomenda, quando é necessário que as partes procurem informações junto

de especialistas; auxilia no desenvolvimento de propostas; ajuda as parte a reflectirem

sobre a importância das suas decisões; e, por fim, auxilia na redacção do acordo, quando

é obtido.

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Conclui-se que o Mediador é um Cientista do Conflito e um Artista da Comunicação.

“Cientista do Conflito”, é isento de qualquer preconceito, imparcial, deixa-se envolver

mas não se deixa dominar.

“Artista da Comunicação”, não dirige a sua mensagem apenas a uma parte em

específico, mas sim a ambas as partes, porque de certa forma este é um processo que se

desenvolve em rede, na qual todas as partes integrantes se influenciam mutuamente.

Nestes termos a auto-citação traduz a arte da comunicação como ferramenta capaz de

dar voz a cada uma das partes, para se poder conhecer e compreender o conflito, que

uma vez entendido, como as partes o vêem e o traduzem, o mediador terá que usar de

ciência e arte, como meio de transformação que se pretende operar nos mediados, que

tentam procurar dentro de si mesmo as respostas, intuitivamente.

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� CONCLUSÃO

A mediação proporciona uma verdadeira mudança de paradigma que incentiva a cultura

do diálogo, apresentando-se como uma alternativa à resolução dos problemas

relacionados com os processos judiciais, considerando tempo, custo e satisfação. Assim,

grande parte da insatisfação relativa ao funcionamento do Sistema Judiciário pode ser

resolvida através de meios alternativos de resolução de conflitos, como a Mediação.

Não se trata, portanto, de encobrir o conflito ou protelá-lo, mas, ao contrário, trata-se do

esclarecimento da verdade de cada um.

Nestes termos, a mediação abre a oportunidade para que cada pessoa envolvida no

processo mediado escolha o percurso mais vantajoso para si e para o seu adversário.

Todavia, os cônjuges, num processo de separação e divórcio, não são adversários,

porque os seus problemas podem ser resolvidos pelos próprios com a ajuda de um

mediador, imparcial, habilitado em técnicas que facilitam a comunicação.

Apesar disso, a inexistência da confiança no mediador inviabiliza o uso da mediação,

que se caracteriza pela sua voluntariedade, sendo tal característica primordial para a

elaboração do acordo, ainda que seja necessário o consentimento de ambas as partes

para se iniciar o processo de mediação.

As soluções aparecem num breve espaço de tempo, e trazem benefício pela redução

de custos, mas sobretudo, porque encontram entendimento nas questões abordadas e

reduzem a sensação de perda de alguns interesses.

É, portanto interessante perceber que os acordos conseguidos na mediação

evidenciam uma maior aceitação das partes em relação àqueles que ficam estabelecidos

nas sentenças judiciais.

A paz conseguida através da mediação faz com que este seja o melhor meio de

solucionar os conflitos da família, atendendo a todos os interesses do casal e

principalmente dos filhos, que devem ser relevados e considerados na mediação.

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A melhor solução para os filhos

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Assim, considera-se vantajoso ouvir a criança, porque o clima da mediação se

caracteriza por ser um clima de paz: nele, dois pais, com a ajuda de um mediador

procuram encontrar a melhor solução para a vida dos filhos.

Espera-se, que a utilização da mediação seja cada vez mais difundida na sociedade,

contribuindo para a disseminação de uma cultura de paz, de diálogo, em detrimento da

cultura do litígio.

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A melhor solução para os filhos

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