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Mais de 100 páginas sobre medicina desportiva para treinadores de futebol.
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL
ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE SANTARÉM
Prof. Renato Fernandes
CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL UEFA BASIC (NÍVEL II) - 2008
Porque isto acontece…
Prevenção???
• Modalidade desportiva mais praticada em todo o mundo. Cercade 240 milhões de praticantes amadores;
• Na Europa, 50 a 60 % das lesões desportivas resultam daprática do futebol;
• A maior parte dos estudos na área são em equipasprofissionais;
• Desses estudos (fig. 1), os futebolistas dos Estados Unidos eIslândia são os que mais se lesionam. Em contrapartida osHolandeses e os Dinamarqueses os que menos se lesionam;
• Os avançados e os centro-campistas são os mais atingidos.
FACTOS
Figura 1.Junge, A. & Dvorak, J. (2004). Soccer Injuies. A review on incidente and prevantion, Sports Medicine, 34 (13), 929-928.
• Verifica-se uma maior incidência nos escalões etários maisvelhos, com valores idênticos entre Juniores e Seniores, sendoque vai subindo dos Iniciados até aos Juniores;
• Em média, cada jogador lesiona-se 1,2 vezes por ano;
• A incidência duplica nas praticantes femininas, nomeadamentequando se fala de lesões no LCA;
• Os meses de Outubro / Novembro e Abril / Maio são os maispropícios para a ocorrência de lesões;
• As zonas mais afectadas são a articulação do joelho, a canelae os músculos da coxa.
FACTOS
• As lesões ocorrem 4 a 6 vezes mais frequentemente emcompetição do que durante os treinos;
• A maioria das lesões no futebol ocorrem por trauma. Cerca de20% devido a “overuse” e 12% devido a má técnica;
• Cerca de 25% são lesões no mesmo local onde já tinha existidolesão;
• Globalmente, a distribuição das lesões ocorre assim:
- Tronco – 3 %
- Cabeça e face – 13 %
- Membro superior – 17 %
- Membro inferior – 67 %
FACTOS
Zonas mais afectadas
• Lesões osteotendinosas:
- Pubalgia
REGIÃO PÉLVICA
• Lesões musculares (quadricípete):
- Contracturas
- Distensões
- Roturas
- Contusões
COXA
• Lesões tendinosas:
- Tendinites da inserção dos adutores
COXA
• Lesões ligamentares
- Torções: lesão do LLE; LLI; LCA; LCP
JOELHO
• Lesões cartilaginosas
- Fracturas dos meniscos
Zonas mais afectadas
Zonas mais afectadas
• Lesões tendinosas:
- Tendão rotuliano
JOELHO
• Lesões ósseas
- Fracturas: tíbia, perónio e duplas
PERNA
• Lesões musculares (gémeos):
- Contracturas
- Distensões
- Roturas
- Contusões
Zonas mais afectadas
• Lesões ósseas:
- Fracturas por rotação externa
- Fracturas por rotação interna
- Fracturas por compressão vertical
TIBIO-TÁRSICA
• Lesões tendinosas:
- Patologia traumática / inflamatória do tendão de Aquiles
Zonas mais afectadas
• Lesões articulares:
- Entorses por eversão
- Entorses por inversão
- Microtraumatismos: calcificações que não afectam assuperfícies articulares
TIBIO-TÁRSICA
• Lesões cutâneas:
- Unhas encravadas
- Micoses (pé de atleta)
- Flictenas
PÉ
Zonas mais afectadas nos Guarda-redes
• Traumatismos cranianos
• Luxações do ombro
• Fracturas da clavícula
• Entorses / luxações dos dedos
• Traumatismos da face
• (...)
Aspectos preventivos• Exame médico-desportivo (cardiovascular, respiratório)
• Perfil músculo-esquelético (integridade das estruturasarticulares, ósseas e músculo-tendinosas)
• Protecção da articulação tíbio-társica
• Uso obrigatório de caneleiras
• Massagista credenciado
• Estojo de primeiros socorros
• Aquecimento com maior ênfase no alongamento e maisespecífico
• Adequado retorno à calma
• Adequada reabilitação com tempo de recuperação suficiente
• Treino proprioceptivo
• Bons pisos de treino e jogo
• The eleven
Estudos de intervenção na prevenção de lesões no Futebol
Lesões em jovens jogadores de Futebol
• Os locais anatómicosmais atingidos pelas lesõesem crianças e adolescentessão o joelho, a canela, ascostas, o punho ou ombro ea cabeça;
• São pouco prevalenteslesões graves comuns emadultos.
Lesões em jovens jogadores de Futebol
JOELHO
• A maior parte das lesões do joelho são contusões e pequenosentorses que normalmente são tratadas pelo método RICE (rest,ice, compression e elevation);
• Lesões prevalentes no atleta adulto como lesões de menisco eligamentos cruzados são raras nesta faixa etária;
• Pensa-se que as lesões musculares graves são tambémmenos prevalentes devido às crianças apresentarem maiorflexibilidade e uma reduzida aplicação de força;
• Lesões no menisco também existem em idades entre iniciadose juniores em que a RM é o meio de diagnóstico mais eficaz;
• Ao contrário dos atletas adultos, as crianças e jovens, emlesões como estiramentos de ligamentos e contusões (grandespancadas) podem voltar à actividade (corrida e contacto combola) quando deixarem de sentir dor.
Lesões em jovens jogadores de Futebol
PÉ E PERNA (CANELA)
• A maior parte das fracturas são na tíbia distal e no perónio;
• Também podem existir fracturas no 5º metatarso e naarticulação de Lisfranc no pé;
• A maior parte das lesões nestes locais são pequenos entorsesno tornozelo que normalmente são tratadas em pouco tempocom método RICE;
• Outra lesões comuns são as contracturas e estiramentos naperna.
PROCESSO INFLAMATÓRIO NAS LESÕES MUSCULARES
1. Ocorre logo após a agressão;
2. Degeneração das células lesadas e chegada decélulas responsáveis por isolar o tecido saudável dotraumatizado (plaquetas, glóbulos brancos,fibroblastos);
3. Rotura dos vasos sanguíneos, que reduz avascularização da zona;
4. Vasoconstrição sanguínea – formação de edemalocal (excessiva acumulação de líquido no tecido,sem possibilidades de sair para o sistema linfáticopara ser drenado, logo acumula nos espaçosintersticiais);
5. O grau de edema determina a gravidade da agressãotecidular;
• Processo inflamatório (lesões musculares)
- Embora a inflamação seja um componenteimportante na cura da lesão ela poderá tornar-secrónica e destruir os tecidos, para isso nãoacontecer é necessário minimizar a inflamação notratamento.
• Fase aguda
- A reabilitação deve ser imediata, visando não agravar a lesão epermitindo ao organismo desenvolver todos os processos implicadosna reconstrução do tecido
- Primeira regra básica: aplicação local de gelo, isto porque evitaque a lesão triplique em termos de grandeza num curto espaço detempo e aproveita o efeito analgésico do gelo
- Segunda regra básica: compressão que evita a hemorragia,diminui o edema e diminui a dor
• Fase aguda- Terceira regra básica: Elevação da parte afectada (se possível)– facilita o retorno venoso facilitando a cicatrização
- Imobilização – depende da filosofia do técnico, do tipo de lesão eda sua gravidade, no entanto:
“Deverá ser o mais curta possível, permitindo-se exercícios activos com ou sem cargautilizando-se como guia um dos maioresmecanismos de defesa orgânico que é a dor”
(Leandro Massada, 1989)
• Crioterapia – aplicação de gelo
- Efeitos
- Vasoconstrição - limita o processo inflamatório edemais vantagens;
- Analgesia – limita a libertação de mediadoresinflamatórios (limita o aparecimento da dor);
- Maior capacidade de produzir força, resistência etónus muscular.
- Actividade vasoconstritora do frio conhecida desde aantiguidade
- Existe de diversas formas: saco de gelo, cilindrosgelados, toalhas geladas, compressas frias, ligaduras degelo, cubo de gelo, sprays de frio e banhos frios
MEIOS FÍSICOS
• Crioterapia – aplicação de gelo- Efeitos
- Interferência neuromotora, modificando a capacidade deexcitação neural
- Aplicação
- + ou – de 3 em 3 horas por períodos de 15 a 20 minutos;
- Até ás 72 horas (3º dia).
• Crioterapia – aplicação de gelo
- Indicações terapêuticas
- Reflexão prévia sobre as características da lesão.
- Precauções
- Queimaduras pela aplicação directa e prolongada de friosobre os tecidos.
• Calor- Efeitos
- Vasodilatação: aumento do fluxo sanguíneo – remoção desubstâncias nocivas;
- Aumento da actividade celular e das exigências metabólicas;
- Aumento do trabalho enzimático e logicamente dosprocessos de catabolismo
- Potencia o processo inflamatório;
- Aumento da amplitude, flexibilidade e força muscular;
• Calor
- Aplicação
- Depende da técnica utilizada;
- Ideal: quer a aplicação de calor profundo ou superficial -após a fase aguda, ao 2º/3º dia.
- Indicações terapêuticas
- Reflexão prévia sobre as características da lesão.
• Calor Superficial
- Calor húmido: bolsa de água quente, toalha quente e banhosde contraste;
- Seco: fototerapia (radiação UV/Infravermelhos)
• Calor Superficial
Indicações terapêuticas:
-Situações de patologias / lesões crónicas;
-Lesões agudas ( a partir da fase aguda)
- Preparação da mobilização articular, estiramento músculo-tendinoso, fortalecimento muscular
Contra-Indicações:
- Feridas
- Infecções
- Lesões agudas na fase inflamatória
• Calor Profundo
- Micro-ondas
- Ondas Curtas (2)
- Electroterapia (3)
- Laserterapia (1)
- Vibroterapia
12 3
• Utilização de agentes farmacológicos
Anti- Inflamatórios Não esteróides
-Variam na estrutura química e mecanismo de acção mas têmem comum a capacidade de combater a respostainflamatória, diminuir a dor e reduzir a febre
• Utilização de agentes farmacológicos
Exemplos de Anti- Inflamatórios Não esteróides:
- VOLTAREN – diclofenac
- ASPIRINA – ácido acetilsalicílico
- NIFLURIL – ácido niflúmico
- BRUFEN, TRIFENE – ibuprofeno
- NIMED – nimesulide
- REUMON - etofenamato
• Utilização de agentes farmacológicos
Vias de administração
- Oral – comprimidos, cápsulas, granulados, suspensões
- Injectável – intramuscular
- Tópica – pomada, gel, creme
- Rectal - supositórios
• Utilização de agentes farmacológicos
Anti- Inflamatórios esteróides
- Contêm glucocorticóides (cortisol) na sua composição
- Podem ser usados como “tratamento de choque” na faseinicial, sob condições de rigoroso acompanhamento
- Risco de positividade de controle anti-dopagem
• Utilização de agentes farmacológicos
Exemplos de Anti- Inflamatórios esteróides:
- Cortisona
- Hidrocortisona
- Administração por via intravenosa (Infiltração)
• Utilização de agentes farmacológicos
Outros grupos medicamentosos utilizados:
- Analgésicos
- Relaxantes musculares
• A Reabilitação pelo Movimento
- A importância da actividade física
- O efeito positivo desta no processo de formação decolagénio
- O programa de reabilitação previsto como um processoevolutivo:
1. Mobilizações passivas
2. Mobilizações activas assistidas
3. Mobilizações activas livres
4. Mobilizações activas resistidas
• A Reabilitação pelo Movimento
- Manipulações
- Massagens
- Hidroterapia
- Stretching/Alongamento
- Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva
Acidentes com alterações das funções vitais
Tipos de lesões existentes
Alterações ao nível da respiração, circulação e até das funçõescerebrais
Alterações da respiração• Ausência de movimentos perceptíveis e visíveis
do tórax
• Ausência de sopro respiratório
• Cianose crescente nos lábios e dedos – negrume
• Perda de consciência
• Obstrução das vias respiratórias
• Aspiração de vómitos, sangue ou corpos estranhos
• Traumatismos torácicos e ou cranianos
• Etc.
Acidentes com alterações das funções vitais
Tipos de lesões existentes
Alterações da actividade cardio-circulatória
• Ausência de pulso
• Dilatação das pupilas
• Palidez, Cianose de lábios e dedos
• Ausência de respiração (esta aparece primeiro)
• Perda de consciência
Acidentes com alterações das funções vitais
Tipos de lesões existentes
Alterações das funções cerebrais
• Mais frequente nos traumatismos cranianos
• Examinar em primeiro lugar a capacidade de reacção
• A profundidade e duração da perda de consciência depende daintensidade do traumatismo
• Perigo de obstrução das vias respiratórias
• Distinguem-se 2 tipos de traumatismos cranianos: concussão cerebral(comoção - sem lesões ósseas do crânio) e contusão cerebral (comlesões ósseas do crânio) .
Acidentes com alterações das funções vitais
Tipos de lesões existentes
Alterações das funções cerebrais
• Indícios de concussão cerebral após pancada da cabeça ou colisãocom objectos:
- Perda de consciência
- Náuseas e vómitos
- Amnésia
- Cefaleias e vertigens
- Quando existem sinais externos de saída de sangue ou líquidocefaloraquidiano pela boca, nariz ou canal auditivo podemos estar empresença de uma fractura do crânio (contusão cerebral) comconsequente rotura de vasos sanguíneos intracranianos
Hemorragias
Tipos de lesões existentes
Perca de sangue por rotura de vasos sanguíneos. Perder 0,5 a 2litros de sangue põe em perigo a vida do sujeito. Podem serhemorragias internas ou externas.
Classificação das hemorragias – quanto ao grau
• Leves
• Moderadas
• Intensas
• Muito intensas
Classificação das hemorragias – quanto à origem• Capilares
• Venosas
• Arteriais
Feridas
Tipos de lesões existentes
É uma rotura provocada na pele, podendo ser do tipo superficial ouprofundo, de origem mecânica ou térmica
Feridas Superficiais (escoriações)
• A epiderme está sempre lesionada mas a dermenem sempre
Feridas Profundas• Ter atenção que apesar da lesão da epiderme estarreduzida poderá haver complicações no que se refere àsestruturas anatómicas subjacentes, nomeadamentevasos sanguíneos e nervos.
Feridas fechadas – Equimoses e flictenas
Feridas abertas – Incisivas ou “rasgo”
CONTUSÃO MUSCULAR
Causas• Quedas
• Traumatismos
• Impactos com bola
• Colisões com outros atletas
• Impactos contra objectos duros
Com lesões tecidulares Sem lesões tecidulares
CONTUSÃO MUSCULARSem lesão tecidular
• Manifestações
‐ Dor de duração breve
‐ Zona avermelhada (pode ser transitória)
‐ Edema
Com lesão tecidular
• Manifestações
‐ Dor
‐ Hematoma (surge após algumas horas ou dias depois do traumatismo)
‐ Feridas
CONTUSÃO MUSCULAR
O QUE FAZER?
• Aplicação de frio
• Pode ser compressas húmidas e frias
• Aplicar pomadas anti‐inflamatórias (indicação médica)
Após +/‐ 48 horas
Utilizar medidas de calor que irão ajudar na absorção do hematoma e facilitam a absorção das substâncias anti‐inflamatórias
Massagens não são aconselhadas, poderão provocar a calcificação do hematoma muscular
LESÕES MUSCULARES
LESÕES MUSCULARES POR ESTIRAMENTO
Distensões Musculares
Alongamento excessivo do tecido muscular, no sentido das fibras (linha de tracção)
Roturas Musculares
É o alongamento exageradodo músculo, acompanhado darotura da túnica envolventesem compromisso das fibrasmusculares (célulasmusculares).
O grau de rotura é dado pelonúmero de fibras afectadas.Observa‐se uma depressão e um“alto” acima ou abaixo da lesão(caso exista rotura da fásciaconjuntiva), acompanhado deuma cor azulada. A hemorragiapode ser intramuscular ouintermuscular se o perímisio fortambém lesado (sofrer rotura).
DISTENSÕES MUSCULARES
O que fazer?
• Dor pouco intensa:
‐Massagens com gelo
‐ Alguns exercícios de alongamentos (fisioterapia)
• Dor intensa intensa e incapacidade funcional elevada:
‐ Aplicar frio
‐ Ligadura compressiva
‐ Imobilização do membro
ROTURAS MUSCULARES
Manifestações• Dor repentina, parecida com uma facada
• Surge uma depressão na zona afectada, ou um nódulo acima ou abaixo da lesão
• Passado algumas horas surge coloração azulada, na parte inferior da lesão
• Pode surgir hemorragia (dentro do músculo afectado ou intermuscular)
O que fazer?
• O diagnóstico é efectuado não só pelo quadro clínico e pela observação mas recorre‐se também a exames complementares de diagnóstico
• Em função da gravidade da lesão, o seu tratamento poderá ser conservador ou cirúrgico
• Aplicação imediata de frio
• Aplicar ligadura compressiva
• Após se ter diagnosticado se o rotura é total ou parcial, irá recorrer‐se a medidas que estimulem a irrigação
• Recuperação total após 3 a 6 semanas, dependendo das situações
CONTRATURAS MUSCULARES
Manifestações• Dor no local
•Impotência funcional parcial
• Endurecimento muscular delimitado no local
O que fazer?
• Interromper a actividade
• Gelo no local
• Calor húmido após + ou – 1 dia
Caimbras (Cãibras) Musculares
É uma contracção muscular involuntária ( espasmo muscular) queocorre pela contracção exagerada do músculo tendo variadascausas
Causas:
Esgotamento de reservas energéticas - Esforços intensos/cansaço físico
Deficientes aquecimentos/Treino insuficiente
Desidratação
Tipos de lesões existentes
Falências nas reservas de K+, Na, Mg ou Cálcio
Manifestações:
Dor intensa e incapacitante
Impotência Funcional imediata
Tipos de lesões existentes
Caimbras Musculares
Contracção muscular espasmódica
LESÕES DE TENDÕESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Tendões• Os tendões têm como missão procurar um correcto funcionamento damusculatura
• Caracterizam‐se por uma elevada capacidade de tracção, sendo tambémtreinados, ou seja, desenvolvidos com o exercício
• As alterações ao seu funcionamentopodem ser devido a:
‐ Idade – vai ocorrendo umadegeneração dos tecidos
‐ Lesões não tratadas ouincorrectamente tratadas
‐ Processos inflamatórios decarácter crónico
‐ Doenças infecciosas
‐ Hipotermia continuada
LESÕES DE TENDÕESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Tendões• As alterações ao seu funcionamentopodem ser devido a:
- Esforço constante e excessivo, nãohavendo espaço para a adaptação do tecidoe sua regeneração
- Esforço máximo aplicado aosmúsculos
- Utilização de anabolizantes, emque o tendão não acompanha odesenvolvimento muscular
- Paragem brusca do movimento
- Alongamento excessivo do tendão
- Desidratação e má nutrição
LESÕES DE TENDÕESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Distensão do tendão• Ocorre uma lesão por alongamento do mesmo, mas sem roturasubstancial do tecido tendinoso
• Manifestações: Dor aguda e breve
• Intervenção:
- Aplicação de frio
- Imobilização
LESÕES DE TENDÕESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Rotura do tendão• A acção do músculo correspondente fica interrompida, surge umadepressão no ponto onde ocorreu a lesão e um “aumento” atípicodo músculo.
• Manifestações: Dor forte e repentina
• Intervenção:
- Aplicação de frio
- Ligadura de compressão
- Elevação e Imobilização
- Serviços médicos
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho• O Joelho constitui a articulação mais complexa do corpo humano,estando permanentemente exposta solicitações intensas de tendõese esforços
• Como consequência, a prática de actividade desportiva torna-se,por norma, um factor da maior importância na criação de condiçõespara a ocorrência de lesões das estruturas anatómico-funcionais dojoelho
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho• Em conjunto, todas estas estruturas permitem ao joelho realizaros movimentos de:
- Flexão
- Extensão
- Rotação (em reduzida amplitude, sobre o eixo vertical)• Existem 4 grandes ligamentos no joelho que lhe garantem aestabilidade:
- LCA
- LCP
- LLI
- LLE
Evitam o deslizamento antero-posterior da tíbia em relação ao fémur
Estabilizam lateralmente a articulação
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho• As lesões do LCA resultam de situações de:
- Traumatismo directo – deslocação do fémur posteriormenteem relação à tíbia
- Traumatismo indirecto – associado a movimentos decorrida, salto, rotação, travagem súbita, mudança brusca dedirecção, sem contacto físico
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho• Manifestações:
- Dor (de intensidade variável)- Edema intenso- Incapacidade funcional
- O paciente pode ouvir um “pop”
quando a lesão ocorrer
• Após a rotura, o tecido ligamentar não se reabilita, cicatriza ouvolta ao seu estado normal.
• Significa que as superfícies ósseas serão sempre instáveis.
• Poderá assim originar lesões em meniscos, cartilagens e mesmoartroses.
Rotura de ligamentos
• Ocorre normalmente por torção/rotação da articulação.
Rotura de ligamentos
Rotura de ligamentos
Rotura de ligamentos
LCA LCA roturado
• Tratamento: reconstrução do ligamento.
• Usualmente faz-se por implantes de tendões por astroscopia.
• Exemplo: enxertos dos isquio-tibiais para reconstruir osligamentos cruzados.
Rotura de ligamentos
Ligamento Cruzado Anterior
Ligamento Cruzado Anterior
Técnica “rigidfix”
Ligamento Cruzado Anterior
Ligamento Cruzado Posterior
TratamentoTécnica cirúrgica
Ligamento Cruzado Posterior
TratamentoTécnica cirúrgica
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho
LCA LCP
Rotura LCA Rotura LCP
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho
• Intervenção: ARTROSCOPIA- Artroscópio - instrumento que
permite ao médico olhar directamente paradentro da articulação do joelho e fazer odiagnóstico correctamente, uma vez que tematravés deste, acesso ao interior de toda aarticulação
- O artroscópio é fundamental, pois éatravés dele que se faz não só a introduçãode toda a luz necessária à iluminação, mastambém é através do seu sistema de lentes,que conseguimos fazer a recolha das imagensdo interior articular. Melhor acesso, melhorvisualização e menor trauma dos tecidosmoles.
LESÕES LIGAMENTARESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
Lesões ligamentares do joelho
• Intervenção: ARTROSCOPIA- Enxerto de tendões do próprio paciente (tendão patelar,
pata de ganso ou flexores do joelho)- Também existe a sutura mas com piores resultados- Imobilização de 6 a 8 semanas- Após a retirada da imobilização realizar movimento
progressivo e lentamente- Prática desportiva 6 a 9 meses após a cirurgia
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
O QUE É?• Perda de continuidade estrutural do osso, seja de formaespontânea, por debilidade anormal do osso ou provocada por umincidente traumático ou stress repetido.
As fracturas podem incapacitartotalmente uma pessoa e até em algunscasos, causar a morte.
Depende da imobilização que é efectuadae de outras medidas assistenciais.
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
CLASSIFICAÇÃO
• Fechadas – ocorre a fractura, masa pele mantém-se intacta
• Abertas – o osso fractura entra emcontacto com o exterior. Háperfuração da pele e produz umaferida aberta. O osso pode ficar ounão em contacto com o exterior. Hárisco de infecção e de hemorragia.
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
FRACTURAS ABERTAS
Grau I
- De dentro para fora
- Os fragmentos ósseos ao angularem-se provocamedema e perfuração da pele, de dentro para fora
- A ferida é geralmente pequena (< 1 cm) e estárelativamente limpa
Grau I I
- De fora para dentro
- O mesmo agente provoca a lesão óssea, lesa a pele eoutros tecidos moles
- A ferida é maior (>= 1 cm) e (< 3 cm) podendo estarmais suja
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
FRACTURAS ABERTAS
Grau III
- Ocorre uma lesão das partes moles, com destruição demúsculos, vasos sanguíneos, nervos e outras órgãos
- Ferida com diâmetro superior a 3 cm
FRACTURAS – CAUSAS POSSÍVEIS
- Quedas- Traumatismos / impactos fortes- Contracções musculares violentas- Movimentos de torção- Sobre-uso- ...
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
MANIFESTAÇÕES
• Dor intensa
– Localiza-se no foco de fractura
- Aumenta com a movimentação
- Diminui com a imobilização da fractura• Deformação
- Pode ocorrer encurtamento do membro• Impotência Funcional
- A mobilidade quando presente, é muitodolorosa e limitada• Crepitação Óssea
- Pode ser ouvida e sentida
- Não deve ser pesquisada pois é muitodoloroso
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
MANIFESTAÇÕES
• Edema / hematomas
– Resultam da reacção de defesa do organismo aotrauma
- O hematoma é tanto maior quanto maior for odiâmetro do osso• Exposição dos topos ósseos
– São indicação de que o traumatismo responsável pelafractura foi muito violento
O QUE FAZER?
• Aula Prática
LUXAÇÕESIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
O QUE É?• Deslocamento completo da posição normaldos ossos que constituem uma articulação,perdendo-se por completo o contacto entre assuperfícies articulares
• Sub-luxação – quando o deslocamento aindadeixa as superfícies articulares em contactoparcial
• A luxação resulta geralmente detraumatismo e é acompanhada de rotura deligamentos e da cápsula, podendo ou nãoocorrer fractura de um ou mais ossos.
FRACTURASIntervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
MANIFESTAÇÕES
• Dor muito aguda
• Deformação
• Impotência funcional
• Podem surgir complicações que levam àparalisia:
- Luxação de uma vértebra
- Luxação da articulação do ombro ou daanca podem lesar os nervos mais importantes
Intervenção nas Lesões Músculo-esqueléticas
COMPLICAÇÕES DAS FRACTURAS E LUXAÇÕES• Lesões Vasculares
- As grandes artérias das extremidades ficamjunto aos ossos, próximo das articulações
- Algumas fracturas podem provocarhemorragias graves
- Uma das consequências, pode ser a perda deum membro por interrupção da irrigação sanguínea
• Lesões dos Nervos (neurológica)
- Os locais mais frequentes são a clavícula,úmero, cotovelo, fémur, joelho e coluna vertebral.
- Os sintomas são: dor, sensação anormal(dormência, anestesia completa) e paralisia
• Infecção
- Nos casos das fracturas abertas, é umacomplicação frequente
• Lesão Visceral
Imagens impressionáveis…
LUXAÇÃO TRAUMÁTICA
Imagens impressionáveis…
FRACTURAS
Imagens impressionáveis…
FRACTURAS
Imagens impressionáveis…
LUXAÇÃO DA RÓTULA
Imagens impressionáveis…
ROTURA DE MUSCULOS E TENDÕES
EntorsesRotura ou distensão dos ligamentos que mantêm unidas as superfíciesarticulares – (após uma torção brusca)
Os tecidos moles da articulação (cápsula articular e/ou ligamentos)
Afecta:
Manifestações:
Dor intensa e Edema no local;
Inflamação da zona afectada;
Impotência Funcional (na rotura), funcionalidade limitada (noestiramento).
Tipos de lesões existentes
Lesões Articulares
Numa de grau 2 existe hematoma e inflamação
Grau das entorses:
Grau III – rotura total do liga
mento
Tipos de lesões existentes
Grau II – rotura parcial do ligamento
Grau I – estiramento do ligamento
Entorses
DISCO INTERVERTEBRAL é uma estrutura de forma ovaladaconstituído de 2 partes: a parte central chamada núcleo pulposo ea parte externa chamada de anel fibroso formado por fibras quetem grande resistência às cargas de torsão, inclinação e
compressão.O disco age como um amortecedor entre as vértebras distribuindoas cargas estando constantemente sobre pressão.
Hérnia Discal
No decorrer da nossa vida, os discos,principalmente os da coluna cervical e lombardesgastam-se podendo romperem-se. Quando serompem surge a hérnia do disco. Estaproximidade pode produzir a compressão denervos, levando ao aparecimento de dor nascostas.
Hérnia Discal
Se houver movimentos bruscos e não estivermospreparados para executá-los (por exemplo tentardefender uma bola difícil num jogo de ténis, pegarnum peso de maneira errada) estas estruturas sãosolicitadas anormalmente podendo causar desdepequenos traumas no disco ou até umaruptura do seu anel fibroso.
Esta protusão comprime o nervo que estápróximo. Na coluna lombar isto aconteceprincipalmente com os discos entre as duasúltimas vértebras lombares, e neste caso o nervocomprimido é o nervo ciático que está próximo.Esta compressão produz a dor ciática.
Tratamento:a maioria dos indivíduos com hérnia discal lombarrecupera-se sem necessidade de cirurgia
• O tecido muscular ou outros órgãos emergem assim peloorifício causando dor e desconforto.
• Na hérnia inguinal, serão as vísceras que se irão alojar noorifício causando posteriormente lesões graves.
Hérnia
Tumefacção muscular (rotura) mas no invólucro conjuntivo queenvolve o músculo (aponevrose). Poderá ser originado por umacontusão violenta ou por microtraumatismos numa região débil.
Basicamente, existem tantas possibilidades de hérnias quantoexistem cavidades fechadas no corpo humano. Abaixo citamosos nomes dos tipos principais, por ordem de ocorrência:
•Hérnia inguinal (virilha)
•Hérnia umbilical (umbigo)
•Hérnia epigástrica (zona estomacal)
•Hérnia crural (coxa)
Hérnia
Hérnia Inguinal - Virilha
Sinais e Sintomas:Aumento de volume da pele bem localizado
e amolecido. Poderá sentir dor quando ergueobjectos pesados, tosse, esforço ao urinar ouevacuar, ou ainda quando ficar muito tempo em pé.A dor pode ser aguda ou ser contínua, piorando aofinal do dia.
Tratamento:Quase a totalidade das hérnias requerem
tratamento cirúrgico.
Meniscos são estruturas fibrocartilaginosas responsáveis pelaabsorção, distribuição das carga, lubrificação, nutrição eestabilização da articulação.
• Sintomas: dor localizada no local,na maior parte dos casos interna.
• Sinais: estalido, edema, dificuldadeem apoiar o pé. Por vezes hematoma.
Lesões do menisco/bordaletes
Clivagem horizontal
Asa de cesto
Asa de cesto
Meniscectomia Artroscópica
Lesões do menisco
• Possuem poucos vasos sanguíneos o quevem dificultar a sua capacidade deregeneração.
• Tem a capacidade de se adaptar àcompressão, deformando-se e retornando àsua forma original.
• Tratamento:
- Gelo durante 2 a 3 dias
- Analgésicos e anti-inflamatórios
- Fisioterapia ou Cirurgia conforme os casos
INCLUI 3 DISFUNÇÕES
1. Isquémia – 85%
2. Hemorragia – 15%
3. Anomalia cerebrovascular congénita
- Causa de 200 000 mortes/ano nos Estados Unidos da América.
DOENÇA CEREBROVASCULAR
DOENÇA CEREBROVASCULAR
• A Isquémia leva ao enfarte - morte das células cerebrais
• Os coágulos sanguíneos provocam isquémia e enfarte de duas formas:
ISQUEMIA CEREBRAL é provocada pelo bloqueio de um vaso sanguíneo ou de uma artéria, o que impede a corrente sanguínea de atingir partes do cérebro.
DOENÇA CEREBROVASCULAR
1. Embolia - coágulo que se forma numa parte qualquer do corpo, que se desprende ou quebra, e se desloca, percorrendo os vasos sanguíneos até ficar preso num ponto mais estreito de uma artéria cerebral. Um AVC provocado por uma embolia tem o nome de AVC embólico.
2. Trombose - formação de um coágulo de sangue (também conhecido como trombo) dentro de um vaso sanguíneo no cérebro, geralmente sobre uma placa de gordura (acumulação de colesterol nas paredes das artérias, conhecido como processo de arteriosclerose). Isto leva à obstrução total ou parcial do vaso. Os locais mais frequentes para estas ocorrências são as artérias carótidas e cerebrais. Um AVC provocado por uma trombose tem o nome de AVC trombótico.
ISQUEMIA CEREBRAL
ISQUEMIA CEREBRAL
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Défice no aporte nutritivo ao sistema nervoso
TRANSITÓRIO PERMANENTE
Placa de Ateroma
Sinais neurológicos reversíveis
Duração normal: 5 a 15 minutos
Duração máxima: < 24 h
Acidente Isquémico Temporário
Trombo ou êmbolo oclusivos
Enfarte e necrose dos tecidos
Sinas neurológicos irreversíveis
Duração > 24 h
Acidente Vascular Cerebral
Isquemia Cerebral
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Hemorragia Cerebral é provocado pela ruptura de um vaso sanguíneo, que leva ao derrame de sangue para dentro do cérebro ou para a área que o rodeia.
DOENÇA CEREBROVASCULAR
A hemorragia pode ocorrer de várias formas, sendo as principais:
- Aneurisma - um ponto fraco ou fino na parede de uma artéria. Com o tempo estes pontos aumentam com a elevada pressão arterial, acabando por rebentar.
- A ruptura de uma parede arterial - As paredes arteriais encrostadas de placas (provocadas pela arteriosclerose) perdem a sua elasticidade, ficam rígidas, finas e sujeitas a quebrarem.
Hemorragia Cerebral
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Sinais e Sintomas neurológicos difundidos:
• Efeito massivo sobre as estruturas adjacentes
• Edema
• Aumento da pressão intracraniana
• Sinais neurológicos focais/generalizados
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Manifestação Atípica:
• Por vezes “silenciosa” para o próprio
• Sem cefaleias
• Sem auto-detecção
• Prognóstico dependente do rápido diagnóstico!
Hemorragia Cerebral
Hemorragia Cerebral
DOENÇA CEREBROVASCULAR
Manifestação Típica:
• Défice motor – marcha
• Cefaleias súbitas e intensas
• Agitação e ansiedade
• Disartria (articulação linguística)
• Coma
• Paralisia Facial
• Incontinência dos esfíncteres
• Capacidades proprioceptivas (Cinestésicas) diminuídas
• Palidez e sudorese acentuadas
ANGINA ESTÁVEL/CLÁSSICA - o suprimento de sangue para umaparte do coração é insuficiente em relação ás suas necessidades.Nesta situação o coração não recebe a quantidade de oxigénio enutrientes necessários para funcionar, o que se traduz emisquemia.
DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA
Sinais e Sintomas:
• Desconforto retro-estrenal e que pode prolongar-se até ao braço
• Aliviada com retorno á calma (5 a 10 minutos)
• Aliviada com administração de nitroglicerina (vasodilatador) sublingual (posologia/administração de 0,5 mg até 3 vezes de 5 em 5 minutos para alívio da dor).
ANGINA INSTÁVEL / ATÍPICA
DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA
• Desconforto isquémico com uma de 2 características:
1. Incidente em repouso ou esforço mínimo
3. Expressão em crescendo
ENFARTE DO MIOCÁRDIO – provocado por umadiminuição mais prolongada do suprimento desangue para o músculo cardíaco.
Enquanto que na angina este suprimento éreduzido temporariamente, no enfarte ocorreuma interrupção total e abrupta do fluxo desangue para o músculo cardíaco. Nestasituação, a dor é mais intensa e dura maistempo.
Como regra geral, a angina não causa danospermanentes ao músculo cardíaco, o enfartesim.
DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA
ENFARTE DO MIOCÁRDIO
DOENÇA CARDÍACA ISQUÉMICA
Outros Sinais e Sintomas associados:
• Necrose miocítica, com sintomatologia isquémica que persiste por mais de 30 minutos.
• Dor típica ou atípica
• Distúrbios gastrointestinais
• Dispneia
• Sudorese
• Ansiedade
• Hipotensão
• Pulso rápido, fraco e irregular.
...e quando Phidippides chegou a Agora gritou: Nenikikamen ! “ Vencemos” , e caiu exausto e morreu!
Grécia, 12 Setembro 490 AC
Morte Súbita
Morte Súbita em Atletas
Incidência:
Atletas 2.1:100.000 / ano
Morte súbita nos atletas ocorre 2.5 X mais frequentemente durante ou imediatamente após o exercicio.
Relação Homem / Mulher = 10 / 1Corrado et al, JACC 2003
Causas de Morte Súbita em Atletas
< 35 anos
> 35 anos
Causas de morte súbita em atletas
MCH (36%)
Origem anómala das art. coron.
Aumento da massa VE (10%)
MC
H
-DAV
D
3% 3% 2%2%
Maron - Circulation 1996N=158; mean age - 17 Y; USA 1985 - 1995
(19%)
- Hereditáriaautossómica dominante
- Prevalência – 1:500 - Causa mais importante de MS em jovens e atletas
durante ou imediatamente após exercício
MiocardiopatiaHipertrófica
• Aumento anormal da voltagem do QRS• Ondas Q profundas• Alterações acentuadas da repolarizacão vent. • Desvio esquerdo do eixo eléctrico • Hipertrofia auricular esquerda
ECG
- 90 a 95% dos casos de MCH tem ECG anormal
SI
V
Displasia arritmogénica do VD
Diagnóstico:• Clínica - Hx familiar
- Palpitações / síncope• ECG - Alterações da Repolarização Ventricular
- SPV / TV com morfologia de BRE • Morfológico - dilatação / disfunção VD
- Aneurismas / dilatação segmentar(Eco - RMN - Angio)
• Histologia - Biópsia / Ex. necrópsico
Origem anómala da artéria coronária esquerda
Origem normal da artéria coronária esquerda
Ao
CSVD
• Síncope • Disritmias ventriculares• QT
Sind. QT longo
Concussão Cardíaca. Traumatismo torácico ocorrendo durante o período vulnerável do ciclo cardíaco desencadeando arritmia maligna.
Avaliação Cardiológica de Desportista
- Que protocolo?
2 - Hx pessoal e familiar + exame físico+ ECG
1 – Hx pessoal e familiar + exame físico
3 - Hx pessoal e familiar + exame físico+ ECG + ECOC ?
AHA, 1996
ESC, 2005
Consensus Statement of the Study Group of Sport Cardiology of the Working Group of CardiacRehabilitation and Exercise Physiology and the Working Group of Myocardial and PericardialDiseases of the European Society of Cardiology
Cardiovascular pre-participation screening of young competitiveathletes for prevention of sudden death: proposal for a commonEuropean protocol
- European Heart Journal (2005) 26, 516–524ESC Report
Lausanne Recommendations - ". . preparticipation cardiovascular screening in sport, including four elements: the
personal history of the athlete, his/her family history, a physical examination and an electrocardiogram”
Desfibrilhação Precoce
DIABETES
• Diabetes é um distúrbio hídrico decorrente da hiperglicémia
• Glicémia em jejum > 126mg/dL = Hiperglicémia
• Inclui 2 grupos:
1. Tipo I – Insulino-dependente (auto-imune)
2. Tipo II – Não insulino-dependente
DIABETES
DIABETES TIPO II – Diagnóstico
Na diabetes tipo II, o que acontece é que as célulasnão respondem ou respondem mal à insulina, diz-se que têm resistência à insulina. Geralmenteexiste uma predisposição genética para essaresistência (por isso é que é mais prováveldesenvolver diabetes se se tiver um ou maisdiabéticos na família). A obesidade é outro factorque facilita o desenvolvimento de resistência àinsulina. Existem em maior número.
DIABETES
DIABETES TIPO I – Diagnóstico
Na diabetes tipo I, o que acontece é uma falta de insulina, deforma que o funcionamento normal da insulina nãoacontece. A causa para a falta de insulina é uma lesão nascélulas do pâncreas que a produzem: as células b dosilhéus de Langerhans. Geralmente essa lesão dá-seporque o sistema imunitário do indivíduo reage contraessas células, destruindo-as.
Condições a considerar:
- Hiperglicémia – Hipoinsulinémia
- Hipoglicémia – Hiperinsulinémia (<50mg/dL)
DIABETES
MONITORIZAÇÃO PARA O EXERCÍCIO
- Monitorização antes, durante (30 em 30 minutos) e 15 min pós-sessão
- Contra-indicação para glicémias > 250mg/dL
- Ingestão de Hidratos de Carbono (glicémia < 100mg/dL)
DIABETES
HIPOGLICÉMIA - Sinais e Sintomas:
- Sensação de fraqueza/fome – tremores
- Palidez acentuada
- Sudorese abundante e fria
- Pulso rápido e cheio (hipertensão)
- Ventilação superficial e deprimida
- Convulsões – Coma
DIABETES
HIPERGLICÉMIA - Sinais e Sintomas:
- Fadiga crescente
- Desidratação
- Ventilação rápida, profunda e irregular
- Pulso rápido e cheio
- Hálito adocicado (cetónico)
- Rubor facial e aspecto congestionado
- Inconsciência - coma
IMAGIOLOGIA
• Existem diferentes modalidades de imagiologia: Raios X, TAC,RMN e Ultra-sons.
• Na actualidade a Ecografia é também um método bastanteimportante, nomeadamente nas ecografias para diagnóstico nasmassas musculares, uma vez que é simples, não invasivo etambém porque se consegue detectar e localizar a grande maioriadas lesões musculares. Muito utilizado no diagnóstico clínico deroturas musculares.
IMAGIOLOGIA
• Simples e eficaz em fracturas, no entanto, é necessário que ofeixe de raios X seja tangencial a uma anomalia para que sejavisível. Em fracturas perto de articulações ou na coluna vertebral,onde a anatomia óssea é complexa, a observação pode ser muitodifícil.
• Tempo de espera: Baixo
• Preço: Baixo
• Utilização em: fracturas vulgares e cominutivas
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL – RAIOS X
IMAGIOLOGIA
• Raios X com radiação mais elevada do que a radiografiaconvencional. Resolução de contraste maior que na radiografiamas a resolução espacial é inferior. É menos relevante emmedicina desportiva.
• Tempo de espera: Moderado
• Preço: Médio
• Utilização em: fracturas cominutivas e debruns.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TAC)
IMAGIOLOGIA
• Ondas sonoras que criam imagens de alta resolução de estruturassuperficiais, nomeadamente tendões e músculos
• Tempo de espera: Baixo-Moderado
• Preço: Baixo
• Utilização em: lesões em tendões (tendinites), bursites,acumulações de líquido nas articulações
ULTRA-SOM
IMAGIOLOGIA
• Criação de imagem através de ondas rádio, magnetismo. Imagensdigitalizadas. Capacidade de ter imagens multiplano, ausência deradiação, contraste superior dos tecidos moles e resoluçãoespacial alargada.
• Tempo de espera: Elevado
• Preço: Muito Elevado
• Utilização em: lesões articulares, lesões nos tecidos molesnomeadamente bursites e roturas de tendões.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Pé de atletaCausa/sintomas:o pé de atleta também é uma infecção fúngica,normalmente concentra-se por debaixo ou entre osdedos. causando borbulhas nas camadas da pele,que podem causar comichão e ser inconfortáveis,tratando-se com pomadas que a pele absorve.
O que é?Pé de atleta é a designação “ comum “ de umconjunto clinicamente diversificado de infecçõesfúngicas que, frequentemente, afectam os pés dosdesportistas. Em termos médicos é a tinea pedis.
Pé de atleta
Como se aquire? O equilíbrio ecológico da áreacutânea correspondente aos pés é, em grandenumero de situações, bastante precário. Asparticularidades morfológicas dos pés, i.e., aexistência de múltiplas pregas interdigitais, acrescidasdas características oclusivas da maioria do calçadodesportivo, geram in situ um microclima especifico,conducente a uma grande vulnerabilidade às infecçõese aos agentes físicos e químicos. Os pés são áreascutâneas constantemente submetidas à acção do calore humidade. Estes dois factores para além deconstituírem o substractum básico para a colonizaçãoe desenvolvimento dos fungos, promovem localmentea maceração e fissuração da pele, o que facilita aacção dos enzimas proteolíticos dos dermatófilos, econsequentemente a sua penetração na camadacórnea. A partir daí, estão reunidas as condiçõesnecessárias para a instalação da infecção fúngica.
Bibliografia•Adickes, M. & Stuart, M. (2004). Youth Football injuries, Sports Medicine, 34 (3), 201-207.•Comité do PHTLS da National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT) em ccoperação como Comité de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões (2004). Atendimento Pré-Hospitalar ao traumatizado – Básico e Avançado. Traduzido do original. Elsevier Editora Lta., Rio de Janeiro.•Flegel, M.J. (1997). Sport first aid. (updated ed.) Human Kinetics Publishers, Inc. USA.•Freiwald, J. (1994). Prevención y rehabilitación en ele deporte. Hispano Europea, Barcelona.•Genety, J.; Brunet-Guedj, E. (1995). Traumatologia del deporte. 3ª Ed., Hispano Europea, Barcelona.•Hinrichs, H-U. (1999). Lesiones deportivas. Hispano Europea, Barcelona.•Horta, L. (2000). Prevenção de lesões no desporto. 2ª Ed., Caminho, Lisboa.•Junge, A. & Dvorak, J. (2004). Soccer Injuies. A review on incidente and prevantion, Sports Medicine, 34 (13), 929-928.•Kulund, D. (1988). The injured athlete. 2th Ed., J.B. Lippincott, Philadelphia.•Lacombe, G. (1996). Os primeiros socorros – Uma resposta vital em situação de emergência. Colecção Medicina e Saúde, Instituto Piaget, Lisboa.•Magnusson, P. et al. (2006). Compêndio de Medicina Desportiva.Ciência e Aspectos Clínicos da Lesão Desportiva e da Actividade Física. Edições Instituto Piaget.•Massada, J.L. (1989). Lesões musculares no desporto. Caminho, Lisboa.•Nunes, L. (1998). Lesões mais comuns no desporto. Dinalivro, Lisboa.•Pereira, F. D. (2001). Manual do Nadador Salvador. FMH/Instituto de Socorros a Náufragos, Lisboa.•Pinheiro, J. P. (1998). Medicina de reabilitação em traumatologia do desporto. Caminho, Lisboa.•Cruz Vermelha Portuguesa – Escola de Socorrismo (2006). Manual de Socorrismo. Editorial do Ministério da Educação, Lisboa.•Woo, S. L-Y. & Buckwalter, J. A. (1991). Injury and repair of the musculoskeletal soft tissues. American Academy of Orthopaedic Surgeons, Illinois.