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MEDIDA ABSOLUTA DE DESEMPENHO DE
CARTEIRAS DE CRÉDITO
RESUMO EXECUTIVO
A FIPECAFI está propondo uma metodologia baseada numa medida absoluta de
desempenho de Carteiras de Crédito.
O objetivo desta metodologia é caracterizar a posição e o desempenho da Carteira de
Crédito com base num único indicador, conforme indicado no gráfico abaixo. A linha
pontilhada, em vermelho, caracteriza o desempenho e a linha contínua, em verde, a
posição em relação à taxa interna esperada.
Esta abordagem tem como produto direto o valor econômico da Carteira e foi
desenvolvida com base numa modelagem transacional de alta granularidade dos
dados, que permite que os principais aspectos que formam e caracterizam o
desempenho de uma carteira de crédito estejam disponíveis numa Interface WEB onde
é possível consultá-los.
A combinação entre metodologia e tecnologia, desenvolvida em conjunto com
parceiros, permite que a necessidade de extração de dados da Instituição seja
substancialmente simplificada e reduzida, fazendo com que a implementação do
projeto seja ágil, num prazo inferior a 30 dias e de baixo custo.
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A FIPECAFI, em conjunto com parceiros de tecnologia, desenvolveu uma abordagem
para viabilizar uma metodologia para avaliar o desempenho de Carteiras de Crédito
com uma medida absoluta.
Esta abordagem é baseada no fluxo de caixa efetivo, que reflete os custos incorridos
com as perdas, que é a base para o cálculo da taxa interna de retorno, a qual
representa uma medida objetiva e inequívoca de desempenho.
O principal requisito desta abordagem é a necessidade de modelar o dado no nível
transacional, ou seja, na granularidade de cada operação. A principal restrição é a
extração destes dados dos sistemas operacionais das instituições financeiras pelo
volume, pelo tempo e os custos envolvidos.
O desenvolvimento de uma Plataforma de Tecnologia equacionou a principal restrição,
a complexidade de extração de dados dos sistemas operacionais e possibilitou que a
implementação do projeto seja com prazos e custos adequados.
A simplificação do processo de extração está baseada na redução substancial da
quantidade e da complexidade dos dados requeridos para alimentar a Plataforma. Os
dados necessários para a aplicação da metodologia serão reduzidos às transações de
concessão e de pagamento (eventos primários, sem nenhuma transformação).
Além disso, a Plataforma tem capacidade de processar grandes volumes de dados, na
casa de bilhões de registros, com utilização de servidores Intel de baixo custo.
Com base nesta nova abordagem, a FIPECAFI está propondo a realização de serviços de
consultoria visando prover informações que poderão subsidiar as decisões estratégicas
e operacionais da Instituição Financeira, cuja metodologia será apresentada em
seguida.
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2. METODOLOGIA DE MEDIDA DIRETA DE DESEMPENHO
2.1. Visão Geral
Em geral, a avaliação de Carteiras de Crédito é realizada com base numa visualização
das safras que originaram as operações. A figura abaixo ilustra esta dinâmica, com 12
safras (de janeiro a dezembro), com corte no mês de dezembro.
Neste exemplo, adotaremos que no corte, a Instituição tinha 120 mil operações ativas
conforma traz o diagrama abaixo.
A avaliação de carteiras com 120 mil operações, como exemplificado, representa um
desafio operacional a ser vencido no processo de avaliação. A extração de dados para a
avaliação representa uma restrição operacional que, em geral, torna o processo lento
e custoso.
Usualmente são utilizadas medidas relativas de desempenho, como por exemplo,
saldo devedor e parcelas em atraso, por safra e em cada PMT. Quando a visualização
ocorre por safra, a medida embora relativa representa um indicador da evolução do
atraso, mas não estabelece nenhuma relação com o valor da Carteira ou um indicador
que caracterize objetivamente seu desempenho.
O gráfico abaixo ilustra uma curva típica de atraso medida para uma determinada
safra.
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Note que neste exemplo, o plano é de 24 meses e a relação entre saldo em atraso e o
saldo devedor no último mês é de 100% pois somente o montante em atraso
representa o referido saldo. O indicador é uma medida relativa e por si só não
caracteriza necessariamente valor ou desempenho. Em muitos casos, a avaliação de
carteiras é realizada no nível agregado sem a distinção de safras o que torna ainda
mais complexa a avaliação.
2.2. Estrutura da Metodologia
Nesta metodologia, a avaliação de carteiras de crédito é realizada por meio de uma
medida absoluta de desempenho, baseado num único indicador: a taxa interna de
retorno. A taxa interna efetiva dará a medida de desempenho e será comparada com
a taxa esperada e esta comparação caracteriza a posição da carteira, conforme ilustra
a figura abaixo, onde foi adotada uma taxa de juros de 4% ao mês.
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Esta abordagem tem como produto direto o valor econômico da Carteira e a avaliação
poderá ser realizada em qualquer corte: cliente individual, carteira, safra, canal,
agregado por produto, etc..
A taxa interna de retorno esperada é a diferença entre a taxa bruta (∑ fluxo das PMTs
de uma safra) e taxa financeira da perda esperada (calculada com base no
comportamento das carteiras no período histórico avaliado).
O comportamento das carteiras é calculado considerando o comportamento de várias
safras e para cada plano médio. O fluxo de caixa esperado, das safras e do plano
escolhido, é comparado com o fluxo efetivo considerando sempre o corte de uma
posição, por exemplo, a 8ª parcela representada no gráfico abaixo.
Neste corte, das parcelas decorridas, é calculada a perda histórica, sendo mesma
sistemática repetida para todas as parcelas, sempre sobre a base decorrida, resultando
em três curvas (no exemplo do gráfico abaixo) que representam o fluxo financeiro da
perda de cada produto e cada mês de concessão.
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Para efeito de estimar a taxa interna esperada descontada da perda histórica, poderia
ser adotada uma das curvas exemplificadas acima ou a média, viabilizando estabelecer
a referência para acompanhamento das Carteiras de Crédito. Se a quantidade de
dados históricos for adequada, estas curvas serão distintas para cada mês de origem
do crédito (sazonalidade).
2.2. Estrutura de Informações da Plataforma de Serviços
A Estrutura de Informações disponíveis na Plataforma de Serviços está contida na
figura abaixo. Os cortes irão depender da necessidade de cada Instituição.
Como já mencionado, a necessidade de extração de dados dos sistemas operacionais
da Instituição Financeira fica reduzida aos dados transacionais de concessão e de
pagamento. A figura abaixo ilustra a diferença nas abordagens usual de mercado e a
adotada pela Fipecafi.
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Como se vê, todas as métricas com regras de negócios serão calculadas pela
Plataforma de Serviços, reduzindo sensivelmente a quantidade de dados extraídos (o
múltiplo estimado é entre 15 a 30 vezes menor), possibilitando que a implantação seja
ágil e com pouca alocação de profissionais da equipe interna da Instituição.
3. PLATAFORMA DE SERVIÇOS
A estrutura da Plataforma de Serviços é composta de três partes: (a) information
warehouse, onde ficam armazenados os dados transacionais de entrada (concessão e
pagamentos) e todas as informações calculadas pelos modelos; (b) modelos onde
foram implementados os módulos que realizam a geração e a gestão das informações;
e (c) interface do usuário, onde as consultas podem ser estruturadas e visualizadas.
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A visualização das informações contidas no “information warehouse” é realizada na
interface do usuário onde serão apresentadas as informações desejadas pelo usuário.
A interface é composta por sete partes, conforme ilustrado na figura abaixo.
Uma área de visualização (central) onde o próprio usuário escolhe uma forma de ver as
informações. Do lado esquerdo, quatro partes: (a) strategic map; (b) dashboard; (c)
application; (d) warehouse, onde o usuário poderá selecionar as dimensões ou tabelas
que serão objeto de consulta. Do lado direito, duas partes: (a) área administrativa; (b)
configurador de consulta, onde qualquer tipo de consulta pode ser parametrizado pelo
próprio usuário.
A interface para o usuário ilustrada na figura acima é a forma com que os serviços
objeto desta proposta serão disponibilizados para a Instituição Financeira. A figura
abaixo traz a tela da Plataforma de Serviços onde estarão disponíveis as informações
sobre o desempenho das Carteiras de Crédito.
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O acesso será pela WEB (conexão HTTPS) e as informações entre o computador do
usuário e o Servidor de Aplicação, que trafegam pela WEB, estarão criptografados.
Somente terão acesso às informações os usuários previamente cadastrados e a
Instituição deverão relacioná-los, estabelecendo o tipo de informação que cada um
poderá acessar.
4. ESCOPO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os serviços propostas podem ser contratados em dois escopos distintos, conforme traz
a figura abaixo.
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A primeira modalidade, Serviço 1, está focada no desempenho e objetiva gerar as
informações para avaliar a Carteira Ativa considerando, para cada safra: fluxo de caixa
efetivo, saldo devedor, atraso e a taxa interna de retorno efetiva. A análise provê
informações nas dimensões agregadas, por produto e por carteira.
A outra modalidade, Serviço 2, está focada em desempenho, posição e valor, além das
informações descritas no parágrafo anterior, estabelece uma referência de perda
considerando o histórico, gerando informações sobre a taxa financeira de perda
esperada. Esta informação permite gerar a curva de taxa de retorno esperada
possibilitando comparar a taxa efetiva com a esperada e avaliar o desempenho da
carteira. Permite também, com base no desempenho e posição, estimar o valor
econômico da carteira, com base numa taxa de desconto.
5. PRAZO DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
O prazo para a execução dos serviços previstos nesta proposta estão estimados em
até 30 (trinta) dias. O prazo vai depender essencialmente da extração de dados
previstos na Etapa 3 e é uma atividade da Instituição Financeira.
Pelo fato da especificação estar restrita a dados primários, sem nenhuma
transformação, o processo seria, em princípio, de baixa complexidade, demandando
um prazo inferior ao estimado.
No processo que envolve os trabalhos para atingir o objetivo proposto, os dados serão
extraídos pela Instituição Financeira e a informações que identifiquem clientes seriam
substituídas por código (troca do CPF por um código seqüencial, por exemplo). Desta
forma, os dados que serão enviados para a Consultoria não terá nenhum dado que
possibilite identificar os clientes.