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Medidas de Proteção Ativa Segurança contra Incêndio em Edificações – Parte 1 Medidas de Proteção Ativa Medidas de Proteção Ativa Instalações Elétricas Prediais : – Iluminação de emergência – Alarme manual (acionadores manuais) – Detecção e alarme automático de incêndio Instalações Hidráulicas Prediais: – Hidrantes e Mangotinhos – Chuveiros Automáticos Extintores portáteis Combustão Tetraedro do Fogo Combustível Comburente(O 2 ) Fonte de Calor Reação em Cadeia Princípios de extinção Abafamento (substituindo o oxigênio por gás inerte ou impedindo o acesso do oxigênio); Resfriamento (resfriando o combustível de modo a inibir a liberação de vapor e gases inflamáveis); Isolamento (removendo ou diluindo o combustível); Quebra de reação (inibindo a reação em cadeia). Princípios de extinção Agentes extintores e princípios de extinção – Água: resfriamento – Pó-químico BC: reação química – Pó-químico ABC: reação química e abafamento – Gás carbônico (CO 2 ): abafamento e resfriamento; – Espuma mecânica: abafamento e resfriamento

Medidas de Proteção Ativa Combustãoftp.feq.ufu.br/Luis_Claudio/Segurança/Aula POS-Mec-2008/SIAR-27-05... · segundo NBR11861) Componentes do Sist.Hidrantes •Abrigo – Aço,

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Medidas de Proteção Ativa Segurança contra Incêndio em Edificações – Parte 1

Medidas de Proteção Ativa

Medidas de Proteção Ativa

• Instalações Elétricas Prediais :– Iluminação de emergência– Alarme manual (acionadores manuais)– Detecção e alarme automático de incêndio

• Instalações Hidráulicas Prediais:– Hidrantes e Mangotinhos– Chuveiros Automáticos

• Extintores portáteis

Combustão

• Tetraedro do Fogo

Combustível

Comburente(O2) Fonte de Calor

Reação em Cadeia

Princípios de extinção

• Abafamento (substituindo o oxigênio por gás inerte ou impedindo o acesso do oxigênio);

• Resfriamento (resfriando o combustível de modo a inibir a liberação de vapor e gases inflamáveis);

• Isolamento (removendo ou diluindo o combustível);

• Quebra de reação (inibindo a reação em cadeia).

Princípios de extinção

• Agentes extintores e princípios de extinção– Água: resfriamento– Pó-químico BC: reação química– Pó-químico ABC: reação química e

abafamento– Gás carbônico (CO2): abafamento e

resfriamento;– Espuma mecânica: abafamento e

resfriamento

2

Classes de Fogo

• Classe A:– Material combustível sólido (papel,

madeira, algodão, etc.)• Classe B:

– Líquidos combustíveis e inflamáveis• Classe C:

– Materiais e equipamentos energizados• Classe D:

– Metais pirofóricos (Mg, Al, Na, K, Li, etc.)

Extintores de incêndio• NBR 12693 – Sistemas de proteção por

extintores de incêndio – Procedimento• Extintores: aparelho de acionamento

manual, constituído de recipiente e acessórios contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio.– Portáteis: com massa total de até 245N (25

kgf).– Sobre rodas: com massa total superior a

245N (25 kgf), montado sobre rodas.

Extintores de incêndio• Objetiva o combate manual

do incêndio em sua fase inicial.– Classes de fogo: A, B, C e D.– Capacidade extintora (poder de

extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado)

– Produto certificado pelo INMETRO

Projeto do sistema -considerações:

• A classe de risco a ser protegida e respectiva área;

• A natureza do fogo a ser extinto;• O agente extintor a ser utilizado;• A capacidade extintora do extintor;• A distância máxima a ser percorrida até

um extintor.

Condições de Projeto

• No mínimo, 50% do total de unidades extintoras para cada risco deve ser constituído por extintores portáteis.

• Classe de Risco (Tarifa Seguro Incêndio do Brasil – TSIB):– Risco pequeno (Classe A de Risco);– Risco médio (Classe B de Risco);– Risco grande (Classe C de Risco).

Seleção do Agente Extintor

Deve ser verificada a compatibilidade do agente extintor com o metal pirofórico

D

OKOKOK--C

OKOKOKOK-B

OK--OKOKA

Pó ABCPó BCCO2Espuma mecânica

Água

Agente extintorClasse de fogo

3

Classificação dos extintores (exemplos)

Capacidade extintora

CargaCapacidade extintora

Carga

20B30B

20 kg50 kg

2B10B

1 a 2 kg4 a 8 kg

Pó químico

5B10B

10 kg25kg

2B2B

4 kg9 kg

CO2

--2A : 20 B9 LEspuma mecânica

10A75 L2A10 LÁgua

Sobre rodasPortáteisAgente extintor

Área protegida e distância a percorrer até o extintor – Fogo Classe A

20m20m20mDistância máxima a percorrer até o extintor

800m2800m2800m2Área máxima protegida por extintor

90 m2135 m2270m2Área máxima protegida por capac. extintora 1 A

4A2A2AMenor unidade extintora

Risco Grande

Risco Médio

Risco Pequeno

Área máxima a ser protegida por extintor – Fogo Classe A

800 m2800 m2800 m240A800 m2800 m2800 m230A800 m2800 m2800 m220A800 m2800 m2800 m210A540 m2800 m2800 m26A360 m2540 m2800 m24A

-405 m2800 m23A-270 m2540 m22A

Risco GrandeRisco MédioRisco PequenoExtintores

Dimensionamento:Fogo Classe A

• Tipo de Ocupação: Edifício de apartamentos (Risco Pequeno) (4 aptos x 60m2 + 20m2 área comum).At = 260m2/pav.– Área de proteção da capacidade extintora 1A =

270m2

– No unidades extintoras: At / 270m2 = 0,96 ~ 1,0– Área máxima protegida por extintor: 540m2

Se distância a percorrer até o extintor < 20m, então: – 01 extintor Classe A com capacidade extintora 2A.

Dimensionamento:Fogo Classe A

• Tipo de Ocupação: Edifício de escritórios (Risco Pequeno) At = 750m2/pavimento– Área de proteção da capacidade extintora 1A =

270m2

– No unidades extintoras: At / 270m2 = 2,77 ~ 3,0 – Área máxima protegida por 1 extintor: 800m2

Se distância a percorrer até o extintor < 20m, então:: – 01 extintor Classe A com capacidade extintora 3A OUSe distância a percorrer até o extintor > 20m, então: – Área máxima protegida por 1 extintor: 540m2

– 02 extintores Classe A com capacidade extintor 2A distribuídos adequadamente, com dist.perc.< 20m.

Área protegida e distância a percorrer até o extintor – Fogo Classe B

1580B

1040BGrande

1540B

1020BMédio

1520B

1010BPequeno

Distância máxima a percorrer (m)

Unidade ExtintoraClasse de Risco

4

Fogos Classe C e D• Classe C, considerar:

– Dimensões do equipamento elétrico;– Configuração do equipamento elétrico;– Efetivo alcance do fluxo do agente extintor;– Soma dos materiais que resultem em fogos classe A

e/ou B.• Classe D:

– baseada no material combustível específico, sua configuração, área a ser protegida, bem como recomendações do fabricante.

– Distância máxima de 20m a percorrer até o extintor.

Localização dos extintores• Extintores portáteis

– Se fixados em paredes e colunas:

• Suporte deve resistir a 3 vezes a massa total do extintor

• Posição da alça de manuseio < 1,60m do piso acabado

• Parte inferior acima de 20cm do piso acabado, sem contato com o piso

– Outras condições:• Visível e de fácil

acesso• Protegido de

intempéries e danos físicos em potencial;

• Não permitir obstrução por pilhas de mercadorias, etc.

• Fácil remoção do suporte

• Não instalar em escadas.

Sinalização de extintores

• Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados para fácil localização.

• Paredes: recomenda-se utilização de indicadores vermelhos com bordas amarelas situados acima dos extintores. Na faixa vermelha da sinalização deve constar, no mínimo, a letra E na cor branca.

Sinalização de extintores

• Colunas: deve aparecer em todo o seu contorno, setas, círculos ou faixas vermelhas com bordas amarelas, situados em nível superior aos extintores e que na parte vermelha da sinalização conste a letra “E” na cor branca, em cada uma de suas faces.

• Em áreas industriais, complementar com sinalização de solo, a fim de evitar que o seu acesso seja obstruído.

Sinalização de extintores

• Em áreas eu dificultem a visualização das marcações de parede e coluna, deve se utilizar também setas direcionais, dando o posicionamento dos extintores, que devem ser instaladas onde forem mais adequadas e visíveis. Recomenda-se que seja utilizada cor vermelha com bordas amarelas.

• As cores devem obedecer ao previsto na norma NBR 7195.

5

Sinalização de piso:

• Área pintada de vermelho de 70x70cm, no mínimo

• Borda amarela com 0,15m de largura

Inserir fotos de extintores corretos e errados da FAU

Simbologia em planta

Idem, sobre rodas

Pó Químico

Idem, sobre rodas

Gás carbônico

Idem, sobre rodas

Espuma mecânica

Idem, sobre rodas

Espuma química

Idem, sobre rodas

Água

Sistemas Fixos de Combate Manual por Água

• Hidrantes e mangotinhos– reservatório d´água– mangueiras e seu

abrigo– esguicho– bombas

6

Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos

• Para utilização pelos próprios ocupantes em situação de emergência, porém, requerem treinamento para operação.

• Proteção de bens materiais e de vidas humanas através do controle do crescimento do incêndio:– Mangotinhos: Riscos leves– Hidrantes: Riscos leves, médios e pesados.

Sistema de Hidrantes• Componentes:

– Reservatório de água elevado e/ou não elevado + bombas

– Tubulação fixa de distribuição– Pontos terminais (válvulas):

• Estrategicamente distribuídos para que a área a ser protegida esteja ao alcance dos jatos d´água, através das mangueiras de, no máximo, 30 metros.

Sistema de Hidrantes

• Componentes:– Mangueiras (normalmente 2 lances de 15

metros cada com 40 mm ou 65 mm de diâmetro)

– Esguicho agulheta ou de neblina/jato compacto

– Chave de mangueira para facilitar manobras das uniões

– Abrigo metálico ou de fibra de vidro

Abrigo de mangueira e hidrante

Válvula angular com controle de vazão com

conexão de engate rápido

Mangueira aduchada com conexões de

engate rápido nas extremidades

Esguicho com conexão de

engate rápido

Acionador manual para bomba de incêndio

Chave de mangueira

Componentes do Sist.Hidrantes

• Reservatório:– Em concreto armado

ou metálico• Elevados• Subterrâneos

• Bombas de Incêndio– Bomba de recalque– Bomba de pressurização

(Jockey) destinada a manter o sistema pressurizado numa faixa pré-estabelecida

– Bomba de reforço, destinada a pressurizarpontos mais desfavoráveis hidraulicamente

– Instalação elétrica independente do restante da edificação

Componentes do Sist.Hidrantes• Rede de

Tubulações:– Aérea: aço preto,

galvanizado ou cobre com conexões rosqueadas, soldadas ou flangeadas

– Subterrânea: aço galvanizado, aço preto protegido, ferro fundido, cimento-amianto e PVC rígido.

– Diâmetro mínimo: 63mm (2 1/2”)

• Válvulas de seccionamento ou bloqueio– Possibilita o

isolamento de trechos da rede (manutenção / acidentes)

– Normalmente, devem permanecer lacradas ou trancadas na posição aberta (fechar somente com autorização)

7

Componentes do Sist.Hidrantes• Válvula de hidrante

– angular de 45o ou 90o, em bronze ou latão;

– Volante com, no mínimo, 100mm de diâmetro;

– Adaptador fêmea para engate rápido tipo Storz de 65mm de diâmetro, em bronzo ou latão

• Mangueiras– 65mm (2 ½”)– 40mm (1 ½”) com

adaptador para redução para válvula de 63mm

– Tubos flexíveis em tecido de fibra natural ou artificial forradas internamente de borracha ou outro similar (especificação segundo NBR11861)

Componentes do Sist.Hidrantes

• Abrigo– Aço, alvenaria ou fibra

de vidro, para proteger mangueiras, acessórios e até válvula de hidrante

– Seco e ventilado– Visível e fácil acesso

• Esguicho– Em latão, cobre,

bronze ou alumínio– Com união de

engate rápido tipo Storz do mesmo diâmetro da mangueira

– Tipo agulheta: jatos compactos/sólidos

– Tipo regulável: jatos compactos ou neblina

Componentes do Sist.Hidrantes• Registro de

recalque– Conexão para o

abastecimento do Sistema de hidrantes do edifício pelo Corpo de Bombeiros

– Localizado na calçada

– Prolongamento da rede de tubulação do sistema de hidrantes até a entrada do edifício

• Alarme sonoro– Alarme acionado

concomitantemente ao funcionamento de qualquer hidrante

– Acionado pelo painel de comando da bomba (subterrâneo) ou chave de fluxo(gravidade).

7) Reservatório de água

5

NOTA:NA - Normalmente AbertaNF - Normalmente Fechada

6

NF

Aba

stec

imen

to d

ore

serv

atór

io

5

7

2

3

NA NA

5) Pontos de hidrantes/mangotinhos

1) Bomba de reforço2) Válvula gaveta3) Válvula retenção4) Chave de fluxo com retardo

6) Registro de recalque

3

4LEGENDA

3 2

NA

NA

Con

sum

o R

ese r

va

gera

lin

cênd

io1

8

Bomba de incêndio

• fonte de energia elétrica por entrada independente das demais instalações e com relógio próprio

Registro de Recalque(Válvula de Incêndio) na calçada

0,15

m

45° DN50 (2") a DN100 (4")

Piso acabadoPiso da rua

Tampa 0,40m x 0,60 m

9

Sistema de Mangotinhos

• Descarrega água em quantidade inferior ao sistema de hidrantes, porém em quantidade adequada ao risco da área onde está instalado.

• Maior facilidade e rapidez de operação • Manuseio possível por apenas uma

pessoa

Sistema de Mangotinhos

• Componentes hidráulicos são essencialmente os mesmos do sistema de hidrantes

• Mangotinhosenrolados, semi-rígidos

• Mangotinhos de 1” (25mm ou 32mm) de diâmetro e 30 metros de comprimento

• Funciona com qualquer comprimento desenrolado

• Esguicho regulável.

Localização dos hidrantes / mangotinhos

• Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5m;

• Em posições centrais das áreas protegidas;• Fora das escadas ou antecâmaras;• De 1,0m a 1,5m do piso;• Qualquer ponto da área a ser protegida deve

ser alcançado pelo jato de água;• Para sistemas com mais de 1 hidrante, no

dimensionamento deve ser considerado o uso simultâneo de dois jatos de água mais desfavoráveis hidraulicamente

Tipos de Sistema e Vazões mínimas do Sist.Hidrantes

90023065Jato compacto ou regulável

3

30023040Jato compacto ou regulável

2

80 ou 100

13025 ou 32Regulável(mangotinho)

1L (m)DN mm)

Vazão (l/min)

Saídas MangueiraEsguicho (DN)Tipo

Dimensionamento do Sist.Hidrantes

• Conforme NBR 13714 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

• Reserva de incêndio: V = Q.t• V: volume de reserva (em litros)• Q: vazão de duas saídas do sistema

adotado(l/min)• t: tempo (60 min para Tipos 1 e 2 e 30 min para

Tipo 3)

Aplicabilidade dos sistemasEdificações com área construída > 750m2 e/ou

altura > 12m (exemplos da Tabela D-1 da NBR 13714)

2Comércio em geral

Comércio

2Centros comerciais

1EscritóriosOutros exemplos

1Hotéis

1Habitações multifamiliares

Residencial

Tipo de SistemaClassificaçãoOcupação / Uso

10

Residencial – Tipo 1

regulávelesguicho

semi-rígidamangueira

abertura rápida

mang. 40 mmTomada de água p/

abrigo

válvula de

Abrigo de mangueiras com:

•1 válvula de hidrante

•2 lances de mangueira de 15 m com conexões

•1 esguicho

•1 chave

Simbologia

• Chuveiros automáticos (Sprinklers) -Sistema hidráulico acionado pelo calor, de atuação localizada

• Sistema de extinção por água nebulizada(watermist)

Sistemas de Combate Automáticopor Água

11

Sistemas de Combate Automáticopor Água

• Objetivo:– Operar com rapidez, de modo a extinguir o

incêndio em seus estágios iniciais ou, pelo menos, controlá-lo, não permitindo que atinja níveis críticos.

• Vantagens:– Sistema com alto grau de confiabilidade de

funcionamento, acionada sem dependência de intervenção humana.

Principais sistemas de combate automático por água

• Tubulação molhada: tubulação fixa permanentemente com água sobre pressão, com chuveiros automáticos nos ramais;

• Tubulação seca: tubulação fixa permanentemente seca, mantida sob pressão de ar comprimido ou nitrogênio, com chuveiros automáticos nos ramais;

• Dilúvio: rede seca com chuveiros abertos, acionada por sistema de detecção automática de incêndio, que controla a entrada de água na rede.

Chuveiros Automáticos

Orifício de entrada

Capa do orifício

Fusível ou bulbo termosensível

Defletor

Tipos de bicos de chuveiros automáticos

Chuveiros Automáticos

• NBR 10.897 – Proteção por chuveiro automático - Procedimento– reservatório d’água– sistema de pressurização d’água (bombas)– válvula de governo e alarme (VGA): válvula

de retenção com uma série de dispositivos destinados a controle, manutenção e testes do sistema

– rede de distribuição

Chuveiros Automáticos

• Redes de distribuição (a partir das VGA):– Subida principal – Subidas ou descidas– Geral– Sub-gerais– Ramais– Bicos

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Distribuição de Bicos de Chuveiros Automáticos

Subida ou descida principal e VGA

Geral

RamalBico

Geral ou Sub-geral

Ramal

Área de cobertura

Ramais

Sub-geral

Geral

Subida

Suprimento de água(Reserva de incêndio)

• O controle do incêndio deveria ser alcançado através da operação de um pequeno número de chuveiros

• Capacidade efetiva dos reservatórios depende do tempo mínimo requerido de duração do funcionamento do sistema de chuveiros automáticos para cada classe de risco de ocupação.

• Risco Leve: engloba quase todas as atividades terciárias. Atividades de produção industrial e de armazenamento são classificadas como de risco ordinário, extraordinário ou pesado.

Suprimento de água(Reserva de incêndio)

90 min6000 L/min350 kPaExtraordinário

60 min4500 L/min250 kPaOrdinário III

60 min2600 L/min110 kPaOrdinário II

60 min1800 L/min110 kPaOrdinário I

30 min1000 L/min110 kPaLeve

Tempo de operação

vazãopressão

Pressões e vazões mínimas na VGA e/ou chave detectora de fluxo d´água

Classificação dos riscos por tipo de ocupação

Área de cobertura dos chuveiros automáticos

Até 15,6 m2Sob estruturas combustíveis e tipo colméia

Até 12 m2De madeira

18,6 a 21 m2Liso ou com nervuras

Leve

Área de cobertura

Tipo de teto/forro

Classificação do risco

Especificação das tubulações:

• Devem atender às especificações de normas técnicas:– Tubulações aéreas:

• Tubos: aço carbono com ou sem costura, aço preto, aço galvanizado, cobre e suas ligas sem costura.

• Conexões: ferro fundido, aço carbono, cobre e bronze. Tubulações enterradas:

– Tubulações enterradas:• Tubos: ferro fundido, aço carbono com ou sem costura, aço

galvanizado, PVC rígido, cimento amianto, poliéster reforçado com fibra de vidro.

• Conexões: ferro fundido ou aço galvanizado.

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Classificação das temperaturas de operação dos chuveiros

preta204/260º C175 / 238º C

Roxa182º C152º C

Azul141º C121º C

Verde93º C74º C

Amarela79º C60º C

Vermelha68º C49º C

Laranja57º C38º C

Cor do líquido da ampola

Temperatura de operação do chuveiro

Temperatura máxima no forro/teto

Chuveiro com elemento termossensível tipo ampola

Posicionamento dos bicos em relação a elementos construtivos

PAREDES:• d1: distância entre bicos• d2: distância entre bicos e

parede• d2 < d1/2

d1 d1d2

d1

Posicionamento dos bicos em relação a elementos construtivos

• ENTRE COLUNAS E BICOS DE CHUVEIROS:– Distância mínima > 0,30m para qualquer classe

de risco.– Distância máxima < 2,30m para classe de risco

leve ou ordinário) e < 1,80m para classe de risco extraordinário e pesado , respeitada a área de cobertura do bico.

dd

Risco leve ou ordinário

0,30m < d < 2,30mBicos de chuveiros

Coluna Teto ou forro

Posicionamento dos bicos em relação a elementos construtivos

(vigas e dutos)

Teto ou Forro

Viga ou Duto

Ramal

Chuveiro

Defletor

D1

D2

D3D4

Posicionamento dos bicos em relação a elementos construtivos

(vigas e dutos)

0,351,66 a 1,80

0,281,51 a 1,650,231,36 a1,500,181,21 a 1,350,151,06 a 1,200,100,91 a 1,050,080,76 a 0,900,050,61 a 0,750,0250,31 a 0,60-Até 0,30D2 (m)D1 (m)

D3•Em teto liso de material

combustível, D3 deve estar entre 0,025 e 0,25m

•Em teto liso de material incombustível, D3 deve estar

entre 0,025 m e 0,30m

•Se D3 > D4, então defletor deve se situar entre 0,025m e 0,10m abaixo da face interior da viga e

não mais do que 0,36m abaixo de tetos combustíveis e 0,41m de

tetos incombustíveis

Posicionamento dos bicos em relação a outros elementos

Distância mínima

vertical: Dv

Distância mínima

horizontal: Dh

Divisória

DefletorDistância mínima

de 0,3m

Largura máxima 1,20m

RamaisForro ou teto

14

Posicionamento dos bicos em relação a outros elementos

0,46Acima de 0,900,390,750,310,600,240,450,200,380,150,300,100,230,080,15

Dv (mm)Dh (mm)

Válvula detectora de fluxo d´água

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Sistemas de Combate Automático-Gases Inertes

• Sistema de extinção por gases (CO2 e outros gases inertes - FM200, Inergen, Argonite, etc. )

• Acionado por detectores de incêndio

• Instalação de Reserva de Gás

• Ambientes de riscos especiais (CPDs, Centrais telefônicas, etc.)

• Não pode ser acionado na presença de pessoas

Iluminação de Emergência Objetivos (NBR 10898)

• Sinalizar as rotas de fuga utilizáveis no momento do abandono do local;

• Permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas;

• Manter a segurança patrimonial pelo pessoal da intervenção;

• Sinalizar o topo do edifício para a aviação comercial.

Tipos de sistemas de iluminação de emergência

• Conjunto de blocos autônomos;• Sistema centralizado com baterias;• Sistema centralizado com grupo motogerador;• Equipamentos portáteis com alimentação

compatível com o tempo de funcionamento;• Sistema de iluminação fixa por elementos

químicos sem geração de calor, atuado a distância;

• Sistemas fluorescentes à base de acumulação de energia de luz ou ativados por energia elétrica externa.

Iluminação de Emergência

•BLOCOS AUTÔNOMOS

•SISTEMAS CENTRALIZADOS:

conjunto lâmpada/luminária alimentado por fonte alternativa central (baterias)

Luminárias

• Para evacuação de público:– Iluminação de ambiente (nível de iluminamento

no piso > 5 lux em locais com desnível e > 3 luxem locais planos) = aclaramento (vide Anexo A da norma NBR 10898)

• Deve permitir o reconhecimento de obstáculos– Iluminação de sinalização ou de balizamento >

30 lm• Para continuidade de atividades (auxiliar):

• Nível de iluminamento > 70% do nível normal• Sistema do tipo “no break” com gerador/outra fonte.

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Luminárias• Resistência ao calor:

– Devem resistir ao ensaio de temperatura a 70oC por 1 hora no mínimo, com a luminária funcionando.

• Ausência de ofuscamento:– Os pontos de luz não podem ser resplandecentes.

• Autonomia:– Superior a 1 hora de funcionamento, com uma perda

menor que 10% de sua luminosidade inicial.– Em casos específicos, o tempo de funcionamento

pode ser prolongado pelos órgãos competentes para cumprir com as exigências específicas de segurança a serem atingidas.

Luminárias

• Proteção quanto à fumaça– Em luminárias fechadas, garantir estanqueidade à

fumaça• Combustibilidade do material

– Materiais componentes não devem propagar chamas nem produzir gases tóxicos

• Proteção mecânica do invólucro– Deve ser resistente ao impacto de água, sem causar

danos mecânicos nem o desprendimento da luminária.

Distribuição da Rede de Alimentação de Emergência

• Tensão de alimentação das luminárias:– Áreas onde seja previsto o combate ao incêndio: não

deve ultrapassar 30 Vcc;– Áreas onde não seja previsto o combate ao incêndio:

pode ser 110/220Vca (escadas de emergência).• Distribuição dos pontos de luz

– Distância máxima de 15m entre pontos, sendo possível visualizar o ponto seguinte

• Condutores e derivações– Passar em eletrodutos com caixas de passagem– Se aparente, tubulação e caixas devem ser metálicas.– Cada circuito não pode alimentar mais de 25 luminárias

Projeto do Sistema deIluminação de Emergência

• Constituído de memoriais e outros documentos, além das plantas do “layout” das instalações

• Prever, em projeto, a perda de funcionamento de uma ou mais luminárias, por interrupção do fio, sem perder o funcionamento de todas as lâmpadas de um circuito troncal ou colapso total do sistema (não são admitidas ligações em série de pontos de luz).

Acionador manual (alarme manual)

• NBR 13848 – Acionador manual para utilização em sistemas de detecção e alarme de incêndio – Especificação– Dispositivo destinado a transmitir a

informação de um princípio de incêndio, quando acionado por uma pessoa.

– Ligado a um painel central de controle– Ligado a uma ou mais sirenes (avisador

sonoro)

Acionador Manual (alarme manual)• Instalação do tipo embutido ou sobrepor

– Embutido: deve existir uma indicação visual sobressalente, colocada em ponto estratégico acima do acionador, a uma altura < 2,5m

– Sobrepor: saliência não deve exceder 40mm em corredores de até 1,2m de largura e 60mm em corredores de até 1,8m.

• Sinais no acionador (dois leds): – Luz vermelha: sinal de confirmação de alarme de

incêndio– Luz verde: sinal de funcionamento do acionador.

• Distância < 30 m entre acionadores e distância a percorrer até alcançar um acionador < 16m.

17

Detecção e Alarme

• Manual – o ser humano;– alarme manual (acionadores manuais e

sirenes).• Automático

– detectores automáticos de incêndio (calor, fumaça, gases ou chamas)

– alarme automático (local e/ou geral) através de uma central de controle monitorada.

Detectores de incêndioNBR 9441

• Calor – temperatura fixa;– termovelocimétrico

• Fumaça– Iônico– Ótico

• Chamas (infravermelho)• Gases (GN, GLP, CO2,

etc)

Detectores de incêndio

• Adequadamente espaçados e localizados nas áreas a serem protegidas (verificar raios de ação)

• Seleção dos detectores mais adequados às características de uso e ocupação das áreas

• Interligados a uma central de detecção e alarme com monitoramento permanente.

Automação de Sistemas Prediais

• Centralização dos Sistemas de Proteção contra Incêndio -Detecção, Alarme e Combate a Incêndio

• Integração com outros sistemas prediais que podem interferir no desenvolvimento do incêndio ou no seu controle

Componentes• Detectores automáticos de incêndio;• Acionadores manuais;• Sirenes, gongos, alarmes audio-visuais;• Indicadores luminosos de abandono;• Quadros sinóticos mostrando locais de alarme;• Sinalização específica para equipes de

intervenção;• Relês de controle que atuam nas instalações

fixas de segurança contra incêndio (fechar portas, ligar ventiladores, controlar elevadores, etc.)

Exigências de instalação - COE• Sistema Básico de

Segurança– Iluminação de emergência– Sinalização de rotas de

saída– Alarme de acionamento

manual– Equipamentos móveis e

semifixos de operação manual para combate a incêndio de acordo com legislação estadual específica

• Sistema Especial de Segurança– Instalação do sistema

básico– Sistema de detecção e

alarme de acionamento automático

– Equipamento fixo de combate a incêndio com acionamento automático ou não.

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Exigências de instalação - COE

Além do dimensionamento adequado da proteção passiva (aspectos construtivos), incluir:

• Sistema Básico de Segurança– Em edificações que necessitem, no mínimo,

de uma escada protegida.• Sistema Especial de Segurança

– Em edificações que necessitem de mais de uma escada protegida.

Iluminação de emergência

Sirene de alarme

Detectores de incêndio

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Elevador de Emergência

• Elevador para uso em emergência deve dispor de:– Dispositivo de manobra manual para uso da

Brigada de Incêndio ou Corpo de bombeiros– Alimentação de energia independente, por

gerador– Estar localizado no interior de uma

antecâmara protegida por paredes e portas corta-fogo, com ventilação por dutos ou pressurização mecânica

– COE: em uso residencial com h>80m e outros usos com h> 60m

Alimentação Alternativa de Emergência

• Fonte de energia alternativa, capaz de acionar os sistemas de proteção ativa quando da ocorrência do incêndio ou queda de energia. Deve ser:– Confiável;– Entrada em ação “instantaneamente” quando da

falha na alimentação principal;• Exemplo: “No breaks”. • Não pode ser um fator de risco.• Obs: Grupo motogerador não é fonte alternativa

para sistema de emergência, pois não entra instantaneamente.

Motogerador a óleo diesel

Usina de geração alternativa de energia elétrica por gás natural

(termoelétrica)Pára-raios

• Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – NBR 5419– Sistema de proteção contra descargas

atmosféricas (SPDA) formado dos subsistemas de:

• Captores: interceptar as descargas atmosféricas• Descida: conduzir a corrente de descarga

atmosférica desde o subsistema de captores para o de aterramento

• Aterramento: conduzir e dispersar a corrente de descarga atmosférica na terra. Pode também estar embutido na estrutura.

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Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (Pára-raios)

• Métodos de proteção por captores:– Ângulo de proteção (método Franklin) e/ou;– Esfera rolante ou fictícia (modelo

eletromagnético) e/ou;– Condutores em malha ou gaiola (método

Faraday).

h

Volumes protegidos

Áreas protegidas

CAPTOR

RRaio da esfera

rolanteαângulo de proteção

Método Franklin Modelo eletrogeométrico

Condutores em Malha ou Gaiola

• Condutores em Malha:– Rede de condutores dispostos no plano horizontal ou

inclinado sobre o volume a proteger. • Gaiola de Faraday

– Rede de condutores envolvendo todos os lados do volume a proteger.

a

b

a: largura da malha

b: comprimento da malha

b < 2a

Plano horizontal do

edifício

Sistema de Pára-raios

• O tipo e posicionamento do SPDA devem ser estudados no estágio de projeto da edificação, para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da própria estrutura. Isto facilita o projeto e a construção de uma instalação integrada, permite melhorar o aspecto estético, aumentar a eficiência do SPDA e minimizar custos.

Critérios para instalação do SPDA

• Locais de grande afluência de público;• Locais que prestam serviços públicos

essenciais;• Áreas com alta densidade de descargas

atmosféricas;• Estruturas isoladas ou com altura > 25m;• Estruturas de valor histórico ou cultural;• Estruturas especiais com riscos inerentes de

explosão (depósito de gases ou líquidos inflamáveis).

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Gaiola de Faraday Gaiola de Faraday

Gaiola de Faraday Segurança contra Incêndio

• Exigências podem variar de acordo com localidade (legislação local, municipal ou estadual)

• Referência básica sempre defensável: normas técnicas brasileiras (ABNT)

• Medidas de segurança contra incêndio:– Prevenção– Proteção Passiva

(incorporadas à construção)

– Proteção Ativa• Exigências variam

de acordo com os riscos inerentes ao tipo de uso e ocupação da edificação