Mediunidade Tudo Que Voce Precisa Saber

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  • 7/29/2019 Mediunidade Tudo Que Voce Precisa Saber

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    MEDIUNIDADE TUDO O QUE VOC PRECISA SABERRICHARD SIMONETTI

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    Algumas pessoas contestam os fenmenos espritas precisamenteporque tais fenmenos lhes parecem estar fora da lei comum e porque nologram achar-lhes qualquer explicao.

    Dai-lhes uma base racional e a dvida desaparecer. A explicao,neste sculo em que ningum se contenta com palavras, constitui, pois,

    poderoso motivo de convico.Da o vermos, todos os dias, pessoas, que nenhum fato testemunharam,

    que no observaram uma mesa agitar-se, ou um mdium escrever, setornarem to convencidas quanto ns, unicamente porque leram ecompreenderam.

    Se houvssemos de somente acreditar no que vemos com os nossosolhos, a bem pouco se reduziriam as nossas convices.

    Allan Kardec, captulo II de O Livro dos Mdiuns, item 17

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    Sumrio

    Antipasto = Pgina 13

    Mdium Homem e Homem Mdium = Pgina 15Influncias Espirituais = Pgina 19Desajustes Espirituais = Pgina 23Influncias Ambientes = Pgina 27Passe Magntico = Pgina 31Passistas = Pgina 35Exotismo = Pgina 39Iniciao = Pgina 43Iniciao Medinica = Pgina 47Por que Participar = Pgina 51Espritos Sofredores = Pgina 55Reunies Privativas = Pgina 59Direo dos Trabalhos = Pgina 63Doutrinaes Simultneas = Pgina 67Horrio = Pgina 71Ceqncia = Pgina 75Vibraes = Pgina 79Ainda as Vibraes = Pgina 83Preparo = Pgina 87

    Animismo = Pgina 91Concentrao = Pgina 95Supostas Doenas = Pgina 99Impedimentos = Pgina 103Psicografia = Pgina 107

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    Vidncia = Pgina 111Incorporao = Pgina 115Dificuldades Iniciais = Pgina 119

    Desistncia = Pgina 123Participantes = Pgina 127Materializao = Pgina 131Receiturio Medinico = Pgina 135Mdiuns Curadores = Pgina 139Natureza das Reunies = Pgina 143Reunies Domsticas = Pgina 147Ambiente Fsico = Pgina 151Dificuldades = Pgina 155Guias = Pgina 159O Grande Exemplo = Pgina 163

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    ANTIPASTO

    Nos servios de atendimento fraterno, no Centro Esprita Amor eCaridade, em Bauru, deparamos, freqentemente, com pessoas envolvidas emsituaes perturbadoras:

    Enxergam vultos estranhos... Ouvem sons de origem desconhecida... Objetos desaparecem e reaparecem, inusitadamente... Males fsicos vm e vo, sem etiologia definida... Idias estranhas e impertinentes instalam-se em sua mente... Sentimentos contraditrios, da euforia depresso, da alegria

    tristeza, do bom nimo ao desalento, alternam-se misteriosamente...

    Desentendimentos injustificveis assaltam seu lar...Descontando alguma dose de imaginao que costuma marcar relatosdessa natureza, podemos considerar a possibilidade de estarmos diante defenmenos medinicos, envolvendo a interferncia dos Espritos.

    Por ignorarem o assunto, afligem-se os consulentes,

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    julgando-se "ruins da cabea" ou a lidar com o "tinhoso". O Espiritismo abenoada luz que clareia os caminhos em relao a essas ocorrncias,oferecendo-nos ampla viso do mundo espiritual, com o conhecimento dos

    mecanismos que regem o contato entre os que vivem l e ns outros, quevivemos c, aprisionados no corpo.

    ***

    O objetivo destas pginas oferecer ao leitor uma iniciao nosdomnios do conhecimento esprita, ajudando-o a lidar com fenmenos dessanatureza. Elementar a necessidade de aprendermos a controla-los, afim de nosermos controlados por eles.

    No nos move a pretenso de um tratado sobre o assunto, mesmoporque falta-nos competncia para isso. Ademais, j o temos, perfeito, nas

    pginas de O Livro dos Mdiuns, indispensvel aos interessados em conheceros mecanismos que regem o intercmbio entre o plano fsico e o espiritual

    Este apenas uma entrada, o "antipasto" dos italianos.Espero lhe parea degustvel, motivando-o ao prato principal, a obra

    monumental de Allan Kardec.Bom proveito e "buono appetito "!

    Bauru, dezembro de 2002

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    MDIUM HOMEM E HOMEM MDIUM

    1 - O que mediunidade?Em sua expresso mais simples, trata-se da sensibilidade influncia do

    mundo espiritual. o "sexto sentido ", que nos coloca em contato com o mundodos Espritos, assim como o tato, o paladar, o olfato, a viso e a audio noscolocam em contato com o mundo dos homens.

    2 - Isso significa que todos somos mdiuns?Todos temos sensibilidade que nos habilita a receber influncias

    espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensveis paraproduzir fenmenos medinicos.

    3 - O que determina essa diferena?Imaginemos algum vestindo compacta armadura que o impea de ver e

    ouvir o que se passa ao seu redor. o que ocorre conosco, quandoreencarnamos. Vestimos denso traje de carne que

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    inibe nossas percepes espirituais. O mdium algum com uma aberturanessa "blindagem".

    4 - Essa abertura de ordem fsica? Est no corpo?A mediunidade uma faculdade espiritual, inerente a todos os Espritos.Quando reencarnamos, fica sujeita s condies do corpo. Neste aspectopodemos dizer que orgnica, porqanto subordinada a uma estrutura fsicaque no iniba o contato mais amplo com o mundo espiritual.

    5 - Tem algo a ver com a hereditariedade?A mediunidade no se subordina gentica. O intermedirio entre os

    dois planos algum que foi preparado para isso no Mundo Espiritual,submetendo-se a estudos e operaes magnticas, bem como a umaadequao do corpo fsico, de forma a ter a sensibilidade necessria.

    6 - E quando os filhos de um mdium experimentam fenmenosmedinicos? No h a um componente gentico?

    Da mesma forma que temos famlias de msicos e de mdicos,podemos ter famlias de mdiuns, no por hereditariedade, mas por afinidade.So Espritos afins. Ligam-se pelos laos da consanginidade para realizardeterminadas tarefas.

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    7 - Como denominar esses dois tipos de sensibilidade maior emenor?

    Podemos definir mdium homem como uma condio inerente ao ser

    humano. Todos sofremos a influncia dos Espritos. E h o homem mdium, oindivduo dotado de uma sensibilidade maior, que o habilita ao intercmbio como Alm.

    8 - No seria mais fcil usar termos diferentes para distinguir um dooutro, o geral, do particular?

    No, porque no so faculdades distintas em essncia. Apenasparticularidades. H pessoas que tm o chamado "ouvido musical";reproduzem qualquer msica, sem estudo; e h as incapazes de dedilhar amais singela cano. Em ambos os casos, so caractersticas de uma mesmafaculdade a audio. Algo semelhante acontece com a mediunidade. Todos

    temos "ouvidos" para o mundo espiritual; alguns "ouvem" melhor, habilitando-se comunicao com os Espritos.

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    INFLUNCIAS ESPIRITUAIS

    1 - Geralmente as pessoas tm dificuldade para manter aestabilidade emocional. Variam muito, da tristeza alegria, da depresso euforia, do bom nimo ao desalento. Nem sempre essas emoes estoassociadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver com mediunidade?

    Sem dvida! Essa ciclotimia, essa diversificao inexplicvel de estadosemocionais, est associada natureza dos Espritos que se aproximam de ns,das influncias que sofremos.

    2 - As almas dos mortos?Sim. Homem desencarnados, libertos da matria, mas presos aos

    interesses humanos. Permanecem entre ns e nos influenciam, motivam e atconduzem. Na questo 459, de O Livro dos Espritos, os mentores espirituaisque respondem a Kardec informam que essa influncia to intensa que, noraro, so eles que nos dirigem.

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    3 - Por que fazem isso? Qual o seu propsito?As motivaes desses Espritos atendem sua prpria condio. H os

    que esto perplexos e querem ajuda; os que se divertem em atazanar os

    encarnados; os que exercem vingana; os que se vinculam aos vcios edesejam intermedirios para satisfazer-se...

    4 - Como distinguir nosso pensamento daquele que inspirado porum desencarnado?

    Em princpio difcil, porqanto o fluxo mental dos Espritos aos quaisnos associamos exprime-se em nossa mente como se fossem nossospensamentos, algo de nosso ntimo.

    5 - Isso significa que tanto pensamentos quanto emoes podemrefletir simplesmente o que se passa com o Esprito que se aproxima?

    Exatamente, mas preciso considerar a questo da sintonia.Geralmente essas entidades guardam compatibilidade com nossa maneira deser, tendncias e idias.

    6 - Segundo esse princpio, seria impossvel, por exemplo, umEsprito induzir ao suicdio algum que jamais cogitasse de tal iniciativa?

    Sim, se o desencarnado consegue incutir na

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    pessoa o desejo de matar-se, certamente ela simptica a essa idia, admite-a e chega a acalent-la.

    7 - Como podemos superar essas influncias negativas,habilitando-nos a receber apenas boas influncias?Na questo 469, de O Livro dos Espritos, Kardec faz essa mesma

    pergunta. O mentor proclama, incisivamente: Praticando o Bem e pondo emDeus a vossa confiana... Temos a precioso roteiro para nos livrarmos deinfluncias negativas.

    8 - Como funciona?A confiana em Deus sustenta o equilbrio das emoes, nas situaes

    difceis, evitando os estados depressivos que nos tornam vulnerveis sinfluncias inferiores; a prtica do Bem nos coloca em sintonia com as fontes

    da Vida, facultando a infalvel proteo dos benfeitores espirituais.

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    DESAJUSTES ESPIRITUAIS

    1 - comum a pessoa com problemas, envolvendo depresso,angstia, doenas crnicas, ser informada no Centro Esprita: "voc mdium". Deve desenvolver sua mediunidade para sarar?

    o que dizem os dirigentes espritas menos avisados. No podemosconfundir desajuste espiritual com mediunidade a desenvolver.

    2 - Mas h casos em que a pessoa vivencia fenmenos espirituais,vendo e sentindo os Espritos...

    Se estiver tensa, doente e nervosa, em face de seus problemasexistenciais, experimentar uma superexcitao psquica que poder lev-la a

    ver e sentir o mundo espiritual. No significa que tenha mediunidade adesenvolver.

    3 - O que deve fazer?Tratar-se espiritualmente, procurando um Centro Esprita bem orientado,

    onde funcione o "atendimento fraterno", e um companheiro esclarecido que aoriente quanto s providncias necessrias em favor de sua estabilidade fsicae psquica.

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    4 - Ao falar em Centro Esprita bem orientado voc quer dizer queh os que no tm boa orientao?

    Infelizmente, sim. Nem sempre os dirigentes preocupam-se com o

    estudo das obras bsicas da Doutrina, particularmente O Livro dos Mdiuns,em se tratando de mediunidade. Fazem um Espiritismo " moda da casa",distanciando-se das normas.

    5 - Como a pessoa vai saber se seus problemas so decorrentes dodesabrochar de uma faculdade medinica ou mero fruto de desajustesespirituais?

    Em princpio no deve se preocupar com isso. Ainda que tenhamediunidade a desenvolver, fundamental que faa o tratamento espiritual esupere seus desajustes. Depois se cogitar dessa possibilidade.

    6 - Mas, se for mdium, como poder ajustar-se sem freqentarreunies medinicas?

    Seu equilbrio no est subordinado a essa participao. Sua presena,em princpio, contraproducente. Se for mdium, ampliar sua sensibilidade,sem saber como control-la. Acentuar os prprios desajustes.

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    7 - No que consiste esse "tratamento espiritual"?Basicamente, seria a aplicao de passes magnticos, o

    encaminhamento de seu nome s reunies medinicas adequadas a essa

    assistncia, o uso da gua fluidificada e a assimilao de orientaodoutrinria, envolvendo reunies pblicas e leitura de livros espritas indicados.

    8 - No raro a pessoa est sob cuidados mdicos. Como fica?Deve ser alertada de que o tratamento espiritual no dispensa o

    concurso do mdico. Psiquismo exacerbado por influncias espirituais oudesajustes medinicos tm repercusso no corpo fsico, originando, no raro,problemas que exigem a ateno de especialistas. O ideal, portanto, serconjugar ambos os tratamentos.

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    INFLUNCIAS AMBIENTES

    1 - difcil encontrar pessoas que guardam perfeita estabilidadeemocional e fsica. Tem algo a ver com a sensibilidade medinica?

    Tem tudo a ver. Vivemos mergulhados num oceano de vibraesmentais, emitidas por Espritos encarnados e desencarnados. Assim comopodemos ser contaminados por vrus e bactrias, tambm sofremoscontaminaes espirituais que geram alteraes em nossos estados de nimo.

    2 - Isso explica por que as pessoas tendem a ficar deprimidas numvelrio e felizes num casamento?

    Sem dvida. O ambiente e as situaes exercem grande influncia.

    Lembro-me da morte de Arton Senna. Provocou imensa comoo popular, atnaqueles que no acompanhavam suas proezas no automobilismo. A emoose expande e pode envolver multides.

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    3 - Explica, tambm, as atrocidades cometidas por soldados, numaguerra?

    A guerra produz lamentveis epidemias de maldade, em face de nossa

    inferioridade. A crueldade tem livre acesso em coraes ainda dominadospelos impulsos instintivos da animalidade. Propaga-se com a rapidez de umrastilho de plvora.

    4 - No lar parece acontecer algo semelhante, quando as pessoasperdem o controle e se agridem com gritos e palavres, descendo noraro agresso fsica...

    Em nenhum outro lugar demonstramos com maior propriedade nossainferioridade. No lar rompe-se o verniz social. As pessoas mostram o que so.Como no h santos na Terra, conturba-se o ambiente, favorecendocontaminaes de agressividade, que envolvem os membros da casa.

    5 - Como evitar isso? preciso desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso

    padro vibratrio, sintonizando numa freqncia que nos coloque acima dasperturbaes do ambiente.

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    6 - Como funciona essa questo da sintonia?Tomemos, por exemplo, as ondas hertzianas, nas transmisses

    radiofnicas. Elas se expandem dentro de freqncia especfica. Para ouvir

    determinada emissora giramos o dial e a sintonizamos. Nossa mente umpoderoso emissor e receptor de vibraes e tendemos a sintonizar commultides que se afinam mentalmente conosco.

    7 - Que providncias devemos tomar para umasintonia saudvel?Consideremos, em princpio, que ela determinada pela natureza de

    nossos pensamentos. Lembrando o velho ditado "dize-me com quem andas ete direi quem s ", podemos afirmar "dize-me a natureza de teus pensamentose te direi que influncias irs assimilar".

    8 - Isso significa que equilbrio e desequilbrio, paz ou inquietao,alegria ou tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem,essencialmente, de ns?

    Exatamente. Embora nossos problemas fsicos e psquicos possam seramplificados por influncias ambientes, a origem deles est em nossa maneirade pensar e agir. Se quisermos o Bem em nossa vida, fundamental quepensemos e realizemos o Bem.

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    PASSE MAGNTICO

    1 - O que o passe magntico, aplicado nos Centros Espritas?Em sua expresso mais simples, uma doao de energia magntica,

    semelhante transfuso sangnea. Se o paciente est anmico, o sanguetransferido para suas veias o revitaliza. Se h problemas com sua Alma,exprimindo-se em angstias e perturbaes, o passe o ajuda a recompor-se.

    2 - Como podemos definir esse magnetismo?Trata-se de uma forma de energia a expandirse dos seres vivos. No

    passe ela controlada e exteriorizada por um ato da vontade. o que faz opassista quando se posta junto ao paciente, guardando o propsito de

    benefici-lo.

    3 - O passista um mdium?No no sentido literal. Ele no entra em transe, no atua como

    intermedirio. Conta, porm, com a indispensvel colaborao de

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    benfeitores espirituais que controlam o servio. Eles emitem um magnetismoespiritual que, associando-se ao magnetismo humano, torna o passe maiseficiente.

    4 - O passe aplica-se apenas aos problemas da Alma?Atende a todos os nossos males, tanto fsicos quanto psquicos. Quando

    a pessoa no consegue lidar com determinadas situaes, pondo-se tensa enervosa, sofre o que chamaramos de "hemorragia magntica". Perdevitalidade, fragilizando-se. Torna-se, ento, vulnervel a influncias espirituaisdeletrias. Revitalizando-a, o passe a ajuda a super-los.

    5 - Qual a condio bsica para que o paciente se beneficie?A f. Isso est bem claro nas lies de Jesus. Ele costumava dispensar

    os beneficirios de suas curas dizendo-lhes: A tua f te salvou. O Mestre no

    premiava a f. Apenas demonstrava que sem ela fica difcil estabelecer aindispensvel sintonia com o passista.

    6 - Qual deve ser a postura do paciente, no momento do passe?Orar com fervor, pedindo a proteo divina. Alm da orao e da f, h

    outro fator importante: o

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    merecimento. Como ensinava Jesus, "a cada um, segundo suas obras". Se ossentimentos que cultivamos naquele momento so importantes, fundamental o Bem que faamos sempre.

    7 - O passe estanca a "hemorragia magntica"?Se o paciente tem uma anemia, decorrente de pequena hemorragia

    interna, a transfuso de sangue ser mero paliativo. preciso atacar esseproblema, com medicamentos ou cirurgia. Algo semelhante ocorre com adesvitalizao magntica. As causas devem ser eliminadas. Caso contrrio, otratamento no ter efeito duradouro.

    8 - Como lidar com isso, tendo em vista os problemas econtrariedades do cotidiano?

    Nossos males no decorrem desses dissabores, inerentes existncia

    humana. A origem est na maneira como lidamos com eles. Se cultivarmos acompreenso, a tolerncia, a pacincia, a caridade e os demais valoresinsistentemente preconizados e exemplificados por Jesus, evitaremosdestemperos verbais e mentais que favorecem os desajustes que nosperturbam.

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    PASSISTAS

    1 - preciso uma condio especial para aplicar o passemagntico?

    Sendo uma emisso de energia magntica, que obedece ao davontade, todos o exercitamos, inconscientemente, em numerosas situaes,independente de condies especiais.

    2-No dia-a-dia?Exatamente. A me que acalenta um filho, o mdico empenhado em

    atender o paciente, o professor que ministra uma aula, a pessoa que cuida deuma planta, identificam-se todos numa atividade comum: exteriorizam

    magnetismo, envolvendo os beneficirios de suas iniciativas.

    3 - E quais os resultados?Se exercem suas atividades com dedicao, amando o que fazem,

    realizam prodgios: a criana se acalma, o paciente melhora, os alunos secomportam melhor, a planta fica mais viosa...

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    4 - Para aplicar o passe no Centro Esprita basta o desejo de servire a boa vontade?

    So fatores importantes, mas, tratando-se de uma atividade

    especializada, o passista dever freqentar um curso preparatrio e submeter-se s disciplinas que lhe so inerentes.

    5 - Os Centros Espritas ministram esses cursos?Devem faz-lo. A boa orientao manda que tenham monitores

    encarregados de preparar as pessoas interessadas em integrar equipes depassistas.

    6 - H vrias tcnicas para a aplicao do passe?Sim, mas demandam estudo mais acurado, uma especializao maior.

    Nas reunies pblicas, no Centro Esprita, onde aplicado o passe,

    suficiente a imposio de mos, conservando o propsito de ajudar com boasvibraes.

    7 - Basicamente quais seriam as disciplinas para o servio?Alm do conhecimento doutrinrio relacionado com o magnetismo, o

    passista deve cultivar existncia saudvel, em dois aspectos: fsico ausnciade vcios, regime alimentar, exerccios, cuidados de higiene, trabalhodisciplinado;

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    espiritual - o cultivo das virtudes evanglicas, estudo, meditao, orao...8- O passista despreparado para o servio, que cultive vcios ou uma

    certa indisciplina mental, pode prejudicar o paciente ao aplicar o passe?

    Seria possvel se estivesse desejando o mal do paciente com vibraesdeletrias. Como a inteno ajudar, se no estiver em boas condies,simplesmente, no ajudar. Seu passe ser incuo, sem aquele potencial deintensidade e pureza que faz a eficincia desse servio.

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    EXOTISMO

    1 - Em alguns Centros Espritas as pessoas levam peas de roupasde familiares para serem magnetizadas. Funciona?

    O resultado no satisfatrio, porqanto tecidos no so bonsreceptores magnticos. E considere-se que a assimilao dos fluidos alidepositados precariamente vai depender do fator sintonia, envolvendo a f dobeneficirio, algo complicado. Geralmente, ele nem mesmo tem conhecimentodo que est sendo feito.

    2 - Nessa mesma linha de raciocnio podemos situar os banhos dedefesa e defumaes, recomendados para afastar Espritos impuros?

    Os banhos de defesa, com a utilizao de ervas e sal grosso, tmpropriedades medicinais. Podem proporcionar algum bem-estar. Asdefumaes perfumam o ambiente e afastam pernilongos.

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    3 - No tm nenhum efeito, espiritualmente? precrio e depende da natureza das entidades que nos perturbam. Se

    de atilada inteligncia, conscientes do que fazem, acharo tudo muito

    engraado, sem nenhuma influncia sobre elas. Por outro lado, h ainda aquesto da f. Se a pessoa acredita que tais prticas lhe fazem bem,espiritualmente, ter reaes favorveis e ficar fortalecida, inibindo a ao dosobsessores.

    4 - E os exorcismos das igrejas ortodoxas? Parece funcionar emalguns casos.

    Se for um Esprito perturbado e infeliz que se aproxima, carente, semnoo do que est acontecendo, podemos afast-lo com prticas ritualsticas,assustando-o. Se estiver consciente do que faz, haver de rir.

    5 - E os amuletos, envolvendo ferradura, correntinhas, p decoelho, pedras, imagens...

    Se o portador acredita piamente, poder neutralizar influncias nocivas,no por mrito do amuleto, mas por mero exerccio de f. Convicto de que estprotegido, mobilizar suas prprias defesas.

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    6 - Sob o ponto de vista esprita, nada disso recomendvel?O esprita chamado a mudar essa maneira de ser. Devemos nos

    libertar de prticas exteriores, ritos e rezas, e tudo mais que envolva

    condicionamentos e dependncia.

    7 - Como enfrentar os problemas existenciais e as influnciasespirituais negativas, sem essas prticas?

    Nossas defesas espirituais devem estar relacionadas com o estudoincessante, a meditao construtiva, o esforo da solidariedade, o trabalho dereforma ntima, o exerccio da orao legtima, a disciplina dos sentimentos. Eisso que melhora o nosso padro vibratrio, tornando invivel qualquerinteno das sombras a nosso respeito.

    8 - Por que essas orientaes nem sempre so observadas pelos

    Centros Espritas? que, no empenho de prestar benefcios em relao sade humana,

    funcionam como hospital, para atendimento de males fsicos e psquicos.Descuidam do ensino doutrinrio, que o mais importante. O Centro Espritadeve ser, acima de tudo, uma escola, onde aprendemos a lidar com osdesafios da vida de forma equilibrada e produtiva valorizar a escola, para queas pessoas no precisem do hospital.

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    INICIAO

    1 - A par dos recursos mobilizados pelo Centro Esprita, em favordas pessoas com problemas fsicos e espirituais, o que mais pode serfeito?

    O mais importante compete ao prprio interessado, no cumprimento dasorientaes recebidas. Destacaramos, por fundamental, o aprendizado daDoutrina Esprita, onde est o roteiro de nosso crescimento espiritual e asuperao dos males que nos afligem.

    2 - Como seria esse aprendizado?Pela freqncia s reunies doutrinrias, a participao em cursos de

    Espiritismo, que todo Centro Esprita bem orientado deve manter e, sobretudo,a leitura e estudo dos livros espritas. O livro , sem dvida, o mais eficienterecurso de aprendizado. Sempre nossa disposio, vai conosco onde oqueiramos levar, pronto a nos atender a qualquer momento e disposto a repetirincansavelmente suas lies, at que as assimilemos.

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    3 - Que livros voc indicaria para um iniciante? preciso levar em considerao a cultura e a familiaridade da pessoa

    com a literatura. Se for algum habituado, com facilidade de concentrao,

    deve ler, inicialmente, O Livro dos Espritos, O Livro dos Mdiuns e OEvangelho Segundo o Espiritismo. Nessas trs obras de Allan Kardec, temos,na mesma ordem, o trplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Cincia eReligio.

    4 - Por que somente essa classe de leitores, que constituemminoria em nosso pas?

    Essas obras bsicas foram escritas em plena Paris do sculo XIX, entoa metrpole mais culta do Mundo, denominada a Cidade Luz. Sua linguagem de difcil entendimento para quem que no tem o hbito salutar da leitura, oque ocorre com a maioria da populao brasileira.

    5 - O Evangelho Segundo o Espiritismo o livro esprita maisvendido. Isso no atesta que bem assimilado?

    , sem dvida, um livro muito vendido, mas, infelizmente, pouco lido.Raros freqentadores de Centros Espritas o apreciam por inteiro. Para muitosdirigentes ele tem propriedades mgicas. Recomendam: "Em qualquerdificuldade abra ao acaso e leia. Os Espritos faro cair num texto

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    adequado. ler e todas as ms influncias sero afastadas". H quem sugiraque os Espritos o faro enxergar textos inexistentes, de acordo com suasnecessidades. Pura magia, incompatvel com a racionalidade preconizada por

    Kardec.

    6 - Devemos substituir os livros da Codificao, ao indicarmos aleitura ao iniciante?

    A Codificao est em primeiro lugar. a base, o fundamento daDoutrina Esprita. Apenas devemos evitar indic-la a quem no tem condiespara entend-la, comeando com uma literatura mais amena.

    7 - Em sua bibliografia h livros para iniciantes?H vrios, dentre eles Uma Razo para Viver, espcie de cartilha para

    as pessoas que buscam orientao e ajuda para seus males. Funciona como

    pequeno curso de Espiritismo, com a abordagem de todos os temas bsicos daDoutrina e orientaes para o leitor, ao final de cada captulo.

    8 - Que outros livros voc recomendaria?A bibliografia esprita extensa. Reitero que a melhor iniciao feita

    pelos livros de Allan Kardec, mas aquele que faz a indicao deve ter o bomsenso de avaliar se o leitor ter condies para apreci-los ou se constituiromero enfeite de biblioteca.

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    INICIAO MEDINICA

    1 - H cursos sobre mediunidade no Centro Esprita?Alguns se estruturam para isso, oferecendo aos freqentadores a

    oportunidade de um aprendizado disciplinado e eficiente. um servio a serinstitudo em todos os Centros Espritas, na medida em que seus dirigentes secompenetrem de sua importncia.

    2 - Qual a vantagem para quem no mdium?Reitero que todos estamos em permanente contato com o mundo

    espiritual. O conhecimento dos mecanismos que regem essa ligao fundamental, em favor de nossa estabilidade. A maior parte dos problemas

    fsicos e psquicos que nos afligem est diretamente relacionada com a aode Espritos perturbados ou perturbadores.

    3 - A ajuda que recebemos no Centro Esprita, quandofreqentamos as reunies doutrinrias e recebemos o passe magntico,no suficiente para neutralizar essa influncia?

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    Se o paciente tem uma ferida, no basta espantar moscas. precisocur-la. Os recursos de ajuda espiritual, no Centro Esprita, afastam Espritosperturbadores, mas eles podem retornar ou viro outros.

    4 - preciso fechar a porta?Exatamente. Significativa, nesse particular, a advertncia de Jesus,

    quando afirma que um Esprito impuro afastado retornar, trazendo outros, eque o estado de sua vtima ficar pior. Portanto, preciso que desenvolvamosnossas prprias defesas. Isso implica em mudana de atitude perante a vida,fruto de disciplinas de estudo e aprendizado a respeito do assunto.

    5 - Como funcionam e qual a durao desses cursos?No h sistemas rgidos. Depende muito das disponibilidades do prprio

    Centro e do preparo de monitores. Seria razovel um curso de dois anos,

    envolvendo, no primeiro ano, a abordagem dos temas bsicos do Espiritismo;no segundo, o estudo da Mediunidade.

    6 - Como fazer se o Centro no mantm cursos de Espiritismo eMediunidade?

    Se a pessoa est se dando bem no Centro, continue a freqent-lo, masno deixe de procurar

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    outro onde, paralelamente, possa fazer o aprendizado. Nem sempre os Centrosvalorizam os cursos, o que um erro. A melhor maneira de aprender emritmo de escolaridade, com monitores, currculo, aulas regulares,

    compromissos de estudo e freqncia.

    7 - H quem reclame que ao iniciar um curso de Espiritismo sentiuque muitos problemas surgiram, particularmente no dia de suaparticipao? Por que isso acontece?

    natural. So as "moscas" que no querem que o ferimento se feche.So os nossos "amigos" que pretendem impedir que desenvolvamos defesasque neutralizem sua influncia. Criam embaraos, procurando nosdesestimular.

    8 - Nossos mentores espirituais no nos protegem?

    Eles no so babs nossa disposio. Sua funo orientar,geralmente pelos condutos da intuio, mostrando-nos os melhores caminhos.No podem caminhar por ns, nem nos carregar no colo. preciso sustentar aassiduidade s reunies e o interesse pelo aprendizado. Se formospersistentes, os "amigos" acabaro por se afastar, desistindo de nosapoquentar.

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    POR QUE PARTICIPAR

    1 - Todo esprita deve participar de reunies medinicas?Sem dvida. o aspecto transcendente do Espiritismo. Foi por

    intermdio delas que Allan Kardec desenvolveu a codificao. A prpriadenominao, Doutrina dos Espritos, sugere o intercmbio com o Alm, afavorecer a sustentao de nosso ideal.

    2 - H quem diga que o tempo do fenmeno passou, que devemoscogitar da disseminao dos princpios espritas e de sua aplicaoprtica no meio social...

    uma idia equivocada e perigosa. O negligenciamento do movimento

    cristo em relao ao intercmbio sustentado por Jesus e pela primitivacomunidade, foi um dos fatores que precipitaram os desvios do Cristianismo.

    3 - E se a pessoa no tem mediunidade a desenvolver?Uma reunio medinica no feita apenas de

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    mdiuns. H o dirigente, os que colaboram na doutrinao, os passistas e,sobretudo, os suportes, companheiros que ajudam a dar sustentao psquicaaos trabalhos com sua ateno e boa vontade.

    4 - Alm de cultivar o aspecto transcendente do Espiritismo, halgum benefcio?

    Sim, a comear pela assistncia espiritual que recebemos. Durante seutranscurso, os benfeitores espirituais podem nos ajudar de forma mais efetiva,com aplicaes magnticas, orientaes e afastamento de entidades queporventura nos perturbem, vulgarmente chamadas de "encosto".

    5 - Algo mais?A oportunidade abenoada de cumprir a orientao bsica da Doutrina

    Esprita - praticar a caridade. H multides de Espritos atormentados e

    inconscientes de sua situao, que podem ser ajudados. Para eles, uma luz nocaminho; para os participantes, o corao iluminado.

    6 - H alguma repercusso em nossa vida?Sem dvida! Temos neles um espelho, a nos mostrar qual ser o nosso

    futuro, se no cultivarmos os valores do Bem e da Verdade.

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    como se nos advertissem: "Cuidado! Somos o que voc ser amanh, se notomar jeito!"

    7 -E se a pessoa no aprecia as reunies medinicas?Nem sempre fazemos o que gostamos, mas, em nosso benefcio,devemos aprender a gostar do que fazemos, principalmente quando somosconvocados a uma atividade to produtiva e edificante quanto o intercmbiocom o Alm.

    8 - O que fazer em favor dessa postura?O conhecimento fundamental. Se estudarmos a Doutrina,

    particularmente os princpios da prtica medinica, conscientizando-nos dosbenefcios que prestaremos e colheremos, tenderemos a exercitar a boavontade, a base de uma participao agradvel e eficiente. Por isso

    importante que tenhamos cursos de mediunidade, orientando as pessoas arespeito do assunto.

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    ESPRITOS SOFREDORES

    1 - O que significa a expresso "Esprito sofredor"?E algum preso s impresses e angstias da vida fsica. Sente-se

    perplexo e aflito, no raro inconsciente de sua situao, a vagar sem rumo.

    2 - Qual a utilidade de sua manifestao?Esses Espritos situam-se como sonmbulos, alienados da realidade

    espiritual. Em contato com as energias do ambiente e do mdium,experimentam uma revitalizao e um despertar, habilitando-se a dialogar como doutrinador.

    3 - Porque "doutrinador"?Na verdade, esse termo inadequado, j que, em face de suaperturbao mental, a entidade no tem condies para receber informaesdoutrinrias. Entretanto, est consagrado pelo uso. O doutrinador algum queconversa com os Espritos manifestantes. Pode ser o dirigente da reunio ouum dos participantes, devidamente treinado.

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    4 - E o que faz o doutrinador?A principal providncia tirar o Esprito do trauma, relacionado com a

    chamada "passagem". Se desencarnou num acidente, por exemplo, conserva

    as impresses do momento da morte, sofre como quem vivnciaindefinidamente um tormento. Falando firme, com carinhosa insistncia,procurar demonstrar-lhe que no est mais naquela situao. Encontra-senum pronto-socorro, foi medicado e est em recuperao.

    5 - E o informar de que morreu? o erro cometido por muitos doutrinadores. Chegam a recomendar ao

    Esprito: "Suba, irmo! Voc no pertence mais ao mundo dos vivos!" Subirpara onde? Expresso equivocada! O plano espiritual uma projeo do planofsico, uma dimenso que interpenetra a nossa. E dizer-lhe que morreu poderdeix-lo em situao pior. O susto ser grande.

    6 - Quando o Esprito ser informado?No livro E a Vida Continua, psicografado por Francisco Cndido Xavier,

    Andr Luiz explica que devemos deixar o prprio Esprito perceber. Eledescreve um hospital, onde pacientes esto internados h meses, semconhecimento de que desencarnaram. Isso no significa que nunca devamosinform-lo, mas que o faamos em

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    carter de exceo, quando sentirmos que est "maduro" para encarar arealidade espiritual.

    7 - Esse trabalho de assistncia no pode ser feito pelos mentoresespirituais, com maior eficincia?Sim, desde que haja condies favorveis. Ocorre que, quando o

    desencarnado se encontra em perturbao, na fase de adaptao vidaespiritual, no tem condies para perceber a presena dos mentores. Da autilidade da manifestao no Centro Esprita.

    8 - Considerando a quantidade de pessoas que morrem,diariamente, no Mundo, os grupos medinicos provavelmente noatendem nem a um por cento desse contingente. Como ficam os demais?

    Se algum sofre uma queimadura e no h hospital para o tratamento

    adequado, o mdico o atender no consultrio, precariamente. O mesmoocorre com os desencarnados, quando alienados da realidade espiritual. Seno h equipes medinicas especializadas, nem por isso deixam de sersocorridos pelos mentores, mas sem o magnetismo humano de que carecem.Por isso, grupos bem estruturados so postos avanados de assistncia.Atendem uma minoria, hoje; atendero multides, amanh, medida que seampliem esses servios.

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    REUNIES PRIVATIVAS

    1 - Por que alguns Centros Espritas no realizam reuniesmedinicas pblicas?

    Mais correto perguntar por que muitos as realizam. Pela sua prprianatureza, envolvendo a necessidade de harmonizao do ambiente, asreunies medinicas devem ser privativas.

    2 - O que essa harmonizao do ambiente?Uma identidade de pensamentos em torno dos objetivos da reunio,

    buscando a comunho com a espiritualidade. Isso exige familiaridade com oassunto, o que no se pode esperar de um participante eventual que

    comparea reunio sem nenhuma noo sobre o intercmbio.

    3 - O que acontece se no h essa harmonizao?O mdium ter dificuldade para captar o pensamento do Esprito

    comunicante; este ter dificuldade para exprimir-se. Possveis benefcios aentidades sofredoras ficam prejudicados. E h, ainda, um problema: pessoascom desajustes

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    espirituais podem produzir manifestaes anmicas (de sua prpria alma) ou deEspritos em desequilbrio, tumultuando o ambiente.

    4 - No se poderia conscientizar os freqentadores quanto seriedade do assunto?Uma reunio pblica pode envolver dezenas de participantes, o que, em

    si, j um entrave harmonizao. O outro problema o ambienteheterogneo. Nefitos, sem nenhum conhecimento sobre o intercmbio,tendem a estranhar as manifestaes. No raro acham tudo ridculo eatrapalham ao invs de colaborar.

    5 - Como encarar os Centros Espritas que desenvolvem asreunies medinicas pblicas, alegando que so eficientes e ajudammuitas pessoas?

    Talvez isso acontea, eventualmente. No obstante, devemos cogitar dedois princpios, em se tratando de Espiritismo. Primeiro, o cumprimento dasorientaes de Allan Kardec. Em O Livro dos Mdiuns ele deixa bem claro quea pessoa deve se preparar para a reunio medinica, familiarizando-se com osfenmenos. Isso envolve tempo e dedicao ao estudo. O segundo oempenho por otimizar a reunio.

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    6 - O que otimizar?Como o prprio termo sugere, seria tornar timo, fazer alcanar

    plenamente as finalidades. Uma reunio medinica pblica pode estar

    beneficiando pessoas, mas com um potencial, digamos, de quarenta por cento.Otimizar seria aproximar-se dos cem por cento. Isso somente ser possveltornando-a privativa e reduzindo o nmero de participantes. Pessoalconsciente, esclarecido, afinado com os objetivos do intercmbio.

    7 - Os Centros Espritas que realizam reunies medinicaspblicas alegam que se as suprimirem perdero freqentadores, j que aspessoas querem mesmo o contato com os Espritos.

    Se o Centro criar um servio de atendimento fraterno, com entrevistas,encaminhamento ao passe magntico, trabalho de vibraes, orientao paraleitura, cursos de Espiritismo e mediunidade, fatalmente a freqncia tender a

    aumentar, no a diminuir. A experincia demonstra isso.

    8 - H mdiuns de bom potencial que esto habituados a essaprtica. Considerando seus mritos, no seria complicado impor-lhesmudanas?

    Sem dvida, e preciso cuidado. Mas

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    possvel amenizar o problema com uma reciclagem, envolvendo cursos eseminrios, em que se enfatize a importncia dessa disciplina. Sempre maisfcil a renovao quando as pessoas so esclarecidas e preparadas.

    Resumindo: mudemos a cabea das pessoas antes de mudar o servio querealizam.

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    DIREO DOS TRABALHOS

    1 -Em alguns grupos, quando o dirigente falta no h reunio.Como pode ser contornado esse problema?

    As reunies medinicas no podem sofrer soluo de continuidade. Emqualquer atividade, inconcebvel suspender o servio em face da ausncia dotitular.

    2 - E se o dirigente alega que no h ningum em condies desubstitu-lo?

    Passa atestado de incompetncia. Uma de suas funes treinarcompanheiros para suprir suas eventuais ausncias, preparando-os para a

    direo dos trabalhos e o dilogo com os Espritos.

    3 - Mais de um?Pelo menos dois ou trs, a fim de que remota seja a possibilidade de

    suspender-se a reunio, o que frustraria a ao dos mentores espirituais emrelao s atividades que programam.

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    4 - No seria conveniente um curso para dirigentes de reuniesmedinicas?

    Sem dvida. Consideremos, entretanto, que a melhor maneira de

    aprender a dirigir a reunio dirigindo; tanto quanto a melhor maneira deaprender a conversar com os Espritos conversando. O aspecto prtico, aqui, mais eficiente do que o terico.

    5 - Voc costuma treinar dirigentes?Nos grupos que monitoro sempre elejo trs ou quatro companheiros

    para esse servio, treinando-os em sistema de rodzio, a comear peladoutrinao.

    6 - Alm da prtica e do estudo, o que faz o bom doutrinador?A empatia, a capacidade de sentir o problema do Esprito, captar a sua

    confiana e atend-lo nas suas necessidades. E, tambm, essencialmente,gostar do que faz, sentindo a importncia desse servio.

    7 - Quando um doutrinador inexperiente substitui o titular, no corre orisco de no conseguir lidar com determinados Espritos, que exigem maior

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    desenvoltura, como um ardiloso obsessar, por exemplo?Dificilmente, porqanto os mentores espirituais costumam trazer

    reunio Espritos compatveis com a capacidade do doutrinador. Se

    inexperiente, tender a lidar apenas com sofredores do Alm, que necessitammuito mais de carinho e ateno.

    8 - Mdiuns podem dirigir reunies medinicas?Sim, desde que no exercitem as duas funes numa mesma reunio.

    Ou trabalham como mdiuns ou como dirigentes. Considere-se, entretanto, queo mdium sempre encontrar alguma dificuldade para exercitar a direo,porqanto no conseguir evitar certo envolvimento medinico, o quecomprometer sua eficincia.

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    DOUTRINAES SIMULTNEAS

    1 - O que dizer dos grupos que fazem doutrinaes simultneas, lidandocom dois ou mais Espritos?

    Considerando a harmonizao vibratria que deve presidir o intercmbiocom o Alm, parecem inconveniente. Como ficam os suportes, oscompanheiros que do sustentao fludica, em relao ateno? comoestar numa sala tentando acompanhar a conversa de dois ou trs grupos.Ficaremos perdidos.

    2 - Alega-se que h a possibilidade de atender mais Espritos,dando maiores oportunidades aos mdiuns...

    Se h vrios mdiuns e, necessariamente, vrios doutrinadores para adoutrinao simultnea, que se divida o grupo em dois ou trs, trabalhandoseparadamente. Haver um aproveitamento melhor.

    3 - E se o motivo o espao disponvel? Se o Centro tem apenasuma sala para a reunio?

    Difcil encontrar uma situao dessa natureza.

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    Geralmente h outras salas que podem ser aproveitadas. No obstante, se oproblema esse, que se faa a diviso, aproveitando a sala em outro horrioou em outro dia.

    4 - Consideremos, hipoteticamente, que h apenas uma sala noCentro e que os participantes s possam comparecer em determinado diae horrio...

    uma possibilidade remota. Se ocorrer, que se faa a doutrinaosimultnea, considerando-se, todavia, que haver menor eficincia no trabalho,em face das dificuldades apontadas.

    5 - Se o grupo pequeno, com dois ou trs mdiuns, no seriaproveitoso o trabalho simultneo para que mais Espritos sejambeneficiados?

    razovel que o mdium transmita duas ou, no mximo, trsmanifestaes, atendendo-se a cada Esprito isoladamente. Isso pode ser feitono espao destinado prtica medinica, sem nenhum problema quanto aohorrio.

    6 - E se no h companheiros em condies de dirigir os gruposque se formarem com a providncia sugerida?

    A dificuldade principal, na direo do

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    trabalho medinico, o trato com os Espritos. Se o participante j faz isso, emgrupos de manifestaes simultneas, poder perfeitamente ser treinado paraassumir essa responsabilidade.

    7 - E quando h uma relao entre os Espritos que se manifestam?Chegam at a dialogar entre si.

    A diferente. No h diviso do grupo. Todos acompanham o dilogo,envolvendo tambm o doutrinador, em perfeita harmonia.

    8 - H alguma observao de Kardec a respeito do assunto?Desconheo, mas creio que est implcita uma orientao a respeito

    quando o Codificador diz, no captulo XXIX, item 341, de O Livro dos Mdiuns,que deve haver um "recolhimento e silncio respeitosos, durante asconfabulaes com os Espritos". Fica meio complicado esse recolhimento se

    h vrios Espritos encarnados e desencarnados a dialogarem.

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    HORRIO

    1 - Costuma-se dizer que reunio medinica tem horrio paracomear mas no para acabar. assim mesmo?

    um aforismo equivocado que complica o trabalho. Como tudo o que sepretende fazer com eficincia e proveito, preciso ter regras na reuniomedinica. Uma delas a fixao do horrio para comear e para terminar.

    2 - No so os mentores espirituais que determinam oencerramento, atendendo as necessidades das entidades que secomunicam?

    Esclarecido e experiente, o mentor espiritual tambm observa normas.

    Obviamente, em algumas circunstncias o horrio poder ser ligeiramenteextrapolado, mas nada significativo, passvel de comprometer a disciplina.

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    3 - E se o prprio mentor espiritual estende a reuniorotineiramente, enfatizando a necessidade de ajudar as entidadessofredoras?

    Teremos que colocar em dvida o aceito de tal medida, ponderandoquanto aos seus inconvenientes. Caberia at uma avaliao do prprio mentor.Melhor que ningum, ele deve saber que h uma disciplina a ser observada.

    4 - Qual a durao ideal da reunio medinica?A experincia demonstra que deve ficar entre uma hora e meia a uma

    hora e quarenta e cinco minutos. No mximo duas horas. Ultrapassado esselimite, raros participantes conservaro a concentrao, fundamental ao bomaproveitamento dos trabalhos. Por outro lado, nada impede que a reunio sejareduzida a pouco mais de uma hora, o que geralmente acontece com osgrupos iniciantes.

    5 - Se estiverem presentes cinco mdiuns ou mais, no ser naturalque se extrapole o horrio, para que todos possam cumprir sua tarefa?

    A quantidade de manifestaes deve obedecer ao tempo disponvel. Seh vrios mdiuns, que cada qual transmita apenas uma manifestao. Se hmuitos, que se divida o grupo em dois.

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    6 - E se o mdium continua a sentir a necessidade de transmitirmanifestaes, mesmo depois de cumprida sua quota ou esgotado ohorrio?

    Compete aos mentores espirituais o controle para que isso s aconteaem carter de exceo, quando haja necessidade premente. Se ocorre comfreqncia, h algum problema com o mdium. Deve ser orientado.

    7 - s vezes a reunio se estende porque o dirigente fica esperandoa manifestao de um mentor. razovel?

    No. Nem sempre h mdiuns em condies de receb-los. Nemsempre eles julgam oportuno. Sero sempre bem recebidas suasmanifestaes, mas sem criar condicionamentos nesse sentido, situando-aspor indispensveis.

    8 - H quem considere necessria a manifestao dos mentores detodos os mdiuns, para uma "limpeza psquica", aps o contato comEspritos perturbados e perturbadores...

    Outra orientao equivocada. elementar, no treinamento, o mdiumaprender a captar o pensamento das Entidades sem absorver suas vibraesdesajustadas.

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    SEQNCIA

    1 - Qual seria a seqncia ideal para a reunio medinica?Depende do tipo de reunio. A mais comum, de desenvolvimento, pode

    ser dividida em duas partes: a terica e a prtica. Primeiro o estudo, depois asmanifestaes.

    2 - Os participantes devem estudar sempre?Sem dvida. Sem estudo difcil sustentar a conscincia de

    responsabilidade e desenvolver o potencial do grupo.

    3 - Que tipo de estudo?

    Dois livros podem ser adotados. Um sobre mediunidade; outro decontedo evanglico. O primeiro para o aperfeioamento das tcnicas deintercmbio; o segundo para o aprimoramento moral.

    4 - O estudo ser feito pelo dirigente da reunio?Todos devem participar, em sistema de

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    rodzio para a leitura e o comentrio inicial. Complementa-se com a troca deidias entre os presentes. Quanto ao Evangelho, pode-se fazer a leitura deuma obra selecionada, com ligeiros comentrios pelo dirigente.

    5 - Qual seria a durao da primeira parte?Perto de trinta minutos um tempo razovel.

    6 - E a segunda?Perto de uma hora. Entre a parte terica e a prtica, o trabalho de

    vibraes, que todo grupo medinico deve adotar. E ao final, aps a prece, apermuta de impresses sobre os trabalhos, sob orientao do dirigente,totalizando, como j comentamos, perto de uma hora e quarenta e cincominutos.

    7 - O tempo despendido com o estudo inicial e a troca deimpresses, ao final, no seria melhor aproveitado na prtica medinica,a fim de que mais Espritos sejam beneficiados?

    No devemos nos preocupar com a quantidade de Espritos querecebero ajuda e, sim, com a qualidade dos benefcios que prestaremos. Paratanto so fundamentais o estudo e a avaliao.

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    8 - E quanto participao dos mdiuns?Depende da disponibilidade. Se temos trs mdiuns, razovel duas

    manifestaes para cada um deles. Se temos dois, que estejam disponveis

    trs vezes, o mesmo acontecendo se for apenas um mdium. Em regra geral,nenhum mdium deve exceder, salvo em circunstncias excepcionais, trsmanifestaes.

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    VIBRAES

    1 - O que o trabalho de vibraes, na reunio medinica?Em sua expresso mais simples, trata-se de um passe distncia. Os

    participantes concentram-se no nome da pessoa, atendendo ao propsito defavorec-la com pensamentos de sade e paz. Forma-se um foco vibratrio,autntico banho de luz em favor do beneficirio. Os resultados so notveis.

    2 - Como a rotina?O dirigente ou algum indicado l, pausadamente, o nome, o endereo e

    a idade dos beneficirios, detendo-se perto de meio minuto em cada registro,enquanto o grupo faz a mentalizao vibratria. Podem os participantes

    imaginar-se junto pessoa, aplicando-lhe um passe, a dizer-lhe boas palavras,a desejar a melhoria de suas condies e soluo de seus problemas ou,simplesmente, orar em seu benefcio.

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    3 - Por que o endereo e a idade?Funcionam como ponto de referncia. Tendo idia sobre a localizao e

    a idade do beneficirio, os participantes tm maior facilidade para concentrar-

    se, direcionando as vibraes. Considere-se, ainda, que os mentoresespirituais tambm se mobilizam para dar seqncia ao atendimento. Comono so mgicos, convm que facilitemos sua tarefa, registrando aquelesdados.

    4 - Quem f az as anotaes?No Centro Esprita "Amor e Caridade", em Bauru, as pessoas

    interessadas preenchem uma papeleta que fornecida na secretaria. Osmembros do grupo tambm podem indicar beneficirios.

    5 - A pessoa que vai receber o benefcio deve ficar concentrada no

    momento das vibraes?Seria o ideal. Que esteja entregue a uma leitura edificante ou meditao,

    pondo-se a orar no horrio estabelecido. Isso favorecer a assimilao dosrecursos que sero carreados em seu benefcio. Essa informao deve serpassada aos interessados.

    6 - preciso ter f?Sem dvida. Ela estabelece a necessria

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    sintonia entre o foco vibratrio e o paciente. preciso considerar, tambm, ofator merecimento, to importante quanto a f. A pessoa pode at no acreditarem Deus, mas se tem uma vida honrada e digna, empenhada no Bem,

    apresentar excelente receptividade. Padro vibratrio elevado e sintonia soestabelecidos muito mais pelo amor que pelo fervor.

    7 - E se a pessoa no tem conhecimento da mobilizao dessesrecursos em seu benefcio?

    O resultado ser menos satisfatrio. No obstante, quando se trate deproblemas gerados por Esprito obsessor, instalado em seu lar, poderemosatra-lo reunio medinica, com a colaborao de mentores espirituais.

    8 - Vir a manifestar-se?Tenho observado que isso ocorre com freqncia. a chance de se

    conversar com ele, procurando modificar suas disposies. No raro apenasalgum em dificuldade para adaptar-se vida espiritual, fixado nos familiares,que perturba inconscientemente.

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    AINDA AS VIBRAES

    1 - Alguns Centros Espritas organizam trabalhos especiais, s devibraes. Seria o ideal?

    Entendo que se trata de um servio to importante que deveria estarpresente em reunies de desenvolvimento medinico, de desobsesso, deassistncia espiritual, de cura... Todos podem e devem participar dessaatividade. gratificante para os que a exercem e altamente produtiva para osbeneficirios.

    2 - No obstante, no seria oportuno ter grupos especializados?Tudo o que faamos para ajudar pessoas importante. Consideremos,

    entretanto, que difcil sustentar o esforo vibratrio por tempo longo, umahora, por exemplo. O ideal seria distribuir as solicitaes por vrios grupos,estendendo-se esse servio por cinco a dez minutos.

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    3 - Em que parte da reunio medinica so feitas as vibraes?A experincia tem demonstrado que o ideal logo aps os estudos,

    antes da parte prtica. O grupo est bem "aceso", atento, com plena

    capacidade vibratria, fundamental para o sucesso do trabalho.

    4 - Alguns grupos deixam para fazer a vibrao no final dareunio...

    No me parece recomendvel. Quando se encerra a prtica medinica,os participantes, que passaram perto de hora e meia atentos, tero dificuldadepara exercitar a concentrao mais intensa exigida por esse servio, que no um simples "prestar ateno". Alm disso, perde-se a oportunidade de atrairpara a reunio Espritos que esto perturbando pessoas cujos nomes foramincludos dentre os beneficirios.

    5 - As vibraes devem ser repetidas vrias vezes?Depende da disponibilidade. Se h a incluso de poucos nomes, pode-

    se faz-lo. Normalmente uma vibrao suficiente, mesmo porque a partir delamobilizam-se benfeitores espirituais que passam a cuidar do caso.

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    6 - Podemos vibrar por Espritos desencarnados?Sem dvida, com timos resultados. Eles so mais sensveis. Mesmo o

    suicida, que se situa no plano espiritual em penoso destrambelho perispiritual,

    experimenta verdadeiro refrigrio em seus tormentos.

    7 - No seria interessante anotar, tambm, a natureza do mal queaflige os beneficirios, de forma a direcionar melhor as vibraes dogrupo?

    No recomendvel, porqanto devemos preservar a privacidade daspessoas, principalmente quando a solicitao envolve problemas decomportamento. H tambm a possibilidade de gerar condicionamentos. Omdium pode envolver-se com o problema e favorecer o animismo, emeventual manifestao.

    8 - possvel o exerccio das vibraes isoladamente, fora dareunio medinica?

    Sim e o fazemos freqentemente, ainda que no tomemos conscincia.Sempre que oramos por algum, estamos transmitindo vibraes salutares, emconjuno com bnos que se derramam do Cu em seu benefcio.

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    PREPARO

    1 - Por que se enfatiza a necessidade de estarmos bem fsica epsiquicamente para participar das reunies?

    E que a produtividade e a eficincia de um trabalho medinicodependem da sustentao fludica, formada pelas vibraes dos presentes.Para que haja um padro vibratrio compatvel preciso que os participantesatendam a esses requisitos.

    2 - H algum preparo especial, envolvendo pensamentos,alimentao, comportamento...?

    No a ideal essa postura de um dia perfeito para a reunio medinica.

    Nosso padro vibratrio no depende de eventuais cuidados. preciso quesejamos cuidadosos o tempo todo.

    3 - Um exerccio para todos os dias...Para todos os momentos! No posso agir, em relao a esses valores,

    como quem abre e fecha uma torneira. Hoje, tenho reunio medinica. Tereicuidado com o fluir da alimentao, dos

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    pensamentos, das aes, pondo freio no caudal de minhas fraquezas. Nossopadro vibratrio obedece ao somatrio do que pensamos e fazemos o tempotodo, no s cogitaes de algum tempo.

    4 - Considerando que s os santos conseguem pensar e exercitar oBem o tempo todo, o que poderamos fazer, pelo menos nos dias detrabalho medinico, para melhorar nossa participao?

    Propormo-nos, desde o momento em que despertamos, a conservar aserenidade, lembrando que seremos tentados, em variadas circunstncias, irritao, agressividade, a pensamentos e sentimentos no compatveis comnossos compromissos. aquele "ora/ e vigiar, preconizado por Jesus.

    5 - Quanto alimentao, seria razovel o jejum, com a ingesto delquidos apenas?

    No estamos impedidos de nos alimentarmos como o fazemosusualmente, nos dias de reunio. Apenas que seja frugal. Se o estmago estsobrecarregado fica difcil sustentar a concentrao, uma das bases dotrabalho medinico.

    6 - Por que, justamente, nos dias em que participamos de trabalhosmedinicos, parecem surgir problemas, particularmente no lar?

    Como j comentamos, sempre h Espritos

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    contrrios nossa participao em atividades passveis de nos libertar de suainfluncia. Ento, procuram criar embaraos, influenciando aqueles que nosrodeiam, a fim de nos atingir. Isso ocorre particularmente quando nos

    integramos em grupos medinicos, a atividade que mais os incomoda.

    7- E como superar esses embaraos?O jeito consider-los testes que devemos enfrentar com serenidade e

    boa disposio. Se perseverarmos, esses Espritos acabaro por desistir,reconhecendo que sua presso no est surtindo efeito.

    8 - Se ao longo do dia nos envolvemos com problemas e nosdeixamos dominar por sentimentos e pensamentos no compatveis como trabalho medinico, seria razovel deixar de comparecer, admitindo queno estamos em condies?

    Se agirmos assim, acabaremos por desistir. O que se pede,fundamentalmente, que no relaxemos, isto , que no deixemos de lutarcontra nossas mazelas. Enquanto o fizermos, haver sempre a proteo dosbenfeitores espirituais, ajudando-nos a superar as dificuldades.

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    ANIMISMO

    1 - O que o animismo?Na prtica medinica algo da alma do prprio mdium, interferindo no

    intercmbio. Kardec empregou o termo sonambulismo, explicando, em ObrasPstumas, quando trata da manifestao dos Espritos, item 46: O sonmbuloage sob a influncia do seu prprio Esprito; sua prpria alma que, emmomentos de emancipao, v, ouve e percebe alm dos limites dos sentidos.O que ele exprime, haure-o de si mesmo...

    2 - O animismo est sempre presente nas manifestaes?O mdium no um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o

    transmite, utilizando-se de seus prprios recursos. Sempre haver algo delemesmo, principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre oque seu e o que vem do Esprito.

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    3 - Existe um percentual envolvendo o animismo na comunicao?Digamos, algo como quarenta por cento do mdium e sessenta por centodo Esprito?

    Se o animismo faz parte do processo medinico, sempre haver umporcentual a ser considerado, no fixo, mas varivel, envolvendo o grau dedesenvolvimento do mdium. Geralmente os iniciantes colocam mais de simesmos na comunicao. Quando experientes, tendem a interferir menos.

    4 - Pode ocorrer uma manifestao essencialmente anmica, semque o prprio mdium perceba?

    comum acontecer, quando est sob tenso nervosa, em dificuldadepara lidar com determinados problemas de ordem particular. As emoestendem a interferir e ele acaba transmitindo algo de suas prprias angstias,em suposta manifestao.

    5 - Seria uma mistificao? No, porque no h intencionalidade. O mdium no est tentando

    enganar ningum. vtima de seus prprios desajustes e nem mesmo temconscincia do que est acontecendo.

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    6 - E o que deve fazer o dirigente da reunio quando percebe queum componente do grupo est entrando nessa faixa?

    preciso cuidado. O dirigente menos avisado pode enxergar animismo

    onde no existe. Se a experincia lhe disser que realmente est acontecendo,deve conversar com o mdium, em particular, saber de seus problemas eencaminh-lo s reunies de tratamento espiritual. Se persistir o problema, omdium deve ser orientado a participar da reunio como suporte, sem darpassividade.

    7 - Se o animismo mais evidente em mdiuns iniciantes, qual apostura de um dirigente de trabalhos lidando com uma reunio dedesenvolvimento?

    Normalmente, a essas reunies comparecem Espritos sofredores, comproblemas de adaptao vida espiritual, inconscientes de sua situao. O

    dirigente no precisa preocupar-se com o grau de animismo que envolve asmanifestaes, limitando-se a ajudar as entidades que se manifestam. darum tempo, sempre orientando os mdiuns para o estudo, a fim de que superemas dificuldades iniciais.

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    8 - Quando que o dirigente deve preocupar-se com o animismo?Quando ocorre a manifestao de um orientador. preciso passar o que

    diz pelo crivo da razo, distinguindo no apenas um possvel animismo, mas,

    tambm, uma mistificao do Esprito comunicante.

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    CONCENTRAO

    1 - O que concentrao? o convergir de nossos pensamentos para determinado fim. Em sua

    expresso mais simples, "prestar ateno".

    2 - Por que, na reunio medinica, geralmente o dirigenterecomenda concentrao, reiteradas vezes?

    O ato de concentrar-se a primeira norma a ser observada pelosparticipantes. Devem estar atentos, desde o momento em que se inicia areunio, prestando ateno ao que est acontecendo.

    3 - E se os participantes estiverem distrados?Estaro prejudicando o bom aproveitamento. Diz Kardec, em O Livro dosMdiuns, item 331, que "uma reunio um ser coletivo, cujas qualidades epropriedades so a soma de todas as dos seus membros, formando umaespcie de feixe". E ainda, "para que todos os pensamentos

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    concorram para o mesmo fim necessrio que vibrem em unssono, que seconfundam, por assim dizer, em um s, o que no se pode dar semconcentrao ".

    4 - preciso fechar os olhos?Num momento de prece, sim, se o participante sentir-se melhor. Se no

    estiver orando, que fique de olhos abertos, acompanhando o que acontece.Fechando os olhos, tender a abstrair-se, pensamento longe, predisposio aosono. Tenho visto dorminhocos que chegam a ressonar, gerandoconstrangimentos.

    5 - H quem diga que se trata de um desdobramento.O Esprito afastado para colaborar, a partir da Espiritualidade. Dizem,

    tambm, que, dormindo, ele fornece recursos fludicos que favorecem a

    reunio...No se pode negar aos confrades que assim argumentam o dom da

    imaginao. uma bela tentativa de enquadrar o dorminhoco comoparticipante. Se a moda pega, muita gente vai esforar-se em "colaborar",dormindo a sono solto.

    6 - Qual a postura ideal para o mdium?Durante os estudos e comentrios iniciais,

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    olhos abertos, atento, interessado. Ao entrar na parte medinica, sentindo aaproximao dos Espritos, pode fechar os olhos, buscando aquela abstraodo ambiente e uma identificao do ser que o influencia, mentalmente,

    oferecendo-lhe condies para a manifestao.

    7 - E quanto ao doutrinador, dever, tambm, conservar bemabertos os olhos?

    Enquanto doutrinando, admissvel que cerre os olhos, se assim preferir.Alguns dirigentes sentem-se mais receptivos s intuies da Espiritualidade, notrato com entidades perturbadas ou perturbadoras, quando conservam os olhosfechados. Fazendo uso da palavra, a prpria dinmica da conversa os manterdespertos e atentos.

    8 - Considerando que concentrar prestar ateno, os chamados

    suportes, os companheiros que do sustentao fludica smanifestaes medinicas, devem estar simplesmente atentos, durantetoda a reunio?

    Sim, e podero ampliar sua participao, "conversando" com Espritosperturbados ou perturbadores que se manifestem, dirigindo-lhes, empensamento, palavras de carinho e solicitude,

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    com o que estaro a envolv-los em salutares vibraes, passveis de auxiliar otrabalho do doutrinador. Isso, s vezes, mais eficiente do que a prpriadoutrinao.

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    SUPOSTAS DOENAS

    1 - O mdium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixandode comparecer reunio?

    Depende do tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortementegripado, febril, conveniente que se ausente, resguardando tambm oscompanheiros, que podem contrair seu mal. Mas h sintomas fsicos epsquicos que apenas revelam a proximidade de Esprito sofredor, no rarotrazido pelos mentores espirituais para um contato inicial, a favorecer amanifestao.

    2 - Nesse caso, mesmo no se sentindo bem, o mdium deve

    comparecer?Sim, porque o que est sentindo parte de seu trabalho, exprimindo asangstias e sensaes do Esprito, relacionadas com a doena ou osproblemas que enfrentou na vida fsica.

    3 - Isso significa que uma dor na perna, por exemplo, pode terorigem espiritual?

    comum. Acontece principalmente com o

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    mdium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao transmitir a manifestao deum Esprito que desencarnou por problema circulatrio, cuja perna gangrenou,tender a sentir dor semelhante, no raro antes da reunio, devido

    aproximao da entidade.

    4 - Ocorre o mesmo em relao s emoes? freqente. Sintonizado com o Esprito, o mdium capta o que vai em

    seu ntimo. Se a entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ouangustiada, experimentar algo dessas emoes.

    5 - E se o mdium, imaginando que esses sintomas fsicos eemocionais esto relacionados com seus prprios problemas, decide nocomparecer reunio?

    Se algum nos confia um doente para lev-lo ao hospital, e decidimos

    instal-lo em nossa casa, assumiremos o nus de cuidar dele. Certamente nosdar muito trabalho, principalmente se for um doente mental.

    6 - possvel que essa ligao com entidades perturbadas ocorraindependentemente da iniciativa dos mentores espirituais?

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    o que mais acontece. Vivemos rodeados por Espritosdestrambelhados, sem nenhuma noo da vida espiritual, que se agarram aoshomens, como nufragos numa tbua de salvao. Nem necessrio ter

    mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos a sofrer essa influncia.

    7 - Digamos que o mdium receba influncia dessa natureza nasegunda-feira e s comparecer reunio no sbado. Sofrer durante asemana toda?

    Com a experincia e a dedicao ao estudo ele aprender a lidar comesse problema, cultivando a orao e dialogando intimamente com a entidadeque, com o concurso de mentores espirituais, ser amparada.

    8 - Devemos informar a esse respeito pessoas que procuram oCentro, perturbadas por tais aproximaes?

    preciso cuidado. Pessoas suscetveis, que guardam idiasequivocadas, relacionadas com influncias demonacas, podem apavorar-se.Nunca mais poro os ps no Centro Esprita. J vimos isso acontecer, porinabilidade dos atendentes.

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    IMPEDIMENTOS

    1 - Reclamam os dirigentes de reunies medinicas dainstabilidade do grupo, quanto freqncia. Dificilmente comparecemtodos os participantes. Isso pode prejudicar os trabalhos?

    Sem dvida. O grupo forma o que chamaramos um "corpo medinico", medida que se harmonizem seus participantes, em torno dos objetivos dareunio. Quando ocorrem ausncias h uma quebra de potencial.

    2 - Se determinado Esprito vai se manifestar por intermdio de ummdium e este no comparece, outro mdium dever substitu-lo?

    Sim, mas sem a eficincia desejada, j que a manifestao envolve uma

    harmonizao da entidade com o mdium, que costuma acontecer antes dareunio. Se o mdium, aps esse contato preliminar, no comparece, otrabalho fica prejudicado.

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    3 - H dirigentes que colocam o mdium de quarentena. Faltou auma reunio, fica outra sem trabalhar. Se faltar a duas, ser mero suportepor outras tantas. razovel?

    No conheo nenhuma base doutrinria para esse procedimento, queme parece mais uma sano que uma disciplina. Antes de impor restries,seria conveniente conversar com o mdium, passando-lhe a idia de que suapresena importante. Quando as pessoas so valorizadas, servem melhor,so mais assduas em seus compromissos.

    4 - Essa disposio no conflita com a orientao de certosdirigentes que entendem que jamais se deve elogiar ou valorizar otrabalho do mdium, a fim de no envaidec-lo?

    Certamente no conhecem o alcance de uma boa palavra. Estimular ocompanheiro, reconhecendo seus mritos um reforo valioso. Obviamente,

    no vamos cair em artificialidade, como certo dirigente que dizia, com aparenteseriedade, aos companheiros: Voc a luz que ilumina nossa reunio! A rochaque d sustentao ao nosso trabalho! Elogio fcil e teatral soa ridculo e vazio.

    5 - Qual a postura ideal para que as pessoas no faltem aoscompromissos espirituais?

    Querido companheiro esprita, j desencarnado,

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    Homero Escobar, dizia, sabiamente: "A melhor maneira de atendermos aosnossos compromissos espirituais ser encar-los com a mesma seriedade comque atendemos aos nossos compromissos profissionais".

    6 - S faltar por motivo relevante?Exatamente. Para cumprir a jornada de trabalho profissional, se est

    chovendo, pegamos o guarda-chuva; se faz frio, usamos o agasalho; se chegavisita, pedimos licena; se o automvel foi oficina, apanhamos o nibus outxi. Nos compromissos espirituais tudo diferente. Qualquer desses motivosnos inibe. No deveria ser assim. Afinal, se com o trabalho profissionalatendemos subsistncia fsica, com a atividade espiritual que alimentamosa alma, habilitando-nos proteo dos benfeitores do Alm.

    7 - No ser porque as pessoas no encaram com a devida

    seriedade seus compromissos espirituais que os grupos medinicostendem a sofrer a reduo de participantes?

    Infelizmente acontece. Devemos reconhecer, entretanto, que h outrosmotivos. A vida das pessoas sofre mudanas. Tenho visto companheirosafastando-se porque comearam um curso, porque mudaram de cidade,porque assumiram um

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    compromisso familiar, porque houve alterao no horrio de sua atividadeprofissional.

    8 - O que fazer se o grupo fica muito reduzido?Depende dos que ficam. Um grupo pode funcionar com cinco ou seispessoas, envolvendo mdiuns e doutrinadores, desde que todos sejam firmesna assiduidade e na dedicao. Nada impede, tambm, que sejam convidadoscompanheiros reconhecidamente preparados, ampliando o nmero departicipantes.

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    PSICOGRAFIA

    1 - O exerccio da psicografia, o ato de escrever sob influncia dosEspritos, exige reunio medinica especial?

    A psicografia uma mediunidade singular, neste aspecto. Desde que omdium observe as disciplinas do servio e esteja bem treinado, pode serexercitada em qualquer reunio.

    2 - Tambm em casa?Sim. Os mdiuns que tm sua produo medinica divulgada em livros e

    publicaes diversas adotam horrio determinado para psicografar, geralmenteem sua prpria residncia. Considerando que os Espritos tambm tm

    compromissos e no vivem nossa disposio, todo trabalho medinico deveenvolver essa disciplina, para que possamos contar com sua presena, sejaem casa ou no Centro Esprita.

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    3 - No fica complicado para o mdium conservar o necessriorecolhimento, numa reunio onde h manifestaes pela psicofonia?

    Em princpio, talvez. Com a prtica, conseguir abstrair-se do ambiente,

    centrando sua ateno nas idias que fluem em sua mente, originrias doEsprito que se comunica por seu intermdio.

    4 - Seria razovel, numa reunio de desenvolvimento medinico,que todos os participantes tentassem a psicografia?

    A psicografia envolve, em princpio, o impulso de escrever. Devem,portanto, pensar no assunto, os participantes que o sintam, geralmentedisparado pelos seus mentores espirituais, quando h essa faculdade a sertrabalhada.

    5 - O psicgrafo seria simplesmente um mdium que escreve ao

    invs de transmitir, pela palavra articulada, o pensamento do Esprito?Podemos assim considerar. H at certa correlao quanto s variantes.

    Mdium psicgrafo mecnico equivale ao psicofnico inconsciente; semi-mecnico, ao semi-consciente. Intuitivo, ao consciente. H mdiuns queexercitam tanto a psicofonia quanto a psicografia.

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    6 - A produo do mdium psicgrafo deve ser divulgada e,eventualmente, transformada em livros?

    O aluno que aprende as primeiras letras, na escola, no pode ter a

    pretenso de publicar seus exerccios. o que ocorre com o mdium que seinicia na psicografia. Est comeando um trabalho que s vai amadurecer, noraro, em futuras existncias.

    7 - Isso explica por que temos tantos livros medinicos fracos,tanto sob o ponto de vista literrio quanto doutrinrio?

    Infelizmente acontece, envolvendo meros exerccios. O mdium, noraro estimulado por companheiros que lhe incensam a vaidade, fica convicto deque tem uma tarefa nesse particular e quer, a todo custo, ver sua produomedinica publicada. Saem livros que no acrescentam nada, um arremedo deliteratura esprita.

    8 - No deveriam as editoras espritas usar de critrios maisrigorosos na avaliao dos textos que recebem, afim de evitar que issoacontea?

    Normalmente h esse cuidado. Ocorre que hoje fcil publicar livros,tendo em vista os recursos grficos modernos e os prodgios da

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    informtica. Da proliferarem livros ruins publicados, no raro, pelos prpriosautores ou pelo grupo do qual participam.

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    VIDNCIA

    1 - Como definiramos a vidncia?Conforme ocorre, freqentemente, em nosso idioma, o termo vidncia

    tem vrias acepes. Vidente todo aquele que exercita o sentido da viso,utilizando-se dos olhos. , tambm, o que adivinha o futuro, o dotado da viso distncia, o indivduo perspicaz... Sob o ponto de vista esprita, a pessoaque enxerga o mundo espiritual.

    2 - Pessoas em estado de perturbao, enfrentando problemasexistenciais ou de sade, no raro tm vidncias. uma faculdade a serdesenvolvida?

    No necessariamente. Assim como ocorre em relao a outrosfenmenos envolvendo o mundo espiritual, a pessoa poder ter vidncias emdecorrncia de uma superexcitao psquica. Aps submeter-se ao tratamentoespiritual, tendero a desaparecer.

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    3 - comum os pacientes terminais reportarem-se presena defamiliares desencarnados. Os mdicos dizem tratar-se de alucinao,determinada pela fraqueza. Seria isso?

    A Medicina tateia nessas questes, tendendo s explicaesreducionistas, isto , a reduzir tudo a fenmenos envolvendo o crebro. O queocorre que, com o afrouxamento dos laos que prendem o paciente terminalao corpo, agua-se a percepo espiritual. Ele passa a ter vises relacionadascom a presena de familiares desencarnados. Estes costumam assistir seusamados, no retorno vida espiritual. Estvo, o primeiro mrtir do Cristianismo,experimentou esse fenmeno. Aberta sua viso espiritual, quando expirava,apedrejado, percebeu a presena de Jesus, que veio ampar-lo.

    4 - Qualquer pessoa pode desenvolver a vidncia?Com treinamento adequado e determinadas disciplinas e exerccios

    possvel colher experincias elementares nesse sentido. Para que o fenmenoocorra de forma mais intensa, fundamental que exista a faculdade.

    5- O mdium descreve uma grande cachoeira e imenso rio, ou umgrupo de cavaleiros. Como possvel formarem-se essas imagens empleno recinto da reunio?

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    H dois tipos de vidncia, a objetiva e a subjetiva. A subjetiva surge namente do mdium, como uma imagem ideoplstica ou idealizada. Ento,quando ele diz que est tendo essas vises, trata-se de algo que se formou em

    sua tela mental.

    6 - Qual a utilidade desse tipo de vidncia?Atendem s idias sugeridas pelos mentores espirituais, s quais o

    mdium reveste, d forma, de acordo com sua cultura e conhecimento, comriqueza maior ou menor de detalhes. Surgem como simbolismos. Compete aogrupo interpretar.

    7 - E a vidncia objetiva?O mdium contempla o ambiente espiritual e os Espritos presentes. Em

    estgio mais apurado, o mdium chega a ver de olhos abertos, sem

    concentrao ou transe. Jesus detinha essa faculdade. Em vrias passagensevanglicas o vemos conversando com Espritos perturbadores, ordenando-lhes que se afastem de suas vtimas. Chico Xavier tambm possua essavidncia, transmitindo com freqncia recados de desencarnados aos seusfamiliares, presentes nas reunies de que participava.

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    8 - Seria til contar com um mdium vidente na reunio medinica,para ajudar o doutrinador?

    meio complicado, considerando que a maior parte das vidncias so

    subjetivas. Mesmo os que tm a viso objetiva podem se equivocar, no rarosob influncia de Espritos ardilosos a envolv-los. E a interferncia do vidente,em pleno processo de doutrinao, pode confundir o doutrinador. Prefervelque as informaes dos videntes sejam passadas aps o encerramento dareunio, ajudando na avaliao das comunicaes. Quanto ao doutrinador,suas melhores fontes de referncia so a intuio, o conhecimento e a prtica.

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    INCORPORAO

    1 - O que a mediunidade de incorporao?Embora consagrado pelo uso, esse termo equivocado. Sugere que o

    Esprito manifestante entra no corpo do mdium para transmitir seupensamento, o que no acontece. Nosso corpo inalienvel, no passvel deter substituto ou de, eventualmente, abrigar um Esprito. Quando muito,podemos dizer que o mdium "incorpora" as impresses, idias e sensaesda entidade.

    2 - Qual seria o termo adequado?Kardec fala em mdiuns falantes. No pegou no Brasil. Usa-se a

    expresso psicofonia. Tambm equivocado, sugerindo que estaria a falar aalma do mdium, algo mais prximo do animismo. No obstante, tantoincorporao quanto psicofonia esto consagrados pelo uso.

    3 - Todos os mdiuns psicofnicos trabalham de forma idntica?Obviamente, todos transmitem o pensamento

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    dos Espritos pela palavra articulada. O que varia a profundidade do transemedinico. Neste aspecto podemos dividir a psicofonia em trs tipos:consciente, semi-consciente e inconsciente.

    4 - Como distingui-los?O mdium consciente conserva-se desperto, captando o pensamento do

    Esprito e o transmitindo pela palavra articulada. O mdium inconsciente entraem transe mais profundo e afasta-se do corpo; o comunicante pode manifestar-se de forma mais direta, como se houvesse uma verdadeira incorporao.Quanto ao mdium semi-consciente, rene algo das outras duas modalidades.O transe no to profundo que produza a inconscincia, nem to superficialque o mantenha plenamente desperto. Mal comparando, diramos que omdium consciente pensa para falar; o inconsciente fala sem pensar; o semi-consciente pensa e fala simultaneamente.

    5 - Por que, sendo a psicofonia inconsciente mais autntica, torara na atualidade?

    Ocorre que, embora mais adequada experimentao, problemtica.Geralmente o mdium dorme no incio da reunio e desperta ao final, semenvolver-se, sem um comprometimento com os labores medinicos. Se notiver cuidado,

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    poder ser conduzido por mistificadores.

    6 - No tem controle sobre as manifestaes?

    Deve ter. Todavia, se no estiver atento s suas responsabilidades, erealmente integrado no labor medinico, permanecer em estado de torpor queinibir qualquer possibilidade nesse sentido.

    7 - O ideal seria o mdium semi-consciente?No se trata da modalidade ideal, mas do mdium ideal, aquele que

    esteja convicto de suas responsabilidades, assumindo os compromissosinerentes a esse servio.

    8 - Nota-se que na atualidade os mdiuns, em maioria, soconscientes. uma tendncia?

    Sim. Embora implique em maior dificuldade para o mdium, ele sailucrando. A psicofonia consciente exige maior envolvimento com o estudo, adisciplina, a reforma ntima, habilitando-o a transmitir com maior eficincia asmanifestaes, sejam de obsessores, sofredores ou mentores.

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    DIFICULDADES INICIAIS

    1 - Como funciona a mediunidade consciente?O mdium capta o fluxo mental do Esprito, gerando idias e sensaes,

    como se houvesse a intromisso de outra mente em sua intimidade; como seestivesse a conversar com algum, dentro de si mesmo.

    2 - Ouve uma voz?Seria fcil, mas no bem assim. Idias surgem, misturando-se com as

    suas, como se fossem dele prprio.

    3 - Parece complicado...

    E , sem dvida, principalmente para mdiuns iniciantes, que nodistinguem o que deles e o que do Esprito. Muitos abandonam a prticamedinica, em face dessa incerteza, que perturbadora.

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    4 - Como resolver esse problema? preciso confiar e dar vazo s idias que lhe vm cabea, ainda que

    paream embaralhadas, em princpio. Geralmente a mediunidade

    desenvolvida a partir da manifestao de Espritos sofredores, o que maissimples. No exige maior concatenao de idias ou esforo de raciocnio.Cumpre-lhe, em princpio, apenas exprimir as sensaes e sentimentos que oEsprito lhe passa.

    5 - Qual o conselho para o mdium que enfrenta esse impasse?Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensaes e pensamentos, que

    tomam corpo independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-seem saber se seu ou do Esprito. A partir da o fluxo ir se ajustando. comoo motorista inexperiente na direo de um automvel. Em princpio hsolavancos, mas logo se ajusta.

    6 - O que pode ser feito para ajudar o mdium iniciante?A participao do grupo importante. O mdium, nessa situao inicial,

    fica fragilizado. Sente-se vulnervel e constrangido. Qualquer hostilidade oupensamento crtico dos companheiros,

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    revelando desconhecimento do processo, poder afet-lo.

    7 - Seria razovel aplicar passes magnticos no mdium iniciante,

    em dificuldade para iniciar a manifestao?O passe pode ajudar, mas devemos ser econmicos na sua utilizao, afim de evitar condicionamentos. H mdiuns que esperam pela interveno dodirigente, aplicando-lhes passes, a fim de iniciar seu trabalho.

    8 - As manifestaes de mdiuns iniciantes so, no raro,repetitivas. Como devem agir o dirigente e participantes do grupo?

    Cultivar a compreenso e a boa vontade, considerando que o animismo,a interveno do prprio mdium, expressivo nessa etapa dodesenvolvimento. Aos poucos ele ir se ajustando, aprendendo a distinguirmelhor entre suas idias e as do Esprito.

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    DESISTNCIA

    1 - Vemos, com freqncia, mdiuns dotados de razoveisfaculdades medinicas desistirem do compromisso. H algum prejuzo?

    A sensibilidade medinica no funciona apenas nas reunies deintercmbio. Est sempre presente. na prtica medinica, com os estudos edisciplinas que lhe so inerentes, que o mdium garante recursos para mantero prprio equilbrio. Afastado, pode cair em perturbaes e desajustes.

    2 - um castigo?No se trata disso. O problema est na prpria sensibilidade que, no

    controlada pelo exerccio, situa o mdium merc de influncias negativas,

    nos ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.

    3 - Mas esse problema no est presente na vida de todos ns?No vivemos rodeados de Espritos perturbados e perturbadores?

    Sim, e bem sabemos quantos problemas so

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    decorrentes dessa situao, por total ignorncia das pessoas em relao aoassunto. No mdium afastado da prtica medinica mais srio, porqanto,em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com repercusses

    negativas em seu psiquismo.

    4 - E se o mdium, no obstante afastado da prtica medinica, foruma pessoa de boa ndole, caridosa, afvel, bem sintonizada?

    Com semelhante comportamento poder manter relativa estabilidade,mas preciso considerar que a mediunidade no um acidente biolgico.Ningum nasce mdium por acaso. H compromissos que lhe so inerentes.

    5 - O mdium vem programado para essa tarefa...Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. H um

    investimento no candidato mediunidade, relacionado com estudos,

    planejamento, adequao do corpo. Tudo isso envolve dilig