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Instituto Sumaré de Ensino Superior
Por: Daniel Marchesani
Juliana Melo
Maria Ires Amorim Mendes
Regimeire Pontes
3ºTLTN1A
São Paulo2012
Instituto Sumaré de Ensino Superior
MEIOS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADO PELOS SURDOS
Este trabalho de Pré TCC é requisito da disciplina de PPI que analisa o estudo sobre à Relevância da Acessibilidade Tecnológica à Comunicação dos Surdos
São Paulo2012
“Estar juntos é um começo; continuarmos juntos é progresso, trabalhar em conjunto é sucesso.”
Napolleon Hill
AGRADECIMENTOS
Sumario
RESUMO ..................................................................................................... i
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 01
O que é comunicação e os seus meios ................................................... 01
Funções da comunicação, segundo Jakobson ........................................ 01
Comunicação segundo Díaz .................................................................... 03
MATERIAIS .................................................................................................. 05
METODOLOGIA ........................................................................................... 06
RESULTADOS ............................................................................................. 07
Histórico ................................................................................................... 07
Categorias da Comunicação .................................................................... 08
Categorização do Surdo na Sociedade ................................................... 08
A Comunicação dos Surdos Oralizados .................................................. 09
A Comunicação dos Surdos Não Oralizados ........................................... 11
Alguns Produtos Tecnológicos Aplicados aos Surdos não Oralizados .... 12
Leis e Decretos referentes à acessibilidade ............................................ 14
Reivindicações ......................................................................................... 15
Pesquisa de Campo ................................................................................ 15
DISCUSSÃO ................................................................................................ 17
CONCLUSÃO .............................................................................................. 19
ANEXOS ...................................................................................................... 22
BIBLIOGRAFIA................................................................................................27
i
RESUMO
Este trabalho pretende, de uma maneira sucinta, abordar por meio de
uma perspectiva geral a temática dos meios de comunicação para os surdos.
Partindo de questões históricas iremos pesquisar o desenvolvimento da
comunicação dos deficientes auditivos, seus obstáculos, sua abrangência e
sua evolução tecnológica. Destacaremos algumas novidades no campo da
informática que tem dados novos horizontes para a inclusão desta comunidade.
Por fim, tendo um embasamento fundamentado em um nível teórico e prático,
iremos chegar a determinas conclusões se realmente a acessibilidade
tecnológica tem sido relevante para os surdos da nossa região.
1
INTRODUÇÃO
O que é comunicação e os seus meios
Nesta monografia iremos investigar através de uma breve pesquisa
quais são os meios de comunicação usados entre os surdos, sua história, seus
métodos, seus benefícios, suas dificuldades, suas perspectivas e,
principalmente, fazer uma breve análise da relevância da tecnologia no
contexto desta comunidade.
Desta maneira iremos propor que os meios de comunicação usados
pelos surdos tem se tornado um facilitador para inclusão destes na sociedade,
no entanto com algumas ressalvas que serão tratadas a posteriori.
Por meio do conhecimento adquirido conseguiremos nos apropriar de
uma visão mais ampla sobre o assunto, aprofundando nosso entendimento
frente a esta temática pertinente para os dias atuais.
Para saber o que é comunicação e quais são os seus meios
primeiramente buscamos em Jakobson, conforme listado abaixo.
Funções da comunicação, segundo Jakobson
Ao estudar a comunicação verbal, e preocupado em particular com a
“função poética” da linguagem, o lingüista Roman Jakobson (1995) propôs um
modelo de fatores implicados na comunicação, com base na esquematização
abaixo.
2
A partir desse modelo, postulou que cada um “desses seis fatores
determina uma diferente função da linguagem” (Jakobson, 1995, 123). Ele
notou que dificilmente uma mensagem possuiria apenas uma função, mas é
possível notar uma função predominante em cada mensagem.
As funções correspondentes a cada um dos fatores da comunicação
verbal (mas também a outras) são as seguintes:
Função referencial (CONTEXTO) – também chamada de função
denotativa ou cognitiva, é aquela cujo foco é a definição, explicitação,
caracterização de aspectos do contexto da comunicação (Ex.: “O veículo
possui cinco marchas”, “A casa é amarela”)
Função emotiva (REMETENTE) – visa expressar a atitude de quem
transmite a mensagem. (Ex. “Ai, que dor!”, “Sinto-me ótimo, hoje.”)
Função conativa (DESTINATÁRIO) – ao orientar-se em função do
destinatário (para quem se comunica algo), possui no vocativo e no
modo imperativo sua fórmula padrão (Ex: “Não faça isso!”, “Beba Coca-
cola.”)
Função fática (CONTACTO/CANAL) – serve fundamentalmente para
prolongar ou interromper a comunicação ou verificar se o canal funciona.
(Ex: “Alô, está me ouvindo”, “Hmm-Hmm.”)
Função metalingüística (CÓDIGO) – é quando o código utilizado
enfoca o próprio código (Ex.: um cartaz que simule a feitura de um
cartaz; um filme dentro de um filme)
Função poética (MENSAGEM) – neste tipo de função – que não se
resume à poesia – a mensagem, utilizando diferentes recursos de
linguagem (rima, sinestesia, aliteração etc.), volta-se, por assim dizer,
para ela mesma (“I like Ike”, “Podre pé do papa”). Outra maneira de falar
sobre essa função é dizer que na mensagem em que ela predomina
houve uma projeção do eixo da seleção (paradigma) sobre o da
combinação (sintagma).
3
Assim, o esquema visto acima pode ser reelaborado, em termos das
funções da linguagem, conforme se segue:
(JAKOBSON, 1995, p.118-162)
Este conceito de Jakobson é um dos mais usados e se aplica bem em
nossa pesquisa, porém ampliamos ainda mais esta definição em Días no seu
livro O que é Comunicação?
Comunicação segundo Díaz
“O que é então a comunicação? Há duas maneiras de definir o que é
uma coisa: enumerar os elementos de que está composta ou indicar para que
serve. Pode-se definir o automóvel, por exemplo, dizendo que é um conjunto
formado por motor, carroçaria e rodas. Mas seria ainda melhor defini-lo como
um veículo autopropulsado que serve para transportar pessoas e coisas de um
lugar para outro.
E para que serve a comunicação?
Serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se
mutuamente e a realidade que as rodeia.
Sem a comunicação cada pessoa seria um mundo fechado em si. Pela
comunicação as pessoas compartilham experiências, ideias e sentimentos. Ao
se relacionarem como seres interdependentes, influenciam-se mutuamente e,
juntas, modificam a realidade onde estão inseridas.” (BORDENAVE, 1997,
P.36)
Este mesmo autor nos traz a definição do que são meios de
comunicação: “Paralelamente à evolução da linguagem, desenvolveram-se
4
também os meios de comunicação. Gutemberg inventou a tipografia, e o papel
aperfeiçoou-se fazendo-se mais resistente e mais leve, de modo que os livros,
antes copiados laboriosamente a mão pelos monges amanuenses, puderam
ser impressos repetidamente em muitos exemplares.” (BORDENAVE, 1997,
P.29)
Ele também complementa: “ O alcance da comunicação foi assegurado
de maneira definitiva pela invenção dos meios eletrônicos que aproveitam
diversos tipos de ondas para transmitir signos: o telégrafo, o telefone, o rádio, a
televisão e finalmente o satélite.” (BORDENAVE, 1997, P.29)
Todo este impacto tecnológico contribuiu e muito para comunicação
entre os deficientes auditivos, pois hoje existem variadas tecnologias que
adaptam sua conexão com o restante do mundo.
Dentre estes meios de comunicação podemos destacar o mais usado
que é a língua de sinais, no Brasil usamos a LIBRAS: língua brasileira de
sinais, bem como softwares de computador, celular e telefones públicos.
5
MATERIAIS
Neste trabalho utilizamos:
caderno
canetas
livros
computador
internet
folhas sulfite
6
METODOLOGIA
Procuramos pesquisar neste trabalho livros relacionados primariamente
aos conceitos básicos de comunicação e suas aplicações expandindo a análise
por meio de livros, artigos, matérias, internet e sites que abordam as técnicas e
os meios de comunicação para o deficiente auditivo.
A partir do conhecimento adquirido fizemos uma pequena pesquisa de
campo para constatar à Relevância da Acessibilidade Tecnológica à
Comunicação dos Surdos .
Palavras chave: Comunicação, Meios de Comunicação, Surdo, Tecnologia,
LIBRAS.
7
RESULTADOS
Histórico
Começamos nossa pesquisa traçando uma breve história da
comunicação dos surdos no mundo e no Brasil. Deste modo percebemos que o
surdo enfrentou vários obstáculos para ter o direito de se comunicar. Já o
filosofo grego Aristóteles “difundia que as pessoas surdas não podiam
expressar nenhuma palavra e que, para atingir a consciência humana, a
audição era o canal mais importante para o aprendizado. Seu veredito era de
que os surdos não eram treináveis. E esse conceito permaneceu por séculos
sem questionamentos.” (SABANAI, 2012)
Portanto no passado os surdos eram considerado incapazes pela
sociedade.
Continuando: De acordo com Rinaldi (1998), no final do século XV, não
existiam escolas especializadas para surdos, as pessoas ouvintes tentavam
ensinar os surdos a falar e a escrever, como, por exemplo, Giralamo Cardomo,
italiano que usava a linguagem escrita e sinais e o Padre espanhol beneditino
Pedro Ponce de Leon, que utilizava treinamento de voz, leitura dos lábios e
sinais com os surdos da época.
Segundo o mesmo autor (1998, p. 283), alguns professores nos séculos
seguintes dedicaram-se à educação dos surdos. Entre eles destacaram-se:
Ivan Pablo Bonet (Espanha); Abbé Charles Michel de L’Épée (França); Samuel
Heinicke e Moritz Hill (Alemanha); Alexandre Graham Bell (Canadá e EUA) e
Ovide Decroly (Bélgica). Todos eles divergiam quanto ao método mais indicado
para ser adotado no ensino dos surdos. Uns acreditavam que o ensino deveria
priorizar a língua falada (Método Oral puro) e outros utilizavam a Língua de
Sinais – já conhecida pelos alunos – e o ensino da fala (método combinado).
No Século XVII, o abade L’ Epée reuniu surdos dos arredores de Paris e criou a
primeira escola pública, foi o precursor no uso da Língua de Sinais. A
metodologia utilizada por ele fez sucesso, mas, infelizmente, teve curta
duração pelo fato de ter sido desacreditada pela Medicina e pela Filosofia.
8
A pesquisadora Guarinello (2007) também apresenta alguns dados
importantes no seu livro: “O papel do outro na escrita de sujeitos surdos”, como
por exemplo: No Brasil, a educação de surdos teve início no governo Imperial
de D. Pedro II, quando o professor francês Hernest Huet, a convite de D. Pedro
II, veio para o Brasil para fundar a primeira escola para meninos surdos.
Seguidor da idéia do abade L’ Epée1(Charles Michel L’Espeé, nasceu em 1712
e foi ordenado sacerdote em 1738), Hernest Huet nasceu na França em 1822 e
ficou surdo aos 12 anos de idade. (SABANAI, 2012)
Categorias da Comunicação
Quanto às categorias de comunicação entre os deficientes auditivos
podemos colocar:
Oralismo
Cultivado na década de 60.
Visa a integração da criança surda com ouvintes, dando condições de
desenvolver a linguagem oral.
A linguagem oral é a única forma de se comunicar.
Bimodal
Uso simultâneo de sinais e fala.
Língua dos sinais
Linguagem natural.
Utiliza o canal espaço-visual.
Foi criada por gerações de comunidades surdas.
É diferente em cada comunidade.
Tem estrutura gramatical própria, independente da língua oral do País
(HENRIQUE, 2012)
Categorização do Surdo na Sociedade
Na nossa pesquisa encontramos duas definições relacionadas a
categorização do surdo na sociedade: surdo oralizado e surdo não oralizado.
9
De suma importância foi a abordagem descoberta no site da Rede SACI
que é,segundo eles, uma rede eletrônica para difusão de informações sobre
deficiência em âmbito nacional. No seu site encontramos uma definição bem
sucinta entre a diferença entre surdo oralizado e não oralizado: “Simplificando,
surdos oralizados são aqueles que usam uma língua oral, onde geralmente a
língua-pátria é a sua língua materna, lêem lábios, não se identificam com as
manifestações da Cultura Surda e participam mais da Comunidade Ouvinte; os
não oralizados usam a língua de sinais como primeira língua (essa pode ter
sido ou não sua língua materna) e estão mais fortemente inseridos nos
patamares lingüístico-sócio-cultural que permeiam a Cultura Surda.” (REDE
SACI, 2012)
A Comunicação dos Surdos Oralizados
Focando nossa atenção na comunidade surda oralizada, podemos
perceber por meio deste artigo algumas propostas para facilitar a sua
comunicação: “... propõe-se que a acessibilidade na comunicação para os
surdos oralizados seja realizada através de qualquer equipamento eletrônico
que use tecnologia da informação e sistemas de aquisição, armazenamento
recepção, apresentação, etc, de dados e informação. Essa acessibilidade
através de tecnologias de informação e comunicação deve incluir
computadores, softwares específicos e serviços baseados em TIC (Tecnologias
da Informação e Comunicação), produtos de telecomunicações, equipamentos
de multimídia, equipamentos de escritório como copiadoras, máquinas de fax,
etc.” (REDE SACI, 2012)
Dentre estes equipamentos podemos destacar:
“ software para reconhecimento da fala, seja através de sons ou de
imagens;
software para modulação de voz, destinado a fins de treinamento
fonoterapêutico;
estenotipia/estenografia: este método TIC é considerado, atualmente,
o mais adequado para a minimização em maior grau de muitos dos
10
problemas de acessibilidade na comunicação encontrados pelos
surdos oralizados;
implante coclear (programação dos sons em informações digitais, o
que instaura um mecanismo novo de audição);
produtos de telecomunicações como telefones para surdos, celulares
com mensagens textuais e icônicas, captação e transmissão on-line
de imagens, pagers, etc;
produtos de vídeo e multimídia (TV, DVDs, vídeo-conferência, etc,
sempre com legenda e/ou projeção de slides e apresentação de
transparências);
a TV digital: permite a transmissão de um programa por mais de um
canal e pode permitir a inclusão de canais com legenda através do
uso de recursos para a transcrição da fala, como a
estenotipia/estenografia ou o reconhecimento automático da fala;
educação à distância através do uso de vídeo-conferência com
Internet de alta velocidade (permite leitura labial), da navegação em
ambientes Web hipermediáticos criados com recursos de redundância
(sítios www, intranets);
utilização de materiais didáticos que explorem as possibilidades da
hipermídia e contenham as redundâncias necessárias às
necessidades dos usuários (necessidade decorrente seja por
deficiência orgânica, seja por características dos equipamentos e
conexões disponíveis ao usuário), adequando-se aos critérios
definidos pelo W3C para conteúdos digitais acessíveis;
presença de telões com legenda para a participação dos surdos
oralizados, em igualdade de oportunidades, nos congressos,
palestras, simpósios, etc. Este recurso depende das tecnologias para
transcrição de falas e para sua implantação deve-se contar com o
apoio e cooperação das sociedades científicas;
11
demais produtos e/ou software específicos envolvendo métodos de
computação gráfica e robótica (para modulações em leitura labial, por
exemplo). (REDE SACI, 2012)
A Comunicação dos Surdos Não Oralizados
Podemos agora delinear nossa pesquisa no âmbito dos surdos não
oralizados. O método mais utilizado por eles é a língua de sinais. As Línguas
de Sinais Segundo o site Língua Brasileira de Sinais: “são as línguas naturais
das comunidades surdas.
Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são
simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a
comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.
Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também
são compostas pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático
e o semântico.
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-
auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.
O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua
modalidade visual-espacial.
Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá
aprender uma outra língua, como o Francês, Inglês etc.
Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo
produzir poemas e peças teatrais.”
A Língua brasileira de sinais é chamada LIBRAS e ela tem sua origem “
na Língua de Sinais Francesa.
As Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria
língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional.
12
Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem
de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como
língua.” (LIBRAS, 2012)
Alguns Produtos Tecnológicos Aplicados aos Surdos não
Oralizados
A tecnologia tem revelado produtos importantes, muitos estão em vias
de pesquisa e outros já são uma realidade, dentre os mais relevantes podemos
detalhar:
TS (ou TDD): “É um aparelho que permite que os mudos, surdos ou
deficientes auditivos comuniquem-se pelo telefone. Ao invés de conversar
normalmente, o usuário escreve usando o teclado do aparelho (que é
semelhante a uma máquina de datilografia). Para realizar a comunicação
telefônica são necessários dois TDDs, a menos que a chamada seja feita
através do Serviço de Intermediação Surdo Ouvinte. TDD [do inglês
telecommunications device for the deaf], TS e telefone de texto referem-se ao
mesmo aparelho. (Anexo 1)
O TS é tradicionalmente utilizado de duas maneiras: colocando-se o
receptor telefônico nos acopladores acústicos do TS ou conectando-se o TS
diretamente a uma linha telefônica analógica. Ambos os métodos apresentam
vantagens. Em lugares barulhentos, a Conexão Direta elimina barulhos
externos que possam atrapalhar, alertando o usuário quando o telefone tocar
(através de uma luz sinalizadora ou da indicação na tela de texto do aparelho).
Além disso, possibilita selecionar Atendimento Automático (auto-answer) e
discagem diretamente do teclado. O uso Acústico é conveniente quando não
se dispõe de uma linha exclusiva para o TS ou em ambientes que não
suportam conexão analógica”. (ASSISTECH, 2012)
Celular para Surdos: O telefone celular agora já é realidade para os surdos,
uma vez que o intercâmbio de mensagens vai aproximar pessoas cada vez
mais, sem a dependência de terceiros para o uso de telefone e envio de
13
recados. É a tecnologia que chega mais perto da comunidade surda e promete
um futuro melhor as pessoas. (Anexo 2)
A FENEIS, estabeleceu uma importante parceria de trabalho com uma
operadora de telefonia celular, ao disponibilizar para a comunidade surda a
tecnologia do envio e recebimento de mensagens escritas através do celular.
Nesse primeiro momento, apenas um tipo de aparelho (NOKIA 6120i) está
habitado para o serviço, em função de possuir bateria vibratória que permite ao
surdo “ouvir” o telefone chamar. A federação está empenhada em que a
novidade beneficie os surdos de todo o Brasil. (NOTISURDO, 2012)
Torpedo Rybená: “é um serviço que permite receber e enviar mensagens de
texto na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. (Anexo 3)
Surdos (Pessoas com Necessidades Especiais – auditivos ou com baixa
audição) poderão através da animação de imagens no celular se comunicar em
LIBRAS, como também visualizar as mensagens recebidas em texto.
Ouvintes poderão enviar Torpedos Rybená que serão convertidos para LIBRAS
viabilizando dessa forma a comunicação através do uso de duas línguas
(Português x LIBRAS) de forma transparente e não tutelada.” (NOTISURDO,
2012)
Closed caption ou Legenda oculta: “ também conhecida pela sigla CC, é um
sistema de transmissão de legendas via sinal de televisão. Essas legendas
podem ser reproduzidas por um televisor que possua função para tal, e tem
como objetivo permitir que os deficientes auditivos possam acompanhar os
programas transmitidos. As legendas ficam ocultas até que o usuário do
aparelho acione a função na televisão através de um menu ou de uma tecla
específica.
A legenda oculta descreve além das falas dos atores ou apresentadores
qualquer outro som presente na cena: palmas, passos, trovões, música, risos
14
etc. Se o programa é gravado, a informação do closed caption geralmente
coincide com a do teleprompter.” (WIKIPEDIA, 2012)
Player Rybená: “permite tornar o seu sítio Internet acessível para a
Comunidade Surda. Funcionando como um tradutor, auxilía na compreensão
do conteúdo de textos em português. O Player Rybená® é capaz de converter
qualquer página da Internet ou texto escrito em português para a Língua
Brasileira de Sinais - LIBRAS. (Anexo 4)
Com este recurso no seu sítio os usuários poderão selecionar com o mouse
qualquer parte do textodo portal e ver a tradução em LIBRAS por intermédio de
um simpático desenho animado.” (NOTISURDO, 2012)
Projeto TLIBRAS - Tradutor Português x LIBRAS: “Esse projeto está focado
na construção de um tradutor automatizado de Português x LIBRAS, que possa
ser utilizado em sala de aula, pela televisão (concomitante ou em substituição
aos textos legendados), em vídeos, pela internet, na construção de livros
visuais, traduzindo informações em português de origem textual ou sonora para
LIBRAS, por meio de sinais animados e apresentados via computador.”
(ACESSO BRASIL, 2012) (Anexo 5)
Leis e Decretos referentes à acessibilidade
Levantamos este tópico para fim de direcionar nossa pesquisa quanto à
Relevância da Acessibilidade Tecnológica à Comunicação dos Surdos e
constamos algumas leis que dão suporte a esta temática.
LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000: Esta Lei estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a
supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no
mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de
transporte e de comunicação. (1) (Anexo 6)
15
No decreto nº2. 592 de 15 de maio de 1998 Plano Geral: para
universalização do serviço telefônico fixo comutado prestado no regime público.
O Art.6° diz que a partir de 31 de dezembro de 1999. A Concessionária deverá
assegurar condições de acesso ao serviço telefônico para deficientes auditivos
e da fala:
Tornar disponível Centro de atendimento para intermediação da comunicação
(1402). (2)
Lei federal nº 6.606 de 07 de dezembro de 1978 Art. 1º: São as
emissoras de televisão em todo o País obrigadas a incluir, nas suas
programações semanais de filmes estrangeiros, de preferência aos sábados,
pelo menos um filme com legenda em português. (3)
Reivindicações
Percebemos que a comunidade surda esta organizada e envolvidas em
várias reivindicações, o texto abaixo registra algumas delas que se referem à
pesquisa que fizemos:
Implementar já a instalação dos aparelhos de telefones para surdos
(TDD) em cabines especiais em centrais telefônicas dos centros das cidades e
dos principais bairros. Instalação obrigatória de TDD´S nas escolas, clube de
surdos, bancos 24 horas, empresas conveniadas com a FENESI, onde os
surdos trabalham, bem como na rodoviária, aeroporto e metrô, shoppings.
(MEGAINFO, 2012)
Pesquisa de Campo
Com as noções básicas e teóricas sobre a comunicação entre os
deficientes auditivos, tornou-se necessário comprovar por meio de uma
pequena pesquisa de campo a relevância dos meios de comunicação na nossa
16
região. Fizemos duas pesquisas: uma externa e outra interna.
Pesquisa externa: visitamos as linhas de trem da CBTM e do metrô
procurando telefones TDD ou outros aparelhos que facilitassem o acesso aos
deficientes auditivos. Constatamos que alguns estão visíveis como na estação
Belém do Metrô, no entanto outros estão bem escondidos como na estação
Jardim Helena da CBTM. Ao conversar com um funcionário da CBTM na
estação Jardim Helena o mesmo nos informou que é um padrão de
acessibilidade que todas as estações, tanto da CBTM como do Metrô,
possuírem TDD. Confirmamos esta informação visitando algumas estações do
Metro: Belem, Artur Alvim, Barra Funda, Sé, Vila Prudente e São Joaquim; nas
linhas da CBTM visitamos as estações Tatuapé, Jardim Helena, Guaianazes e
Engenheiro Gullarr, todos os telefones estavam funcionáveis.
Com o fim de ampliar nossas constatações visitamos alguns bairros,
vilas e shoppings da cidade. Não encontramos nenhum aparelho que facilitasse
a comunicação nos bairros e vilas: Santa Clara, Vila Invernada, Barra Funda,
Guainazes, Vila Curuça Velha, Vila Diva e Vila Prudente. Achamos um TDD no
shopping Boulevard Tatuapé, porém não encontramos no Shopping Metrô
Tatuapé.
Pesquisa interna: decidimos verificar se o recurso Close Caption, ou
legenda, foi usado em algum programa de Tv no Domingo 20 de maio de 2012
às 2 da tarde. Fizemos a varredura durante uma hora e constatamos que
somente uma emissora exibia um filme com este sistema.
17
DISCUSSÃO
Segundo a LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 cujo 1°
artigo estabelece a promoção da acessibilidade de pessoas com algum tipo de
deficiência aos meios de comunicação, sendo que no Artigo 2° o direito à
acessibilidade é reafirmado, já que define a possibilidade e condição de
alcance para utilização dos sistemas e meios de comunicação, e no capítulo
está explicito este direito que é garantido o acesso à informação e à
comunicação sendo que o poder público deve promover a eliminação de
qualquer tipo de barreira que impeça o acesso aos sistemas de comunicação.
Outro ponto importante encontrado no artigo 19 desta lei é que os
serviços de radio fusão sonoras e de sons e imagens devem adotar planos de
medidas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra
subtitulação para a garantia do acesso à informação aos portadores de
deficiência auditiva.
É previsto em lei o direito à acessibilidade à comunicação para as
pessoas portadoras de deficiência auditiva e como foi constatado anteriormente
em nossa pesquisa os recursos tecnológicos hoje encontrados tornam os
meios de comunicação relevantes para que haja esta difusão, exemplos disto
citados antes são: o telefone para surdos(TDD) , o serviço closed caption e
celular para surdos.
Segundo site surdo.org existe um pouco mais de 1.500 aparelhos em
todo o estado de São Paulo sendo constatado em nossa pesquisa de campo
realizada em algumas estações de metrô da cidade de São Paulo, onde
conversamos com alguns dos funcionários que afirmam que em toda a rede de
metrô e da CPTM possuem TDD nas estações. (SURDO.ORG 2012)
Porém em uma lista de reivindicações realizada pela Federação
Nacional de educação e integração dos surdos (FENEIS) está no topo da lista
a reivindicação de implementação dos aparelhos de telefones para surdos
(TDD) em principais pontos das cidades tais como centros e bairros fora
escolas e locais públicos. Em casos como este um serviço facilitador para o
deficiente auditivo se mostra inacessível e limitada.
Outro serviço tecnológico condescendente previsto em lei é o closed
caption (legenda oculta) como citado e explicado anteriormente (pesquisa) e a
18
lei que abrange este serviço é a lei federal nº6.606 de 07 de dezembro de 1978
artigo 1° em que as emissoras de televisão de todo o País devem incluir em
suas programações semanais de filmes internacionais pelo menos um filme
com legenda em português. Podemos constatar conforme a pesquisa de
campo acima (resultado) realizada em 20 de maio de 2012 as 2 da tarde que o
serviço de closed caption só funcionou em única emissora de canal aberto
levando em conta o número de canais abertos hoje disponíveis é um número
baixo e que nos faz refletir sobre um outro ponto de discussão: a eficiência e o
cumprimento deste serviço. Segundo o site surdo.org parte da comunidade
surda não utiliza este recurso a explicação seria que parte dos surdos ao
menos são alfabetizados e os que são, muitas vezes não conseguem
acompanhar a velocidade da legenda, entretanto este tipo de serviço como diz
a organização tem que ser aperfeiçoado e continuar sendo aplicado.
Como citado anteriormente outro meio tecnológico utilizado atualmente é
o celular para surdos que consiste num aplicativo, onde o surdo digitará as
frases que passam por um tradutor, que por sua vez segue para o ouvinte
como mensagem auditiva. Do outro lado da linha, o tradutor reconhece a voz e
transforma a mensagem em texto para o surdo. A ligação pode partir do
“ouvinte” ou do surdo, outra função seria a bateria vibratória que permite ao
surdo “ouvir” o telefone chamar. Além disso existe o torpedo rybená que é um
serviço que permite receber e enviar mensagens de texto na Língua Brasileira
de Sinais - LIBRAS.
Desta forma são consideráveis estes tipos de “soluções” e parte de
princípios de ampliação no círculo de comunicação previstos em leis, decretos
e direitos dos deficientes auditivos sendo claro o papel da tecnologia para a
concretização de acessibilidade à comunicação e aos meios de comunicação.
(SURDO.ORG 2012)
19
CONCLUSÃO
Podemos inferir, diante da pesquisa analisada, que a história do surdo
começa com a história da comunicação dos surdos, já que, a comunicação é o
item mais importante para socialização desta comunidade. De fato trata-se de
uma história dramática, uma vez que o próprio Aristóteles lançou o veredicto de
que os os surdos não eram treináveis. O impacto desta ideia fez soar até hoje
em dia pois nos estudos tradicionais da língua somos levados a crer que as
pessoas que não se expressam não pensam. (SUMARÉ, 2012)
Sem dúvida o maior elemento de emancipação dos deficientes auditivos
foi a linguagem de sinais, conforme verificamos na pesquisa o abade L’ Epée
foi o precursor no uso da Língua de Sinais, porém infelizmente, nem a medicina
e nem a filosofia apoiaram suas descobertas. É notável que dois contribuintes
da ciência contemporânea possam se equivocar ao ponto de barrar o
desenvolvimento certo da língua de sinais. Só nos séculos XIX e XX que
tivemos uma consolidação efetiva da deste tipo de linguagem.
No entanto, podemos concluir, grosso modo, que a linguagem de sinais foi um
fator importante para a evolução da comunidade surda e sua solidificação
como sujeito social. Desta maneira temos o reconhecimento frente ao outro,
que já não é mais um indivíduo que não pensa, não é mais um indivíduo
isolado, pelo contrário, é um indivíduo que se comunica. Podemos apoiar este
conceito por meio de Diaz: Sem a comunicação cada pessoa seria um mundo
fechado em si. Pela comunicação as pessoas compartilham experiências,
ideias e sentimentos. Ao se relacionarem como seres interdependentes,
influenciam-se mutuamente e, juntas, modificam a realidade onde estão
inseridas.” (BORDENAVE, 1997, P.36)
Ora se este sujeito, chamado de maneira questionável de deficiente
auditivo, se apropria dos signos da comunicação e se torna competente para
isso, se este sujeito possui necessidades de conexão com o mundo, portanto
ele é ser atuante e histórico e como tal deve ser entendido e respeitado. Não
só isso, seus modos de se se comunicar devem ser ampliados e adaptados
para uma compreensão mais nítida e inclusiva, é neste ponto que a tecnologia
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entra em cena.
No século XX tivemos não só uma compreensão maior da comunidade
surda, as revoluções tecnológicas no âmbito da eletrônica e informática
ajudaram e muito a estreitar os laços sociais já que uma vasta gama de
aparelhos, softwares e tecnologias foram criadas. Muitas destas evoluções
foram listadas aqui: torpedo Rybená, player Rybená, tradutor
PortuguesXLIBRAS, estenotipia/estenografia, implante coclear, etc Ademais,
conforme enfatizado na discussão, as leis 10.098 , nº6.606 e o decreto nº2.592
, facilitam o uso destas tecnologias. No entanto a lei federal nº6.606 de 07 de
dezembro de 1978 artigo 1° em que as emissoras de televisão de todo o País
devem incluir em suas programações semanais de filmes internacionais pelo
menos um filme com legenda em português, pareceu muito discreta o que
talvez tenha contribuído para resultado da pesquisa de campo interna que
fizemos e de que falaremos adiante.
Dentre estas muitas melhorias tecnológicas concluímos que as mais
populares são o TDD, o Close Caption e o celular para surdos, já que são os
mais usados no cotidiano das capitais metropolitanas. Todavia deixar somente
os TDD nas estações de Metrô e CBTM é pouco, conforme verificamos os
bairros não possuem esta forma básica de telefonia o que dificulta e muito a
vida dos deficientes auditivos, esta afirmação é confirmada pelas
reivindicações realizadas pela Federação Nacional de educação e integração
dos surdos (FENEIS) na qual incluímos na discussão. Concernente ao Close
Caption a pesquisa de campo revelou que o deficiente auditivo não possui
muitas opções de escolha na Tv, na verdade ele só teria uma naquele dia e
horário.
Desta forma, concluímos que a acessibilidade tecnológica à
Comunicação dos Surdos, pelo menos na região de São Paulo, não é relevante
e sim deficiente. Afinal os deficientes auditivos não se encontram somente nos
metrôs e nas vias férreas, estão em todos os pontos da cidade e é um direito
deles ter TDD acessíveis. Ademais, não é segredo nenhum dizer que a
televisão é ainda o veículo básico de comunicação brasileiro e se faz
necessário um aumento expressivo de legendas ocultas nas programações dos
canais abertos. Ademais esta tecnologia deveria ser estendida a vídeos
educativos e propagandas de tv.
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Percebe-se então que a muito que fazer e a solução não esta centrada
somente em uma frente única, ou seja, não só os deficientes auditivos e as
associações que devem reivindicar as melhorias, cabe as famílias destes, os
governos e toda a sociedade mobilizar soluções básicas para incluir esta
comunidade de maneira definitiva em nosso meio. As escolas devem estar
preparadas e ensinar a língua de sinais, pelo menos nos seus parâmetros mais
simples. A mídia deve exibir programas de informação e conscientização para
que o cidadão possa estar cientes das dificuldades que esta comunidade
enfrenta. Enfim, somente a solidariedade pode nos trazer mais para perto este
fascinante universo que o mundo dos deficientes auditivos.
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ANEXOS
(Anexo 1)
O TDD(Telephone Device for Deaf, na sigla em inglês) Que funciona
através da Central de Intemediação surdo/ouvinte número(142), o deficiente
auditivo pode comunicar-se com pessoas ouvintes e vice-versa.
1. A pessoa surda liga para o 142 através do aparelho especial;
2. A mensagem chega à nossa central na forma escrita;
3. Um atendente especialmente treinado efetua a ligação para o número do
telefone de acordo com as instruções do usuário, localiza a pessoa solicitada
e informa sobre a ligação. A partir desse momento, o atendente faz a leitura
da mensagem digitada pelo surdo enquanto lhe envia a mensagem do
ouvinte na forma escrita. É mantido todo cuidado para assegurar a fidelidade
e o sigilo das mensagens intermediadas pelos atendentes.(fonte Brasil
Telecom).
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(Anexo 2) Celular para Surdos
Mais uma vez o Brasil mostra a criatividade e tecnologia de ponta.
A Brasil Telecom lança em Novembro, o celular para pessoas com
deficiência auditiva. O software foi desenvolvido pela RYBENA e no site o
histórico diz:
A solução nasceu da experiência com os deficientes nos trabalhos
realizados pelo DFJUG - Brasília Java Users Group no Programa JavaS, desde
2001 . Nessa troca de experiência, descobriu-se um mundo totalmente
segregado e tomou-se ciência da situação de isolamento e dependência a que
são expostos os Portadores de Necessidades Especiais (auditivos e cegos
principalmente). Recentemente, dentro do ambiente de trabalho no Instituto
CTS, uma colega cega chocou-se com um colega surdo e ambos caíram no
chão. A colega cega disse “desculpe”, e o colega surdo não ouviu. Por sua vez
o colega surdo, educadamente, fez o sinal de “desculpe” em LIBRAS, e a
colega cega não viu. São dois cidadãos que estão impossibilitados de se
comunicarem entre si. Esta é a realidade de mais de 20 milhões de brasileiros.
Neste contexto, surgiu a proposição de um sistema que permitisse a
comunicação entre as comunidades deficientes, através do uso de aparelhos
telefônicos portáteis (celulares), baseados na Linguagem Brasileira de Sinais –
LIBRAS , reconhecimento e síntese de voz.
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(Anexo 3) Exemplo de propaganda do Torpedo Rybena
(Anexo 4) Player Ribena
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(Anexo 5) Um exemplo esquemático do Projeto TLIBRAS
(Anexo 6) LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000
Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com
segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das
edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por
pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
CAPÍTULO VII
DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO
Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação
e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os
sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência
sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de
acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à
cultura, ao esporte e ao lazer.
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes
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de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar
qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência
sensorial e com dificuldade de comunicação e Art. 19. Os serviços de
radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas
com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação,
para garantir o direito de acesso à informação às pessoas portadoras de
deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.”
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BIBLIOGRAFIA
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(1) BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Imprensa Nacional, 2000.
(2) BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Imprensa Nacional, 1998.
(3) BRASIL, MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, Imprensa Nacional, 1978.