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Animês de Inverno Animês de Verão Animês de Outono Animês de Primavera Fairy Tail e o Valor de Um Minuto! Sword Art Online: Virtual e Real

Melhores 2014

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As melhores animações do ano de 2014, de acordo com a opinião do blog Outros Papos. Alguns dos melhores textos do ano, seguindo a linha editorial do blog.

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Page 1: Melhores 2014

Animês de Inverno

Animês de Verão

Animês de Outono

Animês de Primavera

Fairy Tail e o Valor de Um Minuto!

Sword Art Online: Virtual e Real

Page 2: Melhores 2014

Editorial- Outros Papos

Melhores de 2014 por Temporada

Estava pensando aqui em como iniciar este editorial

e a expressão que mais se repetiu em minha mente

foi essa: Que ano! O ano de 2014 será lembrado de

acordo com o tema, mas sempre com impacto. Na

área (tema) política temos a corrupção sendo inves-

tigada, com abusos cometidos dentro de empresas

de sociedade mista (Petrobrás), que está colocando

os papéis (ações) da empresa a menos de 10 reais

até o presente momento. Temos, também, na área

política a reeleição da presidente, que está sendo

questionada, pois, segundo revistas de grande circu-

lação, ela sabia dos desvios. E isso pode resultar em

um impeachment, mas eu duvido dessa possibilida-

de. Sem mencionar a morte prematura de Campos.

Na área esportiva temos a lambança que foi a Copa

do Mundo, com estádios supervalorizados, enquan-

to áreas essenciais do setor público ainda carecem

de maiores investimentos. Além, claro, do Alema-

nha 7 X 1 Brasil que exemplificou bem o desgaste

que o Brasil vem recebendo de nosso governo. Um

massacre que, apesar de tudo, agradeço aos ale-

mães, pois nos deu uma possibilidade de ressurgir.

Ressurgir novamente como uma potência, erguidos

de nossas próprias cinzas, tal qual a Fênix mitológi-

ca.

Já a área econômica nos dá incertezas futuras, com

recessão, desgaste econômico, inflação acima da

meta, descumprimento da meta do superávit pri-

mário, que foi remediada em votação. Se a lei per-

manecesse como está, o governo seria investigado

por crime de responsabilidade fiscal (Lei número

1.079/1950). Conseguiram alterar a lei antes de di-

vulgar as metas alcançadas no ano, então, se salva-

ram dessa. Tudo isso fez com que o dólar, até o pre-

sente momento, ficasse flutuando em torno da casa

dos R$2,70.

Na área cultural, nós tivemos a nossa primeira Co-

mic Con, a nossa CCXP, que mostrou que o Brasil

está ávido e preparado para eventos desse porte.

Um evento bem organizado, com muitas pessoas e

muita paixão. Segundo o que relataram em uma

live, o pessoal do Omelete afirmou que em um úni-

co dia o evento reuniu 22 mil pessoas. É um sucesso

impressionante que já tem data marcada para sua

segunda edição. Isso prova que nosso povo está an-

sioso por eventos como este.

E nesse contexto todo, o Outros Papos foi tratando

de economia, cultura pop e animês. Principalmente

animês, pois eles nos mostraram enredos maravi-

lhosos que fiz questão de divulgar. Foi difícil esco-

lher os textos para compor esta revista que, desde o

ano passado, reúne os melhores textos do Outros

Papos em uma coletânea interessante. Por exem-

plo, poderia colocar aqui o texto sobre o Ano Joa-

quim, inserindo mais um Joaquim ao texto (Levy),

entretanto, vou manter a visão que um dia será

uma tradição desta revista, que é tratar dos melho-

res textos sobre animês, todavia, alguns intrusos ao

tema poderão aparecer. Desta forma, escolhi os

melhores textos do ano e espero que gostem da

leitura. Aproveitem!

Outros Papos é um blog sobre cultura, direito, lite-

ratura e análises e é mantido pelo jornalista Patrick

Raymundo de Moraes.

http://www.outrospapos.com

Page 3: Melhores 2014

Índice

Animês de Inverno — 04

Animês de Primavera— 08

Fairy Tail e o Valor de Um Minuto — 14

Sword Art Online: Virtual e Real — 16

Animês de Verão — 19

Animês de Outiono — 24

Page 4: Melhores 2014

Temporada Inverno 2014

Chegamos ao fim da temporada de in-

verno de 2014 e, com isso, iniciou-se a

minha lista de favoritos. Esta lista será

diferente, pois vou fazê-la deste modo:

1) Melhores animês que iniciaram em

outra temporada, mas julguei premiá-las

nesta temporada de inverno e 2) Melho-

res animês de inverno, isto é, aqueles

que iniciaram e terminaram nesta tem-

porada. Com isso, poucas animações

ficarão no “vácuo temporal” e as que

ficarem, se conseguirem manter a quali-

dade, terão boa classificação em outra

época.

Melhores Animês premiados na Tempo-

rada de Inverno 2014 são aquelas que

não pude premiar anteriormente, pois

não se encerraram na mesma tempora-

da, ou seja, tiveram continuações e caí-

ram em um "vácuo temporal". Sabem

vocês, claro, que só julgo séries conclu-

sas, mas, devido a extensão das mesmas,

elas não puderam entrar em nenhuma

análise anterior. Pela qualidade das mes-

mas, decidi premiá-las aqui e agora.

1) Golden Time

Enredo: Banri Tada é um calouro, em

uma universidade de Direito em Tóquio,

com um passado confuso. Ele sofrera um

acidente na infância e, desde então, so-

fre com amnésia. Nesta universidade, ele

acaba encontrando pessoas que farão

parte de seu futuro e que fizeram parte

de seu passado. As relações se compli-

cam quando presente e passado se atri-

tam.

Este enredo pareceu coisa de novela

mexicana com tratamento do estilo e

técnica da narração japonesa. Acredito

que tenha sido mais ousado, pois a nar-

rativa foi rápida e o estilo foi dinâmico.

Enquanto uma novela mexicana se arras-

ta por inúmeros capítulos, geralmente

de forma muito lenta, Golden Time tor-

nou-se ágil, pois cada problema resolveu

-se, geralmente, no mesmo capítulo em

que fora apresentado. Com exceção da

amnésia, tudo se resolvera rapidamente.

A direção optou também por um esque-

ma no qual o capítulo iniciava-se com

leveza e comicidade e terminava com

uma surpresa, ou um choque dramático.

Este esquema funcionou muito bem,

afinal, deixou-nos ligados e apreensivos

para o que viria a ser o enredo da próxi-

ma semana. Coisa que acontece muito

em novelas e pode ser outro ponto em

comum entre os dois trabalhos.

Já a construção dos personagens apro-

fundou-se mais no Banri Tada e na Koko,

sua parceira e amante. O seu relaciona-

mento, foi explorado de maneira profun-

da. Não houve um momento sequer no

qual os pensamentos e sentimentos não

fossem retratados em cenas, diálogos ou

música. Prova disso é a segunda abertu-

ra da série, que demonstra toda a procu-

ra da Koko pelo seu amor em quadros,

cenas e música. A angústia desta procura

e a solidão que termina, no último se-

gundo, no último quadro, com um toque

gracioso de mãos. Já os demais persona-

gens tiveram um aprofundamento de

acordo com sua missão no enredo, ou

seja, não houve tempo para aprofundar

muito em histórias paralelas e, se assim

o enredo o fez, foi para demonstrar algo

importante nos personagens principais

(Banri e Koko).

Enfim, essa proximidade com o enredo

de novelas, mas com a agilidade e a jovi-

alidade da narrativa japonesa, torna Gol-

den Time um produto incrível que pode

ser bem aceito no ocidente. Eu gostei

demais de como toda a história foi trata-

da e de como todo personagem foi cons-

truído, ficando como o melhor animê

que terminou na temporada de inverno

de 2014.

2) Log Horizon

Enredo: Misteriosamente, cerca de 30

mil jogadores do jogo online Elder Tales

são transportados para o mundo do jo-

go. Não se sabe como, nem porquê. Ca-

be a eles continuarem sobrevivendo de

acordo com esta nova perspectiva, na

qual o real e o virtual mesclaram-se para

formar uma nova dimensão, onde tudo é

possível e a morte não existe. Neste con-

texto, em que o caos impera, um jogador

experiente chamado Shiroe ergue-se

para a construção de uma nova socieda-

de.

Ao assistir o primeiro capítulo, eu acredi-

tei que este animê seria apenas uma

cópia “caça-níquel” de SAO (Sword Art

Online), mas enganei-me. Eles bebem da

mesma fonte, isto é, possuem enredos

semelhantes, mas tratam disso diferen-

Animês de Inverno 2014

Page 5: Melhores 2014

temente. Enquanto SAO tornava-se um

animê que priorizava a construção de

relacionamentos, com casamentos e

coisas afim, Log Horizon priorizou a cons-

trução deste novo mundo, explicando

cada regra e cada construção. Foi mais

crível na construção de uma realidade

baseada em “jogos online”. Log Horizon

priorizou a construção de uma sociedade

que partira do nada e do caos.

Log Horizon também enfocou no cresci-

mento dos jogadores, através da subida

de nível, com regras bem claras. Aliás, o

enredo, quando necessário, ousava que-

brar as regras estabelecidas, mas de for-

ma condizente com a realidade vivida

dos personagens e sua formação e clas-

se. Também diferenciou-se de SAO no

tratamento dado aos NPCs, ou seja, per-

sonagens criados dentro do sistema para

interagirem com os jogadores. Aqui, os

NPCs são pessoas. Esta visão foi bem

explorada. No começo, eles eram des-

prezados como máquinas, mas, após

algum tempo, foram aceitos como pes-

soas e receberam os mesmos direitos de

um “Aventureiro” (jogador).

Log Horizon também se destacou, aos

meus olhos, na questão ética, com deba-

tes sobre direitos humanos, crime e di-

reito penal, porque alguns crimes passa-

ram a ter maior peso, uma vez que a

morte não existe mais dentro do jogo.

Foi nessa parte que adorei Log Horizon,

porque os personagens não deixaram a

ética, nem abandonaram os bons costu-

mes. Eu chorei quando os aventureiros

decidiram aceitar o apelo da princesa

Lenessia para ajudarem o “Povo da Ter-

ra” (NPCs) contra uma horda de criatu-

ras. Também foi emocionante a interfe-

rência de Shiroe na morte de um perso-

nagem importante, que não direi o no-

me. Arrepiante foram as cenas finais, do

último capítulo, bem como a cena da

“tentação de Cristo por Lúcifer” protago-

nizada por Shiroe e uma personagem

ainda oculta (também no último capítu-

lo).

A direção foi muito inteligente neste

aspecto e, além disso, as piadas são de

um ótimo nível e fazem um balanço per-

feito entre a ação e o drama. O lado cô-

mico nos ajudou a aceitar e nos afeiçoar

aos personagens com melhor eficiência.

Já a música, é uma das melhores que

ouvi. Vale o segundo lugar!

3) Kuroko No Basuke- 2ªtemporada.

Sinpose: Nesta temporada, o time de

Kuroko busca uma final inédita para ir ao

Campeonato Nacional, após a derrota da

temporada passada. Entretanto, os dois

times que se seguem são os piores possí-

veis, pois ambos possuem gigantes temi-

dos dentre os jogadores da “Geração

Milagrosa”.

A sinopse é mais ou menos esta. Só pos-

so dizer que o forte deste desenho é a

ação dentro do esporte e a comédia que

geralmente invade os capítulos fora da

quadra. Cada embate é um duelo de

Titãs, que faz inveja a qualquer guerrei-

ro, ou ninja ou cavaleiro. Aqui tratado no

presente, uma vez que a série pode vir a

ter uma continuação em breve. Não o fiz

com Log Horizon porque o mesmo con-

seguiu fechar arcos bem definidos, coisa

que Kuroko (2ª temporada) não o fez

ainda.

Esse embate de gigantes (os fortes en-

tenderão porque uso esta palavra) é de

tirar o fôlego. Além da animação bem

executada, acredito que a ação tenha um

maior efeito pela empatia que os jogado-

res transmitem. Esta empatia é, muitas

vezes, construída pelas sketches cômi-

cas.

Isso demonstra uma construção muito

boa do enredo e merece o terceiro lugar

neste espaço. Não é sempre que um jogo

de basquete torna-se um combate e con-

segue nos envolver, com tamanha efici-

ência, nesta realidade. Para se ter uma

ideia, no capítulo da semana passada, eu

aumentei o som ao máximo, após o fim

do jogo, para delirar com a conclusão da

partida. Não é sempre que isso acontece

e merece o terceiro lugar por esta cons-

trução de adrenalina e comédia.

Melhor animação da Temporada

de Inverno de 2014

A verdade é uma só. Os animês que co-

meçaram nesta temporada, e termina-

ram na mesma, não foram fortes o sufici-

ente para que eu pudesse construir nem

mesmo um TOP 3, portanto, vou optar

pelo primeiro lugar apenas e dar menção

honrosa a algumas séries que assisti, mas

que não foram assim tão bem.

Witch Craft Works

Sinopse: “Takamiya Honoka é um estu-

dante comum que por acaso se sentou

perto de Kagari Ayaka, a "Princesa" da

Page 6: Melhores 2014

escola. Ele nunca falou uma palavra com

ela, porém, um dia, quando a vida de

Takamiya estava em perigo, Kagari apa-

rece para salvá-lo vestida de bruxa. Des-

sa maneira é revelado que Kagari é uma

bruxa e que Takamiya está sobre a pro-

teção dela. Ela irá protegê-lo de qual-

quer perigo que apareça”. Retirado do

Crunchyroll .

O ponto forte do enredo foi alterar o

esquema do “cavaleiro que salva a prin-

cesa”. Aqui, com esta inversão, foi a bru-

xa que salvou o príncipe. Pelo menos,

isso ocorreu em grande parte dos capítu-

los, mas, vez ou outra, o Takamiya con-

seguia salvar o dia.

Vejam bem que o enredo não é para ser

levado à sério, sendo uma comédia ro-

mântica na qual o homem é submisso.

Os pontos fortes foram: animação bem

feita, personagens femininas bacanas,

música (o encerramento e a abertura

foram um sucesso, por isso, deixo os dois

aqui) e, por fim, uma ação boa aqui e

acolá. Foi diversão garantida e forte o

suficiente para estar aqui.

Menção Honrosa Melhores Animês que

Terminaram na Temporada de Inverno

de 2014 (MHMATTI- argh, peguei a ma-

nia de uma personagem de Sket Dan-

ce): Gin No Saji- 2ª Temporada por evo-

luir os personagens, e mostrar uma me-

lhor relação entre eles. Pecou pela ma-

nia da autora de criar dramas que não

são necessários, ou poderiam ser evita-

dos.

Menção Honrosa Melhores Animês que

iniciaram e terminaram na Temporada

de Inverno de 2014 (MHMAITTI- argh, se

mata cara!): Wizard Barristers (o que

houve com o 11º capítulo deixou a série

tão triste, que perdeu a posição para

Witch Craft Works. Ainda não sei se fal-

tou dinheiro, ou se foi censura).

Todos assistidos pelo Crunchyroll. Cli-

quem no nome de cada série e serão

levados para lá. E assim ficamos. Tchau,

pessoal! Abaixo um poema!

Page 7: Melhores 2014

O Amanhecer na Juventude e o Entardecer na

Maturidade

Este livro terá duas apresentações, pois será dividido em duas partes. Ambas possuem a finalidade de representar, com meus

textos, duas fases de minha vida: a juventude e a maturidade. Para tanto, reuni poemas que representem, fielmente, meu es-

tado de espírito nestas duas épocas. Na época do ensino fundamental, até a faculdade, eu escrevia meus sentimentos em pa-

pel. Um dia, resolvi reunir tudo e publicar. Assim nasceu o Despertar do Amor, em 2004, pelas mãos da editora Litteris. E faço,

destes textos, a primeira parte do livro, intitulada Amanhecer na Juventude. Revendo os textos aqui escritos, revisando-os, eu

vi como eram intensas as minhas emoções. Amo-

res não correspondidos, desejos carnais, fé em

Deus, tudo isso misturado em bloquinhos de tex-

tos, ou versos, com intensidade jovial, algumas

rimas e ingenuidade. Fiquei espantado como eu

interpretava a vida nessa época. Se pudesse voltar

no tempo, eu me encontraria e diria a mim mes-

mo: “relaxa, cara! Vai viver a vida, vai à Disney e

toma muito banho de praia, porque a vida não é

só isso que você está escrevendo. A vida é canção,

sensação, mas, acima de tudo, a vida é um cami-

nho belo que nos ensina muito. Não perca seu

tempo apenas refletindo sobre ela e vai vive-la

com a mesma intensidade que escreve estes tex-

tos. Vai por mim, a vida é mais serena do que es-

tes textos!”

Enfim, agora que já disse isso a mim mesmo, eu

publico estes textos revisados. São textos góticos,

até depressivos. Se houvesse um tipo poético que

compreendesse as características apresentadas,

pela maioria destas letras escritas, em minha ju-

ventude, este tipo poético seria da fase romântica

da literatura, ou seja, os textos aqui compreendem

muitas destas características, como o apreço pelo

campo (flores, praias e paisagens), o amor não

correspondido, a musa que inspira, a fé em Deus

(religiosidade), a rejeição e, por fim, o sobrenatu-

ral. Então, posso dizer que este livro é marcado

pelas características da literatura romântica. Espe-

ro que gostem da leitura deste livro, assim como

gostei de tê-lo escrito e reescrito.

Já na Amazon

http://www.amazon.com/Amanhecer-Juventude-Entardecer-Maturidade-Portuguese-ebook/dp/

B00DNLXTHE/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1418915893&sr=8-1&keywords=patrick+raymundo+de+moraes

Page 8: Melhores 2014

Animês de Primavera– 2014! Vencedores na opinião do Outros Papos!

Estamos chegando ao fim de mais uma

temporada! Na avaliação da temporada

passada, por causa de muitas restrições

minhas, apenas um animê foi seleciona-

do como o vitorioso e este animê foi

Witchcraft Works. Para esta temporada,

vou ser mais flexível. O que vai contar

pontos para as séries são os seguintes

fatores: um enredo que seja interessan-

te, uma direção que saiba entregar o

enredo de maneira convincente, uma

animação de qualidade e carisma, ou

seja, que eu goste da série. Sim, em tem-

poradas passadas eu selecionei até sé-

ries que não gostava muito, mas que

tinham excelência em sua produção.

Agora não, pois todas aqui são incríveis e

eu me afeiçoei demais a elas todas! Va-

mos lá!

Veja aqui as minhas primeiras impres-

sões sobre algumas séries!

1º Lugar - No Game, No Life de Yuu

Kamiya

Sinopse: Dois irmãos neets, termo que

significa “sem emprego, sem educação e

sem treinamento”, mas muito habilido-

sos com jogos, são transportados para

um mundo no qual todos os conflitos são

resolvidos através de jogos. Lá, tornam-

se soberanos!

A série chegou causando impacto por ser

de um nipo-brasileiro. A minha primeira

avaliação foi: “A motivação dos dois ir-

mãos, que não se relacionam com nin-

guém, trancados em seus quartos, é

muito convincente. Esta motivação é

justificada pelo modo como os dois ob-

servam este mundo. É palpável que os

dois se tranquem em seus quartos por

acharem a realidade deles cruel, falha e

sem sentido, tal qual um péssimo jogo já

criado. Esta motivação, assim como a

grande habilidade deles com o jogo

(lógica pura, grande raciocínio e bom

senso de observação) faz com que os

dois se isolem. Isso não significa que

sejam ruins, ao contrário, podemos ob-

servar nas atitudes deles muito carinho

um pelo outro, bem como um certo sen-

so de justiça, que não cai no maniqueís-

mo, mas se aproveita dele para interpre-

tar corretamente a realidade”. E isso

continuou a ser entregue em cada capí-

tulo. A saber, a forma como Sora descre-

ve a humanidade é tão atual que me

espantei. Segundo ele, a humanidade é

medíocre, mas, dentro desta mediocri-

dade, existem indivíduos que se desta-

cam, por isso, a humanidade deveria ser

preservada, pois dela pode sair seres

geniais como a Shiro! Amar a humanida-

de é amar esta possibilidade de cresci-

mento e genialidade! A humanidade,

então, tem grande possibilidades e acre-

ditar nessas possibilidades é acreditar

em seres que se destacam. Uma visão

incrível que nos foi repassada, pois vá-

rias séries nos trouxeram enredos em

que a humanidade está um verdadeiro

caos, sendo impossível acreditar nela,

como em Black Bullet, mas esse fio de

esperança na possibilidade da humani-

dade evoluir foi o grande trunfo deste

enredo.

Além disso, a série manteve um ritmo

interessante, sempre entregando um

roteiro genial de forma positiva e eficien-

te. A direção também entregou uma

animação linda, com cores quentes e

fortes, tom humorístico peculiar, às ve-

zes ofensivo e chocante, mas com refe-

rências dignas e homenagens hilárias a

outras séries, como a Dora, a Dejiko e o

Wryyyyy (os fortes entenderão).

Ou seja, começou forte e intenso e a

direção terminou estes capítulos, refe-

rentes a esta temporada, com a mesma

intensidade e genialidade, por isso, man-

teve o cinturão de Vencedor da Tempo-

rada de Primavera 2014 pelo blog Outros

Papos!

2º Lugar- The World Is Still Beautiful

Page 9: Melhores 2014

Sinopse: “Baseado no mangá de Dai Shii-

na, O Mundo Ainda é Lindo é um roman-

ce fantástico centrado em Nike Lemerci-

er, a quarta princesa do Reino Dukedom,

com os poderes únicos de invocar a chu-

va. Depois de perder um jogo de pedra

papel ou tesoura com suas irmãs, ela

tem que se casar com o rei do Reino En-

solarado, Livius I. Quando ela o encontra,

descobre que ele ainda é uma criança,

mesmo tento conquistado o mundo so-

mente três anos antes de ascender ao

trono. Mesmo eles sendo estranhos no

começo, eles logo começam a se enten-

der e desenvolvem laços emocio-

nais” (CR).

Eu me enganei sobre os personagens.

Apesar da Nike parecer com Lina Inverse,

ela possui mais poesia e beleza em seu

comportamento. Após alguns capítulos,

a sombra da Lina Inverse (Slayers) deixa-

a e ela começa a ter uma personalidade

mais romântica, mais voltada para o oti-

mismo, de que o mundo pode ser belo.

Já Livius não possui mais qualquer refe-

rência à sua habilidade para governar,

por isso, não pude reafirmar as caracte-

rísticas que poderiam ligar a personalida-

de dele com a de Alexandre- o grande.

Entretanto, a construção da personalida-

de de Livius foi interessante. Um garoto

com a responsabilidade de um homem,

um coração frio que a chuva da Nike

começa a mudar. Um relacionamento

bem construído, na verdade!

Por isso, o enredo volta-se para o relaci-

onamento de ambos e a construção do

carinho e amor que os dois sentem. Pas-

sa a ser um seriado romântico focado na

intimidade deste casal e suas aventu-

ras. Um amor complicado, pois existe

forte resistência contra o casamento

deles no início e, com isso, o enredo deu-

nos boas lições sobre o ciúme- “O Ciúme

em The World Is Still Beautiful”. Essa

construção intimista me deixou a assistir

a uma comédia romântica ideal, por isso,

ela subiu de posição.

3º Lugar- Nanana Buried Treasure

Sinopse CR: “"Ryuugajou Nanana no Mai-

zoukin" fala sobre Jyugo Yama, um rapaz

que foi deserdado por seu pai e forçado

a se transferir para uma escola em uma

ilha artificial. Ele começa a viver sozinho

até que descobre que seu quarto é as-

sombrado pelo fantasma de Nanana

Ryuugajou. Ela foi assassinada dez anos

atrás e não pode descansar em paz até

que seu assassino seja encontrado. Antes

de morrer, Nanana colecionou coisas do

mundo todo e as escondeu na ilha. Jyugo

e Nanana saem em busca desses tesou-

ros para, assim, usar seus misteriosos

poderes e encontrar o assassino”.

Eu não estava dando muita bola para

essa série, até surgir a Tensai. Uma per-

sonagem na qual o autor resolveu colo-

car todo o carisma de um genial detetive.

Sim, ela tem uma linha de construção de

raciocínio semelhante a de Sherlock Hol-

mes e não é uma dedução enganosa.

Detesto enredos nos quais eu percebo a

trama antes mesmo do detetive, e este

enredo me trouxe uma detetive genial,

que me mostra o caminho pelo qual se-

guir, ou seja, ela percebe coisas e deduz

tão rápido quanto você. Com isso, fiquei

interessado na série.

Já o enredo fica orientado na descoberta

de tesouros e na tentativa de se desco-

brir o assassino de Nanana. Uma vez com

humor, outra com ação, o enredo tenta

nos mostrar esta realidade divertida que

me fez lembrar, também, de Indiana

Jones, e outros filmes semelhantes, mas

sem o impacto que os mesmos possuem.

Outra coisa que me encantou na série é

a qualidade das cores. Cada olhar é uma

joia preciosa diferente. Cores lindas que

te deixam fisgado. O enredo, então, ga-

nha força na qualidade da animação e na

presença da Tensai, por isso, a série che-

gou ao terceiro lugar deste meu TOP.

4º Lugar- Baby Steps

Sinopse CR: “Baseado no mangá de

Hikaru Katsuki, Baby Steps gira em torno

de Eiichiro Maruo, um aluno exemplar

que fica frustrado com a vida e resolve

entrar no clube de tênis. Apesar de não

ter experiência nem força física, ele usa

Page 10: Melhores 2014

sua tendência ao estudo para abordar o

tênis de uma forma estratégica. Anotan-

do os hábitos e tendências de seus opo-

nentes, ele consegue prever o próximo

movimento antes mesmo de eles agi-

rem. Ele também encontra Natsu Taka-

saki, uma bela garota que ama tênis.

Com a ajuda dela, ele resolve virar joga-

dor profissional”.

Baby Steps ficou com o quinto lugar por

mostrar um tênis absolutamente normal,

ou seja, sem nenhuma jogada sobrena-

tural, cheia de KI ou elementos assim.

Por essa proximidade com a realidade

correta do tênis, a série ficou genial. Vale

conferir!

Conclusão

Estas foram, na minha opinião, as melho-

res séries desta temporada. Captain

Earth e Mushishi mantiveram uma boa

média, mas foram engolidas por estas

animações. Já Blade and Soul decaiu

muito, tanto na animação, no enre-

do, na justificativa da série e motivação

dos personagens, por isso, larguei a série

para lá em me concentrei nestas outras.

Esta temporada foi uma das mais diverti-

das.

Menções honrosas e aplausos para:

5º Lugar- Mushishi pela serenidade na

direção.

6º Lugar- Jojo Bizarre Adventure pela

forma "badass" de resolver as lutas e

homenagens a filmes americanos.

7º Lugar- Captain Earth pelo equilíbrio

da direção.

8º Lugar- Love Live pelas músicas belas e

pela emoção.

Page 11: Melhores 2014

Eu também decidi informar caso houves-

se alterações no meu TOP 5 e algumas

séries já caíram. Atualmente, o meu TOP

5 está assim definido: 1- No Game, No

Life; 2- The World is Still Beautifull; 3-

Mushishi; 4- Nanana Buried Treasure e 5

- Black Bullet. Blade and Soul caiu, pois a

animação perdeu qualidade, o enredo

tornou-se capenga e os personagens não

cativaram. Já Captain Earth permaneceu

com a mesma qualidade, mas perdeu o

lugar para Nanana pois o enredo dessa

caça aos tesouros está realmente mais

empolgante na minha opinião. Ao infor-

mar alguma mudança, eu não pego

meus leitores desprevenidos, pois já

sabem o que está acontecendo com meu

gosto pessoal.

Queria, também, deixar aqui três animês

desta temporada que não estarão no

TOP 5, e isso já tenho certeza, mas que

são bons e merecem uma divulgação.

Com isso, tento fazer com que os textos

para esta temporada se tornem mais

diversificados e que alcancem mais títu-

los. Vamos aos três, então. Clique nos

nomes para ser enviado à página do CR e

assistir aos três.

Kanojo Ga Flag wo Oraretara

Sinopse via CR: “Baseado na light novel

de mesmo nome escrita por Toka Takei e

ilustrada por Cuteg, Kanojo ga Flag wo

Oreratata fala do aluno novo Souta Hata-

te, que possui a habilidade de ver o futu-

ro das pessoas ao seu redor através de

bandeiras posicionadas acima da cabeça

delas. No entanto, em vez de viver por

conta própria após se transferir para a

Escola Hatagaya, de alguma forma ele se

vê morando sob o mesmo teto de lindas

meninas!”

É maluco! Esse seriado é tão doido que

merece destaque nesse TOP dos Excluí-

dos do TOP 5! Todos os clichês de harém

estão presentes, e tudo é conduzido de

forma meio insana. Por isso, ele é muito

cômico. As bandeirinhas que o Souta vê

são o centro de situações surreais, como

a transformação de uma pessoa de tsun-

dere para deredere. Outras situações

são igualmente engraçadas, como a situ-

ação do Megu e o bullying que ele sofre.

Vai dar uma espiadinha nessa loucura,

pois acredito que vai cativar a muitos!

Is The Order a Rabbit?

Sinopse via CR: “Kokoa chega à sua nova

cidade na primavera para começar seus

estudos no ensino médio, mas ela se

perde e acaba entrando em um café

chamado "Rabbit House", que acaba

virando o lugar onde ela irá morar. Todas

as pessoas de lá são tão fofinhas: a pe-

quena, porém adorável Chino, a soldado

Lize, a gentil japonesa Chiyo e a sofistica-

da porém realista Sharo. Elas se juntam

às colegas de classe de Chino, Maya e

Megu, e ao fiel cliente do café, Sr. Aoya-

ma. Tudo é tão fofinho todos os dias no

Rabbit House!”

Quer um animê em que nada de impor-

tante acontece, mas que, mesmo assim,

você gosta de assistir, justamente por

tudo ser tão kawaii? Esse seriado é “Is

The Order a Rabbit?” e você não se arre-

penderá. É um título que possui grande

força de vendas. Eu o vejo com potencial

para ser exibido aqui pelos canais por

assinatura e vendendo muitos produtos

relacionados com a série, pois é uma

série ao estilo Hello Kitty. Esse seriado

pode vender desde estojos, mochilas e

sandálias, até, brincos. E porquê? Porque

alcança um público diversificado, desde

crianças a jovens adultos e tem um caris-

ma forte.

Ele não entra no meu TOP 5, mas vejo

nele grande potencial de vendas e é tão

bonitinho que vai cativar as meninas.

Majin Bone

Sinopse via CR: “Ryuujin Shougo é um

aluno qualquer do ensino médio que

passa seus dias na sombra e água fresca.

Mas toda essa paz está prestes a acabar

quando “Dark Bone” aparece diante dele

tentando matá-lo. No entanto, suas ten-

tativas são frustradas diante a habilidade

de se esquivar de Shougo, mas o mons-

tro consegue capturá-lo. O fim está pró-

ximo, quando... Uma "Carta" surge do

TOP 3 dos Excluídos do Top 5– Primavera 2014

Page 12: Melhores 2014

chão e, quando Shougo a pega, coisas incríveis acontecem!”

Enquanto vejo potencial de vendas para o seriado acima, Majin Bone não fica atrás. O público jovem masculino vai se identifi-

car com esse seriado, que mistura ação, cartas e pode vender bonequinhos como água. É o típico seriado que pode passar no

Cartoon Network, ou nas manhãs do SBT.

Ele possui um apelo forte para os brasileiros, pois um dos personagens é brasileiro, joga capoeira, gosta de dançar e tem um

jeito bem alegre. Ele pode ser um elo entre o seriado e o público brasileiro.

Page 13: Melhores 2014
Page 14: Melhores 2014

Recentemente, comecei a acompanhar

esta série. Eu não a conhecia e nem lia o

mangá aqui publicado pela JBC. Lenta-

mente, comecei a gostar da estrutura do

enredo e a curtir o lado cômico. Para

mim, possui as melhores piadas que já vi

em séries do gênero. Entretanto, não é

sobre isso que gostaria de escrever.

Quando um capítulo se sobressai, imedi-

atamente presto homenagens ao valor

do enredo. Foi assim com Idolm@ster

(CHIHAYA E O ROUXINOL), com Fate

Zero (Fate Zero: Ethos, Mores e Lei!),

com The World Is Still Beautiful (O ciú-

me em "Soredemo Sekai wa Utsukushii"

– Capítulo 7) e tantas outras séries. Des-

ta vez, rendo homenagens ao enredo de

Fairy Tail 22 (assista no Crucnhyroll). Se

ainda não viu, pare aqui, pois tem spoi-

lers!

O Valor do Minuto

Sinopse do capítulo: “Several of the

Fairy Tail wizards are dead, dying, or

surrounded on all sides. To save

everyone and repent her multitude of

sins, Ultear casts a spell that will hope-

fully turn time back to before the Eclipse

portal was opened, even though the

cost is her own life”.

A

defi-

nição de um bom suspense começa com

um obstáculo que o herói precisa ven-

cer, mas, apesar de todos os seus esfor-

ços, não o vence. Esgotado, o herói não

vê recursos para vencer o embate. Ele

falha, ou está prestes a falhar. Não exis-

te uma solução visível para o herói e

esse sentimento de impotência é passa-

do para o espectador, que acompanha o

momento. Até então, acreditava que o

autor possuía dois caminhos: 1º- Sacrifi-

car o herói derrotado, matando-o; 2º-

Um milagre! O clima deste capítulo não

poderia ser mais adequado a isso. Todos

os heróis caídos, muitos mortos, e uma

batalha perdida.

O 1º caminho parece negado, pois não

existe nenhum herói em condições de

combate. Grey, Lucy, e todos os magos

da Fairy Tail estão mortos ou prestes a

morrer. Só resta ao autor o segundo

caminho, certo? Errado! Existe um ter-

ceiro caminho, uma redenção. Segundo

o dicionário informal, “A expressão re-

denção, origina-se do ato de soltura de

um escravo, que ocorria no primeiro

século, mediante o pagamento de um

preço. A palavra foi emprestada pelos

cristãos da igreja primitiva para designar

a libertação da escravidão do pecado

por meio da obra redentora de Jesus

Cristo”.

Redenção, nesse sentido, é o pagamen-

to de um tributo para gerar a liberdade

de um escravo. Ultear é uma escrava de

um passado de crimes, pois foi uma das

vilãs da série (wiki). Wiki: “Ultear é uma

maga e a filha de Ur. Ela já foi um mem-

bro da Grimoire Heart, da qual era a

líder do time mais poderoso, os Sete

Parentes do Purgatório. Após deixar a

Guilda das Trevas, tornou-se uma Maga

Independente ao juntar-se à Crime Sor-

cière, onde permaneceu até os eventos

que se deram no final dos Grandes Jo-

gos de Magia de X791”.

Já buscando redimir-se de seus erros

passados, Ultear decide usar sua magia

de regresso temporal. Este feitiço faz o

tempo regredir, com o preço de extin-

guir o tempo de vida do mago que a

invocar. Neste instante de dor e arre-

pendimento, Ultear evoca essa magia

com a intenção de que seu sacrifício

máximo possa evitar toda essa tragédia.

Aqui, os três caminhos se fundem em

um só: a redenção da vilã, que se sacrifi-

ca, esperando por um milagre.

Cena do sacrifício no mangá

E esse milagre ocorreu? Ao olhar para o

relógio, Ultear se desespera. Ela conse-

gue regressar o tempo em apenas um

Fairy Tail e o Valor de Um Minuto!

Page 15: Melhores 2014

minuto. Ela tomba achando que seu sacrifício em nada contri-

buiu para a vitória. Ela cai em prantos, achando que seu sacri-

fício foi inútil. Mal sabe ela o valor que um minuto possui. Se

em um minuto soma-se o sonho com a realidade, então, não

há como mensurar o valor de um minuto.

Gabriel, o Pensador já cantava a força de um minuto: “mas

tem hora que um minuto pode ser tempo demais, um minuto

de tormento pode ser muito mais lento do que um minuto de

paz” e já o livro Cada Minuto na Terra comenta que “no minu-

to em que você começar a ler este texto milhares de coisas

estarão acontecendo: a Terra será atingida por 6 mil relâmpa-

gos, quase 1.000 quilos de pipoca serão consumidos, 21 mil

pizzas serão assadas, 954 celulares com câmeras serão vendi-

dos ao redor do mundo, a Estação Espacial Internacional viaja-

rá quase 500 quilômetros ao redor da Terra e 12,5 bilhões de

litros de água do rio Amazonas chegarão ao oceano! (...) E

você? O que consegue fazer em 1 minuto”?

Respondendo ao autor do livro, em um minuto Ultear salvou

todos os integrantes da Fairy Tail. Em um minuto, a ordem

cronológica da história se restabeleceu e a chance de vitória

surgiu. Em um minuto, uma redenção ocorreu, uma heroína

apareceu e um milagre nasceu. Brilhante decisão do autor.

Desta forma, temos aqui diversas lições de enredo que o autor

Hiro Mashima nos deu: um terceiro caminho para a trajetória

do suspense, no qual o vilão redime-se, sacrifica-se e ocorre o

milagre, além do valor precioso de um único minuto. Esse ca-

pítulo, portanto, merece todo o meu respeito!

Page 16: Melhores 2014

No segundo capítulo desta série, Kirito

nos apresenta uma definição do que

poderia diferenciar o “real” do “virtual”.

Para ele, a diferença está basicamente

na quantidade de informações que são

repassadas. Para o ambiente real, a

quantidade de informações e dados que

nos são repassados é maior que no ambi-

ente virtual. Nesse sentido, o ambiente

virtual que se desenvolva e aplique mais

informações aos sentidos transformar-se

-á em ambiente real, ou estará próximo

ao “real”.

São questões interessantes que envol-

vem filosofia, semiótica e computação.

Vamos ver se ele está certo? Na verdade,

uma pesquisa, mesmo que pequena,

com a finalidade de preencher um blog,

ainda pode promover um debate. Lem-

brando sempre que na construção da

pesquisa nada está certo, ou errado, mas

alimenta com dados pesquisas futuras,

que podem comprová-la ou refutá-la.

Para André Luis Silva da Silva, “de acordo

com Thomas Kuhn (1962), epistemólogo

que abordou como conceitos funda-

mentais a evolução científica a partir da

superação e mudança de paradigmas,

uma mudança de paradigma nas ciên-

cias consolida-se como o ponto de parti-

da para um ensino com utilidade, que

forme sujeitos pensantes e questiona-

dores, capazes de positivamente intera-

gir em uma sociedade cada vez mais

complexa e exigente”.

Comecemos pelas definições que farão

parte da lógica de construção da realida-

de. Já no primeiro texto que li, O mito do

“virtual” e da “virtualidade”, o professor

José Antônio Meira da Rocha tem pensa-

mento semelhante. Ele parte do conceito

de “virtual” e “virtualidade” para cons-

truir seu pensamento. Nos seguintes

parágrafos, dou uma leve pincelada no

que ele escreveu. Para ler o texto com-

pleto, deixarei o link em seguida.

Para a Computação Gráfica

No XII Symposium on Virtual and Aug-

mented Reality, ocorrido em maio de

2011, em Minas Gerais, o conceito de

mundo virtual foi divulgado e “definido

como uma interface computacional que

permite ao usuário interagir em tempo

real, em um espaço tridimensional gera-

do por computador, usando seus senti-

dos, através de dispositivos especi-

ais” [Kirner 2011]. O usuário pode per-

ceber o mundo virtual, através de uma

janela constituída pela tela do monitor

ou pela tela de projeção ou ser inserido

no mundo virtual, através de capacete

(HMD) ou de salas com multiprojeção

(cavernas) e dispositivos de interação”.

Aqui já temos uma pequena pista, pois a

palavra virtual está empregada. Sabem

quem a usou pela primeira vez? Segun-

do José Antônio Meira da Rocha, o termo

foi usado pela primeira vez em 1950. Em

1989, Jaron Lanier popularizou o termo

criado por Ivan Sutherland. Assim ele

explica a origem um tanto bagunça-

da: “Eu originalmente me aproximei do

Page 17: Melhores 2014

termo como uma reação ou uma respos-

ta a um termo que já estava por aí. Tinha

um cara chamado Ivan Sutherland — ele

é o pai da computação gráfica — e ele

usava o termo ‘mundos virtuais’, o qual

na verdade remete a uma filósofa das

artes chamada Suzanne Langer. Ela fala-

va sobre mundos virtuais nos anos 1950,

antes que houvesse tecnologia para ima-

giná-los; ela estava usando o termo co-

mo uma metáfora” e, mais adiante, José

continua a explicação, ao afirmar que

“Suzanne Langer, uma filósofa da músi-

ca, descreveu estas concepções de virtu-

al no livro Sentimento e Forma, publica-

do originalmente nos anos 1950

(LANGER, 1980). Para ela, olhando um

quadro figurativo criaríamos em nossas

mentes um “mundo virtual”. Um quadro

de paisagem criaria aquela paisagem em

nossa mente”.

Para a Semiótica

É interessante notar que o termo usado

fora criado com uma significação diferen-

te, por isso, precisamos estabelecer mais

significados para o termo “virtual”/

“virtualidade”. A semiótica é o estudo

dos signos e dos significados e pode ser

usada nesta questão por aferir profundi-

dade ao termo. Para a definição estabe-

lecida no simpósio, existe um processo

comunicacional entre o usuário e a má-

quina em tempo real, ou seja, tudo é

linguagem, portanto, tudo é significação

e significado (semiótica). O virtual é algo

em potencial, que se materializa no cam-

po das ideias (Platão). Ao se dar profun-

didade ao virtual, ele deixa de ser algo

em potencial e torna-se algo de fato, ou

seja, o real.

O professor José Antônio não gosta do

termo definido por Lévy, pois, para ele,

os conceitos dados pelo pesquisador

apontam que tudo pode ser virtual. No

entanto, o professor ao final de seu texto

afirma que tudo é real, então, ele apenas

inverteu a ótica de Lévy. Se para Lévy o

virtual não é uma ilusão, mas um proces-

so de construção da realidade desde o

primeiro pensamento da humanidade, o

professor José defende que nada é virtu-

al, pois tudo é massivamente real, inclu-

indo o próprio pensamento que é uma

interação sináptica.

Fábio Oliveira Nunes usa a definição de

Lévy, “A virtualização não é, em ne-

nhum momento, um desaparecimento

ou uma ilusão. Ela é, afirma Lévy (nota),

uma dessubstancialização que se inclina

na desterritorialização, num efeito Moe-

bius, na passagem sucessiva do privado

ao público, do interior ao exterior e vice

-versa. A subjetivação (dispositivos téc-

nicos, semióticos e sociais no funciona-

mento somático e fisiológico do indiví-

duo) e a objetivação (influência dos atos

subjetivos na construção do mundo) são

dois movimentos complementares des-

se processo virtualizante. Para Lévy, a

virtualização não é um fenômeno recen-

te, pois toda a espécie humana se cons-

truiu por virtualizações (gramaticais,

dialéticas e retóricas). O real, o possível,

o atual e o virtual são complementares

e possuem uma dignidade ontológica

equivalente" .

Ao final, José defende novos termos,

pois virtual não tem uma definição preci-

sa, “Em Pedagogia, Informática e Comu-

nicação, os termos “virtual” e

“virtualidade” são definidos imprecisa-

mente ou impropriamente e não expli-

cam a natureza dos fenômenos em que

são aplicados. Como significado oposto

ao real, não devem ser usados porque

todas as interações que existem no uni-

verso são reais, inclusive a imaginação.

Ou, visto pelo ângulo da Semiótica, todos

os fenômenos do universo são significa-

ções”.

Complemento ao afirmar que o pensa-

mento não é apenas gerado e distribuído

por células nervosas (neurônios), mas

também influencia nesta rede sináptica,

principalmente se nos referirmos ao pen-

samento abstrato. O Pensamento Abs-

trato-- Dr. Jorge Martins de Oliveira e Dr.

Júlio Rocha do Amaral— o pensamento

abstrato “quando envolvido num proces-

so de criatividade, ele adquire uma tal

magnitude, que acaba por se constituir

em forte estimulo, capaz de promover a

proliferação dendrito-axonial, criando

novas sinapses. Torna-se, assim, um po-

deroso estimulador do aprendizado, do

conhecimento e da potencialidade de

memorização”. É algo “físico-virtual” no

qual o virtual transforma o real, ou seja,

impulsos elétricos (virtual) promovendo

estímulos e crescimento de redes sináp-

ticas (material/real). O virtual, então, é

um nível estagiário do real que o comple-

menta.

Conclusão

A conclusão que se chega é que o virtual

é um nível de conhecimento do real

(realidade). Assim como o próton e o

elétron são partes de um átomo, real e

virtual são partes do mesmo processo

dimensional que nós chamamos de reali-

dade. O virtual é um passo ao real, não

sendo contrário a ele, mas sua mais im-

portante ferramenta de construção. Des-

ta maneira, Kirito pode ter acertado ao

defender que o virtual necessita transmi-

tir mais informações para se aproximar

do real.

O professor José, ao tratar dos termos

“interação ao vivo” e “interação online”

já utiliza termos parecidos com as pala-

vras do Kirito e chega a uma proximidade

com o conceito lançado em Sword Art

Online.

A rigor, não existe diferença entre uma

interação ao vivo e uma interação por

computador, a não ser na forma de mai-

or resolução e qualidade da mediação.

Uma interação ao vivo tem maior resolu-

ção, maior quantidade de informações

que uma mediação por computador.

Mas também é mediada. Sendo ambas

interações mediadas e tendo ambas a

mesma natureza, como todas as media-

ções, não faz sentido diferenciá-las, a

não ser pelo nome da mídia: interações

ao vivo, interações online, por exemplo.

Desta forma, podemos perceber que as

palavras do Kirito possuem substância e

estão de acordo com conceitos elabora-

Page 18: Melhores 2014

dos por diversos estudiosos. Vamos esperar e ver se, algum dia, poderemos ter um avanço tecnológico que nos permita entrar

em jogos e viver neles como se fossem parte da dimensão que chamamos de realidade.

Page 19: Melhores 2014

Em 22 de julho de 2014, dei início à mi-

nha lista de favoritos para a Temporada

de Verão 2014e, apoiado pela ideia de

que a simplicidade dá grandes roteiros,

optei por avaliar as séries desta tempora-

da segundo este quesito. E a simplicidade

não é assim fácil, ou óbvia. No texto

“Exemplos de áreas cinzas”, escrevi o

que um roteirista entendia sobre a cons-

trução de roteiros:

“As grandes ideias não funcionam. Co-

mece com uma ideia pequena que possa

ser expandida. Com a saga dos filmes

Bourne, eu nunca li os livros (uma trilo-

gia de Robert Ludlum), preferi começar

do zero. A premissa simples do persona-

gem Jason Bourne é: ‘eu não sei quem

sou, nem de onde venho, mas talvez eu

possa me definir através do que sei fa-

zer’. Construímos todo um universo a

partir desta pequena ideia. Isso começa

modestamente e vai sendo construindo

passo a passo. É assim que se escreve

um filme para Hollywood” (Tony Gilroy).

Em outras palavras, comece simples, com

uma ideia singela e depois a evolua gra-

dualmente. Para Clarice Lispector, “que

ninguém se engane, só se consegue a

simplicidade através de muito trabalho”.

Pensei, então, em realizar duas listas,

pois percebi uma coisa: uma área cinza

pode ser simples também. Esse pensa-

mento perturbou a ordem deste TOP,

portanto, optei por criar duas classifica-

ções. A primeira classificação é a de ro-

teiros simples, sem áreas cinzas. A segun-

da classificação é a de roteiros com áreas

cinzas simples, ou seja, áreas cinzas que

não alteraram significativamente a or-

dem da história, fazendo-a permanecer

em uma ordem narrativa direta. Serão

apenas 3 classificados por ordem.

ORDEM DA NARRATIVA SIMPLES

Em 1º lugar- Hanayamata

Sinopse CR: “Não importa como olhe-

mos, ela sempre vai parecer uma menina

comum. Sem qualquer tipo de talento

especial para os esportes, para as artes

ou para os estudos. Apenas uma menina

normal. É assim que Naru Sekiya é, a me-

nina comum que vive à sombra de sua

grande heroína, a linda e perfeita Yaya

Sasame. Até que, numa noite de lua

cheia, Naru encontra uma fada, uma lin-

da menina que a convida ao maravilhoso

e desconhecido mundo da dança yosa-

ko”.

Essa série poderia tanto estar aqui, quan-

to na outra lista que se segue abaixo.

Decidi coloca-la aqui, pois as áreas cinzas

que se apresentam na série são restritas

a pequenos arcos, ou capítulos, não in-

terferindo significativamente no desen-

rolar da história.

O primeiro lugar justifica-se pela constru-

ção de enredo com os “personagens

transformadores” que tanto aprecio.

Para quem não acompanha meu blog,

um personagem transformador é aquele

cuja existência interfere diretamente no

destino, ou ambiente, de outros persona-

gens. Essa interferência ora é benéfica,

ora é maléfica. Em resumo, ele transfor-

ma a vida dos personagens ao seu redor.

Para Hanayamata, nós temos persona-

gens transformadores benéficos, isto é,

personagens que alteram para melhor a

vida de outros personagens. Essa altera-

ção promove amadurecimento dos mes-

mos.

Hana altera o destino da Naru, que altera

o destino de Yaya e assim por diante, em

uma cadeia de transformações. Essas

transformações ocorrem, pois existem

traumas e medos que promovem fraque-

zas. Estes medos são decorrentes do pas-

sado das personagens e ficam ocultos

(áreas cinzas) até que seja necessário ao

enredo contar. Ao ser contada, a história

transforma-se pela participação do per-

sonagem transformador que ajuda a ou-

tra personagem a superar o medo, a fra-

queza ou a dor que ela sente.

Como suspeitei que a história iria dialo-

gar com a audiência, mostrando-a como

a vida poderia ser bela, pelo amor à tra-

dição, e às amizades, o personagem

transformador não poderia faltar, pois é

através dele que o autor dialoga com o

íntimo dos personagens e, também, com

o íntimo do espectador que, porventura,

esteja passando por problemas seme-

lhantes. Isso enriquece o roteiro de ma-

neira a deixar a série muito próxima de

nossos corações. Merece o primeiro lu-

gar.

Vencedores, em duas listas, para a Temporada de Verão

2014

Page 20: Melhores 2014

Em 2º Lugar- LOCODOL

Sinopse CR: “Nanako é uma colegial que

se torna a estrela em sua cidade a pedi-

do de seu tio. Na companhia de Yukari,

sua colega de classe linda, maravilhosa,

perfeita e totalmente cabeça-oca, Nana-

ko embarca na carreira de estrela juvenil

e dá entrevistas, aparece na televisão a

até faz show! Tudo dentro dos limites de

sua pequena cidade, claro.”

Um roteiro genial, pois sua premissa não

é apenas uma história sobre ídolos lo-

cais, ou Locodols, mas sobre uma cidade

pequena no interior de Hiroshima. Uma

cidade chamada Nagarekawa. Fui procu-

rar no Google o distrito (veja-o aqui).

Através do enredo cômico, sobre garotas

que são escolhidas para formarem um

grupo de locodols, eles acabam por di-

fundir a região. A mensagem por detrás

do roteiro torna-se clara: difusão da ci-

dade e alguns costumes da região. Para

tanto, as ídolos promovem a região em

festivais e aparições na televisão.

O roteiro, então, chama a atenção para

a cidade.

Não existe uma única área cinza aqui,

mas existem problemas de estrutura. O

distrito existe, mas é diferente do que se

prega no animê. Nagarekawa é conheci-

do como um distrito boêmio, mas no

animê é mostrado como uma cidade

tranquila. Talvez o enredo tenha a inten-

ção de mostrar o outro lado de Nagare-

kawa que não é difundido, assim como

sua população local, mas por não mos-

trar isso claramente dá a impressão de

que a cidade é diferente.

Por outro lado, algumas tradições foram

difundidas de maneira interessante. Fui

procurar o Deus Billiken e vi que ele exis-

te e é um amuleto de sorte em Osaka

também. Segundo oWaymarking: “The

Billiken originated in the United States

by an art teacher Ms. Florence Pretz in

1908. Its popularity grew and soon enjo-

yed worldwide celebrity. The billiken, as

a good luck charm, appears multiple

times in the Vivien Leigh and Robert Tay-

lor movie Waterloo Bridge. At least two

Billiken-themed songs were recorded,

including "Billiken Rag" and the "Billiken

Man Song. Throughout Japan represen-

tations of the Billiken were enshrined.

The Billiken was a star in Sakamoto Jun-

ji's 1996 comedy Billiken in which the

statue is restored to the Tsutenkaku in

an effort to revive the popularity of the

tower and save Shinsekai. Today you can

see statues of Billiken in many places. It

is also used as a Mascot for sports teams

such as the Saint Louis University, you

can see a statue at the university”.

Por causa disso tudo: estrutura simples,

personagens fofas, história cômica, difu-

são de cultura e tradição, a série ganhou

o segundo lugar deste TOP.

Em 3º Lugar- Gekkan Shoujo Nozaki-kun

Sinopse CR: “Sakura Chiyo é uma menina

do ensino médio que tem uma caidinha

por Nozaki Umetarou, mas quando ela

declara seu amor, ele a confunde com

uma fã e lhe dá um autógrafo. E a confu-

são não para por aí! Quando ela diz que

não pode viver sem ele, Nozaki a convida

para sua casa, mas como sua assistente.

Ele, na verdade, é o famoso mangaka

Yumeno Sakiko, autor de renomados

mangás shoujo”.

Um enredo que caminha em um trajeto

reto. Não existe uma sombra sequer de

alteração em suas linhas. A genialidade

consiste no enredo comparar as situa-

ções vividas pelos personagens, com

histórias shoujo (romance para garotas)

criadas pelo Nozaki. Quando Nozaki pre-

cisa de inspiração para suas histórias e

personagens, ele frequentemente recor-

re aos seus amigos e escola. Com isso,

podemos ver como fica a história pelo

olhar shoujo e pelo olhar da comédia

seinen. Considero Gekkan Shoujo Nozaki

-kun uma comédia ingênua, porém ma-

dura, sobre a criação de mangás.

Ficou em terceiro lugar, porque o ro-

Page 21: Melhores 2014

mance sequer existiu. Foi apenas uma

justificativa para a Chiyo entrar na equi-

pe de criação de mangás do Nozaki e

começar a história de paralelos e compa-

rações entre shoujo e comédia seinen.

Todavia, acredito que isso baste, pois a

comédia é realmente o ponto forte desta

série.

ORDEM DE ÁREA CINZA SIMPLES

1º Lugar- Rokujouma no Shinryakusha?!

Sinopse CR: “Kotaro está pobre. Isso o

força a viver num pequeno apartamento

por 5 mil ienes por mês que, pelo lado

bom, ele não precisa dividir e pode des-

frutar da liberdade, mas pelo ruim, ele

precisa compartilhar com uma linda fan-

tasma que não permite que ninguém

more nele e vive tentando expulsá-lo de

lá. Não só isso: além de mal-assombrado,

o apartamento vira o campo de batalhas

de garotas mágicas que lutam pela paz e

pela justiça e por toda a sorte de garo-

tas!”

A ideia central possui uma história singe-

la, mas que respinga nela algumas áreas

cinzas. Não afetaram drasticamente o

enredo, nem mudaram o final de uma

hora para outra, então, estas áreas não

foram significativas e entra direitinho na

construção de áreas cinzas simples.

A mensagem que mais me chamou a

atenção neste roteiro é a de que estra-

nhos podem formar uma família. Imagi-

nem uma garota do submundo, uma

princesa alienígena, uma fantasma, uma

mahou shoujo, uma humana e um cari-

nha chamado Kotaro. Mais estranhos

uns aos outros não poderia haver. No

entanto, durante o desenvolver da tra-

ma, eles acabam por criar laços uns com

os outros e a disputa pelo apartamento

acaba perdendo gradualmente a força

entre eles. Há uma união. Há a formação

de uma família.

E não somente isso, mas uma per-

sonagem me chamou a atenção. A

Yurika (imagem acima) recebe um

bullying muito estranho, pois nin-

guém acreditava, até alguns capí-

tulos atrás, que ela pudesse ser

uma mahou shoujo (garota mági-

ca) e, no entanto, ela é. É meio

ilógico o pessoal aceitar o fato de

que existam alienígenas, pessoas

da terra e fantasmas, mas não

acreditar em mahou shoujo.

E isso é parte do problema que ela

enfrenta. Por ser insegura, ela é a

personagem que mais supera seus

limites na série. Todo capítulo ela

se supera de alguma forma. Ela

enfrenta estes três problemas: a

descrença que ela é uma garota

mágica, sua própria insegurança e

desmotivação pessoal. No entanto, ela

ajudou no resgate da Sanae, ajudou na

cura da Sakuraba, enfrentou outra

mahou shoujo, lutou pelos seus amigos

e, tudo isso, sem levar muita fé em si

mesma. É uma personalidade muito dife-

rente e que gostei dela pela mensagem

de superação. E ela faz isso sem cair lá-

grimas de nossos olhos com algum dra-

malhão. Simples, suave e discreto.

Outro ponto a se observar no enredo é

que um roteiro tão simples, que pode

ensinar que a diferença cultural não po-

de afastar as pessoas, e que se houver

respeito entre eles, até um território

pequeno pode ser dividido de maneira

pacífica, merece destaque. Pode servir

de alusão e metáfora para ensinar aos

pequenos a partilha adequada. Somente

isso já prova valor para estar aqui. E co-

mo o roteiro teve a tendência a estar em

uma linha reta, simples e eficiente, ape-

sar de algumas áreas cinzas (como essa

história do Cavaleiro Azul), vai ficar aqui

em 1º lugar e o quarto lugar para a histó-

ria da disputa pelo quarto. Sim, depois

dessa piada, eu me demito como come-

diante!

Page 22: Melhores 2014

2º Lugar- Sword Art Online II

Sinopse CR: “Em um futuro próximo, foi

lançado um Jogo de Realidade Virtual

em Massa para Múltiplos Jogadores On-

line (VRMMORPG) chamado Sword Art

Online, onde seus jogadores controlam

seus personagens com o próprio corpo

usando um dispositivo tecnológico cha-

mado: NerveGear. Um dia, os jogadores

descobrem que não podem sair do jogo,

pois o criador do jogo os mantêm presos

a menos que eles cheguem ao 100º an-

dar da Torre e derrotem o Boss final. No

entanto, se eles morrerem no jogo, mor-

rerão também na vida real. A luta pela

sobrevivência começa agora”.

Sei que a série não se encerrará com 13

capítulos, mas deixo aqui a análise do

que vi até agora. Também brinco com a

área cinza deste enredo, pois o Kirito

nem lembra quem é o assassino desta

saga. Ele já o enfrentou, mas não se lem-

bra dele. Eu brinco dizendo que nem o

autor da série sabe quem é. Uma área

cinza soberana! Desculpem a brincadei-

ra.

É uma área cinza simples, porque o não

se lembrar do assassino, ou o lembrar

dele, não afetou a história em nada. O

enredo se mostrou bem bacana de se

seguir e divertido de se assistir. Os em-

bates ao estilo Jedi ficaram sensacionais,

bem como a construção da Sinon. Uma

garota com fobia de armas que usa um

jogo online para superar o trauma foi

fantástico.

O forte dessa série é que o enredo está

tocando na realidade de maneira provo-

cativa. Sobre a questão da Sinon usar um

VRMMORPG para superar o medo de

armas, ele vai de encontro com o que o

psicanalista Norman Doidge escreveu

em seu livro “O cérebro que se transfor-

ma”. O cérebro possui uma plasticidade

avançada, isto é, ele se adapta a quais-

quer condições, não sendo uma estrutu-

ra fixa com funções fixas. Neste livro,

conhecemos o trabalho da Arrowsmith

School que trabalha com crianças com

deficiências diversas de aprendizado e

que usam jogos para reforçar o aprendi-

zado. A mente se adapta e muda de

acordo com o que é aprendido. Usar um

VRMMORPG para superar o medo de

armas é aceitável, segundo o que se en-

sina neste livro, bem como é uma ativi-

dade semelhante às usadas na Ar-

rowsmith School.

Ainda existe a questão do “Real e Virtu-

al” que explorei em meu texto (clique

aqui) e afirmei, naquela ocasião, que a

conclusão que se chega é que o virtual é

um nível de conhecimento do real

(realidade). Assim como o próton e o

elétron são partes de um átomo, real e

virtual são partes do mesmo processo

dimensional que nós chamamos de reali-

dade. O virtual é um passo ao real, não

sendo contrário a ele, mas sua mais im-

portante ferramenta de construção. Des-

ta maneira, Kirito pode ter acertado ao

defender que o virtual necessita transmi-

tir mais informações para se aproximar

do real.

Pela bela animação, e por este roteiro

com áreas cinzas simples e proximidade

com a nossa realidade, esta série, até

este presente arco, está com o segundo

lugar garantido neste meu TOP. E, por

fim, aqui vai o terceiro lugar.

3º Lugar- Fate/kaleid linerPrism☆Illya

Sinopse CR: “Illya (Illyasviel von Einz-

bern) é uma típica estudante do Instituto

Homurabara que tem uma quedinha por

seu cunhado. Certa noite, uma varinha

de condão chamada Cajado Rubi cai do

céu em sua banheira e a faz assinar um

contrato”

Na verdade, este já é o segundo arco da

história. Neste arco, Illya acaba se sepa-

rando em duas personalidades distintas.

Na verdade, ela servira de receptáculo

para o confinamento de sua irmã

(chamada aqui de Kuro Illya). Sua irmã-

Kuro- fora selada sem memórias dentro

dela. Fala a verdade, que mãe cruel! Né?

A história, então, tem muita área cinza,

por isso não está em uma posição me-

lhor, pois as áreas cinzas tem afetado o

destino do roteiro e alterado a ordem

narrativa. No entanto, dentro da propos-

ta desta análise, a área cinza apresenta-

se de maneira simples o suficiente para

abraçar este terceiro lugar. As intenções

da Igreja, o objetivo do selamento da

Kuro, e tantos outros mistérios, ainda

não revelados, promovem uma penca de

áreas cinzas.

O que se salva é que a área cinza promo-

veu uma das cenas mais emocionantes

desta temporada, na qual a Kuro grita

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por sua própria existência, fazendo-me refletir sobre o medo

da não existência e a consequência da morte. É inegável que

me senti próximo daquelas palavras, pois não conheço um

humano que não tenha, ao menos uma vez, pensado na mor-

te. Aliás, no texto sobre o valor de um minuto (Fairy Tail e o

valor de um minuto), comentei que um dos caminhos para se

resolver um suspense no qual o herói não possui mais recur-

sos para vencer, seria: 1- O sacrifício; 2- O milagre e 3- A re-

denção. E Fate mostrou o caminho do milagre nas cenas finais

que deixo abaixo. Kuro estava morrendo, já tinha desistido de

lutar pela vida e Illiya a motiva a agir. Um milagre ocorre. E

que dublagem maravilhosa a da Kuro!

Conclusão

Voltando a falar de George Bernard Shaw, ele disse uma vez

que morrer seria fácil, e a comédia seria difícil. Nesse sentido,

podemos provar que fazer comédia não é fácil e que, ao se

aplicar os julgamentos feitos por mim neste blog, às séries

desta temporada, podemos constatar que a comédia se supe-

rou, mostrando enredos geniais, cômicos e com a simplicida-

de tão difícil de se obter.

Existe a função da comédia que é a de nos fazer refletir sobre

os nossos costumes. Sir Hob afirmava nesse sentido que “a

comédia é um estilo literário que castiga os costumes rindo

deles, a poesia usa o impacto da linguagem para semear in-

terrogações”. O mesmo vale para a comédia animada. Nos

primeiros lugares temos comédias que nos fizeram refletir

sobre os costumes japoneses e sua cultura pop. Por isso, a

comédia foi o gênero em animê mais vitorioso no Verão de

2014.

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Os Melhores do Outono 2014

Essa lista terá apenas três nomes, pois

foram os títulos que conseguiram alcan-

çar o mérito segundo os seguintes pon-

tos: enredo, originalidade, direção (arte,

música, dublagem e escolhas de cenas),

além do fator divertimento. São títulos

interessantes. Além disso, farei uma no-

va categoria com o prêmio Melhor Curta

em Animação totalizando 5 títulos. Títu-

los muito interessantes. Na temporada

de Verão 2014, eu apontei que os títulos

cômicos seriam os melhores daquele

período e, após algum tempo, o portal

de streaming Nico Nico divulgou que as

séries cômicas foram as mais bem avalia-

das daquele período, segundo os assi-

nantes daquele portal. Acertei na mosca!

Para esta temporada, avalio que os dra-

mas (slice of life, épico e outros) serão os

melhores avaliados. Dos meus nomes

aqui escolhidos, os dramas predomina-

ram! Todos foram vistos através do site

Crunchyroll! Vamos Lá!

http://www.crunchyroll.com/

1º Lugar- Shigatsu wa Kimi no Uso (Your

Lie in April)

Sinopse CR: “Um pianista prodígio se

torna incapaz de ouvir sua própria músi-

ca após o trauma de perder sua amada

mãe e professora. Com isso arrancado

dele, a vida de Kousei Arima se torna

monótona e sem brilho. Um dia, Kousei é

apresentado a uma violinista chamada

Kaori Miyazono. Apesar da péssima pri-

meira impressão que Kaori causa, sua

música encanta completamente o rapaz.

Livre, poderosa e apaixonada, a perfor-

mance audaciosa de Kaori traz de volta a

Kousei a luz da vida. Reunidos pela músi-

ca, poderão as sinceras notas do violino

da garota fazer com que o rapaz volte a

tocar piano?”

Voltamos ao tema do personagem trans-

formador, que venho tratando exaustiva-

mente em meu blog. Desta forma, Kaori

tenta transformar Kousei através de sua

melodia e música. Dentro do enredo, a

música possui o poder de transmitir o

sentimento da pessoa através da melo-

dia. Ao se tocar um piano, o pianista

consegue fazer com que seus sentimen-

tos ressoem através da canção. Este res-

soar une os corações. Um pensamento

aproximado do que um cantor afirma

sobre o mesmo tema: “A música pode

ser política: a harmonia pode penetrar as

paredes onde as atitudes não podem, e

uma melodia pode chamar a sua atenção

mais rapidamente do que um grito. A

música pode nos enviar em uma direção

diferente e inesperada. Pharrell Willi-

ams, sobre "Happy"’. Desta forma, o

seriado promove a força da melodia co-

mo tratamento. Não é algo restrito a

uma animação, pois a música é usada em

tratamentos há muito tempo.

E aqui posso tratar de outro personagem

transformador, o transformador maléfi-

co, ou seja, aquele personagem que

transforma o outro para pior. Apesar do

que afirma a sinopse, a mãe de Kousei

era muito dura com o garoto e seu

aprendizado na música. Por muitas ve-

zes, o garoto era espancado e possuía

ferimentos pelo corpo. Após a morte da

mãe, Arima desenvolve um trauma e

uma maldição, na qual ele não consegue

ouvir as notas que saem do piano. Para

um pianista, isso é sua morte profissio-

nal, pois ele não tem como criar a har-

monia do som sem ouvir seu próprio

instrumento. Quando isso ocorre, men-

talmente Arima vê sua mãe com um sor-

riso maléfico, logo, a mãe dele o trans-

formou, colocando nele um trauma, por-

tanto, um ótimo exemplo de persona-

gem transformador maléfico.

Assim sendo, temos na personagem da

Kaori o personagem transformador be-

néfico. Com sua música, ela tenta liber-

tar o Arima desta maldição. Dando-lhe

suas emoções através do violino, seu

emprenho nos treinos musicais e compa-

nheirismo na hora das apresentações.

Até o presente momento, Arima apre-

senta-se em um duelo interno. Ele ainda

tenta vencer o fantasma de sua mãe e

tem como grande força a música e o

sorriso da Kaori. Ele toca para ela (Kaori).

Até o encerramento desta semana

(capítulo 10), Arima ainda era um perso-

nagem que lutava consigo mesmo, tendo

dentro de si dois personagens transfor-

madores. Cabe a ele decidir qual dos

dois vai vencer.

Vencedores Outono 2014

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2º Lugar- Shirobako

Sinopse CR: “Cinco garotas perseguindo

os seus sonhos! Baseado no mangá de

Kenji Sugihara, a história segue as prova-

ções e dificuldades de cada garota en-

quanto elas tentam o sucesso na indús-

tria do anime como roteiristas, produto-

ras e dubladoras.”

Um viva para Shirobako! Viva! Tempos

atrás, o CR transmitiu uma série chama-

da Servant X Service, que era sobre a

vida de funcionários públicos no Japão.

Foi um pouco decepcionante, porque

ficou restrito a dramas pessoais e nada

mostrou dos serviços de um funcionário.

Eu fui funcionário de uma empresa de

economia mista e sei que a série poderia

ter mostrado mais de situações cômicas

que existem no trabalho, pois eu as co-

nhecia de acordo com a minha realida-

de. Shirobako vem para consertar esse

erro.

O drama realmente direciona nosso

olhar para as garotas que estão tentando

seu espaço na indústria da animação.

Elas o fazem, pois possuem um sonho e

uma promessa a cumprir e este é o

lado romântico do enredo. Algumas já

alcançaram bom desempenho e outras

estão ainda lutando por um espaço. O

drama se foca nesse sonho, mas não

unicamente nisso.

Através do trabalho de uma produtora,

nós ficamos conhecendo detalhes de

produção de uma animação, além de

orçamentos, detalhes técnicos, salários

e estimativas de futuro. Como se não

bastasse, a série ainda nos leva a refle-

tir sobre o futuro da animação, pois

existe a mudança de tecnologia (2D

para 3D). Mudança esta que muitos

artistas da área ainda relutam em acei-

tar.

A série acertou em tudo que Servant X

Service havia errado! Desta forma, o

enredo é muito bem equilibrado. Ele

mostra bem o drama das garotas (lindas

por sinal) e o trabalho de cada uma de-

las. Com isso, ele consegue determinar

bem e mostrar com detalhes o processo

de animação, erros e acertos da equipe

e, como não poderia deixar de ser, hu-

mor com cenas interessantes. Ele ainda

nos dá um enfoque filosófico em deter-

minadas cenas, que faria Platão aplaudir,

mas disso não irei tratar. Se ficou curio-

so, veja a série pelo CR em português!

3º Lugar- Akatsuki no Yona

Sinopse CR: “Baseado no mangá de mes-

mo nome de Mizuho Kusanagi, Akatsuki

no Yona gira em torno de Yona, a prince-

sa do Reino de Kouka. Apesar de seu pai

desaprovar, ela se apaixona por seu pri-

mo, Soo-won, e planeja se casar com ele.

No entanto, ao completar 16 anos, seu

mundo vira de pernas para o ar e ela se

vê forçada a fugir do palácio. Agora, com

seu amigo e guarda-costas Hak, Yona

deve embarcar em uma jornada para

descobrir qual o seu verdadeiro destino

e, assim, poder realizá-lo.”

A sinopse não faz jus à série. Yona é

apaixonda por Soo-Won, mas seu primo

deseja uma única coisa: vingar-se daque-

le que ele julga ter sido responsável pela

desgraça de seu pai, ou seja, seu tio e pai

da princesa. Desta forma, Soo-Won mata

o pai da Yona e toma o trono, fazendo

com que a jovem princesa, que nunca

havia saído do palácio, tenha que fugir

por sua vida.

Page 26: Melhores 2014

A série mostra o conflito interno da prin-

cesa que ainda ama o primo, mas neces-

sita confrontá-lo para retomar o trono e

vingar-se pela morte de seu pai. Esse

conflito interno, bem como a possibilida-

de de querer defender o Hak (seu guar-

dião e amigo de infância) estão fazendo

-a crescer. Um crescimento que temos

acompanhado e ela tem evoluído rapi-

damente. Não obstante, estou perce-

bendo nela alguns traços de personali-

dade que estão aflorando, tal qual um

fogo interior. Isso a faz ser carismática,

porque ela tem muito o que crescer,

mas ela possui poder interno para isso.

A série também me mostrou uma das

cenas mais épicas em se tratando de

interação entre personagens. Yona é

uma bela princesa e Hak parece que

tem uma queda por ela. A cena mostra-

o dando em cima dela, pronto para lhe

roubar um beijo. Nesse momento, Yona

o acerta com uma cabeçada, fazendo-se

infantil e desastrada. Ele volta a um esta-

do infantil e os dois começam a discutir

como crianças. A cena possui momentos

que explico:

A- Yona percebe que vai ser beijada e

não deseja isso. Ela, então, se faz de

desajeitada e acerta-o na cabeça. Com

isso, Yona provoca Hak e retira dele a

intenção de forçar um beijo.

B- Hak sai do papel de homem e cai no

papel de amigo de infância ao ser cabe-

ceado. Ele muda emotivamente com a

ação da Yona que se defende sem preci-

sar acusá-lo ou tomar outra atitude que

ferisse o relacionamento e ambos.

Yona o manipula sem que ele percebes-

se, impedindo um beijo, fazendo-o voltar

ao estado infantil, como eles eram quan-

do crianças. Foi épico, pois eu percebi

uma inteligência emocional na cena e

que me deixou impressionado. Por tudo

isso, leva o terceiro lugar.

Prêmio Melhor Curta em Animação

Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakaranai

Ken

Sinopse CR: “O anime é sobre o dia a dia

da sincera e trabalhadora Kaoru e seu

marido otaku, que vive totalmente mer-

gulhado em fóruns na internet.”

O animê é curto, com apenas 3 minutos

de duração, mas mostra uma persona-

gem feminina muito forte. Geralmente,

o casamento é visto como uma forma de

uma pessoa ser feliz, na presença de um

(a) companheiro(a). Casa-se para ser

feliz, como se a felicidade estivesse no

outro. Kaoru impressiona já no primeiro

capítulo pela força. O marido dela, no

altar, chora dizendo que não poderia

fazê-la feliz. Ela responde que ela já é

feliz por ela mesma e que basta a ele

fazer a parte dele, ou seja, ela casa com

ele não para buscar a felicidade, pois ela

já a tem.

Existe um capítulo no qual Kaoru sente-

se infeliz sozinha, mas o casamento não

se deu para ela buscar uma felicidade,

mas para ela complementar a felicidade

dela. Pode parecer contraditório o que o

enredo promove nestes dois capítulos,

mas dá para entender que ela não pro-

cura nele a felicidade, mas um compa-

nheiro, ou seja, alguém para comparti-

lhar a felicidade como casal. Está aí uma

diferença que a faz ser forte, pois ela

procura alguém com a qual ela possa

compartilhar a felicidade que ela já tem.

Conclusão desta temporada

Antes de iniciar, devo dizer que Fate-

Unlimited Blade Works poderia estar

aqui no TOP 3, mais precisamente no

primeiro lugar, entretanto, a série oscila

um pouco, por isso achei prematuro

colocá-la neste TOP. Vou esperar um

pouco e ver como o enredo se desenvo-

vle um pouco mais, mas já afirmo que

ela vai entrar em uma lista posterior.

A conclusão que cheguei nessa tempora-

da é que as séries dramáticas predomi-

naram na questão de qualidade, enredo

e diversão, portanto, dominaram plena-

mente a minha lista. Não analisei o uso

de áreas cinzentas, mas se o fizesse acre-

dito que o TOP permaneceria igual ao

que está agora. Este ano foi um ótimo

ano para as animações e torço para que

2015 possa ser melhor.

Boas Festas!

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