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FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA Curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica Cilene Alves Silva Fabio Renato Germanio José Augusto Moura do Amaral MELHORIA DO SISTEMA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE UMA GRÁFICA DE MÉDIO PORTE ATRAVÉS DA METODOLOGIA RKW São Paulo Dezembro/2011

Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA

Curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica

Cilene Alves Silva

Fabio Renato Germanio

José Augusto Moura do Amaral

MELHORIA DO SISTEMA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE UMA GRÁ FICA DE

MÉDIO PORTE ATRAVÉS DA METODOLOGIA RKW

São Paulo

Dezembro/2011

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FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA

Curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica

Cilene Alves Silva

Fabio Renato Germanio

José Augusto Moura do Amaral

MELHORIA DO SISTEMA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE UMA GRÁ FICA DE

MÉDIO PORTE ATRAVÉS DA METODOLOGIA RKW

Projeto de consultoria apresentado à disciplina de Projeto Industrial Gráfico do 8º semestre do curso superior como parte integrante da avaliação do desenvolvimento do perfil profissional do tecnólogo em Produção Gráfica.

Orientador(es): Prof. Esp. Luiz Flávio Suarez Botana

Prof. Ms. José Pires de Araújo Jr.

(orientador técnico)

São Paulo

Dezembro/2011

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos nossos familiares pela compreensão nos fins de semana e

feriados dedicados à elaboração deste trabalho. Aos nossos professores José Pires,

Flávio Botana e Márcio Pucci, que nos deram atenção, compreensão e orientações

nas horas de anseios e dificuldade. Ao Sr. Rogério e Rafael por abrir as portas de

sua empresa, contribuindo assim para nosso desenvolvimento profissional. Além do

bibliotecário Marcio Moralles, pessoa de fundamental importância durante nossa

formação, inclusive para conclusão deste trabalho merecendo toda nossa gratidão.

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RESUMO

A Deltapromo “nome fictício” é uma indústria gráfica de médio porte que foi

fundada em agosto de 2009 com forte atuação no segmento promocional.

Nos últimos anos ela vem ganhando notoriedade devido a execução de trabalhos

com a qualidade esperada pelo cliente e atendimento aos prazos de forma eficaz.

Atualmente, a formulação do orçamento é baseada na análise dos custos diretos

calculados nos últimos trabalhos produzidos e que servem para a formação do preço

dos produtos atuais, o que gera orçamentos imprecisos pois não há a informação

dos custos indiretos envolvidos no produto. Para solucionar este problema será

realizada a implantação de um mapa de localização de custos, através do conceito

RKW que serve para definir e padronizar o preço de venda, transformando-se assim

em uma ferramenta auxiliar nas tomadas de decisões estratégicas da empresa.

Palavras-Chave: Mapa de localização de custos. RKW. Custo fixo. Custo variável.

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ABSTRACT

The Deltapromo “fictitious name” is a printing industry that started working in

August 2009 with most acting in promotional segment. It has received client’s

recognition for its high quality work. Nowadays, the estimation calc is based on direct

costs analysis using the lasts produced jobs. The information is used to determine

the price of current products, which leads to inaccurate estimates because there is no

information of the indirect costs involved in the product. To solve this problem the

implantation of a location cost map will be performed. This tool, named as RKW

allows to define and to standard the sales price as an assist tool, that helps the

company’s strategic decisions taken.

Keywords: Location cost map. RKW. Fixed cost. Variable cost.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação gráfica dos custos variáveis……………………………..…15

Figura 2 - Representação gráfica dos custo fixo ..........……………………………..…17

Figura 3 - Ponto de equilíbrio definido pelo volume de faturamento..……………..…19

Figura 4 - Ponto de equilíbrio definido pelo volume de contribuição marginal…..…20

Figura 5 - Representação gráfica do sistema de custos…………………………..…21

Figura 6 - Rateio...........................................................……………………………..…31

Figura 7 - Horas produtivas..........................................……………………………..…32

Figura 8 - Formação de preços atual............................……………………………..…36

Figura 9 - Formação de preços ideal............................……………………………..…37

Figura 10 - Resumo da planilha de controle de despesas mensais...……………..…40

Page 7: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estudo setorial.............................................……………………………..…10

Tabela 2 - Custo variável..............................................……………………………..…14

Tabela 3 - Custo fixo.....................................................……………………………..…16

Tabela 4 - Contribuição marginal..................................……………………………..…18

Tabela 5 - Encargos sociais..........................................……………………………..…28

Tabela 6 - Horas produtivas..........................................……………………………..…32

Tabela 7 - Modelo de orçamento..................................……………………………..…33

Tabela 8 - Modelo de mapa de custo 1.........................……………………………..…42

Tabela 9 - Modelo de mapa de custo 2.........................……………………………..…43

Tabela 10 - Folha de pagamento.............................................……………………..…44

Tabela 11 - Mapa auxiliar RKW.....................................………………...…………..…45

Tabela 12 - Mapa de custo RKW..................................……………………………..…46

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 10

1.1 Precificação e conceito de custos .................................................................... 11

1.2 Custo como base de valor ................................................................................ 12

1.3 Classificação dos custos .................................................................................. 13

1.3.1 Custos diretos................................................................................................ 13

1.3.2 Custos indiretos ............................................................................................. 13

1.3.3 Custos variáveis ............................................................................................ 14

1.3.4 Custos fixos ................................................................................................... 16

1.4 Contribuição marginal ou margem de contribuição .......................................... 18

1.5 Ponto de equilíbrio............................................................................................ 19

1.6 Como funciona o sistema de custos ................................................................. 21

1.7 Princípios de custeio ........................................................................................ 22

1.7.1 Custeio por absorção integral ........................................................................ 22

1.7.2 Custeio por absorção ideal ............................................................................ 23

1.8 Método de custeio por centro de custos ou RKW ............................................ 25

1.9 Como fazer o mapa de custos .......................................................................... 26

1.10 Conceitos ....................................................................................................... 27

1.10.1 Centros de custos (CC) ............................................................................... 27

1.10.2 Funcionários ................................................................................................ 27

1.10.3 Encargos sociais ......................................................................................... 28

1.10.4 Horas extras ................................................................................................ 29

1.10.5 Depreciação ................................................................................................ 29

1.10.6 Despesas .................................................................................................... 30

1.10.7 Horas produtivas ......................................................................................... 32

1.10.8 Custos/hora ................................................................................................. 33

2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA .............................. ................................................ 34

2.1 Setores e equipamentos disponíveis ................................................................ 34

3 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ............................. .............................................. 35

4 ANÁLISE DO PROBLEMA ............................... .................................................. 40

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5 DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO .............................. ................................................ 42

5.1 Implantação do mapa de localização de custos ............................................... 42

6 CONCLUSÃO ......................................... ............................................................. 47

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

ANEXO - Planilha de controle de despesas mensais. . ......................................... 50

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1 INTRODUÇÃO

No mercado gráfico brasileiro atual, uma das muitas dificuldades das

pequenas e micro empresas é conseguir formas de manter uma política de preços

justa, pois existem milhares de empresas em condições de disputar novos clientes,

exigindo investimentos tecnológicos com pequenas margens de lucro.

Segundo o Estudo Setorial da Indústria Gráfica 2009 elaborado pela

ABIGRAF/SEBRAE, dos milhares de empresas gráficas existentes no país, a maioria

são micro empresas e de pequeno porte, representando 88% do número total de

empresas, possuindo 32% da mão de obra empregada e 21% do faturamento do

setor.

Tabela 1 - Estudo setorial. Quantidade de Funcionários

Quantidade de Empresas Participação no total (%)

De 1 a 4 9.855 52,7

De 5 a 9 3.930 21

De 10 a 19 2.592 13,9

De 20 a 49 1.419 7,6

De 50 a 99 477 2,6

De 100 a 249 260 1,4

De 250 a 499 98 0,6

De 500 a 999 34 0,2

Acima de 1.000 8 <0,1 Fonte: ABIGRAF, 2009, p. 17.

Levando-se em consideração este nível de equilíbrio entre diferentes

empresas, se faz necessário que estas empresas desenvolvam ou aprimorem a sua

capacidade de gestão. Dentro desta realidade é extremamente importante que o

controle dos custos seja implementado para que a empresas possam aplicar uma

política de preços justa, com o objetivo vital de se manterem competitivas no

mercado.

Page 11: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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1.1 Precificação e conceito de custos

Os produtos e serviços oferecidos, aliados à política de preços, traduzem de

forma objetiva o posicionamento da empresa diante do mercado. A definição de

preços segundo Barbosa (2010, p. 50), deve considerar o contexto geral do negócio:

estrutura de custos, valor percebido pelo cliente, produtos alternativos, concorrência,

tecnologia aplicada, além de valores intangíveis como marca, confiabilidade,

localização etc.

A precificação deve avaliar cada pedido individualmente. No entanto, o

resultado geral da empresa depende fundamentalmente do volume total de vendas e

da forma pela qual cada pedido contribui para a construção do resultado final.

A gestão estratégica de preços deve ser feita sempre com base em

informações, e o sistema de custos é o alicerce dessa gestão. O sistema de custos

deve permitir a avaliação individual de cada produto e o acompanhamento global de

vendas, de custos e da contribuição acumulada.

O termo “custos” segundo D’Assunção (2000, p. 2), deve ser entendido como

sendo a resultante da soma de valores, de bens e serviços aplicados ou consumidos

com a finalidade de produzir outros bens, outros serviços ou de executar

determinada tarefa.

Isto quer dizer que os custos não devem ser apurados para as coisas físicas

(bens, mercadorias), mas também para serviços (seguro, fretes) e para os serviços

públicos tais como: energia elétrica, água, etc.

Exemplificando, na produção e comercialização de um impresso gráfico

implicam o consumo de papéis, tintas, chapas, na utilização de determinados

serviços executados por empresas de terceiros: facas de corte e vinco, clichês, na

utilização de mão de obra para impressão, acabamento, no pagamento de impostos

e de comissões de vendas, etc.

Tais itens devem ser encarados como custos e devem ser repassados aos

clientes.

O conceito de custos implica igualmente no fato de que determinados

consumos de matérias-primas e de séricos de terceiros que não geram outros bens

e serviços não devem ser repassados aos clientes, por serem considerados

DESPERDÍCIOS.

Page 12: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Alguns exemplos de desperdícios na indústria gráfica são: paradas de

máquina por falta de serviço, consumo de papel além do necessário por erros de

impressão, utilização em quantidade excessiva de tintas de escala para preparação

de tintas, utilização de chapas além do previsto por erros na cópia, etc.

Se repassarmos aos clientes os desperdícios, conseqüentemente estaremos

repassando a ele nossa improdutividade, tornando os preços de venda mais

elevados, sendo menos competitivos.

Cabe às empresas identificar suas principais fontes de desperdícios e atuar

para reduzi-las ou eliminá-las.

1.2 Custo como base de valor

Dentre todos os fatores a considerar na formação de preços, o principal

referencial é a estrutura de custos.

Para Barbosa (2010, p. 50), a única forma de garantir rentabilidade é por meio

da prática de preços que sejam superiores aos custos. Apesar de essa afirmativa

parecer óbvia, uma grande quantidade de empresas simplesmente não tem

condições de colocá-la em prática por causa da incapacidade de estimar os custos

de produção corretamente.

Utilizar unicamente os custos como base para a precificação equivaleria a

desprezar o mercado e a concorrência, assumindo que a empresa tem uma

estrutura de produção eficiente e, portanto, o custo mais competitivo.

Por outra lado, ignorar os custos na formação de preços é uma atitude muito

arriscada, pois as decisões comerciais passam a ser tomadas de forma reativa, com

base apenas em parâmetros externos, especialmente os preços praticados pela

concorrência. Também significa abrir mão de importantes indicadores que poderiam

sustentar ações de melhoria com o objetivo de aumentar a competitividade.

Para considerar os custos na formação de preços, é necessário conhecê-los,

classificá-los, selecionar uma metodologia adequada para cálculo e,

preferencialmente, implementar um sistema informatizado que permita sua aplicação

na formação dos preços de venda de forma eficiente e confiável.

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1.3 Classificação dos custos

Os custos conforme mencionados por D’Assunção (2000, p. 3) podem ser

classificados em diretos ou indiretos, variáveis ou fixos.

1.3.1 Custos diretos

São aqueles que podem logo de início, ser apropriados a um só produto ou a

um só serviço, isto é, tem relação direta e com ele se identificam independentemente

da variedade de produtos fabricados pela empresa.

Alguns custos diretos na indústria gráfica:

• Matérias primas:

Papel, cartão, tintas chapas, filmes, plásticos, material de acabamento;

• Serviços de terceiros:

Plastificação, fotolitos, clichês, faca de corte e vinco;

• Custos diretos de venda:

ICMS, ISS, PIS, COFINS, juros, comissões;

• Mão de obra direta:

Salários e encargos sociais de impressores, operadores de sistemas,

encadernadores, etc. Observação: Na prática se consideram os custos com

mão de obra direta como custos indiretos.

1.3.2 Custos indiretos

São aqueles que não guardam relação direta com um produto ou serviço e

dependendo do sistema de custos utilizado pela empresa, necessitam de rateios e

distribuições para serem apropriados aos vários produtos ou serviços.

Por essa razão, a apropriação dos custos indiretos ao custo unitário dos

produtos finais representa um desafio aos empresários que, constantemente,

buscam as melhores formas de proceder essa apropriação, que, mesmo feita dentro

dos critérios mais rigorosos possíveis, ocasiona sempre desvios e contradições na

configuração dos custos finais dos produtos.

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Exemplos de custos indiretos na indústria gráfica:

• Custos indiretos de fabricação:

Materiais auxiliares, água, energia elétrica, materiais de limpeza e

manutenção, depreciações, etc.

• Custos indiretos de administração:

Materiais de expediente, despesas com veículos, despesas com

propagandas, despesas financeiras, impostos indiretos, etc.

• Mão de obra indireta:

Salários e encargos sociais de secretária, supervisores, gerentes, faxineiros,

mecânicos, etc.

1.3.3 Custos variáveis

São aqueles que variam proporcionalmente a uma variação no volume de

atividades, ou seja, aumentam ou decrescem na mesma proporção das alterações

no volume físico da produção.

Tomemos o seguinte exemplo:

Tabela 2 - Custo variável.

Período Montante de

custos variáveis Volume de Produção

Custo unitário

1º mês R$ 70.000,00 7.000 R$ 10,00

2º mês R$ 80.000,00 8.000 R$ 10,00

3º mês R$ 90.000,00 9.000 R$ 10,00

4º mês R$ 100.000,00 10.000 R$ 10,00

5º mês R$ 110.000,00 11.000 R$ 10,00

6º mês R$ 120.000,00 12.000 R$ 10,00

7º mês R$ 130.000,00 13.000 R$ 10,00 Fonte: D’Assunção, 2000, p. 4.

Por meio do exemplo acima podemos verificar que os custos variáveis

seguem o volume produzido; no entanto, o custo unitário variável se mantém

constante para qualquer nível de volume produzido, isto é, para 7.000 unidades o

custo variável total é de R$ 7.000,00 e o custo por unidade foi de R$ 10,00; no outro

pólo para 13.000 unidades temos o custo variável R$ 13.000,00 mantendo-se o

custo em R$ 10,00.

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Podemos ainda, utilizando o mesmo exemplo anterior, representar

graficamente os custos variáveis em um eixo de coordenadas cartesianas, onde eixo

das abscissas representa o volume de produção e o eixo das ordenadas nos mostra

os valores monetários.

Figura 1 - Representação gráfica do custo variável. Fonte: D’Assunção, 2000, p. 5.

Exemplos de custos variáveis;

- Papel, cartão, tintas;

- Plastificação, faca de corte e vinco;

- ICMS, ISS, juros, comissões;

- Salários e encargos de impressores, copiadores, etc.

Observações:

Na prática os custos com salários e encargos da mão-de-obra direta são

considerados como custos fixos.

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1.3.4 Custos fixos

São aqueles que permanecem constantes independentemente de qualquer

variação no volume produzido de atividade da empresa (Tab. 3).

O termo fixo não deve ser entendido como um valor constante e imutável, e

sim, como um valor livre da ação do volume de produção, vendas, compras, etc.

Tabela 3 - Custo fixo.

Período Montante de custos fixos

Volume de Produção Custo unitário fixo

1º mês R$ 10.000,00 7.000 R$ 1,42

2º mês R$ 10.000,00 8.000 R$ 1,25

3º mês R$ 10.000,00 9.000 R$ 1,10

4º mês R$ 10.000,00 10.000 R$ 1,00

5º mês R$ 10.000,00 11.000 R$ 0,91

6º mês R$ 10.000,00 12.000 R$ 0,83

7º mês R$ 10.000,00 13.000 R$ 0,76 Fonte: D’Assunção, 2000, p. 6.

Pelo exemplo acima verificamos que o montante de custos fixos não segue o

volume produzido; no entanto, o volume produzido influencia o custo unitário fixo,

pois enquanto para 7.000 unidades o custo unitário fixo é de R$ 1,42, no outro pólo,

ou seja, 13.000 unidades, o custo é de R$ 0,76.

Conclui-se que os custos fixos não são proporcionais ao volume produzido,

porém, são melhor absorvidos e se alteram para mais ou menos em termos unitários

frente aos aumentos e diminuições das quantidades produzidas.

Page 17: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

17

Mantendo-se a mesma escala da figura anterior, podemos representar

graficamente os custos fixos, como na figura seguinte:

Figura 2 - Representação gráfica do custo fixo. Fonte: D’Assunção, 2000, p. 6.

A absorção dos custos fixos representa sempre um desafio para as

empresas modernas. É um indicativo do bom andamento dos negócios em

determinados limites, como exemplo: Capacidade das instalações e capacidade de

mão de obra que se mantém constantes. Assim por diante, estarão os custos fixos

sujeitos a acréscimos, mas ainda assim não necessariamente proporcionais as

quantidades produzidas.

Exemplos de custos fixos:

- Materiais auxiliares, água, energia elétrica, materiais de limpeza;

- Materiais administrativos, despesas com veículos, com propagandas,

financeiras;

- Salários e encargos de gerentes, supervisores, faxineiros, secretárias, etc.

Observação:

Alguns custos na indústria gráfica apresentam componentes fixos e variáveis,

sendo então chamados de semi-fixos ou semi-variáveis.

Por exemplo, custos com chapas de impressão, facas de corte e vinco ou até

mesmo um supervisor de setor podem ser suficientes para um determindado volume

de produção, no entanto para volumes muito elevados pode ser que haja

necessidade de confeccionar mais uma ou várias chapas de impressão, faca de

Page 18: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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corte e vinco ou contratar mais um supervisor, por exemplo, para um eventual

segundo turno de produção.

Na prática, deve-se evitar a classificação de custos em semi-fixos ou semi-

variáveis, optando-se pela classificação em fixos e variáveis segundo seja o

componente predominante da cada custo.

1.4 Contribuição marginal ou margem de contribuição

Ao realizar uma venda, Barbosa (2010, p. 54) diz que parte da receita obtida é

utilizada para pagar os Custos Variáveis de Produção e Venda (materiais, terceiros,

impostos e comissões).

O saldo restante permanecerá no caixa da empresa e “contribuirá” para o

pagamento de todos os Custos Fixos do período (aluguel, mão de obra,

equipamentos, etc.). A este saldo damos o nome de Contribuição Marginal.

Em termos matemáticos, a Contribuição Marginal é a diferença entre o preço

obtido na venda e o total dos Custos Variáveis gerados, como no exemplo a seguir:

Tabela 4 - Contribuição marginal.

Valor Total da Venda R$ 18.500,00 (-) Custos Variáveis de Venda

• Impostos R$ 2.775,00

• Comissões R$ 925,00

(-) Custos Variáveis de Produção

• Materiais Aplicados R$ 5.550,00

• Terceiros Contratados para a Produção R$ 1.295,00

Total de Custos Variáveis de Produção R$ 10.545,00

(=) Contribuição Marginal R$ 7.955,00

Contribuição Marginal % 43,00 % Fonte: Barbosa, 2010, p. 55.

No fim de um período, a empresa gerará lucro somente se o total da

contribuição marginal obtida nas vendas for maior do que o total dos custos fixos.

Daí a importância de se conhecer e gerenciar a contribuição marginal, pois o

resultado final da empresa não depende apenas da rentabilidade de cada pedido,

mas, principalmente, do montante total de vendas realizadas e da contribuição

marginal acumulada.

Page 19: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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1.5 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio equivale a uma situação em que a empresa não ganha e

não perde, não tem lucro e nem prejuízo.

Abaixo do ponto de equilíbrio, a empresa terá perdas, independentemente do

que tenha sido vendido e mesmo que os orçamentos fechados tenham apresentado

margens positivas.

Acima do ponto de equilíbrio, toda contribuição marginal se converterá em

lucro, potencializando os resultados.

Segundo Barbosa (2010, p. 55) toda empresa deve conhecer seu ponto de

equilíbrio e usar essa informação como um balizador nas decisões de venda.

O Ponto de Equilíbrio pode ser determinado e controlado de duas formas:

• Faturamento Total igual ao Custo Total do Período

Figura 3 - Ponto de equilíbrio definido pelo volume de faturamento. Fonte: Barbosa (2010, p. 56).

Ao estabelecer um ponto de equilíbrio com base no faturamento, a empresa

deve definir uma meta para o volume de vendas partindo do princípio de que, uma

vez atingido esse volume, todos os custos, fixos e variáveis, serão pagos com

recursos gerados pela operação.

Page 20: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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O acompanhamento é muito simples, pois utiliza apenas a informação dos

totais de vendas. No entanto, em uma empresa que trabalha por encomenda é muito

difícil antecipar qual será a composição dos custos dos produtos que serão vendidos

e os preços que serão obtidos. Dessa forma, controlar o ponto de equilíbrio apenas

a partir de uma meta de faturamento não oferece uma visão gerencial necessária

para esse tipo de negócio.

• Contribuição Marginal Total igual ao Custo Fixo do Período

Figura 4 - Ponto de equilíbrio definido pelo volume de contribuição marginal. Fonte: Barbosa (2010, p. 57).

Quando estabelece o ponto de equilíbrio com base na contribuição marginal,

a empresa passa a considerar a composição dos custos dos produtos vendidos na

definição de metas de vendas e no seu acompanhamento. O objetivo passa a ser o

de obter a um montante de contribuição marginal total que seja igual ou maior do

que o montante do custo fixo total projetado para o período.

O gerenciamento requer a decomposição dos custos de cada produto, sua

separação entre fixos e variáveis e o acompanhamento do volume total já obtido no

mês. Importante ressaltar que, independentemente da política comercial adotada,

cada produto deveria gerar contribuição marginal suficiente para pagar a parcela dos

custos fixos que utiliza em sua produção. Esta informação geralmente consta dos

demonstrativos financeiros elaborados pelo sistema de custeio gráfico.

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1.6 Como funciona o sistema de custos

Para atender os principais objetivos da contabilidade de custos, quais sejam,

avaliação de estoques, auxílio ao controle e auxílio à tomada de decisões, há a

necessidade de um sistema de custos, no qual são selecionadas as opções mais

convenientes em função das informações desejadas, levando-se em conta, é claro, a

questão custo versus benefício da informação a ser gerada.

De acordo com Bornia (2002, p. 52) “o sistema de custos faz parte de um

sistema mais amplo: o de gestão”. Dessa forma, o sistema de custos irá moldar-se

de acordo com o que é preconizado no modelo de gestão da entidade.

No entendimento do autor um sistema de custos é visualizado por meio de

dois ângulos: o primeiro considera que a informação gerada deve ser adequada às

necessidades da empresa, e a partir disso se opta por quais informações são

importantes; o segundo refere-se à parte especificamente operacional, isto é, à

forma como os dados serão processados para atender à informação desejada.

A partir dessa perspectiva, considera o sistema de custos sob duas óticas distintas:

princípio e método. Em que o método mantém a filosofia do princípio, porém com

metodologia de coleta de dados diferente, mais apurada.

O raciocínio do autor é traduzido na figura a seguir.

Figura 5 - Representação gráfica do sistema de cust os. Fonte: Backes; et al., 2007, p. 21.

A síntese apresentada na Figura 5 retrata a relação entre o princípio e o

método de custeio e a função dos mesmos em um sistema de custos.

Princípio de Custeio

Modelo de Gestão

Sistema de Custos

Informações Desejadas Processamento de Dados

Método de Custeio

Norteia o tratamento das

informações

Viabiliza a

operacionalização

Page 22: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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1.7 Princípios de custeio

Com relação aos princípios de custeio, Bornia (2002 apud Backers; et al.,

2007, p. 21), elenca o custeio por absorção integral, o custeio por absorção ideal e o

custeio variável. Adverte-se que esse raciocínio não é comum na literatura, que

engloba tanto os princípios quanto os métodos na denominação “métodos de

custeio”. Apesar disso, entende-se como apropriada a visão do autor, uma vez que

derivam dos referidos princípios as metodologias para custear os produtos (métodos

de custeio) que na essência, referindo-se à informação desejada, mantêm a

premissa principal da filosofia ou princípio do qual derivam.

1.7.1 Custeio por absorção integral

De acordo com Bornia (2002 apud Backers; et al., 2007, p. 21-22), o custeio

por absorção integral consiste em alocar todos os custos (fixos e variáveis) aos

produtos. Esse sistema está relacionado com a avaliação de estoques, ou melhor, o

uso da contabilidade de custos como um acréscimo para a contabilidade financeira.

Assim, esse princípio de custeio atende às exigências da contabilidade financeira e,

portanto, da legislação fiscal, gerando informações para os usuários externos da

empresa,podendo tais informações ser utilizadas para fins gerenciais como, por

exemplo, a formação de preços.

O custeio por absorção integral é reconhecido legalmente pela legislação

fiscal e está em concordância com os princípios contábeis, principalmente com o

princípio da competência. De acordo com esse princípio fundamental da

contabilidade, aprovado pela resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº

750/93, de 29 de dezembro de 1993, artigo 9º (2001, p. 83) “as receitas e despesas

devem ser incluídas na apuração do resultado sempre simultaneamente quando se

correlacionarem, independentemente do recebimento ou pagamento”.

Page 23: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

23

A concepção desse princípio induz ao entendimento que os produtos

incorrerão com os respectivos custos relativos à sua produção. Pelo princípio da

competência não seria correto jogar todos os custos fixos contra as vendas atuais,

se parte dos produtos elaborados só será vendida posteriormente; por essa razão,

uma parcela dos custos, variáveis ou fixos, relativos a tais produtos deve

permanecer para o futuro, correlacionando-se com o momento da venda.

Ainda assim, a crítica mais comum referindo-se ao custeio por absorção

integral é de que o inventário fica supervalorizado, pois em seu montante estão

contidas unidades não vendidas do período anterior, as quais mantêm parcela de

custos fixos que foram necessários para o funcionamento da empresa no período

em que esses produtos foram produzidos.

Outra limitação dirigida ao custeio por absorção é a alocação dos custos

indiretos de fabricação aos produtos, que por sua natureza necessitam de critérios

de rateio, o que inclui arbitrariedade e subjetividade.

1.7.2 Custeio por absorção ideal

Conforme Bornia (2002 apud Backers; et al., 2007, p. 22-23), no custeio por

absorção ideal, todos os custos são computados como custos dos produtos.

Contudo, os custos relacionados com insumos usados de forma não-eficiente

(desperdícios), não são alocados aos produtos. O autor salienta a importância desse

princípio para o auxílio do controle dos custos e apoio ao processo de melhoria

contínua da empresa.

Sua característica principal é a separação dos custos fixos entre custos e

desperdícios, ocorrendo a mensuração dos desperdícios verificados no processo

produtivo. Dessa forma, a ineficiência não é repassada aos produtos.

Em resumo, esse princípio de custeio determina o custo unitário do produto a

partir da perspectiva de custo ideal, ou seja, aloca o valor dos insumos utilizados de

forma eficiente aos produtos e os recursos que foram utilizados de maneira

ineficiente são considerados desperdícios do período. Esse raciocínio busca

destacar a ineficiência, fazendo com que sejam concentrados esforços no sentido de

minimizá-la ou anulá-la, na busca da melhoria contínua e, consequentemente, de

melhores resultados.

Page 24: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

24

1.7.3 Custeio Variável

O custeio variável surgiu da necessidade de solucionar os problemas

acarretados pela dificuldade de apropriação dos custos fixos indiretos aos produtos

e da grande utilidade do conhecimento do custo variável.

Diz-se dificuldade de apropriação dos custos fixos indiretos porque a própria

classificação desses custos (classificação pela facilidade de alocação) indica que

eles não possuem uma relação direta com os objetos de custeio.

Para exemplificar, cita-se o caso de uma empresa multiprodutora, que ao

incorrer em custos de depreciação das máquinas não encontra uma medida objetiva

de apropriação desse custo aos produtos, haja vista a diversidade do processo de

produção, necessitando de algum critério de rateio aproximado para alocação como,

por exemplo, horas/máquinas.

Dessa forma, o custeio variável considera a apropriação de todos os custos

variáveis, diretos e indiretos, e tão somente variáveis, aos produtos, sendo que os

custos fixos são jogados integralmente ao resultado do período.

O custeio variável é também conhecido como custeio direto, mas no

entendimento de Leone (2000 apud Backers; et al., 2007, p. 23), a primeira

expressão é mais correta, pois o fundamento do critério não é a “diretibilidade” de

despesas e custos, uma vez que este termo é utilizado para igualar-se ao termo

usado pelos americanos, embora não seja encontrado no rol das palavras da língua

portuguesa. “Diretibilidade” significa a separação dos custos e despesas em diretos

e indiretos, em relação ao objeto de custeio, contudo o autor salienta que o

fundamento do critério é a variabilidade dos custos e das despesas.

Entendendo-se os princípios de custeio como filosofias ligadas aos objetivos

do sistema de custos, é possível dizer que o custeio variável está relacionado com a

utilização dos custos como fatores de apoio para a tomada de decisões de curto

prazo, quando os custos variáveis tornaram-se relevantes, a exemplo da aplicação

das análises baseadas na margem de contribuição e no ponto de equilíbrio.

Page 25: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

25

1.8 Método de custeio por centro de custos ou RKW

O estudo se concentra na aplicação do método de custeio por centro de

custos ou RKW, que deriva do princípio de custeio por absorção integral, pois

mantém a filosofia de alocação dos custos fixos e variáveis aos produtos, incluindo-

se as despesas.

O método RKW teve sua origem na Alemanha, no início do século XX, e

encontra diversas denominações na literatura, pois de acordo com Bornia (2002

apud Backers; et al., 2007, p. 24), pode ser chamado de Método dos Centros de

Custos, Método das Seções Homogêneas, Mapa de Localização de Custos e,

conforme Vartanian (2000 apud Backers; et al., 2007, p. 24), Custeio Pleno. De

acordo com Vartanian (2000 apud Backers; et al., 2007, p. 24), no Brasil o método é

mais conhecido pela sigla RKW, que representa as iniciais de um antigo conselho

governamental alemão para assuntos econômicos (Reichskuratorium für

Wirtschaftlichtkeit).

De acordo com Martins (2001 apud Backers; et al., 2007, p. 24), o modelo

original do RKW considera o custo de oportunidade, referindo-se à remuneração do

capital próprio. O referido autor destaca a utilidade do método em considerar o rateio

dos custos e despesas totais, expressando que dessa forma é possível chegar ao

valor de “produzir e vender”, bastando então acrescentar o lucro desejado para se

obter o preço de venda final.

A partir do raciocínio do autor, se percebe a importância do método na

formação de preços considerando os custos totais da empresa, vistos como o pior

custo, por serem considerados em sua totalidade (custos e despesas).

A forma de apropriação dos gastos considerando a filosofia do custeio

absorção e o método de custeio RKW é praticamente a mesma, divergindo no que

diz respeito à apropriação das despesas, através de critérios de alocação, que no

custeio por absorção não são apropriadas aos objetos de custeio. No custeio pleno

utiliza-se a apropriação de todos os gastos aos produtos, sendo seu objetivo

essencialmente gerencial, enquanto que no custeio por absorção aloca-se apenas

os custos, seu objetivo é financeiro, visando a valoração de estoques e a apuração

do resultado.

Page 26: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

26

1.9 Como fazer o mapa de custos

O mapa de custos é uma grande ferramenta utilizada na formação do preço

de venda. Por meio deste mapa, que utiliza a metodologia RKW, todos os custos da

empresa (salários, despesas, depreciações, etc.) são localizados em centros de

custo e convertidos em tarifas horárias.

A partir de instruções “passo a passo” segundo a ABTG (2006, p. 21-30), a

empresa será capaz de construir seu próprio mapa de custos. Além de acompanhar

as instruções observando um mapa modelo, ainda há a possibilidade de recorrer as

definições conceituais e exemplos que este trabalho possui.

Mapa de custos - passo a passo

Segue abaixo os passos necessários para montar o Mapa Modelo. Os termos

em negrito estarão detalhados no item Conceitos.

1º Divida sua empresa em centros de custos (auxiliares, produtivos ou

administrativos).

2º Lance todos os funcionários , alocando-os aos centros em que trabalham.

3º Some os salários por centros de custos e adicione 60% de Encargos

Sociais .

4º Calcule sua depreciação mensal por centro de custo e lance na coluna

respectiva.

5º Lance as despesas ,rateando sua distribuição por centro de custo.

6º Some as despesas por centro de custo ,inclusive a depreciação.

7º Para encontrar seu custo fixo por centro de custo, some as linhas:

Salários + Encargos e Soma das Despesas.

8º Distribua os custos fixos dos centros auxiliares e administrativos para os

produtivos.

9º Para cada centro de custo produtivo, defina sua capacidade de horas

produtivas por mês.

10º E finalmente, para encontrar seu custo/hora por centro de custo, some:

Custo Fixo, rateios auxiliares e administrativos e divida o resultado pelas horas

produtivas.

Page 27: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

27

1.10 Conceitos

1.10.1 Centros de custos (CC)

Denominam-se “Centros de custos”, os setores da empresa que têm funções

produtivas bem definidas. Exemplo: CTP, Impressão, Dobra, Alceamento, etc.

Os centros de custos classificam-se em Auxiliares, Produtivos e

Administrativos.

Auxiliares - São os setores que têm função de apoio aos demais setores.

Exemplo: Almoxarifado, Fábrica Geral, Corte.

Para que seus custos sejam considerados, os centros auxiliares são rateados

aos produtivos, proporcionalmente a sua utilização.

Exemplo: Almoxarifado - 10% para Pré impressão, 70% para Impressão e 20%

para o Acabamento.

Produtivos - São os setores que participam diretamente do processo

produtivo, permitindo a definição das horas consumidas na produção de um produto.

Exemplo: Pré Impressão, Impressão e Acabamento.

Caso a empresa trabalhe com equipamentos com características equivalentes

ou grupo de profissionais que executem operações manuais, poderá aglutiná-los em

um único CC.

Administrativos - São os CC de apoio que executam atividades de caráter

gerencial e administrativo.

Exemplo: Vendas e Administração em geral.

Assim como nos CC auxiliares, os custos administrativos serão distribuídos

para os produtivos.

1.10.2 Funcionários

Devem ser considerados os salários brutos.

Exemplo: um impressor recebe mensalmente R$ 1.500,00. Porém, sua receita

líquida mensal é de R$ 1.350,00. Devemos considerar R$ 1.500,00, para efeito de

custo.

Caso o funcionário trabalhe em mais de um setor, seu salário deverá ser

distribuído proporcionalmente entre eles.

Page 28: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

28

Exemplo: Joaquim, encarregado de produção - 50% de seu tempo é

dedicado ao setor de Impressão. Os demais 50% estão distribuídos entre Pré

Impressão e Acabamento.

1.10.3 Encargos sociais

Há duas possibilidades de encargos sociais no Brasil. “Não optantes pelo

Imposto Simples” (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições

das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) considera todos os

encargos sociais na íntegra, sem o benefício de incentivos fiscais.

“Optantes pelo Imposto Simples” constitui uma forma simplificada e unificada de

recolhimento de tributos. (BRASIL. Receita Federal, 2011).

Tabela 5 - Encargos sociais.

CÁLCULO DOS ENCARGOS SOCIAIS

Completo Simples

Encargos Mensais

(INSS empresa taxa fixa patronal) 20,0% não há

Seguro acidente de trabalho 2,0% não há

Terceiros (INCRA, SENAI, Salário Educação, etc.) 5,8% não há

FGTS 8,0% 8,0%

Contribuição Social 0,5% não há

1. Total dos encargos mensais 36,3% 8,0%

Encargos Anuais

13º Salário + Encargos [(100/12)* [1+(total dos encargos mensais/100)] 11,4% 9,0%

Abono de Férias + Encargos [(100/12)/3] * [1+ (total dos encargos mensais/100)] 3,8% 3,0%

2. Total dos encargos anuais 15,2% 12,0%

Provisões de Encargos (Fonte: Federação das Indústrias de SP - 2004)

Provisão para indenização compensatória 5,1% 3,8%

Aviso Prévio 2,5% 2,5%

3. Total das provisões 7,6% 6,3%

Total dos encargos sociais por mês: 1 + 2 + 3 59,1% 26,3%

Fonte: ABTG, 2006, p. 24.

Neste trabalho, consideramos que nossa empresa modelo não é optante pelo

Simples e, para efeito de cálculo, arredondamos os encargos sociais para 60%,

aplicando-os sobre o total dos salários direitos e indiretos.

Page 29: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

29

1.10.4 Horas extras

Nas empresas onde a prática de horas extras já se tornou uma constante,

deve-se considerar, no mapa de custos, a média mensal dos custos e do número de

horas trabalhadas.

1.10.5 Depreciação

A depreciação representa o desgaste físico e técnico de um equipamento ou

máquina, causado pelo seu uso ou defasagem tecnológica. Considerar a

depreciação mensal em seu mapa de custos é fundamental para repor o

investimento e permitir que a empresa possa realizar substituições, mantendo-se

atualizada tecnologicamente.

As duas possibilidades mais comuns para calcular a depreciação são a partir

do valor atual de mercado ou valor do bem novo.

Ex.: Offset Monocolor

Valor de mercado - Residual = Depreciação/mês

Tempo

R$ 200.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 1.166,67

120 meses

Onde:

Valor de mercado = valor atual de mercado do equipamento, ou seja, seu

valor para venda hoje.

Residual = estimativa do valor de mercado do equipamento, ao cabo do

período de utilização.

Tempo = número de meses correspondente à estimativa do tempo de

utilização.

Page 30: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

30

1.10.6 Despesas

Consideramos no mapa de custos todas as despesas indiretas, com seus

respectivos custos mensais ou médias mensais.

A seguir apresentaremos uma sugestão de agrupamento de despesas.

1. Prêmios de Seguros - Custo mensal de todos os seguros que a empresa

possua.

2. Aluguel - Mesmo as empresas que trabalham em prédio próprio deverão

estimar o valor de mercado do aluguel, a fim de remunerar o capital investido.

3. Imposto predial.

4. Água e esgoto.

5. Energia elétrica.

6. Materiais auxiliares de produção - Materiais utilizados na produção que

auxiliam no processo produtivo. Por exemplo, produtos químicos. Sugerimos que

seja apurado o custo médio dos últimos 6 meses.

7. Manutenção preventiva e corretiva - Materiais utilizados na produção que

auxiliam na manutenção dos equipamentos em geral, serviços de manutenção

mecânica, elétrica, peças de reposição e reparos no prédio, entre outros. Sugerimos

que seja apurado o custo médio dos últimos 6 meses.

8. Diversas despesas com pessoal - Despesas com assistência médica,

farmacêutica, uniformes, vale-refeição, treinamentos, festas de confraternização, etc.

(não considerar os custos descontados em folha de pagamento, pois são custos do

funcionário).

9. Materiais de limpeza e copa.

10. Honorários de diretoria - Retirada mensal da diretoria, com os encargos

tributários somados ao valor.

11. Honorários profissionais - Despesas com assistência contábil, jurídica,

assessorias, consultorias, etc.

12. Despesas com veículos - Despesas com combustível, lavagens,

lubrificações, reparos mecânicos, elétricos, licenciamento, IPVA, peças,

estacionamento, pedágio, etc.

13. Despesas com comunicações - Despesas com telefone, telegramas,

correio, etc.

14. Associações de classe - Despesas com associações a sindicatos, Abigraf,

Associação Comercial, Federação das Indústrias, etc.

Page 31: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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15. Propagandas e brindes - Publicações em jornais, anúncios na internet,

propaganda em geral, além de provisão mensal para brindes.

16. Impressos e materiais de escritório - Despesas com suprimentos

administrativos, guias de recolhimento, notas fiscais, etc.

17. Prestação de serviços bancários - Taxas provenientes de talões de

cheques, cobrança, ordens de pagamento, etc. Não considere aqui despesas com

leasing de equipamentos ou custos financeiros provenientes de juros.

18. Assinatura de jornais e revistas - Assinatura de publicações de interesse

da empresa, tais como, jornais, revistas, etc.

19. Conduções, táxis, carretos - Despesas com viagens a negócio, conduções

de profissionais a trabalho, carretos de materiais internos, etc. Os custos de

pequenos carretos não deverão ser confundidos com o “frete de compra de matéria-

prima”, cujo custo é direto e será acrescido à matéria-prima.

20. Despesas legais e jurídicas - Custos com registros em cartório,

recolhimento de assinaturas, autenticações, despesas com processos, etc.

21. Outras despesas indiretas - Provisão mensal para pequenas despesas

esporádicas.

Para que as despesas possam ser distribuídas para os centros de custo,

utilizaremos alguns critérios de rateio, a fim de distribuir o custo da despesa,

proporcionalmente ao seu uso.

Exemplo: a despesa Aluguel deverá ser rateada pelo m2, ou seja, quanto maior

o espaço físico ocupado pelo setor, maior será seu custo com aluguel.

Sugestão de rateio:

Critério de Rateio Despesas

Imobilizado - baseia-se no valor do equipamento/ máquina existente em cada CC

• Prêmio de seguros • Gastos gerais de manutenção

Área ocupada - utilização do espaço disponível

• Aluguel • Imposto predial • Água e esgoto • Material de limpeza e copa

Rateio conforme aferição de consumo Materiais auxiliares de produção

Número de funcionários Diversas despesas com pessoal

Consumo estimado de kW por CC Energia elétrica

Figura 6 - Rateio. Fonte: ABTG, 2006, p.28.

Page 32: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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As despesas administrativas, tais como honorários de diretoria e propaganda,

podem ser alocadas diretamente ao CC administrativo.

1.10.7 Horas produtivas

As horas produtivas representam a capacidade de produção e

comercialização de um centro de custo, excluindo-se os feriados e horas

improdutivas ou ociosas. Podemos destacar como horas improdutivas o tempo

programado para tarefas de apoio à produção, como manutenção, limpeza, paradas

para lanche, etc. Como horas ociosas podemos citar o desperdício de tempo

produtivo em função da falta de serviço ou má administração da produção.

Apresentamos uma sugestão para prática de horas produtivas:

Tabela 6 - Horas produtivas.

Cálculo Mensal de Horas Produtivas (1 turno)

Horas disponíveis por ano = 52 semanas x 44h semanais 2.228 horas/ano

Subtraia 10 feriados (média) = 8.8 h / dia x 10 dias 88 horas/ano

Subtotal 2.200 horas/ano

Horas por mês = 2.200 horas / 12 meses 183,33 horas/mês

* Estimativa de horas improdutivas e ociosas (média = 18,18%) 33,33 horas/mês

TOTAL MENSAL DE HORAS PRODUTIVAS 150 horas/mês

Fonte: ABTG, 2006, p. 29. (*) Improdutividade e ociosidade ALTA = 23,68% Total de horas produtivas = 140 horas/mês

(*) Improdutividade e ociosidade MÉDIA = 18,18% Total de horas produtivas = 150 horas/mês

(*) Improdutividade e ociosidade BAIXA= 12,73% Total de horas produtivas = 160 horas/mês

Figura 7 - Horas produtivas. Fonte: ABTG, 2006, p. 29.

O CC poderá ser classificado como hora máquina ou h ora homem.

Hora máquina - Quando a disponibilidade de tempo está associada ao

equipamento produtivo, independentemente do número de pessoas alocadas.

Exemplo: Setor Impressão . Estamos trabalhando com uma máquina em dois

turnos. Portanto, disponibilizamos 300 horas (1 máquina x 2 turnos x 150 horas

cada).

Page 33: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Hora homem - Quando a disponibilidade de tempo está associada ao número

de funcionários do setor.

Exemplo: Setor Acabamento . Estamos trabalhando com três bloquistas.

Portanto, disponibilizamos 450 horas (3 funcionários x 150 horas cada).

1.10.8 Custos/hora

Representa o custo/hora dos setores que executam as atividades produtivas

da empresa.

Como calcular:

Exemplo: Setor Dobra

Custo Fixo do setor + Rateio de CC Aux./Adm. = Custo/Hora

Horas Produtivas

R$ 2.639,00 + R$ 477,00 + R$ 1.569,00 = R$ 31,23

150

O custo/hora será um dos componentes a ser utilizado no processo de

formação do preço de venda. Chamamos este componente de custo de

transformação (número de horas para produção do produto x custo/hora).

Modelo de orçamento:

Tabela 7 - Modelo de orçamento.

Custo direto (papéis, tintas, chapas, etc.) R$ 500,00 (a)

Custo de transformação

Montagem (2 horas x 21,07) R$ 42,14

Impressão (5 horas x 59,70) R$ 298,50

Dobra (2 horas x 31,23) R$ 62,46

Acabamento Manual (1 horas x 13,07) R$ 13,07

Total do custo de transformação R$ 416,17 (b)

Terceirizações (verniz UV, plastificação, faca, etc.) R$ 300,00 (c)

Total do custo de produção R$ 1.216,17 (a+b+c=d)

Lucro, Impostos, Comissões, Custo financeiro, etc. R$ 775,51 (e)

Preço de Venda R$ 1.991,68 (d+e)

Fonte: ABTG, 2006, p. 30.

Page 34: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

34

2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

O objeto da pesquisa será a empresa Deltapromo que atua no segmento de

gráfica promocional desde 2009 utilizando em sua maior parte impressão offset.

Com apenas dois anos de existência, tornou-se uma gráfica de médio porte com um

crescimento entre 2010 até novembro de 2011 de 65,38%, de faturamento

fazendo-se necessária a mudança para um novo local que comportasse sua nova

demanda. Atualmente sua nova sede possui aproximadamente 600 m², localizada

na zona leste de São Paulo.

Entre os seus principais clientes estão grandes empresas do ramo

farmacêutico e alimentício.

Em seu quadro de funcionários conta com uma equipe de trinta e seis

colaboradores fixos, onde o setor produtivo é dividido em dois turnos trabalhando de

segunda à sábado, gerando em 2011 um faturamento médio de R$ 500.000,00 por

mês.

2.1 Setores e equipamentos disponíveis

• Pré-Impressão:

- 01 iMac

- 01 PC

- 01 impressora de provas Epson Stylus Pro 4800

- 01 CTP, 01 PC e equipamentos de medição terceirizados

• Impressão:

- 01 Impressora Offset 04 cores Komori Spica formato 530x750mm com CIP4

- 01 Impressora Offset Mono Roland Parva formato 600x800mm

• Acabamento:

- 01 Guilhotina Polar 92

- 01 Guilhotina Tiawei QZYX 92

- 01 Dobradeira MBO B-30

- 01 Dobradeira Baumhak Vacuum Feed 485

- 01 Grampeadeira XinGuang DQ440C

- 01 Grampeadeira XinGuang TD 102

Page 35: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

35

3 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

O segmento promocional é um mercado que possui muita concorrência e a

Deltapromo em poucos anos de atuação obteve um crescimento rápido se

comparada a outras gráficas do mesmo porte e segmento. Segundo o seu diretor, a

empresa alcançou este nível devido à sua agilidade e capacidade para o

cumprimento dos prazos, o que a torna competitiva em seu segmento. Devido a esta

prática existe uma grande necessidade de resposta rápida para os orçamentos,

todos têm de ser gerados e aprovados em meio período por dia.

Atualmente a gráfica não trabalha com um sistema para mapa de localização

de custos e não possui controle dessas informações porque não há tempo nem

pessoas disponíveis para realizar esta tarefa. A empresa reconhece que o mapa de

custos é importante, porém prefere no momento concentrar seus esforços na

captação de novos clientes, deixando o mapa de localização de custos em segundo

plano.

Para a realização do cálculo do preço de venda, a Deltapromo utiliza os

seguintes métodos:

• São levantados os valores dos custos diretos, impostos e margem de lucro.

Por não conhecer os custos indiretos, esta é a única forma em que a empresa

consegue visualizar sua situação atual: sabe-se o quanto foi gasto e o quanto foi

faturado.

• Não há custo hora/homem, o critério para a formação do custo da máquina é

baseado na ocupação do setor no momento, variando em função da dificuldade do

trabalho.

• Há registros das compras relacionadas aos principais produtos, gerando

parâmetros de custo dos insumos que servem de base para os custos diretos que

serão utilizados para formação do preço de venda.

Page 36: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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• Todos os orçamentos passam pela aprovação do diretor que utiliza um

método intuitivo baseado em sua experiência profissional, porém suscetível a erros

por não visualizar todas as situações que envolvem o orçamento.

Situação Atual

Figura 8 - Formação de preços atual.

Formação de preços (Fig. 8 ) da Deltapromo, onde são calculados o custo da

matéria prima somando-se os impostos e a margem de lucro ideal.

Page 37: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Situação a ser alcançada

Figura 9 - Formação de preços ideal.

Após a adesão do mapa RKW este (Fig. 9 ) será o conceito para formação de

preços ideal.

Conforme Guimarães (2011, p. 3-4), o desconhecimento da forma correta do

levantamento e formação de custos pode gerar os seguintes problemas:

• Cálculo de custos por hora de forma incorreta, por desconhecimento utiliza-

se de métodos errôneos e arcaicos de custeio de orçamentos. Cálculos por milheiro,

cálculo errado do fechamento de preço de venda etc.

• Carência na análise de custo fixo e ponto de equilíbrio, falta de

compreensão básica de gestão de negócios.

• Vendas sem análise de crédito, muitas vezes o empresário com

necessidade de fazer capital vê um pedido e sem analisar a idoneidade do cliente

simplesmente pega o pedido, comprometendo seu capital de giro no futuro.

• Super dimensionamento na avaliação da capacidade produtiva (horas/mês),

ao levantar o mapa de custos utiliza um número excessivo de horas produtivas

esquecendo-se da ociosidade média, feriados, refeições, banheiro, manutenção de

equipamentos e etc.

Page 38: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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• Vendas muito abaixo da capacidade produtiva prevista, ao se calcular o

mapa utiliza-se uma capacidade produtiva prevista acima da capacidade de venda

média da empresa.

• Compra de equipamentos sem necessidade, sem uma análise correta das

necessidades do mercado e do rol de clientes e trabalhos, compram-se

equipamentos que ficarão ociosos por às vezes mais da metade do mês. Isto

geralmente é feito para evitar terceirizações, sem avaliar o problema do excesso de

imobilização de capital.

• Compra de equipamentos comprometendo o capital de giro, esperando

pagá-lo com o lucro obtido do mesmo, sem levar em consideração o tempo

necessário para se abrir novo mercado para o equipamento.

• Excesso de estoques imobilizando-se grande quantidade de capital em

estoques sem análise do volume médio de consumo, comprometendo o capital de

giro e a capacidade de negociação.

• Venda acima da capacidade de capital de giro sem possuir capital de giro

suficiente para suportar prováveis inadimplências e necessidade de reposição de

estoques e compra de matéria prima, tendo que recorrer a descontos de duplicatas.

• Desvio de recursos para fora da empresa de forma não planejada,

confundindo a empresa com sua vida particular, não estipulando metas para

crescimento, reservas de capital para reposição de equipamentos, manutenção,

encargos, retiradas fora da possibilidade da empresa, comprometendo o futuro a

médio e longo prazo.

• Desconto de duplicatas, após o erro do cálculo de custo, comprometendo

seu capital de giro com os itens acima citados, com taxas de juros astronômicas

para fazer dinheiro deforma instantânea, esquecendo-se que o lucro líquido médio

de uma empresa geralmente não ultrapassa 10 a 15%.

Page 39: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Sabemos que esta prática para a formação de preços está em desuso, pois a

concorrência acirrada no mercado faz com que as empresas que conheçam muito

bem sua realidade e controlem seus custos de forma eficaz. Não há mais espaço

para as empresas que trabalham sem informações precisas, e que

consequentemente vendem sua improdutividade e seus desperdícios aos clientes.

O que diferenciará as empresas é a estrutura necessária para dar sustentação ao

processo produtivo.

A aplicação do mapa de localização de custos RKW busca proporcionar base

mais criteriosa sob a alocação dos custos e despesas aos produtos. Com essas

informações a empresa poderá tomar decisões mais assertivas tendo em vista a

possibilidade de determinar, de forma criteriosa, quais os centros mais dispendiosos,

e atribuir-lhes responsabilidade pelos gastos.

Page 40: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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4 ANÁLISE DO PROBLEMA

Para melhor compreensão do problema, a empresa disponibilizou sua planilha

de controle de despesas mensais (Anexo ), onde pudemos observar que os dados

eram tratados de uma forma genérica, e que para a aplicação do mapa de

localização de custos, seria necessária uma reestruturação das informações a fim de

gerar dados consistentes, proporcionando uma visão mais abrangente da situação

atual da empresa.

Folha de Pagamento R$ 68.432,49

Giro Bancário 26.300,87

Terceiros R$ 28.007,30

Desp. Ind. c/ Funcionários 10.487,78

Impostos R$ 73.929,26

Investimentos R$ 115.213,00

Cartões de Crédito R$ 14.092,00

Consumo R$ 12.277,47

Pro labore R$ 26.401,47

Figura 10 - Resumo da planilha de controle de despe sas mensais.

Após a análise da planilha (Fig. 10 e Anexo ) e uma coleta das informações

junto ao setor financeiro da empresa, vimos à necessidade de estabelecer os

controles de custos necessários, para que fosse possível mensurar o quanto a

empresa perde nas negociações de preço por não conhecer a sua realidade.

Diante da situação atual, não existe outra alternativa para que sejam

conhecidos todas as variáveis que compõem um orçamento, senão através da

elaboração de mapa de localização de custos.

Page 41: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Para construir um sistema de apuração de custos existem três metodologias:

ABC, RKW e Burden.

ABC - Para Barbosa (2010, p. 29) tem o foco eminentemente gerencial, sendo

muitas vezes adotado como um método de custeio paralelo à contabilidade Parte do

princípio de que as despesas são consumidas por atividades e não pelos produtos e

serviços. Sua aplicação à Indústria Gráfica é complexa, reservando-se a alguns

casos especiais em que a maior qualidade de informações gerenciais realmente

justifique o esforço da implementação e da manutenção do método ABC.

Burden - O que se convencionou chamar de sistema de custos Burden

segundo D´Assunção (2000, p. 25) nada mais é do que uma variação simplificada.

RKW - Utiliza a metodologia de rateio entre centros de custos improdutivos

nos centros de custos produtivos. Isto proporciona melhor detalhamento das

informações relacionadas a cada centro de custo.

Desta forma adotamos o método RKW para o desenvolvimento do mapa de

localização de custos devido à praticidade que é obtida através de uma aplicação

simplificada proporcionando uma melhor adequação à realidade da Indústria Gráfica.

Page 42: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

42

5 DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO

Com o cenário do problema definido, chegou-se a conclusão que seria

necessário modificar a geração dos orçamentos juntamente com a metodologia de

formação de preços e controles dos custos.

Visando uma solução a curto prazo propomos as seguintes ações:

5.1 Implantação do mapa de localização de custos

Foi realizada a implantação de um mapa de localização de custos através da

metodologia RKW, onde foram levantadas as informações necessárias sobre os

custos e as despesas relacionadas aos produtos para adequação dos preços da

empresa:

Dividimos a empresa em centros de custo (auxiliares, produtivos ou

administrativos). Lançamos todos os funcionários, alocando-os aos centros em que

trabalham. Somamos os salários por centro de custos e adicionamos 60% de

Encargos Sociais.

Tabela 8 - Modelo de mapa de custo 1.

Fonte: ABTG, 2006, p. 31.

Calculamos sua depreciação mensal por centro de custo.

Lançamos as despesas, rateando sua distribuição por centro de custo. Somamos as

despesas por centro de custo, inclusive a depreciação.

Para encontrar o custo fixo por centro de custo, somamos os salários mais os

encargos, mais a soma das despesas.

Page 43: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

43

Distribuímos os custos fixos dos centros auxiliares e administrativos para os

produtivos.

Para cada centro de custo produtivo, defina sua capacidade de horas

produtivas por mês.

Para encontrar o custo/hora por centro de custo, somamos: Custo fixo, rateios

auxiliares e administrativos e dividimos o resultado pelas horas produtivas.

Tabela 9 - Modelo de mapa de custo 2.

Fonte: ABTG, 2006, p. 32.

Devido as dificuldade que surgiram para o levantamento das informações e

verificando a rotina da empresa desenvolvemos uma ferramenta simplificada e de

fácil inserção dos dados.

Page 44: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Nesta ferramenta inserimos a folha de pagamento. (Tab. 10)

Tabela 10 - Folha de pagamento.

Cargos Salários Corte Pré-Impressão Offset 04 cores Offset 01 cor Dobra

Impressor 1.500,00 1.500,00 Aux. Impressão 950,40 950,40 Aux. Impressão 950,40 950,40 Impressor 1.200,00 1.200,00 Impressor 3.243,00 3.243,00 Impressor 2.567,50 2.567,00 Aux. Impressão 950,40 950,40 Impressor 1.800,00 1.800,00 Impressor 1.800,00 1.800,00

Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Aux. Acabamento 950,40 Chefe Acabamento 1.500,00 Cortador 950,40 950,40

Dobrador 1.500,00 1.500,00 Assist.Financeiro 1.950,00 Assist.Financeiro 1.836,45 Auditor 600,00 Vendas 2.140,00 Compradora 1.065,89 CTP 2.140,00 Faxineira 950,40 Orçamentista 1.200,00 Motorista 432,00

Chefe Expedição 1.289,10 Motorista 1.100,00

40.268,74 950,40 - 13.761,20 1.200,00 1.500,00

24.161,24 570,24 - 8.256,72 720,00 900,00

64.429,98 1.520,64 - 22.017,92 1.920,00 2.400,00

Tipos de Centros de Custo Auxiliares Produtivos

Funcionários

Soma de Salários

Encargos Sociais (60%)

Salários + encargos

Administração

Acabamento

950,40 950,40 950,40 950,40 950,40 950,40 950,40

1.500,00

1.950,00 1.836,45

600,00 2.140,00 1.065,89 2.140,00

950,40 1.200,00

432,00 1.289,10 1.100,00

8.152,80 14.703,84

4.891,68 8.822,30

13.044,48 23.526,14

Page 45: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

45

, O mapa auxiliar de RKW (Tab. 11)

Tabela 11 - Mapa auxiliar de RKW.

CUSTOS FIXOS / INDIRETOS MENSAIS VALOR $Prolobóre dos Sócios 36.889,07R$ Salários M.O.D. 25.996,90R$ Salários M.I.D. 14.271,84R$

Encargos sociais folha 24.161,24Depreciação 1.125,83R$ Despesas diversas com pessoal 3.312,80R$ Energia Elétrica 6.540,00R$ Materiais Auxiliares 125.000,00R$ Manutenção e ReparosAlugueis e taxas 6.158,70R$ Seguros 2.900,00R$

Agua e Esgoto 1.193,59R$ FretePropaganda 1.666,67R$ TOTAL 249.216,64

INFORMAÇÕES DA EMPRESA ValorValor do seguro por m² 7,18R$

Valor do aluguel por m² 15,24R$ Aluguel / mês 6.158,70R$ Área total da gráfica (m²) 404Quantidade de Funcionários 32Percentual de depreciação de máquinas em geral 10% aaConsumo de energia 1HP 0,75 Kw/hValor do Kw/h Eletropaulo 0,16R$

Percentual de encargos da folha de pagamento 78%Percentual de depreciação de máquinas em geral 10% aa

Imobilizado Valor atual Depreciação Mês

Valor da off-set 04 cores 750.000,00R$ (7.500,00)R$ (625,00)R$ Valor da off-set 01 cor 80.000,00R$ (800,00)R$ (66,67)R$ Valor da Envernizadora 80.000,00R$ (800,00)R$ (66,67)R$ Valor da Guilhotina 100.000,00R$ (1.000,00)R$ (83,33)R$

Valor da Guilhotina 65.000,00R$ (650,00)R$ (54,17)R$ Valor da Grampeadeira 10.000,00R$ (100,00)R$ (8,33)R$

MAPAS AUXILIARES PARA O RKW

Valor da Escanteadeira 100.000,00R$ (1.000,00)R$ (83,33)R$

Valor da Furadeira Semi Automática 60.000,00R$ (600,00)R$ (50,00)R$ Valor da Máquina de Shrink 6.000,00R$ (60,00)R$ (5,00)R$ Valor da Dobradeira 100.000,00R$ (1.000,00)R$ (83,33)R$

Total do Imobilizado 1.351.000,00R$ (13.510,00)R$ (1.125,83)R$

R$

R$

Page 46: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

46

E por último o mapa de custos RKW (Tab. 12) onde os dados são vinculados

com as outras tabelas sendo preenchidos automaticamente para facilitar a

compreensão dos dados.

Tabela 12 - Mapa de custo RKW. CUSTOS INDIRETOS VALOR $ ADM/GER Offset 4 Off-set 1 Guilhotina Acabamento

Prolobóre dos Sócios 36.889,07 22.133,44 5.533,36 5.533,36 3.688,91

Salários M.O. D. 25.996,90 22.017,92 1.920,00 1.520,64 15.444,48

Salários M.I. D. 14.271,84 23.526,14

Encargos sociais folha 24.161,24

Depreciação 1.071,16 625,00 66,67 137,50 296,67

Despesas diversas com pessoal 3.312,80 3.312,80

Energia Elétrica 6.540,00 654,00 3.270,00 981,00 981,00 981,00

Materiais Auxiliares 125.000,00 87.500,00 12.500,00 25.000,00

Manutenção e Reparos

Alugueis e taxas 6.158,70 1.034,66 3.339,86 2.225,75 615,87 615,87

Seguros 2.900,00 580,00 580,00 580,00 580,00 580,00

Custos Administrativos

Contador 3.339,60 3.339,60

Água e Esgoto 1.193,59 440,00 320,00 40,00 40,00 360,00

Propaganda 1.666,67 1.666,67

Fretes

Despesas financeiras 141.513,87 141.513,87

Total 1 394.015,44 176.067,75 139.786,23 23.846,78 9.408,37 46.966,93

Total 2 396.076,05

Rateio C.C Adm * 0,444530146 62.139,19 10.600,61 4.182,30 20.878,21

Total 201.925,42 34.447,40 13.590,67 67.845,14

Nº horas Produtivas 140 410 140 280 280

Custo Hora Maq./Homem apurado 492,50 246,05 48,54 242,30

Custo Hora Maq./Homem adotado R$ R$ R$ R$

Tudo isso foi projetado para que a Deltapromo mantenha o mapa de custo

constantemente atualizado. Esperamos que com essas planilhas a empresa possa

adquiri os dados necessários e fundamentais para controlar a formação correta da

precificação de seus produtos.

Page 47: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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6 CONCLUSÃO

Um dos principais desafios que se apresentaram neste trabalho foi a

dificuldade na busca de informações precisas que nos dessem base suficiente para

apurar os números de forma correta. A cada contato com a rotina da empresa, nosso

grupo se deparava com novas informações e que por inúmeras vezes nos fazia

refletir sobre o posicionamento estratégico do trabalho, inclusive, modificar a tomada

de decisões.

A princípio elaborar um mapa de custo parece simples, mas o levantamento

dos números foi a tarefa mais árdua, principalmente porque a empresa não possuía

os dados dos custos organizados devido a falta de conhecimento específico para a

realização desta tarefa.

A Deltapromo possui um grande ponto a seu favor, pois está em fase de

expansão, onde as oportunidades de melhoria ficam mais visíveis e fáceis de serem

administradas, podendo crescer de forma estruturada.

A implementação do mapa de custos servirá para as tomadas de decisões em

relação aos custos fixos e variáveis, tornando-se uma ferramenta de gestão

estratégica, fazendo com que as análises de custo sejam mas criteriosas com maior

probabilidade de lucro.

Com o mapa de localização de custos totalmente concluído, torna-se possível

a readequação dos preços praticados pela gráfica, uma vez que a mesma utiliza

dados empíricos para a geração do orçamento.

O levantamento de custos foi fundamental para garantir:

• Melhor análise do custo fixo e do ponto de equilíbrio, proporcionando uma

compreensão da gestão da empresa;

• Decisão de vendas apoiada em lucro e contribuição marginal, porém para

identificar o faturamento de equilíbrio será necessário apurar a contribuição marginal

média de acordo com as ordens de produções dos próximos seis meses;

• Formação de preço confiável, facilitando o processo de negociação com o

cliente.

• Apuração de custos fixos por setor;

• Acompanhamento da meta de faturamento e evolução dos custos fixos;

Page 48: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Encerrada esta etapa é extremamente importante a parametrização dos

tempos produtivos para analisar os índices de produção atuais.

Para melhorar os índices de produção propomos a adoção de um estudo de

tempos e movimentos a fim de aperfeiçoar o desempenho das etapas de produção,

reduzindo os valores custo/hora dos centros produtivos da gráfica, tornando-a mais

competitiva.

Os primeiros passos já foram executados com a conclusão deste trabalho,

mas é preciso dar continuidade para que empresa cresça de forma sustentável, a

próxima ação poderia ser o desenvolvimento de um sistema em Access com todas

as ferramentas desenvolvidas durante este projeto, afim de facilitar as aplicações

diárias independentemente do sistema de orçamento implantado na gráfica.

Page 49: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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REFERÊNCIAS

BACKES, Rosemary Gelatti; et al. Custos e @gronegócio online, Recife, v. 3, p. 18-39, maio 2007. Disponível em: <http://www.custoseagronegocioonline.com.br /especialv3 /RKW.pdf>. Acesso em: 18 out. 2011. BARBOSA, Osmar. Vender, controlar, melhorar: uma visão geral de custos e produção na industria gráfica. São Paulo: Título Independente, 2010. BEUREN, Ilse Maria, SCHLINDWEIN, Nair Fernandes. Uso do custeio por absorção e do Sistema RKW para gerar informações gerenciais: um estudo de caso em hospital. ABCustos Associação Brasileira de Custos , Blumenau, v. 3, n. 2, p. 24-47, maio/ago. 2008. ISSN 1980-4814. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRASIL. Receita Federal. SIMPLES - Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das Microempresas e das Empresas de P equeno Porte . Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto /Simples.htm>. Acesso em: 12 out. 2011. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993. In: Demonstrações contábeis : estruturação e normas. CRC/RS: Porto Alegre, 2001. D’ASSUNÇÃO, Guilherme M. Custos e orçamentos . São Paulo: ABTG, 2000. (Apostila). GUIMARÃES, Donisete. Cálculo de custos na indústria gráfica . Belo Horizonte: Zênite Sistemas, 2011. (Apostila). IEMI. Estudo setorial da indústria gráfica no Brasil . São Paulo: ABIGRAF, 2009. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: um enfoque administrativo. 13. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2000. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos . São Paulo: Atlas, 2001.

Page 50: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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ANEXO - Planilha de controle de despesas mensais.

Page 51: Melhoria Do Sistema De ApuraçãO De Custo De Uma GráFica De MéDio Porte AtravéS Da Metodologia Rkw

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Avaliação da apresentação oral: será realizada conforme abaixo

CRITÉRIO ÓTIMO BOM REGULAR RUIM INADEQUADO

1. Profundidade e composição de idéias sobre conteúdo – abordagem do tema

15 ( )

12 ( )

9

( )

6

( )

3

( )

2. Criatividade na solução de problemas

15 ( )

12 ( )

9 ( )

( )

3 ( )

3. Segurança – Domínio do tema

10 ( )

8 ( )

6 ( )

4 ( )

2 ( )

4. Seqüência lógica – Clareza na exposição – apresentação organizada

20 ( )

16 ( )

12 ( )

8 ( )

4 ( )

5. Capacidade de transmitir informações – de modo a despertar interesse

10 ( )

8 ( )

6 ( )

4 ( )

2 ( )

6. Suportes utilizados – Slides claros e legíveis

10 ( )

8 ( )

6 ( )

4 ( )

2 ( )

7. Utilização de princípios, conceitos e vocabulários adequados

10 ( )

8 ( )

6 ( )

4 ( )

2 ( )

8. Utilização do tempo 10 ( )

8 ( )

6 ( )

4 ( )

2 ( )

Nota Final

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FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA

Curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica

Cilene Alves Silva

Fabio Renato Germanio

José Augusto Moura do Amaral

MELHORIA DO SISTEMA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE UMA GRÁ FICA DE

MÉDIO PORTE ATRAVÉS DA METODOLOGIA RKW

Observações dos professores:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Nota Oral: ___________ Nota Escrito: ___________

Resultado: ______________________