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EE SS CC OOLL AA SS UU PP EE RR IIOO RR DD EE EE DD UU CC AA OO JJEE AA NN PP IIAA GG EE TT AA LL MM AA DD AA
MM EE MM RR IIAA FF IINN AA LL
OO RR IITTMM OO CC OOMM OO EE LL EE MM EE NN TTOO BB AA SS EE DD EE EE DD UU CC AA OO MM UU SS IICC AA LL
NN OO SS EE GG UU NN DD OO CC IICC LL OO
Artur Piteira VicenteCurso Professores do Ensino Bsico 2 Ciclo - VarianteEducao MusicalAno: 4 Turma: A n: 1Orientador: Professora Doutora Paula Pina
Almada, Agosto 2009
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..no se ensina impondo criana externamente um assunto. A
aprendizagem activa. (...). De forma que literalmente devemos partir da criana e por ela
nos dirigirmos. ela e no a matria de estudo o que determina a quantidade e a qualidade
da aprendizagem. (John Dewey)
A todos os meus alunos!
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Resumo
O ritmo como elemento base de educao Musical no segundo ciclo, o ttulo
desta monografia, a qual tenta responder seguinte pergunta:
De que forma encaram os alunos do 2 Ciclo as actividades rtmicas na
disciplina de Educao Musical?
Desta forma existir neste trabalho uma reviso de literatura, com base em
diversos pedagogos de educao musical e suas principais ideias, tendo em
ateno temas como, a educao rtmica na escola e qual o papel do ritmo nas
diversas correntes pedaggicas.
Posteriormente, surgir a metodologia, seguida da apresentao e anlise de
resultados, baseada num inqurito por questionrio.
Por fim, a anlise de dados levar a uma concluso respondendo pergunta
de partida, e a uma sntese do trabalho e abertura de novas pistas de investigao.
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NDICE
I INTRODUO ...................................................................................................................................... 6
II ENQUADRAMENTO TERICO:........................................................................................................ 9
O RITMO COMO ELEMENTO BASE DE EDUCAO MUSICAL NO2CICLO...................................................... 9 O QUE A MSICA?............................................................................................................................... 9 O PAPEL DORITMOE A SUA IMPORTNCIA........................................................................................... 11 1 AABORDAGEM DO RITMO NAS CORRENTES PEDAGGICO-MUSICAIS..................................................... 12
1.1 Orff .................................................................................................................................. 12 1.2 Willems ........................................................................................................................... 15 1.3 Dalcroze .......................................................................................................................... 18 1.4 Martenot .......................................................................................................................... 21
2. AEDUCAO RTMICA NA ESCOLA..................................................................................................... 23 O PAPEL DA MSICA NA EDUCAO...................................................................................................... 23 3. O RITMO COMO CONTEDO NA ORGANIZAO CURRICULAR(MANHATTANVILLE& ORFF) ..................... 26
III METODOLOGIA .............................................................................................................................. 29
1.PLANO DE INVESTIGAO.................................................................................................................. 29 1.1 Objectivos do estudo ........................................................................................................... 29 1.2 Opes metodolgicas ........................................................................................................ 31 1.3 Questes e problemas ......................................................................................................... 32
2.AMOSTRA /SUJEITOS DE ESTUDO....................................................................................................... 33 Caracterizao da amostra ........................................................................................................ 33
3. JUSTIFICAO DOS MTODOS E TCNICAS UTILIZADOS....................................................................... 34 Procedimentos ............................................................................................................................ 34
IV APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS.................................................................... 35
ANLISE E DISCUSSO DE RESULTADOS................................................................................................ 73
V CONCLUSO................................................................................................................................... 80
RESPOSTA PERGUNTA DE PARTIDA ECONFIRMAO DAS HIPTESES DE TRABALHO............................. 80 SNTESE DO TRABALHO E ABERTURA DE NOVAS PISTAS E PERSPECTIVAS DE INVESTIGAO POSTERIORES83
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 84
ANEXOS ............................................................................................................................................... 87
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I INTRODUO
A msica est ligada ao ser humano desde muito cedo e sem ela o mundo
seria vazio e sem esprito. uma arte bastante importante que deve ser retomada
nas escolas, pois propicia ao aluno uma aprendizagem global, e emotiva com o
mundo, e na sala de aula poder auxiliar de forma significativa a aprendizagem.
necessrio que os professores se reconheam como sujeitos mediadores
de cultura dentro do processo educativo e que levem em conta a importncia do
ensino das artes no desenvolvimento e formao das crianas como indivduos
produtores e reprodutores de cultura. S assim podero procurar e reconhecer todos
os meios que tm em mos para criar, sua maneira, situaes de aprendizagem
que dem condies s crianas de construir conhecimento sobre msica.
A msica assim um instrumento facilitador do processo de ensino-
aprendizagem, portanto deve ser possibilitado e incentivado o seu uso na sala de
aula.
A msica tem um importante papel na formao da criana, uma vez que,
alm de esta adquirir sensibilidade aos sons, desenvolve tambm diversas
qualidades, como concentrao, coordenao motora, socializao, respeito por si e
pelo grupo, disciplina e outras caractersticas que colaboram na sua formaoenquanto indivduo.
A criana precisa assim de ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois,
pelo rgo da audio que ela possui o contacto com os fenmenos sonoros e com
o som, e quanto maior for a sensibilidade da criana para o som, mais ela descobrir
as suas qualidades. Portanto muito importante exercit-la desde muito pequena,
pois esse treino ir desenvolver a sua memria e ateno. A msica quando bem
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trabalhada desenvolve o raciocnio, criatividade e outros dons e aptides, por isso,
deve aproveitar-se esta to rica actividade educacional dentro das salas de aula.
A escola, enquanto espao institucional para transmisso de conhecimentossocialmente construdos, pode e deve ocupar-se em promover a aproximao das
crianas com outras propriedades da msica que no aquelas reconhecidas por elas
na sua relao espontnea com a mesma, e cabe desta forma aos professores criar
situaes de aprendizagem nas quais as crianas possam estar em relao com um
nmero variado de produes musicais no apenas vinculadas ao seu ambiente
sonoro, mas se possvel tambm de origens diversas, como de outras famlias, de
outras comunidades, de outras culturas de diferentes qualidades: folclore, msica
popular, msica erudita e outros.
As actividades musicais nas escolas devem partir do que as crianas j
conhecem, e desta forma, desenvolverem-se dentro das condies e possibilidades
de trabalho de cada professor.
No aspecto de que a escola deve partir do que as crianas conhecem, para
posteriormente desenvolverem maior apetncia e vontade para as aprendizagens,
surge todo o meu interesse em aprofundar os conhecimentos atravs desta
investigao, e verificar a possibilidade e o real interesse no ttulo do meu trabalho:
O ritmo como elemento base de educao musical no segundo ciclo.Assim, nos dois primeiros captulos deste estudo, para alm da introduo ao
mesmo, do que a msica ou o papel do ritmo e a sua importncia, procuro
compreender e desenvolver as minhas ideias sobre as diversas correntes
pedaggicas e os seus pressupostos e fundamentos, que sustentam muitas vezes o
ritmo como elemento base no ensino da educao musical, algo que no se verifica
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nas nossas escolas, e ainda entender o papel e importncia da Msica e do Ritmo
na organizao curricular.
Nesta linha de pensamento, e para ajudar ao desenvolvimento do meutrabalho, surge a pergunta de partida:
De que forma encaram os alunos do 2 Ciclo as actividades rtmicas na
disciplina de Educao Musical?
No terceiro captulo teremos a Metodologia, que ter como pontos: 1-plano de
investigao, onde explicarei os objectivos do estudo, as opes metodolgicas,
bem como as questes e problemas; seguidamente o ponto 1.2-Amostra/ sujeitos de
estudo, ou seja, a caracterizao da amostra; por ltimo o ponto 1.3-que ser a
justificao dos mtodos e tcnicas utilizados neste trabalho.
No quarto captulo surge a apresentao e anlise dos resultados, onde farei
uma reflexo sobre os dados obtidos, tendo em conta a informao fundamentada
nos dois primeiros captulos, de forma a obter respostas ao meu estudo, estudo este
que ser concludo no quinto captulo, ou seja, o da concluso, no qual tentarei dar
resposta pergunta de partida, e fazer uma sntese do trabalho tentando deixar
novas pistas para investigaes posteriores.
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II ENQUADRAMENTO TERICO:
O ritmo como elemento base de educao musical no
2Ciclo
O que a msica?
Segundo Brscia (2003), a msica uma linguagem universal, tendo
participado da histria da humanidade desde as primeiras civilizaes. Conforme
dados antropolgicos, as primeiras msicas seriam usadas em rituais, como:
nascimento, casamento, morte, recuperao de doenas e fertilidade. Com o
desenvolvimento das sociedades, a msica passou tambm a ser utilizada em
louvor a lderes, como a executada nas procisses reais do antigo Egipto e na
Sumria.
Na Grcia Clssica o ensino da msica era obrigatrio, e h indcios de que j
havia orquestras naquela poca. Pitgoras de Samos, filsofo grego da Antiguidade,
ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criavam reaces
definidas no organismo humano. Pitgoras demonstrou que a sequncia correcta
de sons, se tocada musicalmente num instrumento, pode mudar padres de
comportamento e acelerar o processo de cura (Brscia, 2003).
Actualmente existem diversas definies para msica, mas de um modo
geral, ela considerada cincia e arte, na medida em que as relaes entre oselementos musicais so relaes matemticas e fsicas; a arte manifesta-se pela
escolha dos arranjos e combinaes.
Houaiss Apud (Brscia,2003:25) conceitua a msica como (...) combinao
harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons,
seguindo regras variveis conforme a poca, a civilizao etc.
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J Gainza (1988:22) ressalta que: A msica e o som, enquanto energia,
estimulam o movimento interno e externo no homem; impulsionam-no na aco e
promovem nele uma multiplicidade de condutas de diferentes qualidades e grau.De acordo com Weigel (1988:10) a msica composta basicamente por:
Som: so as vibraes audveis e regulares de corpos elsticos, que se
repetem com a mesma velocidade, como as do pndulo do relgio. As vibraes
irregulares so denominadas rudo;Ritmo: o efeito que se origina da durao de
diferentes sons, longos ou curtos.Melodia: a sucesso rtmica e bem ordenada
dos sons; Harmonia: a combinao simultnea, meldica e harmoniosa dos sons.
De acordo com Willems, (Gainza,1988:36) cada um dos aspectos ou
elementos da msica corresponde a um aspecto humano especfico, o qual se
mobiliza com exclusividade ou mais intensamente, assim o ritmo musical induz ao
movimento corporal, a melodia estimula a afectividade; a ordem ou a estrutura
musical (na harmonia ou na forma musical) contribuindo activamente para a
afirmao ou para a ordem mental no homem.
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O papel do RITMO e a sua importncia
O ritmo o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenmeno repetitivo,
mas a palavra normalmente usada para falar do ritmo quando associado msica,
dana, ou a parte da poesia, onde designa a variao (explcita ou implcita) da
durao de sons com o tempo (Berge,1996). Neste sentido, o ritmo quando
orientado por regras, tambm referido como mtrica. Apesar de ser considerado
como domnio principal dos bateristas e percussionistas, todos os outros msicos
tm tambm de lidar com o mesmo, uma vez que algo de intrnseco em toda a
msica.
Relativamente criana, aprender a ouvir e a reconhecer os sons e interagir
com o ritmo, algo que esta deve fazer imediatamente nos primeiros anos da sua
aprendizagem ao nvel da linguagem musical, neste sentido Todo o trabalho a ser
desenvolvido na educao infantil deve buscar a brincadeira musical, aproveitando
que existe uma identificao natural da criana com a msica (Brito,2003). A
actividade deve estar ligada descoberta e criatividade, sendo aqui que o ritmo
tem um papel importantssimo, na medida em que msica sem o mesmo, no tem
qualquer valor, sendo apenas notas dadas ao acaso.Segundo (Brito,2003) o ritmo assim uma importante questo a ser abordada
com as crianas, uma vez que este organiza o som e o silncio.
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1 A abordagem do ritmo nas correntes pedaggico-
musicais
1.1 Orff
Um dos grandes estudiosos e pedagogos do sculo XX, cujas ideias
continuam a ser amplamente difundidas, certamente Carl Orff. Este grande
compositor alemo o conhecido autor da obra Orff-Schulwerk, Elementare
Musikubung ou seja, Prtica Elementar Musical.
A base de toda a sua pedagogia centra-se em trs elementos fundamentais, a
palavra, a msica e o movimento, isto , msica unida dana e linguagem, na
qual se participa activamente e no como espectador (Mena,1992:16). Para alm de
um mtodo e de um amplo sistema para a educao, Orff tem tambm a
preocupao de dar ideias para que os professores possam colaborar com a
evoluo natural dos seus alunos, centrando-se sempre no desenvolvimento gradual
da criana e na sua capacidade de apreciar e compreender, proporcionando a sua
participao activa, atravs da utilizao de elementos musicais e da audio activa.
Ao mostrar s crianas as caractersticas rtmicas da linguagem, procura emseguida que estas associem movimentos naturais alusivos s mesmas,
transformando o prprio corpo num elemento percussivo, passando
progressivamente das pequenas percusses para outras mais complexas, marcando
desta forma o ritmo atravs de toda uma rtmica corporal (Mena,1992:16).
Partindo essencialmente do Ritmo, e tendo em conta que a Schulwerk (obra
escolar) significa oficina de experimentao de criao e de aprendizagem, as
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ideias pedaggicas que Orff pretende dar a entender, podem assim resumir-se nos
seguintes pontos (Maschat, 1998:8):
A vivncia e o trabalho prtico esto em primeiro lugar, ou seja acriana ou adulto, tm que se mexer, sentir, brincar e desfrutar;
Quando posteriormente se faz uma reflexo e se relacionam conceitos
desenvolvidos, o trabalho activo torna-se mais rico;
Cantar, danar e tocar em conjunto bem como escutar ou inventar
msica em conjunto, cria um clima afectivo de grande interesse e
eficcia para a aprendizagem, ou seja o factor social tem uma grande
importncia, pois ...aprender e relacionar-se em grupo ganha um
sentido especial nos nossos tempos, nos quais infelizmente, h cada
vez menos actividades que fomentem a socializao do ser humano...
(Maschat, 1998:8);
Juntamente com as mos e os ps, o primeiro e principal instrumento
expressivo o nosso prprio corpo, com o qual temos e
desenvolvemos a capacidade de realizar ritmos e gestos sonoros,
capazes de acompanhar a dana a linguagem e a cano;
A msica deve ser praticada em conjunto e com instrumentos
elementares, essencialmente de percusso, pelo facto de seremtecnicamente acessveis para principiantes, e por terem grande
possibilidade de desenvolvimento tcnico e musical posterior;
Relativamente a instrumentos elementares, temos os primeiros instrumentos
de percusso, que surgiram para tornar audveis determinados movimentos do
corpo, por exemplo percutindo dois paus de madeira, em vez de bater palmas, ou
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batendo num tambor em vez de bater nas pernas ou bater os ps, quero com isto
dizer, que existem diversos instrumentos tradicionais de todo o mundo que se usam
de uma forma elementar: pequena percusso, tambores, instrumentos de lminas,etc... Neste sentido o grande valor de Orff consistiu em ter redescoberto esses
instrumentos para o ensino da msica (Maschat, 1998:9).
O gesto e a actividade fsica, so umas das portas para a msica, ou
seja o movimento e a experimentao atravs dos sentidos, so a
verdadeira fonte de conhecimento da criana, uma vez que existe uma
verdadeira inclinao natural para os mesmos;
A linguagem na sua vertente rtmica constitui um eixo fundamental na
educao esttica;
Por fim, so exemplos claros de actividades de desenvolvimento de
personalidade e da capacidade artstica e afectiva do indivduo, criar
ritmos quer a partir da improvisao quer da composio.
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1.2 Willems
Willems foi, a semelhana de outros, um dos grandes pedagogos dos nossos
tempos, para o qual a msica e toda a natureza humana esto intimamente
relacionadas, servindo a msica para o despertar e desenvolver das faculdades do
ser humano. Neste sentido ele relaciona o homem e a msica da seguinte forma
(Mena,1992:22):
Homem Musica
Instinto Ritmo
Afectividade Melodia
Intelecto Harmonia
No seu plano geral para a educao podemos identificar quatro fases
fundamentais, sendo elas:
O desenvolvimento do sentido auditivo
A audio e a prtica rtmica
Canes escolhidas pedagogicamenteMarchas para desenvolver todo o sentido rtmico e de tempo
Ainda segundo Willems (Mena,1992:23), a educao musical deve seguir as
mesmas ideias psicolgicas do ensino da linguagem, isto , da mesma forma que se
comea por escutar vozes, na msica devemos comear por escutar uma
diversidade de sons e rudos do nosso meio envolvente, seguidamente, da mesma
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forma que ao aprendemos a observar algum a falar, e comeamos a reter certos
elementos da linguagem, na msica devemos observar as diversas fontes sonoras,
e reter sons ou sucesses dos mesmos, por ltimo na msica devemos ser capazesde reter partes de melodias, como na linguagem as slabas ou as palavras.
seguindo esta progressiva aprendizagem que a criana vai aprendendo a
expressar-se na musica e a inventar as suas prprias melodias, tendo em conta
sempre a motivao a partir da prpria natureza da msica e do aluno. Forar a
criana a fazer algo que esta no quer, ou que no est preparada para fazer, pode
lev-la a criar medo e desprezo pela actividade, tendo tambm a preocupao de a
realizar mal. O educador dever pois ter um papel bastante importante na
compreenso das capacidades e interesses das crianas, sendo desta forma capaz
de desenvolver nas mesmas a sua imaginao criadora e a sua expressividade, e o
consequente gosto e motivao para a msica (Mena,1992:23).
Alguns dos exerccios rtmicos que podem ajudar o papel do educador, no
desenvolvimento e nas aprendizagens dos alunos, so relatados no mtodo de
Willems, podendo ser descritos da seguinte forma (Willems,1968):
Tomar conscincia do nmero de batimentos dados com rapidez;
Dar sucesses de batimentos rpidos ou lentos, tanto acelerando
como retardando;
Dar batidas longas ou curtas, para mais tarde se chegar ao valor das
notas;
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Marcar os ritmos de canes ou lengalengas, para se tentar adivinhar
de qual se trata;
Inventar ritmos, a partir dos quais se improvisar;Marcar o ritmo de uma cano com uma mo, e com a outra o tempo,
chegando assim poliritmia;
Fazer exerccios de pergunta e resposta.
Como no podemos deixar de reparar, o Ritmo tem para a metodologia de
Willems um papel muito importante, seno primordial, na educao musical das
crianas, e neste sentido tambm o canto aliado ao ritmo surgindo assim algumas
ideias de Willems, como por exemplo:
Canes populares para principiantes;
Canes mimadas, criando um vnculo entre a linguagem e a mmica,
Canes ritmadas, para desenvolver o instinto rtmico, com
movimentos naturais.
Segundo Willems (Mena,1992:23), o nome das notas apenas servir de ajuda
para a criana, depois de desenvolvido o sentido rtmico e o sentido auditivo,
organizar e ordenar os sons, atravs de diversos exerccios com o nome das notas edos sons.
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1.3 Dalcroze
Dalcroze um dos mais conhecidos pedagogos musicais do sculo XX, e
dele podemos ler frases como, O estudo da msica o estudo do conhecimento de
si prprio ou uma afirmao bastante importante para este estudo: O ritmo e o
movimento tm a sua origem no nosso organismo. Profundamente dotado para a
msica, canto e movimento, sendo estes trs elementos a marca profunda da sua
proposta educativa, demonstrou que atravs da improvisao e do dilogo com os
alunos se pode exprimir a msica com o corpo, pelo seu ritmo e movimento
(Abreu,1998:10).
Durante o seu vasto percurso como professor, no pde deixar de notar na
falta de sentido rtmico de diversos alunos, pois ao tentarem executar determinados
ritmos mais complexos demonstravam-se incapazes. Neste sentido, e atravs da
sua larga experincia e conhecimentos tcnicos, desenvolveu o seu prprio mtodo,
que se baseia em reforar o conhecimento intelectual musical tendo como base a
marcao do ritmo com o corpo e o movimento.
Perante a incapacidade de diversos alunos manterem regularmente um
determinado ritmo ou movimento, Dalcroze, ao tentar dar resposta a esta questo,determinou que, para alm de falta de ateno, o verdadeiro problema incidia no
facto de os alunos no identificarem correctamente os ritmos musicais,
demonstrando que o seu sistema nervoso no estaria perfeitamente equilibrado. O
mtodo e sistema de Dalcroze, acabou assim por ter como base o ritmo e a
importncia que tem o equilbrio do sistema nervoso, para a execuo dos
movimentos rtmicos (Mena,1992:14).
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Surge desta forma o Mtodo de Rtmica Dalcroze (Mena,1992:14), tendo com
princpios elementares:
Todo o ritmo movimento;
Todo o movimento material;
Todo o movimento tem necessidade de espao e tempo;
O espao e o tempo esto unidos pela matria que os atravessa
num ritmo eterno;
Os movimentos das crianas so fsicos e inconscientes;
a experiencia fsica que forma a conscincia
A regularizao dos movimentos desenvolve a mentalidade
rtmica.
Dalcroze procurou remediar as lacunas existentes na educao musical
tradicional, criando exerccios para desenvolver as capacidades auditivas, a
sensibilidade nervosa, o sentido rtmico e facultar a exteriorizao espontnea das
sensaes auditivas (Bachmann,1998:73).
Ainda de acordo com Dalcroze, o ritmo desempenha na msica um papel toimportante como a sonoridade, e atravs do desenvolvimento dos ritmos naturais
do nosso corpo que podemos amar a msica e apreciar as suas sonoridades. Do
mesmo modo, defende que grande parte das crianas que no gostam de msica,
muitas vezes devido ao facto de terem mau ouvido, poderiam facilmente apreci-la
se desenvolvessem as suas faculdades rtmicas, uma vez que estas partem de
movimentos familiares e naturais (Bachmann,1998:78).
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Para finalizar resta ainda referir que a Rtmica de Dalcroze no se limita
apenas a etapas de iniciao musical, pois um sistema que avana
progressivamente na dificuldade, ao ponto de poder preparar msicos maisavanados (Mena,1992:15).
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1.4 Martenot
No trabalho, como no jogo, a criana capaz de desenvolver um esforo
interno sustentado por impulsos espontneos, mas no ser capaz de manter esse
esforo demasiado tempo, se no o intercalar com repousos relativos. Esta
afirmao o ponto de partida para o trabalho de Maurcio Martenot, grande
pedagogo musical de ascendncia francesa (Mena,1992:16).
Martenot procura desenvolver essencialmente a educao do sentido rtmico
e seguidamente a educao do ouvido, isto atravs de trs princpios bsicos
baseados em trs fases de Montesori (pedagogo musical):
1-Apresentao; 2-Reconhecimento; 3- Realizao.
Martenot explica estes princpios da seguinte forma:
atravs da apresentao de um conceito que um aluno produz a sua
imitao;
A fase do reconhecimento ou reflexo faz-se mediante o ditado ou a
audio;
A fase da realizao baseia-se na reproduo espontnea do ritmo no
seu estado puro.Mostra-se pois bastante importante que os alunos se expressem livremente
com os elementos rtmicos que adquirem, pois s assim se poder aperfeioar as
estruturas rtmicas aprendidas, e se fomentar a participao dos alunos bem como
o desenvolvimento das suas capacidades criativas.
Ainda para Martenot (Mena,1992:17), a frase ou a expresso verbal dever
ser o princpio para a realizao do ritmo, isto , imitar ou repetir uma frmula
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desenvolve o rgo sensorial, condio necessria e indispensvel para se realizar
um bom trabalho rtmico.
Uma vez que o ritmo surge como elemento central, neste mtodo osexerccios de ecos rtmicos, ou seja, clulas rtmicas propostas, devem ser repetidas
pelos alunos, tendo sempre em conta a pulsao. A leitura rtmica apenas comear
quando o aluno for capaz de fazer vrias frmulas rtmicas em forma verbal
simultaneamente com a marcao da pulsao (Mena,1992:18).
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2. A educao rtmica na escola
O papel da msica na educao
Snyders (1992) comenta que a funo mais evidente da escola preparar os
jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. Mas ela pode
parecer aos alunos como um remdio amargo que eles precisam de engolir para
assegurar, num futuro bastante indeterminado, uma felicidade bastante incerta. A
msica pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e favorvel
aprendizagem, afinal propiciar uma alegria que seja vivida no presente a
dimenso essencial da pedagogia, e preciso que os esforos dos alunos sejam
estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida
no momento presente (Snyders, 1992:14).
Alm de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser
usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva chegada dos alunos,
oferecendo um efeito calmante aps perodos de actividade fsica e reduzindo a
tenso em momentos de avaliao, a msica tambm pode ser usada como um
recurso na aprendizagem de diversas disciplinas. O educador pode seleccionar
msicas que falem do contedo a ser trabalhado na sua rea, tornando a auladinmica, atractiva, e ajudando a recordar as informaes. Mas, a msica tambm
deve ser estudada como matria em si, como linguagem artstica, forma de
expresso e um bem cultural. A escola deve ampliar o conhecimento musical do
aluno, gerando a convivncia com os diferentes gneros, apresentando novos
estilos, proporcionando uma anlise reflexiva do que lhe apresentado, permitindo
que o aluno se torne mais crtico. Conforme Mrsico (1982:148) ..uma das tarefas
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primordiais da escola assegurar a igualdade de hipteses, para que toda criana
possa ter acesso msica e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o
ambiente sociocultural de que provenha.As actividades musicais realizadas na escola no visam a formao de
msicos, mas sim, atravs da vivncia e compreenso da linguagem musical,
propiciam a abertura de canais sensoriais, facilitando a expresso de emoes,
ampliando a cultura geral e contribuindo para a formao integral do ser. A esse
respeito Katsch e Merle-Fishman, (Brscia, 2003:60) afirmam que ... a msica pode
melhorar o desempenho e a concentrao, alm de ter um impacto positivo na
aprendizagem de matemtica, leitura e outras habilidades lingusticas nas crianas.
Alm disso, como j foi citado anteriormente, o trabalho com musicalizao
infantil na escola um poderoso instrumento que desenvolve, alm da sensibilidade
msica, factores como: concentrao, memria, coordenao motora,
socializao, acuidade auditiva e disciplina.
Conforme Barreto (2000:45), ligar a msica e o movimento, utilizando a dana
ou a expresso corporal, pode contribuir para que algumas crianas, em situao
difcil na escola, se possam adaptar (inibio psicomotora, debilidade psicomotora,
instabilidade psicomotora, etc). Por isso, to importante a escola, tornar-se um
ambiente alegre e favorvel ao desenvolvimento.Gainza (1988) afirma que as actividades musicais na escola podem ter
objectivos profilticos, nos seguintes aspectos:
Fsico: oferecendo actividades capazes de promover o alvio de tenses
devidas instabilidade emocional e fadiga;
Psquico: promovendo processos de expresso, comunicao e descarga
emocional atravs do estmulo musical e sonoro;
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Mental: proporcionando situaes que possam contribuir para estimular e
desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organizao e compreenso.
Para Brscia (2003:81) ... o aprendizado de msica, alm de favorecer odesenvolvimento afectivo da criana, amplia a actividade cerebral, melhora o
desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivduo.
Para finalizar, como j foi referido anteriormente, podemos dizer que, a
msica afecta de maneiras distintas o corpo do indivduo: directamente, com o efeito
do som sobre as clulas e os rgos, e indirectamente, agindo sobre as emoes,
que influenciam vrios processos corporais provocando a ocorrncia de tenses e
relaxamentos em vrias partes do corpo.
Ainda segundo Gainza (1988), a msica um elemento de fundamental
importncia, pois movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformao e o
desenvolvimento. A msica no substitui o restante da educao, ela tem como
funo atingir o ser humano na sua totalidade. A educao tem como meta
desenvolver em cada indivduo toda a perfeio de que capaz. Porm, sem a
utilizao da msica no possvel atingir esta meta, pois nenhuma outra actividade
consegue levar o indivduo a agir. A msica atinge a motricidade e a sensorialidade
por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afectividade.
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3. O ritmo como contedo na organizao curricular
(Manhattanville & Orff)
Uma das questes que sinto necessidade de explicitar neste estudo, refere-se
a alguns dos currculos de educao musical mais comuns nos dias de hoje, a partir
dos quais foi criada a organizao curricular ao nvel da educao musical no nosso
pas, mais concretamente, a importncia que damos ou deveramos dar ao Ritmo
enquanto contedo da mesma.
Como j foi referido anteriormente, o trabalho de Carl Orff teve um papel
fundamental no ensino da msica, nomeadamente na nfase que dava educao
atravs da percusso e seus instrumentos, dando assim mxima importncia ao
Ritmo.
Em 1924 fundou uma escola vocacionada para o ensino da ginstica, arte e
msica, pois acreditava que a msica, o movimento e a fala eram partes integrantes
de um conceito a que ele chamava de msica elementar. Este conceito significa,
basicamente, a msica, o movimento e a fala feita por crianas sem qualquer treino
especial, ou seja, sem fazer qualquer esforo no-natural.
Mais uma vez mtodo Orff, acredita que uma criana similar, musicalmente,ao homem primitivo, isto , ambos no possuem qualquer base musical, baseiam-se
apenas em movimentos e sons naturais para fazerem msica (Frazee, 1987:33).
Na linha educacional de Orff, a msica deve ser aprendida pela criana da
mesma forma que ela aprende uma lngua, ou seja atravs da observao e
imitao, e s mais tarde deve surgir a interpretao de smbolos que representem
aquilo que aprendeu. Posto isto, a msica que uma criana aprende inicialmente
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deve ser simples e envolver muito ritmo e movimento, Orff acreditava que o ritmo a
parte mais importante da msica, pois um factor que msica, fala e movimento tm
em comum, ou seja o ritmo une os factores chamados musica elementar.Tendo em conta estes aspectos, surge assim uma das organizaes
curriculares da msica, utilizada em certos pases, ou seja, uma forma de
aprendizagem, onde Orff desenvolve um projecto musical, representado numa
grelha com 5 nveis de aprendizagem dos contedos musicais, Ritmo, Melodia,
Textura, Harmonia, e Forma, sendo que em cada nvel coloca sempre como primeiro
ponto de aprendizagem, o Ritmo, como podemos ver na tabela em (Anexo I).
O Manhattanville Music Curriculum Project , criado pelo gabinete de educao
dos Estados Unidos entre 1965 e 1970, no seu programa de Artes e Humanidades,
surge como outro modelo alternativo de educao musical, em resposta ao
desinteresse por parte dos alunos ao nvel da msica. Este projecto surgiu para
contrariar a rejeio da educao musical no ambiente escolar, uma vez que fora da
escola as crianas continuavam a gostar de educao musical e msica no geral
(Thomas,1970).
Os principais objectivos doManhattanville Music Curriculum Project , eram
desenvolver nos alunos comportamentos positivos em relao msica, atravs dacriao e apresentao da sua prpria msica. Estes comportamentos eram assim
encorajados atravs de quatro nveis sendo eles:
Cognitivo o aluno motivado a resolver os seus problemas;
Atitude motivar o aluno a entender o seu potencial de criao e
sensibilidade para a msica;
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Competncia desenvolver no aluno comportamentos de audio execuo e
leitura de msica;
Esttico o aluno deve conhecer e entender o verdadeiro significado damsica.
Para atingir os seus objectivos, oManhattanville Music Curriculum Project ,
desenvolveu o chamado currculo em espiral, onde novos conceitos vo sendo
introduzidos numa espiral, como podemos verificar em (Anexo II), medida que o
aluno os vai desenvolvendo. Como contedos musicais deste currculo temos:
Ritmo, Altura, Dinmica, Timbre e Forma, mas contrariamente ao mtodo Orff, o
Ritmo neste modelo no surge como ponto de partida para as aprendizagens
(Thomas,1970).
Este modelo de currculo no entanto, um dos mais utilizados no mundo,
nomeadamente uma adaptao do mesmo foi feita para o nosso pas, encontrando-
se ainda hoje e passado praticamente 30 anos, em vigor.
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III METODOLOGIA
1.Plano de investigao
1.1 Objectivos do estudo
Que resposta pretendo dar ao meu estudo? Onde pretendo chegar,
relativamente ao Tema? Para dar resposta a estas questes existe a necessidade
de formular um objectivo relacionando-o com as respostas a serem dadas ao
problema de pesquisa, isto , o Objectivo da investigao responder pergunta
de partida. Para este efeito, o investigador formula hipteses e procede s
observaes que elas exigem.(Quivy,1998)
Assim, a pesquisa a ser realizada tem por objectivo geral, responder minha
pergunta de partida:
De que forma encaram os alunos do 2 Ciclo as actividades rtmicas na
disciplina de Educao Musical?
O mtodo mais correcto para atingir ou alcanar o objectivo a que meproponho neste projecto, consiste na criao de algumas hipteses capazes de dar
resposta minha pergunta de partida, pois A organizao de uma investigao em
torno de hipteses constitui a melhor forma de a conduzir com ordem e rigor (...) as
hipteses apontam o caminho da procura, fornecendo um fio condutor
investigao e fornecendo o critrio para a recolha de dados que confrontar as
hipteses com a realidade (Quivy,1998:119).
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Assim terei como hipteses:
Hiptese 1: As actividades rtmicas despertam nos alunos interesse e motivao pela educao musical.
Hiptese 2: A utilizao quase constante da flauta, demonstra ser um
instrumento/actividade pouco eficaz, perante muitos outros
instrumentos/actividades possveis, para o ensino da msica nas escolas de 2
Ciclo.
Hiptese 3: A aprendizagem do ritmo difcil para os alunos, dando
desta forma o currculo de educao musical do 2 Ciclo, preferncia a outras
actividades musicais.
Para finalizar segundo Quivy, uma hiptese uma proposio provisria, que
deve ser verificada, podendo apresentar-se como uma antecipao de uma relao
entre um fenmeno e um conceito capaz de o explicar(Quivy,1998:136). Atravs da
articulao das minhas hipteses, irei constituir o meu modelo de anlise.
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1.2 Opes metodolgicas
A metodologia utilizada neste trabalho, para alm de toda a reviso deliteratura e de toda a minha observao participante ao longo de dois anos como
professor de educao musical no 1 Ciclo, centrada num dos principais mtodos
de recolha de informaes, o Inqurito por questionrio (Anexo III), que ..consiste
em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma
populao, uma srie de perguntas relativas (...) s suas opinies (...) s suas
expectativas, ao seu nvel de conhecimentos... (Quivy,1998:188). Deste modo,
estamos perante um mtodo de observao indirecta, onde ao responder s
perguntas os sujeitos intervm na produo da informao. Ainda segundo Quivy,
neste mtodo, uma vez que o investigador se dirige ao sujeito para obter a
informao procurada, existem dois intermedirios entre a informao procurada e a
obtida, ou seja, o inquirido e o inqurito.
Relativamente ao tipo de inqurito utilizado neste estudo, as questes so
quase todas realizadas atravs de perguntas fechadas. No entanto, ao solicitarem
Porqu?, procuram razes conscientes nos participantes, sobre as suas crenas e
atitudes de forma aberta, ou seja, ...so seguidas de perguntas dependentes,
informativas descritivas sobre situaes vivenciadas pelo participante(Gillham,2000), algo que demonstrou ser bastante til para a realizao deste
estudo, uma vez que apenas a resposta Sim ou No muitas vezes no resulta em
grandes concluses.
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1.3 Questes e problemas
No desenvolvimento deste trabalho, foram encontradas algumas dificuldadese problemas metodolgicos. Um desses problemas prende-se com o facto de nem
todos os alunos responderem s questes ou, mesmo tendo respondido, o terem
feito de forma incompleta ou incorrecta. Outras falhas podem surgir neste tipo de
inqurito, como a disperso e falta de objectividade que pode por vezes existir no
tratamento de dados das mesmas, e o facto de os enganos no poderem ser
corrigidos, uma vez que os inquiridos ficam impedidos de esclarecer dvidas durante
o processo de responder ao questionrio, levando a crer que algumas das questes
poderiam ter sido colocadas de outra forma.
Acredito tambm, que atravs de uma pequena entrevista ou questionrio aos
professores, sobre a forma como encaram o ritmo, e como o enquadram
relativamente organizao curricular da disciplina de educao musical, poderia ter
obtido um leque mais variado de respostas e concluses, para a resposta minha
pergunta de partida, pois este tipo de inqurito, pode levar a recusas em responder
ou a respostas enganadoras. Da que, segundo Quivy, o mtodo da entrevista,
seguido de uma anlise de contedo, seguramente o que mais se utiliza, em
paralelo com os mtodos de observao (Quivy,1998:200) No entanto, para esteestudo no houve hiptese de optar por esta variante. Ainda assim penso conseguir
apresentar um grau de validade satisfatrio.
Por ltimo, o facto de alguns dos alunos poderem no ter ainda vivenciado
algumas das actividades na disciplina de educao musical, ou explorado alguns
dos seus instrumentos ou materiais, pode contribuir para a tendncia de responder
incorrectamente ou simplesmente no responder.
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2.Amostra/Sujeitos de estudo
Caracterizao da amostra
Uma vez que a quantidade de sujeitos que pretendo estudar algo elevada,
(estudantes de educao musical do 2 Ciclo), e no me sendo possvel estud-la na
sua totalidade, procurei apenas trabalhar com uma amostra representativa desses
mesmos alunos. Desta forma a minha amostra representativa para este trabalho,
consiste num grupo de 400 alunos, das escolas EB 2/3 da Costa da Caparica, e
Escola Secundria Paulo da Gama, instituies onde realizei os meus estgios,
conhecendo deste modo a sua mecnica e facilitando o meu estudo. Assim foram
estudados, 166 alunos do 5 ano e 234 alunos do 6 ano de escolaridade, no
existindo diferenciao entre escolas, uma vez que ambas tm caractersticas e
contextos socioculturais e econmicos muito semelhantes.
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3. Justificao dos mtodos e tcnicas utilizados
Procedimentos
A investigao deste trabalho tem como base um inqurito por questionrio
(Anexo III), realizado a 400 alunos do 2 Ciclo, inquiridos com perguntas fechadas,
na sua grande maioria, existindo no entanto algumas perguntas dependentes. Este
tipo de inqurito segundo Gillham (2000) tem diversas vantagens, uma vez que nos
d a facilidade em obter informaes de uma forma rpida sobre grandes grupos,
como o caso da nossa amostra. Relativamente anlise das respostas, uma vez
que na sua maioria so perguntas fechadas, bastante directa existindo tambm a
garantia do anonimato das mesmas, e no existindo grande presso para uma
resposta imediata, uma vez que o entrevistador no interfere nas mesmas, para
alem disso liberta o entrevistador e entrevistado de serem influenciados por
consideraes pessoais. As desvantagens desta ferramenta, segundo Gillham
(2000), so problemas na objectividade dos dados (perfeio e preciso), a
necessidade para brevidade e perguntas relativamente simples, uma vez que os
enganos no podem ser corrigidos, pois os entrevistados ficam impedidos de
esclarecer dvidas durante o processo de responder ao questionrio, e por vezestorna-se tambm impossvel conferir a seriedade ou honestidade das respostas.
De qualquer forma, o inqurito por questionrio, demonstrou ser uma boa
ferramenta para este estudo, limitado apenas pelos problemas metodolgicos
referenciados anteriormente neste captulo no ponto 1.3 Questes e problemas.
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6Ano
59%
41% MasculinoFeminino
IV APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS
Foram inquiridos no total, um grupo de 400 alunos, das escolas EB 2/3 da
Costa da Caparica e Escola Secundria Paulo da Gama, sendo 166 dos alunos do
5 ano e 234 alunos do 6 ano de escolaridade. Os dados dos inquritos realizados
aos alunos destas escolas sero seguidamente apresentados, quantitativamente,
em forma de tabela (nmero de alunos) e grfico (percentagem):
1.1 - Sexo
5 Ano 6 Ano Total
Masculino 102 137 239
Feminino 64 97 161
Total 166 234 400
5Ano
61%
39%MasculinoFeminino
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Podemos verificar atravs da tabela e dos grficos, que estamos perante uma
amostra representativa de 400 alunos do 2 Ciclo, onde no total 40% dos inquiridos
so do sexo feminino e 60% do sexo masculino.
Total
60%
40%MasculinoFeminino
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1.2 - Idade
10 11 12 13 14 15 Total5 Ano 68 62 25 9 2 0 1666 Ano 0 95 73 33 23 10 234Total 68 157 98 42 25 10 400
Neste grfico, podemos verificar que as idades dos alunos variam entre os 10
e os 15 anos, verificando-se a maior percentagem para alunos com 11 anos 38%
relativo a 157 alunos, e a menor 3% para inquiridos com 15 anos, apenas 10 alunos.
6Ano
41%
31%
14%
10% 4% 0% 101112131415
Total
17%
38%25%
11%6% 3%
10
11
12
13
14
15
5Ano
42%
37%
15% 5% 1%0%
101112131415
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1.3 - Ano de escolaridade:
5 Ano 6 Ano TotalNmero de Alunos 166 234 400
Este grfico representa o total de 400 alunos, sendo que 166 so do 5 ano e
234 alunos pertencem ao 6 ano. Traduzindo em percentagens, temos 42% contra
58% respectivamente.
Nmero de Alunos
42%
58%
5Ano
6Ano
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2 - Estudas msica ou algum instrumento numa colectividade ou noutraescola?
5 Ano 6 Ano TotalSim 13 22 35No 153 212 365Total 166 234 400
Verificamos neste grfico, que a percentagem de alunos que estuda um
instrumento numa colectividade ou noutra escola, bastante inferior dos que no
estudam, tendo assim no total, 91% de alunos que no estudam msica fora da sua
escola e 9% de alunos que estudam.
5Ano
8%
92%
SimNo
6Ano
9%
91%
SimNo
Total
9%
91%
SimNo
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Se sim, que instrumento?
5 Ano 6 Ano TotalGuitarra 5 9 14Piano 5 2 7
Bateria 2 4 6Trompete 1 1 2
Violino 0 1 1Clarinete 0 1 1NS/NR 0 4 4Total 13 22 35
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
39%
38%
15%8% 0%0%0% Guitarra
PianoBateriaTrompeteViolinoClarineteNS/NR
6Ano
40%
9%18%
5%5%
5%
18%GuitarraPianoBateriaTrompeteViolinoClarineteNS/NR
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Nestes grficos, relativamente aos 9% de alunos que responderam
afirmativamente na questo 2, temos no total, como instrumentos estudados pelos
inquiridos: 40% Guitarra, 20% Piano, 17% Bateria, 6% Trompete, 3% estudam
Violino e Clarinete, 11% dos inquiridos no respondeu questo. A Guitarra surge
como o mais estudado, provavelmente devido ao facto de ser um instrumento
bastante prtico, acessvel e com grande potencial.
Total
40%
20%
17%
6%
3%3%
11%
GuitarraPianoBateriaTrompeteViolino
ClarineteNS/NR
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Relativamente aos alunos que estudam um instrumento:
H quanto tempo estudam?
Alunos6 Meses 8
1 Ano 112 Anos 33 Anos 44 Anos 1
5 ou mais Anos 3NS/NR 5Total 35
(NS/NR: no sabe ou no responde)
Neste grfico, associado tambm questo 2, podemos verificar h quanto
tempo estudam os inquiridos msica fora da sua escola. Deste modo, temos com
maiores percentagens, alunos que estudam 1 ano ou 6 meses, respectivamente
31% e 23%, com menores percentagens 9% quem estuda 5 ou mais anos, e
apenas 3% para os que estudam 4 anos.
Alunos
23%
31%9%
11%
3%
9%
14%
6 Meses1 Ano2 Anos3 Anos4 Anos5 ou mais AnosNS/NR
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3 - Regra geral, gostas das aulas de Educao Musical?
Porqu?
5 Ano 6 Ano TotalSim 150 158 308No 16 76 92Total 166 234 400
Verificamos atravs destes grficos, que existe gosto pelas aulas de
educao musical, uma vez que no total de inquiridos 77% respondeu Sim
contrariamente a 23% que respondeu No.
5Ano
90%
10%
SimNo
6Ano
68%
32%
SimNo
Total
77%
23%
SimNo
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Razes dadas pelos alunos que responderam gostarem das aulas de
Educao Musical:
5 Ano 6 Ano TotalAs aulas de Msica
so divertidas37 52 89
Aprendemosmsicas e coisas
novas
30 29 59
Gosto de tocarinstrumentos
diversos
25 40 65
Gosto de tocar flauta 15 16 31O professor
porreiro8 3 11
NS/NR 35 18 53Total 150 158 308
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
20%
17%
10%
5%
23% 25%
As aulas de Msicaso divertidas
Aprendemos msicas ecoisas novasGosto de tocarinstrumentos diversosGosto de tocar flauta
O professor porreiro
NS/NR
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Atravs destes grficos, podemos verificar que, no total dos 77% de alunos
que responderam Sim questo 3, surgiram como principais razes apontadas:
29% que considera as aulas de msica como divertidas, seguidamente 21% de
alunos, que respondeu gostar de tocar diversos instrumentos. No entanto, 17% dos
alunos no respondeu.
Total
29%
19%21%
10%
4%
17%As aulas de Msica sodivertidas
Aprendemos ms icas ecoisas novasGosto de tocarinstrumentos diversosGosto de tocar flauta
O professor porreiro
NS/NR
6Ano
34%
18%25%
10%
2%11% As aulas de Msica so
divertidasAprendemos ms icas ecoisas novasGosto de tocarinstrumentos diversosGosto de tocar flauta
O professor porreiro
NS/NR
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Razes dadas pelos alunos que responderam, No gostarem das aulas
de Educao Musical:
5 Ano 6 Ano TotalNo gosto do quefazemos nas aulas
5 12 17
No tenho jeito paraa msica
3 9 12
No gosto de tocarflauta
5 19 24
No gosto deinstrumentos
2 0 2
No gosto doprofessor
0 20 20
NS/NR 1 16 17Total 16 76 92
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
31%
19%
31%
13%
0% 6%No gosto do quefazemos nas aulasNo tenho jeito para amsica
No gosto de tocarflautaNo gosto deinstrumentosNo gosto doprofessorNS/NR
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Neste grfico e respectiva tabela, podemos ver no total dos argumentos
apresentados, pelos 23% de alunos que responderam No questo 3, que a sua
maioria 27%, respondeu no gostar de tocar flauta, seguidamente, algo tambm
importante de destacar, os 22% que apontam como razo o facto de no gostarem
do professor, percentagem esta apenas demonstrada por alunos de 6 ano.
Total
18%
13%
27%2%
22%
18% No gosto do quefazemos nas aulasNo tenho jeito para amsicaNo gosto de tocarflautaNo gosto deinstrumentosNo gosto doprofessorNS/NR
6Ano
16%
12%
25%0%
26%
21%
No gosto do quefazemos nas aulas
No tenho jeito para amsicaNo gosto de tocarflautaNo gosto deinstrumentosNo gosto doprofessorNS/NR
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4 - Enumera as seguintes actividades das aulas de Educao Musical,
colocando-as por ordem crescente, sendo a nmero 1 a que mais te interessa
Actividade escolhida como 1:5 Ano 6 Ano Total
Cantar 25 24 49Danar 21 28 49
Tocar Instrumentos 53 74 127Apresentar peas
Musicais2 6 8
Ouvir msica 22 50 72Inventar Ritmos 7 5 12Aprender Teoria
Musical2 2 4
Jogos Musicais 8 15 23Marcar ritmos de
canes0 4 4
Tocar msicas com
flauta
15 13 28
NS/NR 11 13 24Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
15%
13%
32%1%
13%
4%1%5%0%
9%7%
CantarDanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canesTocar msicas com flautaNS/NR
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Relativamente a este grfico, devido ao elevado nmero de inquiridos que
no respondeu, ou respondeu de forma incompleta ou incorrecta questo, apenas
considerei a actividade que estes colocaram como sendo a sua preferida, verificando
assim que na sua maioria 32% dos alunos, ou seja, 127 inquiridos responderam
gostar de Tocar instrumentos. De referir tambm que apenas 4 alunos, 1% gosta
de Aprender Teoria Musical.
Total
12%
12%
32%2%
18%
3%1%
6%1%
7%6% Cantar
DanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canesTocar msicas com flautaNS/NR
6Ano
10%
12%
31%
3%
21%
2%1%
6%
2%6% 6%
CantarDanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canes
Tocar msicas com flautaNS/NR
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Actividade escolhida como 10, ou seja, a menos interessante para o
aluno:
5 Ano 6 Ano TotalCantar 2 7 9Danar 22 30 52
Tocar Instrumentos 1 1 2Apresentar peas
Musicais15 17 32
Ouvir msica 2 0 2Inventar Ritmos 8 5 13Aprender Teoria
Musical22 45 67
Jogos Musicais 4 8 12Marcar ritmos de
canes20 24 44
Tocar msicas com
flauta
35 55 90
NS/NR 35 42 77Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
1% 13%
1%
9%
1%
5%
13%
2%12%
22%
21%CantarDanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canesTocar msicas com flauta
NS/NR
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Neste grfico registei as actividades que os alunos menos gostam, tendo
deste modo a maioria 22%, respondido no gostar de Tocar msicas com flauta,
seguido dos 17% que responderam que o que menos gostam de Aprender Teoria
Musical. A actividade que menos alunos assinalaram, como sendo a que menos
gostam foi Tocar instrumentos 1%.
6Ano
3%
13%
0%
7%
0%
19%
3%10%
25%
18%
2%
CantarDanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canesTocar msicas com flauta
NS/NR
Total
2%13%
1%8%
1%
3%
17%
3%11%
22%
19%Cantar
DanarTocar InstrumentosApresentar peas MusicaisOuvir msicaInventar RitmosAprender Teoria MusicalJogos MusicaisMarcar ritmos de canesTocar msicas com flautaNS/NR
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5 - Dos instrumentos que conheces, quais gostas mais? Coloca-os por ordem
de preferncia, sendo o nmero 1 para o teu instrumento preferido:
Instrumento escolhido como 1:5 Ano 6 Ano Total
Clavas 6 1 7Piano 35 56 91
Xilofone 4 17 21Jogo de sinos 6 5 11
Tambor 52 84 136
Flauta 32 30 62NS/NR 31 41 72total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
4%
21%
2%
4%
31%
19%
19%
ClavasPianoXilofoneJogo de sinos
TamborFlautaNS/NR
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No total da tabela e dos grficos, verifica-se que o instrumento que os alunos
mais gostam o Tambor 33%, seguido do Piano com 23%.
6Ano
0%24%
7%
2%
36%
13%
18%
ClavasPianoXilofoneJogo de sinosTamborFlautaNS/NR
Total
2%
23%
5%
3%
33%
16%
18%
ClavasPianoXilofoneJogo de sinosTamborFlautaNS/NR
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Instrumento escolhido como 6, ou o menos preferido do aluno:
5 Ano 6 Ano TotalClavas 45 61 106Piano 8 13 21
Xilofone 5 12 17Jogo de sinos 18 29 47
Tambor 4 11 15Flauta 37 44 81NS/NR 49 64 113total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
27%
5%3%
11%2%22%
30% Clavas
PianoXilofoneJogo de sinosTamborFlautaNS/NR
6Ano
26%
6%5%
12%5%19%
27% ClavasPianoXilofoneJogo de sinosTamborFlautaNS/NR
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Relativamente ao instrumento que os alunos menos gostam, verificamos
atravs do total dos grficos que so as Clavas 27%, seguido da Flauta com
20%. No entanto, 28% no respondeu ou respondeu de forma errada ou incompleta.
Total
27%
5%
4%
12%4%20%
28%ClavasPianoXilofoneJogo de sinosTamborFlautaNS/NR
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Outros, quais?
Relativo questo: Outros, quais?, ou seja, de que outros instrumentos
gostas mais, obtive as seguintes respostas das turmas de 5 e 6 Ano:
Alunos 5 e 6 AnoGuitarra
(Clssica, Elctrica, Portuguesa)81
Viola Baixo 2Violino 12
Harpa 6Bandolim 1
Banjo 1Trompete 1Fagote 2
Clarinete 1Saxofone 2
Flauta transversal 2Flauta de p 2Flauta 3
Sintetizador 1Bateria 53Jamb 5Cajon 2
Berimbau 4
Pequena percusso(Maracas, Pratos, Tringulo, Metalofone, Bombo,Tamborim, Congas Sinos, Guizeira, Pandeireta,
Pandeiro, Timbalos, Caixa chinesa)
22
Total 203
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Embora possa no parecer muito claro, devido elevada quantidade de
dados (quantidade, percentagem), podemos verificar neste grfico 203 respostasrelativas a outros instrumentos de que gostam os alunos. Sendo o mais mencionado
a Guitarra 40%, seguido da Bateria 26%, e ainda a pequena percusso, com uma
percentagem relativamente significante 11%.
Alunos 5 e 6 Ano
81; 40%
53; 26%
5; 2%
22; 11%
1; 0%
12; 6%
2; 1%
2; 1%
1; 0%
2; 1%
1; 0%
1; 0%
2; 1%2; 1% 3; 1%
6; 3%
2; 1%
4; 2%
1; 0%
GuitarraViola BaixoViolinoHarpaBandolimBanjoTrompeteFagoteClarineteSaxofoneFlauta transversalFlauta de pFlautaSintetizadorBateriaJambCajonBerimbauPequena percusso
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6 - Habitualmente, acompanhas msicas e fazes Ritmos com instrumentos e
com o corpo?
5 Ano 6 Ano TotalSim 124 119 243No 39 112 151
NS/NR 3 3 6Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
De acordo com estes grficos, podemos verificar que 60% dos alunos tem por
hbito fazer ritmos, com instrumentos ou com o corpo a acompanhar msicas, contra
38% que respondeu no ter esse hbito. no entanto curioso, o facto de no 6 anono existir grande diferena entre as respostas.
5Ano
75%
23% 2%
SimNoNS/NR
6Ano
51%
48%1%
Sim
No
NS/NR
Total
60%
38%2%
SimNoNS/NR
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7 - Este tipo de Actividades Rtmicas so para ti:
5 Ano 6 Ano TotalMuito interessantes 36 40 76
Interessantes 87 95 182Razoavelmenteinteressantes
25 46 71
Pouco interessantes 10 22 32Nada interessantes 3 20 23
NS/NR 5 11 16Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
22%
52%
15%
6% 2% 3%Muito interessantesInteressantesRazoavelmente interessantesPouco interessantesNada interessantesNS/NR
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9 - Quando realizas ou aprendes Ritmos, sentes que :
5 Ano 6 Ano TotalMuito fcil 18 28 46
Fcil 59 77 136Mais ou Menos 76 108 184
Difcil 7 8 15Muito difcil 2 11 13
NS/NR 4 2 6Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
11%
36%46%
4% 1%2% Muito fcilFcilMais ou MenosDifcilMuito difcilNS/NR
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Relativamente dificuldade deste tipo de actividades, podemos verificar na
tabela e no grfico Total que a maioria 45% dos alunos, sente que Mais ou
menos fcil, 34% considera Fcil, 12% Muito fcil, 4% Difcil e apenas 3% as
considera Muito difcil.
6Ano
12%
33%46%
3% 5% 1% Muito fcilFcilMais ou MenosDifcilMuito difcilNS/NR
Total
12%
34%45%
4% 3% 2% Muito fcilFcilMais ou MenosDifcilMuito difcilNS/NR
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10 - Os professores de educao musical que tiveste, dinamizaram aulas com
o Ritmo Musical?
5 Ano 6 Ano TotalNunca 7 7 14
Poucas vezes 20 37 57Algumas vezes 64 120 184Muitas vezes 49 45 94
Sempre 18 13 31
NS/NR 8 12 20Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
4% 12%
38%30%
11% 5%NuncaPoucas vezesAlgumas vezesMuitas vezesSempreNS/NR
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Podemos verificar atravs deste grfico que maior parte dos casos, o ritmo
musical dinamizado nas aulas, uma vez que: 45% ou seja a maioria dos alunos,
considerou que o ritmo era dinamizado Algumas vezes, 24% respondeu Muitas
vezes, 14% considerou Poucas vezes, 8% Sempre, e apenas 4% respondeu
Nunca, tivemos ainda 5% de alunos que optou por no responder ou no sabia.
6Ano
3%16%
51%
19%
6% 5%NuncaPoucas vezesAlgumas vezesMuitas vezesSempreNS/NR
Total
4%14%
45%
24%
8%5%
NuncaPoucas vezesAlgumas vezesMuitas vezesSempreNS/NR
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11 - Que avaliao fazes sobre as aulas com actividades sobre o Ritmo
Musical?
5 Ano 6 Ano TotalMuito boa 35 27 62
Boa 64 95 159Razovel 61 77 138
M 2 17 19Muito m 2 11 13
NS/NR 2 7 9Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
21%
39%
37%
1%1%1%Muito boaBoaRazovelMMuito mNS/NR
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Quanto avaliao feita pelos alunos, acerca das actividades rtmicas,
verifica-se atravs do grfico que esta positiva, uma vez que a grande maioria 39%
respondeu ser Boa, 35% razovel, 16% Muito boa.
6Ano
12%
40%33%
7% 5%3%
Muito boaBoaRazovelMMuito mNS/NR
Total
16%
39%
35%
5% 3% 2%Muito boaBoaRazovelMMuito mNS/NR
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12 - Sentes que seria melhor para ti se desenvolvesses mais actividades, em
que trabalhes principalmente o Ritmo, nas aulas de Educao Musical?
Porqu?5 Ano 6 Ano Total
Sim 124 157 281No 40 73 113
NS/NR 2 4 6Total 166 234 400
(NS/NR: no sabe ou no responde)
Podemos verificar atravs do total dos grficos, que seria melhor desenvolver
mais actividades ligadas ao ritmo nas aulas de educao musical, uma vez que na
sua maioria, 70% dos alunos respondeu Sim, contra apenas 28% que respondeuNo.
5Ano
75%
24% 1%SimNoNS/NR
Total
70%
28%
2%
Sim
No
NS/NR
6Ano
67%
31%2%
SimNoNS/NR
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Relativamente aos alunos que responderam Sim na questo nmero 12,
surgiram como razes:
5 Ano 6 Ano TotalGosto de Msica e
de Ritmo13 17 30
Seria mais fcil paramim/ gosto de fazer
ritmos
7 7 14
O ritmo muitoimportante na
msica
7 22 29
Para aprender maissobre msica
52 36 88
Gostava de realizaractividades
diferentes da teoria eda flauta
0 11 11
NS/NR 45 64 109Total 124 157 281
(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
10%6%
6%
42%0%
36%
Gosto de Msica e de Ritmo
Seria mais fcil para mim/ gosto de fazer ritmosO ritmo muito importante namsicaPara aprender mais sobremsicaGostava de realizar actividadesdiferentes da teoria e da flautaNS/NR
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No total destes grficos apresentam-se, relativamente questo 12, como
razes apontadas pelos alunos que responderam Sim: na sua maioria Para
aprender mais sobre msica 31% dos alunos inquiridos, seguidamente 11% que
respondeu Gosto de msica e de Ritmo. No entanto, 39% uma grande
percentagem dos alunos que respondeu Sim, no justificou a sua escolha.
Total
11%5%
10%
31%4%
39%
Gosto de Msica e de Ritmo
Seria mais fcil para mim/ gostode fazer ritmosO ritmo muito importante namsica
Para aprender mais sobremsica
Gostava de realizar actividadesdiferentes da teoria e da flauta
NS/NR
6Ano
11%4%
14%
23%7%
41%
Gosto de Msica e de Ritmo
Seria mais fcil para mim/ gosto de fazer ritmosO ritmo muito importante namsicaPara aprender mais sobremsicaGostava de realizar actividadesdiferentes da teoria e da flautaNS/NR
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Relativamente aos alunos que responderam No na questo nmero 12,
estes justificaram com as seguintes razes:
5 Ano 6 Ano TotalNo gosto e notenho jeito para a
msica
12 17 29
J trabalhamos oritmo
5 5 10
Prefiro tocar flauta 1 0 1Existem coisas mais
importantes0 8 8
No gosto de ritmos 1 3 4NS/NR 21 40 61
Total alunos 40 73 113(NS/NR: no sabe ou no responde)
5Ano
29%
13%3%
52%
3%
No gosto e no tenho jeito paraa msicaJ trabalhamos o ritmo
Prefiro tocar flauta
Existem coisas maisimportantesNo gosto de ritmos
NS/NR
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Nesta ltima tabela e respectivos grficos, podemos verificar sobre os alunos
inquiridos que responderam No questo 12, que a sua grande maioria 53% no
apontou nenhuma razo, seguidamente 26% dos alunos respondeu No gosto ou
no tenho jeito para a msica.
Total
26%
9%1%
7%4%
53%
No gosto e no tenho jeito
para a msicaJ trabalhamos o ritmo
Prefiro tocar flauta
Existem coisas maisimportantesNo gosto de ritmos
NS/NR
6Ano
23%
7%0%
11%4%
55%
No gosto e no tenho jeitopara a msicaJ trabalhamos o ritmo
Prefiro tocar flauta
Existem coisas maisimportantesNo gosto de ritmos
NS/NR
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Anlise e discusso de resultados
Neste ponto irei analisar cada questo e tabela correspondente,separadamente das restantes, de forma a obter uma fcil interpretao de cada
grfico, para posterior definio dos interesses e gostos dos inquiridos relativamente
msica e educao musical, dando abertura mais frente a uma verificao das
hipteses condutoras do estudo.
Questo 1 - Esta questo meramente identificativa, como podemos verificar
atravs da tabela e dos grficos, temos uma amostra representativa de 400 alunos
do 2 Ciclo, e onde podemos facilmente constatar no grfico de Total dos dois anos
de escolaridade, que 40% dos alunos inquiridos so do sexo feminino e 60% do
sexo masculino. A percentagem de alunos do sexo feminino e masculino para o 5 e
6 anos separadamente, tambm muito prxima dos valores registados na mdia
total.
Questo 1.2 Ainda relativo identificao dos alunos inquiridos, verificamos
que as idades variam entre os 10 e os 15 anos: 3% dos alunos tem 15 anos, 6% tem
14 anos, 11% tem 13 anos, 25% tem 12 anos, 38% tem 11 anos e por fim 17% dos
alunos tem 10 anos. A maior percentagem verifica-se nos alunos com 11 anos
38% relativo a 157 alunos, e a menor 3% com 15 anos, apenas 10 alunos.Questo 1.3 - Verificamos no total de 400 alunos, que 166 so do 5 ano e
234 alunos so do 6 ano, que traduzindo em percentagens obtemos 42% contra
58% respectivamente.
Questo 2 - Verificamos neste grfico, que em ambos os anos de
escolaridade, a percentagem de alunos que estuda um instrumento numa
colectividade ou noutra escola, bastante inferior dos que no estudam. Assim
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temos no Total 91% de alunos que no estudam msica fora da sua escola, e 9% de
alunos que estudam. Relativamente aos 9% de alunos que responderam
afirmativamente, temos como instrumentos que estudam: 40% Guitarra, 20% Piano,17% Bateria, 6% Trompete, 3% estudam Violino e Clarinete, 11% dos inquiridos no
respondeu questo. A Guitarra surge como o mais estudado, provavelmente
devido ao facto de ser um instrumento bastante prtico, acessvel e com bastante
potencial. Podemos ainda verificar na seguinte tabela e grfico associados tambm
questo 2, h quanto tempo estudam os inquiridos msica fora da sua escola.
Deste modo, temos com maiores percentagens alunos que estudam 1 ano ou 6
meses, respectivamente 31% e 23%, temos 11% para os que estudam 3 anos,
seguidamente 9% para os que estudam 2 anos, e tambm 9% para quem estuda
5 ou mais anos, por ltimo apenas 3% para os que estudam 4 anos. No entanto,
no responderam 14% dos inquiridos.
Uma vez que so alunos com idades relativamente novas, compreensvel
que sejam em maior nmero os que estudam sensivelmente um ano, uma vez que
esto agora a entrar em boa idade para comear a estudar um instrumento.
Questo 3 - No total dos alunos do 5 e 6 ano, verificamos que existe gosto
pelas aulas de educao musical, sendo que 77% respondeu Sim contrariamente a
23% que respondeu No. Podemos ainda verificar que a percentagem de alunosdo 6 ano que respondeu que no gosta 32%, significativamente superior aos
alunos do 5 ano que responderam da mesma forma, apenas 10%, pressupondo que
os primeiros podem possivelmente estar a perder a motivao na disciplina. Dos
77% de alunos que responderam Sim na questo anterior, surgiram as razes que
apresento tambm em tabela e grfico, tendo: 29% considerado as aulas de msica
como divertidas, 21% gosta de tocar diversos instrumentos, 19% gosta porque
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aprende musicas e coisas novas, 10% gosta de tocar flauta e 4% respondeu que
gosta porque o professor porreiro, 17% dos alunos no respondeu. Mais curiosos
foram os argumentos apresentados pelos 23% de alunos que responderam No questo 3. Assim temos: com a maior percentagem, 27% dos alunos que
responderam no gostar de tocar flauta, seguidamente alunos que no gostam das
aulas de msica porque no gostam do que fazem nas aulas 18%, temos ainda,
alunos que dizem no ter jeito para a msica 13%, os 2% que no gostam de
instrumentos, e 18% no respondeu. Por fim gostaria de destacar os 22% que
apontam como razo o facto de no gostarem do professor, razo apontada apenas
por alunos de 6 ano.
Questo 4 - Nesta questo, devido ao elevado nmero de inquiridos que no
respondeu ou respondeu de forma incorrecta, apenas considerei a actividade que
estes colocaram como sendo a nmero 1, ou seja a sua preferida. Assim por ordem
decrescente e no total dos dois anos temos: 32% gosta de tocar instrumentos, 18%
ouvir musica, com igual valor 12% temos alunos que preferem danar, e alunos
que preferem cantar, com 7% tocar musicas com a flauta, 6% jogos musicais,
3% inventar ritmos, 2% gosta de apresentar peas musicais, e por fim 1% gosta
de marcar ritmos de canes e tambm 1% gosta de aprender teoria musical.
Alunos que no responderam 6%.No grfico seguinte, ainda ligado questo anterior, apenas considerei a
actividade que os alunos colocaram como sendo a nmero 10, ou seja, a que menos
gostam: assim apenas 1% escolheu tocar instrumentos, tambm 1% escolheu
danar como sendo o que menos gosta, 2% cantar, 3% jogos musicais e
tambm 3% para inventar ritmos, 8% apresentar peas musicais, 11% marcar
ritmos de canes, 13% no gosta de danar, 17% aprender teoria musical, e
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com a maior percentagem 22% tocar flauta. Alunos que no responderam ou
responderam de forma errada ou incompleta 19%. Podemos aqui verificar que uma
das formas mais utilizadas para o ensino da msica nas nossas escolas, a Flauta, escolhida pelos alunos como a actividade de que menos gostam.
Questo 5 Nesta questo devido ao elevado nmero de inquiridos que no
respondeu, ou respondeu de forma incompleta ou incorrecta, apenas considerei o
instrumento que estes colocaram como nmero 1, ou seja, o que mais gostam,
temos desta forma: Tambor 33%, Piano com 23%, 16% Flauta, 5% Xilofone, 3%
Jogo de sinos, e apenas 2% para as Clavas. A percentagem de inquiridos, que no
responderam ou responderam de forma errada ou incompleta, 18%.
Relativamente ao instrumento que os alunos escolheram como sendo o que
menos gostam, temos com a mais alta percentagem 27% as Clavas, seguido da
Flauta com 20%, temos depois com 12% o Jogo de sinos, 5% respondeu o Piano, e
4% responderam o Xilofone e o Tambor ambos com as percentagens mais baixas.
Relativamente percentagem de inquiridos, que no responderam ou responderam
de forma errada ou incompleta, esta foi bastante elevada 28%.
Quando questionados sobre que outros instrumentos gostam, foram dadas as
mais diversas respostas. Embora nem todos os alunos tenham respondido,
obtivemos os seguintes dados: Guitarra 40%, a Bateria com 26%, as PequenasPercusses com 11%, o Violino 6%, a Harpa 3% e com 2% o Jamb e o Berimbau.
Ainda com exactamente o mesmo valor 1% temos o Cajon, Viola Baixo, Saxofone,
Fagote, as Flautas (Transversal, Bisel e de P). Por fim com valores abaixo dos 1%
temos o Clarinete, Trompete, Sintetizador, o Banjo e o Bandolim. Podemos constatar
que os gostos dos alunos se dispersam pelos mais diversos instrumentos,
nomeadamente mais para a Guitarra e para os instrumentos de percusso.
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8% Sempre, e apenas 4% respondeu Nunca, tivemos ainda 5% de alunos que
optou por no responder ou no sabia. No podemos deixar no entanto de lembrar,
que esta apenas a ptica dos alunos, no tendo em conta a opinio dosprofessores.
Questo 11 - Quanto avaliao feita pelos alunos acerca das actividades
rtmicas, verifica-se que a grande maioria 39% respondeu Boa, 35% Razovel,
16% Muito boa, 5% respondeu M, 3% Muito m, e apenas 2% no respondeu
ou no sabe. As respostas levam a crer mais uma vez, que este tipo de actividades
deveria ser mais explorado e tido em linha de conta, no ensino da msica.
Questo 12 - Quando questionados sobre se seria melhor desenvolver mais
actividades viradas para o ritmo nas aulas de educao musical, as respostas dos
alunos foram bastante evidentes, para alm de serem muito prximas relativamente
ao 5 e 6 ano em separado. Assim no total temos, 70% dos alunos com a resposta
Sim, contra apenas 28% que responderam No, e os 2% que no sabem ou no
responderam.
Quanto s razes apresentadas pelos alunos que responderam Sim, estas
foram tambm quantificadas e analisadas em grfico, obtendo como principal razo
apontada 31% Para aprender mais sobre msica, seguidamente 11% que
respondeu Gosto de msica e de Ritmo, como terceira razo mais apontada com10% responderam o Ritmo muito importante na msica, 5% dos alunos
responderam que seria mais fcil para mim/ gosto de fazer ritmos e 4% respondeu
que gostava de realizar actividades diferentes da teoria e da flauta, no entanto 39%
dos que escolheram sim, no justificaram a sua escolha.
Por ltimo, para os alunos inquiridos que responderam No a esta questo,
as justificaes foram as seguintes: na sua grande maioria 53% no apontou
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nenhuma razo, seguidamente 26% dos alunos respondeu no gosto ou no tenho
jeito para a msica, 9% disse que j trabalhamos o ritmo, seguidamente 7%
justificou que existem coisas mais importantes, apenas 4% disse no gosto deritmos, e 1% justificou prefiro tocar flauta.
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independente, poderemos confirmar, relativamente minha primeira hiptese de
trabalho, que esta se confirma defendendo deste modo a minha opinio, pois as
actividades rtmicas demonstram ser de grande interesse para os alunos do 2 ciclo.Analisando os vrios indicadores descritos na anlise e discusso dos
resultados, podemos verificar atravs da questo sete do inqurito, que a grande
maioria respondeu que as actividades rtmicas so para os alunos, interessantes
ou muito interessantes, assim como, quando questionados sobre se gostariam de
desenvolver mais actividades a este nvel, podemos verificar que 70% dos alunos,
ou seja, a sua grande maioria respondeu Sim.
A segunda hiptese tambm confirma mais uma vez as minhas ideias, pois
muitos dos alunos para alm de no gostarem de tocar flauta, demonstram
preferncia por outros instrumentos ou actividades ao nvel da msica. Analisando
por exemplo as razes descritas pelos inquiridos, na questo doze do questionrio,
estas foram na sua grande maioria, de que gostariam de realizar actividades
diferentes da teoria e de tocar flauta, e quando questionados tambm sobre a
actividade que menos gostavam de realizar nas aulas de educao musical, a
resposta foi tocar msicas com flauta, deixando desta forma depreender que a
actual utilizao da flauta, muitas vezes excessiva, no ensino da msica deveria ser
repensada, devendo-se procurar ir mais ao encontro dos gostos e motivaes dosalunos. Para finalizar, e relativamente hiptese trs, podemos facilmente constatar
atravs das respostas questo nove, que a mesma no se confirma, valorizando
assim o meu estudo, uma vez que para os alunos a aprendizagem de ritmos apenas
difcil para 3% e muito difcil para 5%, sendo que a maioria considera esta
actividade como mais ou menos fcil ou fcil. Fica por confirmar a preferncia do
currculo por outras actividades, podendo apenas dar a minha opinio, enquanto
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professor de educao musical, relativamente ao contacto com os alunos ao longo
de mais de dois anos e aos manuais escolares da disciplina, onde a primazia
dada, a maior parte das vezes, ao ensino da msica atravs da flauta, com peasmusicais desmotivadoras e quase sempre com pouca qualidade.
Deste modo, enquanto professores de educao musical, no nos devemos
deixar levar pelo comodismo, utilizando apenas o material existente nos manuais,
fraco e sem interesse musical, lembrando muitas vezes que simples ideias como por
exemplo a utilizao de um simples tambor ou do nosso corpo como instrumento
musical ou forma de expresso musical e artstica, podemos explorar a msica de
forma motivadora e interessantes para as crianas e para ns prprios.
Aps este estudo, acredito poder dizer que O Ritmo pode e deve ter um lugar
de destaque no ensino da educao musical, uma vez que atravs de formas
criativas e divertidas de aprendizagem, mostra-se capaz de motivar e ensinar os
alunos a crescer com e na msica, levando-os a desenvolver mais tarde e por
opo, o seu prprio caminho.
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Sntese do trabalho e abertura de novas pistas e
perspectivas de investigao posteriores
Tentei ao longo deste trabalho fundamentar algumas das minhas convicespessoais, quer atravs de uma reviso de literatura de diversos pedagogos de
educao musical, quer atravs de metodologias de investigao que se
encontravam ao meu alcance tais como a observao e inquritos, contemplando
estes uma amostra que acredito ser bastante representativa.
Embora me tenha deparado com alguns problemas, acredito que no mbito
geral, o estudo foi capaz de responder s minhas questes, sentindo no entanto que
muitas outras opes ficam em aberto, deixando deste modo a possibilidade de
continuidade deste trabalho, quer atravs de mtodos mais objectivos, quer
aprofundando o estudo tambm aos professores de educao musical de 2 e 3
Ciclo, ou mesmo abrangendo tambm os alunos e professores das Actividades de
Enriquecimento Curricular do 1 Ciclo.
Para finalizar, outra perspectiva de investigao que gostaria de deixar em
aberto, prende-se com a possibilidade de uma anlise e potencial reestruturao do
currculo de educao musical no nosso pais, uma vez que esta disciplina provou
ser importantssima na formao do carcter do indivduo, relacionando-se em reas
como por exemplo a Matemtica; Cincia; Actividade Fsica e Social;Arte/Tecnologia e Linguagem.
Como sabemos, a msica tem sido meio de importantes permutas culturais,
bem como suporte de diversas artes. Deste modo, atravs de tudo aquilo que o
passado e o presente nos ensinam, seria um desperdcio no proporcionarmos no
futuro das nossas escolas, o ensino de to sublime e universal linguagem.
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