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Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS CÂMPUS DE LAGES, SC - BRASIL MEMÓRIAS DA DISCIPLINA DE SEMINÁRIOS EM PRODUÇÃO VEGETAL Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho Coordenador da Disciplina SEGUNDO SEMESTRE DE 2014

MEMÓRIAS DA DISCIPLINA DE SEMINÁRIOS EM PRODUÇÃO … · O agente causal da antracnose da videira é descrito, na maioria dos trabalhos científicos, como sendo o fungo Elsinoe

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Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS

CÂMPUS DE LAGES, SC - BRASIL

MEMÓRIAS DA DISCIPLINA DE SEMINÁRIOS EM PRODUÇÃO VEGETAL

Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho

Coordenador da Disciplina

SEGUNDO SEMESTRE DE 2014

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERIÁRIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

Seminários da Produção Vegetal – CAV/UDESC 2014/02

1

Progresso de antracnose em videira e caracterização de agentes causais

Claudia Aparecida Guginski Piva

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Proteção de plantas e agroecologia

Orientador: Prof. Dr. Amauri Bogo

A uva (Vitis spp.), é uma das culturas mais importantes economicamente em todo o mundo. As

maiores perdas na produção estão associadas com problemas fitossanitários ocasionados por

doenças fúngicas, dentre estes a antracnose. O agente causal da antracnose da videira é descrito, na

maioria dos trabalhos científicos, como sendo o fungo Elsinoe ampelina (de Bary) Shear, contudo,

alguns trabalhos recentes demonstraram não ser este o único patógeno causador dessa doença. No

Brasil, até o presente momento, não foram realizados estudos que possam confirmar e caracterizar o

agente causal de antracnose em videira. Quanto ao controle, a melhor forma de evitar a doença e a

contaminação do ambiente, pela utilização de produtos químicos, é a utilização de variedades

resistentes. Com isso, é importante conhecer o desenvolvimento de diferentes espécies quanto à

ocorrência da doença, nas condições climáticas brasileiras, para que possam ser utilizadas em

programas de melhoramento genético. O presente trabalho se dividiu em dois subprojetos: o primeiro

objetivou caracterizar o agente causal da antracnose em videiras na Região Sul do Brasil, através de

avaliações morfológicas e moleculares. E o segundo, foi avaliar o nível de resistência de dezoito

espécies e híbridos americanos ou asiáticos de Vitis spp. à antracnose. Para o primeiro subprojeto os

patógenos foram isolados de lesões típicas nas folhas, pecíolos, caules e bagas coletadas de

diferentes regiões dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e cultivados em meio

de cultura BDA. Para caracterização morfológica dos isolados avaliou-se os parâmetros: coloração e

textura das colônias, diâmetro das colônias, IVCM e número de conídios. A caracterização molecular

foi realizada através de reações de PCR utilizando primers específicos para quatro espécies de

agentes causais da antracnose: Colletotrichum gloeosporioides, C. acutatum, C. Capsici e Elsinoe

ampelina. Para dinâmica temporal da antracnose o experimento foi conduzido em vinhedos em

espaldeira, no município de Curitibanos/SC. O experimento foi conduzido em delineamento

experimental inteiramente casualizado, com três repetições, avaliando toda planta por parcela. A

severidade de antracnose foi estimada com o auxílio da escala diagramática de Pedro Júnior et at.

(1998). A partir dos dados da epidemia o progresso da doença foi comparado pela área abaixo da

curva de progresso da doença (AACPD). A severidade da doença foi quantificada semanalmente de

Novembro/2013 a Março/2014. Os resultados foram comparados pela análise de variância (ANOVA)

e as médias foram comparadas com teste de múltiplo intervalo Scott-Knott, com probabilidade de 5%

de erro, através do programa genético computacional Genes. Apesar de E. ampelina ser descrita

como o único agente causal da antracnose em videiras, através da análise molecular foi possível

identificar a presença de C. gloesporioides e C. acutatum dentre os agentes fitopatológicos presentes

nas lesões. Os menores valores de AACPD para severidade foram encontrados para V. slavinii, V.

candicans, V. shuttleworthii, V. berlandieri, V. simpsonii, V. duani y V. monticello sendo: 7; 8,6; 9,5;

12,3; 12,8; 14,7 e 18,5 respectivamente. Dentre as espécies avaliadas encontram-se plantas com

potencial para serem utilizadas no melhoramento de videira para resistência de antracnose.

Palavras-chave: Vitis spp. Melhoramento genético, Elsinoe ampelina.

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2

Efeito da desfolha química e natural como simuladoras da desfolha causada

pela entomosporiose

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Proteção de plantas e agroecologia

Mayra Juline Gonçalves

Orientador: Ph.D. Amauri Bogo

A abscisão foliar precoce causada por infecções fitopatogênicas vem se tornando um sério problema

nas principais regiões produtoras de pera, este é um dos fatos que contribui para o insucesso do

desenvolvimento da cultura na região sul. O objetivo deste trabalho foi avaliar a desfolha química e

natural como simuladoras da desfolha causada pela Entomosporiose e caracterizar este efeito sobre

a planta. O experimento foi conduzido nas safras agrícolas de 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014,

em pomar comercial, Vacaria – RS. As cultivares utilizadas foram Packham’s Triumph, Abate Fetel e

William’s enxertadas sobre marmelo Adams. Os tratamentos utilizados para a desfolha foram (dose

do ingrediente ativo): T1 – AVG - aminoethoxyvinylglycine, (Retain, 15%), na dose 0,06 g L-1; T2 -

Etefon (Ethrel, 24%) na dose 1 g L-1; T3 - Cloreto de cálcio (Cloreto de cálcio, 24%) na dose de 24g

L-1; T4 – testemunha sem nenhuma aplicação. As variáveis analisadas foram: percentual de

desfolha, variáveis vegeto-produtivas, retorno de brotação, fenologia, frutificação efetiva, produção e

severidade da Entomosporiose (AACPE). O delineamento experimental utilizado foi em blocos

casualizados, com quatro repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por três

plantas. As condições climáticas influenciaram de forma determinante nos dados obtidos neste

experimento. Observou-se que no primeiro ano, as plantas mantiveram o enfolhamento por mais

tempo, 70 dias após a pulverização - dap, no segundo ano de avalição este período é reduzido para

56 dap, e no terceiro ano 63 dap. Este fato esta relacionado às condições de temperatura, umidade

relativa e precipitação ocorridas no período. O AVG conferiu efeito análogo à testemunha como

esperado, o Etefon apresentou diferença significativa superior à testemunha nos dois primeiros anos

de avaliação e o cloreto de cálcio causou efeito dessecante desfolhante em todas as safras

avaliadas. Todas as combinações de cultivar copa e portaenxerto são suscetíveis a Entomosporiose.

Não foi observado diferença significativa para as variáveis, retorno de brotação, fenologia, frutificação

efetiva e produção em todas as safras avaliadas. Este experimento encontra-se em andamento,

sendo que, as variáveis vegeto-produtivas, qualidade de gema, fenologia, frutificação efetiva e

produção da safra 2014/2015 ainda serão coletadas e posteriormente plotados para que ao final de

três anos de coleta de dados, um manejo para a desfolha em pereiras europeias possa ser inferido.

Palavras-chave: Abscisão foliar, Entomosporium mespili, manejo.

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Sementes de pitanga e branquilho sob influência de alagamento: aspectos

físicos, fisiológicos e bioquímicos.

Émerson Couto da Rocha

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Fisiologia e manejo de plantas

Orientadora: Dra. Luciana Magda de Oliveira

A pitanga (Eugenia uniflora L.- Myrtaceae) é uma espécie arbórea com múltiplas finalidades,

dentre elas a recuperação de áreas. O branquilho (Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. &

Downs – Euphorbiaceae) possui hábito arbóreo e é considerada uma espécie chave na recuperação

de ambientes alterados. Ambas as espécies ocorrem em locais úmidos e aluviais; sendo assim,

sofrem estresse pela falta de oxigênio, que por sua vez pode interferir na germinação das sementes e

posterior crescimento e desenvolvimento das mudas. No entanto, sementes adaptadas ao

alagamento desenvolvem mecanismos de proteção para minimizar o efeito do estresse. Devido à

necessidade de recuperação/restauração de áreas alagadas, torna-se importante entender esses

mecanismos que as sementes de ambas as espécies desenvolveram ao longo das gerações para

suportar esta condição de estresse, visando um melhor crescimento e desenvolvimento no campo.

Desta forma, o objetivo geral deste trabalho será avaliar aspectos físicos, fisiológicos e bioquímicos

de sementes de pitanga e branquilho, submetidas ao alagamento durante e após a maturação. As

sementes, das espécies selecionadas, serão coletadas de matrizes marcadas em Lages, SC (área

alagada) e Capão Alto, SC (área úmida). As fenofases vegetativas e reprodutivas serão avaliadas e

relacionadas com variáveis meteorológicas, através da correlação de Spearman. Após a colheita, as

sementes serão expostas ao estresse por alagamento em condições controladas por zero

(testemunha), três, sete e dez dias. Em seguida, serão avaliados aspectos físicos (tamanho, umidade

e massa seca), fisiológicos (germinação e vigor) e bioquímicos (proteínas, lipídios e açucares). Com

os resultados obtidos espera-se compreender os processos envolvidos na tolerância das sementes

ao estresse por alagamento e responder se os polipeptídios envolvidos no processo de defesa contra

esse estresse são sintetizados na maturação ou só quanto a semente é exposta a condição de

restrição de oxigênio. Os dados normais serão analisados pelo Teste F e caso forem significativos

será aplicado o Teste de Tukey a 5% de significância.

Palavras-chave: Estresse, Germinação, Vigor, Proteínas.

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Sementes de pitanga e branquilho sob influência de alagamento: aspectos

físicos, fisiológicos e bioquímicos.

Émerson Couto da Rocha

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Fisiologia e manejo de plantas

Orientadora: Dra. Luciana Magda de Oliveira

A pitanga (Eugenia uniflora L.- Myrtaceae) é uma espécie arbórea com múltiplas finalidades,

dentre elas a recuperação de áreas. O branquilho (Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. &

Downs – Euphorbiaceae) possui hábito arbóreo e é considerada uma espécie chave na recuperação

de ambientes alterados. Ambas as espécies ocorrem em locais úmidos e aluviais; sendo assim,

sofrem estresse pela falta de oxigênio, que por sua vez pode interferir na germinação das sementes e

posterior crescimento e desenvolvimento das mudas. No entanto, sementes adaptadas ao

alagamento desenvolvem mecanismos de proteção para minimizar o efeito do estresse. Devido à

necessidade de recuperação/restauração de áreas alagadas, torna-se importante entender esses

mecanismos que as sementes de ambas as espécies desenvolveram ao longo das gerações para

suportar esta condição de estresse, visando um melhor crescimento e desenvolvimento no campo.

Desta forma, o objetivo geral deste trabalho será avaliar aspectos físicos, fisiológicos e bioquímicos

de sementes de pitanga e branquilho, submetidas ao alagamento durante e após a maturação. As

sementes, das espécies selecionadas, serão coletadas de matrizes marcadas em Lages, SC (área

alagada) e Capão Alto, SC (área úmida). As fenofases vegetativas e reprodutivas serão avaliadas e

relacionadas com variáveis meteorológicas, através da correlação de Spearman. Após a colheita, as

sementes serão expostas ao estresse por alagamento em condições controladas por zero

(testemunha), três, sete e dez dias. Em seguida, serão avaliados aspectos físicos (tamanho, umidade

e massa seca), fisiológicos (germinação e vigor) e bioquímicos (proteínas, lipídios e açucares). Com

os resultados obtidos espera-se compreender os processos envolvidos na tolerância das sementes

ao estresse por alagamento e responder se os polipeptídios envolvidos no processo de defesa contra

esse estresse são sintetizados na maturação ou só quanto a semente é exposta a condição de

restrição de oxigênio. Os dados normais serão analisados pelo Teste F e caso forem significativos

será aplicado o Teste de Tukey a 5% de significância.

Palavras-chave: Estresse, Germinação, Vigor, Proteínas.

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Colheita e armazenamento de sementes de Nectandra lanceolata e N.

megapotamica

Katiane Paula Bagatini

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Biologia e Tecnologia Pós-colheita

Orientadora: Profa. Dra. Luciana Magda de Oliveira

As espécies Nectandra lanceolata Ness e N. megapotamica (Spreng.) Mez (Lauraceae) podem ser

utilizadas para fins comerciais como medicinais, na recuperação de áreas degradadas e na

arborização urbana. Essas espécies são propagadas principalmente via sexuada; no entanto,

diversos obstáculos são encontrados para a produção de mudas, como a irregularidade no

florescimento e na frutificação, e a escassez de informações relacionadas à colheita, à dormência e

ao armazenamento das sementes. Assim, o projeto será dividido em quatro etapas com os objetivos:

conhecer aspectos preliminares sobre a transição entre as fases fenológicas vegetativa para

reprodutiva; estudar a causa e os métodos de superação de dormência; definir a melhor época de

colheita das sementes; e verificar a tolerância das sementes de Nectandra lanceolata e N.

megapotamica à secagem e a manutenção da qualidade após o armazenamento. Serão

apresentadas, neste momento, apenas as etapas referentes à colheita, à tolerância a dessecação e

ao armazenamento. As colheitas serão realizadas no município de Joaçaba, SC. Serão colhidos

frutos imaturos e maduros, os quais terão seu grau de maturação definido seguindo o critério de

coloração, sendo considerados maduros aqueles que apresentarem coloração negra e pedúnculo

avermelhado, enquanto os imaturos apresentam coloração do fruto esverdeada. Serão determinados

teor de água, germinação, vigor, massa seca das plântulas e tamanho das sementes colhidas de

frutos imaturos e maduros, além do teor de proteínas e de ácido abscísico (ABA). A tolerância à

dessecação será avaliada a partir da secagem rápida (em estufa) e lenta (em sílica gel) das

sementes e posterior realização do teste de geminação. As sementes, após secas, serão

armazenadas em geladeira por 0, 30, 60 e 90 dias e submetidas aos testes de germinação e vigor e a

determinações de proteínas e ABA. Acredita-se que as sementes provenientes de frutos imaturos e

maduros tenham diferenças fisiológicas e bioquímicas, que podem afetar a tolerância à secagem, e,

consequentemente, a possibilidade de armazenamento por um período de tempo maior. A partir dos

resultados obtidos será possível indicar a melhor época de colheita dos frutos, a forma ideal de

secagem das sementes e a possibilidade de armazenamento, o que pode otimizar a propagação das

espécies N. lanceolata e N. megapotamica.

Palavras-chave: Maturidade Fisiológica, Armazenamento, Dormência, Aspectos Fenológicos.

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Bioecologia do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera:

Braconidae) em pêssego e frutas nativas.

Ricardo Boldo de Souza

Curso de Mestrado na linha de pesquisa em Proteção de plantas e agroecologia

Orientador: Prof. Dr. Cláudio Roberto Franco

Comitê de Orientação: Prof. Dra. Mari Inês Carissimi Boff e Dr. Adalécio Kovaleski

A mosca-das-frutas Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) é considerada a principal praga de fruteiras de clima temperado, cujo dano pode ser provocado pela punctura de oviposição ocasionando queda ou deformação dos frutos, pelo desenvolvimento da larva no seu interior, depreciando a sua qualidade e ocasionando a perda de mercados internacionais devido às barreiras quarentenárias impostas pelos países importadores de frutos. Diante da necessidade de novas alternativas para conter a praga, o controle biológico assume importância cada vez maior, por constituir-se numa das poucas alternativas ambientalmente aceitáveis e por ser um dos pilares de sustentação no manejo integrado de pragas. O parasitoide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) é a espécie com maior sucesso em programas de controle biológico de mosca-das-frutas no mundo, devido a sua facilidade de criação e adaptação em diferentes agroecossistemas. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi registrar parâmetros morfológicos, biológicos e a porcentagem de parasitismo de D. longicaudata em larvas de A. fraterculus em frutos de guabiroba (Campomanesia xanthocarpa Berg.), goiaba-serrana (Acca sellowiana Berg.), araçá-vermelho (Psidium cattleianum) e pêssego (Prunus persica cv. Chimarrita) em condições de laboratório. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho, Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado (EFCT) de Vacaria/RS. Antes do início do experimento os frutos dessas plantas foram protegidos com sacos de tecido TNT. Os frutos foram colhidos nas suas respectivas épocas de maturação e levados para o laboratório para serem infestados por A. fraterculus. Para a guabiroba e araçá-vermelho foram infestados 20 frutos de cada espécie por repetição, totalizando seis repetições. Para a goiaba-serrana foram realizadas seis repetições com dez frutos e para o pêssego foram quatro repetições com sete frutos cada. Os frutos foram individualizados em pequenas gaiolas, contendo um casal de mosca-das-frutas para infestação, por um período não superior a 24 horas. Após oito a dez dias os frutos foram expostos aos parasitoides em gaiolas individualizadas contendo um casal de D. longicaudata por fruto. Após esse período os frutos foram pesados, armazenados individualmente em copos contendo vermiculita, cobertos com tecido tipo voile e mantidos em sala climatizada a 25±1◦C, 70±10% de UR e 14 horas de fotofase. As pupas obtidas foram individualizadas em placas de cultura e observadas até a emergência de moscas ou parasitoides. Após a emergência, era verificado o tamanho e o tempo de desenvolvimento do parasitoide. A porcentagem de parasitismo foi calculada pela formula: n° de parasitoides / (n° de parasitoides + n° de moscas) x 100. A porcentagem de parasitismo em guabiroba, araçá-vermelho, goiaba-serrana e pêssego foi de 88,3%; 87,6%; 69,7% e 39,6% respectivamente, constatando que mesmo sendo em condições de laboratório as fêmeas de D. longicaudata sem experiência com fruto, foram capazes de localizar e parasitar as larvas de mosca-das-frutas. O tamanho dos parasitoides foi maior em larvas de A. fraterculus que se desenvolveram em guabiroba e pêssego. Os parasitoides oriundos de larvas da guabiroba e do pêssego apresentaram tempo de desenvolvimento significativamente menor em comparação ao araçá-vermelho e a goiaba-serrana. Palavras-chave: Mosca-das-frutas, Parasitoide, Controle biológico.

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Suscetibilidade de cultivares de videira Vitis spp. à mosca-das-frutas

Anastrepha fraterculus.

Sabrina Cristina Corrêa

Curso de Mestrado na linha de pesquisa em Proteção de plantas e agroecologia

Orientador (a): Dr. Cláudio Roberto Franco

A videira Vitis spp. pertence à família Vitaceae e seus frutos são utilizados para o

consumo in natura e produção de suco e vinho. Entretanto, problemas fitossanitários

comprometem a sua produção, entre as pragas destaca-se a moscas-das-frutas sul-

americana Anastrepha fraterculus (Wied.,1830) (Diptera: Tephritidae). Os danos

ocorrem pela introdução do aparelho reprodutivo da fêmea na epiderme do fruto

provocando lesões e pelo desenvolvimento das larvas que se alimentam da polpa

depreciando o fruto para consumo. Na cultura da videira há poucas informações

sobre a bioecologia dessa praga nas diferentes cultivares. A proposta deste projeto

foi realizar experimentos em condições de laboratório visando conhecer o

comportamento e o ciclo biológico de A. fraterculus em diferentes cultivares de uva.

Foram realizados experimentos de não-preferência com e sem chance de escolha

para oviposição de A. fraterculus em bagas de uva das cultivares ‘Carbenet

Sauvignon’, ‘Niágara Rosada’, Linda, Maselair, Moscato, Cora, ‘Sauvignon Blanc’ e

Lorena em maturação plena. Foram avaliados o número de ovos e a eclosão de

larvas. No segundo experimento foi acompanhar o desenvolvimento biológico de A.

fraterculus nas cultivares de uva. Para realizar os experimentos, após a liberação de

casais de moscas-das-frutas, por 24 horas de exposição, numa forma redonda

(13x35cm) e em potes plásticos (750mL) contendo as bagas de uva foi avaliado o

número de ovos por bagas, eclosão de larvas, pupas e adultos. Houve diferença

significativa na preferência por oviposição com e sem chance de escolha com

destaque para as cultivares Linda, Maselair, ‘Sauvignon Blanc’ que foram menos

preferidas para oviposição. No desenvolvimento de A. fraterculus foi avaliado a

eclosão de larvas com uma viabilidade mínima de 43,6%, exceto ‘Sauvignon Blanc’

(10,0% de viabilidade) que diferiu das demais. No entanto, não foi verificado

desenvolvimento de larvas e pupas nas diferentes cultivares de uva.

Palavras-chave: 1. Resistência de plantas a insetos 2. Variedades de uva 3.

Tephitidae. 4. Manejo Integrado de Pragas.

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Resistência de mosca-das-frutas a inseticidas

Rafael Luis Philippus

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Proteção de plantas e agroecologia

Orientador: Prof. Cláudio Roberto Franco

Atualmente, a ocorrência de populações de insetos resistentes a inseticidas tem se tornado um

dos entraves no controle de pragas através de produtos químicos. A resistência pode ser definida

como a habilidade de uma população resistir a aplicação de um produto tóxico que seria letal para a

maioria dos indivíduos da mesma espécie. O uso continuado de pesticida atua como um agente

selecionador de indivíduos resistentes, tornando-os frequentes na população. O primeiro caso de

resistência de insetos foi registrado em 1908 nos Estados Unidos na qual o piolho de São José

(Quadraspiotus perniciosus) era resistente a enxofre. A partir dos anos 40, com a introdução de

inseticidas organo-sintéticos, o registro de populações de insetos resistentes passou a ser maior e

atualmente são mais de 500 espécies de insetos e ácaros que apresentam insensibilidade a pelo

menos um grupo químico. Entre os grupos que apresentam falhas no controle estão os

organofosforados, piretróides e carbamatos. Há ainda, relatos para produtos mais recentes do grupo

dos reguladores de crescimento como spinosade, elaborado a partir da bactéria Saccharopolyspora

spinosa, assim como os microrganismos que atuam na destruição do mesêntero intestinal (Bacillus

thuringiensis). Os problemas relacionados a resistência surgem devido ao uso com maior frequência

de inseticidas, dosagens incorretas, principalmente com aumento desta, uso de misturas e a

substituição por outro produto, agravando o risco de resistência quando trocado por um de maior

toxicidade. Isso vai contra as estratégias do manejo integrado de pragas (MIP), elevando a

contaminação do meio ambiente, os custos e atingindo organismos benéficos. A partir dos anos 1990

surgiram evidências da possível ocorrência de resistência em mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

a inseticidas. Atualmente existem registros de populações resistentes das seguintes espécies:

Ceratitis capitata, Bactrocera oleae, B. cucurbitae e B. zonata resistentes aos grupos químicos

organoclorados, organofosforados, piretróides, avermectinas, neonicotinóides e spinosade em

pomares de frutíferas na Grécia, USA, China, Taiwan, Espanha e Paquistão. Mesmo havendo poucos

casos de resistência relatados, se torna necessário a implementação de programas que visem a

prevenção do surgimento da resistência. Isso pode ser alcançado com a associação de táticas de

manejo de acordo com o MIP, havendo ação harmoniosa entre a aplicação de inseticidas e a

preservação dos controladores biológicos no ambiente.

Palavras-chave: Diptera: Tephritidae, Controle químico, Parasitoide.

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Avaliação da eficiência de princípios ativos utilizados no raleio químico em

macieiras ‘Gala’ e ‘Fuji’.

Jean Francisco Carminatti

Curso de Mestrado em produção vegetal na área de fitotecnia em fruticultura.

Orientadora: Dra. Andrea De Rossi Rufato.

Com o crescimento das áreas cultivadas, o aumento no custo de mão de obra e a dificuldade

de contratar trabalhadores, o raleio manual está se tornando uma prática inviável economicamente,

obrigando os produtores a buscarem alternativas para a realização do raleio de frutos. O raleio

químico é uma prática que possibilita o raleio de forma econômica e eficiente. Porém, a utilização de

produtos raleantes, doses e épocas de aplicação resultam em baixa eficiência ou excesso de raleio,

causando prejuízos para os produtores de maçã ou aumentando os custos de produção. Em países

como os EUA, existem modelos matemáticos criados para estimar e predizer a eficiência do raleio

químico, como: cálculo da taxa de carboidratos e taxa de crescimento de frutos. Este trabalho tem

como objetivo avaliar diferentes princípios ativos com potencial raleante, épocas de aplicação dos

mesmos e o efeito que estas combinações têm sobre o raleio de frutos nas cultivares Gala e Fuji. O

estudo será realizado em um pomar comercial no município de Vacaria RS, em duas cultivares sob

portaenxerto M9. Os tratamentos serão divididos conforme os princípios ativos aplicados para o

raleio: benziladenina + metilcarbamato e ácido naftalenoacético + metilcarbamato. As aplicações

iniciam no estádio fenológico de queda de pétalas, seguido de 4, 7, 11, 14, 18, 21 dias após a queda

das pétalas. O delineamento experimental será de blocos ao acaso, com 5 repetições compostas por

3 plantas. O modelo matemático baseado na oferta e demanda de carboidratos será estimada para

as condições produtivas de Vacaria, estabelecendo a correlação entre o modelo e os resultados de

frutificação efetiva obtidos neste experimento. As variáveis avaliadas neste experimento serão: área

da secção transversal do tronco, frutificação efetiva, retorno da floração, produtividade, diâmetro

médio dos frutos, firmeza de polpa, sólidos solúveis e número de sementes por fruto. Com a

realização deste estudo, será possível recomendar combinações de produtos e épocas de aplicação

de raleio químico, com maior eficiência, gerando economia e confiança no uso do raleio para o

produtor.

Palavras-chave: 1- Malus domestica 2- Época de aplicação 3- benziladenina 4- metilcarbamato; 5-

ácido naftalenoacético

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Alternativas ao uso de cianamida hidrogenada para indução de brotação em

macieiras ‘Maxi Gala’ e ‘Fuji Suprema’

Suelen Cristina Uber

Curso de Doutorado em Produção Vegetal, linha de pesquisa fisiologia e manejo de plantas.

Orientadora: Profa. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar

A principal prática adotada para indução de brotação em plantas frutíferas é a pulverização

com cianamida hidrogenada juntamente com óleo mineral. Entretanto, este produto é classificado

como classe toxicológica I (extremamente tóxica). Diante do exposto, torna-se imprescindível a

realização de estudos sobre métodos alternativos eficientes na superação de dormência, quando as

exigências de frio não forem satisfeitas. Este trabalho objetiva estudar diferentes alternativas ao uso

da cianamida hidrogenada nas cultivares Fuji Suprema e Maxi Gala e caracterizar os estádios

fenológicos de diferentes cultivares de macieira. O projeto será desenvolvido na Empresa de

Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, na estação experimental de Caçador-

SC. O experimento 01será composto pelos tratamentos descritos a seguir: T1 - Controle; T2 – Óleo

Mineral 3,5%; T3 - Óleo Mineral 3,5% + espalhante siliconado 0,03%; T4 - Óleo Mineral 3,5% +

Dormex® 0,7%; T5 - Óleo Mineral 3,5% + Syncron

® 1,0%; T6 - Erger

® 1,0% + Óleo Mineral 3,5%; T7 -

Óleo Mineral 3,5% + Blue Prins® 1,0%; T8 - Óleo Mineral 3,5 % + Brotex

® 1,0 %; T9 - Syncron

® 2% +

nitrato de cálcio 3,0%; T10 - Erger® 3,0% + nitrato de cálcio 3,0% e T11 - Óleo Mineral 3,5% + nitrato

de cálcio 3,0% + nitrato de amônio 3,0%. Serão avaliados a porcentagem de brotações das gemas

axilares e terminais, fruit set, número de esporões, produção, produtividade, qualidade de frutos,

qualidade das gemas e a relação C/N. O delineamento experimental será de blocos ao acaso com

cincoblocos. Experimento 02: Serão avaliadas as fenofases das cultivares Condessa, Princesa,

Castel Gala, Duquesa, Monalisa, Imperatriz, Fred Hough, Primícia, Daiane, Fuji Precoce, Lisgala,

Baronesa, Fuji Suprema, Kinkas, Catarina e Joaquina, nas condições edafoclimáticas de Caçador. No

experimento 03 serão realizados trabalhos com o tempo médio de brotação do experimento 01 e 02,

correlacionando com os graus dias das cultivares em duas datas de aplicação e quatro datas de

avaliação. Através da realização destes experimentos será possível a indicação de alternativas ao

uso da cianamida hidrogenada menos tóxicas ao homem e meio ambiente,além de verificar a

eficiência dos produtos bem como a influência destes sobre a produção e qualidade dos frutos e

caracterizar o estágio fenológico de cultivares de macieira.

Palavras-chave: Superação de Dormência, Malus domestica B., Toxicidade.

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Compostos Bioativos em Pimentas do Gênero Capsicum

Cristina Soethe

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Biologia e tecnologia pós-colheita

Orientador: Prof. Dr. Cristiano André Steffens

As pimentas (Capsicum spp.) representam uma importante parte do mercado de hortaliças

frescas no Brasil, e também do segmento de condimentos e conservas, em nível mundial. Pertencem

à família Solanaceae e apresenta mais de 150 variedades, todas derivadas de cinco espécies

domesticadas e cultivadas: Capsicum annuum, C. baccatum, C. chinese, C. frutescens e C.

pubescens. São excelentes fontes de antioxidantes naturais, como, vitamina C e E, compostos

fenólicos, carotenoides e capsaicinoides que apresentam efeitos fisiológicos benéficos,

proporcionando benefícios para a saúde, incluindo a prevenção e o tratamento de doenças.

Compostos fenólicos são importantes grupos de metabólitos secundários, que são sintetizados pelas

plantas como resposta da planta às condições de estresse. Os compostos fenólicos flavonoides

encontrados em maior quantidade nas pimentas são a quercetina e a luteolina. Os carotenoides são

responsáveis pela cor de frutas e hortaliças, sendo a capsantina, capsorubina, criptoxantina, β-

caroteno, zeaxantina e luteína os principais carotenoides presentes em pimentas (Capsicum spp.). A

capsantina e a capsorubina representam cerca de 60% e 30%, respectivamente, do total de

carotenoides de frutos maduros e são responsáveis pela cor vermelha. A criptoxantina, β-caroteno,

zeaxantina e luteína são carotenoides precursores da rota biossintética da maturação dos frutos e

responsável pela coloração amarela e laranja. Os capsaicinoides são compostos responsáveis pela

picância das pimentas (Capsicum spp.). Dentre os capsaicinoides, o composto mais importante é a

capsaicina, cerca de 70%, seguida dihidrocapsaicina, cerca de 20%, e de outros componentes

menores: nordihidrocapsaicina, homocapsaicina e homodihidrocapsaicina. A concentração de

capsaicina nas pimentas é a que determina a sua picância. Esta concentração é medida pelo Teste

Organoléptico Scoville, e seu valor expresso em Unidade de Calor Scoville (SHU), cujos valores

variam de zero (pimentões e pimentas doces) a mais de 300 mil SHU (pimentas muito picantes) para

pimentas brasileiras. Por ser uma importante fonte de antioxidantes naturais, o consumo de pimentas

pode apresentar benefícios para a saúde, incluindo o tratamento e a prevenção de doenças,

fortalecendo o organismo contra invasores infecciosos e contra processos degenerativos e

envelhecimento precoce.

Palavras-chave: Antioxidante, Alimento Funcional, Compostos Fenólicos, Carotenoides,

Capsaicinoides.

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Qualidade de peras ‘Rocha’ armazenadas em atmosfera controlada e a relação

do escurecimento da polpa com a composição mineral dos frutos

Mariuccia Schlichting De Martin

Curso de Doutorado em Produção Vegetal, linha de pesquisa biologia e tecnologia pós-colheita

Orientador: Prof. Dr. Cristiano André Steffens

Para peras `Rocha`, o armazenamento em atmosfera controlada (AC) traz inúmeros

benefícios, mantendo a qualidade dos frutos por períodos prolongados. Contudo, o armazenamento

sob pressões parciais inadequadas de CO2, ou mesmo de O2, pode ocasionar uma série de

desordens em peras europeias, que incluem a perda da capacidade de amadurecimento e também a

incidência de escurecimento de polpa. Além das condições de armazenamento, os teores de minerais

nos frutos podem influenciar a ocorrência de distúrbios fisiológicos, já que interferem na estabilidade,

funcionalidade e também na estrutura das células, podendo predispor os frutos ao escurecimento de

polpa. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes condições de AC sobre a qualidade

de peras ‘Rocha’, bem como avaliar a relação entre a composição mineral da polpa dos frutos e a

incidência de escurecimento de polpa. O trabalho foi realizado utilizando frutos colhidos durante a

maturação comercial, provenientes de um pomar localizado em Vacaria, RS, na safra 2012/2013. Os

frutos foram armazenados durante nove meses sob temperatura de -0,5±0,1ºC e UR de 96±1%. As

condições de AC avaliadas foram: 1,0 kPa O2+<0,03 kPa CO2; 0,5 kPa O2+<0,03 kPa CO2; 1,0 kPa

O2+1,0 kPa CO2; 1,0 kPa O2+2,0 kPa CO2; e 1,0 kPa O2+3,0 kPa CO2. Para o primeiro experimento,

após serem mantidos em condição ambiente, os frutos foram avaliados em relação à taxa respiratória

e de produção de etileno, incidência e severidade de escurecimento de polpa, incidência de

podridões, atributos sensoriais, coloração da polpa e da casca, atributos de textura, firmeza de polpa,

acidez titulável, e teor de sólidos solúveis. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente

casualizado, com quatro repetições e unidade experimental composta por 30 frutos. Para o segundo

experimento, os frutos foram separados em dois grupos: com e sem incidência de escurecimento de

polpa. Em seguida, os mesmos foram avaliados quanto aos teores dos seguintes minerais na polpa

dos frutos: Ca, Mg, K e N e às relações Mg/Ca, K/Ca, N/Ca, (K+Mg)/Ca e (K+Mg+N)/Ca. A partir dos

resultados obtidos nesses experimentos, será possível recomendar as condições ideais para o

armazenamento de peras ‘Rocha’ produzidas no Brasil, proporcionando frutos de qualidade após

períodos prolongados de armazenamento. A confirmação de que a composição mineral predispõe os

frutos ao escurecimento de polpa possibilitará a adoção de estratégias de manejo que visem a

redução das perdas pós-colheita ocasionadas pelo distúrbio.

Palavras-chave: Pyrus communis, distúrbios fisiológicos, cálcio, textura, amadurecimento, pós-

colheita.

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Compatibilidade física de misturas em tanque e seus efeitos sobre as

características morfológicas e desempenho agronômico de trigo

Deivid Luis Vieira Stefen

Curso de Doutorado em Produção Vegetal, linha de pesquisa fisiologia e manejo de plantas

Orientador: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza

A mistura de agroquímicos para o manejo no cultivo de plantas é uma prática comum entre os

agricultores, principalmente por reduzir os custos e o tempo para suas aplicações. No entanto, não se

conhece as interações que ocorrem no tanque de pulverização nem os possíveis danos que essas

misturas podem provocar às culturas. Assim é imprescindível o conhecimento prévio de

compatibilidade de misturas em tanque com produtos de diferentes ingredientes ativos e formulações,

a fim de evitar possíveis danos à cultura e baixa eficiência dos mesmos. Desta forma, o objetivo do

trabalho será avaliar a interação física de misturas de redutor de crescimento e agroquímicos

usualmente empregados na cultura do trigo, avaliar a campo os possíveis efeitos fitotóxicos causados

nas plantas quando submetidas à aplicação destas misturas e seus efeitos sobre as características

morfológicas e produtividade. O experimento será conduzido nos anos agrícolas de 2014 e 2015 no

município de Lages/SC. O experimento 1 será desenvolvido em laboratório, serão utilizados um

redutor de crescimento (ethyl-trinexapac), dois herbicidas (Clodinafop-propargil e Iodosulfurom-

metílico), dois inseticidas (Imidacloprido+Betaciflutrina e Triflumurom) e dois fungicidas (Azoxistrobina

e Tebuconazol) esses produtos serão misturados entre si totalizando 55 tratamentos. Será utilizada

uma escala de 1 a 5 visando avaliar o grau da interação física, onde 1 é separação imediata da

mistura e recomenda-se não aplicar e, 5 é a homogeneidade das mistura sem restrições de

aplicação. O experimento 2 será conduzido a campo. O delineamento experimental utilizado será em

blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos serão distribuídos em arranjo fatorial

2x2x2x2, sendo o redutor de crescimento (ethyl-trinexapac), herbicida (Iodosulfurom-metil), inseticida

(Imidacloprido+Betaciflutrina) e o fungicida (Trifloxitrobina+Tebuconazol) aplicados cada um em dois

níveis (ausência e presença) e duas cultivares de trigo (BRS Gralha Azul e TBIO Pioneiro). Serão

avaliados a fitotoxicidade, comprimento e largura da folha bandeira, número de perfilhos efetivos,

altura das plantas, acamamento e os componentes do rendimento. Os dados obtidos serão

submetidos a análise de variância e as médias serão comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%

de significância. Os dados da evolução fitotoxicidade no tempo serão interpretadas utilizando análise

de regressão. Com os resultados obtidos nesse experimento, será possível auxiliar os agricultores na

tomada de decisão quanto às misturas em tanque possíveis e também para se evitar efeitos

inesperados.

Palavras-chave: Triticum aestivum, fitotoxicidade, redutor de crescimento, agroquímicos,

produtividade.

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Produção e qualidade de forragem e grãos de trigo duplo propósito

Espaço Arial

Giselle Regina Rodolfo

Espaço Arial

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Fisiologia e manejo de plantas

Espaço Arial

Orientador: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza

Espaço Arial 10

A integração lavoura-pecuária impõe desafios para equacionar inúmeras questões relativas ao

forrageamento adequado dos animais, minimizando o efeito nas áreas agrícolas graníferas. Os

objetivos deste trabalho são verificar os efeitos das alturas pré-corte e do número de cortes sobre i) a

produção e qualidade da forragem, ii) rendimento de grãos e seus componentes, qualidade industrial

e tecnológica da farinha de Triticum aestivum cv. BRS Umbu. Foi utilizado o delineamento de blocos

ao acaso e os tratamentos foram distribuídos em arranjo fatorial 2 x 4, consistindo da combinação

das alturas pré-corte das plantas (20 e 30 cm) e do número de cortes (nenhum, um, dois e três),

resultando nos tratamentos: 20/1, 20/2, 20/3 e testemunha, 30/1, 30/2, 30/3 e testemunha. Para

análise da produção e qualidade de forragem, foram determinadas a matéria seca, densidade

populacional de perfilhos (DPP), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em

detergente ácido (FDA). Foram quantificados a produtividade de grãos e os componentes de

rendimento como o número de espiguetas/espiga e de grãos/ espiga, peso de mil grãos (PMG), peso

hectolitro (PH) e características tecnológicas como proteína de grãos, número de queda (NQ) e

alveografia. Os dados foram submetidos à ANOVA, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey

e as testemunhas pelo teste de Dunnett, ao nível de 5 % de significância. A produtividade de

forragem (304 x 579 kg MS/ha), o FDN (41,22 x 46,77 %) e FDA (19,92 x 23,19 %) aumentaram com

o avanço dos cortes, sendo maiores na altura pré-corte de 30 cm. A PB diminuiu com os cortes,

sendo maior na altura de 20 cm (32,54 x 26,26 %), assim como a DPP (429 x 380 perfilhos/m2). O

rendimento de grãos foi maior para altura de corte de 20 cm (2.961 kg/ha) do que 30 cm (2.342

kg/ha). Os componentes de rendimento espiguetas/espiga e de grãos/ espiga reduziram com o

número de cortes, o PH foi reduzido no tratamento 30/3 e o PMG foi maior em 20 cm (32,30 g) x 30

cm (30,07 g). A força de glúten permaneceu estável e a proteína de grãos e o NQ aumentaram com

os cortes. Pode-se considerar que a altura pré-corte de 20 cm proporciona forragem de maior

qualidade e maior rendimento de grãos, enquanto que a altura de 30 cm proporciona forragem em

maior quantidade, resultando em grãos e farinha com características industriais e tecnológicas em

níveis considerados dentro do padrão de qualidade para a classificação do trigo.

Espaço Arial

Palavras-chave: Triticum aestivum, integração lavoura-pecuária, pastagem, qualidade da farinha.

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Aplicando Agricultura de Precisão na Fruticultura

Márcio Eduardo Boeira Bueno

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Fisiologia e manejo de plantas.

Orientador: Prof. Dr. Leo Rufato

Comitê de Orientação: Pesq. Dr. Luciano Gebler, Prof. Dra. Aike Anneliese Kretzschmar e Prof. Dr.

Fabiano Simões.

O conceito moderno de qualidade já trabalhado em algumas culturas envolve além das características dos frutos os processos utilizados na identificação espacial e temporal destes nas áreas de produção. O termo qualidade empregado na fruticultura traz consigo uma importância muito significativa em termos de rentabilidade da atividade, busca de mercados diferenciados e consolidação de uma marca. O produto final apresentado ao mercado deve possuir características de qualidade desejáveis pelo consumidor. Estas características podem ser influenciadas por diferentes fatores endógenos e exógenos da produção. Os fatores endógenos conseguimos manejar e os fatores exógenos muitas vezes não. A maçã é remunerada pela qualidade. Quando mais categorias superiores maiores serão as receitas. Na determinação das categorias da maçã leva-se em consideração a cor e defeitos. Os fatores endógenos que atuam na macieira ao longo do seu desenvolvimento podem influenciar a qualidade final da maçã em maior ou menor grau. Por não atuarem de forma homogênea e mostrar um efeito diferenciado ao longo do tempo nos pomares dificultam a sua previsão. Neste contexto, a agricultura de precisão, que é o manejo dos fatores de produção de forma localizada, levando-se em consideração sua variabilidade espacial e temporal, pode ser uma ferramenta importante nesta busca pela excelência na produção de maçã. O emprego das técnicas de agricultura de precisão pode auxiliar na identificação de áreas com potencial para produção de frutos com melhor qualidade (zonas de manejo), e até mesmo no entendimento dos fatores inerentes à mesma. Objetivou-se neste trabalho propor fatores endógenos da produção importantes do ponto de vista de qualidade de maçãs testando diferentes tecnologias associadas à Agricultura de Precisão como ferramenta de previsibilidade. O experimento será conduzido em uma área comercial no município de Vacaria/RS. O tamanho da área será de 3 hectares. Serão marcados 40 pontos na área numa malha de 10 x 40 m e amostradas 4 plantas por ponto da variedade Fuji. Todos os pontos serão georreferenciados, utilizando-se DGPS de dupla frequência (L1/L2 da Topcon), com precisão de 0,5m, no Datum Sirgas 2000, projeção UTM (Universal Transversa de Mercator), fuso 22, hemisfério sul. Será elaborado um modelo conceitual da planta de macieira, propondo fatores endógenos da produção ao longo de seu desenvolvimento, importantes na qualidade de frutos, com auxílio de informações de publicações e opinião de pesquisadores da área. Com base neste modelo será definido o segmento a ser trabalhado pela importância e representatividade na qualidade final de frutos. Os fatores endógenos da produção a ele elencados serão determinados a campo com a metodologia tradicional e ferramentas da Agricultura de precisão.Os resultados desses levantamentos serão trabalhados em SIGs (Sistema de Informação geográfica) e elaborados mapas temáticos, definindo as zonas de manejo. Ao final com a identificação destes fatores e utilizando as definições de zonas de manejo da Agricultura de Precisão poderemos mapear a qualidade da maçã auxiliando a gestão do sistema de produção e a tomada de decisão pelo produtor.

Palavras-chave: Maçã, fatores endógenos da produção, agricultura de precisão, zonas de manejo.

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Eficácia de herbicidas no controle de coreana-amarela (Cestrum corymbosum)

Gustavo Formentin Modolon

Curso de Mestrado na linha de pesquisa em Proteção de Plantas e Agroecologia

Orientador: Dr. Leonardo Bianco de Carvalho

A espécie Cestrum corymbosum Schldl. (Solanaceae), conhecida como coerana-amarela, é

uma planta nativa do Brasil, comum no sul do país. Caracteriza-se como planta pioneira de dispersão

zoocórica. Pode ser encontrada como indesejável em áreas destinadas a pastagens, ao longo de

cercas, beira de estradas e terrenos baldios. Seu maior inconveniente é a toxicidade a animais

bovinos. A espécie é muito persistente, rebrota mais vigorosa assim que roçada, formando grandes

touceiras. A dose letal de C. corymbosum para bovinos, quando ingerida em dose única, está em

torno de 35 g kg-1

. Tendo um efeito acumulativo nos bovinos, a doença se manifesta em doses diárias

de 2,5 e 5 g kg-1

. A planta também tem grande capacidade de infestação na área. A única alternativa

de evitar a toxicidade através da planta é o isolamento área infestada, sendo que, não há herbicidas

registrados para o controle da planta. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito de quatro herbicidas

para controle de C. corymbosum. O experimento será conduzido a campo, no ano agrícola de

2014/2015, na comunidade de Passo do Souza, pertencente ao município de Lages, Santa Catarina.

A área experimental é parcialmente sombreada pela mata nativa remanescente. As plantas de C.

corymbosum presentes na área encontram-se em estágios fenológicos distintos. Os tratamentos

constituirão na aplicação de quatro formulações de herbicidas (picloram-trietanolamina + 2,4-D-

trietanolamina, fluroxipir-meptílico + triclopir-butotílico, metsulfurom-metílico e glifosato), em duas

épocas distintas (outubro de 2014 e abril de 2015), sob esquema fatorial de 4x2 (4 herbicidas e 2

épocas de aplicação). Uma testemunha sem aplicação será mantida, em cada época, para fins

comparativos. O experimento será conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com três

repetições. As parcelas experimentais terão 6 m². Dentro de cada parcela, será contado o número de

indivíduos de C. corymbosum e demais espécies na área amostral de 1 m². As avaliações de controle

(eficácia) serão realizadas visualmente aos 10, 20, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias após a aplicação

dos tratamentos. Serão atribuídas notas de controle, em relação à testemunha, sendo 0 (plantas sem

controle) a 10 (plantas mortas). No mesmo período de avaliação será fotografado 1 m² de cada

parcela, e a imagem será analisada pelo software Image J, em que se medirá, em pixels, a ocupação

de 1 m² de cada parcela por C. corymbosum. Os dados serão submetidos à ANOVA, e as médias

serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, através do software estatístico

ASSISTAT. Será realizada a correlação linear entre a área da imagem analisada em pixel e a nota de

controle. Busca-se, assim, uma alternativa de controle químico que substitua o isolamento das áreas

infestadas do alcance dos animais.

Palavras-chave: Cestrum corymbosum, toxicidade, herbicida, controle.

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Influência de fatores relacionados à tecnologia de aplicação na eficiência de

herbicidas inibidores da PROTOX para o controle de corda-de-viola

Mauricio Crestani Agostineto

Curso de Mestrado em Produção Vegetal na linha de pesquisa em Proteção de Plantas e Agroecologia

Orientador: Prof. Dr. Leonardo Bianco de Carvalho

A corda-de-viola tem se intensificado nos últimos anos como uma das principais plantas

daninhas de grandes culturas como cana de açúcar, milho, soja, causando danos significativos na

produtividade e principalmente na época da colheita onde a corda-de-viola provoca danos nos

mecanismos de colheita das máquinas automotrizes. O uso de herbicidas tem se mostrado como o

método de controle mais eficiente para essa invasora. O objetivo do projeto será determinar a

influência de fatores relacionados à tecnologia de aplicação relacionados à eficiência de herbicidas

inibidores da molécula PROTOX no controle de dois genótipos de corda-de-viola (Ipomoea hederifolia

e Ipomoea quamoclit) Para o projeto serão utilizadas duas moléculas de herbicidas inibidores da

molécula PROTOX, carfentrazone-ethyl (400 g ia/L) e saflufenacil (700 g ia/L) e uma molécula de

herbicida inibidora de EPSPS, glyphosate, em biótipos de corda de viola susceptíveis a estas

moléculas. Serão realizados quatro experimentos em casa de vegetação do CAV/UDESC com

delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial com quatro repetições. Serão mantidas

testemunhas sem aplicação de herbicidas para cada biótipo. No primeiro experimento será analisado

o comportamento das espécies com o aumento da dose e deverá ser selecionada uma dose subletal

que diferencie o comportamento das espécies frente aos dois herbicidas no estádio de (6 a 8 folhas).

No segundo experimento será testado o efeito do herbicida, do volume de calda e do estádio de

crescimento (6 a 8 folhas) serão utilizadas as duas doses subletais selecionadas no Experimento 1.

No terceiro experimento será analisado o efeito do herbicida, da temperatura de calda e do estádio de

crescimento (6 a 8 folhas). Serão utilizadas as duas doses subletais selecionadas no Experimento 1.

As temperaturas de calda serão: 10, 20 e 30 °C. No quarto experimento será analisado o

comportamento dos três herbicidas com duas épocas de estádio, precoce (6 a 8 folhas) e tardia (15

folhas)

Palavras-chave: Controle químico; Inibidor de PROTOX; Ipomoea spp.; Momento de aplicação;

Características da calda; temperatura.

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Variações da maturação e qualidade de maçãs em função do ano e regiões de

produção e modelos de previsão da deterioração de maçãs durante a

armazenagem.

Marcos Westphal Gonçalves

Curso de Mestrado na linha de pesquisa Biologia e tecnologia pós-colheita

Orientador: Pesq. Dr. Luiz Carlos Argenta.

A necessidade de aumento do tempo de armazenagem de frutas de clima temperado, devido ao

incremento da sua produção, tem resultado em aumento das perdas de parte desta, por distúrbios

fisiológicos e patológicos, além da redução de qualidade sensorial dos frutos. O cultivo de macieiras

no Brasil é relativamente recente, quando comparada a outros países com tradição de cultivo desta

cultura e a produção de maças tem aumentado a cada ano, a exemplo do consumo, tanto no

mercado interno quanto no mercado externo. A cadeira de produção de maçã ao redor do mundo

está inserida dentro da cadeia de produção de alimentos, e compete com outros produtos, não

necessariamente frutas pela opção de compra dos consumidores. Os produtores de frutas precisam

de informações que subsidiem seus planos de negócio para atender estas demandas. A necessidade

de se desenvolver métodos de previsão de perda de qualidade é essencial para a oferta de produtos

de alta qualidade organoléptica para os consumidores ao longo de todo o ano. As características de

qualidade das maçãs oferecidas aos consumidores ao longo de cada ano tem origem nos pomares

de produção e em função das características de produção de cada pomar aliados a outros fatores

como local, clima, tipo de solo entre outros, tem influencia na qualidade após a colheita e após o

armazenamento. O conhecimento destas relações é de suma importância para o entendimento dos

impactos que as condições de produção podem ter na conservação de maçãs. Para a criação dos

métodos de previsão um dos caminhos a ser seguido é a utilização de informações coletadas de

forma sistemática com a formação de um banco de dados e o tratamento estatístico destas

informações a fim de se estabelecer padrões que possibilitem a execução de previsões. Iremos

utilizar as informações de qualidade em pós-colheita coletadas pela empresa Fischer desde o ano de

2005, com base em metodologia padronizada, e pela Epagri desde 2004, sendo estas relacionadas

com as condições climáticas que ocorreram nos pomares nas diferentes regiões de produção durante

o processo produtivo. As análises estatísticas serão realizadas com o auxílio do software SAS e

SigmaStat. Iremos estabelecer correlações entre condições climáticas e a qualidade de maçãs,

estabelecer correlações entre a qualidade físico-química e a incidência de distúrbios fisiológicos,

entre as condições climáticas e o desenvolvimento de doenças em pós-colheita e desenvolver

modelos de previsão da qualidade pós-armazenagem com base na qualidade dos frutos na colheita e

tecnologias de armazenagem adotadas e condições climáticas no momento da produção nos

pomares.

Palavras-chave: Banco de Dados, Qualidade Pós-colheita Maçã, Modelagem, Clima pré-colheita.

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Efeito do espaçamento em diferentes populações de Physalis Peruviana L.

introduzidas na Região Oeste de Santa Catarina

Mauro Porto Colli

Curso de Mestrado na linha de pesquisa em Melhoramento e recursos genéticos

Orientador(a): Prof. Dr. Altamir Frederico Guidolin.

A espécie Physalis peruviana L. tem como seu centro de origem e diversificação os Andes

Sul-americanos. A Colômbia é o maior produtor de physalis e grande exportador. No Brasil os cultivos

iniciaram em 1999 e em 2008 o cultivo se estabeleceu comercialmente nos estados de SC, RS e MG.

Apresenta-se como uma opção para diversificação dos cultivos em pequenas propriedades rurais. O

mercado é promissor, pois o fruto por ser exótico atinge mercados especializados. As pesquisas

realizadas até o momento envolvem práticas de adubação, condução, manejo, colheita e

armazenamento. São insipientes as informações sobre espaçamento e desenvolvimento de

cultivares, esta última restrita ao melhoramento genético. O processo de melhoramento depende da

disponibilidade de uma ampla base genética (variabilidade), para iniciar os processos de seleção. O

objetivo do presente trabalho é definir o espaçamento ideal entre filas, utilizando sistema de

condução do tipo espaldeira e verificar a existência de variabilidade genética nas populações em

estudo. Isolar as populações que apresentam características agronômicas promissoras e direcionar

para os cultivos ou programas de melhoramento genético. O trabalho será realizado no ano agrícola

de 2014/15, no município de Xanxerê, na Região Oeste de Santa Catarina. O experimento será

conduzido em Delineamento em Blocos Casualizados, em esquema fatorial em parcelas subdivididas.

O fator A receberá as parcelas com o tratamento ‘Espaçamento’ e os níveis: 2, 3 e 4 m entre filas; o

fator B receberá as sub-parcelas com os sub-tratamentos ‘Populações’ com os níveis: população 1, 2,

3, 4, 5 e 6. Ambos os fatores com três repetições por combinação e cinco plantas por unidade

amostral. Serão avaliadas as seguintes características agronômicas: número de frutos por planta,

diâmetro Norte-Sul e Leste-Oeste do fruto (mm), peso médio de frutos (g), rendimento em (kg/planta)

e (kg/ha). Os dados coletados serão tabulados, processados e submetidos à análise de variância

(ANOVA). Quando significativo para o fator ‘Espaçamento’ será utilizado análise de regressão e para

o fator ‘Populações’ as médias serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, com o

uso do software estatístico R Core Team (2013). Pretende-se com este trabalho definir o

espaçamento ideal entre filas para efeito de recomendação e verificar a existência de variabilidade

genética nas populações. Isolar as populações que apresentam características agronômicas

promissoras e direcionar para os cultivos ou programas de melhoramento genético.

Palavras-chave: Physalis, densidade, variabilidade genética, sistema de condução.

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A Sustentabilidade do Manejo Roça-de-Toco

Adriel Furtado de Carvalho

Doutorando em Produção Vegetal - Melhoramento e Recursos Genéticos

Orientadora: Profª Drª Roseli Bortoluzzi; Co-orientadores: Profº Drº Adelar Mantovani e Profª Drª

Martha Andreia Brand

O Bioma Mata Atlântica ocupa a quinta posição no cenário mundial em termos de diversidade e

endemismo de plantas vasculares. Está entre os cinco principais hotspots e é considerado uma das

florestas mais ameaçadas do mundo. A conservação dos ecossistemas tropicais, como a Mata

Atlântica, é de suma importância devido aos aspectos socioeconômicos de amplo espectro. De

acordo com o IFFSC – Inventário Florístico Florestal de Santa catarina (2013), em Santa Catarina

8,4% dos entrevistados declaram gerar renda pelo uso florestal a partir de 328 espécies nativas, 176

espécies uso madeireiro e 274 uso não madeireiro. Entre estas espécies potenciais estão: Euterpe

edulis (palmiteiro); Araucária angustifolia (Araucária); Cedrela fissilis (cedro rosa); Mimosa scabrella

(bracatinga); etc. O IFFSC ainda revelou por meio de entrevistas, algumas espécies com potencial de

uso futuro: Acca sellowiana (goiaga serrana); Butia eriospatha (butiá-da serra); Campomanesia

xanthocarpa (guabiroba); etc. Os agricultores familiares do município de Biguaçu, SC, utilizam como

complementação de renda, os recursos energéticos oriundos das formações secundárias da Floresta

Ombrófila Densa. O manejo tradicional da terra realizado nestas comunidades é conhecido como

roça-de-toco ou coivara. Este sistema consiste em derrubar a floresta, queimar os restos de

vegetação existentes e ocupar a área por 3 a 4 anos para o plantio de mandioca, batata doce,

banana, etc. Após a colheita, a área é deixada em pousio por um período de 10 a 15 anos para que a

floresta se regenere naturalmente. A madeira retirada destas áreas é transformada em carvão vegetal

tornando-se outro meio para complementação de renda. Este manejo em questão pode ser auto-

sustentável, pois o mesmo promove a manutenção da diversidade ecológica da paisagem, além de

potencializar o estágio inicial de regeneração. O conhecimento das populações aliado aos projetos de

conservação podem gerar estratégias de manejo contribuindo ainda mais com ações dessa natureza.

Estudos de geografia, etnografia, etnobotânica, etnoecologia, arqueologia, genética e ecologia, são

ferramentas importantes para o entendimento deste sistema. Os agricultores familiares tem

consciência da importância de preservar as matas ciliares, porém entendem que a legislação

inapropriada, é prejudicial ao futuro de algumas espécies. A intensificação dos estudos nestas áreas

irá auxiliar na geração de informações consistentes perante os órgãos legais, visando à

sustentabilidade do sistema roça-de-toco a fim de valorizar ainda mais a Agricultura Familiar no

Estado.

Palavras-chave: Agricultura familiar, Pousio, Etnoecologia, Etnobotânica.

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Avaliação de novos portaenxertos para a cultura da macieira no Sul do Brasil

Tiago Afonso de Macedo

Curso de Doutorado em produção vegetal na área de fitotecnia em fruticultura.

Orientadora: Pesq(a) Dra. Andrea de Rossi Rufato

A fruticultura moderna vem utilizando pomares em altas densidades de plantio no intuito de

incrementar rentabilidade, no entanto para se definir uma densidade adequada deve-se levar em

conta a escolha do portaenxerto a ser utilizado. No Brasil os portaenxertos mais utilizados na cultura

da macieira são M.9, Marubakaido e Marubakaido com interenxerto de M.9. Percebe-se um déficit de

portaenxertos para o cultivo da maçã, o que limita o cultivo em determinadas áreas. Em diferentes

regiões produtoras de maçã do mundo é testado e aprovado o desempenho dos portaenxertos da

série CG (Geneva®), os quais são resistentes a algumas doenças e pragas de solo. Apesar de

existirem estudos no melhoramento e seleção de novos portaenxertos para a cultura da macieira no

mundo, faltam informações técnicas de adaptabilidade para as condições edafoclimáticas brasileiras.

Partindo deste pressuposto objetivou-se avaliar o desempenho vegeto-produtivo das cultivares

MaxiGala e Fuji Suprema enxertadas sobre distintos portaenxertos em duas condições de plantio, a

primeira em área nova (solo virgem) e a segunda em área de replantio de macieiras. Para isso o

trabalho foi dividido em três experimentos. Experimento 1: Cultivar MaxiGala enxertada sobre os

portaenxertos G.213, M.9 e Marubakaido com interenxerto de M.9 de 20 e 30 cm de comprimento,

implantado em 2011, (2.500 plantas/ha). Experimento 2: Cultivar MaxiGala enxertada sobre os

portaenxertos G.202, G.757, G.874, G.213 e M.9, implantado em 2014, (3.500 plantas/ha).

Experimento 3; Cultivar Fuji Suprema enxertada sobre os portaenxertos G.213 e M.9, implantado em

2014, (2.777 plantas/ha). Os experimentos estão sendo realizados no município de Vacaria-RS.

Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com cinco repetições e 10 plantas por parcela. Será

avaliado a massa fresca e seca de folhas; área foliar unitária; teor de clorofila (SPAD); altura de

planta; área da seção transversal do caule; número de ramos por planta; ângulo de inserção do ramo;

comprimento do entrenó; volume de copa; peso de poda; fenologia; frutificação efetiva; retorno de

florada; produtividade; eficiência produtiva; e nos frutos será avaliado o teor de sólidos solúveis

totais; firmeza de polpa; diâmetro transversal; calibre e categoria. A partir de resultados preliminares

de dois anos de avaliações (Experimento 1), pode-se concluir que o portaenxerto G.213 é uma nova

opção frente aos portaenxertos tradicionais utilizados no Sul do Brasil, com ganho em produtividade e

por este induzir a formação de ramos com ângulos mais abertos, podendo diminuir custos com mão

de obra para arqueamento de ramos. Além disso, o G.213 teve melhor desempenho em área de

replantio, pois, apesar de possuir vigor semelhante aos demais portaenxertos confere maior

produtividade e eficiência produtiva a cultivar copa MaxiGala.

Palavras-chave: Série CG, Malus domestica B., produtividade, eficiência produtiva, replantio de

macieiras.

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Padrão de mobilização das reservas em sementes colhidas com uso de dessecantes

Carolina Maria Luzia Delgado

Doutorado na linha de pesquisa Fisiologia e manejo de plantas

Orientador(a): Prof(a). Cileide Maria Mededeiros de Coelho

O período de permanência das plantas de soja no campo, após a maturidade fisiológica, é um fator

que favorece a deterioração das sementes, determinando queda em seu vigor. O uso de dessecantes

em pré colheita é uma prática para reduzir o tempo de permanencia de sementes a campo,

preservando a qualidade fisiológica e sanitária das sementes. No entanto poucos estudos relacionam

o efeito do uso dos dessecantes sobre a qualidade das sementes durante a germinação. Desta

forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o vigor de sementes de soja das cultivares Benso1RR e

NA5909RG através da mobilização de fitato, proteína solúvel e açúcar solúvel durante a germinação.

As sementes foram provenientes de plantas dessecadas com glufosinato de amônio (GLA) no estádio

reprodutivo R7 ou não (TST). A determinação do vigor foi realizada pelo teste de envelhecimento

acelerado e comprimento de plântula. O padrão de embebição foi determinado com base no teor de

água absorvido pelas sementes nos tempos: 0, 3, 6, 16, 24, 48h. Para mobilização de reservas, foram

quantificados em cada tempo, os teores de fitato, proteínas solúveis e açúcar solúvel. A aplicação do

GLA alterou o padrão de absorção de água para a cultivar Benso1RR. Não observou diferença

significativa ao longo do tempo para os teores de fitato para nenhum tratamento. Em 48h de

embebição as sementes da cultivar NA5909RG+GLA apresentaram menor mobilização de proteína

solúvel (26%) e açúcar solúvel (41%) refletindo em menor percentual de germinação (78%), menor

comprimento de plântula (16,8cm) e baixo vigor (81%), quando comparado com sementes

provenientes de plantas testemunhas, com maior mobilização de proteína solúvel (62%) e açúcar

solúvel (59%), refletindo em maior percentual de germinação (92%), maior comprimento de plântula

(19,2cm) e maior vigor (89%). Para a cultivar Benso1RR em 48 de embebição, a aplicação do GLA

não a afetou a hidrólise de proteína solúvel (82%) quando comparada com Benso1RR+TST (79%),

assim como não apresentou diferença no percentual de germinação, vigor e comprimento de

plântulas. Conclui-se que a utilização do dessecante interferiu negativamente na mobilização de

proteína solúvel e açúcar solúvel para NA5909RG refletindo em baixo percentual de germinação e

baixo vigor.

Palavras-chave: Vigor, Mobilização de reservas, Fitato, Proteína e açúcar solúvel.

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Avaliação das respostas morfológicas, fisiológicas e bioquímicas de soja

INTACTA RR2 PRO em situações de estresse hídrico.

Camila Corrêa

Curso de Doutorado na linha de pesquisa em Fisiologia e manejo de plantas

Orientador: Prof. Dr. Clovis Arruda de Souza

O desenvolvimento de novas cultivares, incluindo avanços da biotecnologia na agricultura, pode

proporcionar o aumento da produtividade da soja. No entanto, a ocorrência de adversidades

climáticas e sua imprevisibilidade são os principais fatores de risco no cultivo de soja. A variação

espacial e temporal da disponibilidade hídrica constitui-se como principal fator limitante à obtenção de

rendimentos próximos ao máximo potencial produtivo desta cultura. A sensibilidade da soja às

deficiências hídricas tende a aumentar à medida que a cultura avança no seu ciclo, sendo máxima

durante o período reprodutivo, principalmente na formação de vagens e enchimento de sementes.

Considerando as grandes perdas na produção e na qualidade fisiológica das sementes de soja,

ocasionadas pelos eventos de seca e pela complexidade dos mecanismos de resposta, tornam-se

prioritários os estudos e pesquisas sobre o comportamento das novas cultivares de soja (Intacta),

bem como alternativas de manejo que possam minimizar os danos causados pela deficiência hídrica.

O estudo será desenvolvido em dois experimentos conduzidos em casa de vegetação do

CAV/UDESC. O primeiro experimento avaliará as respostas agronômicas, morfológicas, fisiológicas,

bioquímicas e estruturais das sementes das cultivares de soja NS 5959 IPRO (Intacta) e NA 5909 RR

sob deficiência hídrica no estádio R5 de desenvolvimento e o segundo experimento determinará os

efeitos da aplicação de duas doses de citocinina em mitigar os efeitos da restrição hídrica. O

delineamento experimental será inteiramente casualizado, com dez repetições. O esquema

experimental será composto por 2 cultivares, 2 níveis de irrigação (30% e 80% da capacidade de

campo) e 4 datas de avaliações da deficiência (0,2,5 e 10 dias de restrição hídrica). Os dados serão

submetidos à análise de variância pelo teste F e, havendo diferença significativa, as médias serão

contrastadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. As avaliações fisiológicas das plantas serão

realizadas através da determinação do conteúdo relativo de água e das trocas gasosas. Os níveis

das enzimas relacionadas ao estresse hídrico (catalase, superóxido dismutase e esterase) serão

avaliadas através de eletroforese dos perfis enzimático nas plantas e sementes. A qualidade

fisiológica das sementes será avaliada pelo teste de germinação, comprimento de plântula e massa

da matéria seca de parte aérea e raiz das plântulas. Como resultados espera-se que a soja intacta

seja mais tolerante a deficiência hídrica; bem como propor a aplicação exógena de citocinina para

reduzir os danos causados pela deficiência hídrica.

Palavras-chave: Glycine max (L.) Merrill, estresse hídrico, fisiologia, expressão isoenzimática,

citocinina.

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RELAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES EM SOLOS ADUBADOS COM

DEJETO SUÍNO COMPOSTADO COM OS FATORES PRODUTIVOS E NÍVEIS

POPULACIONAIS DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS NA FRUTICULTURA DE CLIMA

TEMPERADO DE SANTA CATARINA.

Felipe Penter

Orientador: Prof.Dr. Amauri Bogo

Comitê de Orientação: Prof. Dr. Leo Rufato, Profª Dra Aike Anneliese Kretzschmar, Prof. Dr Luciano

Gatiboni

RESUMO

O estado de Santa Catarina apresenta destaque na agricultura sendo um dos maiores produtores

nacional de fruteiras de clima temperado, assim como na suinocultura. O destino ambientalmente

correto dos resíduos animais é uma preocupação constante e neste contexto, pouco se sabe como os

dejetos compostados de animais podem ser utilizados na fruticultura, especialmente no efeito sobre a

população de fungos fitopatogênicos em pomares de fruteiras como maçã e uva. O presente trabalho

tem como objetivo avaliar a dinâmica populacional e possível efeito supressor da adubação, com

composto orgânico a base de dejeto suíno, sobre fungos fitopatogênicos causadores de doenças em

pomares comerciais, bem como os fatores produtivos nas culturas da maçã e uva, no município de

São Joaquim, SC. Este estudo visa determinar se a aplicação comercial de dejetos suínos

compostado em pomares de fruteiras de clima temperado em Santa Catarina exercem influências nos

seguintes parâmetros biológicos, fisiológicos e produtivos, sendo: 1. Efeito sobre desenvolvimento

vegetativo das plantas; 2. Efeito sobre desenvolvimento reprodutivo das plantas; 3. Qualidade de

frutos; 4. Produtividade; e 5. Efeito sobre a população de fungos fitopatogênicos (supressividade)

ligados as principais doenças de solo e, se estes estão relacionados com as principais diferenças nas

concentrações de nutrientes do solo. O experimento está sendo conduzido em blocos ao acaso, com

5 tratamentos (T1 – Testemunha; T2 – 100% da recomendação com adubação química; T3 – 100%

da recomendação com adubação orgânica; T4 - 50% da recomendação com adubação orgânica; T5

– 150% da recomendação com adubação orgânica), com quatro repitições. Cada parcela é composta

por 4 plantas. Na macieira o experimento está sendo realizado na cultivar Gala enxertada sobre porta

enxerto maruba com filtro e na videira na cultivar Cabernet Sauvignon. As plantas de ‘Cabernet

Sauvignon’ adubadas com fertilizante mineral (T2) apresentaram as maiores médias para as variáveis

número de cachos por planta, fertilidade de gemas e produtividade ao longo dos dois de anos de

estudo. Uma possível explicação para este resultado é de que o adubo mineral depois de aplicado

fica prontamente disponível na solução do solo, diferentemente do adubo orgânico que proporciona

uma liberação mais lenta dos nutrientes para a solução do solo. O índice SPAD não apresentou

diferença significativa na média das duas safras entre os tratamentos com adubação, porém todos

diferiram da testemunha que teve o menor valor do índice SPAD. A maior área foliar na safra de 2014

foi encontrada nas adubações com fertilizante mineral (T2) e fertilizante organico (T3), não diferindo

significativamente dos tratamentos de adubação (T4) e (T5). Contúdo quando análisado a variável

produção/área foliar também na safra de 2014 a adubação com fertilizante mineral (T2), apresentou o

maior resultado. O valor da acidez titulável do mosto de uvas analisado foram afetados pelos

diferentes tratamentos, sendo que a adubação com 50% da dose do fertilizante organico (T4),

apresentou a maior média para esta variável. Já os valores de SS e pH não foram afetados pelos

diferentes tratamentos.

Palavras-chave: Malus domestica, Vitis vinífera, adubação orgânica, dinâmica populacional, fungos

fitopagênicos