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So [email protected] Revista Acadmica do Grupo Comunicacional de So Bernardo www.metodista.br/unesco/GCSB/index.htm Ano 1 - n 1 - (janeiro/junho de 2004)

Textos previamente apresentados em reunies cientficas e selecionados pelos membros do comit editorial

Mercado e Publicidade OnlineMissila Loures Cardozo*Universidade Metodista de So Paulo Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Comunicao Social Mestrado

Resumo 1. A Internet 2. E-Commerce 3. Design na Internet 4. Publicidade Online 5. Mercado Publicitrio e Publicidade Online Referncias Bibliogrficas

Resumo A Internet um dos meios que cresceu de forma mais rpida na histria das mdias, tanto no contexto mundial, quanto no mercado brasileiro. Por ter caracterstica prprias, a Internet oferece ao mercado publicitrio uma gama de oportunidades no relacionamento com clientes e consumidores, muitas delas ainda no exploradas. Apesar de pouco expressivo no bolo publicitrio nacional, a Internet revela seu potencial como mdia segmentada e de alto impacto, que oferece resultados significativos no tocante a resposta em vendas. Por integrar perfeitamente a comunicao e seu efeito, possvel mensurar seus resultados efetivos em tempo real, oferecendo a clientes e anunciantes a oportunidade impar de alterar os rumos de uma comunicao. Dentro do contexto brasileiro uma mdia que tende a crescer muito nos prximos anos, abrindo espao para

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novas oportunidades de mercado. Palavras-Chave: Publicidade, Internet, Mercado Brasileiro. 1. A Internet Em fevereiro de 2002, a Internet deu um salto e tanto: segundo o Ibope eRatings.com (IBOPE/2002), o nmero de usurios residenciais da web* cresceu, no perodo, 48,6% e, hoje, j de 13 milhes de internautas*. O IBOPE (IBOPE/2002) afirma que, com esta marca, o Brasil chega ao posto de oitavo pas em nmero de internautas - atrs do Canad, Estados Unidos, Japo, Coria do Sul, Alemanha, Itlia e Reino Unido. O potencial de venda de servios e produtos na Internet parece promissor: 19% dos usurios j compraram pela rede e outros 62% mostraram-se interessados numa compra futura. Alm do mais, 53% aceitariam pagar para utilizar servios na rede. A forma de cobrana e o credito no devero ser problemas, visto que 72% dos internautas possuem carto de crdito, sendo 52% carto internacional. Mas at agora, so os homens o principal mercado na Internet: enquanto 22% deles j adquiriram produtos e servios via rede, apenas 11% da mulheres a experimentaram. Porm, mundialmente, o consumo na Internet por parte das mulheres vem crescendo significativamente, como aponta a pesquisa da Pew Internet and American Life Project. Este crescimento segue a tendncia de que com a maior capilaridade da rede, um maior nmero de pessoas passem a ter contato com o meio e, conseqentemente, a utiliz-lo, conforme indica Cludio Cardoso (CARDOSO, 2002). Mas a Internet no composta apenas por nmeros. Ela todo um sistema de informao baseado numa nova linguagem: o hipertexto. Assim, como esta nova linguagem apresentada aos internautas pode indicar as tendncias que o mercado esta tomando nos ltimos anos. 2. E-Commerce O comrcio eletrnico a aplicao de tecnologias de comunicao e informao compartilhadas entre as empresas e pessoas, procurando atingir seus objetivos de rentabilidade sobre suas atividades. O e-commerce no muda o processo, ou seja, a compra via web um processo que tem com fontes de pagamento 90% carto de crdito mas significa um processo de compra (comeo, meio e fim) na web este o processo de e-commerce que para se fazer as vendas tem que ter: Conhecimento do processo de vendas de cada mercado Entender como se processa a venda no mercado tradicional especfico Conhecer o conceito de atendimento e relacionamento e todo e-commerce sempre deve apresentar a possibilidade de se comunicar pessoalmente, via call center*. Comprar pela Internet ainda um hbito de poucos. Mesmo nos EUA, onde mais de 40% das famlias acessam a rede em suas casas, apenas 17% j fizeram compras pela Web. No Brasil, onde cerca de 1% da populao tem acesso rede, a proporo de pessoas que faz compras nas lojas virtuais no chega a 1%.

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No entanto as previses da Ernest & Young* (BILLI, 2002), parte do estudo Varejo online global, so que os gastos com compras na rede devem continuar a crescer. A empresa entrevistou 7,7 mil consumidores em 12 pases para traar o perfil e hbitos de consumo dos internautas. No Brasil, 80% dos consumidores entrevistados disseram que pretendem aumentar seus gastos nos prximos meses. O ndice s menor do que os observados na Frana e na Espanha. Dentre os pases pesquisados, o Brasil apresenta uma das menores mdias de gastos anuais. Os consumidores brasileiros gastam cerca de US$ 493 por ano com compras pela Internet, quase metade dos US$ 896 gastos pelos norte-americanos. Os brasileiros que fazem compras pela rede so mais jovens tambm. A mdia de idade dos consumidores virtuais no Brasil de 34 anos. Nos EUA, ela de 42 anos e, na mdia dos demais pases, ela atinge 37 anos. Os homens so maioria esmagadora no Brasil: 75% dos consumidores so do sexo masculino. O resultado se repete na maioria dos pases, com exceo dos EUA, onde as mulheres so maioria (60%), da Austrlia e do Canad, onde h certo equilbrio. A maioria dos consumidores ouvidos pela pesquisa, em todos os pases, diz esperar que as lojas virtuais ofeream mais variedade de produtos do que a encontrada nas lojas tradicionais e afirma que essa uma das razes que os faz comprar pela rede. A maior parte tambm diz esperar que os preos nas lojas virtuais sejam menores do que no varejo tradicional. Segundo a pesquisa, poder comprar por preos mais baixos o principal motivo apontado pelos internautas brasileiros quando explicam porque compram pela Internet. O nmero de pessoas que acessam nas pginas das lojas na Internet, consultam produtos, chegam a coloclos na sua cesta de compras e no finalizam a operao tambm grande. No Brasil, 87% dos consumidores disseram j ter desistido de uma compra, proporo que de 78% nos EUA. O preo do frete foi apontado pelos entrevistados como um dos principais motivos que os fazem abandonar suas compras pela rede. Segundo a pesquisa, 45% dos norte-americanos apontam para os altos preos do servio para justificar sua desistncia, ndice parecido com o observado no Brasil, de 49%. Os motivos mais comumente indicados pelos internautas que evitam fazer compras pela rede so a preocupao com a utilizao do carto de crdito e a necessidade de ver e tocar os produtos antes de adquirilos. A segurana dos sites no est, no entanto, no topo da lista de preocupao dos consumidores do Brasil. A maior barreira apontada pelos brasileiros a importncia de tocar e experimentar produtos (apontada por 60%). O custo do frete apontado por outros 45% e o preo do produto, considerado caro, por 33%. O receio de que o nmero e as informaes sobre o carto de crdito sejam roubados dos arquivos das lojas foi apontado por apenas 30% dos consumidores entrevistados no Brasil. 2.1. Caractersticas do Mercado Eletrnico no Brasil Na verdade, no existe um consumidor virtual. O consumidor sempre o mesmo, e o objetivo de uma empresa

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virtual conseguir transformar consumidores em E-consumidores. Nenhum outro lugar do mundo teve o ritmo de crescimento da Internet verificado no Brasil. Esse rpido crescimento ficou provado em pesquisa realizada pelo Ibope, que mostrou que os usurios das classes C, D e E comearam a impulsionar o crescimento da rede: em apenas dois meses, o pas teve um aumento de 36% de usurios da Internet, o que corresponde a 1,2 milhes de pessoas. (nessa pesquisa por amostragem, o Ibope ouviu 15.000 pessoas nas nove maiores capitais do Brasil entre dezembro de 1999 e fevereiro de 2000). Acredita-se que esse fato deve-se ao fenmeno da Internet gratuita e a intensa exposio de mdia das empresas desse setor. Estima-se que aproximadamente 4% da populao brasileira tem acesso a rede mundial de computadores. Entretanto, estima-se que em 2005 o nmero de internautas corresponder a 12% da populao. Apesar dessa "exploso", estima-se que apenas 3% do total de internautas no Brasil realizam compras na rede. Esse valor muito pequeno se comparado ao potencial que a Internet no Brasil capaz de gerar. A tabela seguinte mostra as projees de faturamento do E-commerce no Brasil (Fonte IDC/99): Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Faturamento (em milhes) 93,0 211,2 379,0 800,7 1547,7 3200,0

Desta forma as empresas virtuais j comearam a usar os meios da "velha economia" para atrair consumidores, obter credibilidade e aumentar as suas vendas. Envio de correspondncias pelo correio, utilizao de catlogos e servios de atendimento e vendas por telefone ou por representantes comerciais so alguns dos instrumentos comuns nas empresas tradicionais que as empresas chamadas pontocom* comearam a adotar. o caso do Submarino*, empresa criada em junho de 1999 a partir da aquisio das operaes de comrcio eletrnico de livros da BookNet por um grupo de empreendedores, apoiados pela GP Investimentos. Desde ento, a empresa foi continuamente estruturada para oferecer servio de melhor qualidade, em maior escala. Esta aproximao das empresas pontocom realidade das empresas tradicionais tambm se deve ao fato de que o perfil dos consumidores que compram pela Internet est mudando e ficando cada vez mais parecido com o perfil mdio dos consumidores que freqentam as lojas de varejo tradicionais, demonstram as recentes pesquisas IBOPE/eRATINGS (IBOPE/2002). H menos de dois anos, os internautas que compravam CDs e livros pela rede eram predominantemente jovens, homens, a maioria aficionada por computadores e tecnologia. Porm, com a disseminao da Internet, as pessoas mais velhas, as mulheres e os consumidores dos mais diversos produtos tendem a ocupar o espao que j ocupam na velha economia, aponta a pesquisa da Pew Internet and American Life Project*.

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Nos pases em que a Internet j tem grande penetrao, como os EUA, Canad e Austrlia, as mulheres j compram mais que os homens, sendo que 58% das compras online de fim de ano, nos EUA, foram realizadas por mulheres. Essa a primeira vez que os homens no so a maioria dos consumidores no ciberespao*. Esta tomada de espao pelas mulheres algo comum no varejo tradicional. Nos mesmos pases a diversidade de produtos comprados tambm maior: vesturio, flores, comida e bebidas esto entre os produtos mais procurados em todos eles. Cada vez mais os padres de consumo da nova e velha economias tendem a convergir e que com exceo de produtos muito especficos a rede se tornar apenas mais um canal de distribuio para todas as empresas. Desta forma no haver um canibalismo entre os canais de distribuio e sim uma soma de foras, tornando o comrcio de um modo geral, mais prximo e mais abrangente em ternos territoriais com o passar do tempo. Em geral, a necessidade de se comprar algum livro pode significar apenas um motivo a mais para se dirigir at uma megastore* e se divertir no meio dos seus corredores, olhando prateleira por prateleira at encontrar um ttulo interessante. Mas se no houver disposio ou tempo para se deslocar at um ponto como este e se precisa adquirir um livro, a melhor soluo acessar a Internet e navegar pelos sites das livrarias virtuais. Mas no s a praticidade que conta no caso de uma compra online. O internauta tambm pode usufruir uma agradvel experincia no momento da navegao, que pode ser to prazerosa quanto passear pelos andares de uma megastore. Com esta nova revoluo, preciso entender o que a Internet e quais as possibilidades que este novo meio oferece para o avano e expanso do mercado online. 3. Design na Internet Segundo a Sociedade Brasileira de Design da Informao, o infodesign ou design da informao uma rea do design grfico que objetiva equacionar os aspectos sintticos, semnticos e pragmticos que envolvem os sistemas de informao atravs da contextualizao, planejamento, produo e interface grfica da informao junto ao seu pblico alvo. Seu princpio bsico o de otimizar o processo de aquisio da informao efetivado nos sistemas de comunicao analgicos e digitais Com o avano e a introduo de novas ferramentas de interao e de animao para a Web, o designer passa a ter uma funo de transmitir ao internauta a imagem da empresa, suas caractersticas essenciais, bem como ser funcional. Segundo Jose B. Pinho (PINHO, 2000p.159), apesar de forma e contedo serem indissociveis, o design deve ser trabalhado basicamente para agregar valor ao site. Por isso, hipertexto*, espao, cores, tipologia, textura, proximidade e alinhamento, balano, contraste e unidade so elementos e valores que merecem um cuidado especial para a criao de sites diferenciados, funcionais e de sucesso. No basta apenas ter um site esteticamente bonito e desprovido de contedo, como tambm no adianta ter um site com excelente contedo, sem um suporte visual. Mais do que apenas arte, o designer toma para si a grande responsabilidade de atrair e manter internautas ligados na informao essencial que o site tem a passar. mais do que apenas um pano de fundo, o meio do caminho entre informao e receptor.

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A criao do design de um site deve ser elaborada tendo em vista os valores estratgicos e tticos e procurando as solues grficas que preservem cada um dos componentes de forma harmoniosa e balanceada; isto baseado no briefing do cliente, que reflete a cultura da empresa e do consumidor. A partir destes dados a equipe parte para a sugesto de diversos esquemas e esboos, tanto do ponto de vista da arte quanto tcnico, com a preocupao da navegabilidade do site e sua interao com as mais recentes tecnologias toma corpo na pauta de discusso. O passo seguinte ao processo criativo a anlise das propostas pelo cliente e sua posterior pr-produo. Na pr-produo o design ajustado e os elementos tcnicos so testados, para que quando a pgina v efetivamente para o ar no haja erros ou falhas. Para Jose B. Pinho (PINHO, 2000, p.162) o design na Web requer os mesmos altos nveis de talento, experincia e tcnica exigidos pelas demais formas de arte eletrnica. Muitos dos princpios que os designers usaram nos meios tradicionais sejam impressos ou eletrnicos, continuam sendo vlidos na Web. Ainda preciso captar a ateno do olhar do visitante e criar uma composio correta entre elementos como tipos, fontes e ilustraes. Entretanto, a Web construda sobre bases tcnicas diferenciadas que se apiam fundamentalmente na linguagem HTML* e na exposio seqencial das pginas na tela do monitor. Para ter sucesso na tarefa do desenvolvimento visual de um site, cada um desses elementos devem ser considerados: hipertexto, espao em branco, combinao de cores, tipologia, texturas, movimento dos olhos, navegao, proximidade e alinhamento, balano e contraste entre os elementos e unidade da pgina. Jose B. Pinho (PINHO, 2000, p.162) classifica o design nos sites em 3 perodos distintos: Sites de primeira gerao: Tem como mote apenas o contedo e no a forma, sendo lineares e com um mnimo de funcionalidade. A criao dos sites ficava a cargo de cientistas que desejavam compartilhar suas idias com outros colegas e sofriam a limitao tcnicas dos modens* lentos e monitores monocromticos. Os grficos e textos eram apresentados sempre de cima para baixo e da esquerda para a direita. Os recursos mais comuns adotados para a separao dos pargrafos foram os saltos de linhas, os marcadores e as linhas horizontais. r Sites de segunda gerao: Com o aprimoramento do browser Netscape Navigator, que dominava sozinho a Web no inicio de 1995, introduzindo diversas extenses linguagem HTML, que permitiram o uso de cones, imagens de fundo, botes com borda, tabelas e grficos separados; a estrutura deixa ento de ser linear para ser apresentada de forma hierrquica, quase sempre por meio de menus com vrios nveis. r Sites de terceira gerao: A atual fase no se diferencia pelos recursos tecnolgicos, mas sim pelo design. O contedo volta a ter destaque, mas sem que a forma seja preterida. Desta maneira, a funcionalidade e a beleza esttica do site passam a ser o maior objetivo.r

4. Publicidade Online O objetivo da publicidade online, como de toda a publicidade, o de disseminar informaes com o intuito de influenciara transao entre comprador e vendedor. Porm, segundo Zeff & Aronson (ZEEF & ARONSON, 2000 pag. 10), a Web trs a vantagem de permitir a interao do consumidor com a pea publicitria, diferentemente de outras mdias. Esta interao possvel j que com um clique o consumidor pode ter acesso a informaes detalhadas do produto de seu interesse, comparar preos e efetuar sua compra, tudo no ambiente da Internet. Na Web, todos os elementos do suporte interativo, podem ser transformados em publicidade, desde o produto /

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servio, at a elementos que compem a interface do computador, como papis de parede com o logotipo da empresa ou imagem da marca. De uma maneira geral, podemos dizer que a Internet, apesar de ser uma mdia de massa no tocante a sua abrangncia, proporciona ao anunciante direcionar sua ao para um target muito especifico, tornando-a assim uma mdia extremamente segmentada. Este nvel profundo de segmentao obtido, sobretudo, pela utilizao de uma ferramenta chamada CRM*. Pode-se definir a Publicidade Online, segundo Zeff & Aronson (ZEEF & ARONSON, 2000 pag. 12), como uma convergncia da publicidade tradicional e do marketing direto, como mostra a Figura 1:

Fonte: The Zeff Group. 1999 (www.zeff.com) A Publicidade Online possui 4 vantagens distintas, segundo Zeff & Aronson (ZEEF & ARONSON, 2000 pag. 13): Focalizao: possvel focar os usurios geograficamente ou psicograficamente, atravs da hora de acesso ou do site onde a publicidade ser inserida. Pode-se utilizar as ferramentas do marketing direto, como os maling list* formados a partir da base de dados dos provedores ou lojas online. q Monitoramento: o marketing pode monitorar a interao de seus clientes atuais e potenciais com sua marca, descobrindo ou ratificando o real interesse deles em relao ao produto /servio oferecido. Este monitoramento pode ser medido tambm pela medio dos page views* ou de compras efetivas geradas pela publicidade. q Entrega e Flexibilidade: A Internet possibilita que uma campanha esteja disponvel o tempo todo, e que possa ser suspensa ou alterada em tempo real. Isso possibilita maior controle da mensagem e de sua efetividade durante o processo, no apenas aps. Outra grande vantagem o baixo custo de desenvolvimento e alterao de uma pea publicitria para o meio online. q Interatividade: A Internet a nica mdia que permite transformar de forma simples o papel do consumidor, do papel de receptor da informao, para agente de busca e compra. Aqui, o papel da publicidade ampliado para alm de fomentador da deciso de compra, para efetivador de compra.q

Alm destas ainda faz a captao de dados: anunciar na Internet pode tambm, conduzir trfego ao site, criar

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bases de dados de clientes para poder fazer marketing one to one, fidelizar clientes e fomentar a imagem de marca do site, produto ou empresa. A publicidade na Internet comeou no Brasil, quase que simultaneamente a sua chegada em 1994. Como mdia a publicidade na Internet possui grandes vantagens, entre elas, a interatividade imediata do consumidor e sua capacidade de atender tanto a uma campanha massiva como atingir pblicos extremamente segmentados. O nmero de internautas que acessam a Internet no mundo e no Brasil tem crescido muito desde sua chegada, segundo o Instituto Datafolha em trs anos o nmero de conectados aumentou de 7 milhes ( 7% da populao ) para 23 milhes ( 19% ), considerando-se os que tem 14 anos ou mais e que usam a rede eventulamente. O investimento publicitrio tem crescido muito nestes anos e a cada ms novos anunciantes tem utilizado a Internet em suas campanhas de mdia:, conforme o quadro abaixo: Investimento Publicitrio na Internet (x000) 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 R$ R$ R$ R$ R$ R$ 7.000 25.000 80.000 160.000 225.000 250.000 Fonte: 1997 a 2.002 - AMI / 2002 Intermeios A publicidade massiva na Internet caso relativamente recente, por isso mesmo difcil dizer que a Internet um meio muito importante para qualquer marca publicitria os seus produtos. O nmero de vendas atribudas diretamente publicidade na Internet baixo e algumas pessoas defendem que os anncios colocados em pginas Internet tm ainda que provar a sua eficcia at poderem ser considerados pelas grandes marcas, algo que legitimar a equiparao da Internet aos outros meios em termos de publicidade, nos seus vrios aspectos (retorno, notoriedade, vendas, entre outros). Para reforar estas opinies negativas h ainda o fato de no existir nenhum organismo que faa o controlo da publicidade na Internet, um aspecto negativo, quer para os anunciantes, quer para os prprios agentes

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detentores de espao publicitrio. Mas h os defensores da publicidade na Internet. Estes acreditam que muitas vezes as agncias e os anunciantes no compreendem o papel do meio e tentam pura e simplesmente adaptar campanhas feitas para outros meios, esquecendo as duas coisas que o utilizador na Internet procura: informao e entretenimento. Estes dois aspectos no devem nunca ser esquecidos na elaborao de anncios para a Internet e s fazendo campanhas que os tenham em conta a publicidade na Internet pode ter eficcia. Do lado otimista, esto os que defendem que anunciar na Internet pode ser mais poderoso do que anunciar nos meios tradicionais. A Internet o nico meio onde os utilizadores podem receber publicidade que possa estar relacionada com o seu perfil, pedir e receber informao dos produtos pretendidos, fazer uma compra imediata e poupar tempo e custos. Segundo dados divulgados pela Agncia Reuters a receita de publicidade na Internet aumentou em 11% nos Estados Unidos no primeiro semestre deste ano em relao ao mesmo perodo do ano passado, dado que apia as previses de que o setor est se recuperando de um declnio de vrios anos. Em um informe realizado pela empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers para o Escritrio de Anncios Interativos (IAB, na sigla em ingls), as empresas que vendem publicidade online ganharam cerca de US$ 1,69 bilho em anncios no primeiro trimestre, o primeiro aumento trimestral em anos. O escritrio informou que a cifra da receita foi calculada a partir de dados fornecidos pelas quinze empresas mais importantes do setor. "Os consumidores esto navegando mais e os dlares dos anncios acompanham", disse o presidente do IAB, Greg Stuart, em comunicado. A publicidade tradicional est migrando para a Internet cada vez mais, conforme aumenta o uso da rede pelos consumidores. O estudo cada vez mais detalhado sobre o impacto da publicidade online e da tecnologia est tornado mais fcil a criao de anncios online e tambm contribuiu para essa tendncia, dizem analistas do setor. 5. Mercado Publicitrio e Publicidade Online Apesar de todas as dificuldades polticas e econmicas vividas pelo Brasil em 2002, os investimentos publicitrios no ano passado cresceram 3,4 por cento e ficaram acima do PIB, que subiu 1,53 por cento, segundo o IBGE. Dados do Projeto Inter-Meios, publicado pelo jornal Meio & Mensagem, mostraram esse crescimento do mercado publicitrio brasileiro - e revelaram que os meios TV Aberta e Paga, Exterior e Outdoor tiveram aumento no seu faturamento bruto. J as mdias Jornal, Revista e Rdio sofreram queda. Porm o clima de otimismo para 2003 e os especialistas esperam um aumento em torno de 10 por cento na receita em propaganda. De acordo com o Projeto Inter-Meios, o mercado publicitrio movimentou R$ 13,218 bilhes em 2002, contra os R$ 12,788 de 2001. O faturamento bruto foi de R$ 9,636 bilhes, sendo que em 2001 ficou em R$ 9,322 bilhes, o que d os 3,4 por cento de aumento nominal. Do total movimentado, R$ 1,07 bilho entraram como complemento e R$ 2,511 bilhes foram empregados para a produo comercial. Porm, se o faturamento bruto de R$ 9,636 bilhes for corrigido pelo IPCA, o resultado mostra que os investimentos em mdia praticamente no evoluem desde 1998, devido s grandes dificuldades econmicas enfrentadas pelo pas nos ltimos anos. O bolo publicitrio de R$ 9,636 bilhes ficou, assim, dividido nas seguintes shares: TV, 60,6 por cento; Jornal,

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19,9 por cento; Revista, 9,7 por cento; Rdio, 4,5 por cento; Outdoor, 2,7 por cento; e Exterior, 2,5 por cento. A TV (aberta e fechada) teve um faturamento bruto superior ao de todos os outros meios somados, com R$ 5,840 bilhes, contra os R$ 5,482 bilhes de 2001, o que d R$ 357,79 milhes a mais em 2002, com 6,5 por cento de aumento. Os investimentos em Outdoor subiram 9,9 por cento e em Exterior, 19,6 por cento. J os meios Jornal, Revista e Rdio experimentaram uma queda em seu faturamento, no ano passado. A Revista foi quem mais sofreu, com uma reduo de R$ 47,7 milhes em 2002, o que significa menos 4,8 por cento (o seu faturamento foi de R$ 937,75 milhes em 2002, contra R$ 985,46 milhes em 2001). Os investimentos em jornais, por sua vez, ficaram em R$ 1,918 bilho, contra os R$ 1,975 bilho de 2001, o que d R$ 56,232 milhes a menos, com uma reduo de 2,8 por cento. J no meio Rdio, os investimentos foram de R$ 438,17 milhes em 2002, contra R$ 441,56 milhes em 2001, com uma queda de R$ 3,39 milhes em relao ao ano anterior (menos 0,8 por cento). Hoje, a Internet participa com 1,3% do total gasto com publicidade no Pas, enquanto em 1999 no chegava nem a 1%. A tendncia para os prximos cinco anos de expanso muito superior a do mercado publicitrio em geral. Os anncios on-line devero crescer 70% ao ano, enquanto as projees para o setor so de manter uma expanso mdia anual de 10%.). Em apenas 1 ano a Internet conquistou em investimento publicitrio o mesmo que a TV por assinatura s conseguiu em 10 anos de trabalho ferrenho para conquistar o mercado. Esse mais um fenmeno que surge com a Internet, e um fenmeno decisivo no mercado. Mais do que nunca chegou a hora de ver a Internet como mdia, com todo o seu potencial. O mercado est exigindo isso. Ainda levar um bom tempo para que a Internet seja mais expressiva em termos de verba publicitria, mesmo porque segundo dados divulgados pela pela consultoria E-Consulting, o Brasil tem atualmente 17,4 milhes de internautas, nmero 21,7% maior do que os 14,3 milhes registrados em 2002. De acordo com o levantamento, realizado durante o terceiro trimestre de 2003, s os usurios domsticos ativos aqueles que acessam a web pelo menos uma vez por ms totalizam 10,9 milhes. No ano passado, esse nmero era de 7,9 milhes. A previso para 2004 que o nmero de internautas brasileiros chegue a 20,9 milhes, sendo 13,4 milhes representados pelos usurios domsticos ativos. Apesar de representar quase 40% dos internautas da Amrica Latina (44 milhes), o Brasil ainda est muito distante dos Estados Unidos, por exemplo, que congrega 187 milhes de usurios. Oito milhes de usurios de alto nvel de instruo e poder aquisitivo. Este o mercado potencial da Internet no Brasil, disposio de qualquer empresa, independentemente de tamanho. No universo virtual, a concorrncia mais democrtica, pois uma pequena empresa, por meio de um web site bem projetado, pode transmitir tanto profissionalismo e credibilidade quanto uma grande multinacional. Participao dos Meios no Mercado Publicitrio Brasileiro

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* Notas Missila Loures Cardozo - [email protected] Web - ltima palavra de World Wide Web (www). utilizada como sinnimo de Internet. Internauta - Pessoa que navega (visita vrios sites) na Internet.

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Call Center - A estrutura de uma organizao que cuida das comunicaes internas e externas com os consumidores. Ernst & Young - uma das lderes mundiais em servios profissionais, trabalha com empresas de todo o mundo, identificando e capitalizando as melhores oportunidades de negcio. Desenvolve solues em torno do valor que nossos clientes buscam, produzindo resultados tangveis. pontocom - Empresas que surgiram exclusivamente no meio online. Submarino - Empresa de Comrcio Eletrnico que possui o maior sortimento de produtos disponveis no varejo brasileiro, com cerca de 700 mil itens cadastrados, em 16 categorias, alocada no www.submarino.com.br Pew Internet and American Life Project - A Pew Internet and American Life Project realiza pesquisas de acadmicas que exploram o impacto da Internet em crianas, famlias, comunidades, o lugar de trabalho, escolas, cuidado de sade e vida de civil. http://www.pewinternet.org Ciberespao - Assim como Ambiente Virtual. Conjunto das redes de computadores interligados e de toda a atividade a existente. Megastore - As megastores promovem um tal envolvimento dos consumidores com o produto que estes acabam comprando muito mais. No se trata apenas de uma loja, mas de um local de entretenimento e lazer onde muitos clientes chegam a passar at trs horas. Hipertexto - O hipertexto um dos paradigmas bsicos em que a teia mundial se baseia. Ele uma espcie de texto multidimensional em que, numa pgina, trechos de texto se intercalam com referncias a outras pginas. Clicando com o mouse numa referncia dessas a pgina corrente substituda pela pgina referenciada. HTML - Extenso para arquivos gerados e salvo no formato Hiper Text Marked Language (Linguagem de Hiper Texto Marcado), para construo de Home-Pages, as verses oficiais da HTML so definidas pelo W3 Consortium, em http://w3.org. Modens - Conjunto de placa e software que codifica e decodifica os sinais de computador para uma linha telefnica, permitindo a comunicao em rede. CRM - O C.R.M. (Customer Relationshio Management) um produto de software atravs do qual a empresa pode conhecer o perfil de seu cliente, e a partir da fazer um trabalho dirigido de fidelizao. Hoje sabemos que muito mais lucrativo manter um cliente do que tentar conquistar novos clientes. Essa diferena de lucratividade fica mais explcita quando um cliente fidelizado comparado com cliente perdido pela empresas, e que ter de ser reconquistado. Disponvel em http://kmtools.crie.ufrj.br/km/ferramentas/definicoes.html#CRM Mailing List - Lista de correio, em ingls. Relao de nomes, endereos e dados adicionais de consumidores e prospects, para realizar aes de marketing direto. Page Views - Medida utilizada principalmente por profissionais de Marketing em relao Internet, diz respeito ao nmero de vezes que determinada pgina baixada pelos usurios em certo perodo de tempo.

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