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MESTRE DE OBRAS MÓDULO
COBERTURA GERAL, TRATAMENTO E ESQUADRIA
Curso Mestre de Obras
Módulo de Cobertura Geral, Tratamento e Esquadria
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Diretor de Operações:
Evandro L. A dos Santos
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida,
Guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida,
sejam quais forem os meios empregados:
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quaisquer outros.
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Apresentação
A sociedade moderna, seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançará novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das formas é acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafiadores de conhecimento.
É sobre esse trilho que está direcionada a bússola estratégica de nossa empresa, a Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. A nossa missão é “Contribuir na Formação de Profissionais Qualificados para o Mercado de Trabalho”, gostaria de
ressaltar que para nós será motivo de imensa alegria, contribuir com a sua qualificação profissional.
A Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda - Departamento de Ensino,
direciona suas ações ao suporte técnico e mercadológico com intuito de colaborar com o desenvolvimento de novos profissionais.
Qualificação da mão de obra na construção civil A mão-de-obra é o fator mais importante em qualquer obra da construção civil, pois representa grande porcentagem do custo total, além de ser composta de pessoas que têm diversos tipos de necessidades a serem supridas. Cursos de aprendizagem, relacionamento e auto-estima, demonstrando como esses fatores podem influenciar na produtividade. Diversos estudos sobre o assunto apontam diretamente para a necessidade da qualificação da mão-de-obra devido ao grande índice de desperdícios de material, atraso no cronograma da obra e serviços de má qualidade. Para que isso não ocorra, são várias as formas que uma empresa tem de investir em seus funcionários. Uma delas é oferecendo-lhes cursos de capacitação e qualificação. O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos Data Corporation elaborado através dos profissionais especializados.
Evandro L. A. dos Santos
Diretor de Operações.
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Sumário
1. TELHADOS
1.1 TERMINOLOGIA
2. ELEMENTOS E COMPONENTES
3. FORMA DOS TELHADOS
4. INCLINAÇÃO DOS TELHADOS
5. TRAÇADO DOS TELHADOS
6. ARMAÇÃO
6.1 CONSTRUÇÃO DAS TESOURAS
6.2 VIGAMENTO SECUNDÁRIO
6.3 DISPOSIÇÃO DA ARMAÇÃO DOS TELHADOS
7. COBERTURA
7.1PEDRAS NATURAIS
7.2 PEDRAS ARTIFICIAIS
7. 3 METAIS
7.4 VIDRO
7.5 FELTRO ASFALTADO
8. TELHADOS CURVOS
8.1 TELHADOS CILÍNDRICOS
8.2 CÚPULAS
9. AGULHAS
10. TERRAÇOS
11. CONDUTORES
11.1 GENERALIDADES
11.2 TELHADOS DE BEIRAL
12. TELHA ONDULADA DE CRFS ( CIMENTO REFORÇADO COM FIOS DE
SINTÉTICOS)
12.1 GENERALIDADES
12.2 MÉTODO EXECUTIVO
13. PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO (PES) – ESTRUTURA DO
TELHADO
14. MÉTODO EXECUTIVO
14.1 CONDIÇÕES PARA O INÍCIO
14.2 EXECUÇÕES DO SERVIÇO
15. PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO (PES) – TELHAMENTO
15.1. MÉTODO EXECUTIVO
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15.2. EXECUÇÃO DO SERVIÇO
16. IMPERMEABILIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
17. TERMINOLOGIA
18. CONDIÇÕES GERAIS DE EXECUÇÃO
18. 1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
19. TIPOS E ESCOLHA DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
19.1 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA
19.2 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL
19.3 COMPARAÇÃO DE SISTEMAS
20. MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES
20.1 MATERIAIS BÁSICOS
20.2 MATERIAIS ELABORADOS
20.3 MATERIAIS POLIMÉRICOS SINTÉTICOS
20.4 MATERIAIS PRÉ-FABRICADOS
20.5 MATERIAIS AUXILIARES
20.6 ARMADURAS TECIDAS
20.7 PRODUTOS PARA VEDAÇÃO DE JUNTAS
20.8 MATERIAIS COMPLEMENTARES
21. MANTAS SINTÉTICAS (ELASTOMÉRICAS E MANTA BUTÍLICA)
22. MANTAS ASFÁLTICAS
22.1 ASFALTO MODIFICADO COM POLÍMEROS
22.2 APLICAÇÃO COM ASFALTO QUENTE
23. EMULSÃO ASFÁLTICA
23.1 EMULSÃO POLIMÉRICA
24. ELASTÔMEROS SINTÉTICOS EM SOLUÇÃO
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25. QUANTIDADE MÉDIA DE MATERIAIS CONSUMIDOS NOS PRINCIPAIS
SISTEMAS
26. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL
26.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DE ÁREAS FRIAS
26.1.1 Impermeabilização de áreas frias com cristalizantes (passo a passo)
26.2 IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES
27. SISTEMA PRÉ-FABRICADO
27.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJE COM MANTA ASFÁLTICA
28. IMPERMEABILIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS E PISCINAS
28.1 SISTEMA MOLDADO NO LOCAL PARA ESTRUTURAS ELEVADAS
28.1.1 Impermeabilização de piscina (passo a passo)
29. PISO PARA GARAGEM EM POLIURETANO
30. IMPERMEABILIZAÇÃO DE VIGA BALDRAME (procedimento de execução)
31. LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
31.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
31.2 QUALIDADE DE MATERIAIS E SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
31.3 QUALIDADE DA EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
31.4 QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO
31.6 FISCALIZAÇÃO
31.7 PRESERVAÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
31.8 A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS E DOS DETALHES DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
31.9 DETALHES CONSTRUTIVOS
32. FALHAS RELACIONADAS COM UMIDADE
32.1 PRESSÃO HIDROSTÁTICA NEGATIVA
32.2 ÁGUA SOB PRESSÃO BILATERAL
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32.3 UMIDADE DO SOLO
32.4 ABSORÇÃO CAPILAR DE ÁGUA
32.5 ÁGUA DE INFILTRAÇÃO OU DE FLUXO SUPERFICIAL
32.6 FORMAÇÃO DE ÁGUA DE CONDENSAÇÃO
32.7 ABSORÇÃO HIGROSCÓPICA DE ÁGUA E CONDENSAÇÃO CAPILAR
32.8 ASPECTOS RELEVANTES DA FORMAÇÃO DE MOFO E BOLOR
32.9 SISTEMAS RECOMENDADOS
33. FALHAS MAIS COMUNS
33.1 FALHAS BÁSICAS:
33.2 FALHAS DE DETALHES
33.3 FALHAS NA QUALIDADE DOS MATERIAIS
33.4 FALHAS NA EXECUÇÃO
33.5 FALHAS DE UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO
34. PROTEÇÕES
34.1 PROTEÇÃO MECÂNICA
34.2 PINTURAS REFLETIVAS
34.3 PROTEÇÃO MECÂNICA SIMPLES
34.4 PROTEÇÃO MECÂNICA DO TIPO MATERIAL SOLTO
34.5 PROTEÇÃO MECÂNICA DO TIPO SOMBREAMENTO
35. PROTEÇÃO TERMICA E ACÚSTICA
35.1 PROTEÇÃO TÉRMICA
35.2 ISOLAMENTO TERMO ACÚSTICO
36. CONSIDERAÇÕES FINAIS
36.1 SUGESTÕES PARA O BOM DESEMPENHO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
37. ESQUADRIAS
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GENERALIDADES
38. ESQUADRIA EXTERNA
38.1 PORTAS DE MADEIRA
38.2 PORTAS DE FERRO
38.3 PORTÕES DE MADEIRA
38.4 PORTÕES DE FERRO
38.5 JANELAS DE MADEIRA
38.6 JANELAS DE FERRO
39. ESQUADRIA INTERNA
39.1 PORTAS
40. GRADEAMENTOS
41. FERRAGEM
41.1 GONZO
41.2 DOBRADIÇAS
41.3 FECHOS DE CORRER
41.5 TARJETAS
41.6 FECHOS DE BORBOLETA
41.7 CREMONAS
41.8 ALDRAVAS
41.9 FECHADURAS
42. CAIXA
43. MAÇANETAS
44. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIAS DE MADEIRA
44.1 PORTAS
44.2 JANELAS
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45. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIA DE ALUMÍNIO
45.1 PORTAS E JANELAS
46. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIA DE VIDRO
46.1 PORTAS /JANELAS
47. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
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1. TELHADOS
1.1 TERMINOLOGIA
Os telhados são construções destinadas a proteger os edifícios da ação das
intempéries, constituindo também um arremate de sensível importância estética. A sua
forma e os materiais que compõe a cobertura devem merecer a maior atenção por parte
dos profissionais da construção civil.
2. ELEMENTOS E COMPONENTES
O telhado compõe-se da cobertura, da armação e dos condutores de águas pluviais. A
cobertura é verdadeiramente o elemento de proteção, servindo a armação de apoio e os
condutores para o afastamento conveniente das águas pluviais.
3. FORMA DOS TELHADOS
Os telhados são constituídos por uma ou mais superfícies que podem ser planas, curvas
ou mistas.
As superfícies planas são as mais comuns, encontrando-se as curvas nos telhados
cônicos, nas cúpulas e em alguns edifícios industriais e as mistas em certas construções
pitorescas.
Essas superfícies são denominadas águas e conforme o seu número, temos os telhados
de uma água, vulgarmente conhecidos por alpendres, os de duas, de três, de quatro e
mais águas.
Os telhados de uma água ou alpendres podem ser apoiados sobre paredes ou estar em
consolo.
Os alpendres sobre paredes foram usados no passado somente nas construções de
importância secundária e daí provavelmente a denominação de meia água que também
se lhes dá. Modernamente estão novamente em uso.
Os alpendres em consolo, também conhecidos por marquises, são muito utilizados para
abrigar entrada de edifícios e frentes de estabelecimentos comerciais, prestando-se as
mais variadas decorações.
Os telhados de duas águas, também conhecidos por telhados de chalés (figura 819),
apresentam duas superfícies inclinadas que se encontram segundo uma linha a b,
denominada cumeeira.
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As águas desses telhados apoiam geralmente sobre os lados maiores da construção. Os
lados menores tomam formas triangular na parte superior , conhecida pelo nome de
empena.
Esses telhados foram muito usados na antiguidade, encontrando-se nos templos gregos
e romanos, e as empenas convenientemente tratadas, constituíram os frontões.
Os telhados de três ou quatro águas são formados respectivamente por 3 ou 4
superfícies (figura 820), sendo as maiores A, de forma trapezoidal, denominadas águas
mestras e as menores B, de forma triangular, chamadas tacaniças.
As linhas a e, b e, c e e d f, arestas salientes dos diedros, são
denominadas espigões e as linhas e f, cumeeiras.
N
Os edifícios de planta quadrada as são todas tacaniças (figura 06). Esses telhados são
também denominados telhados em pavilhão. Nos edifícios com plantas complexas,
Figura 01 - 2 águas Figura 02 – 3 águas Figura 03 – 4 águas
Figura 04 – alpendres ou marquises
Fonte: Google imagens
Figura 05 – alpendres ou marquises
Fonte: Google imagens
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estas podem ser decompostas em retângulos, ou quadriláteros recebendo cada qual o
seu telhado. Os telhados desses diversos elementos são reunidos entre si mediante
intercessão de suas formas geométricas de modo a dar ao conjunto feição de unidade, o
que é mais estético e econômico, evitando calhas internas que são sempre um ponto
fraco da construção.
Só excepcionalmente, quando não há outro recurso é que se deve parcelar o telhado.
Figura 06 Figura 07
A reunião de diversos telhados elementares dá lugar à formação de ângulos diedros
reentrantes, aos quais se dá o nome de rincões.
Na figura 07 formada pela junção de dois telhados elementares A e B, a linha a b
constitui o rincão. Nas plantas com forma irregular (figura08), adotando declives
uniformes para todas as águas, como é usual, a cumeeira se torna inclinada, o que
causa má impressão. A cumeeira horizontal nesses telhados obriga ao emprego de
águas com inclinações diferentes, solução que se deve preferir.
Figura 08
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Além dos telhados, cujas formas já foram apreciadas, existem outros com formas
especiais, como o shed e a mansarda.
O shed é usado em fábricas quando não é possível obter luz lateral ou esta é deficiente
pela excessiva largura do corpo do edifício.
Este telhado tem a forma de dentes de serra (figura 09) alternando faces de pouca
inclinação com outras quase verticais. Essas últimas são envidraçadas. As faces menos
inclinadas tem declive compatível com a cobertura empregada.
(a)
(b)
(c) (d)
Figura 09 a, b,c,d
Google imagens
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As mansardas (figura.10), assim chamadas por terem sido idealizadas pelo arquiteto
fronçois Mansart, são formadas por duas águas quebradas, constituindo quatro planos
inclinados dois a dois. As mansardas permitem aproveitar o vão do telhado. As águas
superiores, com inclinação comum, formam o telhado propriamente dito e as inferiores,
quase verticais, constituem as paredes do sótão. Os telhados podem ser limitados por
paredes de pequena altura, denominados platibanda, ou avançar sobre os muros
perimetrais formando beirado.
Os telhados de beirado avantajam-se sobre os de platibanda pela maior proteção que
oferecem às paredes contra a ação das intempéries e por não exporem os edifícios a
serem invadidos pelas águas da chuva quando a obstrução das calhas e canos de
queda ou no caso de se verificarem defeitos. Ademais, o beirado constitui um remate
que empresta feição pitoresca às construções e que muito se recomenda para
habitações afastadas dos centros urbanos.
4. INCLINAÇÃO DOS TELHADOS
Chama-se inclinação do telhado ao ângulo que as duas águas formam com o horizonte.
Ele é geralmente uniforme em todo o telhado, podendo entretanto, podendo ser diverso
se a planta for de forma irregular.
A inclinação a dar aos telhados depende do gênero da cobertura, das condições
climáticas locais e de razões econômicas. A neve e o vento exigem declives mínimos,
aquela para o seu fácil escoamento e este para que a água da chuva seja represada
para o interior do prédio.
Figura 10 Fonte: Google Imagens
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O declive depende também do gênero da cobertura, pois alguns materiais devem ser
fixados além de determinado ângulo para evitar o seu escorregamento. A inclinação é
limitada ainda pela virtude de razões econômicas pois a medida que aumenta o ângulo
do telhado cresce o volume do vigamento e a superfície da cobertura.
A relação entre a altura e a largura do telhado chama-se ponto. Indica-se por uma fração
contendo tendo por numerador a unidade, equivalente á altura, e para denominador um
algarismo indicando o número de partes que em que foi dividido o vão para se obter
aquela altura. Assim o ponto 1/3 da largura do telhado.
É usual indicar o ponto também pela altura alcançada em cada metro de declive do
telhado. Assim um telhado com um ponto de 0,70 m para cada metro horizontal
corresponde a cada 0,70 m no sentido vertical.
As inclinações e usualmente empregadas são as seguintes:
Telhas planas: 0,70 a 0,80 m ou 1/3 + 10%.
Telhas curvas efeito betuminoso: 0,40 a 0,50 m ou 1/4 a 1/5.
Chapas metálicas: 0,20 a 0,40 m 1/5 a 1/10.
5. TRAÇADO DOS TELHADOS
O traçado de um telhado consiste no desenho de sua projeção sobre um plano
horizontal, de modo a conhecer a sua forma através das linhas de cumeeira, espigões e
rincões, a localização dos condutores e a cabeceira das calhas.
Examinando a planta de um edifício é sempre possível destacar uma forma elementar
principal ou fundamental A, à qual estão todas as demais ligadas por meio de
interseções (fig. 11). A essas secundárias é mesmo possível que se liguem ainda outras
menores.
Figura 11
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Começa-se traçando com linhas pontuadas o telhado dessa parte dominante A B C D,
para o que são tiradas as bissetrizes dos ângulos que constituíram os espigões. A união
dos pontos de encontro dessas linhas dar-nos-á a cumeeira a b (figs. 12a, b, c, d).
Figura 12
Em seguida passa-se a estudar o telhado das partes secundárias, tomando o retângulo
C E F G, e tirando as bissetrizes dos ângulos em G E F visto já termos a de C. Sejam
Ec, Gd e Fc as bissetrizes que se encontram e c e d.
A linha c d será a cumeeira dessa parte secundária.
Da mesma forma traçaremos o telhado da parte secundária, E J H I , e da outra parte, A
M K L.
Traçadas as projeções das cumeeiras, espigões e rincões, passa-se ao traçado
definitivo do telhado pois existem linhas que ão devem figurar por estarem no mesmo
plano (figura13).
Assim são definitivas as seguintes linhas:
Espigões: Bb, Db, ad, ag, Fc, ce, If, Hf, Kb, Mb.
Rincões: Gd, Lg, Je.
Cumeeiras: ab, cd, fe, gb.
Em seguida são fixados os canos de queda por meio de pequenos círculos e as
cabeceiras das calhas por meio de duas pequenas linhas paralelas.
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Figura 13
6. ARMAÇÃO
A armação do telhado é formada pelas vigas ou tesouras e pelo vigamento secundário.
6.1 TESOURAS
As tesouras são vigas de treliça, geralmente de forma triangular, destinadas a suportar a
cobertura e as sobrecargas do telhado por intermédio do vigamento secundário.
Os pesos da cobertura e da sobrecarga proveniente do vento, transmitem à tesoura por
meio do vigamento secundário, de preferencia por intermédio dos nós da treliça, pois
dessa forma, os esforços a que são submetidos os seus componentes são
simplesmente de compressão ou distensão. Evitam-se assim a flexão das peças em
contato com o vigamento secundário, o que permite o emprego de seções menores e
contribui para reduzir o custo da tesoura.
A forma das tesouras é geralmente a de um triângulo isósceles. Existem, porém, outras
tesouras especiais, como o alpendre e o shed de forma triangular assimétrica e a
mansarda.
6.1.1 Tesouras comuns
As tesouras comuns compreendem dois tipos, conforme tenham ou não pontaletes.
Essas últimas são conhecidas por tesouras Polonceau.
6.1.2 Tesouras com pontalete
As tesouras com pontalete compõe-se na sua forma mais simples (figura 14), de duas
pernas A B e B C, ligadas numa extremidade ao tensor A B e na outra ao
pendural ou pontalete C D.
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Figura 14 Figura 15
Os pesos da cobertura e das sobrecargas transmitem-se á tesoura por meio das terças,
que são vigas longitudinais apoiadas diretamente nos diversos nós.
Dessa forma, fixado o afastamento médio das terças, variável de 2 a 3 m conforme o
gênero de cobertura, marca-se sobre as pernas os pontos de carga que irão constituir os
nós. Em seguida, faz-se a triangulação, aplicando escoras e pontaletes secundários ou
montantes nos diversos nós.
Suponhamos por exemplo (figura 15), que se tenha de projetar uma tesoura para o vão
AB. Traça-se primeiramente a linha AB e fixa-se em seguida o ponto C tendo em vista a
inclinação que deverá ter o telhado, atendendo ao gênero de cobertura escolhida. Baixa-
se a perpendicular CD que constitui o pontalete. Desta forma obtém-se uma tesoura
simples que servirá para os casos em que o comprimento da perna AC seja tal que não
exija terças intermediárias a não ser as extremas colocadas em C e A que se
denominam respectivamente cumeeira e frechal.
Sendo a largura da água AC ou BC superior ao afastamento usual dado às terças,
divide-se em partes tais de modo a não exceder as dimensões máximas e desse forma
obtém-se os pontos de carga por onde o peso da neve e a pressão do vento, se
transmitem aos diversos membros da tesoura.
A operação daqui por diante consiste em formar nós nesses pontos mediante uma
triangulação conveniente.
Admitamos, por exemplo (figura 15), que se tenha um único ponto intermediário E e F.
Nesse caso basta unir estes pontos por meio de escoras ao ponto D e o sistema está
pronto.
Figura 16
Se houver duas terças (figura 16) nos pontos E, F, G, H aplica-se nesse caso em F os
montantes EI e FG e as escoras ED e FD. Os pontos Ge H ligam-se a I e J com as
escoras GI e HJ.
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Figura 17
Se houver três terças a marcha é idêntica, como se pode ver na figura 17. Para quatro
terças pode adotar-se o mesmo processo se a inclinação do telhado não exigir o
emprego de diagonais muito inclinadas.
Figura 18 Figura 19
A melhor solução, nesse caso, consiste no emprego de linhas secundárias com o que se
consegue remover o inconveniente (figura 18). Essas tesouras permitem o
aproveitamento do espaço abaixo do telhado para o sótão, mesmo nos vãos menores
(figura 19).Existem variantes das tesouras de pontalete nas quais a linha é alterada ou
inclinada a fim de atender a cerca das necessidades da construção. As figuras 20 e 21
nos mostram duas tesouras com a linha elevada e de nível e a figura 22 uma figura com
a linha inclinada.
Figura20 Figura 21
Figura 22
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6.1.3 Tesouras com tirantes e escoras
Essas tesouras são conhecidas também sob o nome de polonceau e admitem, conforme
o vão, um desenvolvimento idêntico ao das tesouras com pontalete (figuras 23 e 24).
Figura23 Figura 24
Elas são indicadas quando se quer um maior pé direito das peças ou então quando se
pretende dar ao teto a forma de curva, o que se consegue facilmente com o emprego de
cambotas que se fixam aos elementos inferiores de modo a obter o perfil desejado.
Entre as tesouras coloca-se o vigamento adequado ao tipo de teto a construir. Existem
também variantes do Polonceau, com a linha horizontal (figuras 25 e 26). As tesouras
Polonceau são totalmente de ferro ou mistas, empregando-se no tipo mais simples a
madeira em combinação com o ferro( figura 27)
6.1.4 Tesouras especiais
Além das tesouras do tipo triangular simétrico, existem também as formas assimétricas,
como as de alpendre e as shed, e as mansardas, com água quebrada, muito útil quando
se quer aproveitar a parte inferior da cobertura para sótão.
Figura 25 Figura 26
Figura 27
6.1.5 Tesouras de alpendre
Essas tesouras são para o telhado de uma única água. Podem ter ambas as
extremidades apoiadas ou uma engastada e a outra livre. A forma é geralmente de uma
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meia tesoura comum. Dependendo os esforços, em seus diversos elementos, das
condições de apoio. Assim a tesoura das figuras 28 a, b, é apoiada nas extremidades e
conforme o vão pode assumir formas mais complexas, como as das figuras 27 c, d. As
tesouras com extremidades livre tem a mesma forma que as apoiadas, distinguindo-se
apenas pelos esforços a que são submetidos os seus diferentes elementos o que
naturalmente exige dimensões também diferentes (figura 27).
6.1.6 Tesouras shed
As tesouras shed (figura 28) caracterizam-se em ter uma das águas mais inclinada que
a outra e serem dispostas transversalmente, o que exige apoios intermediários. Essas
tesouras permitem ter iluminação pela água mais inclinada, o que frequentemente é
necessário nas oficinas de grandes dimensões onde a iluminação lateral nem sempre é
satisfatória lado menor volta-se quando possível para norte ou leste e a sua inclinação
faz-se de 75 a 80º. Essas tesouras são constituídas por treliças com pontaletes ou
tensores simples, podendo ter escoras, conforme a amplitude do vão.
Figura 28 a Figura 28 b Figura 28 c
Figura 28 d Figura 28 e
Figura 29
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6.1.7 Tesouras mansarda
As tesouras mansarda são de quatro águas, sendo as inferiores mais inclinadas que as
superiores. O seu traçado obtém-se fazendo um semicírculo com o centro no meio do
vão e dividindo-o depois em 4 ou 5 partes (figuras 30 e 31), com o que se obtêm os
pontos 1, 2, 3, 4, 5, respectivamente.
Figura 30 Figura 31
Lingando depois os pontos A e B nos pontos 1, 2, 3, ou 1, 2, 3 e 5 obtém- se o contorno
da tesoura. Completa-se a tesoura traçando seus elementos internos constantes de
linhas secundárias, pendurais e escoras. Em lugar dos pendurais laterais empregam-se
também escoras ( figura 32), as quais, segundo o vão, podem estar ligadas a um dos
nós das águas (figura 33).
Figura 32 Figura 33
6.1.8 Tesouras com lanternim
As tesouras com lanternim são empregadas nos telhados de oficinas e de outros
edifícios em que há necessidade de se obter uma renovação constante de ar.
Figura 33 Figura 34
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Essas tesouras obedecem na sua forma geral a qualquer um dos tipos já estudados,
distinguindo-se apenas em ter o centro mais elevado para permitir a saída do ar viciado
pelas partes laterais, que podem estar completamente abertas ou dispor de venezianas.
As figuras 33 e 34 mostram-nos duas tesouras desse tipo. No esquema da figura 35,
temos os componentes da estrutura de madeira de um telhado em duas águas.
Figura 35
6.2. CONSTRUÇÃO DAS TESOURAS
Fazem-se tesouras de madeira, de ferro, de madeira e ferro ou de concreto armado.
6.2.1Tesouras de Madeira
As tesouras de madeira são as mais usadas na construção civil. Colocam-se à distancia
média de 3 m. A sua execução é feita com materiais comumente de bitola comercial.
Assim, para as pernas empregam-se peças de 8 x 12, 8 x 16, 10 x 20 e
excepcionalmente 10 x 30. As linhas são feitas com material idêntico ao das pernas ou
com guias geminadas. As escoras são feitas geralmente a mesma bitola que as pernas
da tesoura, sendo os secundários iguais ou constituídos por guias geminadas que se
parafusam nas pernas e na linha. As diversas peças são ligadas mediante entalhe
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simples, reforçado com parafusos e chapas conforme já foi visto anteriormente no
estudo das ligações de madeira. Para facilidade e melhor aparência dessas ligações
adotam-se para as peças maciças uma espessura uniforme. As figuras 36 e 37
mostram-nos diversos nós de tesouras de uso corrente.
Figura 36 Figura 37
Figura 38 Figura 39
Figura 40
Figura41 Figura 42
6.2.2 Tesouras de ferro
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As tesouras de ferro são usadas nas construções com grandes vãos e naquelas que
exigem a incombustibilidade do material. Embora se possam também usar tesouras de
madeira para vãos além de 25 m, as dimensões a dar as diversas peças e o reforço das
ligações são tais que economicamente desaconselham seu emprego. Nesse caso torna-
se mais vantajosa a estrutura de ferro que, além de incombustível é de aspecto mais
elegante pela delgadez de seus diversos componentes.
Empregam-se também para pequenos vãos quando se exigem qualidades que são
peculiares ao ferro. As tesouras são afastadas em média de 4 a 5 m. As pernas fazem-
se com cantoneiras geminadas, simples (figura 41) ou reforçadas com chapas (figura
42). Podem ser feitas também com vigas U geminadas (figura 43). Para as linhas
empregam-se cantoneiras geminadas (figura 41), podendo lançar-se mão de ferros
chatos ou redondos conforme as circunstâncias. Os ferros redondos são articulados nos
nós.
Figura 43 Figura 44 Figura 45 Figura 46
Os montantes e as diagonais, estando sujeitos a menores esforços que os demais
elementos, fazem-se com cantoneiras geminadas quando sujeitos à compressão (figura
45), com cantoneiras simples, ferros três, ou ferros chatos quando distendidos.
Figura 47
As diversas ligações nos nós são executadas por meio de escudos de ferro e rebites,
obedecendo à disposição já estudada nas ligações de ferro. As figuras 45 a 50 mostram-
nos diversos detalhes de nós.
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Figura 48 Figura 49 Figura 50
Figura 51
6.2.3 Tesouras mistas
As tesouras mistas são vigas de treliça nas quais as peças comprimidas são feitas de
madeira e as distendidas de ferro. Assim, na tesoura da figura 51 os pendurais
secundários são feitos de ferro redondo que atravessa os nós e é preso por meio de
parafusos. As figuras 52 e 53 nos dão dois detalhes dessas ligações.
Figura 52
Figura 53
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Atualmente pouco se emprega o ferro redondo, pois se alcança o mesmo resultado e por
menor custo, com a aplicação de guias de madeira devidamente parafusadas.
Figura 54 Figura 55
A tesoura da figura 54 é uma Polonceau mista na qual as pernas e as escoras são de
madeira, e as peças restantes de ferro redondo. As figuras 55 a 57 mostram-nos
detalhes dos diversos nós. As ligações são executadas com peças de ferro fundido ou
forjado. A figura 58 mostra-nos uma escora de ferro fundido.
6.2.4 Tesouras de concreto armado
As tesouras de concreto armado são pouco usadas na construção civil devido não
somente ao seu peso exagerado, comparado as de ferro ou madeira, como também ao
seu custo elevado. Encontram aplicação nas fábricas, oficinas, grandes armazéns e
entrepostos onde se exige incombustibilidade do material. As tesouras de concreto
armado imitam em grande parte as similares em madeira e ferro.
Figura 56 Figura 57
Figura 58
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Os diversos nós devem, porém ser reforçados convenientemente para atender aos
esforços oriundos da rigidez da ligação em contraposição com a hipótese de articulação
feita no cálculo. as figuras 59 a 64 mostram-nos alguns tipos de tesouras de uso
corrente e a figura 65 a disposição dos ferros em um dos nós.
Figura 59
Figura 60
Figura 61
Figura 62
Figura 63
Figura 64
Figura 65
Figura 66
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6.3. VIGAMENTO SECUNDÁRIO
O vigamento secundário serve para transmitir às tesouras o peso da cobertura e os
esforços externos que atuam sobre o telhado. Compõe-se de terças, caibros e ripas e
conforme a natureza da cobertura, emprega-se também no forro.
6.3.1 Tesouras de madeira
O vigamento secundário para as tesouras de madeira é feito totalmente desse material.
Terças
As terças são geralmente 8 x 16 e colocam-se em correspondência com os nós das
tesouras a uma distância média de 2 m. São presas às pernas por meio de chapuzes
trapezoidais (Figura. 67). As cumeeiras apóiam sobre um entalhe (Figura 68
Figura 67 Figura 68
O frechal pode assentar sobre a linha como mostra a figura 69 ou sobre a perna (figura
70), mediante um chapuz triangular.
Caibros – os caibros são de 5 x 8 ou 8 x 8, conforme o gênero de cobertura, e assentam
normalmente sobre as terças, ligando-se de chanfro em correspondência com a
cumeeira (fig. 68), e apoiando também em chanfro simples (figura 69) ou reforçado
(figura 70) sobre o frechal. Os caibros são pregados às terças e o seu afastamento é
geralmente de 50 cm de eixo a eixo para telhas francesas e de canal.
Figura 69 Figura70
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Ripas – as ripas são colocadas paralelamente á cumeeira. As suas dimensões e o
afastamento dependem do gênero de cobertura. Para telhas planas empregam-se ripas
de 1,5 x 3 cm afastadas de 31 a 33 cm e para telhas curvas usam-se ripas de 1,5 x 4
cm e com afastamento dependente das dimensões das telhas. Nas coberturas leves,
feitas de telhas onduladas de metal ou de fibrocimento, são presas a um ripado de
sarrafos de 2,5 x 5 cm, aplicado sobre o encaibramento ou diretamente sobre as pernas
das tesouras, e com o afastamento de 0,80 a 1,20 conforme as dimensões e a natureza
das telhas. O ripado quando aplicado diretamente às pernas das tesouras faz-se de
caibros de 5 x 8 ou 8 x 8 em virtude do maior vão, podendo mesmo lançar-se mão de
guias. Em certas coberturas, como acontece com as chapas planas de metal ou
fibrocimento e com os feltros, o ripado é colocado sobre um forro de madeira e
normalmente à direção das terças. As ripas nesse caso são trapezoidais e o seu
afastamento depende das dimensões do material de cobertura. São dispostas ma
direção da inclinação do telhado.
Forro de madeira- Entre os caibros e as ripas intercala-se muitas vezes um forro de
madeira, chamado guarda-pó, feito de tábuas brutas de 2,5 cm de espessura que se
pregam sobre os caibros. Esse guarda-pó serve de proteção ao próprio teto e as vezes o
substitui. Constitui também um elemento de proteção das coberturas contra a ação do
vento e para algumas, como chapas lisas e os feltros, é indispensável ao seu
assentamento.
6.3.2 Tesouras de ferro
O vigamento secundário das tesouras de ferro pode ser totalmente em madeira ou ferro
ou ainda misto.
Terça – As terças de madeira prendem-se as pernas das tesouras por meio de
cantoneiras (figuras 71 e 72) ou ferro chato convenientemente dobrado (figura 73). A
cumeeira é formada por uma ou duas peças fixadas como mostram as figuras 74 a, b.
As terças de ferro são geralmente de perfil duplo T, U, ou Z. Podem ser colocadas
verticalmente ou inclinadas em relação às pernas das tesouras.
Figura 71 Figura72
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Figura73
Figura74 a Figura74 b
Prendem-se por meio de cantoneiras, chapas e ferros chatos (figura 75 a 80).
Figura75 Figura76
Figura76 Figura77
Figura78 Figura79
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Caibros – os caibros podem ser feitos de madeira ou ferro. Os de madeira quando
apoiados sobre terças do mesmo material, são simplesmente pregados. As terças sendo
de ferro ligam-se por meio de grampos (figuras 80 a 82). Os caibros de ferros são
constituídos por perfis U ou duplo tê e empregam-se somente quando o ripado é do
mesmo material. Prendem-se por meio de grampos ou rebites (figuras 83 – 84).
Figura80 Figura 81
Figura82 Figura 83
Figura84 Figura 85
Ripas – As ripas quando de madeira obedecem á dimensões e disposições já apreciadas anteriormente. No caso de serem de ferro empregam-se cantoneiras, geralmente de 45 x 45 , e sua ligação é feita também por meio de cantoneiras (fig. 85). Havendo guarda-pó, esse é preso por meio de grampos (figura 86) ou é pregado em
sarrafos fixados no caibro (figura 87).
Figura 86 Figura 87
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6.3.3 Tesouras de concreto armado
Nessas tesouras o vigamento secundário é feito totalmente de madeira ou é misto, de
madeira e concreto. Nos vigamentos secundários de madeira as terças são presas por
meio de grampos, cantoneiras ou parafusos embutidos no concreto das tesouras (figuras
88-90).
Figura 88 Figura89 Figura 90
Os vigamentos secundários de concreto são constituídos por terças e lajes que formam
uma verdadeira coberta de concreto, pronta para receber a cobertura que se fixa em
ripas grampeadas na laje (figura 91). Nos vigamentos mistos as terças são de concreto e
dos demais elementos de madeira. As terças fundem-se juntamente com as tesouras
(figura 92) Os caibros assentam por meio de recortes e são presos em grampos
deixados previamente embutidos nas terças.
Figura 91 Figura 9
6.4. DISPOSIÇÃO DA ARMAÇÃO DOS TELHADOS
A disposição da armação dos telhados depende em grande parte da planta do edifício.
Nos telhados de duas águas, as paredes menores formam empena e as tesouras são
colocadas paralelamente a essas paredes (figura 93). A forma esconsa da planta não
prejudica a disposição que é sempre normal às paredes maiores (figura 94)
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Figura 93 Figura 94 Figura 95
Nos telhados com tacaniças impõe-se o emprego de tesouras auxiliares para formar os
espigões. Para isso, empregam-se meias tesouras tendo o pendural em comum com o
da tesoura em que estão ligadas ( figura 95 – 96). As linhas podem alcançar a da
tesoura (figura 97) ou ser limitadas por uma travessa ( figura 98).
Figura 96
Figura97 Figura 98
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Assim a meia tesoura a da figura 97 é igual a metade da tesoura b , sendo as pernas
parafusadas no pendural (figura 99) , que assim se torna comum. As linhas são fixadas
na tesoura (figura 100) por meio de ferros chatos e parafusados ou ligam-se a meia
madeira (figura 101-102) ou por meio de espiga (figura 103) numa travessa b.
Figura 99 Figura 100
Figura 101 Figura 102
Nos vãos maiores de 6 m empregam-se três meias tesouras, sendo uma central e duas
laterais em diagonal (figura 96), todas as pernas ligadas ao pendural da tesoura inteira.
A linha da meia tesoura em disposição normal, é ligada à tesoura inteira por meio de
duas cantoneiras e parafusos (figura 104).
Figura 103 Figura 104
Frequentemente, em lugar de meias tesouras, empregam-se diagonais formadas por
vigas comuns ligadas ao pendural e às exremidades das terças e que se faz apoiar no
ângulo de encontro dos frechais (figura 105). Esta disposição é muito usada atualmente.
Entretanto, para os vãos maiores, impõe-se a criação de apoios intermediários mais
sólidos, constituídos por pequenas tesouras colocadas em diagonal e cujo pendural
serve de apoio ao espigão.
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Figura 105 Figura 106
Em lugar dessa solução pode empregar-se uma viga trapezoidal (figura 107) a que os
nossos construtores denominam tesoura mocha e que serve nesse caso de apoio não
somente aos dois espigões como também à perna da meia tesoura do centro. Os
rincões são formados por dois caibros, covenientemente afastados que servem para
fixar a calha e contra os quais é pregado lateralmente o encaibramento. As tesouras,
para maior segurança da armação do telhado dever ser contraventadas. Esse
contraventamento nas armações de é constituido por escoras, feitas com caibros, presos
à cumeeira e ao pendural das tesouras (figura 108).
Figura 107
Figura 10 Podem contraventar-se todas as tesouras ou fazê-lo alternadamente. Nos telhados de
quatro águas e pouco extensos pode prescindir-se do contraventamento visto que as
águas menores são suficientes. Nos telhados com armação de ferro pode adotar-se a
mesma solução ou recorrer-se ao empreego de diagonais colocadas entre as tesouras e
terças segundo o plano das águas (figura 109).
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7. COBERTURA
Na cobertura dos edifícios empregam-se pedras naturais ou artificiais, metais, vidro e
feltro.
. Figura 109
7.1. PEDRAS NATURAIS
As pedras naturais usadas nas coberturas dos edifícios são as ardósias. O mármore
foiempregado nos edifícios da antiguidade. As ardósias recomendam-se pelo seu pouco
peso. A boa ardósia deve ter som metálico, cor uniforme, geralmente negro azulado ou
acinzentado, ssuperfície plana e lisa e espessura uniforme. As telhas medem
geralmente 0,30 a 0,50 m de comprimento por 0,15 a 0,25 de largura. A espessura é de
3 a 5 mm. São de forma retangular, semicircular, ogival ou poligonal (figura 110).
Figura 110 Assentam-se no telhado sobrepondo-as de 8 a 12 cm e desencontrando as juntas. São
presas ao ripado com pregos de cabeça chata, de zinco, cobre ou ferro; esses últimos
devem ser galvanizados para qua a ferrugem não ataque a pedra e alargue os furos
(figura 111 a ). Em lugar de pregos empregam-se ainda colchetes de cobre ou de ferro
galvanizado (figura 112 b,c).
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Figura 111 a Figura 112 b, c As cumeeiras é os espigões são feitos com chapas de zinco, ferro galvanizado ou cobre
ou ainda com telhas de argila, tipo cumeeira. A inclinação dos telhados faz-se de 30º a
45º.
7.2 PEDRAS ARTIFICIAIS
As pedras artificiais usadas na cobertura dos edifícios são as telhas de argila, curvas ou
planas , as telhas de cimento e de fibrocimento.
Telhas curvas - Essas telhas, também chamadas coloniais ou de canal, são ainda hoje
muito empregadas. Oferecem o inconveniente de serem muito pesadas, exigindo
armações reforçadas. As telhas têm a forma de um meio tronco de cone com os
diâmetros externos respectivamente de 0,14 e 0,18 m e o comprimento de 0,40 a 0,50. A
espessura varia de 1 a 1,5 cm e o peso de cada telha é em média de 1,8 kg, sendo 28
por m² (figura 113 a, b).
As telhas São Caetano medem 15 x 20 x 42 e pesam 1,9 Kg cada uma, são necessárias
27 telhas por metro quadrado de telhado. As telhas assentam-se de acordo com o
comprimento da telha, colocando-se geralmente transversalmente cada 30 ou 40 cm. As
ripas são de 1,5 x 4 cm. Assentam-se primeiramente os canais no sentido da inclinação
do telhado, colocando as telhas com a concavidade voltada para cima e a extremidade
mais larga do lado da cumeeira. As telhas sobrepõe-se cerca de 10 cm. Os canais, na
parte mais larga da telha são afaastados de cercade 5 cm de modo a serem cobertos
facilmente por outra série de telhas que se colocam com a convexidade voltada para
cima e que descansam com as arestas longitudinais dentro dos referidos canais.
Essas telhas de cobrir são colocadas com a extremidade mais estreita voltada para o
lado da cumeeira e sobrepõe-se umas às outras cerca de 10 cm. As telhas de canal são
assentes a seco e as de cobrir fixam-se a elas por meio de argamassa colocada nas
bocas. As beiradas da cobertura são arrematadas com argamassa. As cumeeiras e os
espigões são feitos com as mesmas telhas, colocadas com a convexidade para cima, e
os rincões por meio de telhas de canal.
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Figura 113 a Figura 113 b
As telhas assentam-se do beiral para a cumeeira e a extensão da sobreposição regula-
se por experiencia prévia de acordo com a largura da água do telhado. Nos telhados de
duas águas pode a cobertura avançar sobre o oitão até a cornija ou morrer sobre a
parede, que então se eleva acima da cobertura. Quando a cobertura avança sobre o
oitão remata-se a extremidade do telhado por meio de uma meia telha apoiada a cornija
e argamassa a cimento (figura 114 a, b). quando a parede do oitão se eleva sobre o
telhado, dispõe-se a cobertura de modo a ter um canal junto ao muro, que se remata
por meio de uma telha embutida e argamassa na alvenaria (figura 115).
As telhas que se encontram no comércio obedecem a dois tipos: o tradicional, feito de
argila grosseira, e o São Caetano, confeccionado com argilas tratadas e que se impoem
pela forma e pela beleza de seu colorido. Essas telhas são suscetíveis de serem presas
ao ripado para o que dispõem as cobertas de um olhar que permite amarrá-las por meio
de arame de ferro galvanizado ou cobre. As telhas de canal possuem uma pequena
reentrãncia que as prende ao ripado evitando o seu deslizamento. A inclinação das
coberturas curvas varia de 20 a 30º, podendo-se aumentá-la desde que as telhas sejam
amarradas. O peso dessa cobertura pode ser calculado à razão de 80 Kg por m².
Figura 114
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Figura 115
Telhas francesas As telhas francesas ou de marselha são uma das mais comuns
para a cobertura de telhados. São retangulares e assentam-se sobre ripas de 1,5 x 3
cm, afastadas de 31 a 33 cm. São necessárias 17 telhas/m². O peso de cada uma é de
cerca de 2,2 a 2,4 Kg e quando embebidas d’água pesam 3 kg, podendo calcular-se o
peso da cobertura à razão de 50 kg /m². Essas telhas possuem uma pequena Saliência
que serve para prendê-las ao ripado, evitando o seu escorregamento. Colocam-se a
partir do beirado e da esquerda para a direita. Não sendo a largura da água do telhado
múltipla do comprimento das telhas, reduz-se o afastamento das ripas junto ao beirado
colocando-se também duas sobrepostas, na extremidade para compensar a falta de
telha seguinte que aí não existe (figura 116).
Figura 116 As cumeeiras e os espigões são rematados por meio de telhas curvas ou então por meio
de telhas especiais, chamadas de cumeeira, que se argamasssam com 1 de cimento
para ¼ de cal por 4 de areia. O remate junto às paredes, como acontece no oitões, faz-
se mediante uma meia telha curva embutida (figura 117), ou com o emprego de uma
pequena calha cuja junção com o muro se proteje por meio de uma meia telha curva
embutida (figura 118) ou com uma tira de ferro galvanizado ou zinco embutida e
argamassada com asfalto (figura 119). Esta última solução, embora mais cara, é a
melhor.
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Figura 117 Figura 118 A pequena calha junto ao paramento da parede é usada também nos remates de
rapeiras , chaminés, etc. a cobertura de telhas planas emprega-se para declives entre 30
e 45º. Nos declives maiores ou quando se receia a ação do vento, prendem-se ao ripado
por meio de arame de ferro galvanizado, cobre ou latão para o que se usam telhas
especiais que possuem uma orelha furada para passagem do arame.
Figura 119 Figura 120
Encontram-se no comércio telhas francesas feitas de cimento e cujo assentamento é
idêntico às de barro.
Telhas planas de fibrocimento Essas telhas têm a mesma forma que as de ardósia e
o seu assentamento é idêntico.
Telhas onduladas de fibrocimento Essas telhas encontram-se no mercado com
largura uniforme de 0,95 m e o comprimento de 1,22 m, 1,53 m, 1,83 m, 2,13 m e 2,44 m
correspondentes respectivamente a 4 ,5 ,6 7 e 8 pés. A espessura normal é de 6 mm e o
seu peso normal é de 16,4 kg por m², incluindo os elementos de ligação e sobreposição,
pode calcular-se em 18 kg por m². Em virtude do seu pequeno peso distancia-se mais o
encaibramento e as ripas. Para as telhas de 2,44 m, 1, 83 m e 1,22 m, o afastamento
das ripas é de 2,30 m, 1,69 m e 1,08 m ou de 2,24 m, 1,63 m e 1,02 m conforme se
sobreponha, de 14 ou 20 cm. A inclinação mínima dessa cobertura é de 6º sendo que
até 17º há necessidade de vedar as juntas das telhas com um mastique especial,
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impermeável e elástico que as próprias fábricas fornecem. As telhas sobrepõem-se de
14 ou 20 cm conforme a inclinação seja superior ou inferior a 17º. Prendem ao ripado ou
mesmo às terças por meio de parafusos especiais (figura 120) ou de ganchos com
rosca( figura 121). Para os vigamentos de ferro existem ganchos especiais (figura 122-
123). Em lugar de ganchos podem ser empregados colchetes, que são apropriados para
os grandes telhados, sujeitos a sensíveis variações de temperatura, havendo para ferro
e para madeira (figura 124 a, b).
Figura 121 Figura 122 Figura 123
Figura 124 As cumeeiras são fornecidas pelo fabricantes e os seus bordos acompanham as
ondulações das chapas. São inteiriças ou formadas de duas peças que se articulam na
junção e que as tornam adaptáveis a qualquer inclinação do telhado. As cumeeiras
prendem-se ao ripado da mesma forma que as telhas. A junção junto aos muros dos
oitões é protegida por meio de tiras de zinco embutidas nas alvenaria. Pode simplificar-
se o vigamento secundário do telhado pregando as telhas diretamente sobre as terças o
que é possível em virtude do seu pequeno peso e da boa resistência que apresentam.
7. 3 METAIS
Os metais empregados na cobertura dos edifícios são o zinco, o alumínio, o ferro, o
cobre e o chumbo. Esses metais são empregados sob forma de chapas planas sendo
que o zinco, o alumínio e o ferro aplicam-se também sob as formas de chapas
onduladas. As coberturas metálicas avantajam-se pelo seu pouco peso, exigindo
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vigamentos de menores dimensões e por consequencia mais econômicos. Oferecem o
inconveniente de serem boas condutoras do calor, exigindo isolamentos térmicos, e de
necessitarem de uma conservação mais dispendiosa que as de pedra artificial, o que em
muitos caso anula as vantagens do peso.
7.3.1 Zinco e alumínio
O zinco emprega-se sob a forma de chapas onduladas ou planas, essas últimas lisas ou
com relevos, geralmente em escamas.
Chapas onduladas As chapas onduladas assentam-se sobre ripas de sarrafos de
assoalho de 2,5 x 5 cm, colocados no centro e nas extremidades das folhas.
Figura 125 As folhas pesam de 3 a 5 kg e sobrepõem-se na extremidade de 10 a 15 cm conforme
inclinação, e lateralmente no comprimento de uma onda. Fixam-se ás ripas por meio de
parafusos de ferro zincado ou de pregos de cabeça chumbada, colocados no alto da
onda (figura 125). Usando parafusos ou pregos comuns há necessidade de interpor um
pequena arruela de chumbo entre a cabeça dos mesmo ou na sua falta uma arruela de
couro, que também serve para vedar bem o furo. Os pregos chumbados dispensam
arruela. Além desses meios de fixação usam-se grampos (figura 126) ou colchetes de
ferro zincado ( figura 127) presos ao ripado. Sendo as ripas de ferro perfilado usam-
se grampos especiais cravados na folha (figura 128).
Figura 126 Figura 127 Figura 128
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Fequentemente, dado o seu pouco peso, fixa-se a cobertura diretamente nas terças, para o que se usam caibros de madeira ou ferro perfilado adequado, convenientemente afastados. As cumeeiras e os espigões fazem-se de chapas lisas do mesmo material e a sua fixação nas terças, junto à cumeeira, executa-se por meio de pregos ou parafusos (figura 129 a, b)
Figura 129 a
Figura 129 b Chapas lisas - Essas chapas aplicam-se sobre guarda-pó, no qual se pregam ripas
trapezoidais em sentido normal á cumeeira e afastadas de modo que a chapa que a
chapa possa ter uma dobra lateral de 3 cm. As ripas são de 3 x 4 cm e têmespessura de
3,5 cm. Cada 0,50 cm colocam-se colchetes especiais de zinco, com 10 cm de largura e
1,5 a 2 mm de espessura, pregados ao guarda-pó juntamente com as ripas (figura 130),
e que servem para prender transversalmente a chapa. Sobre a ripa assenta-se depois
uma cobrejunta com a forma de uma calha trapezoidal invertida e que é pregada ou
parafusada. A cabeça do elemento de fixação é protegida depois por uma calota de
zinco soldada à cobrejunta (figura 131).
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Figura 130 Figura 131
Figura 132 Podem também dobrar-se as chapas lateralmente, como mostram as figuras 132 a,
esse processo é mais econômico, embora não permita á folha dilatar-se tão livremente
quanto na disposição anterior. As chapas são fixadas no sentido longitudinal por meio
de colchetes de zinco de 4 cm de largura e 10 cm de comprimento, pregados ao guarda-
pó e com a extremidade curvada para engatar na dobra da folha (figura 133). Dessa
forma as folhas podem dilatar-se livremente. Nos telhados de pequena inclinação pode
escalonar-seo guarda-pó em correpondência com as extremidades das folhas, as quais
são presas por meio de colchetes e se recurvam como mostra a figura 134. As
cumeeiras e os espigões fazem com folha lisa, que se recorta convenientementeem
correspondência com as ripas. A folha de zinco geralmente usada é a de nº. 12,
empregando as de nº.14 a 16 para as cobrejuntas, as cumeeiras e os espigões.
Figura 133 Figura 134
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7.3. 2 Ferro
A chapa de ferro é usada da mesma forma que a de zinco devendo porém ser
galvanizada visto que a chapa comum, denominada preta, oxida-se facilmente. O seu
assentamento é idêntico ao das chapas de zinco.
7.3.3 Cobre
O cobre é um excelente material de cobertura resistindo muito bem à ação das
intempéries, mesmo em lâminasdelgadas, pois adquire com tempo uma camada dde
óxido, denominada patina, que o protege de ulteriores oxidações. Entretanto o preço
elevado tem limitado em muito o seu uso. Empregam-se chapas de 0,7 a 1mm de
espessura que se assentam sobre guarda-pó de madeira e de modo idêntico ao das
coberturas de de zinco e de ferro.
7.3.4 Chumbo
O chumbo é raramente empregado nas coberturas devido ao seu elevado custo e
peso e como apresenta uma baixa resistência exige grandes espessuras para que a
oxidação não o prejudique e possa dilatar-se e contrair-se sem possibilidade de
fendilhamento. Aplica-se da mesma forma que os demais metais laminados. A sua
duração é superior a do zinco e a colocação é mais fácil pois é favorecida pelo peso e
pela adaptabilidade. As chapas devem ser de pequenas dimensões em virtude do
elevado coeficiente de dilatação.
7.4. VIDRO
O vidro é empregado na cobertura de peças insuficientemente iluminadas pelas
janelas, como acontece nas oficinas e fábricas onde frequentemente a largura das salas
é exagerada e não há possibilidade de iluminação bilateral ou, a despeito dessa, o
centro se ressente de uma boa claridade. Aplica-se também para iluminação dos sótãos.
A extensão é geralmente muito limitada, empregando – se sob forma de telhas
francesas ou curvas e de chapas onduladas.
Figura 135
O assentamento das telhas , francesas ou de canal, é idêntico ao das telhas cerâmicas e
o das chapas onduladas faz-se por meio de grampos ou colchetes. O vidro aplica-se
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também sob a forma de chapa plana que se coloca nos caixilhos das clarabóias. O
assentamento é feito com massa de vidraceira, colocando-se primeiramente uma
camada sobre a aba do ferro perfilado para formar cama para o vidro, que depois é
posto no seu lugar e fixado também por meio de massa (figura 135). O seu
assentamento pode ser reforçado com pinos de ferro, colocados nos furos abertos para
esse fim na alma do perfil onde se prendem as pequenas calhas destinadas a receber a
água da condensação (figura 136 a,b, c).
Figura 136 a Figura 136 b
Figura 136 c
A chapa de vidro pode ser assente também por meio de cordões de borracha, usando-
se para isso ferros especiais. O vidro é colocado entre dois cordões de borracha e
apertado com um chapéu de ferro que se parafusa ao pinásio do caixilho (figuras 137 a,
b). as chapas se sobrepõe no sentido longitudinal, intercalando uma camada de 3 mm
de massa de vidraceiro ou de feltro, numa extensão de 10 a 15 cm. Alguns construtores
colocam também grampos de zinco ou cobre que tem a vantagem de evitar possíveis
deslizamentos, não prejudicando a iluminação. A água de condensação escorre, nesse
caso, através das frestas deixadas pelos grampos (figura 138 a, b, c)
Figura 137
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Na simples sobreposição por contato (Figura. 138 b) forma-se com o depósito do pó,
uma faixa escura de mau aspecto.
Figura 138
7.5 FELTRO ASFALTADO
Essa cobertura é usada em construções de caráter provisório ou como contra- cobertura
nos telhados que, pelo seu pouco caimento ou exposição desabrigada, estão sujeitos a
penetração da água da chuva com os ventos fortes. O feltro encontra-se no comércio em
rolos de 0,70 a 1 m de largura e com o comprimento de 12 a 30 m. o seu peso é muito
leve, cerca de 3 kg por m². Assenta-se sobre forro de madeira dispondo-o
paralelamente ou normalmente a cumeeira. No primeiro caso (figura 139), começa-se a
estendê-lo a partir da calha fixando-o com pregos de ferro zincado espaçados de 5 cm.
As diversas tiras se sobrepõem de 10 cm.
Figura 139 Dispondo o feltro normalmente à cumeeira, corta-se em comprimentos iguais ao declive
do telhado e coloca-se entre ripas triangulares de madeira com 6 m de base por 3 cm de
altura, de moso que as arestas das folhas se estendam em dobra até o cimo da ripa. As
ripas são cobertas por meio de cobrejuntas de feltro fixadas com pregos a cada 5 cm
(Figura. 140).
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Figura 140 Nas juntas interpõem-se uma camada de betume. O cartão é depois pintado com
betume quente, aplicando-se areia fina e quente, o que contribui para aumentar a
duração da cobertura. As cabeças dos pregos são previamente cobertas com uma
massa betuminosa. As cumeeirase espigõessão rematados com cobrejuntas mais largas
que se estendem de 15 a 20 m sobre o feltro.
8. TELHADOS CURVOS
Os telhados curvos são pouco empregados. Têm aplicação principalmente nos edifícios
monumentais, instalações insdustriais, armazéns, angares e pavilhões de exposições.
Compreendem duas formas essenciais: cilíndricas e esféricas, essas últimas também
conhecidas como cúpulas. Essses telhados compõe-se como os demais, de uma
estrutura e da cobertura. A estrutura é formada pelo vigamento principal: as tesouras; e
pelo vigamento secundário, dependente do tipo de cobertura empregado.
8.1 TELHADOS CILÍNDRICOS
As tesouras desses telhados são feitas de madeira, ferro ou concreto armado.
Figura 141
Tesouras de madeira Estas tesouras podem ser do tipo mansarda, tendo
aparafusadas cambotas, feitas de pranções, que lhe dão a forma desejada (figura 141),
ou ainda constituídos por diversos pranções curvos justapostos, devidamente
aparafusados. As extremidades dos arcos assim firmados dever ser ancorados por meio
de tirantes (figura 142)
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Figura 142 Para os grandes vãos dá-se preferencia aos arcos de treliça, frequentemente solidário
ao suporte e articulado nos apoios ou também no fecho. O arco é constituído por duas
mesas de tábuas justapostas e devidamente solidarizadas por meio de parafusos, sendo
os montantes e as diagonais de madeira. As tábuas também podem ser sobrepostas,
sendo neste caso os montantes de ferro redondo (figura 143). As articulações fazem-se
de ferro.
Figura 143
Tesouras de ferro As tesouras de ferro são geralmente usadas nos grandes vãos.
São constituídas por vigas de treliça que se apóiam sobre a parede (figuras 144 e 145)
ou são solidárias com os suportes (figura 146 e 147). Os perfis que se empregam nas
construções dessas vigas já foram apreciados anteriormente, bem como os detalhes de
apoio.
Tesouras de concreto armado Nos vãos até 25 m mais ou menos, é suficiente uma
laje curva, contrabalanceando-se os empuxos por meio de tirantes de ferro. Evita-se a
flexão desses tirantes por meio de suspensórios de ferro chato ou redondo, fixados na
laje a uma conveniente (figura 148).
Nos vãos maiores, empregam-se lajes vigadas sendo o arco constituído por uma viga
retangular, de altura variável com o esforço em cada seção, e solidária com a laje(figura
149). Esses arcos podem ser solidários com os suportes, engastados ou articulados no
apoios(figura 150).
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Figura 144 Figura 145
Figura 146 Figura 147
Figura 148
Figura149 Figura 150
8.2 CÚPULAS
As cúpulas podem ter a base quadrada, poligonal ou circular. As águas são sempre
curvas. São feias de madeira, ferro ou conceto armado.
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Cúpulas de madeira As cúpulas de madeira, quando circulares, são formados por uma
série de meridianos feitos de pranções curvos, cortados em pequenos segmentos,
sobrepostos, e com as juntas desencontradas. A base é constituída por um arco de
madeira ancorado na alvernaria da parede que lhe serve de apoio. Os meridianos se
encontram no vértice por meio de um montante circular ou um arco, quando há lanternim
(figura 151)
Figura 151 São ligados entre si por meio de terças curvas, fixadas lateralmente, que servem de
apoio à cobertura, podendo mesmo haver forro intermediário e ripamento. Os
meridianos, nos grandes vãos têm a forma de um arco de treliça. A sua construção é
idêntica á que já foi exposta anteriormente para os telhados cilindricos. Tambem se pode
formar o vigamento principal com meias tesouras do tipo mansarda, às quais se fixam
depois as cambotas que vão integrar os arcos meridianos. No caso de cúpulas com
base quadrada ou poligonal, forma-se o vigamento principal dispondo os meridianos
segundo os angulos do polígono. As terças são curvas e afastam-se conforme o gênero
de cobertura, podendo o conjunto ser forrado e mesmo ripado.
Cúpulas de ferro As cúpulas de ferro são formados de modo idêntico as de madeira,
mediante o emprego de merianos e paralelos, esses últimos constituídos pelas terças
(figura 152). A armação pode ser completada por um forro de madeira. Os meridianos de
perfis simples, convenientemente encurvados, de perfis curvados ou de treliças, são
feitos conforme a amplitude do vão e as cargas a serem suportadas.
Cúpulas de concreto armado Essass cúpulas são feitas com lajes simples ou vigadas
(figura 153)
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Figura 152 Figura 153 A primeira forma é própria das pequenas construções ou quando a cúpula tem mera
função decorativa. A espessura da laje é contante no mesmo paralelo e decresce para o
vértice da abóbada. As abóbadas, formadas por lajes vigadas, possuem as nervuras em
posição radial, quando circulares, e em correspondência com os vértices, quando
poligonais. As nervuras assentam sobre uma viga e convergem para o vértice onde pode
haver uma abertura circular para o suporte do lanternim. Essas cúpulas são geralmente
revestidas com chapas metálicas.
9. AGULHAS
As agulhas são telhados de ponto muito acentuado e de forma cônica ou piramidal.
Usam-se para o remate de torres de igrejas e torreões de edifícios. A estrutura faz-se de
alvenaria, madeira, ferrro ou concreto armado.
Agulhas de alvenaria Este item construtivo está hoje grandemente abandonado .
Emprega-se alvenaria de pedra ou tijolo. As fiadas podem ser horizontais ou inclinadas.
Adotando fiadas horizontais deve o paramento externo da pedra ser inclinado de acordo
com a agulha, podendo o internoser vertical ou inclinado. O tijolo recua-se ligeiramente,
ou se chanfra, salvo quando se dispõe de tijolo feito especialmente para esse fim (figura
154 a, b) as fiadas inclinadas não exigem modificações em forma comum da pedra ou
do tijolo, salvo no caso de agulhas cônicas, as quais são formadas de uma série de
cunhas dispostas em fiadas anelares que se sobrepõe até atingir o vértice (figura 154 c,
d)
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Figura 154 A construção deve ser feita com boa argamassa e a base deve ser ancorada, sendo
preferível que assente sobre uma cinta de concreto armado para evitar o trincamento da
agulha na possibilidade de pequenos recalques. O paramento pode ficar aparente ou ser
revestido.
Agulhas de madeira ou feltro A ossatura dessas agulhas compõe-se de uma série de
meridianos equidistantes, que, partindo da base, se encontram no vértice. Os meridianos
nas bases quadradas ou poligonais estão em correspondência com os ângulos (figura
155). Amarram-se por meio de vigas horizontais, obtendo-se assim uma série de
painéis. Quando os meridianos estão muito afastados pode-se empregar outros
secundários (]Figura 156). Os meridianos fixam-se a uma viga-base solidamente presa à
alvenaria por meio de âncoras de ferro. No vértice ligam-se entre si oou fixam-se a uma
peça comum, vertical, que pode servir de motivo decorativo. A estrutura de agilha recebe
um forro de madeira e ás vezes também um ripado, quando se trata de cobertura de
telhas planas de cerâmica.
Nas estruturas de ferro, em lugar do forro, pode-se recorrer ao emprego da alvenaria
leve, sob a forma de tijolos furados ou lajes, com que se preencham os painéis. O
acabamento é feito mediante revestimento de argamassa, ladrilhos ou tijoleiras.
Figura 155 Figura 156
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Agulhas de concreto armado São formadas com lajes simples ou vigadas conforme a
amplitude do vão (Figura 157). As vigas comumente denominadas nervuras são
colocadas em disposição radial, equidistantes e em correspondência com os ângulos
nas agulhas de base poligonal. O acabamento é idêntico às de alvenaria.
Figura 157
10 TERRAÇOS
Os terraços são pisos- coberturas que se constroem de tijolo ou concreto armado ou
com estrutura mista de ferro e alvenaria, da forma já indicada no estudo dos pisos. A
pavimentação é idêntica à usada para os pisos exteriores, empregando-se ladrilhos de
pedras naturais ou artificiais.
O pavimento faz-se com ligeiro declive de 1 a 2%, para escoamento fácil das águas da
chuva, que são encaminhadas para os ralos de captação. Deve ser completamente
plano, pois as depressões armazenam a água, facilitando asssim as infiltrações com o
seu contato demorado no pavimento. Esses pisos devem ser impermeabilizados e ter
isolamento térmico.
Figura 158
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Figura 159 Os impermeabilizantes usados são geralmente os feltros betuminosos ou substâncias
pastosas que se aplicam sobre a estrutura em camada de 3 a 5 mm de espessura.
Empregam-se também substâncias hidrófugas que se adicionam às argamassas como
para a impermeabilização dos rebocos. O isolamento térmico é feito com cortiça,
concreto celular, fibra de madeira ou tijolo furado que se interpõe entre a estrutura e o
impermeabilizante (figura 158). A tijoleira comum de barro, colocada em duas camadas
sobrepostas e contrafiadas, constitui também um excelente pavimento que se
recomenda pelas suas qualidades impermeáveis. A estrutura maciça do piso, depois de
devidamente desempenada e seca, recebe uma demão de substância betuminosa,
como o inertol ou outra semelhante. Coloca-se a primeira camada de de tijoleiras com a
argamassa de 1 de cimento por ¼ de cal por 4 de areia, devidamente rejuntada. Segue-
se uma camada de areia fina de 3 a 5 mm de espessura para permitir a livre dilatação
da estrutura e depois a última camada de tijoleira que se rejunta convenientemente com
argamassa de 1 de cimento por 1 de areia fina (figura 159).
Rodapé A ligação do pavimento com as paredes laterais deve ser feita com muito
cuidado para evitar infiltrações prejudiciais. Nos pavimentos de tijoleiras empregam-se
rodapés do mesmo material, colocados ligeiramente inclinados, que se argamassam
contra o pavimento e a parede com o mesmo traço de assentamento e se rejuntam com
cimento e areia fina. O reboco da parede faz-se morrer no dorso do rodapé (figura160)
nos pavimentos de ladrilho de cimento usa-se rodapé do mesmo material ou um simples
rodapé de cimento que se arredonda em sua ligação com o piso.
Figura 160 Figura 161
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Os pavimentos de cerâmica recebem rodapés do mesmo material ou de cimento.
Evitam-se as infiltrações laterais também mediante um chanfro de argamassa de
ciimento 1 x 3, assente sobre o pavimento e isolado da parede, e que se protege por
meio de uma tira de zinco ou de chumbo embutida no parapeito do terraço e fixada com
cimento ou argamassa betuminosa (figura 161). Dessa forma a livre dilatação do piso
não provoca trincas por onde se possam infiltrar as águas pluviais.
Juntas de dilatação Nos grandes terraços convém prever juntas de dilatação a cada
3 a 5 m e abrangendo toda a largura e espessura do piso. As juntas são fechadas com
uma tira de chumbo ou zinco dobrada em v e com as extremidades encurvadas (figura
162). Essas juntas são depois enchidas com asfalto. O pavimento deve ser construído
também de modo a permitir a livre dilatação da estrutura, o que se obtém intercalando
juntas auxiliares, usando impermeabilizante plástico ou uma camada de areia. Dessa
forma a dilatação da estrutura não afetará o pavimento, abrindo trincas por onde a água
da chuva possa penetrar e infiltrar-se, aparecerendo exteriormente ou na faze inferior do
piso sob a forma de manchas que são desagradáveis e podem comprometer a boa
reputação do construtor.
Figura 162
11 CONDUTORES
11.1 GENERALIDADES
Os telhados podem ser de platibanda ou de beirado. Em ambos os casos, aságuas da
chuva, que escorrem pela superfície, são recolhidas por meio de condutores constituídos
pelas calhas e rincões, que as coletam, e pelos canos de queda que as encaminham ao
solo, onde tomam destino conveniente.
11.2 TELHADOS DE PLATIBANDAS
Platibanda A platibanda é constituída por um muro de alvenaria, de altura e
espessura variável, que esconde a nascença do telhado (figura 163).
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Figura 163 Sendo a platibanda geralmente de menor espessura que os muros perimetrais e
atendendo também ás suas condições exposição quanto aos agentes naturais, deve
haver o maior cuidado em protegê-la na parte posterior, onde é ma.is castigada, bem
como na crista que arremata.
A face posterior deve ser rebocada com argamassa de 1 de cimento por 0,5 de cal e 4
de areia, com 1,5 a 2 cm de espessura, à qual se incorpora um impermeabilizante.
Pode-se também impermeabilizar o reboco aplicando-se uma ou duas demãos de um
dos produtos betuminosos que se encontram no comércio em estado líquido ou em
pasta. O revestimento com tijoleiras ou com folhas metálicas constitui também uma boa
solução, embora nem sempre se recomende economicamente. A crista pode ser
rebocada com argamassa forte de 1 de cimento x 3 de areia e 5% de cal em pasta, que
se alisa à colher. A inclinação deve ser acentuada para o escoamento rápido das águas
da chuva. Outro acabamento de grande eficiência é o revestimento com tijoleiras
inclinadas. Nas platibandas secundárias usam-se também telhas de canal ou telhas
francesas. Esses materais cerâmicos se assentam-se com argamassa de 1 de cimento
X ½ cal X 4 de areia. Pode-se lançar mão também de chapas de fibrocimento em forma
de cantoneria L ou U. A platibandda pode em algumas construções, reduzir-se as
dimensões mínimas, o suficiente para encobrir a calha.
Calhas As calhas dos telhados de platibanda são geralmente semicirculares
encontrando-se porém, também retangulares. Achando-se ocultas, procura-se dar-lhes a
forma que convém melhor á sua função. Fazem-se de zinco nº. 10 ou 12 de ferro
galvanizadonº. 24 ou 26 ou de cobre. Devem ter dispositivos que permitam sua livre
dilatação, evitando-se a fixação direta ao madeiramento, é dobrado para dentro e fixado
por meio de colchetes de ferro galvanizado (figura 164), o mesmo fazendo-se em
relação ao outro bordo que se prende àalvenaria com uma tira de zinco, dobrada na
exrtemidade livre e embutida na parede, onde é argamassada com asfalto. Dessa forma
a calha pode dilatar-se livremente e os movimentos do madeiramento do telhado não a
afetam.
A calha assenta livremente sobre uma guia de madeira e deve ser secionada cada 12 a
15 m. as extremidades das diversas seções são fechadas por meio de cabeceiras e
protegidas por uma cobrejunta feita do mesmo material que a calha (figura 165).
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Figura 164 É conveniente colocar pequenos canos na parte superior da calha a fim de evitar os
transbordamentos provenientes de entupimentos.
Figura 165 Esses canos tomam o nome de ladrão e quando há um entupimento qualquer a água
escorrer por eles e denuncia assim a existencia de qualquer obstácuulo à sua livre
vazão pela calha. Os ladrões possuem aunda a vantagem de dar vazão ao excesso das
águas da chuva no caso de precipitações anormais. Devem ser localizados de
preferência nas proximidades dos canos de queda. As calhas, em certos casos podem
ser feitas de alvenaria ou madeira revestida com zinco ou chumbo.
Figura 166 a, b, c, d
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As calhas de rincão (figura 166 a) são constituídas por uma folha ligeiramente curvada, pois a água que recolhem é muito pouca. Podem ser de zinco, ferro ou cobre (figura 166 a). São fixadas diretamente so madeiramento (figura 166 b) e sem inconveniente algum, pois são geralmente de extensão limitada. Ademais o seu declive sendo relativamente forte basta o emprego de uma ou mais juntas de sobreposição livre, e 10 a 15 cm para atender à dilatação no caso em que essa possa preocupar. A junção das calhas de rincão deve ser feita com muito cuidado para evitar que a água, que se precipita com o seu declive forte, possa refluir e penetrar no prédio. A calha do lado oposto ao da incidência do rincão recebe uma ligeira elevação (]figura 166 d). para maior precaução convém deslocar os canos de queda desse ponto, o que reduz a acumulação da água e afasta assim as possibilidades de extravasamento (figura 166 c).
Canos de queda Os canos de queda podem ser embutidos ou ser apostos às paredes dos edifícios. Os canos embutidos tem o incoveniente de expor as paredes á infiltração motivadas pela deteriorização, defeitos de construção ou entupimento. Ademais as reparações exigem a abertura da parede o que sempre deixa vestígios por melhor que seja executado o serviço. Os canos embutidos são geralmente de seção circular e podem ser de ferro fundido, zinco, cobre ou fibrocimento. Ligam-se às calhas por meio de uma curva reversa. Os canos externos fazem-se de zinco, ferro galvanizado, cobre ou fibrocimento e a seção pode ser circular, quadrada ou retangular, sendo essa última preferida. Os canos são presos à parede por meio de grampos de ferro (figura 167 a b), colocados cada 2 m e de modo que fiquem ligeiramente afastados para não reterem a água da chuva, tornando-se assim fontes de infiltrações
Figura 167 a, b A ligação com a calha pode ser feita por meio de uma curva reversa, aparecendo o
cotovelo na parte superior onde o cano emerge da parede. Esssa solução não é de
muito com efeito sendo preferível a colocação de um funil de forma tronco-piramidal
invertida, feito do mesmo material do cano (figura 168) e no qual deságua o cotovelo
proveniente da calha.. os canos de queda recebem na parte inferior um joelho. As águas
são recolhidas e, calhas abertas ou vão ter á rede pluvial por meio de condutores.
O cano de queda externo tem o incoveniente de estar exposto na parte inferior aos
choques e á ação das crianças, motivo pelo qual em muitos edifícios se embute a partir
de 2 a 3 metros do solo podendo a inserção ser decorada com um motivo ornamental.
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Figura 168 Outra solução pe o emprego de canos de material mais resistente, como o ferro fundido,
solidamente presos àlvenaria.
11.3 TELHADOS DE BEIRAL
Beirado O beirado dos telhados pode ser de alvenaria, de concreto armado, de
madeira ou ainda tela argamassada. O beirado de alvenaria é usado principalmente nas
coberturas com telhas curvas, as quais avançam apoiadas numa cornija. O beirado de
concreto armado é constituído frequentemente por uma laje saliente, apoiada na
alvenaria da parede e nela ancorada se houver necessidade. O beirado de madeira é
usado tanto nas construções de alvenaria como nas de madeira. Para isso colocam-se
sarrafos horizontais de 2 ou 2,5 x 5 a 7 cm com uma extremidade fixada aos caibros e
outra à parede. A face inferios é forrada e a extremidade do encaibramento recebe uma
aba (figura 169).
Em algumas construções não há sarrafiado e o forro acompanha a inclinação dos
caibros, onde é fixado (figura 170). Outras vezes prescinde-se do forro e mesmo da aba,
como galpões e outras. O beirado também pode ser estudado em sua totalidade ou
somente na face inferior. Neste caso pode-se empregar tafifes pregados nos sarrafos ou
então recorrer ao emprego da tela. Para isso pregam-se nos sarrafos transversais
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outros longitudinais de 2 x 4 cm, afastados de 30 a 40 cm no máximo, para a fixação da
tela, e depois faz-se o enchimento com argamassa de 1 de cimento x 4 a 5 deareia e 5%
de cal em pasta (figura 171). Este esqueleto recebe depos o reboco.
Figura 169 Figura 170
Figura 171 Nos beirados muito extensos convém atender ao trabalho da madeira afim de evitar o
aparecimento de trincas que são muito comuns quando não se tomam medidas
acauteladoras. Para isso secciona-se o beirado no sentido transversal e se isola da
parede. As juntas transversais são encobertas por pequenas mata juntas que servem
também como motivo decorativo. A junta longitudinal pode ficar aparente ou receber
uma meia-cana.
CALHA As calhas podem ser semicirculares ou retangulares, sendo comumente
molduradas. São feitas de ferro galvanizado nº. 24, de cobre ou fibrocimento e fixadas
ao beiral por meio de grampos de ferro (figuras 171 a, b) que se parafusam ou se
pregam. Esses grampos tem a forma do perfil da calha e colocam-se como o
afastamento de 0,5 m a 1,00 m. a calha pe rematada na beira por uma pequena dobra
denominada virola. Aqui também se torna concenie
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nte a sua divisão em seções com ccabeceiras de proteção. A parte externa da calha é
ligeiramente elevada na inserção dos rincões mediante um remate ornamental, para
evitar que a água transborde em virtude da rapidez com que se precipita.
Figura 171
Canos de queda os canos de queda são geralmente externos e a sua ligação com as
calhas faz-se por meio de uma curva reversa. Obdecem à mesma disposição já exposta
anteriormente.
12 TELHA ONDULADA DE CRFS ( CIMENTO REFORÇADO COM FIOS DE SINTÉTICOS)
12.1 GENERALIDADES
Depois das telhas de barro, as telhas de Fibrocimento são as mais conhecidas dos
brasileiros. Constituídas por fibras de amianto e cimento, estas telhas são fabricadas em
diversos modelos, tamanhos e espessuras.
As telhas de fibrocimento são muito versáteis e apresentam como diferencial a
possibilidade de vencer vãos consideráveis sem o uso de apoios intermediários. Com
isto, tem-se um ganho de espaço interno e redução de custos na estrutura de suporte do
telhado. Estas telhas são leves, resistentes e esteticamente agradáveis, sendo que
alguns fabricantes começam a oferecer estes componentes em diversas cores. Já é
alguma coisa, visto que as cores tendem a ganhar cada vez mais espaço nas
especificações de clientes e projetistas.
A cobertura é uma das partes mais importantes de uma construção, e seu custo
normalmente varia entre 8 a 12% do total da obra. Para definir o tipo de cobertura, deve-
se considerar não só o estilo desejado, mas também todos os aspectos climáticos da
região onde a edificação será erguida.
As telhas de fibrocimento devem adequar-se às disposições da NBR 7581 – “Telha
ondulada de fibrocimento - Especificação”, apresentando as superfícies das faces
regulares e uniformes, obedecendo também às especificações de dimensões,
resistência à flexão, impermeabilidade e absorção de água.
Material para fixação
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Exija de seu fornecedor os acessórios de acordo com a norma NBR 8055 da
ABNT.
Fixação
A fixação correta das telhas e indispensável para obter bom desempenho de uma
cobertura ou de um fechamento lateral.
A tabela abaixo mostra a aplicação correta de fixação para cada região da cobertura e
para cada condição de uso.
Parafusos de aço, com diâmetro de 8 mm (6/16’’).
São utilizados na fixação das telhas e peças de concordância em terças de
madeira, junto com o conjunto de vedação elástica.
Figura 171
12.2 MÉTODO EXECUTIVO
1. Como fixar as telhas e as cumeeiras?
A telha de Fibrocimento é fixada com pregos zincados e arruelas plásticas. O mesmo
vale para as cumeeiras. O apoio deve ser de madeira.
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Figura 172
2. Em que ondas fixas as telhas?
A fixação deve ser feita nas 2ª. e 5ª. ondas. Pregar no mínimo a 5cm da extremidade da
telha, diretamente no apoio de madeira. Não é preciso furar previamente, nem fazer
cortes de cantos.
Figura 173
3. O que é importante saber no projeto do telhado?
É importante saber qual será o vão livre entre apoios das telhas e se o telhado terá
beiral de todos os lados.
Vão livre:
Figura 174
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Figura 175
Recobrimentos
No comprimento:
Figura 176
Na largura:
Figura 177
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Beirais e Balanços:
Figura 178 Para telhas de 2,13m e 2,44m coloque um apoio intermediário. Não é necessário pregar
neste apoio.
4. Como fazer o arremate na cumeeira?
A cumeeira deve ser usada em telhados de 2 águas, adaptando-se perfeitamente a
várias inclinações entre 27% (15°) e 58% (30°).
Figura 179
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A cumeeira articulada é fornecida em duas peças, que deverão recobrir as telhas com
20 cm de sobreposição.
Figura 180
Figura 181 5. Qual a inclinação mínima do telhado?
Recomenda-se uma inclinação mínima de 27% (15°), ou seja, um caimento de 27 cm a cada metro.
Figura 182 6. Quantas telhas Fibrocimento são necessárias?
Para determinar a quantidade de telhas necessárias para cobrir um pano de telhado,
calcula-se:
Figura 183
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Comprimento do pano
Inclinação:
Ângulo A = 15° (27%) Multiplicador F= 1,04
Ângulo A = 20° (36%) Multiplicador F= 1,06
Ângulo A = 25° (47%) Multiplicador F= 1,10
Ângulo A = 30° (58%) Multiplicador F= 1,16
Número de telhas por fiada
Número total de telhas:
Nº total = No. de telhas por faixa X Nº de telhas por fiada.
Número de cumeeiras:
É igual ao número de faixas.
7. Qual a ordem de montagem das telhas?
A montagem começa sempre do beiral para a cumeeira. Em telhados de 2 águas os 2
panos devem ser montados ao mesmo tempo, alternadamente. Para o encontro das 2
águas use a cumeeira como gabarito, para um perfeito alinhamento.
Figura 184
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8. Como andar sobre o telhado?
Trabalhe sempre com o máximo de atenção. Nunca pise diretamente sobre as telhas.
Use tábuas apoiadas em pelo menos três terças. Se o telhado for muito inclinado,
amarre as tábuas.
Importante: Nunca deixe as telhas soltas sobre o telhado.
Figura 185
9. Como manusear e armazenar as telhas?
Para carregar: Até 3 telhas de Fibrocimento podem ser carregadas por apenas um
homem. Evite bater ou torcer a telha.
Figura 185
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Empilhamento horizontal:
Escolha local plano e firme e apóie sobre sarrafos de madeira no máximo 200 telhas.
Não coloque outros materiais ou telhas diferentes na pilha.
Figura 186 Empilhamento vertical:
Coloque no máximo 300 telhas em cada pilha. Oriente-se pelo esquema abaixo.
Figura 187
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13 PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO (PES) – ESTRUTURA DO TELHADO
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Projeto de arquitetura e estrutura do telhado (quando houver).
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Pregos;
Serrote;
Serra circular manual;
Trena metálica;
Caibros para Terças Intermediárias;
Linhas para Terças Principais;
Linha de nylon;
Martelo;
Esquadro;
Nível de bolha;
Mangueira de nível;
Ripas.
14 MÉTODO EXECUTIVO
14.1 CONDIÇÕES PARA O INÍCIO
As lajes devem estar concluídas e desobstruídas e com a caixa d'água posicionada no
local definitivo ou próximo deste. A alvenaria dos oitões, seu respaldo, os apoios das
terças e apoios intermediários (pilaretes) devem estar concluídos, quando houver. O
madeiramento a ser utilizado na estrutura deve estar protegido / tratado com pintura
fungicida e inseticida, caso esteja especificado no projeto.
14.2 EXECUÇÃO DO SERVIÇO
Os entalhes e os cortes das emendas, ligações e articulações, devem apresentar
superfície plana e com angulação correta, de modo que o ajuste das peças seja o mais
exato possível, sem folgas, frestas ou falhas.
Inicia-se a execução da estrutura pela colocação das terças laterais da laje de cobertura.
É importante manter o alinhamento destas terças em relação à alvenaria da lateral da
casa ou da torre e também o alinhamento entre as duas terças de extremidade, ou seja,
as duas terças de extremidade devem correr paralelas.
Em seguida, os topos dessas terças devem ser nivelados com mangueira de nível,
fazendo-se os ajustes com cunhas, se necessário, e então se deve fixar a terça na laje,
cintas, vigas ou na alvenaria, se for o caso.
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Figura 188
Fixadas as duas terças das laterais da edificação, deve-se posicionar, nivelar e
fixar a terça ou as terças da cumeeira. Coloca-se a terça central (cumeeira – ponto mais
alto) e define-se a altura da terça, colocando-se cunhas caso a altura do apoio seja
inferior a definida em projeto. A(s) terça(s) da cumeeira deve(m) estar paralela(s) e
centralizada(s) em relação as terças da extremidade lateral ou conforme o projeto.
Uma vez fixadas as terças das laterais do edifício e da cumeeira, deve-se iniciar o
posicionamento e fixação das terças intermediárias (quando houver). Esticar uma linha
de náilon entre o topo da terça da lateral e o topo da central (cumeeira) e posicionar a(s)
terça(s) intermediária(s) encostando o(s) topo(s) desta(s) na linha, podendo-se utilizar
cunhas de madeira para ajustes. A(s) terça(s) intermediárias também deve(m) estar
paralela(s) e centralizada(s) em relação as terças da extremidade lateral e a da
cumeeira.
Figura 189
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Figura 190
Durante a fixação da terças, atentar para o comprimento do beiral em todos os lados da
edificação, definido no projeto.
Os caibros devem ser posicionados, sobre as terças, paralelos à edificação, iniciando
pela extremidade, podendo-se utilizar uma ripa de madeira como gabarito, com
espaçamento entre elas conforme o projeto, caso houver.
Recomenda-se que os arremates das extremidades dos caibros, na parte superior
(cumeeira), sejam feitas antes da fixação destes enquanto que na extremidade inferior,
sejam executados somente após a fixação de todos os caibros, atentando para o
comprimento do beiral, conforme projeto. O alinhamento destes arremates pode ser
orientado por meio de uma linha de náilon.
Antes da fixação das ripas, deve-se identificar a galga das telhas. Um método prático é a
montagem de uma fiada de telhas próximo ao comprimento do telhado para aí
determinar um comprimento médio que será utilizado como galga, distância entre os
apoios da telha. Após a determinação da galga deve-se construir guias para ripamento.
Colocam-se as ripas partindo-se dos beirais em direção as cumeeiras, com o auxílio da
guia, atentando para o alinhamento das mesmas durante a colocação.
O primeiro apoio da primeira fiada de telhas (beiral) pode ser constituído por duas ripas
sobrepostas ou por testeiras, de forma a compensar a espessura das telhas e garantir o
plano do telhado. Também devem ser pregadas ripas duplas na última fiada (próxima da
cumeeira).
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Fig
ura 191
15 PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO (PES) – TELHAMENTO
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Projeto de arquitetura e estrutural do telhado (quando houver).
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Telhas cerâmicas;
Caibro ou guia metálica;
Prego;
Martelo;
Linha de náilon;
Escada.
15.1 MÉTODO EXECUTIVO
Condições para o início
A estrutura de madeira do telhado deve estar concluída.
15.2 EXECUÇÃO DO SERVIÇO
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Durante a execução do telhamento deve- se dispor pilhas de telhas sobre a trama, nos
cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas na
mão sobre a parte já coberta. Deve-se iniciar a colocação da primeira fiada sempre
pelos cantos ou beiral e tendo como referência à ripa e/ou tabeira do madeiramento. O
alinhamento vertical pode ser obtido por meio de um caibro ou régua que deverá ser
utilizada como guia. É recomendável que as telhas sejam posicionadas simultaneamente
em todas as águas do telhado, para que o seu peso seja distribuído uniformemente
sobre a estrutura de madeira. A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-
se pelo beiral e prosseguindo-se em direção à cumeeira. A sequência de colocação das
telhas de encaixe em cada fiada varia de acordo com o seu desenho. Assim sendo, em
cada fiada as telhas podem ser colocadas da direita para a esquerda ou vice-versa. As
telhas da fiada seguinte são colocadas de forma a encaixarem-se perfeitamente
naquelas da fiada inferior. A aplicação das telhas de capa e canal (tipo colonial, paulista
e SODQ) deve ser iniciada pela colocação dos canais, posicionando-se com sua parte
mais larga voltada para cima. As capas são posicionadas sobre os canais com a parte
mais larga voltada para baixo. As capas e os canais devem apoiar-se nas fiadas
inferiores, observando-se recobrimento longitudinal mínimo. Cuidados devem ser
tomados durante a colocação das telhas, de forma a evitar quebras e evita acidentes.
Não se deve executar o telhado em dias de vento forte. É recomendável que as telhas
sejam posicionadas simultaneamente em todas as águas do telhado, para que o seu
peso seja distribuído de forma uniforme sobre a estrutura de madeira. O primeiro apoio
da primeira fiada de telhas deve ser constituído por duas ripas sobrepostas ou por
testeiras (tabeiras), de forma a compensar a espessura da telha e garantir o plano do
telhado. Em beirais desprotegidos, deve-se fixar as telhas à estrutura de madeira: as
telhas de encaixe devem ser amarradas às ripas; as telhas de capa e canal devem ter as
capas emboçadas e os canais fixados às ripas. As telhas não necessitarão ser fixadas à
estrutura de madeira, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro do beiral. No
caso de beirais laterais, a proteção pode ser feita mediante o emboçamento de peças
cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo capa e canal). A cumeeira
deve ser executada com peças cerâmicas específicas, que devem ser cuidadosamente
encaixadas e emboçadas com argamassa, obedecendo-se um sentido de colocação
contrário ao dos ventos dominantes, deve-se observar ainda um recobrimento
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longitudinal mínimo entre as peças subseqüentes. O Espigão (encontro inclinado de
duas águas) pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas das telhas de capa
e canal, como as do tipo colonial. No espigão, as peças são colocadas do beiral em
direção à cumeeira, observando-se o recobrimento longitudinal mínimo. As peças devem
ser emboçadas com argamassa. O rincão é geralmente constituído por uma calha
metálica (chapa de aço galvanizado) fixada na estrutura de madeira do telhado. As
telhas, ao atingirem o rincão, devem ser cortadas na direção do rincão de tal forma que
recubram a calha metálica. A largura livre da calha deve ser de aproximadamente 100
mm, sendo que suas bordas devem ser viradas para cima para não permitir o
vazamento da água que ali se acumula. Os encontros do telhado com paredes paralelas
ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados empregando-se rufos
metálicos ou componentes cerâmicos, de forma a garantir a estanqueidade do telhado.
A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas e das peças
complementares (cumeeiras, espigão, arremates), deve ser de traço, em volume, 1:2:9
(cimento:cal:areia).
Figura 192
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ASPECTO DE EXECUÇÃO CERÂMICA FIBROCIMENTO
Inicia-se pelo beiral proseguindo-se até a Montagem no sentido contrário à
cumeeira direção dos ventos
Os canais devem ser colocados com a
parte mais larga voltada para a cumeeira
Na montagem, prever a execução de pas-
sarelas (evitar pisar sobre telhas)
Recomenda-se pingadeira com comprimen- Recomenda-se beiral com balanço
to maior que 6cm, em beirais desprotegi- entre 25 a 40cm (sem calha) e 10
dos, amarrar as telhas de encaixe e embo- a 25cm (com calha)
çar capa e canal. Beirais laterais com balanços má-
ximos de 10cm
Emprego de componentes cerâmicos ou
metálicos.
Não emboçar, com argamassa, encontros
com paredes (dilatação)
Manuseadas individualmente, com cuida- Podem ser empilhadas até 100 te-
do para evitar quebras. lhas ou, na vertical (5º), até 300
Armazenadas na posição vertical. telhas
Evitar submetê-las a esforços de
flexão
Cuidados com os cortes (amianto)
Sequência de execução -
telhamento
Execução de beirais
Execução de rufos
Manuseio e estocagem
das telhas em obra
ASPECTO PÓS-OCUPAÇÃO CERÂMICA FIBROCIMENTO
Bom desempenho (frestas; inércia térmica) Desempenho térmico ruim
Boa durabilidade Boa durabilidade, problemas: fissuras)
Programa de inspeção e limpeza das telhas
(algas, líquenes, musgos).
Desempenho térmico e
durabilidade
Manutenção
Figura193
IMPERMEABILIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
De acordo com a Vedacit (2005), a umidade sempre foi uma preocupação para o homem
desde o tempo em que habitava as cavernas. O homem primitivo passou a se refugiar em
cavernas para proteger das chuvas, animais e o frio. Percebeu que a umidade ascendia
do solo e penetrava pelas paredes, o que tornava a vida dentro delas insalubre.
Os romanos e os incas já empregavam albumina (clara de ovo, sangue, óleos, etc.) para
impermeabilizar saunas e aquedutos. No Brasil, nas cidades históricas, existem igrejas e
pontes em perfeito estado de conservação, nas quais a argamassa de assentamento das
pedras foi aditivada com óleo de baleia, utilizado como plastificante, visando a obtenção
de estruturas menos permeáveis. Com tudo isso, o homem aprimorou seus métodos
construtivos isolando a sua habitação. A água, o calor e a abrasão foram e serão os mais
ponderáveis fatores de desgaste e depreciação das construções – a água em particular,
dado o seu extraordinário poder de penetração.
Atualmente, inúmeros produtos são desenvolvidos especialmente para evitar a ação
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indesejada da água. Com o auxílio de tais produtos, a impermeabilização representa uma
pequena fração do custo e do volume de uma obra, quando planejada anteriormente. O
ideal é incluí-la no projeto, prevendo seu peso, espessura, caimento e encaixes, além de
detalhar sua localização exata, em sintonia com os projetos hidráulicos e elétricos.
Executar a impermeabilização durante a obra é mais fácil e econômico do que executá-la
posteriormente, quando surgirem os inevitáveis problemas de umidade,tornando os
ambientes insalubres e com aspecto desagradável, apresentando eflorescências,
manchas, bolores, oxidação das armaduras, etc.
A umidade ainda é um desafio para a construção civil e o homem procura a cada dia
combatê-la. Sendo assim, a impermeabilização se faz uma das etapas mais importantes
da construção, propiciando conforto aos usuários finais da edificação, bem como a
eficiente proteção que deve ser oferecida aos diversos elementos de uma obra sujeitas
às ações das intempéries. O custo de uma impermeabilização na construção civil é
estimado em 1% a 3% do custo total de uma obra. No entanto, a não funcionalidade da
mesma poderá gerar custos de reimpermeabilização da ordem de 5% a 10% do custo da
obra envolvendo quebra de pisos cerâmicos, granitos, argamassas, etc., sem considerar
custos de consequências patológicas mais importantes e outros transtornos ocasionados,
depreciação de valor patrimonial, etc. Portanto, é de suma importância o estudo
adequado da impermeabilização de forma a ser verificado todos os recursos técnicos que
dispomos para executá-la da melhor forma possível.
Segundo Zanotti (2004), levam-se em conta que as estruturas nas edificações deverão
ser dimensionadas para suportar diversos tipos de movimentos e cargas, inerentes ao
meio em que vivemos, e de que este meio sofre mutações climáticas de acordo com a
umidade relativa, a temperatura, o vento, a chuva, o calor, faz-se necessário protegê-las
de infiltrações e do calor, para se obter maior vida útil dos materiais de construção, do
concreto e dos materiais plásticos, dando melhor desempenho e conforto às habitações.
Em consequência deste fato, são inúmeros os locais onde se faz necessário a
aplicação de impermeabilização, tais como:
Subsolos
• Playgrounds;
• Lajes internas de cozinhas, banheiros, áreas de serviço, varandas, etc.;
• Jardineiras;
• Lajes superiores a pisos das casas de máquinas;
• Lajes permanentes e rodapés de cobertura;
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• Caixas d’água e cisternas;
• Piscinas;
• Calhas;
• Banheiras;
• Terraços;
• Marquises;
• Box de banheiro que interligam ambientes de temperatura diferentes;
• Tabuleiros de viadutos, pontes;
• Em áreas frias (piso, banheiro, cozinha e área de serviço);
• Muros de arrimo; e
• Coberturas, terraços lajes planas, rampas.
1 TERMINOLOGIA
“conjunto de camadas aplicadas sobre uma superfície, com função de garantir o
desempenho do subsistema vedação horizontal e vertical quanto à estanqueidade.”
(Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
A NBR 10520 define um sistema de impermeabilização como: “Conjunto de materiais que
uma vez aplicados, conferem impermeabilidade às construções”. NBR 10520 (1988).
2 CONDIÇÕES GERAIS DE EXECUÇÃO
2. 1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
A principal função dos sistemas de impermeabilização é o de proteger as edificações dos
malefícios das infiltrações, eflorescências e vazamentos. Existem três etapas que
envolvem o processo de impermeabilizar uma edificação. São eles:
Ações anteriores a impermeabilização, tais como a preparação da regularização e
dos caimentos, bem como dos detalhes construtivos;
Processo de impermeabilização propriamente dito;
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Isolamento terminado, quando especificado e a proteção mecânica, quando
necessária.
Para definir o tipo de impermeabilização que pode ser empregado é necessária uma
avaliação dos seguintes aspectos:
2.1.1 Comportamento físico do elemento
Análise de susceptibilidade do componente de base à ocorrência de fissuras e
trincas tais como peças sujeitas a alterações dimensionadas resultantes de
aquecimento e resfriamento, recalques, lajes sobre vigas, marquises em balanço,
reservatórios superiores de água (devido ao diferencial térmico), influências do
entorno (edificações, vizinhança, trafego intenso), entre outros.
2.1.2 Água sobre o elemento
As situações mais encontradas no caso da atuação da água sobre o elemento
são: água de percolação, na qual ocorre livre escoamento do líquido, em casos de
terrenos, coberturas, empenas e fachadas; água com pressão tais como em
piscinas e caixas d’água, devido à força hidrostática sobre a impermeabilização;
umidade por capilaridade em materiais porosos no caso de elementos que estão
em contato com bases alagadas ou solo úmido.
Figura 01
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2.1.3 Método de execução
Os materiais podem ser pré–fabricados ou moldados no local, sendo que existem
materiais auxiliares, sob forma de telas, tecidos, filmes ou feltros, que são utilizados em
alguns sistemas de impermeabilização, tanto pré-fabricados como moldados no local.
Eles são inseridos dentro dos materiais impermeáveis e têm função de resistir aos
esforços de tração que venham a solicitar a manta ou a membrana impermeável, além de
evitar o escorrimento do material e garantir a homogeneidade da espessura. Esses
materiais são conhecidos como armaduras, reforços, estruturações ou armações.
Os sistemas pré–fabricados são constituídos de mantas que, estendidas e unidas na
obra, formam a impermeabilização e são descritas a seguir.
3. TIPOS E ESCOLHA DE SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados em rígidos e flexíveis e estão
relacionados às partes construtivas sujeitas ou não, a fissuração.
3.1 IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA
A impermeabilização rígida é aquela que torna a área aplicada impermeável pela inclusão
de aditivos químicos, aliado à correta granulometria dos agregados e redução da
porosidade do elemento, entre outros. Os impermeabilizantes rígidos não trabalham junto
com a estrutura, o que leva a exclusão de áreas expostas a grandes variações de
temperatura. Este tipo de impermeabilização é indicado para locais que não estão
sujeitos a trincas ou fissuras, tais como:
Locais com carga estrutural estabilizada: poço de elevador, reservatório inferior de
água (enterrado);
Pequenas estruturas isostáticas expostas;
Condições de temperatura constantes: subsolos, galerias e piscinas enterradas,
galeria de barragens.
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Figura 02
3.2 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL
Impermeabilização flexível compreende o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis
nas partes construtivas sujeitas à fissuração que podem ser divididos em dois tipos:
moldados no local, chamados de membranas e também os pré-fabricados, chamados de
mantas. Os materiais utilizados para impermeabilização flexível são compostos
geralmente por elastômeros e polímeros. Os sistemas pré-fabricados, como a manta
asfáltica, possuem espessuras definidas e controladas pelo processo industrial, podendo
ser aplicados normalmente em uma única camada.
O sistema moldado no local que pode ser aplicado a quente, como os asfaltos em bloco,
ou aplicado a frio, como as emulsões e soluções, possuem espessuras variadas. Exigem
aplicação em camadas superpostas, sendo observado para cada produto, um tempo de
secagem diferenciado.
O sistema flexível de impermeabilização é normalmente empregado em locais tais como:
Reservatórios de água superior;
Varandas, terraços e coberturas;
Lajes maciças, mistas ou pré-moldadas;
Piscinas suspensas e espelhos d’água;
Calhas de grandes dimensões;
Galerias de trens;
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Pisos frios (banheiros, cozinhas, áreas de serviço).
Onde devemos impermeabilizar?
Terraços e áreas descobertas;
Calhas de escoamento de águas pluviais;
Caixas d’água, piscinas e tubulações industriais;
Pisos molhados, tais como banheiros, cozinhas e áreas de serviço;
Paredes onde a água escorre e recebem chuva de vento;
Esquadrias e peitorais de janelas;
Soleiras de portas que abrem para fora;
Água contida no terreno, que sobre por capilaridade ou infiltra-se em solos abaixo
do nível freático, entre outros.
3.2.1 Classificação quanto à flexibilidade
Quando se trata à flexibilidade Rígida, nesse sistema encontram-se as argamassas e
concretos impermeáveis, os cimentos, e os cimentos cristalizantes descritos a seguir:
• Argamassa impermeável é o sistema de impermeabilização que aplicado em superfície
de alvenaria ou concreto, constituído de areia, cimento, aditivo impermeabilizante e água,
formando uma pasta que endurecida apresenta propriedades impermeabilizantes. Campo
de aplicação: é utilizado em pisos, baldrames, caixa d’água e em coberturas planas como
marquises, etc.;
• Concreto impermeável é o sistema de impermeabilização constituída por agregados,
cimento e água com adição de aditivos. Campo de aplicação: é utilizado mais
freqüentemente em obras enterradas, tais como galerias, subsolos, muros de arrimo,
túneis e estações de metrô, reservatórios de água, etc; e
• Cimento polimérico é a mistura de cimentos especiais e aditivos minerais, oferecendo a
característica de uma boa resistência mecânica e perfeita aderência, acompanhando
algumas movimentações estruturais.
Para sistemas flexíveis, os materiais são conhecidos também como elásticos,
constituídos de materiais asfálticos ou polímeros sintéticos; são indicados para a
cobertura de concreto e devem acompanhar os movimentos normais que lhe são
impostos, sem perder a continuidade pelo surgimento de fissuras, ranhuras, rompimentos
ou outras falhas.
Fazem parte desse sistema às membranas e mantas.
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3.3 COMPARAÇÃO DE SISTEMAS
Conforme Zanotti (2004), os sistemas são divididos em manta e membranas como
mostra a tabela 1:
Tabela comparativa de sistemas
MANTAS MEMBRANAS
Espessura constante Variação de espessura, podendo comprometer
a eficiência da impermeabilização
Fácil controle e fiscalização de
impermeabilização
Dificuldade de controle e fiscalização, quer pelo
consumo, número de demãos, adulteração do
produto, etc.
Aplicação do sistema em uma
única vez
Aplicação de várias camadas sujeitas às
intempéries e interferência
Não é necessário aguardar
secagem
Aguardar secagem entre camadas podendo
surgir bolhas, caso não cumprido o tempo de
secagem
existência de armadura em toda
a superfície uniformemente
Possibilidade de haver desalinhamento na
armadura, acarretando desempenho variável
Menor tempo de aplicação
(menor mão-de-obra)
Sensível gasto de tempo e M.O
acarretando maior custo
Menor suscetibilidade de erros de Maior ocorrência de erros de aplicação, devido
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aplicação às diversas variáveis e suas complexidades.
Adequa-se melhor ao
cronograma de obras, gerando
menos transtorno, liberação
rápida da área para utilização
Dificuldade na adaptação ao cronograma de
obras, ficando a área por mais tempo
interditada, podendo ocorrer danos por terceiros
Figura 03
4 MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES
Para a Denver (2005), os sistemas de impermeabilização são obtidos através da
combinação de diversos materiais classificados como: básicos, elaborados, pré-
fabricados ou auxiliares. Os materiais básicos, através de processos industriais, dão
origem aos materiais pré-fabricados e elaborados: asfaltos e polímeros sintéticos e
aditivos impermeabilizantes (que dão origem a produtos elaborados utilizados em
impermeabilizações rígidas).
Os materiais elaborados são obtidos a partir dos materiais básicos através de
combinações entre si ou com solventes, água, cargas e agentes emulsionantes. Podem
ser utilizados de três formas: como matéria-prima para a obtenção de asfalto modificado
com polímeros utilizados na fabricação de emulsão asfáltica; como produto
impermeabilizante final, que dá origem à impermeabilização moldada no local; e como
matéria-prima para a obtenção de material pré-fabricado. Os materiais pré-fabricados são
os produtos finais, e em sua composição encontram-se os materiais básicos, elaborados
ou auxiliares.
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Segundo a Denver (2005) os materiais impermeabilizantes são:
4.1 MATERIAIS BÁSICOS
• Asfaltos de destilação direta;
• Polímeros sintéticos;
• Termoplásticos;
• Termofixos; e
• Elastômeros.
4.2 MATERIAIS ELABORADOS
• Asfaltos oxidados;
• Asfaltos oxidados catalíticos;
• Asfaltos modificados com polímeros sintéticos;
• Emulsões asfálticas;
• Emulsões asfálticas com cargas;
• Emulsões asfálticas com fibras de amianto;
• Emulsões asfálticas modificadas com polímeros;
• Soluções asfálticas; e
• Soluções asfálticas com cargas.
4.3 MATERIAIS POLIMÉRICOS SINTÉTICOS
• Soluções elastoméricas (neoprene, hipalon e outros);
• Emulsões termoplásticas (acrílica);
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• Soluções poliméricas; e
• Emulsões poliméricas.
4.4 MATERIAIS PRÉ-FABRICADOS
• Mantas de asfalto;
• Mantas poliméricas sintéticas;
• Mantas elastoméricas (butil e EPDM);
• Mantas termoplásticas (PVC);
4.5 MATERIAIS AUXILIARES
Armaduras não tecidas
• Orgânicas;
• De origem natural (feltro asfáltico);
• Sintéticas (mantas não tecidas de poliéster, filme de polietileno);
• Inorgânicas;
• Véu de fibra de vidro;
4.6 ARMADURAS TECIDAS
• Orgânicas;
• De origem natural (tecido de juta);
• Sintético (tecido de nylon ou poliéster);
• Inorgânicas;
• Tecido de fibra de vidro;
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4.7 PRODUTOS PARA VEDAÇÃO DE JUNTAS
• Mastiques;
• Mata-juntas;
4.8 MATERIAIS COMPLEMENTARES
• Materiais de imprimação;
• Adesivos;
• Catalisadores;
• Fitas para emendas de mantas;
• Pinturas refletivas;
5 MANTAS SINTÉTICAS (ELASTOMÉRICAS E MANTA BUTÍLICA)
São de dois tipos butil e EPDM, com espessura mínima de 0,8 mm com a utilização de
berço amortecedor ou acima de 1,0 mm sem utilização de berço amortecedor. Trata-se
de um sistema não armado, onde a manta é aplicada sobre um berço de amortecimento,
que pode ser um berço a quente, composto de cimento asfáltico com aditivos
elastoméricos, ou um berço a frio, constituído de emulsão asfáltica e borracha moída.
A manta sintética butílica exige proteção mecânica, sendo fundamental que exista uma
camada de amortecimento entre a manta e a proteção mecânica, podendo ser uma
camada de papel kraft ou feltro asfáltico.
Campo de aplicação: Se aplica em impermeabilizações em geral, especialmente em
coberturas pré-moldadas, lajes mistas, estruturas fissuráveis, calhas, baldrames, etc.
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Figura 05
6 MANTAS ASFÁLTICAS
As mantas asfálticas são normalmente estruturadas com não tecido de poliéster (que já é
um material impermeável), véu de fibra de vidro ou polietileno e são industrializadas com
asfalto oxidado ou modificadas com polímeros. A alma de polietileno (de 0.1mm) não é
considerada somente como uma armadura, pois propicia a emendas das mantas por
fusão do asfalto.
Essas mantas proporcionam uma impermeabilização de espessura e desempenho
comparáveis (às vezes até mesmo superiores) ao sistema moldado no local com feltro
asfáltico e asfalto, com economia de mão-de-obra e tempo, e a custo menor que as
mantas sintéticas.
Estas mantas possuem com acabamento polietileno/polietileno, areia/polietileno,
alumínio/polietileno ou grânulos minerais. As duas últimas são para ficarem expostas às
intempéries, pois já possuem como acabamento um elemento protetor, no caso os
grânulos minerais de várias cores ou a folha de alumínio que reflete os raios solares.
Campos de aplicação: o sistema de manta de asfalto é utilizado na impermeabilização de
coberturas, subsolos, jardins, reservatórios, canais de irrigação.
O sistema de impermeabilização que utiliza mantas asfálticas é um dos mais tradicionais
na construção civil, devido à grande confiabilidade que apresenta. Porém, como em
qualquer tipo de impermeabilização, deve-se atentar para uma boa preparação da
superfície a ser tratada.
Há quatro tipos diferentes de mantas asfálticas, assim classificadas em função de seu
desempenho frente às solicitações e responsabilidades envolvidas no trabalho de
impermeabilização. As espessuras também podem variar. Normalmente são encontradas
no mercado espessuras entre 3,0 e 5,0 mm.
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Para a perfeita execução dos serviços, o substrato deve estar seco e livre de sujidades,
regularizado com argamassa de cimento e areia, com caimento mínimo de 1% para os
ralos, e os cantos vivos e arestas devem ser convenientemente arredondados.
A aplicação do impermeabilizante pode ser feita, basicamente, de duas maneiras
distintas. A primeira prevê o lançamento de asfalto oxidado derretido por caldeira sobre a
camada de regularização e, subseqüentemente, com o asfalto ainda fluido e quente, a
aplicação da manta asfáltica, que será fixada ao substrato pela adesão gerada pela
presença do asfalto fluido. Outra forma de aplicar a manta asfáltica está descrita a seguir.
6.1 ASFALTO MODIFICADO COM POLÍMEROS
Sua modificação com polímeros tem como objetivo incorporar melhores características
físico-químicas ao asfalto. As principais características do asfalto polimérico são:
• Melhor resistência às tensões mecânicas;
• Redução da termo - sensibilidade;
• Maior coesão entre partículas;
• Excelente elasticidade/plasticidade;
• Sensível melhora à resistência à fadiga;
• Sensível melhora da resistência ao envelhecimento; e
• Dependendo dos polímeros utilizados, permitem que o asfalto resista aos raios
ultravioletas do sol.
O asfalto modificado pode ser aplicado a quente ou a frio (em emulsão ou solução), mas
sua maior aplicação é feita na industrialização de mantas asfálticas poliméricas com
armaduras. Os asfaltos modificados sem a adição de polímeros independente do
processo, devem atender a NBR-9910.
6.2 APLICAÇÃO COM ASFALTO QUENTE
Inicialmente, aplica-se uma demão de primer asfáltico, a fim de promover uma melhor
aderência entre o substrato e a impermeabilização.
Após a secagem da imprimação, iniciar a aplicação da manta asfáltica, fazendo o uso de
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maçarico de GLP. Adotar os corretos valores para sobreposição de cada camada e
executar o biselamento nas uniões.
A impermeabilização com mantas asfálticas exige, via de regra, a execução de uma
posterior camada de argamassa de cimento e areia, que servirá como proteção mecânica
do material contra agentes que possam danificar o revestimento impermeabilizante
(trânsito de veículos, de pessoas, queda de objetos, etc.) e contra o intemperismo
(especialmente ação dos raios UV).
Os fabricantes de mantas asfálticas oferecem um leque de variações em acabamentos
dos seus produtos. As mantas mais simples apresentam as duas faces revestidas com
filme de polietileno, ou podem apresentar uma das faces (ou ambas) revestidas com
areia de granulometria fina. Outros tipos deste material podem apresentar a face exposta
revestida por grânulos minerais (ardósia, quartzo colorido), por filme de alumínio refletivo,
e, até mesmo, por geotêxteis para a execução de pintura sobre a impermeabilização.
Figura 06
Figura 07
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Figura 08
7 EMULSÃO ASFÁLTICA
É um impermeabilizante produzido através da emulsificação do asfalto em água através
de um agente emulsificador. A combinação com cargas minerais melhora sua resistência
ao escorrimento em temperaturas mais elevadas. Apresenta baixa flexibilidade,
resistência à fadiga e durabilidade, restringindo sua utilização em situações de menor
exigência de desempenho.
7.1 EMULSÃO POLIMÉRICA
É produzida a partir da emulsificação de polímeros termoplásticos e sintéticos. As
emulsões acrílicas bem formuladas têm boa resistência aos raios ultravioletas do sol,
permitindo sua aplicação em impermeabilizações expostas. Possui absorção d’água
relativamente elevada, devendo, portanto, ser aplicada em lajes com inclinação. Não
devem ser usados em lajes com proteção mecânica ou com exigências de desempenho,
medias elevada, restringindo sua aplicação em lajes expostas, com acesso para uma
periódica conservação ou manutenção. É importante escolher boas emulsões acrílicas,
pois em nosso mercado existem algumas de formulação sofrível. As emulsões acrílicas,
também, são utilizadas em formulação apropriada, como pintura refletiva de
impermeabilização, como mantas pré -fabricadas, etc.
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8 ELASTÔMEROS SINTÉTICOS EM SOLUÇÃO
Essa impermeabilização é feita com emulsão asfáltica com elastômeros, isento de
cargas, formando membrana flexível, elástica e sem ementas, moldada no local (pintura).
Para fins desta especificação, são considerados aceitos os seguintes produtos,
independentemente de outros que venham comprovar qualidade através de testes
realizados por entidades reconhecidas: • Vedapren (Otto Baumgart); • Igolflex preto
(Sika); • Flexcote preto (Wolf Hacker); • Denverpren (Denver); e, • K 100 (Viapol).
Recomenda-se sua utilização na impermeabilização de lajes, jardineiras, marquises,
terraços, pisos, calhas, baldrames, tanques e outros locais. A superfície deve estar seca,
isenta de gorduras, óleos ou partículas soltas. Executar regularização da área, com
argamassa de cimento e areia (1:3), desempenada, com caimento mínimo de 1% para os
ralos ou condutores de água; espessura média igual a 2 cm; cantos arredondados.
Tubulações emergentes e ralos devem estar fixados. Aplicar uma demão de “primer”
constituído pela diluição do produto em água, na relação 1:1. Aplicar quatro demãos (no
mínimo) cruzadas, com escovão macio ou rodo de borracha.Cada camada somente deve
ser aplicada após a completa secagem da anterior (de seis a oito horas).Em superfícies
sujeitas a fissuras ou de grandes dimensões, devem ser aplicadas seis demãos do
produto,com reforço de véu de poliéster ou tela de náilon (malha 1x1mm). Em áreas até
com 100m², estruturá-lo entre a primeira e segunda demãos; acima de 100m², além deste
reforço, aplicar mais um entre a terceira e quarta demãos. Em áreas com trânsito de
pessoas, executar proteção mecânica após a impermeabilização; utilizar filme de
polietileno ou papel Kraft (gramatura 80) como camada separadora e executar a proteção
mecânica com argamassa de cimento e areia (1:3), com juntas principalmente nos
perímetros. Em áreas que não necessitem proteção mecânica, aplicar duas a três
demãos de pintura refletora com emulsão acrílica ou pintura alumínio; pode também ser
aplicada uma camada de pedregulho, argila expandida ou vermiculita, como isolante
térmico. A impermeabilização deve ser testada antes da entrega, de forma a não
apresentar falhas que prejudiquem sua função. Armazenar o produto por no máximo 6
meses a partir da data de fabricação, em local seco e ventilado,nas embalagens originais
e intactas
9 QUANTIDADE MÉDIA DE MATERIAIS CONSUMIDOS NOS PRINCIPAIS SISTEMAS
Embora haja uma variação de consumo para um mesmo material de fabricantes
diferentes, apresentamos a seguir uma tabela para servir de parâmetro quanto ao
consumo de alguns materiais.
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TABELA DE CONSUMO DE MATERIAL POR SISTEMA DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
Membranas asfálticas moldadas a quente 1 kg/m²
Impermeabilizante para concretos e argamassas Vedacit ou
similar 0,6Kg/m²
Manta geotêxtil 200g/m2 (Bidim ou similar) 1,1m²/m²
Impermeabilização c/manta asfáltica 3 mm, classe 2,
estruturada c/reforço de não tecido de poliéster, inclusive
aplicação 1 demão de primer 1m²/m²
Impermeabilização c/manta asfáltica 4 mm, classe 2,
estruturada c/reforço de não tecido de poliéster, inclusive
aplicação de 1 demão de primer 1m²/m²
Tabela 01 – consumo de material por sistema
10 MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL
Membrana é o conjunto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem armadura.
Essas membranas podem ser aplicadas a frio ou a quente. Na aplicação das membranas
a frio, têm-se as emulsões e soluções asfálticas e os asfaltos elastoméricos. Nas
membranas asfálticas aplicadas a quente pode ser utilizado o asfalto oxidado e o asfalto
modificado. Devido à alta tecnologia desenvolvida na indústria de impermeabilização,
atualmente muitos asfaltos são modificados com adição de polímeros, aumentando o
ponto de amolecimento, diminuindo a penetração, aumentando a resistência à fadiga
mecânica, aumentando a resistência ao escorrimento e adquirindo flexibilidade a baixas
temperaturas. Como principais armaduras podemos incluir a tela de poliéster termo
estabilizado, o véu de fibra de vidro, o não tecido de poliéster, entre outros.
10.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DE ÁREAS FRIAS
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Figura 09
As membranas aplicadas a frio são utilizadas na impermeabilização de áreas como:
pequena laje horizontal ou abobadada, banheiro, cozinha, área de serviço, terraço,
sacadas, etc.
A aplicação destas membranas é feita seguindo os procedimentos de preparo da
superfície (conforme ABNT NBR 9575), em seguida deve ser aplicado o primer asfáltico.
Após a cura total do primer inicia-se com a aplicação de uma demão do produto
impermeabilizante (emulsão ou solução asfáltica) em forma de pintura e aguardar a
secagem. Entre a segunda e a terceira demão estender o estruturante, com sobreposição
mínima de 10 cm.
Continuar a aplicação até atingir o consumo pré-estabelecido em projeto, respeitando
sempre o tempo de secagem entre demãos.
Obs: Os tempos de secagem destes produtos podem variar em função do fabricante e
da temperatura ambiente.
10.1.1 Impermeabilização de áreas frias com cristalizantes (passo a
passo)
1 - PREPARAÇÃO DA SUPERFICIE PARA APLICAÇÃO
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O substrato para a aplicação deve ser preparado de modo a garantir uma perfeita
aderência da camada impermeabilizante e não deve possuir irregularidades. Para isso
recomendamos:
1.1 - Lavar e retirar todas as partículas soltas, restos de desmoldantes, natas de cimento,
ou qualquer material que possa prejudicar a aderência.
1.2 - Sobre a superfície levemente umedecida aplicar argamassa de regularização no
traço de 1:3 ( cimento : areia ) com espessura mínima de 2 cm e caimento 1% para
coletores . Adicionar na argamassa de regularização 100 gr fibra de polipropileno por
saco de cimento para diminuir fissuras de retração e aditivo impermeabilizante
hidrofugante na proporção de 4% em relação a massa de cimento.
1.3 - Nos rodapés fazer um corte na alvenaria em toda a extensão da parede com altura
de 20 cm e 3 cm de profundidade para subir com a impermeabilização.
1.4- Arredondar arestas e cantos vivos.
1.5 - Os tubos deverão ser fixados com Grout.
1.6 - Deve ser criada entre a parede da tubulação e a regularização um anel de vedação
de 1 cm x 1 cm ( largura x profundidade ) preenchido com resina epóxi.
1.7 - Na região dos ralos fazer rebaixo com 1 cm de profundidade ocupando área de 40 x
40 cm, conforme mostram as figuras.
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2 - APLICAÇÃO
2.1 - Aplicar argamassa polimérica entre 3 a 4 demãos alternadas e cruzadas, até atingir
o consumo de 4,0kg/m2. Aguardar sempre a secagem da demão anterior para aplicação
da posterior.
2.2 - Após 03 dias de cura da argamassa polimérica aplicar reforço de duas demãos de
asfalto elastomérico a frio nos cantos, ralos, tubos emergentes e demais interferências.
3 - PROTEÇÃO DA CAMADA IMPERMEABILIZANTE:
3.1 - Não é necessária a execução de proteção mecânica, podendo-se executar o
revestimento diretamente sobre a camada impermeabilizante.
4 - CONSUMOS
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5 - PROVIDÊNCIAS E MANUTENÇÃO
5.1 - Não deixar produtos químicos caírem diretamente sobre a camada
impermeabilizante.
5.2 - Respeitar as recomendações e normas de segurança no que diz respeito a
aplicações em ambientes fechados.
10.2 IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES
10.2.1 Aplicação (passo a passo)
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100
Regularização com caimento mínimo de 0,5% em direção as saídas de água.
Preparo da superfície.
Figura 10
Colocação de fita no alinhamento dos rodapés.
Aplicar 1 demão de nos rodapés.
Figura 11
Execução da regularização do piso do box com argamassa de cimento e areia traço 1:3
com caimento mín. 0,5% em direção as saídas de água.
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101
Figura 12
Após a completa secagem da regularização do box, iniciar a impermeabilização da área
do piso com a aplicação da camada de imprimação.
Figura 13
Na segunda demão instalar a tela de poliéster como estruturante, executando os
arremates na região de ralos, tubos emergentes e rodapés.
Figura 14
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102
Após a secagem ao toque (6 a 8 horas), aplicar as demãos subseqüentes, até atingir o
consumo recomendado em projeto.
Figura 15
Após a cura completa da impermeabilização, fechar as saídas de água e executar o teste
de estanqueidade (72 horas)
Figura 16
Executar a proteção mecânica sobre a impermeabilização.
11. SISTEMA PRÉ-FABRICADO
11.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJE COM MANTA ASFÁLTICA
a) A superfície deve estar seca, firme, sem trincas ou saliências, retirando todos os
elementos estranhos presentes na superfície a ser impermeabilizada, tais como:
madeira, ferros, graxa, óleos, resíduos de desmoldante, etc.
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103
Figura 17
b) Verificar todas as tubulações que ficarão entre a superfície e a impermeabilização.
Manter um recobrimento mínimo de 2 cm para tubulações embutidas e 10 cm de
afastamento mínimo entre tubulações.
c) Evitar emendas nas tubulações passantes;
d) Cuidados redobrados com conduítes plásticos ou tubulações de PVC, pois são frágeis
na presença do maçarico.
e) Nos rodapés, a manta ficará embutida na alvenaria ou concreto, para isso, o encaixe é
de no mínimo 3 cm, com altura mediante projeto, sendo os cantos arredondados (meia-
cana).
f) Caimento mínimo de 1% em direção aos coletores, os quais devem ser dimensionados
mediante projeto de hidráulica e visando o perfeito arremate da manta.
Aplicação da Manta Asfáltica:
a) Posicionar os rolos da manta de forma alinhada e obedecendo o requadramento da
área.
b) A colagem da manta deve ser iniciada pelos ralos e coletores de água, vindo no
sentido das extremidades, obedecendo o escoamento da água. (Verifique detalhe de
ralos).
Figura 19
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104
c) A aplicação da manta é feita aquecendo-se a superfície da manta e do substrato. Logo
que o plástico de polietileno (filme antiaderente) encolher e o asfalto brilhar, deve-se colar
a manta asfáltica. É importante certificar-se de que não há bolhas de ar embaixo da
manta.·.
d) A 2ª bobina da manta deve sobrepor a 1ª (transpasse) em 10 cm, no mínimo.
Figura 20 d, e, f
e) A fim de evitar qualquer infiltração, é necessário que seja feito, após a colagem das
mantas, o reaquecimento das emendas dando o acabamento. Este serviço “biselamento”,
aquece a colher de pedreiro e alisa as emendas, exercendo leve pressão sobre a
superfície da manta asfáltica.
f) Nas superfícies verticais, em 1º lugar, deve-se levar a manta do piso até cobrir parte da
meia-cana. Depois, colar outra manta, fazendo a parte do rodapé e descendo no piso 10
cm (transpasse). O trecho do rodapé fica com manta dupla. Nas paredes, estruturar a
argamassa com tela galvanizada ou plástica, malha 1/2 a 1”.
Figura 21
g) Fazer o teste com lâmina de água, no mínimo, 72 horas.
h) Colocar camada separadora: papel kraft.
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105
i) Lançar a argamassa para proteção mecânica, com espessura de no mínimo 3 cm ou
conforme especificação de projeto, visando intensidade de tráfego e demais solicitações
impostas à estrutura/impermeabilização. Prever juntas de trabalho.
j) Observar, atentamente, as regras de segurança do uso do maçarico. Contratar mão de
obra especializada.
Detalhe de Ralos:
1) Com o maçarico, aplicar a manta asfáltica descendo cerca de 10 cm na parte interna
do ralo e deixando cerca de 10 cm para fora, o qual será cortado com um estilete. As tiras
serão coladas sobre a imprimação.
2) Sobrepor um pedaço de manta em toda a extensão do ralo e cortar em forma de
“pizza” a área correspondente ao diâmetro do ralo, a qual será colada no interior do tubo.
Figura 22 g, 1
3) A grelha deve obrigatoriamente ser fixada na proteção mecânica.
Figura 23 Figura 24
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106
Figura 25
12. IMPERMEABILIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS E PISCINAS
12.1 SISTEMA MOLDADO NO LOCAL PARA ESTRUTURAS ELEVADAS
Existem diferentes sistemas de impermeabilização para piscinas enterradas no solo com
acabamento cerâmico. Os mais comuns são as mantas asfálticas e as argamassas
poliméricas. As argamassas são compostas por resina acrílica (líquida) e por cimento
(pó). Para prepará-las, basta misturar os dois elementos manualmente ou com uma pá
mecânica. Dependendo do tipo e da proporção de resina na mistura, é possível obter
argamassas mais ou menos flexíveis. No passo a passo a seguir, a piscina será
impermeabilizada, primeiramente, com uma argamassa mais rígida e, em seguida, com
um tipo de argamassa mais flexível.
Segundo a engenheira Maria Amélia Silveira, da fabricante Viapol, a aplicação do
primeiro tipo de argamassa faz uma "pré-selagem" (estucamento) da superfície e impede
a entrada de água de fora para dentro da piscina. Em locais com forte pressão de água
do subsolo, é preciso aplicar até três demãos de argamassa para estucamento. Já a
argamassa polimérica flexível tem a função de "impermeabilizar a estrutura
acompanhando as movimentações no caso de piscinas feitas em blocos estruturais, mais
deformáveis do que o concreto", explica.
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12.1.1 Impermeabilização de piscina (passo a passo)
Passo 1
Figura 26 - Ferramentas e EPI’s
Passo 2
Figura 27
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108
Passo 3
Figura 28
Passo 4
Figura 29
Figura 30
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109
Figura 31
Passo 5
Figura 32
Passo 6
Figura 33
Passo 7
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110
Figura 34
Passo 8
Figura 35
Passo 9
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Figura 36- aplicação de argamassa polimérica
Passo 11
Figura 37- vedação ao redor dos dispositivos da
piscina
Passo 12
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112
Figura 38
12.1.2 Impermeabilização de reservatório elevado com argamassa
polimérica flexível (passo a passo)
a) PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA APLICAÇÃO:
O substrato para a aplicação deve ser preparado de modo a garantir uma perfeita
aderência da camada impermeabilizante e não deve possuir irregularidades. Para isso
recomendamos:
b)- Lavar e retirar todas as partículas soltas, restos de desmoldantes, natas de cimento,
ou qualquer material que possa prejudicar a aderência.
c) - Se necessário preencher os furos utilizados para os tensores, falhas e nichos na
concretagem com Grout Tixotrópico.
d) - Executar meia cana estrutural com Grout Tixotrópico ou resina epóxi em todos os
cantos de parede e fundo com raio mínimo de 10 cm.
e) - Aplicar chapisco no traço de 1:2 (cimento: areia) aditivado com adesivo acrílico na
proporção de 1: 2 ( adesivo: água ).
f) Sobre o substrato levemente umedecido aplicar uma camada de regularização
definindo escoamento de água. Utilizar argamassa no traço 1:3 (cimento: areia)
adicionando 4% impermeabilizante de pega normal em relação à massa de cimento e
fibra de polipropileno, 100 gr por saco de cimento, para evitar trincas de retração
atingindo espessura de no mínimo 2cm e caimento de 1% para coletores.
g) - Ao redor dos dispositivos de aspiração, retorno deverá ser executada uma abertura
em forma de " U " com dimensão 5 mm x 5 mm a qual será preenchida com adesivo
epóxi.
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h) - Os tubos deverão ser fixados com Grout conforme mostram as figuras:
k)- Sobre a superfície levemente saturada aplicar argamassa polimérica semi-flexível que
funcionará como primer em 2 demãos alternadas e cruzadas até atingir consumo de 2
kg/m2. O intervalo entre uma demão e outra é 4 horas.
l) Não ultrapassar o período de 24 hs entre as aplicações da argamassa polimérica semi-
flexível e a flexível a fim de não provocar camadas de separações entre os sistemas.
m) Posteriormente aplicar argamassa polimérica flexível em 3 demãos alternadas e
cruzadas atingindo consumo de 3 kg/m2. Aguardar intervalo entre uma demão e outra de
4 horas.
n) Na região dos cantos, ralos e tubos emergentes proceder a colagem de tela de
poliéster para efeito de melhor estruturação da camada impermeabilizante.
o) PROTEÇÃO DA CAMADA IMPERMEABILIZANTE:
p) Se necessário executar proteção mecânica sobre a área vertical impermeabilizada,
utilizar tela galvanizada. Nesse caso, antes da cura do produto, aspergir areia média seca
sobre a superfície.
q) CONSUMOS:
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r) PROTEÇÃO E MANUTENÇÃO:
s) Não permitir que sejam apoiados, diretamente sobre a camada impermeabilizante
objetos que possam ferir a impermeabilização.
t) Respeitar as recomendações e normas de segurança no que diz respeito a aplicações
em locais fechados contidas no manual do produto
u) Aguardar cura do produto por 5 dias antes de encher o reservatório
v) DESENHO EXPLICATIVO:
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13 PISO PARA GARAGEM EM POLIURETANO
Decorrente da alta resistência e durabilidade do poliuretano, e também levando-se em
consideração a ótima estética que o piso oferece, o piso em poliuretano pode ser
aplicado em garagens e estacionamentos, assim como também pode ser aplicado em
áreas externas, pelo fato de se comportar muito bem em relação a intempéries, podendo
estar em contato com sol (raios ultravioletas), chuvas e etc. sem perder as suas
características.
Vale lembrar que se o piso para garagem em poliuretano for aplicado numa área externa,
o mesmo acaba funcionando otimamente como impermeabilizante.
14 IMPERMEABILIZAÇÃO DE VIGA BALDRAME (procedimento de execução)
1 - PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE PARA APLICAÇÃO:
O substrato para a aplicação deve ser preparado de modo a garantir uma perfeita
aderência da camada impermeabilizante e não deve possuir irregularidades. Para isso
recomendamos:
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1.1 - Lavar e retirar todas as partículas soltas, restos de desmoldantes, natas de cimento,
ou qualquer material que possa prejudicar a aderência.
2 - APLICAÇÃO:
2.1 - Aplicar a 1º de Emulsão Asfáltica diluída em 30% de água. Após 24 hs de secagem,
aplicar demãos subseqüentes diluindo 2º demão em 20% de água e as demais em 15%
sempre cruzadas e espaçadas em 4 horas, totalizando média de 5 demãos.
Obs: É recomendado, que as 6 primeiras fiadas, os tijolos sejam assentados com
argamassa no traço de 1:3 ( cimento e areia ), aditivada com impermeabilizante de pega
normal na proporção de 2 litros por saco de cimento.
3 - CONSUMOS:
15 LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
A longevidade esta associada a vários fatores, dentre os quais podemos citar:
15.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
O projeto de impermeabilização deve fazer parte integrante dos projetos de uma
edificação, como hidráulica, elétrica, cálculo estrutural, arquitetura, paisagismo,
formas, etc., pois a impermeabilização necessita ser estudada e compatibilizada com
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todos os componentes de uma construção, de forma a não sofrer ou ocasionar
interferências.
15.1.1 Interferências
Para a viapol (2005), os projetos que causam interferências com a impermeabilização e
têm-se estudos separados:
• Projeto Estrutural:
Dependendo do projeto estrutural podemos ter estruturas com maior trabalho,
deformações e movimentações que podem indicar uma impermeabilização de
melhor desempenho para suportar os efeitos mecânicos;
• Projeto Hidráulico:
Tubulações de água quente deverão ser isoladas termicamente e embutidas em
outro tubo para o adequado arremate da impermeabilização.
Prever ralos em número suficiente para permitir o fácil e rápido escoamento da água. A
instalação dos ralos deve sempre estar afastada no mínimo 50 cm das paredes ou outros
parâmetros verticais. Havendo tubulações passando horizontalmente nas lajes, prever
sua execução a uma altura suficiente para permitir a aplicação das regularizações,
impermeabilização e proteção sob as mesmas;
Evitar a passagem de tubulações verticais ou horizontais junto à parede, que
dificultam a execução da impermeabilização;
• Projeto Elétrico:
Todas as instalações devem ser embutidas nas estruturas ou pelo lado interno.
As caixas de passagem e inspeção deverão ser previstas em cotas acima da altura de
arremate da impermeabilização;
• Projeto de Drenagem:
Os projetos de drenagem em jardineiras ou em lajes de subsolo deverão ser
dimensionados e compatibilizados com a impermeabilização;
• Projeto de Acabamento:
Os projetos de detalhamento e acabamento deverão ser estudados prevendo a
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execução da impermeabilização, tais como, não pode ser previsto concreto aparente a
partir do piso acabado (pilaretes, muros), pois são necessários arremates nas verticais da
impermeabilização e ainda, no box do banheiro a impermeabilização deverá subir no
mínimo 1.0 m nas paredes do box do banheiro para evitar a penetração da água pelas
alvenarias;
• Projeto de isolação:
Isolação térmica, de isolação acústica, de barreiras de vapor, projetos especiais;
• Condições econômicas:
A especificação de um sistema de impermeabilização deve ser analisado também dentro
dos custos dos materiais e mão-de-obra, durabilidade prevista para a impermeabilização,
riscos e segurança da edificação, verba disponível para execução da impermeabilização
compatível com o tipo de obra, possibilidade de manutenção e conservação.
15.2 QUALIDADE DE MATERIAIS E SISTEMA DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
Existem no Brasil diversos produtos impermeabilizantes, de qualidade e desempenho
variáveis, de diversas origens e métodos de aplicação normalizados ou não, que deverão
ter suas características profundamente estudadas para se escolher um adequado
sistema de impermeabilização. Como exemplo, existem produtos cancerígenos utilizados
em impermeabilização de reservatórios, produtos que sofrem degradação química do
meio a que estão expostos, produtos de baixa resistência a água, baixa resistência a
cargas atuantes, não suportam baixas ou altas temperaturas, dificuldade ou
impossibilidade de aplicação em determinados locais ou situações, baixa resistência
mecânica, etc. Deve-se sempre procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e
esforços mecânicos envolvidos para a escolha adequada do sistema impermeabilizante.
15.3 QUALIDADE DA EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Por melhor que seja o material ou o sistema de impermeabilização, de nada adianta se o
mesmo e aplicado por pessoa não habilitada na execução da impermeabilização. Deve-
se sempre recorrer a equipes especializadas na aplicação dos materiais
impermeabilizantes. A mesma devera ter conhecimento do projeto de impermeabilização;
ser recomendado pelo fabricante do material; que possua equipe técnica e suporte
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financeiro compatível com o porte da obra; que ofereça garantia dos serviços executados,
etc.
15.4 QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO
A impermeabilização deve sempre ser executada sobre um substrato adequado, de
forma a não sofrer interferências que comprometam seu desempenho, tais como:
Regularização mal executada, fissuração do substrato, utilização de materiais
inadequados na área impermeabilizada, (como tijolos furados, enchimentos com entulho,
passagem inadequada de tubulações elétricas e hidráulicas), falhas de
concretagem, cobrimento de armadura insuficiente, sujeira, resíduos de desmoldantes,
ralos e tubulações mal chumbadas, detalhes construtivos que dificultam a
impermeabilização.
15.6 FISCALIZAÇÃO
O rigoroso controle da execução da impermeabilização e fundamental para seu
desempenho, devendo esta fiscalização devendo ser feita não somente pela
empresa aplicadora, mas também responsável pela obra.
Deve-se sempre obedecer ao detalhamento do projeto de impermeabilização e
estudar os possíveis problemas durante o transcorrer da obra, verificando se a
preparação da estrutura para receber a impermeabilização está sendo bem
executada, se o material aplicado está dentro das especificações no que tange a
qualidade, características técnicas, espessura, consumo, tempo de secagem,
sobreposição, arremates, testes de estanqueidade, método de aplicação, etc.
15.7 PRESERVAÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Deve-se impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros,
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ainda que involuntariamente, por ocasião da colocação de pregos, luminárias, pára- raios,
antenas coletivas, playground, pisos e revestimentos, etc. Considerar, como precaução, a
possibilidade de ocorrência de tais problemas quando da execução do projeto. Caso isto
não seja possível, providenciar a compatibilização em época oportuna, evitando escolher
as soluções paliativas.
15.8 A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS E DOS DETALHES DE
IMPERMEABILIZAÇÃO
Para Ripper (1995), todos os itens (projetos, custos, métodos executivos, etc.) que
envolvem a impermeabilização, a ausência de projetos específicos parece ser o principal
problema.
A impermeabilização ocupa um espaço importante na medida em que influi e altera uma
estrutura, um gabarito de obra, um projeto elétrico e hidráulico, ou seja, interfere em
todas as fases da obra. O projeto de impermeabilização deverá ser desenvolvido
conjuntamente com o com o projeto geral e os projetos setoriais de modo a serem
previstas as correspondentes especificações em termos de dimensões, cargas e
detalhes.
Porém, a realidade nas obras é bem diferente. Na maioria dos casos, não existe o projeto
de impermeabilização, e a empresa impermeabilizadora somente é chamada quando o
edifício já está quase concluído; em geral não foram previstos os caimentos, proteções,
rebaixos e outros detalhes, fundamentais para o bom funcionamento da
impermeabilização. Por vezes não foi sequer prevista, no cálculo da laje a sobrecarga,
geralmente significativa, proveniente dos enchimentos e proteções necessários.
A falta de um projeto específico de impermeabilização, especificando os detalhes
necessários, que tenha sido desenvolvido de maneira coordenada com o projeto do
edifício, prevendo-se as interações com a estrutura, instalações, etc., implica uma série
de improvisações na obra, que além de bastante onerosa leva geralmente a soluções que
não são satisfatórias. Além disso, a falta de uma especificação clara e precisa dos
materiais e serviços leva-nos a uma série de problemas na contratação e na definição
das responsabilidades das diversas partes envolvidas (projetistas, executor da obra,
executor da impermeabilização, outros empreiteiros, etc.). Os custos de um projeto de
impermeabilização são inúmeras vezes menores que os custos decorrentes de eventuais
desperdícios, reparos, danos a diversas partes da construção etc., que podem ser
ocasionados por falta desse mesmo projeto. Vantagens do projeto de impermeabilização:
• Unificação dos orçamentos;
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• Facilidade durante a fiscalização;
• Antecipação dos possíveis problemas que possam vir a ocorrer durante a
execução da impermeabilização;
• Definição de etapas de execução de serviços;
• Prevenção dos possíveis problemas patológicos ou escolha do sistema de
impermeabilização inadequada; e
• Compatibilidade entre todos os projetos inerentes de uma obra (estrutura,
arquitetura, hidráulica e elétrica, paisagismo, etc.).
15.9 DETALHES CONSTRUTIVOS
O sucesso de uma impermeabilização depende também de uma série de detalhes, que
garanta a estanqueidade dos pontos críticos, singularidades, etc. A maior parte dos
problemas de impermeabilização se dá nas bordas, encontros com ralos, juntas,
mudanças de planos, tubulações que atravessam a cobertura, rodapés, etc. Para um
bom desempenho de todo o sistema, é preciso estar atento aos detalhes.
Alguns procedimentos básicos são: camada de regularização, caimento mínimo de 1% e
cantos e arestas arredondados, para evitar danos às mantas, preocupação com a
isolação térmica e mecânica. A simples fissura causada pelo movimento de uma laje, por
exemplo, pode pôr a perder todo o trabalho executado se o material e o sistema de
impermeabilização não forem projetados para aquela situação. Por esta razão merecem
especial atenção, seja na fase do projeto, quanto na de execução, os detalhes da
impermeabilização.
16 FALHAS RELACIONADAS COM UMIDADE
16.1 PRESSÃO HIDROSTÁTICA NEGATIVA
Quando atua no sentido oposto ao da impermeabilização (ex: subsolo com influência de
lençol freático e impermeabilização efetuada pelo lado interno).
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6.2 ÁGUA SOB PRESSÃO BILATERAL
Ex: subsolo com parede de piscina sujeita a influência do lençol freático. Nestes casos, a
impermeabilização deve resistir tanto a influência de pressão hidrostática negativa do
lençol freático, quanto a pressão positiva da água armazenada no seu interior, atuando
concomitantemente, ou de forma independente.
16.3 UMIDADE DO SOLO
Atua sem influência de pressão, atuando por contato ou na forma de vapor, é o caso de
subsolo sem ação de lençol freático. Deve-se prestar atenção ao se especificar um
sistema de impermeabilização para umidade de solo ou água em forma de vapor, pois
alguns materiais são impermeáveis a água na forma líquida, mas tem alta permeabilidade
a passagem de água em forma de vapor. Ex: argamassa com hidrófugo
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16.4 ABSORÇÃO CAPILAR DE ÁGUA
Os materiais de construção absorvem água na forma capilar quando estão em contato
direto com a umidade. Isso ocorre geralmente nas fachadas e em regiões que se
encontram em contato com o terreno (úmido) e sem impermeabilização. A água é
conduzida através de canais capilares existentes no material, pela tensão superficial.
Caso a água seja absorvida permanentemente pelo material de construção em região
em contato direto com o terreno, e não seja eliminada por ventilação, será transportada
gradualmente para cima, pela capilaridade. Esse é o mecanismo típico de umidade
ascendente. O método mais eficaz de combater umidade em paredes é por meio de
impermeabilização horizontal (de difícil execução se a obra já estiver concluída).
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16.5 ÁGUA DE INFILTRAÇÃO OU DE FLUXO SUPERFICIAL
Se o local que está em contato com o terreno não tiver recebido impermeabilização
vertical eficaz, ocorrerá absorção de água (da terra úmida) pelo material de construção
absorvente (através de seus poros), que poderá se intensificar caso a umidade seja
submetida a certa pressão, como no caso de fluxo de água em piso com desnível. Nessa
circunstância, deverá ser adotada impermeabilização vertical e, se necessário,
drenagem.
16.6 FORMAÇÃO DE ÁGUA DE CONDENSAÇÃO
Em determinada temperatura, o ar não pode conter mais que certa quantidade de vapor
de água. Esse estado é caracterizado pelo grau higrotérmico, igual à relação entre o peso
de vapor contido no ar e o peso de vapor saturante. A 17ºC resulta grau térmico de
100%, ou seja, ar saturado. Caso a umidade do ar seja de 60% a 70%, nos setores com
temperatura de 12ºC obrigatoriamente ocorrerá condensação de água, devido à umidade
relativa do ar ser mais elevada por causa da redução da temperatura.
16.7 ABSORÇÃO HIGROSCÓPICA DE ÁGUA E CONDENSAÇÃO
CAPILAR
Na condensação capilar, a pressão de vapor de saturação da água diminui, ou seja,
ocorre umidade de condensação abaixo do ponto de orvalho (17ºC). Quanto menores
forem os poros do material de construção, mais alta será a quantidade de umidade
produzida por condensação capilar. Além das dimensões dos poros, o mecanismo
depende principalmente da umidade relativa do ar. Quanto maior for a umidade relativa,
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maiores serão os vazios dos poros do material de construção que poderão ser ocupados
pela condensação capilar. Um ambiente com umidade relativa do ar em torno de 70%
produz, nos materiais de construção, certa quantidade de umidade por condensação
capilar, cujo valor se denomina umidade de equilíbrio. Caso o material de construção
contenha sais, a umidade de equilíbrio pode variar consideravelmente. O mecanismo de
absorção higroscópica da umidade é desencadeado do ar, do grau e do tipo de
salinização. Naturalmente, a absorção higroscópica da umidade desempenha papel
especial nas partes da edificação que se apresentam salinizadas por umidade
ascendente. Os locais subterrâneos e o térreo são os mais atingidos por esse fenômeno.
16.8 ASPECTOS RELEVANTES DA FORMAÇÃO DE MOFO E BOLOR
Conforme ALUCCI & FLAUZINO & MILANO (1985), o desenvolvimento de bolor ou mofo
em edificações pode ser considerado como um grande problema com grandeza
econômica e ocorrência comum em regiões tropicais.
Essa patologia provoca alteração na superfície, exigindo na maioria das vezes a
recuperação ou até mesmo a necessidade de se refazer revestimentos, gerando gastos
dispendiosos.
O crescimento de bolor está diretamente ligado, conforme os autores citados
acima, à existência de umidade (alto teor no elemento o qual estão ou no ar). É
comum o emboloramento em paredes umedecidas por infiltração de água ou
vazamento de tubulações.
O emboloramento nada mais é do que uma alteração que pode ser constatada
macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo conseqüência do
desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao grupo dos fungos. Assim, como
todos os organismos vivos, estes possuem seus desenvolvimentos afetados com as
condições ambientais, sendo a umidade um fator essencial. Os fungos precisam sempre
de um teor de umidade elevado no material onde se desenvolvem ou uma umidade
relativamente bastante elevada no ambiente. As formas dessa presença de água nos
componentes internos e externos da edificação já foram citadas nos itens anteriores, tais
como, por exemplo, umidade proveniente de vazamentos, da obra, do solo, etc.
Para se evitar que o bolor aconteça nas edificações, já na fase de projeto, medidas
devem ser tomadas. Essas medidas visam garantir uma ventilação, iluminação e
insolação adequada aos ambientes, assim como idealizar a diminuição de risco de
condensação nas superfícies internas dos componentes e também evitar riscos de
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infiltração de água através de paredes, pisos e/ou tetos, ALUCCI & FLAUZINO &
MILANO (1985).
Caso não seja possível prevenir, e a patologia ocorra, a limpeza da superfície é
necessária, com emprego de soluções fungicidas podendo até ocorrer a troca de
materiais, que estavam contaminados por outros que resistam a ação de crescimento do
bolor.
16.9 SISTEMAS RECOMENDADOS
16.9.1 Cimentos modificados com polímeros
Sua principal aplicação é impermeabilização de reservatórios, subsolos, cortinas, poços
de elevadores e pisos frios, sujeitos a umidade do solo, pressão hidrostática positiva e
negativa (lençol freático).
16.9.2 Mantas asfálticas
Possuem flexibilidade e suportam as deformações previstas em estruturas de paredes de
subsolo, para aplicação do lado externo, sujeitas ou não à ação de lençol freático,
liberando a parte interna das paredes para fixação de equipamentos, prateleiras, obras
de arte, etc.
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17 FALHAS MAIS COMUNS
Os problemas mais freqüentes que resultam no insucesso da impermeabilização têm
origem nas falhas de execução que, na maioria das vezes, estão relacionadas à
umidade, descolamento, fissuração e na instalação. No Brasil, existe a opinião
generalizada de que a maior parte das falhas de impermeabilização ocorre em detalhes,
particularmente em ralos e rodapés. Por isso, é importante a fiscalização da
impermeabilização por parte das construtoras e empreiteiras que subcontratam os
serviços de empresas especializadas. Um primeiro passo é o perfeito conhecimento das
normas técnicas existentes. Conheça algumas dicas básicas para a fiscalização da
impermeabilização.
17.1 FALHAS BÁSICAS:
• Ausência de projeto;
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• Escolha inadequada de materiais ou sistemas;
• Dimensionamento;
• Detalhes;
17.2 FALHAS DE DETALHES
• Juntas;
• Não execução de rodapé de impermeabilização 20 cm acima do piso acabado;
• Não consideração da argamassa de regularização para a previsão da cota de
passagem de água por vigas invertidas;
• Falta de proteção da base de platibandas, permitindo a infiltração sob a
impermeabilização;
• Falta de proteção mecânica; e
• Erros de projeção em outras partes do edifício como rede pluvial mal projetada ou
executada, falta de desnível na soleira e outros que causam infiltrações, reputadas
depois à impermeabilização
17.3 FALHAS NA QUALIDADE DOS MATERIAIS
• Materiais não normalizados com propriedades inadequadas à utilização;
• Materiais adulterados: ausência de controle de qualidade; e
• Adulteração por parte do fornecedor ou do aplicador.
17.4 FALHAS NA EXECUÇÃO
• Falta de argamassa de regularização que ocasiona a perfuração da impermeabilização;
• Não arredondamento dos cantos e arestas;
• Execução da impermeabilização sobre base úmida que compromete a aderência,
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gerando bolhas que poderão ocasionar deslocamentos e rupturas das películas
impermeabilizantes;
• Execução da impermeabilização sobre base empoeirada, comprometendo a aderência;
• Juntas: travadas por tábuas ou pedras, com cantos cortantes que podem “mastigar” a
impermeabilização; arremate de aresta da junta executado com argamassa que pode
desprender-se pela ação do mástique;
• Falta de berço para a manta butílica;
• Uso de camadas grossas na aplicação da emulsão asfáltica para economia de tempo,
dificultando a cura da emulsão;
• Falhas em emendas; pouco transpasse e mau uso do maçarico de ar quente nas
mantas de PVC;
• Perfuração de mantas pela ação de sapatas com areia, carrinhos, etc.; e
• Não aplicação das últimas camadas de hypalon, deixando o neoprene exposto às
intempéries, ocasionando deterioração rápida.
17.5 FALHAS DE UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO
• Danos causados na obra pela colocação de peso excessivo (entulho, equipamentos)
sobre a impermeabilização, quando sobre esta existe apenas uma proteção provisória;
• Perfuração da impermeabilização sem qualquer reparo, após a instalação de antenas,
varais, etc.;
• Danos causados à impermeabilização por ocasião de troca de pisos;
• Instalação de floreiras na cobertura de modo a possibilitar a penetração de água por
cima do rodapé impermeabilizado;
• Colocação de camada de brita sobre a cobertura, com o intuito de efetuar uma
correção térmica, que pode ocasionar fissuras devido à sobrecarga da laje (caso isso
não tenha sido previsto).
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18 PROTEÇÕES
18.1 PROTEÇÃO MECÂNICA
A proteção é uma camada sobrejacente à impermeabilização, com a finalidade de
protegê-la da ação de agentes atmosféricos e mecânicos.
A maioria das impermeabilizações, de cor negra, não pode ficar exposta aos raios
solares, pois nesta situação chega a atingir temperaturas muito elevadas, devido ao
efeito da radiação. Além disso, muitos materiais utilizados em impermeabilização e em
isolamento térmico são rapidamente degradados pela ação da luz solar.
18.2 PINTURAS REFLETIVAS
São proteções somente contra a radiação solar, sendo utilizados apenas em situação em
que a proteção mecânica possa ser dispensada, como em coberturas inacessíveis, ou
onde haja trânsito ocasional de manutenção, por exemplo. As pinturas refletivas são
aplicadas sobre as mantas ou membranas, e geralmente são utilizadas à base de
alumínio;
18.3 PROTEÇÃO MECÂNICA SIMPLES
Constitui-se o piso final, sendo utilizadas em áreas acessíveis, podendo ser constituídas
de argamassa, concreto armado ou piso (cerâmica, pedra natural);
18.4 PROTEÇÃO MECÂNICA DO TIPO MATERIAL SOLTO
Constitui na colocação de materiais granulares soltos (brita, argila expandida), podendo
ser utilizada em coberturas inacessíveis e de pequena inclinação; e
18.5 PROTEÇÃO MECÂNICA DO TIPO SOMBREAMENTO
Utilizada em coberturas acessíveis aos pedestres, é constituída de placas, sobre
pilaretes, de forma a obter colchão de ar entre as placas e cobertura. Trata-se também de
um isolamento térmico.
A proteção mecânica não é aplicada diretamente sobre a impermeabilização. Inicialmente
sobre a impermeabilização aplica-se uma camada separadora (feltro asfáltico, papel
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kraft). Antes da execução da proteção mecânica ou piso acabado definitivo, recomenda-
se uma proteção primária com argamassa, funcionando como uma proteção provisória,
evitando danos devido ao trânsito de terceiros e às tarefas de execução da
impermeabilização final. Em coberturas acessíveis a veículos, esta camada é substituída
por uma camada de emulsão asfáltica e areia, conhecida como “camada de anti-
proteção”.
19 PROTEÇÃO TERMICA E ACÚSTICA
19.1 PROTEÇÃO TÉRMICA
19.1.1 Isolamento térmico
Segundo a Impermec (2005), o planejamento do isolamento térmico a ser utilizado após a
execução da impermeabilização constitui uma etapa importante na construção, visto que
ela atende a três funções básicas: o conforto, a economia de energia, e estabilidade da
estrutura, com conseqüente aumento da vida útil dos componentes da edificação,
ampliando sensivelmente a durabilidade da impermeabilização.
A economia de energia dá-se em função da diminuição ou até eliminação da necessidade
de meios mecânicos de refrigeração ou aquecimentos necessários à garantia das
condições de conforto nos ambientes. A estabilização da estrutura é muito importante,
pois a movimentação térmica excessiva da estrutura pode trazer, além de outros
problemas, o comprometimento da impermeabilização da cobertura.
Os materiais mais freqüentes usados como isolante térmico são fibras de madeira,
cortiça, lã de vidro, espuma rígida de poliuretano, concreto celular, entre outros. Os
isolantes térmicos apresentados sob a forma de placas são em geral colados com
emulsão asfáltica. A camada do isolamento térmico deve ser colocada sobre a
impermeabilização e essa disposição apresenta as seguintes vantagens: Possibilita um
controle da impermeabilização, pois no caso de falha na impermeabilização, fica mais
fácil desta falha ser localizada, pois o isolamento térmico não ficará encharcado; Protege
a impermeabilização termicamente, o que contribui sensivelmente para o aumento da sua
durabilidade.
19.2 ISOLAMENTO TERMO ACÚSTICO
O isolamento termo acústico é uma preocupação cada vez maior dos arquitetos,
projetistas e empreendedores da área imobiliária.
Sustentabilidade e aquecimento global são assuntos constantes e que alteram a forma de
pensar dos profissionais da construção civil no que se refere à maneira de realizar seus
projetos, sejam residenciais, de escritórios, serviços ou industriais.
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132
19.2.1 O EPS
O EPS vem conquistando no Brasil novas formas de aplicação a cada dia, a versatilidade
do material e a facilidade com que se trabalha o produto tornam seu campo de aplicação
ilimitado. O EPS na Construção Civil
Além de “aliviar” o peso desnecessário no caso das lajes, o isolamento com EPS irá
contribuir diretamente para a redução dos custos operacionais da obra.
Isolamento no telhado, painéis monolíticos para as paredes, painéis de fechamento e
lajes é o que há de mais avançado na construção civil no mundo. Este processo
construtivo é normal em países da Europa e nos Estados Unidos. Com obras que vão
desde mansões na Inglaterra até construções de baixo custo à população carente da
Uganda, por exemplo.
Além da contribuição ao meio ambiente, quando utilizado no isolamento de edifícios, o
EPS proporciona economia de energia contribuindo para reduzir as emissões de CO² e
SO².
19.2.2 Lajes Impermeabilizadas – proteção térmica
As placas devem ser aplicadas diretamente sobre a laje já impermeabilizada. Avaliar a
que tipo de esforços esta laje será submetido, pois sua proteção poderá ser executada
de várias maneiras. Necessidade de acesso, isolamento térmico, proteção pura e
simples da impermeabilização.
Proteção mecânica de argamassa
Pedra solta
Pavimentação
Concreto
Telhas variadas
De acordo com estas aplicações a densidade do EPS aplicado deverá ser superior a 30
kg/m³, entre 30 e 50 mm de espessura.
Paredes – construção nova (Painéis Monolíticos)
Painéis monolíticos – densidade e Kg/m³ de acordo com o projeto
Paredes – prontas (Externas)
O EPS é um dos materiais mais qualificados e também o mais eficiente no isolamento
de paredes externas, pois reduz os movimentos diferenciais de origem térmica das
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estruturas e aumenta a inércia térmica do prédio.
Paredes – prontas (Internas)
Nesse caso o EPS, como isolante na face interna, minimiza o consumo de energia no
caso da utilização de resfriamento mecânico e, na face externa protegerá a parede de
eventuais dilatações prejudiciais, além de criar uma inércia térmica desejável.
20 CONSIDERAÇÕES FINAIS
20.1 SUGESTÕES PARA O BOM DESEMPENHO DA
IMPERMEABILIZAÇÃO
Muitos problemas associados a impermeabilizações podem ser encontrados e eliminados
ao se planejar já nos primeiros estágios de desenvolvimento da construção. O projetista
de impermeabilização deve estar envolvido desde o início, sendo que o sistema executivo
da impermeabilização deve ser discutido com todos os envolvidos na obra, a fim de se
garantir a qualidade do trabalho. São importantes os seguintes passos:
• Planejar e coordenar a impermeabilização com outros elementos da
construção;
• Verificar a experiência com produtos e sistemas que apresentaram um bom
desempenho;
• Projetar os detalhes típicos representativos de todos os detalhes encontrados;
• Controlar a aplicação;
• Verificar a idoneidade do aplicador;
• Exigir metodologia de trabalho;
• Controlar a qualidade do sistema;
• Checar a adequação do sistema;
• Verificar dimensionamento; e
• Indagar sobre detalhes de aplicação.
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ESQUADRIAS
1 GENERALIDADES
Chama-se esquadria às construções que se empregam na vedação das aberturas dos
edifícios. Dividem-se em externas e internas. A esquadria externa é constituída pelas
portas e janelas e a interna geralmente pelas portas, embora se apliquem caixilhos
também nos interiores para melhora de iluminação de certas peças.
A esquadria pode ser feita de madeira ou ferro e compõe-se essencialmente de duas
partes, o marco e a folha ou caixilho, conforme se trate de porta ou janela. Os marcos
servem para prender as folhas ou caixilhos. As portas e janelas podem ainda dispor de
bandeirola sendo que as últimas recebem postigo, tampo ou veneziana.
2. ESQUADRIA EXTERNA
A esquadria externa é constituída pelas portas, portões e janelas.
2.1 PORTAS DE MADEIRA
Os marcos das portas externas fazem-se de madeira dura, resistente às intempéries.
No sul do Brasil emprega-se geralmente o louro, a cabriúva, o angico e outras
essências. O cedro está sendo muito usado
na atualidade em virtude da escassez e do alto preço das madeiras duras. O uso do
pinho está restrito as construções de madeira. Os marcos podem ser simples ou de
rodaquina. O marco simples tem cerca de 5,5 a 4 cm de espessura e a largura de 8 cm.
Sua forma é retangular e pela parte externa recebe uma (Fig. 01). A ligação da verga
com os dois umbrais é feita de chanfro ou a meia madeira (Fig. 02).
O emprego do marco simples exige que a abertura tenha gola para a sua fixação. Essa
é feita com tacos de madeira deixados previamente na gola e onde se prende o marco
por meio de pregos ou parafusos, ou ainda com o auxílio de escápulas. Os tacos são
afastados de 1,00 a 1,20 m em média e colocam-se somente nos umbrais do vão. São
retangulares e medem 5 X 6 X 8 cm sendo de conveniência a sua pintura prévia com
carbolíneo ou outro preservativo.
Nas aberturas que não dispõem de gola ou nas paredes de frontal, onde não é hábito
deixar essa saliência, empregam-se marcos de rodaquina. Esses marcos são feitos com
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tábuas de 3 cm de espessura e com 6 a 9cm de largura (Fig. 03). A tábua interna A é
ligada de chanfro (Fig. 04) e a externa B de topo podendo ser entalhada (Fig. 05).
Esse marco fixa-se de pregos ou parafusos em tacos previamente embutidos na parede,
e do lado interno.
Nas construções de madeira com parede simples usa-se marco simples, fixado por meio
de pregos no lado interno da parede e tendo no exterior uma guarnição moldurada de 5
a 6 cm de largura por 1 cm de espessura.
Figura 01- pequena guarnição moldurada
Figura 02- chanfro e meia madeira Figura 03- marcos com 3 e 6 cm
Figura 04- ligação de chanfro Figura 05- ligação entalhada
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A espessura total do marco e da parede deve ser igual à espessura da folha da porta.
Freqüentemente se prescinde do marco e isto quando a espessura da folha da porta é
igual à da parede, colocando-se apenas a guarnição externa.
Nas paredes duplas empregam-se marcos de caixão tendo a parte interna justamente a
espessura da folha (Fig. 06).
2.1.1 Folhas
As folhas fazem-se geralmente de louro, porém nas construções de menor importância
ou quando há razões de economia; encontram-se também de cedro ou de madeira
compensada. O pinho reserva-se para as construções de madeira. A sua durabilidade é
menor e possui o inconveniente de empenar facilmente, exigindo o emprego de
espessuras mais fortes.
Figura 06- marcos de caixão
Figura 07 - Folhas de calha
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A largura das folhas das portas varia de 0,55 m a 0,90 m. O número de folhas depende
da largura da porta e pode variar de uma a quatro. E As folhas são de calha ou de
almofada podendo essas últimas ser envidraçadas.
As folhas de calha fazem-se com tábuas de macho e fêmea, molduradas e presas pela
face interna por meio de travessas, simplesmente aplicadas ou embutidas e que se
entarugam ou parafusam (Fig. 07), ou ainda com duas travessas colocadas nas cabeças
das folhas e ligadas por macho e fêmea (fig.08).
As folhas conforme as dimensões são feitas com tábuas 2 X 2,5 cm de espessura. Nas
portas encabeçadas (fig. 08), podem reforçar-se as travessas fazendo-as com 3 cm,
para evitar que empenem.
As folhas de almofadas são formadas por um quadro de madeira composto de
montantes e travessas, externas e intermediárias (fig. 09).
Os montantes têm cerca de 11cm de largura e 3,5 a 4 cm de espessura e ligam-se às
travessas por meio de espiga e mecha. A travessa inferior é mais larga, tem cerca de 25
cm de altura e recebe um soco de 15 cm mais ou menos.
A almofada é feita de tábuas com 2 a 2,5 cm na parte mais espessa, que se encaixam
em ranhuras abertas na parte interna do quadro (Fig.10).
As almofadas são o ponto fraco dessas portas, pois, não só não oferecem segurança
como também racham facilmente. Devem sempre ser inteiriças e, no caso de não ser
possível obter almofadas com a largura desejada, convém dividir os painéis por meio de
montantes intermediários (Fig. 11).
Figura 08 Figura 09
Figura 10
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As portas quando de duas ou mais folhas, recebem réguas de batente molduradas com
cerca de 1 cm de espessura e 4 a 5 cm de largura. Essas réguas servem para vedar as
juntas das folhas e também para anteparo da É
outra folha (Fig. 12).
As réguas de batente, conforme a importância da porta, recebem um capitel de remate e
um soco convenientemente moldurado. Nas portas de maior importância empregam-se
duas réguas de batente, uma interna e outra externa, podendo-se mesmo, para maior
segurança na vedação da junta, cortar o dorso das folhas a meia madeira (Fig.- 12).
As portas de almofada podem também ser envidraçadas. Nesse caso os montantes e as
travessas recebem um rebaixo para a colocação dos vidros (Figs. 13 a, b), podendo o
vão ser subdividido por meio de pinázios ou cordões.
A parte envidraçada também pode ser constituída por um postigo A
móvel, convenientemente subdividido e ligado a um dos montantes da folha. Nesse caso
o vão é gradeado.
Figura 11 Figura 12
Figura 13 a Figura 13 b
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2.1.2 Bandeirola
Nos vãos muito altos reduz-se freqüentemente a altura mediante a colocação de um
caixilho na parte superior, denominado bandeirola, que serve para iluminação da peça e
a e às vezes também pari a sua ventilação. ' A bandeirola é formada por um quadro,
composto de montantes e travessas, subdividido por meio de cordões. Os seus
componentes têm as mesmas dimensões que os da folha. A bandeirola é separada das
folhas da porta por meio de uma travessa moldada e saliente que forma batente e serve
de amparo à bandeirola (Fig 14). Essa pode ser móvel, girando em torno da aresta
inferior ou de um pino central.
2.2 PORTAS DE FERRO
As portas de ferro são usadas somente nos edifícios luxuosos e nas instalações
industriais. Constam, da mesma forma que as de madeira, do marco e da folha.
2.2.1 Marco
Os marcos são feitos de ferro chato e possuem exteriormente uma cobrejunta (Fig. 15).
Figura 14
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Figura 15
Prendem-se à alvenaria por meio de pinos de fixação colocados na sua parte interna. Os
marcos podem ser feitos também com ferros T ou Z fixados à alvenaria, como mostram
as figuras 16 a, b.
2.2.2 Folhas
As. folhas são formadas por um quadro feito de cantoneiras subdividido em painéis por
meio de travessas de ferro T, sobre o qual são fixadas as chapas de vedação, com 3 a 7
mm de espessura.
A costura das emendas é coberta por meio de cobrejuntas lenticulares ou molduradas.
Nas portas envidraçadas, o vidro é assente num postigo feito de ferros e preso à
abertura da folha.
Além das portas de abrir existem ainda as de enrolar, feitas de chapa ondulada e muito
em uso nas casas comerciais. Constam de uma chapa com ondulações horizontais, que
desliza entre ferros U colocados lateralmente e enrola na parte superior num tambor que
se movimenta com o simples impulso dado à cortina.
Existem ainda portas de enrolar do tipo telado que permitem também a visão interna da
peça ou mostruário.
Figura 16 a
Figura 16 b
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2.3 PORTÕES DE MADEIRA
Os portões de madeira são empregados nos armazéns, garagens, depósitos, muros de
vedação e noutros fins. São de abrir ou de correr e fazem-se de calha (Fig. 17) ou de
almofada.
As almofadas podem ser de calha, dispostas vertical ou diagonalmente (figs. 18 a, b).
As folhas têm a espessura de 4 a 5 cm e são presas, nos marcos ou; diretamente na
alvenaria dos umbrais do vão, por meio de gonzos (Figura 19).
As folhas de abrir devem ser estreitas para não pesarem em demasia, forçando as
dobradiças. As folhas grandes exigem gonzos especiais que se fixam lá alvenaria. Nos
portões menores ou de pequenas folhas empregam-se marcos simples.
Os portões de correr são suspensos por meio de roldanas que deslizam sobre ferros
chatos. As folhas possuem na parte inferior pequenos roletes que se deslocam dentro de
um ferro U fixado no solo e que serve para manter a folha no seu lugar (Fig. 20).
Figura 17 Figura 18 a Figura 18 b
Figura 19
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Os portões dos muros de vedação das residências são feitos geralmente com peças de
madeira, verticais e horizontais ou também Existem as mais variadas formas, de
acordo com a feição do edifício. Os portões podem ser de uma ou duas folhas ou
mesma mais (Fig. 21). As diversas peças são fixadas com parafusos de cabeça
esférica. Não possuem marcos e movimentam-se por meio de gonzos fixados nos
pilares dos muros.
2.4 PORTÕES DE FERRO
Esses portões são totalmente de chapa ou de grade ou então possuem uma parte
chapeada e a outra gradeada. Não possuem marco. O quadro da folha é formado por
um montante de ferro quadrangular e um outro de ferro chato (Fig. 22 a). As travessas
também são de ferro Chato.
O montante de ferro quadrado é colocado junto ao pilar do muro. A parte inferior apóia
no orifício de uma peça de bronze ou ferro fundido por meio de um pino arredondado,
feito do mesmo material, e que serve para movimentá-lo (Fig. 22 b). Nas partes superior
e intermediária empregam-se gonzos fixados dos na alvenaria (Figs. 22 a, b, c).
O batente é feito com ferro chato ou cantoneiras fixadas ao montante do quadro (Figs.
24 a, b). Nos portões fechados usa-se chapa lisa ou ondulada, convenientemente
cravada.
Figura 20
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143
O portão recebe na parte superior uma travessa-batente, feita de cantoneiras ou ferro T,
que serve também para fixar o fecho. Essa travessa-batente é dispensável nos
pequenos portões de uma folha nos quais a régua de batente vertical é constituída por
uma cantoneira fixada à alvenaria(figs. 23 a, b, c).
2.5 JANELAS DE MADEIRA
As janelas compõem-se do marco e dos caixilhos, podendo ainda “ter tampos ou
venezianas, sendo raro o emprego simultâneo desses dois últimos. O caixilho pode ser
de abrir, de suspender, de correr ou de báscula.
Os caixilhos mais comuns são os de abrir. Atualmente estão voltando ao uso os
caixilhos de suspender, também chamados guilhotina, outrora tão em uso. A
preocupação de espaço e de não danificar as cortinas tem dado preferência a este tipo,
principalmente o de contrapeso que é de fácil manejo.
Figura 21
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2.5.1 Marcos
Os marcos fazem-se de madeira dura e resistente às intempéries, tais como: louro,
cabriúva, grápia, angico e outras.
Os marcos podem ser simples ou de rodaquina. São aplicados as golas ou às arestas
internas dos vãos. Os marcos das figuras 25 a 27 são para janelas com caixilhos de
abrir, o primeiro para vão com gola e tampo, e os demais para vãos sem gola e com
veneziana ou tampo.
Figura 22 a Figura 22 b
Figura 23 a, b, c
(b)
(a)
(c)
Figura 24 a, b
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Figura 25 a Figura 25 b
Figura 26 a Figura 26 b
Figura 27
Figura 28
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146
A travessa inferior do marco, chamada peitoril, é constituída por uma pingadeira e por
uma tábua de peito. Essa última pode faltar nas janelas das paredes de pequena
espessura. Nesse caso o peitoril avança para servir de amparo ao tampo ou recebe uma
tábua de guarnição (Fig. 28).
Junto do caixilho há um canalete para escoamento da água de condensação ou que
possa penetrar com o vento. Esse canalete comunica com o exterior por meio de um
furo existente no peitoril do marco.
A parte externa do peitoril é moldurada em forma de uma gola invertida e tem na parte
inferior uma pingadeira. A distância entre a folha da janela e o tampo ou a veneziana
faz-se, no mínimo, de 6 cm ou 4 cm, conforme se usem cremonas de cruzeta ou de
argola.
O caixilho, nas janelas de guilhotina, move-se através de uma ranhura deixada para
esse fim nos umbrais do marco. Esses são formados por uma peça retangular na qual
estão aplicados os sarrafos que formam as corrediças, sendo o externo constituído pela
própria guarnição do marco (fig. 29).
O peitoril é formado por uma peça inteiriça como mostra a figura 30, tendo na face
inferior uma pingadeira. Na face interna recebe uma guarnição para fixação dos tampos.
O marco, nas janelas com venezianas, mais largo e tem a forma constante da figura 31.
Figura 29 Figura 30
Figura 31 Figura 32
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Os caixilhos podem movimentar-se também por meio de uma peça metálica formada por
um pequeno espigão que se desloca dentro de uma corrediça de ferro fixada nos
umbrais do marco (Fig. 32).
Os marcos para caixilhos basculantes são simples ou de rodaquina. Os umbrais
recebem dois sarrafos que se estendem até meia altura, um' inferior e outro superior,
com afastamento igual à espessura do caixilho.
A parte superior do marco apresenta um rebaixo e o peitoril possui pingadeira (Fig. 33).
Nos caixilhos fixos, com partes móveis, a disposição é idêntica como se pode ver na
figura 34 onde a parte móvel é A. Os detalhes acham-se na figura 35. O caixilho recebe
lateralmente um pino metálico que embute num orifício, feito no umbral do marco, e
protegido por uma chapa de pino (Fig. 36). Os caixilhos móveis em torno de um eixo
vertical são idênticos.
2.5.2 Caixilhos
Figura 33 Figura 34
Figura 35 Figura 36
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Os caixilhos são formados por montantes e travessas ligados por meio de respigas e
mechas. São feitos geralmente de louro, cedro ou pinho, devendo dar-se preferência ao
louro pela sua maior durabilidade, embora razões de economia levem muitas vezes ao
emprego do cedro. O pinho é usado somente nas construções de madeira.
A travessa inferior do caixilho recebe uma moldura saliente, denominada pingadeira,
cuja finalidade é evitar que a água da chuva possa penetrar no interior do prédio, para o
que possui na face inferior uma pequena ranhura. A pingadeira e a travessa devem ser
feiras de uma peça única, evitando-se a sua justaposição por meio de pregos ou
parafusos (Fig. 37).
O caixilho é subdividido por meio de cordões ou pinázios, que são réguas estreitas,
simples ou molduradas, com 3 cm de altura e tendo na face externa, da mesma forma
que os montantes e as travessas, pequenos rebaixos para o assentamento dos vidros.
Os vidros são fixados no caixilho por meio de pequenos pregos sem cabeça que se
colocam a distância de 15 a 20 cm. Depois são emassados com massa especial feira de
gesso e óleo de linhaça, que se aplica com uma espátula.
A espessura das peças do caixilho varia ordinariamente de 3 a 5,5 cm conforme as suas
dimensões, podendo excepcionalmente alcançar 5 cm. A largura dos montantes e
travessas é geralmente de 7 cm.
2.5.3 Caixilhos fixos
Os caixilhos fixos empregam-se nas aberturas destinadas à iluminação das escadas,
em certos tetos de madeira, onde servem para ocultar as clarabóias, e nos interiores,
onde reforçam a iluminação das peças. Os caixilhos fixam-se ao vão da abertura da
mesma forma que os marcos, podendo-se pregá-los em tacos previamente embutidos
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ou recorrer às escápulas, que se cravam na alvenaria. Os caixilhos internos não
recebem pingadeira.
2.5.4 Caixilhos móveis
Compreendem os caixilhos de abrir e os de guilhotina.
2.5.5 Caixilhos de abrir
Os caixilhos de abrir recebem réguas de batente na junção de um com o outro, podendo
estas serem simples ou duplas. Pode proteger-se ainda a junta por meio de um rebaixo
feito em cada caixilho o que evita qualquer possibilidade de entrada do vento-e mesmo
da chuva, como já foi indicado para as portas na figura 12.
Os caixilhos de abrir fazem-se geralmente com 50 a 70 cm de largura, não convindo que
sejam maiores, pois constituem sempre uma saliência interna incômoda e prejudicial à
colocação de cortinas, principalmente nas peças pequenas onde freqüentemente
roubam bastante espaço.
Assim, conforme a largura do vão da janela, divide-se em certo número de folhas de
dimensões não excedentes de 50 a 60 cm. Têm-se assim as janelas de duas, três ou
quatro folhas.
As janelas de quatro folhas possuem caixilhos ligados entre si dois a dois. Muitas vezes,
para evitar que as dobradiças sejam danificadas com o peso das folhas, empregam-se
caixilhos laterais fixos ou então colocam-se montantes que dividem a abertura em dois
ou mais vãos (Fig. 38).
Os caixilhos, quando muito largos ou altos estão sujeitos a empenar. Evita-se o excesso
de largura aumentando o número de folhas e a altura demasiada por meio de
bandeirolas fixas ou móveis.
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As bandeirolas são idênticas aos caixilhos e quando fixas parafusam-se no marco, o
qual possui uma travessa intermediária moldurada que serve também de batente ao
caixilho (Fig. 39). As bandeirolas móveis são iguais aos caixilhos basculantes, tendo
pingadeira na travessa inferior (Fig. 40).
2.5.6 Caixilhos de guilhotinas
Os caixilhos das janelas de guilhotina não necessitam de pingadeira. As dimensões dos
diversos elementos são as mesmas que as dos caixilhos de abrir.
Figura 38
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Os caixilhos fazem-se com a largura de 75 a 90 cm, dividindo-se o vão por meio de
montantes quando excede àquelas dimensões.Os caixilhos de guilhotina quando de
dimensões exageradas tornam-se pesados e por conseguinte de difícil manejo.
Esse inconveniente pode ser removido mediante contrapesos que se movimentam
dentro dos umbrais do marco por meio de roldanas colocadas convenientemente.
2.5.6 Caixilho de báscula
Os caixilhos de báscula recebem pingadeira. As suas dimensões também são limitadas
para não se tornarem de difícil manejo e oferecerem possibilidades de empenamento. A
largura varia de 70 cm a l m conforme a altura. , São movimentados por meio de uma
corrente ligada a um fecho de mola ou então por meio de aparelhos especiais de
alavanca, dos quais existem diversos modelos. Podem girar em torno da aresta inferior
ou de um eixo central. No primeiro caso recebem dobradiças e no outro dispõem de
pinos especiais. Os pinos são sempre ligeiramente deslocados para cima a fim de
facilitar a queda da báscula.
2.5.7 Tampos e postigos
Tampo
Os tampos são feitos de calha ou almofada, e destinam-se a fechar os caixilhos,
evitando a entrada da luz e do frio.
Figura 39 Figura 40
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152
Oferecem os mesmos inconvenientes dos caixilhos de abrir e que se removem em parte
com a sua divisão em folhas de pouca largura que, dobradas umas sobre as outras,
ocupam pouco espaço.
As folhas têm a espessura de 2,5 a 3 cm, conforme as suas dimensões, e 30 a 40 cm de
largura. A junção é vedada por entalhes a meia madeira como mostra a figura 40 b.
Fixam-se numa guarnição, presa ao próprio marco (Fig. 40 a).
Postigos
Os postigos são tampos que se fixam ao próprio caixilho.
Usam-se nas janelas sem bandeirola e também nas portas envidraçadas.
Podem ser de almofada ou de calha, inteiriços ou de dobrar. A espessura varia de 2 a
2,5 cm.
Os tampos e os postigos fazem-se de cedro ou de pinho.
2.5.8 Venezianas
As venezianas constituem um outro meio de vedação dos caixilhos, apresentando porém
a vantagem de permitir a renovação constante do ar dos ambientes. Durante o dia
oferecem uma iluminação suave e constituem um meio bastante eficiente para manter
os compartimentos frescos.
As venezianas fazem-se com as mesmas madeiras já indicadas para os caixilhos. São
formadas por um quadro de montantes e travessas e, quando muito altas, recebem
também travessas intermediárias.
As travessas são chanfradas na face interna do quadro e os montantes recebem
entalhes para alojamento das palhetas, que têm os bordos arredondados (Fig. 41).
§ Os entalhes podem também se estender por toda a espessura da veneziana. Esse
processo não é tão bom quanto o primeiro podendo as palhetas se desprenderem com o
tempo (Fig. 42). As palhetas nesse caso são trapezoidais.
Figura 40
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Existem também venezianas com palhetas móveis que permitem graduar a iluminação,
facilitando assim a visão para o exterior. São manejadas por meio de uma peça
articulada a uma série delas.
2.5 JANELAS DE FERRO
As janelas de ferro são de abrir ou de báscula e possuem marco caixilho como as de
madeira.
2.5.1 Janelas de abrir
Marcos
Os marcos são formados com ferros I, T e Z (Figs.43 a, b,c), sendo o peitoril constituído
por uma chapa curva fixada à cantoneira e que funciona como pingadeira (Fig. 44). Os
marcos são fixados à alvenaria por meio de pequenos pinos.
Caixilhos
Figura 41 Figura 42
Fig. 43 a Fig. 43 b Fig. 43 c
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O quadro dos caixilhos é feito com ferro - cantoneiras e os cordões com ferro T (Figs.
45 a,b).
Os montantes do batente recebem uma régua feita de ferro chato ou lenticular. Podem
empregar-se também cantoneiras (Fig. 46), ou substituir um dos montantes por um ferro
Z (Fíg. 47).
Os vidros são emassados pelo lado interno. Outra solução é o emprego de ferros T
como mostram as figuras 1106 a,b,c. Nessa disposição, que é mais freqüente, O vidro é
emassado pelo lado externo.
A travessa inferior do caixilho recebe em ambas as soluções uma pequena chapa curva
que serve de pingadeira.
Figura 44
Figura45 Figura 45 b
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A travessa inferior do caixilho recebe em ambas as soluções uma pequena chapa curva
que serve de pingadeira.
O assentamento uniforme dos vidros sobre a aba do perfil é obtido mediante uma leve
camada de massa de vidraceiro, colocada previamente. Os vidros
são postos sobre essa pasta e, depois de presos por meio de pequenos pinos metálicos,
são emassados.
Figura 46 figura 47
Figura 48 a Figura 48 b
Figura 48 c
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2.5.2 Janela de báscula
Marcos
Os marcos dessas janelas são feitos com ferros L ou T e prendem-se ao vão por meio
de pinos.
Caixilhos
Os caixilhos são executados com ferros L e T como se faz para as janelas de abrir
(figura 49). A parte de abrir pode ser construída por um único caixilho móvel ou por
diversos pequenos caixilhos que se abrem simultaneamente pela ação de uma
alavanca. Essas últimas são chamadas janelas de escamas ou americanas (figura 50).
2.5.3 Caixilhos fixos
a- Os caixilhos
Os caixilhos fixos são constituídos por um quadro, feito de cantoneiras ou ferros T, que
se fixa á alvenaria por meio de pinos. Os pinázios são também de ferro T (figura 51). Na
parte posterior deixa- se um pequeno canalete, com saída para o exterior, afim de dar
escomento às águas de condensação.
b- Caixilhos de cimento
Modernamente os caixilhos fixos de cimento estão em uso no exterior dos edifícios.
Esses caixilhos são moldados conforme a figura 52 e possuem lateralmente pequenas
ranhuras para colocação de varões de ferro. O seu assentamento não oferece
dificuldade, de vez que são cimentados uns aos outros, formando os varões embutidos
numa trama metálica que os reforça.
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157
A colocação dos vidros P=Pé feita estendendo-se previamente uma camada de massa
de vidraceiro ou pasta de cimento. O vidro é posto em seguida e emassado com massa
comum e vidraceiro ou cimento.
Esses caixilhos recomendam-se pela sua durabilidade, não exigindo os mesmo cuidados
de conservação que são indispensáveis nos similares em madeira ou ferro. O aspecto é
agradável e os tornam recomendáveis para as grandes aberturas destinadas à
iluminação de escadas ou vestíbulos.
3 ESQUADRIA INTERNA
A esquadria interna é geralmente de madeira e constituída pelas portas e eventualmente
por caixilhos fixos.
3.1 PORTAS
As portas compõem-se dos marcos e das folhas.
Figura 49 Figura 50 Figura 51
Figura 52
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158
3.1.1 Marcos
Os marcos são geralmente de pinho, fazendo-se porém também de cedro nas
construções mais luxuosas. São de rodaquina ou de caixão.
3.1.2 Marco de rodaquina
Os marcos de rodaquina têm a forma de uma cantoneira e são constituídos pelo marco
propriamente dito e pela guarnição (Fig. 53).
Figura 53
O marco é retangular e tem 8 a 10 cm de largura e 2 cm de espessura. Prende-se à
alvenaria por meio de tacos previamente embutidos nos umbrais dos vãos.
A guarnição é formada por uma tábua, de 6 a 10 cm de largura e com 1 a 1,5 cm de
espessura, moldurada na face externa ou simplesmente é boleada na extremidade. Fixa-
se aos tacos depois de feito o reboco grosso. Os marcos de rodaquina usam-se nas
paredes muito espessas onde economicamente não convém o marco de caixão
Marco de caixão - Os marcos de caixão têm a forma de U e são constituídos pelo marco
propriamente dito, de largura igual à espessura ' da parede, e por duas guarnições
aplicadas em cada uma das faces da parede (Fig. 54).
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159
O marco propriamente dito quando aplicado em paredes de espessura até um tijolo faz-
se completamente liso e daí para cima com almofadas. A sua espessura é de 2 a 5 cm,
conforme a largura. Na extremidade em que fecha a folha da porta, recebe um 'rebaixo
de 1 cm de profundidade e com largura dependente da espessura da folha e da
guarnição.
Essa geralmente tem 1,5 cm de espessura e de 6 a 12 cm de largura, podendo ser
moldurada ou simplesmente boleada. Nesse último caso a face interna do marco é lisa.
As guarnições recebem um pequeno soco e pregam-se ao marco somente depois de
rebocadas as paredes. Nas paredes muito espessas empregam-se freqüentemente
marcos de rodaquina nas duas extremidades do vão, assumindo o conjunto a forma de
um marco de caixão do qual tenha sido eliminada a parte em almofada.
Essa solução, embora não apresente uma feição tão agradável quanto do caixão, tem
entretanto a vantagem de ser mais econômica (Fig. 56).
3.1.3 Folha
As portas, conforme a largura, podem ter uma a quatro folhas. As folhas fazem-se de
pinho ou cedro e são de abrir ou decorrer sendo aquelas as mais comuns.
Figura 54
Figura 55
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160
3.1.4 Folhas de abrir
As folhas de abrir têm 0,60 a 1,00 m de largura e 3 a 5 cm de espessura. A altura varia
comumente de 2,00 a 12,00 m e no caso de ser maior usam-se bandeirolas, que podem
ser móveis, auxiliando assim a renovação do ar das peças. Atualmente estão em uso,
nas construções correntes, as portas de uma folha, empregando-se duas somente nos
edifícios luxuosos ou de caráter monumental.
As folhas fazem-se de calha, de almofada ou inteiriças. As folhas de calha são iguais às
das portas externas e as de almofada são formadas por um quadro cujos montantes e
travessas têm em média 9 a 11 cm de largura, exceto a travessa inferior que mede
comumente 20 cm (Fig. 57).
As almofadas são embutidas nos entalhes existentes na face interna do quadro e são de
menor espessura. Devem ser inteiriças e, no caso de não se encontrarem com a largura
desejada, convém dividir o vão por meio de montantes secundários (Fig. 58).
A almofada pode ser feita ainda com tábuas molduradas de macho e fêmea, colocadas
verticalmente ou diagonalmente (Fig. 58), ou com madeira compensada com 1,5 cm de
espessura, fazendo-se o quadro sem subdivisão. A travessa inferior é geralmente mais
larga (Fig. 59).
As folhas inteiriças são feitas de madeira compensada e são suscetíveis
de serem lustradas. Estão muito em uso. As portas internas podem ser também
envidraçadas. O envidraçado pode estender-se por toda a folha ou abranger somente e
parte superior, sendo, nesse caso, a parte inferior de almofada (Figs.60 a, b).
Figura 56 Figura 57 Figura 58
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161
3.1.5 Folhas de correr
As folhas das portas, quando de grandes dimensões, são de correr para que não
ocupem muito espaço, encaixando-se dentro da parede por uma abertura existente no
marco (Fig.62)
As folhas são suspensas na parte superior por meio de roldanas que correm sobre
trilhos de ferro chato (Fig. 63). Na parte inferior possuem uma saliência metálica que se
desloca dentro de uma corrediça com forma de U, fixada no piso (Fig. 64).
Essas portas usam-se comumente entre a sala de jantar e a sala ou o salão de
recepção. As portas de dobrar têm o inconveniente de serem incômodas, ocupando não
só espaço como também causando má impressão quando abertas.
Figura 62
Figura 59 Figura 60 Figura 61
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162
3.1.6 caixilhos
Os caixilhos internos são feitos de madeira ou de ferro e são semelhantes aos extremos
dos quais em nada diferem, podendo ser totalmente fixos ou ter partes móveis.
4 GRADEAMENTOS
Os gradeamentos são formados por montantes e travessas. Os montantes são feitos de
1 ferro quadrado e afastam-se de 10 a 15 cm. As travessas são de ferro chato, colocado
horizontal ou verticalmente. As travessas colocam-se horizontalmente nos montantes de
ferro redondo (Fig. 65) e verticalmente nos demais perfis; nesse ultimo caso são duplas,
cravando-se uma em cada face dos ferros (Fig 66).
Figura 65 Figura 66
Empregam-se no mínimo duas travessas, uma em cima e outra embaixo, podendo
entretanto haver outras intermediaria conforme a feição da grade.
Os montantes podem terminar em ponta ou serem limitados pelas travessas como é o
caso dos parapeitos dos balcões e das guardas de escadas, onde são rematadas pelos
Figura 63 Figura64
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163
corrimãos. Alguns dos montantes são embutidos de 15 a 20 cm na alvenaria e os
demais ficam a pequena distância podendo também ser rematados por um ferro chato.
As travessas são embutidas de 6 a 8 cm nos umbrais das aberturas ou nos pilares. Nas
grades muito extensas (Fig. 67) colocam-se escoras intermediarias, em correspondência
com os montantes, afastadas de 1,5 a
2 m e mesmo mais, conforme as circunstancias (Fig. 68). Tanto os montantes como as
escoras recebem unhas nas extremidades embutidas a fim de reforçar a sua fixação a
alvenaria, que é feita com argamassa de 1 de cimento por 1 de areia.
Os montantes redondos têm geralmente o diâmetro de 3/8, 1/2 ou 5/8 polegadas e os
quadrados 10 a 25 mm de lado. As travessas são de 3 a 8mm de espessura por 25 a
40mm de largura. A decoração dos gradeamentos com feito com feição artística é feita
por meio de ferros chatos de 2 a 3 mm de espessura cravados ou soldados
eletricamente nos elementos estruturais da grade. Podem empregar-se também
elementos ornamentais de ferro fundido, chumbo ou bronze.
Figura 68
A tendência moderna é para simplificação dos gradeamentos, dispensando-se todos os
elementos assessórios e sem utilidade. Assim, os gradis modernos caracterizam-se pelo
emprego quase exclusive de montantes e travessas, sendo essas freqüentemente de
ferro redondo como nos parapeitos das sacadas ou nas guardas de escadas (Fig. 69).
Freqüentemente o gradeamento se reduz a um simples cano de ferro, com cerca de
11/2 polegadas de diâmetro, revestido com latão ou niquelado quando interno e preso á
alvenaria Fig 70. Por meio de pequenos montantes quadrados havendo às vezes
também uma travessa intermediária de ferro chato.
Figura 67
Figura 67
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164
5 FERRAGEM
As peças de ferro, usadas para movimentar e fixar as folhas e os caixilhos nos
respectivos marcos, são genericamente denominadas ferragens. O tipo e as dimensões
destas peças dependem da natureza da esquadria em que são aplicadas. As ferragens
destinadas a permitir o movimento dos caixilhos são os gonzos e as dobradiças e as que
se destinam a fixá-los são os fechos, as aldravas, as cremonas e as fechaduras.
5.1 GONZO
Os gonzos constam de duas partes, uma que é fixada ao marco ou alvenaria e outra que
é presa à folha da esquadria.
A parte que é fixada ao marco ou a alvenaria é constituída em sua forma mais simples
por um ferro chato com furos ou unhas numa extremidade e com um pino na outra.
A parte que é presa na folha da porta possui numa extremidade diversos furos e na
outra é recurvada, formando olhal (Fig. 71).
Figura 71
Os gonzos tiveram grande aplicação no passado, assumindo as mais variadas formas.
Atualmente, a não ser nos edifícios calcados em estilos tradicionais, as suas formas são
muito simples e o seu emprego está circunscrito aos portões. Frequentemente o gonzo
inferior é substituído por um espigão que apoia sobre uma espécie de cachimbo
embutido na alvenaria (Fig. 72)
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165
5.2 DOBRADIÇAS
As dobradiças dividem-se em externas e internas. Externas (Figs. 73 e 74 ), são
aplicadas na face e internas (Figs. 75 e 76),
Figura 73 Figura 74 Figura 75 Figura 76
As que são presas no dorso da folha da porta. Essas ultimas são estreitas e aquelas
largas. Tanto umas como as outras podem ser de charneira simples ou múltipla.
Os pinos das dobradiças da charneira simples são fixos e os das de charneira múltipla
são soltos.
As dobradiças internas dc pino fixo são também denominadas hamburguesas (Figs. 77 e
78) e as do pino solto, americanas (Fig. 79 ). As dobradiças são fixadas por meio de
parafusos. Quando empregadas nas portas e janelas, o seu afastamento é em média de
1,00 m. Encontram-se no comércio com diversos tamanhos, tendo por base a altura.
Nas portas que tem de ser abertas continuamente, mas que convém conservar
fechadas, empregam-se dobradiças de molas. Essas portas são conhecidas pelo nome
de vaivém.
5.3 FECHOS DE CORRER
Os fechos de correr são de aplicar ou de embutir; aqueles colocam-se na face interna
das portas e dos caixilhos e esses encaixam-se na junta das mesmas.
Figura 72
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166
Os fechos de aplicar constam de uma chapa, com orifícios para ser parafusada, e de um
ferrolho móvel dentro de guias e que encaixa na abertura feita na soleira ou num
grampo-parafusado.
O ferrolho pode ser de pendurar ou de mola, aquele mantendo- se suspenso por meio
de um braço (Fig. 80), e esse outro por meio de uma mola colocada entre ele e a chapa
(Fig. 81).
Os fechos de embutir são todos de mola e são colocados no dorso das portas mediante
entalhe aberto previamente (Fig. 82). Esses fechos oferecem maiores garantias que os
externos, pois não podem ser manejados quando a porta está fechada.
O ferrolho é circular e tem na extremidade uma pequena travessa ou uma alavanca para
ser acionado. Encontram-se com diversos comprimentos.
5.4.1 Fechos de mola
Esses fechos são empregados nas bandeirolas ou nos caixilhos de báscula. Possuem
interiormente uma mola que os mantém sempre fechados. São abertos por meio de uma
corrente ou cordel e voltam a sua posição primitiva quando abandonados (Fig 83).
Figura 80 Figura 81
Figura 79
Figura 77 Figura 78
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167
Figura 82 Figura 83
5.5 TARJETAS
As tarjetas são pequenos fechos para serem usados horizontalmente; uns são de correr
e outros de girar (Fig. 84)
5.6 FECHOS DE BORBOLETA
Os fechos de borboletas são usados nos postigos. Encontram-se de ferro fundido ou
forjado. Prendem-se ao caixilho ou a folha da porta por meio de um parafuso (Figs. 85 e
86).
Figura 84
Figura 84
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168
Encontram-se também com o pino fixo a uma pequena chapinha que se parafusa.
5.7 CREMONAS
As cremonas são fechos formados por duas hastes verticais de ferro de meia-cana,
articuladas em duas peças com cremalheira e que se movimentam dentro de uma caixa,
por meio de uma roda dentada é acionada pela maçaneta (Figs. 87 e 88)
As varas ou hastes de ferro deslocam-se dentro de guias de ferro fundido ou forjado,
presas ao caixilho ou á folha da porta. As extremidades embutem em pequenos
receptáculos denominados castanhas.
As caixas das cremonas são feitas de bronze ou de ferro, fundido ou niquelado. As
maçanetas podem ser de cruzeta ou de argola. Essas últimas são muito mais cômodas,
Figura 85 Figura 86
Figura 87 Figura 88
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169
pois ocupam pouco espaço, sendo aconselháveis nos casos em que o espaço entre os
tampos e o caixilho é muito reduzido.
5.8 ALDRAVAS
As aldravas servem para fixar as folhas das portas e janelas. São feitas geralmente de
arame de ferro e têm uma extremidade articulada e a outra com a forma de um gancho,
para ser enfiado num olhal com rosca (Fig. 89)
5.9 FECHADURAS
As fechaduras compõem-se da caixa, da maçaneta, do espelho e da chapa-testa.
6 CAIXA
A caixa contém os dispositivos necessários ao acionamento da fechadura que se
compõe de trinco e lingueta.
O trinco é acionado pela maçaneta e em algumas fechaduras também pela chave. A
lingueta é movimentada pela chave, que pode ser de macho ou fêmea, conforme seja
maciça ou cavada na extremidade.
As fechaduras são de uma ou duas voltas, de acordo com o número de voltas
necessárias para colocar a lingueta totalmente de fora. Nas fechaduras de duas voltas a
lingueta tem maior saliência.
A caixa da fechadura pode ser extrema ou interna. Essa é embutida na junta da porta
mediante entalhe feito na madeira e aquela é simplesmente aplicada ao tardoz, ficando
saliente. E também chamada fechadura de caixa.
Figura 89
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170
As fechaduras embutidas oferecem maior segurança pois, uma vez fechada a porta,
esta só pode ser aberta com a chave, o que não se verifica nas fechaduras externas.
As fechaduras, conforme as necessidades podem ser direitas ou esquerdas. Existem de
diversos tamanhos e tipos, próprias para portas internas e externas. Essas últimas são
mais resistentes e possuem melhor acabamento.
Algumas fechaduras possuem apenas lingueta, outras também maçaneta fixa ou trinco.
Encontram-se no comércio fechaduras especiais, com tambores, que oferecem grande
segurança e são usadas de preferência nas portas externas.
7 MAÇANETAS
As maçanetas são formadas por duas maçanetas, uma com espigão e a outra com
encaixe, tendo ambas furos que se correspondem e que servem para fixa-las por meio
de um pino.
As maçanetas podem ter a forma de L, que é a mais comum ( Fig.90), ou de T, podendo
também serem esféricas. Muitas vezes a maçaneta externa é esférica e fixa, servindo
apenas como puxador.
Existem maçanetas de diversos tamanhos e com as mais variadas formas, podendo ser
de bronze, de metal niquelado, de madeira ou de baquelite. Essas últimas foram
introduzidas há pouco no mercado e fabricam-se com diversas cores. Têm o
inconveniente de se romperem com facilidade. As maçanetas mais usadas são as de
metal niquelado.
Figura 90
Figura 90
Curso Mestre de Obras
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171
Os espelhos possuem a forma de uma chapa alongada com dois orifícios, um para
maçaneta e outro para chave, além dos pequenos orifícios destinados a sua fixação
(Fig. 91).
Os espelhos podem ser de ferro preto, metal niquelado, bronze, latão, ferro fundido ou
baquelite, conforme a importância da porta.
Encontram-se também espelhos formados de duas partes, uma para a maçaneta, de
forma quadrada ou circular (Fig. 92) e outra para a chave, de forma retangular ou oval
(Fig. 93).
As fechaduras de caixa possuem espelho somente na face externa.
As chapas-testas das fechaduras de embutir são formadas por uma simples chapa e as
das fechaduras de aplicar são constituídas por uma caixa ambas com aberturas para
entrada da lingueta e do trinco.
E As chapas-testas das fechaduras de embutir são parafusadas na parte interna do
marco, fazendo-se entalhes prévios em correspondência com as aberturas. Essas
chapas testas são embutidas mediante pequenos recortes feitos a madeira. As chapas
testas das fechaduras de aplicar são parafusadas ao tardoz do marco e tem numa das
faces uma saliência para ser fixada também na junta.
No comércio existe uma grande variedade em ferragens destinadas aos mais diversos
fins e que se destacam pelas suas inúmeras qualidades de luxo, simplicidade,
resistência e economia.
Figura 91
Figura 92
Figura 93
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172
O construtor deve precaver-se ao contratar a esquadria de um edifício, escolhendo de
antemão a ferragem que deseja, afim de evitar que seja aplicado material inferior ou que
não agrade, pois a variedade é enorme.
8 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIAS DE MADEIRA
8.1 PORTAS
8.1.1 Documentos de Referência
Projeto de contrapiso;
Projeto de arquitetura;
Projeto de alvenaria;
8.1.2 Materiais Necessários
Batentes e portas de madeira
Sarrafo 1” x 2” para travamento
Serra circular de bancada de marceneiro
Serra circular elétrica manual
Prumo de face
Régua de alumínio com nível de bolha acoplado
Plaina
Dobradiças
Fechaduras completas
Alisar
8.1.3 Serviços Preliminares
Recebimento:
As esquadrias são entregues nas dimensões do projeto com acabamento
superficial liso, aparelhadas e lixadas.
Inspecionadas quanto à qualidade, ao tipo, à quantidade total, ao acabamento, às
dimensões e ao funcionamento.
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173
Deverão receber uma demão de selador para madeira.
Os batentes serão fornecidos montados no esquadro, travejados com sarrafos de
madeira, inclusive com a respectiva esquadria, porta ou janela.
As portas são fornecidas nas dimensões padrão ou de acordo com as dimensões
do projeto.
Armazenamento:
Na posição vertical, sobre calços e em local isento de cal, cimentos, óleos, graxas
e barras de aço.
O local deve ser coberto e fechado, longe de umidade e respingos e as
esquadrias devem ficar longe de solo. Não é aconselhável misturar tipos
diferentes na mesma pilha e as esquadrias ficam sempre embaladas.
Peças do batente: na posição horizontal e apoiadas sobre caibros. O batente
montado, as janelas e portas prontas ficam na vertical apoiadas sobre caibros.
Folha da porta: na horizontal sobre uma chapa de compensado e apoiado sobre
caibros.
8.1.4 Passo a passo para a fixação da porta
A alvenaria deve estar concluída, com vãos prontos para o recebimento dos
caixilhos.
Posicionar a porta no prumo, mantendo-a centralizada no vão de modo que as
folgas fiquem igualmente espaçadas nas abas laterais.
Figura 94
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174
Furar a alvenaria com broca de vídea de 8 mm sobre o furo do batente e fixar buchas nestes furos.
Marcar as posições das dobradiças e da fechadura.
Cavilha
Batente
Bucha
Parede alvenaria
Marcar as posições das dobradiças e da fechadura.
Posicionar a porta corretamente no vão, parafusando as dobradiças no batente.
Figura 95
Figura 96
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175
8.2 JANELAS
8.2.1 Passo a passo para fixação de janela
A parede deve estar acabada.
Deixar 1cm de sobra de cada lado da parede.
O produto a ser instalado deve estar totalmente impermeabilizado, inclusive na
parte externa do batente.
Impermeabilizar a parte que ficará em contato com a janela
Nuca utilizar pregos e jamais instalar o produto direto na alvenaria
Colocar as cunhas entre a janela e a parede.
Verificar o nível esquadro e prumo. As cunhas devem estar bem justas e sem
muita pressão.
Figura 97 Figura 98
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176
Cuidados:
Cuidados com a pintura: escorrimentos de tinta por sobre as ferragens podem
danificá-las, prejudicando seu funcionamento.
Manutenção: lubrificação periódica de roldanas e dobradiça, além de uma revisão
geral.
Aplicar, antes da instalação, um produto impermeabilizante no lado do caixilho
para proteger a madeira contra possíveis ataques do cimento e da cal. Esta
impermeabilização é feita com tinta ou verniz sintético, adequados a
9 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIA DE ALUMÍNIO
9.1 PORTAS E JANELAS
9.1.1 Documentos de Referência
• Projeto de arquitetura;
• Projeto de esquadria de alumínio;
• Especificações técnicas dos fabricantes de contramarcos e caixilhos.
9.1.2 Materiais Necessários e Equipamentos
Figura 99 Figura 100
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177
• Contramarco e grapas e chumbamento;
• Argamassa de cimento e areia, traço 1:3 em volume;
• Sarrafo de 1” x 2”;
• Arame recozido nº 18;
• Cunhas de madeira;
• Martelo;
• Furadeira elétrica;
• Broca de vídea com diâmetro de 6mm;
• Barras de aço com diâmetro de 6,3mm;
• Marreta de 0,5kg;
• Máquina de solda;
• Eletrodos;
• Prumo de face;
• Nível de bolha;
• Nível alemão ou aparelho de nível a laser;
• Torquês;
• Régua de alumínio de 1” x 2” para reforço dos montantes;
• Régua de alumínio de 1” x 2” com 2m de comprimento para conferencia do
alinhamento;
• Colher de pedreiro;
• Caixa plástica para acondicionamento de argamassa;
• Trena metálica;
• Esquadro metálico;
• Selante para vedação;
• Caixilhos de alumínio completos;
• EPI’s: capacete, bota, luvas de raspa, mascara de proteção facial e cinto de
segurança para trabalhos pelo lado externo do edifício.
9.1.3 Serviços Preliminares
Armazenamento
Em local coberto, longe do solo, da umidade e de respingos.
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178
Na posição vertical sobre caibros ou conforme o indicado na embalagem.
Não misturar tipos diferentes na mesma pilha e sempre que possível manter as
esquadrias na embalagem.
9.1.4 Passo a passo de execução
O início dos trabalhos é precedido por uma inspeção conjunta com o fabricante
contratado, verificando:
Dimensões, prumo, nível e taliscas dos vãos.
Não ocorrência de trabalhos adjacentes.
Acabamentos perimetrais, soleiras,peitoris, rejuntamentos etc.
O chumbamento do contramarco. Toda superfície do perfil deve ser preenchida
com argamassa de areia e cimento, pois qualquer fresta ou falha será ponto de
infiltração.
A folga razoável que permite "chapar" a argamassa é de 30 mm entre o
contramarco e a alvenaria.
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182
Terminada a instalação recomenda-se uma inspeção observando:
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183
As condições de aperto dos parafusos e rebitagens aparentes das esquadrias e
dos acessórios de movimentação e segurança.
Em todos os contornos, a aplicação e possível falta ou falhas de colocação , fitas
vedantes, silicones ou escovas de polipropileno, conforme o caso.
A aplicação correta de silicones nas juntas e interfaces com as paredes ou outros
elementos construtivos.
Que as partes em alumínio não possuam manchas ou riscos e que as partes em
alumínio não tenham manchas de silicone.
10 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE ESQUADRIA DE VIDRO
10.1 PORTAS /JANELAS
10.1.1 Documentos de Referência
• Projeto de arquitetura;
• Projeto de esquadria de vidro;
• Especificações técnicas do fabricante ;
10.1.2 Passo a passo para instalação
1º O primeiro passo é tirar as medidas do vão em quatro pontos, sendo dois na
horizontal e dois na vertical. Em seguida, adquirir o kit-instalação na medida desejada,
os vidros temperados, o trinco e o puxador.
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184
2º Desembalar o kit, organizando todos os componentes para a instalação.
3º Medir o vão e cortar os excessos dos perfis guia e trilho superior.
4º Colocar a escova de vedação no perfil guia.
5º Instalar o perfil guia com parafusos. É importante fixar os parafusos do perfil guia na
canaleta destinada aos vidros fixos.
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185
6º Mede-se e corta-se o perfil U apoiado na guia até a altura total da janela. Esse
primeiro corte serve para permitir o alinhamento do trilho superior com a guia.
7º Com um nível manual, aprumar o perfil, para garantir que a janela ficará nivelada.
Observar qual será o alinhamento correto do trilho superior e fazer uma marca com
lápis. Esse procedimento deve ser utilizado para os dois lados da janela.
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186
8º Após verificado o prumo, afixar o trilho superior. Aparafusar no vão o trilho superior
com parafusos. Num vão com até 2 metros é possível executar-se essa tarefa sem
ajuda. Acima dessa medida é preciso um ajudante para segurar o perfil.
9º Depois do trilho superior instalado, mede-se e corta-se pela segunda vez o perfil U
lateral para ajustar esse perfil encaixado no trilho superior.
10º Faz-se a instalação dos perfis U nas laterais com dois furos e aparafusamento de
cada lado.
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187
11º Fixado o quadro, a segunda parte é o posicionamento dos vidros fixos. Colocar as
duas cunhas de regulagem embaixo do local de cada um dos dois vidros fixos, evitando
que o vidro seja posicionado diretamente na guia do alumínio.
12º Posicionar o vidro sobre as cunhas e empurrá-lo em direção ao perfil U. Nesse
momento, uma cunha fica embaixo do vidro e outra exposta. Com a ajuda de um
estilete, posicionar a segunda cunha embaixo do vidro até que este fique alinhado.
13º Depois dos dois vidros fixos encaixados, observa-se o paralelismo dos dois. Toma-
se as medidas inferior e superior para verificar-se o alinhamento e o prumo. Se for
necessário alterar o prumo, é quebrada a cunha para se fazer os ajustes na altura; se
não for suficiente, utilizar um calço de madeira. É importante que os vidros fixos fiquem
perfeitamente paralelos na parte central, pois na parte lateral o desnível é absorvido pelo
perfil U lateral, que possui 22 milímetros no caso do kit, exatamente para permitir esse
recurso.
14º Depois dos paralelismos observados e corrigidos, já se pode fazer a montagem dos
vidros de correr. Uma dica é no momento de se colocar as roldanas, deixá-las na
metade do furo, para poder ter alguma tolerância de ajuste.
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15º Antes de colocar a porta, é importante verificar se não ficou algum cavaco, sujeira ou
resíduo dentro da canaleta por onde a roldana vai correr.
16º. Encaixam-se as duas folhas e alinha-se seu posicionamento pela roldana, cuidando
para que, no transpasse, as folhas de vidro fiquem alinhadas em perfeito paralelismo.
17º Instalar, com uma furadeira e parafusos, os limitadores das roldanas nos cantos, que
irá delimitar a abertura máxima da janela.
18º Logo em seguida, medem-se as distâncias dos transpasses. Posicionar as folhas
móveis fechadas, de modo que a mesma distância do transpasse de uma deve ser igual
à de outra.
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19º Abre-se um dos vidros e padroniza-se, com o limitador da roldana, a parada da
porta. Depois afasta-se uma das portas e fixa-se o limitador por baixo do trilho com uma
furadeira e parafusos.
20º O perfil de transpasse (opcional) é encaixado no vidro fixo sob pressão.
21ºe 22º Depois disso, vem a instalação dos puxadores e do trinco.
23º Encaixe, em seguida, o perfil clique, para fechar a canaleta inferior e proporcionar
um melhor acabamento.
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24º Em seguida, encaixe a capa do perfil superior sob pressão. Para fixar a capa ao
trilho superior, nunca se deve bater o martelo de metal ou borracha diretamente na capa.
Usar sempre uma proteção, de preferência madeira revestida com pedaço de carpete.
Bater o martelo nessa madeira para que esta assente a capa sem amassá-la.
25º. Por último, é feita a vedação de silicone em todo o perímetro da janela, por dentro e
por fora.
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16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 – Referências – Elaboração. Rio de janeiro. 2002
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PIANCA, João Baptista . Manual do construtor. Porto Alegre: Editora Globo,1955. p.
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