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Metais pesados nos solos portugueses Raquel Mano UEIS-SAFSV Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva 22 de Setembro de 2015 INIAV Oeiras 3.º Colóquio do INIAV no âmbito do Ano Internacional dos Solos “Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas”

Metais Pesados nos solos Portugueses

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Metais pesados nos solos portugueses

Raquel Mano UEIS-SAFSV – Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva

22 de Setembro de 2015

INIAV – Oeiras

3.º Colóquio do INIAV no âmbito do Ano Internacional dos Solos

“Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas”

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2 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

SUMÁRIO:

Delimitação do tema no tocante ao: • Tipo de uso dos solos – solos agrícolas e florestais

• Elementos abordados - os que mais preocupação têm despertado pelo seu efeito contaminante no solo como resultado da atividade humana: Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb, Zn

Principais fontes de contaminação do solo.

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País.

Apresentação e comparação de resultados

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3 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Nem todos os metais pesados levantam o mesmo tipo de preocupação. Em 2010 a OMS apresentou uma lista

Grupos de substâncias que maiores problemas causam à saúde pública: 1. Poluentes atmosféricos; 2. Arsénio; 3. Amianto; 4. Benzeno; 5. Cádmio; 6. Dioxinas e substâncias relacionadas; 7. Flúor (em excesso ou em deficiência); 8. Chumbo; 9. Mercúrio; 10. Pesticidas altamente perigosos

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4 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Existe legislação que fixa teores máximos de Cd, Hg e Pb nos géneros alimentícios: http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=5938110&cboui=5938110

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5 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

O risco de passagem dos vários elementos potencialmente poluentes para a cadeia alimentar exemplifica-se na figura seguinte.

Como indicador desse risco usou-se o coeficiente de transferência do solo para a planta (TSP), ou seja, a razão entre o teor do elemento no órgão comestível da planta e o teor total desse elemento no solo.

Na figura pode observar-se que para o conjunto das culturas hortícolas apresentadas o Cd é o que tem maior coeficiente de transferência, indicando uma acumulação relativamente alta em todos os produtos hortícolas, mas mais acentuada nalguns deles, como os espinafres, cenoura e tomateiro.

O chumbo, por oposição ao cádmio, tem um baixíssimo coeficiente de transferência do solo para a planta, pelo que os riscos para a saúde humana resultam muito mais frequentemente da deposição de poeiras na superfície das plantas, do que da sua absorção pelas raízes.

O mercúrio apresenta um comportamento intermédio.

Esta figura também serve para chamar a atenção do cuidado a ter na escolha das espécies a cultivar em certos solos. Em hortas urbanas, por exemplo, se os solos estão contaminados é de evitar culturas acumuladoras de metais, como é o caso dos espinafres. A tradicional couve, pelo menos no tocante ao cádmio, revela-se como uma melhor opção.

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6 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

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l Coeficiente de transferência solo – planta (TSP) de vários elementos potencialmente poluentes, em diversas culturas hortícolas (Swartjes et al., 2007)

TSP

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7 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Teor de M.O.

pH do solo Baixo < 2% M.O.

Média 2≤ M.O. < 6%

Alto M.O. ≥ 6%

4,0 < pH ≤ 5,5 Muito alta Alta Média

5,5 < pH ≤ 7,0 Alta Média Baixa

7,0 < pH ≤ 8,5 Média Baixa Muito baixa

A biodisponibilidade dos metais pesados para as plantas varia também em função das características do solo em que elas crescem

Avaliação qualitativa da biodisponibilidade dos catiões metálicos, nos solos não contaminados, para as plantas e os invertebrados do solo, em função da reação e do teor de matéria orgânica (Fairbrother et al., 2007)

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8 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Principais fontes de contaminação do solo com metais pesados:

Mineração e processamento de metais: Cr, Cu, Hg, Ni, Pb, Zn;

Queima de combustíveis fósseis: Cr, Hg, Ni, Pb, Zn;

Tráfego automóvel: Pb

Fungicidas: Cu, Hg;

Fertilizantes fosfatados: Cd

Lamas de depuração: Cd, Cu, Hg, Pb e Zn;

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9 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Felizmente, nas últimas duas décadas, os esforços levados a cabo em vários países (principalmente países da OCDE) conduziram a uma limitação da contaminação do solo por algumas destas fontes. Foi o caso do Cd cujo teor diminuiu fortemente nas lamas de depuração. No entanto, se a valorização agrícola das lamas e da fração orgânica de resíduos tem interesse, e irá aumentar no futuro, consideramos que é preciso estar vigilantes, para evitar que a longo prazo isso conduza a um aumento da passagem de certos metais, nomeadamente do Cd, para a cadeia alimentar.

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10 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Elemento pH ≤ 5,5 5,5 ≤ pH ≤7 pH > 7*

m/kg de matéria seca

Cádmio 1 3 4

Crómio 50 200 300

Cobre 50 100 200

Mercúrio 1 1,5 2

Níquel 30 75 110

Chumbo 50 300 450

Zinco 150 300 450

(*) Aplicável a solos onde se efetuem culturas com fins

comerciais e destinadas unicamente ao consumo animal.

Valores limite de concentração de metais pesados nos solos em função do seu pH (D.L. n.º 276/2009 – Lei das lamas)

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11 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Tão importante como os valores limite é conhecer os valores habituais nos solos. Perante um dado teor de metal pesado no solo, saber:

• É habitual num solo não contaminado?

• É habitual naquele tipo de solo?

• Será de suspeitar já alguma contaminação?

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12 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Primeiros estudos efectuados em Portugal sobre o teor de microelementos nos solos Portugueses

Estudos do Departamento de Ciência do Solo da Estação Agronómica Nacional:

• Co, Cr, Fe, Mn, Ni e Ti totais e Cr, Cu, Mn e Ni extraíveis em solos serpentiníticos da região Nordeste de Portugal (5 perfis; Sequeira 1969);

• Fe, Mn e Zn, totais e extraíveis, em aluviossolos calcários antigos da campina de Faro (6 perfis; Coutinho et al., 1972);

• Mn, Zn e Cu, totais e extraíveis, em solos arenosos da região Mio-Plio-Plistocénica a Sul do Tejo (13 perfis; Teixeira et al., 1980; Sequeira, 1980, 1981a,b, 1982);

• Al, B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ti e Zn totais e Cu e Zn extraíveis em solos derivados de granitos e xistos da região Noroeste de Portugal (28 perfis; Teixeira et al., 1981);

• Al, B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ti e Zn totais e Co, Cu, Mn e Zn extraíveis em solos derivados de granodioritos da região de Évora (5 perfis; Sequeira et al., 1982).

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13 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País

1994 a 1997 - 1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (ICP Forests);

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1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

1985 Programa ICP Forests (http://icp-forests.net/)

Programa de Cooperação Internacional para a Avaliação e controlo dos efeitos da poluição atmosférica nas florestas

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1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

O ICP-Forests monitoriza o estado das florestas da Europa, em cooperação com a UE Estações de Nível I Cerca de 6000 parcelas de observação, numa rede de 16 × 16 km

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Em cada estação de Nível I:

• Avaliação do estado da copa de30 árvores

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• Análise foliar

• Análise do solo

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R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

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1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Foi efetuado com resultado de indícios de que o declínio das florestas estava relacionado com alterações induzidas no solo pela poluição atmosférica, em particular a deposição ácida.

• Estações de Nível I (rede de malha de 16 x 16 km);

• 23 países;

• 4532 locais de observação;

Objetivos

• Determinar alguns parâmetros dos solos florestais;

• Características que determinam a vulnerabilidade à poluição atmosférica.

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18 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Entidades participantes, em Portugal: – Direção Geral das Florestas;

– Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva;

– Direção Regional dos Recursos Florestais dos Açores;

– Universidade dos Açores (Dep. Ciências Agrárias)

1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

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19 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

• Amostragem em 148 locais, entre 1994 e 1995;

• Amostras compostas nas camadas de 0-5, 5-10 e 10-20 cm (constituídas por 16 subamostras);

• O poder tampão do solo: pH(CaCl2); carbono orgânico; Complexo de troca; textura de campo;

• Teores de alumínio, cádmio, crómio, cobre, manganês, níquel, chumbo e zinco;

• Amostragem e análise seguindo o Manual do ICP Forests.

1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

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20 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Os resultados deste primeiro inventário indicaram uma relação entre a deposição ácida e o pH do solo. Nem todos os países analisaram os metais pesados no solo. A nível europeu, foi possível observar concentrações mais elevadas de certos metais, particularmente o Pb e o Zn, no horizonte orgânico e na camada superficial dos solos de zonas com maior deposição atmosférica.

1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (1994 a 1997)

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21 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País

1994 a 1997 - 1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais;

1994 a 2004 - Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental;

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22 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental (1994 a 2004) Tese de doutoramento (Ferreira, 2004)

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23 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental (1994 a 2004)

• Amostragem de 652 locais (1/ 135 km2), entre 1994 e 1998;

• Amostras compostas do horizonte O e da camada superficial do solo (0-20 cm), compostas por 5 subamostras;

• 4 parâmetros edáficos: pH, M.O., C.E., análise textural;

• 32 elementos químicos; • A amostragem e análise foram feitas

seguindo as recomendações do projeto IGCP 259 “International Geochemical Mapping”.

(Ferreira, 2004)

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24 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental (1994 a 2004)

Vol. 2

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25 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental (1994 a 2004) (Ferreira, 2004)

(Ferreira, 2004)

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26 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País

1994 a 1997 - 1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (ICP Forests);

1994 a 2004 - Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental;

1997 a 2006 – FOREGS – mapeamento geoquímico dos solos da europa;

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27 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

http://weppi.gtk.fi/publ/foregsatlas/index.php

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28 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

• 26 países europeus;

• 925 locais (1 por 5.000 km2);

• 19 locais em Portugal;

• Amostras de águas fluviais, solos (A0, 0-25cm e C), sedimentos de corrente e sedimentos de planícies de inundação;

• Em Portugal: Instituto Geológico e Mineiro (Dra. Maria João Batista);

• A amostragem e análise feita segundo o Manual do FOREGS;

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29 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

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30 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

Teor total de Cd na camada superficial (0-25 cm) dos solos amostrados

n = 840; f< 2mm

Mediana: 0,140 mg Cd/kg

Teores baixos em Portugal

Cd <0,1mg/kg

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31 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

Teor total de Hg na camada superficial (0-25 cm) dos solos amostrados

n = 833; f< 2mm

Mediana: 0,04 mg Hg/kg

Teores médios a baixos em Portugal

Espanha – teores elevados resultantes do material originário

Eslováquia – contaminação antropogénica

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32 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projeto FOREGS – Mapeamento geoquímico dos solos da Europa (1997 a 2006)

Razão Hg na camada sup. / subsuperficial

No Hg esta razão é em média 1,7, a maior de todos os elementos analisados.

Razões elevadas ajudam a detetar contaminação antropogénica.

Mas nem sempre…

No caso do Hg está também relacionada com a afinidade deste para a M.O., mais abundante na camada superficial do solo.

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33 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País

1994 a 1997 - 1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais;

1994 a 2004 - Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental;

1997 a 2006 – FOREGS – mapeamento geoquímico dos solos da europa;

1999 a 2002 – Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal;

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34 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal (1999 a 2002)

• Levado a cabo pelo LQARS

• Objetivo: Conhecer os teores habituais de alguns metais pesados nos solos agrícolas do nosso País

• Amostragem de 110 locais na rede de 16 x 16 km malha do ICP Forest, entre 1999 e 2001;

• Amostras compósitas de terra, constituídas por 16 subamostras cada, nas camadas 0 - 20, 20 – 40 de profundidade;

• pH, M.O., análise textural, complexo troca;

• Cd, Cu, Ni e Zn (água régia Norma ISO 11466);

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35 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal (1999 a 2002)

Em todos os locais amostrados os teores de cádmio eram baixos, típicos de solos não contaminados.

Camada 0-20 cm:

• Intervalo de variação: <0,011-0,225 mg/kg

• Mediana = 0,036 mg/kg (n = 109)

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36 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal (1999 a 2002)

Cobre “total”- Camada 0-20 cm:

• Intervalo de variação: <1,8 – 162 mg Cu/kg Mediana = 21 mg/kg (n = 109)

Em cerca de metade dos solos agrícolas amostrados os teores situam-se abaixo dos 20 mg·kg-1, típicos de solos não contaminados.

Em 25% dos locais, sobretudo ocupados com hortas, vinhas e pomares, observa-se um enriquecimento dos solos agrícolas com este metal (>30 mg·kg-1) mercê, muito provavelmente, da utilização repetida de produtos fitofarmacêuticos com cobre.

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37 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal (1999 a 2002)

A quase totalidade dos solos estudados apresenta teores de níquel típicos de solos considerados não contaminados (mediana = 19 mg/kg; Percentil 95 = 49 mg/kg.

Os teores mais elevados (máximo = 1831 mg/kg) ocorrem em solos derivados de xisto.

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38 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal (1999 a 2002)

Em 53% dos locais os teores de zinco são típicos de solos não contaminados (<50 mg·kg-1).

Em nenhum dos solos será de recear a ocorrência de fitotoxicidade.

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39 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Inventários do teor de Metais Pesados levados a cabo no nosso País

1994 a 1997 - 1.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (ICP Forests);

1994 a 2004 - Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental;

1997 a 2006 – FOREGS – mapeamento geoquímico dos solos da europa;

1999 a 2002 – Projecto PIDDAC 906/99 – Metais pesados em solos agrícolas de Portugal;

2006 a 2009 – 2.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (BioSoil)

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40 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Envolvidos 23 países e 4900 parcelas de Nível I (16 x 16 km)

A nível nacional participaram:

AFN (atual ICNF) Ponto focal do ICP Forests; Coordenação do Projeto;

UTAD • Colheita das amostras de terra; • Caracterização dos perfis e classificação do solo;

INRB - LQARS

• Transposição do Manual do ICP Forests;

• Análise das amostras de acordo com normas ISO adotadas pelo Manual do ICP Forests (http://icp-forests.net/page/icp-forests-manual)

2.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (BioSoil) (2006 a 2009)

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41 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

2.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (BioSoil) (2006 a 2009)

Descrição detalhada das 103 parcelas florestais, incluindo a caracterização do perfil do solo.

Locais de colheita das amostras compostas: em zonas representativas da parcela, nos quatro pontos cardeais Colhidas amostras de terra nos:

• Horizontes orgânicos OL (folhada) e OFH;

• Solo mineral - 0 – 10 cm; 10 – 20 cm; 20 – 40 cm e 40 – 80 cm;

• 12 a 14 sub-amostras cada.

Parcela 196 – Castelo Branco

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42 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

2.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (BioSoil) (2006 a 2009)

• Dap

• pH, M.O., análise textural, complexo troca;

• Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn (água régia Norma ISO 11466);

• Cerca de 3000 amostras colhidas no nosso País;

Perfil da parcela 196

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Hg na folhada OL (mg kg-1)

< 0,039 [0,039 – 0,045[ [0,045 – 0,056[ [0,056 – 0,076[

≥ 0,076

< P25 [P25 – P50[ [P50 – P75[ [P75 – P95[

≥ P95

Hg - camada 0-10 cm (mg kg-1)

< 0,022 [0,022 – 0,037[ [0,037 – 0,051[ [0,051 – 0,068[

≥ 0,068

R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

2.º Levantamento à escala europeia sobre o estado dos solos florestais (BioSoil) (2006 a 2009)

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45 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Avaliação da concentração de elementos vestigiais no solo (por extração ácida, como água-régia) (Blum et al.1997, cit. Smidt et al., 2012)

Muito

baixa

Baixa Média Alta Muito alta

mg kg-1 mg kg-1 mg kg-1 mg kg-1 mg kg-1

Cd < 0,10 0,10 - 0,25 0,25 - 0,50 0,50 - 1,00 > 1,00

Cr < 30 30 – 50 50 – 60 60 – 100 > 100

Cu < 15 15 – 25 25 – 50 50 – 100 > 100

Hg < 0,15 0,15 - 0,25 0,25 - 0,50 0,50 - 1,0 > 1,0

Ni < 20 20 – 30 30 – 40 40 – 60 > 60

Pb < 10 10 – 20 20 – 50 50 – 100 > 100

Zn < 60 60 – 90 90 – 150 150 – 300 > 300

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46 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Ferreira (2004) propõe os seguintes valores de referência, a partir dos resultados da análise da fração < 2mm de 165 amostras da camada superficial (0-20 cm), consideradas como representativos dos solos não contaminados de Portugal: • Valor de fundo (background) – valor típico de solos não contaminados –

Obtido a partir da mediana desses resultados;

• Valor de referência (baseline value) – pretendendo representar a concentração máxima do elemento num solo não contaminado de Portugal continental. Obtido a partir do percentil 95 desses resultados.

Comparação de alguns dados dos diferentes estudos

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47 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Cd (mg/kg)

Região Prof (cm) n Mediana P95

Piddac 906/99

Portugal Solos agrícolas

0-20 cm 109 0,036 0,13

BioSoil Portugal Solos florestais

0-10 cm 103 <0,17 <0,17

Ferreira, 2004

Portugal 0-20 cm 165 0,2 (VF) 0,6 (VR)

Biosoil Europa 0-10 cm 5995 0,11 1,9*

Comparação de alguns dados dos diferentes estudos Cádmio

VF – Valor de fundo; VR – Valor de referência; * Percentil 97,5

As concentrações muito baixas de Cd na generalidade dos solos do nosso País implicam a escolha de equipamento de deteção suficientemente sensível.

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48 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Cu (mg/kg)

Região Prof (cm) n Mediana P95

Piddac 906/99

Portugal Solos agrícolas

0-20 cm 109 21 73

BioSoil Portugal Solos florestais

0-10 cm 103 8,0 28

Ferreira, 2004

Portugal 0-20 cm 165 16 (VF) 46 (VR)

Biosoil Europa 0-10 cm 6036 6,0 48

FOREGS Europa 0-25 cm 837 12

Comparação de alguns dados dos diferentes estudos Cobre

VF – Valor de fundo; VR – Valor de referência; * Percentil 97,5

A contaminação com cobre de alguns dos solos agrícolas do nosso País já se reflete no valor da mediana, bastante maior que a mediana nos solos florestais e mesmo que o valor de fundo proposto por Ferreira (2004)

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49 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Hg (mg/kg)

Região Prof (cm) n Mediana P95

BioSoil Portugal Solos florestais

0-10 cm 103 0,037 0,068

Ferreira, 2004

Portugal 0-20 cm 165 0,025 (VF) 0,080 (VR)

Biosoil Europa 0-10 cm 1750 0,086 1,2*

Foregs Europa 0-25 cm 833 0,037

Comparação de alguns dados dos diferentes estudos Mercúrio

VF – Valor de fundo; VR – Valor de referência; * Percentil 97,5

O teor de mercúrio nos solos florestais de Portugal continental pode ser considerado baixo.

Tal facto revela, na generalidade, a inexistência de contaminação antrópica destes solos, especialmente quando comparados com solos de outros países europeus, mais afetados pela poluição atmosférica;

98 % dos solos florestais amostrados tinham um teor de Hg < ao valor de referência proposto por Ferreira (2004) para os solos “naturais”, não contaminados, do nosso País.

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50 R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Pb (mg/kg)

Região Prof (cm) n Mediana P95

BioSoil Portugal Solos florestais

0-10 cm 103 14 36

Ferreira, 2004

Portugal 0-20 cm 165 15 (VF) 45 (VR)

Biosoil Europa 0-10 cm 6032 21 106*

Foregs Europa 0-25 cm 837 15

Comparação de alguns dados dos diferentes estudos Chumbo

VF – Valor de fundo; VR – Valor de referência; * Percentil 97,5

Concentrações baixas a médias de chumbo na generalidade dos solos analisados.

Resultados concordantes para a mediana dos diferentes estudos.

Nos solos florestais de alguns países da Europa existe nítida contaminação com chumbo, resultante da poluição atmosférica.

Page 51: Metais Pesados nos solos Portugueses

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BIBLIOGRAFIA • Coutinho, A. S. et al. (1972). Ferro, manganésio e zinco, totais e extraíveis, em aluviossolos

calcáreos antigos da campina de Faro. Agronomia Lusitana, 33: 257-298.

• de Vos, B. & Cools, N. (2011). Second european forest soil condition report. Volume I: Results of the BioSoil soil survey, INBO - Research Institute for Nature and Forest, Bruxelas, 359 pp, , Report nº INBO.R.2011.35 [ISSN 1782-9054] https://www.inbo.be/nl/publicatie/second-european-forest-soil-condition-report

• de Vos, W. & Tarvainen, T.(Chief-editors), Salminen, R., Reeder, S., De Vivo, B., Demetriades, A., Pirc S., Batista, M.J., Marsina, K., Ottesen, R.-T., O'Connor, P.J., Bidovec, M., Lima, A., Siewers, U., Smith, B., Taylor, H., Shaw, R., Salpeteur, I., Gregorauskiene, V., Halamic, J., Slaninka, I., Lax, K., Gravesen, P., Birke, M., Breward, N., Ander, E.L., Jordan, G., Duris, M., Klein, P., Locutura, J., Bel-lan, A., Pasieczna, A., Lis, J., Mazreku, A., Gilucis, A., Heitzmann, P., Klaver, G., Petersell, V. (2006). FOREGS Geochemical atlas of Europe. Part 2 - Interpretation of geochemical maps, additional tables, figures, maps, and related publications. Geological Survey of Belgium & Geological Survey of Finland (GTK), Bruxelas e Espoo, Finlândia, [ISBN 951-690-960-4 (electronic version)] http://weppi.gtk.fi/publ/foregsatlas/part2.php

• Dias, R. M. S., Simões, A. M. O., Soveral-Dias, J. C., Oliveira, R., Rodrigues, P. C. & Santos, F. d. (2007). Metais pesados em solos com ocupação agrícola em Portugal. Cádmio, cobre, níquel e zinco nas camadas 0-20 e 20-40cm do solo. Revista de Ciências Agrárias, XXX(2): 358-368.

R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

Page 52: Metais Pesados nos solos Portugueses

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assessment. Ecotoxicology and Environmental Safety, 68(2): 145-227.

• Ferreira, M. M. S. I. (2004). Dados geoquímicos de base de solos de Portugal continental, utilizando amostragem de baixa densidade, Universidade de Aveiro, Departamento de Geociências, Aveiro, 285 pp Tese de Doutoramento em Geociências.

• Inácio, M., Pereira, V. & Pinto, M. (2008). The soil geochemical atlas of Portugal: Overview and applications. Journal of Geochemical Exploration, 98(1-2): 22-33.

• OMS (2010). [Preventing disease through healthy environments: Action is needed on chemicals of major public health concern], http://www.who.int/ipcs/features/10chemicals_en.pdf; consultado em: [21/09/2015].

• Salminen, R. C. (Chief-editor) & Batista, M. J., Bidovec, M., Demetriades, A., De Vivo, B., De Vos, W., Duris, M., A., G., Gregorauskiene, V., Halamic, J., Heitzmann, P., Lima, A., Jordan, G., Klaver, G., Klein, P., Lis, J., Locutura, J., Marsina, K., Mazreku, A., O'Connor, P. J., Olsson, S. Å., Ottesen, R.-T., Petersell, V., Plant, J. A., Reeder, S., Salpeteur, I., Sandström, H., Siewers, U., Steenfelt, A. & Tarvainen, T., Eds. (2005). FOREGS Geochemical atlas of Europe. Part 1. Background information, methodology and maps. Geological Survey of Finland (GTK), Espoo, Finlândia, [ISBN 951-690-913-2 (electronic version)] http://weppi.gtk.fi/publ/foregsatlas/index.php

R. Mano (2015) - Metais pesados em solos portugueses - 3.º Colóquio do INIAV - Ano Int. do Solo

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Eastern Portugal). Agronomia Lusitana, 30(2): 115-154.

• Smidt, S., Jandl, R., Bauer, H., Fürst, A., Mutsch, F., Zechmeister, H. & Seidel, C. (2012). Trace metals and radionuclides in Austrian forest ecosystems, in: Ishwaran, N. (Ed), The Biosphere. InTech, p. 93-118 [ISBN 978-953-51-0292-2] http://www.intechopen.com/books/the-biosphere/trace-metals-in-austrian-forest-ecosystems. consultado em: [21/09/2015].

• Swartjes, F. A., Dirven-van Breemen, E. M., Otte, P. F., Beelen, P. v., Rikken, M. G. J., Tuinstra, J., Spijker, J. & Lijzen, J. P. A. (2007). Human health risks due to consumption of vegetables from contaminated sites. Towards a protocol for site-specific assessment, National Institute for Public Health and the Environment (RIVM), Bilthoven, The Netherlands, 131 pp RIVM rapport 711701040/2007.

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MUITO OBRIGADA !

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